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FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Identifi car e analisar fenômenos térmicos, para a resolução de problemas relacionados à propagação do calor às variações de temperatura, levando-se em conta as dimensões e propriedades dos diferentes tipos de materiais, além de identifi car a aplicabilidade no cotidiano. TERMOLOGIA Capítulo 1 Termometria 2 Capítulo 2 Calorimetria 19 Capítulo 3 Propagação do calor 42 Capítulo 4 Dilatação térmica 65 o n e in ch p u n ch /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 1 3/9/18 9:26 AM R a d u B e rc a n /S h u tt e rs to c k ► Compreender a medida da temperatura indiretamente. ► Identifi car e relacionar escalas de temperatura. ► Analisar e comparar temperaturas em escalas diferentes. Principais conceitos que você vai aprender: ► Temperatura ► Termômetro ► Escalas termométricas 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1 TERMOMETRIA S P L /L atin s to ck A reação mais imediata para realizar a constatação de que algum objeto está quente ou frio é tocar nele. Não se trata do procedimento mais adequado, pois o objeto pode es- tar muito quente ou muito frio, nos causando uma queimadura. A sensação térmica não é a forma mais precisa e adequada para medir a temperatura, pois não apresenta subsídios sufi cientes para essas conclusões mesmo nos casos em que uma mãe, na melhor das intenções, coloca a mão na testa do fi lho, tentando verifi car se está com febre. Esse ato isolado não tem condições de fornecer informações corretas a respeito da existência ou não da febre no indivíduo. Em uma tentativa de medir a temperatura dos corpos, Galileu construiu um instru- mento denominado termoscópio, por volta de 1600, que se caracteriza como um esboço do atual termômetro. A faixa de temperatura com a qual convivemos é diversa. Por exemplo, em nossas casas a temperatura no interior de um freezer é abaixo de 0 graus Celsius, a água aquecida pelos chuveiros atinge temperaturas entre 30 a 40 graus Celsius, a temperatura dos fornos e chamas dos fogões a gás podem atingir mais de mil graus Celsius, e as lâmpadas do tipo incandescente, já em desuso, podem chegar a temperaturas acima de 3 mil graus Celsius, quando acesas. Além disso, em regiões que possuem a temperatura ambiente mais elevada ao lon- go de todo ano, boa parte dos ambientes é climatizado, ou seja, utiliza aparelhos de ar-condicionado, para manter a temperatura em um valor fixo. Controlar e medir valo- res de temperaturas são tarefas simples do cotidiano. O desenvolvimento da Ciência capaz de produzir tecnologia muitas vezes cria so- luções para determinadas situações do cotidiano. Classifique a temperatura dos cor- pos listados abaixo, em ordem crescente de temperatura: • brasa de carvão em uma churrasqueira; • óleo quente para fritar batatas; • gás de uma lâmpada fl uorescente acesa; • chama de uma vela. Interior climatizado em locais de grande circula•‹o. Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 2 3/9/18 9:26 AM 3 FÍ S IC A Temperatura Expressões como aquecimento global, está frio ou calor, aumento ou queda de tem- peratura estão presentes no nosso cotidiano. Muitos desses termos envolvem conceitos físicos, que nem sempre são empregados corretamente quando nos expressamos com a nossa linguagem informal, mas conhecer seus signifi cados físicos é importante para com- preender textos informativos e utilizar os termos corretamente. O ramo da Física que estuda esses fenômenos é a Termologia. No cotidiano, podemos notar diferentes sensações de quente e frio devido ao contato da nossa pele com objetos do ambiente, mas para efetuar uma medida de temperatura somente a percepção desse sentido não é sufi ciente. Com a Termometria, vamos conhecer os métodos que permitem realizar a medida des- sa grandeza. A matéria, presente ao nosso redor, é composta de átomos ou grupos de átomos (mo- léculas). Os corpos são constituídos por porções de matéria formada por substâncias que apresentam propriedades físicas e químicas determinadas por seus átomos e/ou molécu- las. Tais átomos estão em movimento no interior da matéria. Os corpos sólidos possuem estrutura molecular caracterizada por átomos que vibram