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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ESPORTES DE LUTAS
Meu nome é Fábio Ricardo Mizuno Lemos. Graduei-me em Licenciatura 
Plena em Educação Física pela Universidade Federal de São Carlos 
(CEF/UFSCar). Fiz mestrado e doutorado em Educação, também, na 
Universidade Federal de São Carlos (PPGE/UFSCar). Sou professor da 
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP), do Centro 
Universitário Claretiano de Batatais e do curso de Especialização (lato 
sensu) em Educação Física Escolar, do Departamento de Educação 
Física e Motricidade Humana (DEFMH/UFSCar). Sou sócio-fundador, 
pesquisador e atual vice-presidente da Sociedade de Pesquisa 
Qualitativa em Motricidade Humana (SPQMH), além de membro do 
Núcleo de Estudos de Fenomenologia em Educação Física (NEFEF/
UFSCar), pesquisador das linhas de pesquisas Práticas Sociais e Processos Educativos e Processos 
de Ensino e de Aprendizagem.
E-mail: fabiomizuno@claretiano.edu.br
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Fábio Ricardo Mizuno Lemos
Batatais
Claretiano
2015
ESPORTES DE LUTAS
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni 
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa 
Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 
796.8 L577e 
 
 Lemos, Fábio Ricardo Mizuno 
 Esportes de lutas / Fábio Ricardo Mizuno Lemos – Batatais, SP : Claretiano, 2015. 
 162 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-445-7 
 
 1. Lutas. 2. Artes Marciais. 3. Esportes. 4. Esportivização. 5. Ludicidade. 
 I. Esportes de lutas. 
 
 
 
 
 
 
 CDD 796.8 
 
 
 
 
 
 
 CDD 658.151 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Esportes de Lutas
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 162 páginas
SUMÁRIO
CONTEúDO INTRODUTóRIO
1. INTRODUçãO ................................................................................................... 9
2. GLOSSáRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 14
3. EsquEma dos ConCEitos-ChavE ............................................................... 17
4. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 18
5. E-REFERÊnCia .................................................................................................. 19
unidadE 1 – INTRODUçãO AOS ESPORTES DE LUTAS
1. INTRODUçãO ................................................................................................... 23
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERêNCIA ............................................................. 23
2.1. LUTAS, ARTES MARCIAIS E ESPORTES DE LUTAS .................................. 23
2.2. ESPORTES DE LUTAS: CARACTERÍSTICAS GERAIS E MÍDIA .................. 36
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 42
3.1. LUTAS, ARTES MARCIAIS E ESPORTES DE LUTAS .................................. 42
3.2. ESPORTES DE LUTAS: CARACTERÍSTICAS GERAIS E MÍDIA .................. 43
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 45
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 46
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 46
7. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 47
unidadE 2 – ALGUNS ESPORTES DE LUTAS
1. INTRODUçãO ................................................................................................... 51
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERêNCIA ............................................................. 51
2.1. ESPORTES DE LUTAS OLÍMPICOS ........................................................... 51
2.2. ESPORTES DE LUTAS NãO OLÍMPICOS .................................................. 77
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 89
3.1. ESPORTES DE LUTAS OLÍMPICOS ........................................................... 89
3.2. ESPORTES DE LUTAS NãO OLÍMPICOS .................................................. 91
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 92
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 93
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 94
7. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 96
unidadE 3 – ENSINANDO LUTAS
1. INTRODUçãO ................................................................................................... 99
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERêNCIA ............................................................. 99
2.1. ENSINO DE LUTAS: OS JOGOS DE LUTAS ............................................... 99
2.2. FUNDAMENTOS DE ARTES MARCIAIS ................................................... 109
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 152
3.1. ENSINO DE LUTAS .................................................................................... 152
3.2. FUNDAMENTOS DE ARTES MARCIAIS ................................................... 155
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 155
5. CONSIDERAçÕES FINAIS ................................................................................. 158
6. E-REFERÊnCia .................................................................................................. 162
7. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 162
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo 
Aspectos históricos e conceituais relacionados com os Esportes de Lutas: Ar-
tes Marciais, Lutas e Esportes deLutas; Características gerais dos Esportes 
de Lutas: Contusão, Imobilização, Exclusão de Determinado Espaço e Dese-
quilíbrio; Esportes de Lutas Olímpicos e outros Esportes de Lutas: Aspectos 
Históricos e Fundamentais; Esportes de Lutas e Mídias; Construção didática 
para o Ensino de Lutas em diferentes contextos.
Bibliografia Básica
REID, H.; CROUCHER, M. O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes marciais. 
Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 2008. 
FRANCHINI, E.; DEL VECCHIO, F. B. Preparação física para atletas de judô. São Paulo: 
Phorte, 2008.
REIS, A. L. T. Educação Física e Capoeira: saúde e bem-estar social. Brasília: Thesaurus, 
2006.
Bibliografia Complementar 
REILA, G. Carlos Gracie – O criador de uma dinastia. Rio de Janeiro: Record, 2008.
SEVERINO, R. E. Espírito das artes marciais. São Paulo: Ícone, 1988.
BAPTISTA, C. F. S. Judô: da escola à competição. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.
GRACIE, H. Gracie Jiu-jitsu. Tradução de Silvia Graaff-Gracie. São Paulo: Saraiva, 2007.
BULL, W. J. Manual técnico de aikidô: adotado pelo Instituto Takemussu Brasil Aikikai. 
4. ed. ampl. São Paulo: Ícone, 2008. 
8 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente sele-
cionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em 
sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" por-
que são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referên-
cia. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementa-
res) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, 
a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de 
estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
9© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Para iniciar a exposição de Esportes de Lutas, é importan-
te pontuar algumas reflexões que o auxiliarão a compreender 
como este conteúdo será desenvolvido.
A formação em Educação Física é amplamente marcada 
pela oposição entre a aproximação científico-médica e esporti-
va, fundamentada principalmente nas ciências "duras" e aplica-
das, e a aproximação mais ecumênica (integrando a contribuição 
diversificada das Ciências Sociais e Humanas e das Ciências da 
Educação), educativa e pedagógica (BORGES, 2005).
Essa oposição não está limitada a um debate de ideias, mas 
se insere na própria estruturação do campo da Educação Física, 
marcado por diferentes ideologias sobre a sua natureza, suas fi-
nalidades, seus conteúdos, suas bases de conhecimentos e os 
papéis e as missões que os seus profissionais devem buscar e 
assumir. Expressa-se, também, na divisão entre Bacharelado e 
Licenciatura (BORGES, 2005).
Nesta divisão, a Licenciatura é responsável pela formação 
de professores que atuarão nas diferentes etapas e modalidades 
da Educação Básica, ou seja, para atuação específica e especia-
lizada com a componente curricular Educação Física (STEINHIL-
BER, 2006).
Já o Bacharelado é responsável pela qualificação de profis-
sionais (impedidos de atuar na Educação Básica) aptos a analisar 
criticamente a realidade social, para nela intervir por meio das 
diferentes manifestações da atividade física e esportiva, tendo 
por finalidade aumentar as possibilidades de adoção de um esti-
lo de vida fisicamente ativo e saudável (STEINHILBER, 2006).
10 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Para além do âmbito de atuação do licenciado e do bacha-
rel (contexto escolar e contexto não escolar), a intenção desta 
breve apresentação sobre a formação em Educação Física é a de 
desconstruir a ideia de que a prática profissional na área deve 
estar associada exclusivamente à execução e à demonstração de 
habilidades técnicas e capacidades físicas, o que remete à histó-
ria deste campo de conhecimento, atrelado à militarização e à 
esportivização.
