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CURSO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA OS IMPACTOS DA PANDEMIA SOBRE A REALIZAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS 1 INTRODUÇÃO Considerado o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos têm como objetivo estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. Acontecem de quatro em quatro anos, onde cada olimpíada costuma ser sediada por um país diferente. Assim, o país anfitrião, deve-se preparar estruturalmente para receber os telespectadores, e isso faz com que ocorra um avanço econômico na economia da cidade e do país que está promovendo o evento. A cidade de Tóquio no Japão foi escolhida para sediar as olimpíadas de 2020, e o país recebeu a notícia em festa, pois tinha como objetivo reestruturar a economia e trazer uma nova vida ao país, que foi abalado por alguns desastres nos últimos anos. Porém em março de 2020, surgiu uma doença que foi capaz de transformar toda essa alegria em desespero, pois o país se sediasse as olimpíadas, estaria vulnerável a disseminar a doença. O novo coronavírus é uma doença que ataca o sistema respiratório das pessoas, e em alguns casos provoca a morte. A doença que teve início na China, se espalhou por todo o mundo, causando pânico nas pessoas, deixando o sistema de saúde sob pressão com falta de leitos, onde tudo girou em torno deste grave problema de saúde. Ainda não contávamos com a vacinação, e as pessoas estavam desprotegidas em sua saúde. As olimpíadas que estavam programadas para começar em julho de 2020, após conversa por teleconferência entre o primeiro-ministro japonês e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 24 de março de 2020, decidiram adiar os jogos para 2021. Esse fato que pegou todos de surpresa desestabilizou o esporte olímpico, causando muitos impactos financeiros, impactos para os atletas e todos os envolvidos. A incerteza sobre o que viria depois foi algo vivido dia após dia, até chegar o ano de 2021, e os atletas souberem da confirmação dos jogos para os dias 23 de julho a 08 de agosto. Veremos no decorrer deste estudo, as características e os acontecimentos que marcaram as olímpiadas de Tóquio em 2021. 2 DESENVOLVIMENTO O adiamento das Olimpíadas de 2020 aconteceu de forma inédita e muito inesperada, pois em 125 anos, os jogos aconteceram normalmente, tendo seus jogos suspensos apenas nos períodos que ocorriam guerras mundiais que foram nos anos de 1916, 1940 e 1944. Os jogos marcados para iniciar em julho de 2020, foram impedidos pelo surto inicial da doença ocorrido em março de 2020 (quatro meses antes). Como acontecimentos iniciais para redução e contenção do vírus, foram tomadas medidas drásticas de isolamento social, sem contar outras medidas de restrições, tais como fechamento de locais de alimentação, lojas e estabelecimentos comerciais, e ainda fechamento de aeroportos, o que impedia que telespectadores e atletas conseguissem chegar a Tóquio para participarem do evento. Nesse período, muitas mortes ocorreram pelo mundo num curto espaço de tempo trazendo muito medo e desespero para as pessoas. Com novos casos confirmados do novo coronavírus e por consequência o isolamento social, outros setores, que fariam parte das olimpíadas também foram afetados, levando à impossibilidade total de acontecer o evento. Tudo isso fez com que ocorressem muitos e relevantes impactos no mundo esportivo, com muitos fatores negativos, beneficiando somente alguns atletas, que necessitavam mais tempo para estarem aptos, que poderiam contar com o fator da idade, e ainda outros que estavam afastados por doping, poderiam conseguir realizar o sonho de chegar às olimpíadas. Porém em um ano de vivência do vírus, a maior parte dos atletas, tiveram danos, pois perderam o condicionamento físico, entraram em estado de ansiedade e depressão e passaram a sofrer problemas psicológicos. A mudança no calendário alterou a rotina de preparação desses atletas, que muitas vezes passou a fazer seus exercícios em casa, de forma isolada, por não contar com academias e centros de treinamento funcionando, não conseguiram manter o condicionamento que já existia. O maior problema se concentrou em modalidades que são exigidos aspectos fisiológicos para o desempenho, e em modalidades em que o treinamento precisou ocorrer em conjunto, pois cada atleta possuía uma performance para o jogo, aqueles que estavam retornando às atividades, tiveram que ter maiores cuidados após competições longas ou períodos intensos de treinamento, pois muitas vezes não havia capacidade física que suprisse a demanda do treinamento. Diante da pandemia, houve cada vez menos interesse dos governos em sediar o evento, justamente porque os benefícios que ele geraria foram prejudicados. Várias das mais de 60 empresas que patrocinaram o evento expressaram preocupação com a rentabilidade de seus investimentos. Quando foi escolhida para sediar a 32ª edição dos Jogos Olímpicos, Tóquio reformou estágios, construiu arenas do zero, para oferecer a atletas e torcedores infraestrutura impecável. O custo inicial ficou na casa de US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 38 bilhões no câmbio atual). Com o adiamento provocado pela pandemia de covid-19, a cidade- anfitriã transformou seus Jogos na Olimpíada mais cara da história. O orçamento divulgado pelo comitê organizador saltou para US$ 15,4 bilhões, drenados, por exemplo, para renegociar contratos firmados