em uma posição fi xa em relação aos outros átomos. Nos líquidos, as moléculas estão or- ganizadas, de uma maneira que as permite vibrar de forma menos rígida em relação às outras. Nos gases, as moléculas se organizam de forma livre, permitindo um movimento em diversas direções. Os movimentos realizados pelas moléculas são caóticos, aleatórios e defi nem o esta- do térmico do corpo. Quando um corpo sólido é aquecido, a energia recebida se manifesta na forma de vibração, provocando um aumento do “grau” de vibração das partículas. Como as moléculas de um corpo não vibram exatamente com a mesma energia (algumas com mais energia, outras com menos), utilizamos um valor médio do grau de agitação das moléculas que em termos qualitativos é denominado “temperatura”. Defi nição Termologia: ramo da Física que estuda os fenômenos que envolvem o calor como forma de energia e os processos em que ocorrem aquecimento e resfriamento. Temperatura: grandeza física associada ao grau médio de vibração das partículas de um corpo, energia cinética média das moléculas. Concepção artística da vibração dos átomos em um corpo sólido ao ser aquecido. Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 3 3/9/18 9:26 AM 4 CAPÍTULO 1 Medidas de temperatura Quando o grau médio de vibração das partículas que compõem um corpo varia, algu- mas propriedades da substância que compõem o corpo podem sofrer alterações. O volu- me de um sólido ou de um líquido e a pressão de um gás são exemplos de grandezas que se alteram com a variação da temperatura. Essas propriedades, denominadas grandezas termométricas, estão relacionadas com a temperatura do corpo. O instrumento que se usa para fazer a comparação entre valores de uma grandeza termométrica e um valor de temperatura é o termômetro. Outro método utilizado para medir a temperatura é por meio da energia irradia- da pelo corpo, como a medida de temperatura de metais em fusão na siderurgia, em que o uso de um termômetro convencional não seria viável, devido à temperatura elevada. Além disso, é possível medir a temperatura pela radiação infravermelha emitida pelo corpo, como se faz com câmeras de Termometria. A B Interação A câmeras que captam radiação infravermelha possuem aplicações em diversas áreas, como na Medicina. Elas são utilizadas para realização de diagnósticos em exames como a Termografi a. Observe as duas imagens abaixo. A B Tonalidade mais para o azul indica temperaturas mais baixas na imagem da esquerda (A). Tonalidades para o laranja e vermelho indicam temperaturas mais altas (B). Na imagem à esquerda, é possível observar que a termografi a dos pés possui uma tonalidade mais azulada. Isso indica que a temperatura nesse local está de acordo com os padrões que caracterizam uma região que não apresenta infl amações. Na imagem à direita, a termografi a analisada apresenta regiões com tonalidades mais intensa na cor vermelha. Nesse caso, as temperaturas estão acima dos padrões de referência, indicando que se trata de uma região infl amada, que pode ser um indicativo de carcinoma em crescimento. Esse tipo de câncer é o segundo mais frequente e o 1º em taxa de mortalidade no mundo. Imagem térmica de uma tigela de sopa quente feita com termografi a (A). Imagem térmica de uma casa no display de uma câmera termográfi ca (B). Im a g e P o in t F r/ S h u tt e rs to ck D a ri o S a b lja k /S h u tt e rs to ck D r. A rt h u r Tu ck e r/ S P L /L a ti n s to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 4 3/9/18 9:26 AM 5 FÍ S IC A Termômetros Existem vários tipos de termômetro para serem utilizados em diversas aplicações. O tipo mais comum é o termômetro de tubocapilar, que recebeu esse nome em razão da sua característica. É um tubo de vidro que possui um bulbo ou reservatório para o líqui- do em uma das extremidades, havendo no interior do tubo de vidro um capilar, por onde o líquido, sensível à temperatura, passa (mercúrio, álcool, etc.) à medida que seu volume varia com a temperatura. Seu funcionamento se baseia na propriedade termométrica da dilatação térmica do líquido contido no interior do capilar. Termômetro clínico com mercúrio. Dentro do tubo de vidro, pode-se observar uma escala, na qual, conforme o líquido térmico se desloca pelo