A superação, então, deve ser obtida por meio da compre-
ensão da prática profissional como um processo de investigação 
e uma atividade criativa enquanto elaboração e intervenção so-
bre a realidade (RAMOS, 2002).
É importante salientar que a crítica não está relacionada 
diretamente à certificação do profissional na aquisição de habi-
lidades relacionadas ao "saber fazer", mas à falta de equilíbrio 
entre a competência técnica, a obrigação moral, o compromisso 
com a comunidade e o conhecimento disciplinar (BENITES; SOU-
ZA NETO; HUNGER, 2008).
Para ilustrar os possíveis malefícios de uma visão reducio-
nista sobre a Educação Física, apresentamos, na sequência, a ti-
rinha em quadrinhos de número 1594 da personagem Mafalda 
(Figura 1).
Fonte: Quino (2003).
Figura 1 Mafalda e Felipe jogando xadrez e Guille, irmão de Mafalda, observando.
11© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Na Figura 1, fica expressa a lógica de competir para vencer, 
fomentando vivências de sucesso para a minoria e o fracasso ou 
a vivência de insucesso para a maioria. É o ideal da produtivida-
de que está presente nas diversas áreas de atuação dos profes-
sores/profissionais de Educação Física: há sempre um vencedor, 
e o derrotado terá que se esforçar mais para ganhar da próxima 
vez, o que auxilia a perpetuar a desigualdade e a hierarquização 
de pessoas, gerando o sentimento de que o único objetivo das 
atividades é o seu retorno quantitativo-classificatório.
Já a tirinha em quadrinhos de número 208 de Mafalda (Fi-
gura 2) ilustra o sentimento, imposto desde cedo, de que não há 
outra forma de realizar um jogo, senão buscando a vitória, ou 
seja, ganhando do outro e atribuindo-lhe o papel de derrotado.
Fonte: Quino (2003).
Figura 2 Susanita e Felipe jogando xadrez.
Na tirinha de número 558 de Mafalda (Figura 3), fica evi-
dente que a reação de um dos personagens, assim como a apro-
vação (aplausos) dos colegas, sinaliza a ocorrência do sentimen-
to de incapacidade diante do não cumprimento do esperado. 
Tal situação perpetuada pode favorecer, inclusive, o ímpeto de 
querer ganhar a qualquer custo ("passar a perna"; "se dar bem").
12 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Fonte: Quino (2003).
Figura 3 Susanita, Mafalda, Manolito, Miguelito e Felipe jogando boliche.
Certamente, nos casos ilustrados das personagens de 
Toda Mafalda (Quino, 2003), a preocupação não foi ampliada 
ao compromisso com as pessoas, as suas satisfações e os seus 
desenvolvimentos.
Mas, será que essa preocupação voltada às questões edu-
cativas e pedagógicas, enfim, humanas, deve fazer parte das atri-
buições da formação do bacharel?
Visando subsidiar a sua compreensão, vamos expor alguns 
itens da Resolução CNE/CES 7/2004, que institui as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para os cursos de Educação Física, em ní-
vel superior de Graduação (Bacharelado) (BRASIL, 2004):
Art. 4º O curso de graduação em Educação Física deverá asse-
gurar uma formação generalista, humanista e crítica, qualifica-
dora da intervenção acadêmico-profissional, fundamentada no 
rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta ética.
§ 1º O graduado em Educação Física deverá estar qualificado 
para analisar criticamente a realidade social, para nela intervir 
acadêmica e profissionalmente por meio das diferentes mani-
festações e expressões do movimento humano, visando a for-
mação, a ampliação e o enriquecimento cultural das pessoas, 
para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida 
fisicamente ativo e saudável [...] (BRASIL, 2004, p. 1).13© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
[...]
Art. 6º As competências de natureza político-social, ético-mo-
ral, técnico-profissional e científica deverão constituir a concep-
ção nuclear do projeto pedagógico de formação do graduado 
em Educação Física.
§ 1º A formação do graduado em Educação Física deverá ser 
concebida, planejada, operacionalizada e avaliada visando a 
aquisição e desenvolvimento das seguintes competências e 
habilidades:
- Dominar os conhecimentos conceituais, procedimentais e ati-
tudinais específicos da Educação Física e aqueles advindos das 
ciências afins, orientados por valores sociais, morais, éticos e 
estéticos próprios de uma sociedade plural e democrática.
- Pesquisar, conhecer, compreender, analisar, avaliar a realida-
de social para nela intervir acadêmica e profissionalmente, por 
meio das manifestações e expressões do movimento humano, 
tematizadas, com foco nas diferentes formas e modalidades do 
exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte 
marcial, da dança, visando a formação, a ampliação e enrique-
cimento cultural da sociedade para aumentar as possibilidades 
de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável [...] 
(BRASIL, 2004, p. 2).
Dos artigos e parágrafos destacados das Diretrizes (BRASIL, 
2004), apontamos algumas "palavras-chave" muito importantes: 
"formação generalista, humanista e crítica"; "conduta ética"; 
"análise crítica da realidade social"; "ampliação e enriquecimen-
to cultural"; "valores sociais, morais, éticos e estéticos".
Tais expressões dão subsídio à seguinte afirmação: sim, a 
formação do bacharel deve se preocupar com questões educati-
vas, pedagógicas e humanas do movimento!
14 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Assim, Esportes de Lutas insere-se neste contexto, sendo 
indispensável que as atenções se voltem às possibilidades edu-
cativas das lutas.
A propósito, a própria atenção às possibilidades pedagógi-
cas das lutas constitui-se em embate, em luta (luta para ir além 
da exclusiva repetição de movimentos).
Boas reflexões!
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e 
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Arte marcial: está associada "[...] a um conjunto de 
práticas corporais que são configuradas a partir de uma 
noção aqui denominada de "metáfora da guerra", uma 
vez que essas práticas derivam de técnicas de guerra 
como denota o nome, isto é, marcial (de Marte, deus 
romano da guerra; Ares para os gregos) [...] Assim, a 
partir de sistemas ou técnicas diversas de combate si-
tuadas em diferentes contextos sociais, essas elabora-
ções culturais passam por um autêntico processo de 
ressignificação, em que a dimensão ética e estética 
ganha uma expressiva proeminência. Desta forma po-
demos identificar que a expressão "arte" nos sinaliza 
para uma demanda expressiva, inventiva, imaginária, 
lúdica e criativa, como elementos a serem inclusos no 
processo de construção de certas manifestações an-
tropológicas ligadas ao universo das Artes Marciais. Já 
15© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
o termo marcial, relacionado ao campo mitológico, faz 
alusões à dimensão conflituosa das relações humanas. 
Assim, temos a inclusão contínua de elementos que 
ultrapassam as demandas pragmáticas e utilitaristas 
das formas militares e bélicas de combates" (CORREIA; 
FRANCHINI, 2010, p. 1-2).
2) Esporte: de acordo com Houaiss (2009, n. p.), espor-
te é a "[...] prática metódica, individual ou coletiva, 
de jogo ou qualquer atividade que demande exercício 
físico e destreza, com fins de recreação, manutenção 
do condicionamento corporal e da saúde e/ou compe-
tição; desporte, desporto". O esporte é realizado de 
acordo com regras conhecidas, que “determinam a 
configuração inicial dos jogadores e dos seus padrões 
dinâmicos” adotados no desenrolar da prática (ELIAS; 
DUNNING, 1992, p. 230).