para 2020 postergados para 2021 e adaptações para garantir protocolos de segurança e saúde impostos pela pandemia. Para evitar contágio pelo vírus, o comitê organizador das olimpíadas, lançou um manual com regras a ser respeitado pelos atletas e dirigentes esportivos que lista em 70 páginas as exigências, que começam antes da chegada ao Japão. Os quase 11 mil atletas deveriam passar por dois testes de detecção de Covid-19 nas 96 horas anteriores à viagem ao Japão. Também deveriam ser submetidos a um teste na chegada. Eles seriam testados diariamente durante sua estadia e deveriam deixar a Vila Olímpica em até 48 horas após o término de sua competição. Não seria permitido o deslocamento para qualquer local que não fosse o alojamento, local de treino e de competição, sendo vedada a utilização do transporte público. As máscaras foram obrigatórias, também no pódio, com exceções apenas para comer, dormir, treinar e competir. Os participantes tiveram também que entregar um plano de atividades previstas na duração do evento para os organizadores e uma lista de pessoas que teriam contato. O Comitê reforçou que algumas pessoas teriam de repetir o teste para a Covid no meio dos jogos, a depender das modalidades e papéis que estariam exercendo na competição. A recomendação geral é que em caso de qualquer sintoma, a pessoa se isolasse e realizasse um teste. Foi utilizado um esquema sanitário de bolha de proteção como foi adotado em 2020 pela liga de basquete norte-americana NBA, quando nenhum dos mais de 350 jogadores foi contaminado pelo vírus durante a competição. Sob estado de emergência e atravessando a pior onda de covid-19 desde o início da pandemia, Tóquio realizou os Jogos a portas fechadas, sem a presença de torcedores estrangeiros (vetados em março) ou japoneses (desconvidados de última hora em julho, a quinze dias da cerimônia de abertura). A ausência de público corresponde a uma perda de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões) só de ingressos inutilizados. Além das arquibancadas, a ausência de público impactou a indústria turística que, pré-pandemia, esperava receber 40 milhões de turistas estrangeiros durante os Jogos. Para que não houvesse prejuízos nas confecções de materiais, como medalhas, pódios e outros, mês ocorrendo no ano de 2021, a identidade visual foi mantida, e o nome permaneceu “Tóquio 2020”. Outros impactos também foram sentidosem questões contratuais relacionadas a patrocínios, pois houve casos em que foi necessário fazer uma revisão no contrato, o que também influenciou na participação de vários esportistas. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Mesmo com a criação de soluções remotas, as olimpíadas aconteceram em 2021, pois objetivavam minimizar prejuízos, uma vez que não havia possibilidade de resolver o problema sem retomar a rotina usual normalmente exigida e que cada modalidade em particular necessitava. A Olimpíada Tóquio-2020 mostrou que os Jogos foram muito mais do que competição. As Olimpíadas tiveram surpresas e atos de empatia Uma união que teve muito mais significado do que em qualquer outra solenidade olímpica, porque aconteceu no período em que o mundo vive cercado com medidas impostas de isolamento. A Covid-19 impactou de forma inesperada todo o mundo. Gerou uma crise sanitária, provocou impactos econômicos e sociais, em praticamente todos os países. Para o esporte não foi diferente, muitas competições foram canceladas e adiadas. Em meio a protocolos de segurança e saúde e cercados por incertezas, atletas do mundo inteiro se reuniram na tradicional disputa pelo pódio e em um esforço inédito para deixar um pouco de lado as preocupações com os estragos causados pelo coronavírus, assim, os jogos não aconteceram como seria esperado. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KAMATA, Fátima. Olimpíada de Tóquio 2021: competição começa em meio ao medo e revolta dos japoneses. Julho 2021. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese /internacional-57937855. Acesso em 23 ago.2021. PINHEIRO, Chloé. Grande estudo mostra como o coronavírus chegou e se espalhou pelo Brasil. Disponível em https://saude.abril.com.br/medicina/grande- estudo-mostra-como-o-coronavirus-chegou-e-se-espalhou-pelo-brasil/. Acesso em 23 ago.2021 PIRES, Amilton Ferreira. O balanço sanitário dos jogos da pandemia. Disponível em https://www.gazetaesportiva.com/olimpiadas/o-balanco-sanitario-dos-jogos-da- pandemia/ Acesso em 21 ago.2021. PROTA, Luiz. O peso da COVID-19 em atletas de alto rendimento. Revista Ciência Hoje. Julho, 2021. Disponível em https://cienciahoje.org.br/artigo/o-peso-da-covid-19- em-atletas-de-alto-rendimento/. Acesso em 22 ago.2021. SAYURI, Juliana. Japão apostou alto e perdeu: Tóquio-2020 é Olimpíada mais cara da história. Disponível em https://www.uol.com.br/esporte/olimpiadas/ultimas- noticias/2021/08/07/japao-apostou-alto-e-perdeu-toquio-2020-e-olimpiada-mais-cara -da-historia.htm?cmpid TOLEDO, Diego. Olimpíadas começam com missão de superar impacto da pandemia. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/podcast-e-tem-mais- olimpiadas-comecam-com-atencao-dividida-com-pandemia/ Acesso em 21 ago. 2021 TOSIN, Evandro. Maratona da pós-graduação discute impactos da pandemia no esporte. Maio 2021. Disponível em https://www.uninter.com/noticias/maratona-da- pos-graduacao-discute-impactos-da-pandemia-no-esporte. Acesso em 22 ago. 2021.
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