capilar, é possível ler um valor. Atualmente, os termômetros com mercúrio têm sido substituídos por termômetros digitais, que realizam a medida da temperatura do corpo de forma mais rápida. O termômetro digital tem seu funcionamento associado à variação de corrente elétrica, que será estudada posteriormente. Funcionamento do termômetro Existe uma regularidade na natureza que rege os sistemas que tendem a se equilibrar, assim é possível que diversos instrumentos realizem medidas da temperatura. A tendência natural dos corpos que tenham diferentes temperaturas e estejam em um sistema isolado, após um tempo, é atingir o equilíbrio térmico. Os corpos de maior temperatura esfriam e os de menor temperatura esquentam até que tenham a mesma temperatura. Podemos enunciar genericamente que: “No Universo tudo tende a entrar em equilíbrio térmico”. Assim, quando um termômetro é colocado em contato com o corpo, após certo tempo, ambos vão atingir a mesma temperatura. Como a temperatura do corpo se mantém cons- tante por meio de um processo biológico, é a temperatura do termômetro que vai variar, para se equilibrar com a temperatura do corpo, possibilitando aferir sua temperatura. Um outro exemplo é medir a temperatura de um líquido dentro de um frasco utilizan- do um termômetro. Nessa situação se introduz o termômetro dentro do líquido e aguar- da-se algum tempo. No momento em que a coluna de líquido no interior do capilar parar de se movimentar, o equilíbrio térmico será estabelecido; assim, a temperatura do termô- metro será a mesma do líquido. Termômetro clínico digital. Termômetro utilizado em laboratório para medir a temperatura de líquidos. Defi nições Sistema isolado: qualquer corpo, ou conjunto de corpos, que não troca(m) calor com o meio. Equilíbrio térmico: estado térmico correspondente à igualdade entre a temperatura dos corpos. S U W IT N G A O K A E W /S h u tt e rs to ck mylisa/Shutterstock MA XS HO T-P L/S hu tte rst oc k Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 5 3/9/18 9:26 AM 6 CAPÍTULO 1 Curiosidades 1 Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736) aperfeiçoou os instrumentos utilizados para medir temperatura. Há registros de que, para seus pontos fi xos, inicialmente ele havia escolhido uma mistura de água, gelo picado, sal e amônia, como 0 °F e a temperatura do corpo humano como referência para 100 °F. Depois de realizar algumas correções em seu método, estabeleceu-se a relação com outras escalas, construídas na mesma época, e foi adotada a relação que se conhece hoje. 2 Apesar de não ser a escala de referência para o Sistema Internacional de Unidades, a escala Celsius é muito utilizada no cotidiano, em vários países do mundo. A escala Fahrenheit é utilizada em alguns países de língua inglesa, como Estados Unidos e Inglaterra, além das Bahamas, de Porto Rico e Belize. Escalas termométricas Para fazer a leitura da temperatura de um corpo, o termômetro deve possuir uma escala graduada, que é feita a partir de dois pontos de referência ou estados térmicos conhecidos. Tais estados devem ser facilmente reproduzidos e apresentar, nas mes- mas condições de pressão, a mesma temperatura. Esses estados são denominados pontos fixos. 1 Vale lembrar que a escolha desses pontos fixos ou temperaturas fixas de referên- cia é arbitrária, tal como a escolha do intervalo numérico para a escala do termôme- tro. Um critério muito utilizado pelos cientistas ao longo da história foi usar as tem- peraturas de fusão/solidificação e ebulição/condensação da água pura submetidas a pressão normal. • Primeiro ponto fi xo ou ponto de gelo (PG): é a temperatura de fusão do gelo em condi- ções normais de pressão. • Segundo ponto fi xo ou ponto de vapor (PV): é a temperatura em que a água entra em ebulição em condições normais de pressão. A construção da escala de um termômetro consiste em colocá-lo em um recipiente contendo gelo e água, submetido a condições normais de pressão, e aguardar o equi- líbrio do sistema. Faz-se, então, a primeira marca no termômetro. A seguir, coloca-se o termômetro em um recipiente com água fervendo, submetido a condições normais de pressão, até que o sistema entre em equilíbrio térmico, então se faz a segunda marca no termômetro. Com os valores atribuídos a essas duas marcas, cria-se uma escala termométrica. Existem diferentes escalas de temperatura, sendo as mais conhecidas as escalas Cel- sius e Fahrenheit, e a escala de temperatura do SI, a escala absoluta Kelvin. 