3) Esportes de lutas: são conhecidos também como es-
portes de combate e modalidades esportivas de com-
bate. “[...] Implicam uma configuração das práticas de 
lutas, das artes marciais e dos sistemas de combate 
sistematizados em manifestações culturais modernas, 
orientadas a partir das decodificações propostas pe-
las instituições esportivas. Aspectos e conceitos como 
competição, mensuração, aplicação de conceitos 
científicos, comparação de resultados, regras e nor-
mas codificadas e institucionalizadas, maximização do 
rendimento corporal e espetacularização da expres-
são corporal são alguns exemplos dessa transposição 
moderna de práticas seculares de "combate"" (COR-
REIA; FRANCHINI, 2010, p. 2). Embora as modalidades 
esportivas de combate mantenham interface com as 
16 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
lutas e com as artes marciais, é possível considerar 
que: "[...] são formas "esportivizadas" das anteriores, 
possuindo características comuns às demais modalida-
des esportivas [...]: 1) quantificação; 2) superação; 3) 
burocratização e institucionalização, via federações e 
organizações; 4) secularização; 5) especialização; 6) ra-
cionalização" (FRANCHINI; VECCHIO, 2011, p. 67).
4) Esportivização: conforme Betti (2009, p. 218), a espor-
tivização pode ser entendida como: "projeto que se re-
vigorou a partir do discurso das mídias sobre o desem-
penho do Brasil nos Jogos Olímpicos de Sidney/2000, 
considerado insatisfatório; tal qual na década de 1970, 
a Educação Física continua vista como base para a 
formação de atletas, colocada em posição subalterna 
ao esporte espetáculo. Na verdade, tal projeto nunca 
deixou de estar presente entre os professores de Edu-
cação Física, apenas havia perdido um pouco de força 
diante dos discursos pedagógicos renovadores".
5) Ludicidade: refere-se ao lúdico, que é: "a alegria, a 
espontaneidade, a referência não aos parâmetros da 
racionalidade, mas a uma lógica diferente: a lógica do 
ser feliz agora, do construir o futuro (e não do prepa-
rar-se para o dia em que ele despencará sobre nossas 
cabeças), do revolver o velho e construir o novo, da 
nova utopia, "ordem amorosa"" (MARCELLINO, 1995, 
p. 10). Para Houaiss (2009, n. p.), lúdico: "[...] visa mais 
ao divertimento que a qualquer outro objetivo; [...] se 
faz por gosto, sem outro objetivo que o próprio prazer 
de fazê-lo".
6) Luta: pode ser entendida como “combate de caráter 
esportivo, em que dois adversários desarmados se en-
17© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
frentam em corpo a corpo; qualquer combate corpo a 
corpo; batalha, guerra; oposição firme ou violenta; es-
forço para superar, para vencer obstáculos ou dificul-
dades” (HOUAISS, 2009, n. p.). O caráter polissêmico 
(multiplicidade de sentidos) do termo "luta" pode ser 
associado às “lutas de classe, dos trabalhadores, pelos 
direitos da mulher, pela vida e outros mais”; aos “em-
bates físicos/corporais por intenções de subjugações 
entre os sujeitos a partir de conflitos interpessoais” 
(CORREIA; FRANCHINI, 2010, p. 1).
3. EsquEma dos ConCEitos-ChavE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-
tos mais importantes deste estudo.
Ao segui-lo, você poderá transitar entre um e outro con-
ceito de Esportes de Lutas e descobrir o caminho para construir 
o seu conhecimento. Por exemplo, os conceitos “Luta”, “Arte 
Marcial” e “Esporte” podem estar associados a diferentes pers-
pectivas de desenvolvimento. Para cada perspectiva adotada, 
certamente a abordagem de ensino terá suas particularidades 
e enfatizará um aspecto específico. Neste caso, há duas vias de 
interpretação:
• “Luta”, “Arte Marcial” e “Esporte” associados à 
"Esportivização";
• “Luta”, “Arte Marcial” e “Esporte” associados à 
"Ludicidade".
Caberá a você refletir sobre as possibilidades e impossibi-
lidades de cada abordagem (“esportivizada” e/ou “lúdica”), no 
18 © ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
que se refere ao desenvolvimento do conteúdo deEsportes de 
Lutas!
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Esportes de Lutas.
4. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENITES, L. C.; SOUZA NETO, S.; HUNGER, D. O processo de constituição histórica 
das diretrizes curriculares na formação de professores de Educação Física. Revista 
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 343-360, maio/ago. 2008.
BETTI, M. Educação Física e sociedade: a Educação Física na escola brasileira de 1º e 2º 
graus. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2009.
BORGES, C. M. F. A formação dos docentes de Educação Física e seus saberes 
profissionais. In: BORGES, C. M. F.; DESBIENS, J. F. (Orgs.). Saber, formar e intervir para 
uma Educação Física em mudança. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 157-190. 
CORREIA, W. R.; FRANCHINI, E. Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes 
de combate. Revista Motriz, Rio Claro, v. 16, n. 1, p. 1-9, jan./mar. 2010.
ELIAS, N.; DUNNING, E. A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1992.
19© ESPORTES DE LUTAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
FRANCHINI, E.; VECCHIO, F. B. D. Estudos em modalidades esportivas de combate: 
estado da arte. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 25, p. 
67-81, dez. 2011.
HOUAISS, A. (Ed.). Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 3.0. Rio de 
Janeiro: Editora Objetiva, 2009.
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2002. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física. 
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BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação 
Superior. Resolução CNE/CES nº 7, de 31 de março de 2004. Institui as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível 
superior de graduação plena. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Brasília, DF, 5 abr. 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/
ces0704edfisica.pdf>. Acesso em: 16 set. 2015.
© ESPORTES DE LUTAS
21
UNIDADE 1
INTRODUçãO AOS ESPORTES DE LUTAS
Objetivos
• Conhecer e identificar aspectos conceituais relacionados aos esportes de 
lutas.
• Compreender e discutir possibilidades de desenvolvimento dos esportes 
de lutas, partindo de suas características gerais.
• Propiciar reflexões acerca das relações entre os esportes de lutas e as 
mídias.
Conteúdos
• Aspectos históricos e conceituais relacionados com os esportes de lutas.
• Características gerais dos esportes de lutas.
• Esportes de lutas e mídias.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites con-
fiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada 
unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é 
um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Para favorecer as suas reflexões sobre os assuntos abordados nesta unida-
de, é muito importante que você seja receptivo aos posicionamentos que, 
em primeira análise, aparentam ser divergentes das suas convicções. Caso 
contrário, você tenderá a negar conteúdos, antes mesmo de refletir sobre 
22 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
estes. Lembre-se sempre de verificar os argumentos aplicados a todas as 
afirmações.
3) Estude os conteúdos fazendo anotações das suas dúvidas e ideias, a fim de 
facilitar a sua aprendizagem. Tente esclarecer essas dúvidas para que não 
prejudiquem a sua compreensão das demais unidades.
23© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, apresentamos as diferenças con-
ceituais entre os termos: lutas, artes marciais e esportes de lu-
tas. Para além de simples diferenciação teórica, é importante re-
alizar reflexões sobre as possibilidades de interpretação desses 
conceitos, pois auxiliam a visualizar outras formas de abordagem 
e desenvolvimento dos esportes de lutas.
Por meio do estudo desta unidade, você poderá conhecer 
as características gerais dos esportes de lutas e fazer a reflexão 
crítica sobre a associação entre estes e os meios de comunicação.
Esperamos que ao final da unidade você tenha conseguido 
assimilar todo o conteúdo.
Bom estudo e ótimas reflexões!
2. CONTEúDO BÁSICO DE REFERêNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. Lutas, artes marciais e esportes de Lutas
Conforme pontuam Breda et al. (2010), precisar o surgi-
mento das lutas é uma tarefa impossível, pois não se trata de 
uma proposição isolada de um ser humano ou grupo, mas de 
uma construção sociocultural modificada e significada ao longo 
do tempo.
24 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
É possível afirmar que as primeiras formas de lutas sur-
giram da necessidade de defesa pessoal e/ou de territórios e, 
com o passar dos anos, foram sendo associadas a manifestações 
sociais, tais como: utilização em rituais (principalmente entre os 
indígenas); na preparação de exércitos para guerras (no Oriente 
e na Grécia Antiga); como um jogo e um exercício físico (na Euro-
pa) (BREDA et al., 2010).
Como exemplo de luta realizada pelos povos indígenas, 
apresentamos a Ikindene (Figura 1), na qual o objetivo é derru-
bar o oponente ou tocar a perna do adversário com as mãos. 
Nesta luta, o vencedor é aquele que consegue tocar o concor-
rente ou provocar a sua queda (HERRERO; FERNANDES; FRANCO 
NETO, 2006).
Fonte: Herrero, Fernandes e Franco Neto (2006, p. 172).
Figura 1 Realização da Ikindene pelo povo Kalapalo.
25© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
De acordo com Herrero, Fernandes e Franco Neto (2006, 
p. 171), a Ikindene"[...] acontece à maneira de campeonato, 
durante a cerimônia Kwarìp com participação exclusivamente 
de homens, e durante o Jamugikumalu, quando só participam 
mulheres".
O termo luta ainda pode conter em si uma série de sig-
nificados, tais como luta pela vida, por objetivos pessoais, pela 
terra, com um oponente em alguma prática esportiva, pela legi-
timação de um campo de conhecimento, entre outros (RUFINO, 
2012).
De acordo com Rufino (2012, p. 32): “a partir de três mil 
anos antes de Cristo, os indícios de povos que lutavam são mais 
nítidos e numerosos, o que possibilita afirmar que todos os po-
vos da Antiguidade já praticavam alguma forma de luta”.
À utilização de técnicas de 
guerra derivadas das lutas em seu 
contexto de guerra, denomina-se 
arte marcial (de “Marte”, deus ro-
mano da guerra; de “arte”, pelo des-
taque à dimensão ética e estética e 
sua demanda expressiva, inventiva, 
imaginária, lúdica e criativa) (COR-
REIA; FRANCHINI, 2010).
Com relação à arte da guerra, 
é preciso fazer referência ao mais 
antigo tratado de guerra, intitulado 
A arte da guerra (TZU, 2012), que 
remonta à turbulenta época dos Es-
tados Guerreiros na China, no sécu-
lo 1º a.C.
Observe a Figura 2. Figura 2 Ilustração de Sun Tzu.
26 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Tal tratado é considerado importante, pois tem como 
princípio:
[...] é melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar 
a espada [...] Muitas vezes, a vitória arduamente conquistada 
guarda um sabor amargo de derrota, mesmo para os próprios 
vencedores (TZU, 2012, p. 9).
Para alcançar a glória e o sucesso, não se pode perder de 
vista os seguintes fatores: a doutrina, o tempo, o espaço, o co-
mando, a disciplina (TZU, 2012).
Sobre cada um dos fatores, Sun Tzu afirma oque virá logo 
a seguir.
Doutrina
“A doutrina engendra a unidade de pensamento; inspira-
-nos uma mesma maneira de viver e de morrer, tornando-nos 
intrépidos e inquebrantáveis diante dos infortúnios e da morte” 
(TZU, 2012, p. 22).
Tempo
Se conhecermos bem o tempo, não ignoremos os dois grandes 
princípios yin e yang, mediante os quais todas as coisas naturais 
se formam e dos quais todos os elementos recebem seus mais 
diversos influxos. Apreciaremos o tempo da interação desses 
princípios, para a produção do frio, do calor, da bonança ou da 
intempérie (TZU, 2012, p. 22).
Espaço
O espaço [...] não é menos digno de nossa atenção. Se o estu-
darmos bem, teremos a noção do alto e do baixo; do longe e do 
perto; do largo e do estreito; do que permanece e do que não 
cessa de fluir (TZU, 2012, p. 22).
27© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Comando
Entendo por comando a equidade, o amor pelos subordinados 
e pela humanidade em geral. O conhecimento de todos os re-
cursos, a coragem, a determinação e o rigor são qualidades que 
devem caracterizar aquele que investe a dignidade de general. 
São virtudes necessárias que devemos adquirir a qualquer pre-
ço. Somente elas podem tornar-nos aptos a marchar dignamen-
te à frente dos outros (TZU, 2012, p. 22).
Disciplina
Possuir a arte de ordenar as tropas; não ignorar nenhuma das 
leis da hierarquia e fazer com que sejam cumpridas com rigor; 
estar ciente dos deveres particulares de cada subalterno; co-
nhecer os diferentes caminhos que levam a um mesmo lugar; 
não desdenhar o conhecimento exato e detalhado de todos os 
fatores que podem intervir; e informar-se de cada um deles em 
particular (TZU, 2012, p. 23).
A soma de todos esses fatores constitui uma doutrina, "[...] 
cujo conhecimento prático não deve escapar à sagacidade nem à 
atenção de um general" (TZU, 2012, p. 23). Há, então, ao contrá-
rio do que se poderia imaginar, clara referência à sabedoria para 
o desenvolvimento de ações.
Ainda em relação à China, Breda et al. (2010) consideram 
que Bodhidharma (Figura 3), príncipe indiano, foi fundamental 
para disseminar, no século 6º, técnicas de defesa pessoal sem 
o uso de armas aos monges do Templo de Shaolin. As técnicas 
de Bodhidharma foram agregadas aos hábitos de meditação e 
estudos dos monges.
De acordo com os referidos autores:
[...] Em virtude disso, os monges do Templo Shaolin se tornaram 
exímios combatentes, tornando-se experts nas artes marciais. 
Os monges transitavam por diversos mosteiros, espalhados 
28 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
por várias regiões da China e foram disseminando as técnicas 
aprendidas em suas paradas. Em cada região, novas técnicas 
foram surgindo e ganhando novos adeptos que se restringiam 
a poucos iniciados à prática budista, e, assim, as técnicas Sha-
olin foram mantidas em segredo por muitos anos. A posição 
sentada de meditação foi trocada por posições combativas, e 
passavam-se horas em treinamento, que consistia na quebra de 
diversos objetos, como tijolos, madeiras, e na prática de sal-
tos e movimentos observados em combates entre animais [...] 
(BREDA et al., 2010, p. 30).
Figura 3 Ilustração de Bodhidharma.
A nomenclatura “esportes de lutas” pode ser vista, inicial-
mente, a partir da associação de seus termos constituintes, ou 
seja, esporte e luta. Seria, então, a agregação das lutas ao fe-
nômeno esportivo, significando: "[...] prática metódica [...] que 
29© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
demande exercício físico e destreza, com fins de recreação, ma-
nutenção do condicionamento corporal e da saúde e/ou compe-
tição; desporte, desporto" (HOUAISS, 2009, n. p.), realizada de 
acordo com regras conhecidas que determinam a configuração 
inicial dos jogadores e dos seus padrões dinâmicos adotados no 
desenrolar da prática (ELIAS; DUNNING, 1992).