2 Escala Celsius Proposta por Anders Celsius (1701-1744), é a escala mais utilizada no mundo. Adota 0 °C para o ponto de fusão do gelo e 100 °C para o ponto de vaporização da água. O curioso é que, histo- ricamente, Celsius escolheu 0 °C para o ponto de vapor e 100 °C para o ponto de fusão. Alguns anos depois, os físicos adotaram a convenção contrá- ria, usada atualmente. Anders Celsius, astrônomo sueco que, além de construir a escala Celsius, contribuiu para a teoria de Newton – a Terra tem forma elipsoidal alongada nos polos. Escala Fahrenheit Criada pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), que foi membro da Royal Society, e por isso ganhou notoriedade, sua escala passou a ser usada na Inglaterra e em países de língua inglesa até meados do século XX, quando caiu em desuso, sendo, porém, ainda adotada por países como os Estados Unidos da América. Entre outras descobertas, Fahrenheit percebeu que os termômetros de álcool, ou água, apresentavam imprecisões pelo fato de esses líquidos apresentarem um comporta- mento térmico irregular. Eles vaporizam em temperaturas relativamente baixas e a água congela facilmente em dias frios da Europa, por isso o físico passou a utilizar o mercúrio, um metal líquido a temperatura e pressão ambientes, possibilitando medidas em uma maior faixa de valores. Um termômetro na escala Fahrenheit marca 32 °F para o ponto de fusão do gelo e 212 °F para o ponto de vapor da água. Defi nição Condições normais de pressão: pressão exercida pela atmosfera terrestre ao nível do mar, que vale 1 atm ou 760 mmHg (milímetros de mercúrio). O lo f A re n iu s . A n d e rs C e ls iu s , s /d . Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 6 3/9/18 9:26 AM 7 FÍ S IC A Escala Kelvin Um dos vários trabalhos do físico inglês William Thomson (1824-1907) foi apoiado na hipótese do físico francês Guillaume Amontons (1663-1705), que, em 1703, propôs a exis- tência de uma temperatura mínima para a qual a pressão do ar se anularia. Nesse período, já havia sido descoberto que, para um volume constante de ar, a pressão e a temperatura são diretamente proporcionais. Kelvin propôs, em 1848, uma nova escala em que o zero fosse essa temperatura mínima de Amontons, até então absurda para a maioria dos cientistas, promovendo o entendimen- to de que a temperatura é o grau médio de vibração das partículas que compõem um corpo. Considerando-se que existe um valor mínimo em que a agitação das partículas é nula, é natural que esse valor seja zero. O trabalho de Kelvin foi calcular essa temperatura, que corresponde a –273,15 °C, chamada de zero absoluto ou 0 K (zero kelvin). 1 Pressão Temperatura (°C)0–273,15 °C Para representarmos a temperatura na escala Celsius, usaremos θ C e, na escala Fahrenheit, θ F .Na escala Kelvin (também denominada escala científica ou absoluta, porque não admite temperatura negativa), a representação da temperatura será T e, de acordo com a convenção do SI, não usaremos o termo “grau”. Conversões entre as escalas De acordo com o que vimos até agora, podemos resumir a temperatura dos pontos fi xos, no quadro abaixo: Celsius Fahrenheit Kelvin PG 0 °C 32 °F 273 K PV 100 °C 212 °F 373 K Para facilitar a visualização da correspondência entre as escalas, podemos representá-las no esquema abaixo: °C 100 PV PG θ c 0 212 θ F 32 373 T 273 °F K Fazendo uma proporção entre os segmentos obtidos, temos: T T s θ − − = θ − − = − − θ = θ − = −0 100 0 32 212 32 273 373 273 100 32 180 273 100 C F C F Dividindo todos os denominadores pelo máximo divisor comum, ou seja, 20, temos: Tθ = θ − = − 5 32 9 273 5 C F Essa relação permite converter diretamente determinada temperatura de uma escala para outra. Observação 1 Conseguir atingir o zero absoluto, na prática, não é possível, viola a lei que diz: “Não é possível, por nenhuma série fi nita de processos, atingir a temperatura de zero kelvin”. Essa lei foi proposta por Hermann Walther Nernst (1864- -1941), físico-químico alemão e vencedor do prêmio Nobel de Química de 1920. William Thomson recebeu o título de lorde Kelvin, em 1892, por seu trabalho no cabo transatlântico que conectava a Irlanda e Terra Nova. Gráfi co da pressão em função da temperatura. Ni c k u /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 7 3/9/18 9:26 AM 8 CAPÍTULO 1 Atividades 1. A temperatura de fusão do estanho é de 232 °C. Determine o valor dessa temperatura nas escalas Fahrenheit e Kelvin. 