Outras expressões, tais como “esportes de combate” e 
“modalidades esportivas de combate”, podem ser aproximadas 
à nomenclatura esportes de lutas.
Para Correia e Franchini (2010, p. 2), a denominação “mo-
dalidades esportivas de combate”:
implica uma configuração das práticas de lutas, das artes mar-
ciais e dos sistemas de combate sistematizados em manifesta-
ções culturais modernas, orientadas a partir das decodificações 
propostas pelas instituições esportivas. Aspectos e conceitos 
como competição, mensuração, aplicação de conceitos cientí-
ficos, comparação de resultados, regras e normas codificadas 
e institucionalizadas, maximização do rendimento corporal e 
espetacularização da expressão corporal são alguns exemplos 
dessa transposição moderna de práticas seculares de "comba-
te” [...].
Embora as modalidades esportivas de combate man-
tenham interface com as lutas e as artes marciais, Franchini e 
Vecchio (2011) afirmam que são formas esportivizadas destas, 
possuindo características comuns às demais modalidades espor-
tivas: “1) quantificação; 2) superação; 3) burocratização e institu-
cionalização, via federações e organizações; 4) secularização; 5) 
especialização; 6) racionalização" (FRANCHINI; VECCHIO, 2011, 
p. 67).
Betti (2009, p. 218) classifica o fenômeno esportivização 
como:
30 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Projeto que se revigorou a partir do discurso das mídias sobre 
o desempenho do Brasil nos Jogos Olímpicos de Sidney/2000, 
considerado insatisfatório; tal qual na década de 1970, a Edu-
cação Física continua vista como base para a formação de atle-
tas, colocada em posição subalterna ao esporte espetáculo. Na 
verdade, tal projeto nunca deixou de estar presente entre os 
professores de Educação Física, apenas havia perdido um pou-
co de força diante dos discursos pedagógicos renovadores [...].
Contudo, o desenvolvimento dos esportes de lutas tam-
bém pode levar em conta o aspecto lúdico (a ludicidade), afinal, 
tal característica é inerente aos seres humanos.
Para Marcellino (1995, p. 10), o lúdico é:
A alegria, a espontaneidade, a referência não aos parâmetros 
da racionalidade, mas a uma lógica diferente: a lógica do ser 
feliz agora, do construir o futuro (e não do preparar-se para o 
dia em que ele despencará sobre nossas cabeças), do revolver o 
velho e construir o novo, da nova utopia, ‘ordem amorosa’ [...].
Assim, associando os esportes de lutas à ludicidade, o ob-
jetivo principal passa a ser o divertimento, a satisfação na reali-
zação das ações.
Enfatizando as características essenciais humanas em con-
texto de luta, é possível perceber que o potencial humano da 
luta, ou seja, o ímpeto que as pessoas possuem em buscar uma 
solução quando tudo está se perdendo, envolve sentimentos e 
ações que vão além da intenção de sobressair diante do outro, 
ou de vencê-lo.
Para ilustrar essa essência humana, expomos agora uma 
situação extrema de luta – a luta pela vida, pela sobrevivência 
–, advinda de um acidente aéreo com um avião da Força Aérea 
do Uruguai, fretado por integrantes de um time de rúgbi amador 
31© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
do país, que tinha como destino o Chile, porém colidiu com uma 
montanha nos Andes, em outubro de 1972.
Luta pela vida
No referido acidente aeronáutico, das 45 pessoas a bordo, 
29 sobreviveram ao impacto, porém apenas 16 foram resgatadas 
depois de 72 dias sob temperaturas de até trinta graus negativos, 
sem roupas apropriadas, sem comida e abrigadas apenas pelo 
que restou da fuselagem após a colisão (VIERCI, 2010).
A montanha apresentou-se, naquele momento da queda, 
extremamente adversa, com várias emboscadas, colocando à 
prova toda a capacidade dos sobreviventes de suportar a dor, a 
frustração e as humilhações. Porém, naquela "situação-limite" 
(na qual, inicialmente, aguardavam pelo resgate, mas logo, nos 
primeiros dias, souberam, pelo rádio, que as buscas haviam sido 
suspensas e todos os tripulantes dados como mortos), surgiu a 
denominada "sociedade da neve", título dado pelospróprios so-
breviventes (VIERCI, 2010).
As adversidades fizeram com que atitudes e valores dife-
rentes dos da planície, onde viviam até então, emergissem. Se 
para os habitantes da planície o "instinto de sobrevivência" era: 
“[...] o egoísmo, o salve-se quem puder, eu me viro com o meu 
grupo de mais chegados e o resto que se dane [...] na montanha 
aconteceu exatamente o contrário do que ocorre na sociedade" 
[...] (METHOL, 2010, p. 184).
Veja um trecho de um depoimento de um dos sobreviventes:
[...] Eu sentia medo: esses sujeitos não seriam capazes de matar 
para sobreviver? Muito pouco tempo depois me dei conta do 
quanto me enganava. O grupo não só não era agressivo como 
era o mais afetuoso que conheci na vida. Como pude pensar 
32 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
tamanho absurdo? Tenho apenas uma resposta: trazia em mim 
uma realidade que já não vigorava na montanha [...] (SABELLA, 
2010, p. 115).
Na sociedade da neve, “o que se valorizava não era algo 
material, mas coisas intangíveis, como o fato de serem todos 
iguais, de pensarem no grupo, de serem fraternos, demonstra-
rem afeto ou abrigarem ilusões" [...] (CANESSA, 2010, p. 28).
Em mais um depoimento:
[...] Deixamos de lado todo o mundo material e nos aproxima-
mos da nossa essência, enriquecemos o espírito, e nossos dons 
como seres pensantes funcionaram ao máximo. Um grupo de 
moribundos semicongelados e famélicos, que ignoravam total-
mente onde estavam, abraçando-se para não morrer de frio, 
sem contar com nenhum outro elemento além do afeto e da 
inteligência [...] (STRAUCH, 2010, p. 348-349).
De acordo com Parrado (2010, p. 366-367), os sobreviven-
tes nunca foram pessoas melhores do que quando estavam nos 
Andes, pois lá:
[...] não havia interferência externa, não havia dinheiro, não 
havia intolerância, não havia hipocrisia das relações baseadas 
na busca por vantagens ou em interesses, pois ninguém tinha 
nada de material a oferecer, não havia discursos de duplo sen-
tido, não havia possibilidade de ascensão no trabalho, pois não 
havia emprego, não havia nada. Éramos todos absolutamente 
honestos, pois íamos morrer [...].
Strauch (2010, p. 99), ainda sobre os bens materiais, afirma:
[...] quando se vive a ausência total de bens materiais, abre-
-se espaço para outras sensações, novos sentidos, que é o que 
procuro resgatar quando venho à montanha, pois sei que ao 
retornar à civilização vou voltar a perder esse sentimento, ao 
menos em parte [...].
33© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
[...] Na montanha ninguém se vangloriava de nada, de ter cria-
do isso ou inventado aquilo, tudo era feito para o grupo, e não 
havia outra recompensa que não fosse o bem-estar do conjun-
to. E quando não existe ego [...] é possível absorver mais dos 
outros, do entorno, da natureza, eventualmente de uma força 
superior [...].
Canessa (2010, p. 33) ressalta: 
[...] na montanha vi gestos de generosidade e entrega que nun-
ca mais voltei a ver na vida. E esses gestos, em especial vindos 
de pessoas gravemente feridas, que sabiam que iam morrer, 
obrigam você a dar tudo de si, até a última gota de sangue [...].
“[...] Numa situação-limite surge um impulso que o leva, 
sempre, a fazer um novo esforço que ultrapassa os seus limites" 
[...] (ALGORTA, 2010, p. 203).
Strauch (2010, p. 102) em outro depoimento: “[...] Fomos 
nos transformando em loucos que atuavam com base no amor e 
na sensibilidade [...]”.
Fernández (2010, p. 82) dá mais um depoimento:
[...] Quando você está assim tão comprometido, tão engajado, 
perde a capacidade de guardar segredos. Na civilização você 
sempre oculta alguma coisa, alguma fragilidade que não quer 
que seja conhecida, mesmo pela pessoa em que mais confia. 
Na montanha eu não escondia nada, depositava todo o meu ser 
no outro, e ele depositava tudo em mim, de modo que acabáva-
mos sendo um único organismo. Até mesmo fisicamente, o fato 
de vivermos abraçados uns aos outros num espaço tão reduzi-
do para não congelarmos criava uma conexão diferente. Aquilo 
era o grupo, uma pessoa só dividida em muitas outras [...].
Para Inciarte (2010, p. 65), a dedicação ao semelhante é 
o principal ensinamento extraído da montanha: "[...] não existe 
nada melhor e que proporcione mais tranquilidade de espírito 
[...]".
34 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Ainda em relação ao companheirismo, Zerbino (2010, p. 
163) completa:
[...] nós não tínhamos ilusões isoladamente. Quando Arturo me 
deu a mão ao morrer, é porque não queria ficar sozinho. Quan-
do deixávamos de nos tocar, começávamos a enlouquecer. Por 
isso é que dormíamos abraçados, e não apenas por causa do 
frio [...].
Sobre o ímpeto humano em essência, Strauch (2010, p. 98) 
afirma:
[...] Quando se perde tudo, você acaba chegando ao coração 
nu, onde o ser humano é capaz de entregar a si mesmo pelo ou-
tro. Quando a morte se aproxima [...], as camadas superficiais 
se desfazem e pessoas comuns são capazes de realizar os gestos 
mais extraordinários [...].
Ainda sobre as ilusões, sobre acreditar nas possibilidades, 
apesar das adversidades, Methol (2010, p. 189) considera: “[...] 
se convencer de que vai morrer, e se pensar assim vai morrer 
mesmo. Se dizer vou morrer, você morre, pois vai morrer de den-
tro para fora. A outra opção é se sentir acompanhado e viver 
[...]”.
Em relação às principais mudanças ocorridas com os so-
breviventes após o advento da montanha, garantem os autores:
[...] Ficou [...] o compromisso de não nos deixarmos contagiar 
pelo orgulho e pela vaidade da sociedade convencional da qual 
provínhamos. [...] Ficou a filosofia dos homens da montanha, 
essa ética dos tropeiros, de ajudar aos outros mesmo que isso 
implique arriscar a própria vida [...] (CANESSA, 2010, p. 39).
[...] Sinto que renasci nos Andes. [...] essa outra pessoa que 
surgiu com o passar dos dias, que aprendeu o valor da vida, 
que entendeu como atuar em conjunto, que aprendeu a pensar 
além do próprio nariz [...] incorporou-se em mim para sempre 
[...] (PáEZ, 2010, p. 220).
35© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
[...] Às vezes me pergunto em que a cordilheira me fez mudar, e 
sempre chego a uma conclusão elementar: aprendi a desfrutar 
a vida, em especial as coisas mais simples, a família, os amigos. 
Rir, me sentir grato, sem necessidade de viver num paraíso ou 
com dinheiro no bolso [...] (HARLEY, 2010, p. 252).
[...] Muitas vezes me pergunto em que o desastre dos Andes 
nos fez mudar. [...] ele nos transformou em lutadores, eliminou 
para sempre qualquer atitude de resignação. Uns se deram 
melhor na vida que outros, e é claro que não me refiro ao su-
cesso mundano que se conhece na sociedade. Mas todos têm 
um denominador comum: são lutadores, não se dobram. Esta 
é a fórmula que define os Andes, nunca houve resignação. [...] 
Não se trata de uma reflexão teórica, mas de uma constatação. 
Todos os sobreviventes são combativos, vão em frente mesmo 
quando terão de perder [...] (VIZINTÍN, 2010, p. 303).
[...] Hoje, se estou andando na rua e vejo uma pessoa cair e 
se ferir, a primeira coisa que me ocorre é me aproximar, sem 
hesitar um instante, pois sei o que significa alguém segurar a 
sua mão quando você está ferido ou moribundo [...] (HARLEY, 
2010, p. 248).
[...] Para mim, o verdadeiro milagre é que, ao viver tanto tempo 
se esquivando da morte, resvalando nela o tempo todo, apren-
demos da forma mais intensa o que significa estar vivo [...] 
(PARRADO, 2010, p. 370).
A apresentação das palavras de integrantes da sociedade 
da neve revela que aquela situação adversa foi responsável pelo 
distanciamento da lógica da planície, extremamente competiti-
va, individualista, egoísta, e pelo afloramento da humanidade 
inibida, do cuidado com o semelhante, da generosidade.
Se em situações extremas de luta pode haver a ênfase à 
"satisfação" de todos, será que no desenvolvimento dos espor-
tes de lutas tal objetivo não podeser buscado?
36 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Com as leituras propostas no Tópico 3. 1., você pode 
acompanhar algumas reflexões sobre as artes marciais, in-
cluindo seus conceitos, suas origens e seus valores. Antes de 
prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indica-
das, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.2. esportes de Lutas: caracterÍsticas Gerais e mÍdia
Os esportes de lutas podem ser abordados conforme os 
seus aspectos gerais, ou seja, comuns a diversas modalidades de 
luta.
Para tanto, os esportes de lutas podem ser divididos, por 
exemplo, em quatro grandes categorias, relacionadas com as 
suas principais características, ou seja, em: lutas de contusão; 
lutas de imobilização; lutas de exclusão de determinado espaço; 
lutas de desequilíbrio.
• Nas lutas de contusão, a característica principal é o con-
tato corporal provocado por socos, chutes, joelhadas, 
cotoveladas, tendo como objetivo atingir o oponente.
• Nas lutas de imobilização, a principal característica é 
a imobilização do oponente, objetivando restringir as 
suas ações.
• Nas lutas de exclusão de determinado espaço, o objeti-
vo central é retirar o oponente de certo local.
• E nas lutas de desequilíbrio, a intenção é desestabilizar 
o oponente, provocando a sua queda.
Breda et al. (2010) dividem as lutas em três categorias, par-
tindo das suas características: elementos de curta distância das 
37© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
lutas; elementos de média distância das lutas; elementos de lon-
ga distância das lutas.
Essas três categorias foram elaboradas com base no tipo 
de contato e nas ações técnicas envolvidas nas diferentes mo-
dalidades de luta. Breda et al. (2010) ressaltam que uma única 
modalidade pode apresentar características dos três grupos, ci-
tando como exemplo o kung fu.
Os elementos de curta distância estão relacionados ao 
agarramento do adversário, sendo observado em modalidades 
como judô, jiu-jítsu, luta olímpica, aikido etc. As técnicas básicas 
de luta em curta distância são: rolamentos; quedas; imobiliza-
ções; chaves (BREDA et al., 2010).
Em relação aos elementos de média distância, a principal 
característica está no toque em direção ao adversário, seja em 
locais específicos do corpo ou de maneira uniforme, tendo como 
objetivo marcar pontos, como nos casos do tae kwon do, do ca-
ratê e de alguns estilos de kung fu. Os toques também podem 
ser feitos com máxima força e/ou intensidade no corpo do adver-
sário, objetivando o seu nocaute, como, por exemplo, no boxe, 
no muay thai etc. Os elementos técnicos de média distância das 
lutas são: socos; chutes; cotoveladas; joelhadas; defesas com 
membros inferiores e superiores (BREDA et al., 2010).
Já os elementos de longa distância das lutas são os que en-
volvem o uso de implementos, em geral armas, como a espada, o 
sabre e o florete na esgrima; a shinai (espada) no kendo; as espa-
das, os bastões e outros implementos no kung fu etc. As técnicas 
de longa distância estão relacionadas ao domínio e ao manuseio 
dos implementos (BREDA et al., 2010).
38 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Breda et al. (2010) ainda enfatizam a existência das “for-
mas”, que são sequências predeterminadas ou construídas de 
movimentos de lutas, simulando um combate, mas geralmente 
com adversários imaginários. Nas modalidades de origem japo-
nesa, são chamadas de katas, e nas de origem chinesa, katis. As 
formas podem ser desenvolvidas em elementos de curta, média 
e longa distância ou por meio da integração de elementos de 
duas ou três categorias (BREDA et al., 2010).
Já Rufino (2012) ressalta o desenvolvimento das dimen-
sões do conteúdo: conceitual, procedimental e atitudinal.
Na dimensão conceitual, estão todos os aspectos históri-
cos, conceituais e normativos das lutas. Devido à própria cons-
trução histórica das lutas e da tradição que muitas modalidades 
mantiveram, os conceitos históricos são uma parte importante e 
representativa dos conteúdos. Além da história, conceitos nor-
mativos, referentes às regras e às normas técnicas de execução 
dos golpes, também fazem parte da dimensão conceitual (RUFI-
NO, 2012).
Na dimensão procedimental, é enfatizado o ensino das téc-
nicas e dos movimentos das lutas, porém, ressalta Rufino (2012) 
que o saber fazer da dimensão procedimental não deve apenas 
se ater à realização dos movimentos, e sim, contextualizá-los, ex-
plicando os motivos e os porquês de realizá-los.
Na dimensão atitudinal, Rufino (2012) enfatiza o ensino 
de condutas éticas, valores e atitudes relacionados com as lutas, 
entre eles, o respeito e a disciplina. Contudo, não se trata de 
ter códigos de conduta, credos de aceitação e de realizar sauda-
ções e reverências, simplesmente. Mais do que ter a dimensão 
atitudinal fixada na parede do local de treinamento, ela precisa 
percorrer todos os processos de ensino e de aprendizagem das 
39© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
lutas, possibilitando que estas levem os alunos a, realmente, de-
senvolverem criticamente as ações atitudinais (RUFINO, 2012).
Atentando para características gerais das lutas, é possível o 
seu desenvolvimento em variados contextos, pois não se estará 
ensinando especificamente uma arte marcial, mas elementos da 
cultura corporal, direcionados para a ampliação do repertório de 
movimentos, por exemplo.
Atualmente, há em academias sistemas de treinamento 
corporal que utilizam movimentos característicos de algumas lu-
tas, associados, por exemplo, a músicas, transformando-as em 
ginástica de academia.
No que diz respeito aos esportes de lutas e às mídias, nós, 
que vivemos em sociedade, estamos expostos a constantes vari-
áveis sociais, culturais e, principalmente, ideológicas.
Um exemplo simplificado do condicionamento ideológico 
a que estamos expostos cotidianamente pode ser a compra de 
um refrigerante. Será que, quando estamos prestes a escolher 
um refrigerante para levar para casa, diante de uma geladeira no 
mercado, estamos realmente livres para escolher?
Não somos, ou, ao menos, não podemos estar sendo ex-
tremamente influenciados a consumir um produto A, em detri-
mento de um produto B, por propagandas que o tempo todo 
nos seduzem? Será que os veículos de comunicação não nos 
influenciam?
As mídias estão em toda parte e nos bombardeiam diaria-
mente com milhares de imagens, palavras e sons. Cada vez mais 
integradas ao cotidiano, por intermédio do seu discurso apoiado 
numa linguagem audiovisual, “elas não transmitem informações 
40 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
‘neutras’, mas alimentam nosso imaginário e constroem uma in-
terpretação do mundo” (BETTI, 2003, p. 92).
Dessa forma, tal influência, certamente, estende-se aos es-
portes e aos esportes de lutas.
Na área das lutas, percebemos o esvaziamento ou a lota-
ção de academias, fato que está associado a sua exposição nos 
veículos de comunicação.
Quando uma emissora de TV, com abrangência nacional, 
inicia a divulgação de um esporte de luta, ou de um conjunto de 
esportes de lutas, geralmente o resultado já é esperado: as aca-
demias que oferecem tais lutas passam a ser bastante procura-
das; e aquelas que não as oferecem providenciam, rapidamente, 
o início das modalidades, para não perder alunos.
A influência da mídia na popularização de um esporte ou 
de um esporte de luta, também, pode ser comprovada com o 
exemplo do MMA (Mixed Martial Arts) – em português, AMM: 
Artes Marciais Mistas.
Em relação à exposição dos esportes em veículos de comu-
nicação, o jornal Folha de S.Paulo on-line, de circulação nacional, 
divulgou as primeiras notícias do MMA em 2011, totalizando, 
aproximadamente, 110 notícias.
Destas 110 notícias, cerca de 40 foram agrupadas no pe-
ríodo de novembro e dezembro, justamente, a partir do mês 
que uma grande emissora de canal aberto de televisão (Figura 
4) iniciou a transmissãodas lutas do principal evento mundial 
da modalidade UFC (Ultimate Fighting Championship) (GLOBO-
ESPORTE.COM, 2011).
41© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Figura 4 Notícia sobre o início das transmissões do UFC.
Em 2012, as notícias desse mesmo jornal on-line sobre 
o MMA, praticamente, dobraram, chegando a cerca de 210 
notícias.
Você, também, pode pesquisar em outros veículos de in-
formação quando foram veiculadas as primeiras notícias sobre o 
MMA e o UFC. Será que a sua pesquisa coincidirá com o levanta-
mento realizado?
42 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas 
no Tópico 4, você deve fazer as leituras indicadas no Tópico 3. 
2., para compreender as características gerais dos esportes de 
lutas e o papel da mídia na sua divulgação.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso 
(Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). 
Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
•	 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: 
Esportes de Lutas – Vídeos Complementares – Complementar 1.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. Lutas, artes marciais e esportes de Lutas
No livro O espírito das artes marciais, especialmente, en-
tre as páginas 3 e 34, você pode acompanhar algumas reflexões 
sobre as artes marciais, incluindo seus conceitos, suas origens e 
seus valores. Para isso, acesse o link a seguir:
• SEVERINO, R. E. O espírito das artes marciais. 
São Paulo: Nelpa, 2010. Disponível em: <http://
b o o ks . go o g l e . co m . b r / b o o ks ? i d = x Gv b RC z 7 s _
43© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
k C & p r i n t s e c = f r o n t c o v e r & h l = p t -
BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 22 set. 2015.
Já no artigo “Evidências da prática marcial em Shaolin du-
rante o período Ming”, são apresentadas evidências de que o 
mosteiro de Shaolin, na China, teria sido o local de "nascimento" 
das tradições marciais chinesas. Acompanhe a exposição da tra-
jetória das "artes marciais" no link a seguir: 
• SHAHAR, M. Evidências da prática marcial em Shaolin 
durante o período Ming. Revista de Estudos da Religião, 
n. 4, p. 93-144, 2003. Disponível em: <http://pucsp.
br/rever/rv4_2003/p_shahar.pdf>. Acesso em: 22 set. 
2015.
No artigo “Artes marciais, formação profissional e esco-
las de ofício: análise documental do judô brasileiro", os autores 
apresentam aspectos da constituição das artes marciais no Bra-
sil, especificamente o judô, considerando a formação e a capaci-
tação do técnico desportivo para a modalidade. Para lê-lo, aces-
se o link a seguir:
• DRIGO, A. J. et al. Artes marciais, formação profissional e 
escolas de ofício: análise documental do judô brasileiro. 
Revista Motricidade, v. 7, n. 4, p. 49-62, 2011. Disponível 
em: <http://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/
view/88/80>. Acesso em: 22 set. 2015.
3.2. esportes de Lutas: caracterÍsticas Gerais e mÍdia
No artigo "Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos 
grupos situacionais", Gomes et al. (2010) identificam e classifi-
cam princípios comuns no ensino das lutas: princípios condicio-
nais (contato proposital, fusão ataque/defesa, oponente/alvo, 
44 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
imprevisibilidade e regras) determinantes para a compreensão e 
a leitura de sua dinâmica interna.
Esses princípios condicionais e demais apontamentos rea-
lizados pelos autores podem ser estudados no link a seguir:
• GOMES, M. S. P. et al. Ensino das lutas: dos princípios 
condicionais aos grupos situacionais. Revista 
Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 207-227, abr./jun. 
2010. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/Movimento/
article/view/9743/8928>. Acesso em: 22 set. 2015.
No artigo "Esporte e mídia: um pequeno esboço", você en-
contra um esboço sobre as relações entre o esporte e a mídia, 
que é compreendido não mais como uma manifestação que se 
expressa pelo se-movimentar humano, mas como uma merca-
doria idêntica a qualquer outra. Acompanhe essas reflexões no 
link a seguir:
• MÜLLER, U. Esporte e mídia: um pequeno esboço. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 17, n. 3, p. 
212-219, maio 1996. Disponível em: <http://revista.
cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/849/503>. 
Acesso em: 22 set. 2015.
No artigo "Esporte na mídia ou esporte da mídia?", Betti 
(2001), partindo do pressuposto de que todo esporte que está 
na mídia é, na verdade, um esporte da mídia, descreve uma série 
de fatores que assim o caracterizam, apresentando a sua conclu-
são. Você pode ler este artigo no link a seguir:
• BETTI, M. Esporte na mídia ou esporte da mídia? 
Revista Motrivivência, Florianópolis, v. 12, n. 17, p. 1-3, 
set. 2001. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.
br/index.php/motrivivencia/article/view/5929/5441>. 
Acesso em: 22 set. 2015.
45© ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões à seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Após os estudos realizados, se alguém lhe afirmar que “artes marciais, lu-
tas e esportes de lutas são uma ‘coisa’ só”, qual seria a sua resposta? Quais 
as principais diferenças entre os termos: artes marciais; lutas; esportes 
de lutas? Como justificaria e quais exemplos citaria a essa pessoa, para 
convencê-la de que os termos apresentam diferenças?
2) As expressões “esportes de lutas”, “esportes de combate” e “modalida-
des esportivas de combate” apresentam o esporte incluído em suas deno-
minações e em suas ações. Porém, sob quais perspectivas este conteúdo 
“esportivo” pode ser desenvolvido? Será que a relação das lutas com os 
esportes está restrita ao seu aspecto amplamente competitivo? O que 
pode ser associado com os esportes de lutas para enfatizar, por exemplo, 
a satisfação de todos os envolvidos?
3) Após a leitura dos depoimentos de sobreviventes do acidente aéreo ocor-
rido no Chile, em 1972, quais principais “lições” podem ser associadas 
à compreensão das lutas e dos esportes de lutas? Em situação extrema 
de luta pela sobrevivência, quais foram as atitudes dos sobreviventes? A 
disputa para se manter vivo foi responsável pela atribuição do papel de 
adversário e de inimigo aos outros sobreviventes? A “satisfação” buscada 
envolvia somente a própria pessoa ou envolvia todos?
4) A atenção às características gerais dos esportes de lutas pode ser associa-
da à intenção de desenvolvê-los em diferentes contextos e com diferentes 
intencionalidades. Como você se posiciona diante desta afirmação? O que 
justificaria para negá-la ou para reafirmá-la? O que significa desenvolver 
os esportes de lutas, enfatizando as suas características gerais?
5) Inserir reflexões sobre as possíveis influências das mídias nos esportes de 
lutas teve qual intenção? Os veículos de comunicação são realmente capa-
zes de influenciar ou determinar os caminhos seguidos por modalidades 
esportivas? Quais exemplos poderiam ser apresentados para demonstrar 
essa influência?
46 © ESPORTES DE LUTAS
UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
5. CONSIDERAÇÕES
O principal objetivo desta primeira unidade foi apresentar 
reflexões sobre as possibilidades de se abordar o conteúdo de 
Esportes de Lutas. Dessa forma, esperamos que os seus estudos 
sobre os aspectos conceituaise o desenvolvimento dos esportes 
de lutas tenham colaborado para o seu aprendizado, bem como 
para as associações entre os conhecimentos adquiridos e a sua 
prática profissional.
Veja agora o Conteúdo Digital Integrador, que ampliará 
seu conhecimento sobre o assunto. Na próxima unidade, você 
conhecerá algumas modalidades de esportes de lutas.
6. E-REFERÊnCias
Lista de figuras
Figura 2 Ilustração de Sun Tzu. Disponível em: <http://www.editoraevora.com.br/
blog/wp-content/uploads/2010/12/002-sun-tzu-nhy.jpg>. Acesso em: 22 set. 2015.
Figura 3 Ilustração de Bodhidharma. Disponível em: <http://kaleidoscope.cultural-
china.com/chinaWH/upload/upfiles/2009-07/29/bodhidharma_and_the_martial_
arts8d75b87604b4e088b5a3.jpg>. Acesso em: 22 set. 2015.
Figura 4 Notícia sobre o início das transmissões do UFC. Disponível em: <http://
globoesporte.globo.com/lutas/noticia/2011/11/ufc-combate-tera-narracao-de-
galvao-bueno-e-comentarios-de-vitor-belfort.html>. Acesso em: 22 set. 2015.
Sites pesquisados
FOLHA DE S.PAULO ON-LINE. Home page. Disponível em: <http://www.folha.uol.com.
br/>. Acesso em: 22 set. 2015.
GLOBOESPORTE.COM. UFC Combate terá narração de Galvão Bueno e comentários 
de Vitor Belfort. Rio de Janeiro, 7 nov. 2011. Disponível em: <http://globoesporte.
globo.com/lutas/noticia/2011/11/ufc-combate-tera-narracao-de-galvao-bueno-e-
comentarios-de-vitor-belfort.html>. Acesso em: 22 set. 2015.
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UNIDADE 1 – INtroDUção Aos EsportEs DE LUtAs
UFC – ULTIMATE FIGHTING CHAMPIONSHIP. Home page. Disponível em: <http://br.ufc.
com/>. Acesso em: 22 set. 2015.
7. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SABELLA, M. O diabo não dorme. In: VIERCI, P. A sociedade da neve: os dezesseis 
sobreviventes da tragédia dos Andes contam toda a história pela primeira vez. São 
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sobreviventes da tragédia dos Andes contam toda a história pela primeira vez. São 
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dezesseis sobreviventes da tragédia dos Andes contam toda a história pela primeira 
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