2. Um pesquisador necessita realizar uma reação química e para isso identifi ca que a temperatura correta para o experimento é de 85 °C. No entanto, em seu país os ter- mômetros estão na escala Fahrenheit, assim ele deverá converter essa temperatura para usar um termômetro do seu laboratório. Qual é o valor dessa temperatura, no ter- mômetro do pesquisador? 3. (Ifsul-RS) Ao atender um paciente, um médico verifi ca que, entre outros problemas, ele está com temperatura de 37,5 °C e deixa-o em observação no posto de saúde. Depois de uma hora, examina-o novamente, medindo a temperatura e observa que ela aumentou 2 °C. O valor dessa variação de temperatura, na escala Fahrenheit, e a temperatura fi nal, na escala Kelvin, são respectivamente iguais a: a) 3,6 °F e 233,5 K. b) 35,6 °C e 312,5 K. c) 35,6 °F e 233,5 K. d) 3,6 °F e 312,5 K 4. (IFPE) Pernambuco registrou, em 2015, um recorde na tempe- ratura após dezessete anos. O estado atingiu a média máxi- ma de 31 °C, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). A falta de chuvas desse ano só foi pior em 1998 − quando foi registrada a pior seca dos últimos 50 anos, provocada pelo fenômeno “El Niño”, que reduziu a níveis críticos os reservatórios e impôs o racionamento de água. Novembro foi o mês mais quente de 2015, aponta a APAC. Dos municípios que atingiram as temperaturas mais altas esse ano, Águas Belas, no Agreste, aparece em primeiro lugar com média máxima de 42 °C. (Fonte: g1.com.br) Utilizando o quadro abaixo, que relaciona as tempera- turas em °C (graus Celsius), °F (Fahrenheit) e K (Kelvin), podemos mostrar que as temperaturas médias máximas, expressas em K para Pernambuco e para Águas Belas, ambas em 2015, foram, respectivamente: a) 300 e 317 b) 273 e 373 c) 304 e 315 d) 242 e 232 e) 254 e 302 5. (UFPR) Vários turistas frequentemente têm tido a oportuni- dade de viajar para países que utilizam a escala Fahrenheit como referência para medidas da temperatura. Conside- rando-se que quando um termômetro graduado na escala Fahrenheit assinala 32 °F, essa temperatura corresponde ao ponto de gelo, e quando assinala 212 °F, trata-se do ponto de vapor. Em um desses países, um turista observou que um termômetro assinalava temperatura de 74,3 °F. Assinale a alternativa que apresenta a temperatura, na escala Celsius, correspondente à temperatura observada pelo turista. a) 12,2 °C b) 18,7 °C c) 23,5 °C d) 30 °C e) 33,5 °C R e p ro d u ç ã o /I F P E , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 8 3/9/18 9:26 AM 9 FÍ S IC A 6. O gráfi co a seguir relaciona uma escala termométrica hipotética, P, com a escala Celsius. 0 50 θ (°C) 12 22 θ (°P) Determine a equação de conversão de °C para °P e o valor em °P do ponto de ebulição da água. 7. (Unirio-RJ) O nitrogênio, à pressão de 1,0 atm, condensa-se a uma temperatura de −392 graus em uma escala termo- métrica X. O gráfi co a seguir representa a correspondência entre essa escala e a escala T (kelvin). Em função dos dados apresentados no gráfi co, podemos verifi car que a temperatura de condensação do nitrogê- nio, em kelvin, é dada por: a) 56 b) 77 c) 100 d) 200 e) 273 8. +Enem [H2] Onda de calor fez temperaturas se aproximarem de 50 ¡C nos EUA Essa foi a manchete do caderno Mundo, do jornal Folha de S.Paulo, no dia 29 de junho de 2013. Tal onda de calor atingiu principalmente os estados do Arizona, da Califórnia, de Nevada e de Utah. No Vale da Morte, um dos parques americanos, os termômetros chegaram a 54 °C. Para ilustrar a matéria, há uma foto de um turista chinês ao lado de um termômetro no vale da Morte, onde se lê 128 °F. Turista chinês posa para foto ao lado de termômetro no vale da Morte, nos EUA, sob marca de 128 °F. Considerando-se a relação entre as escalas termométricas Celsius e Fahrenheit, dada por: 5 32 9 C F )( θ = ⋅ θ − , o valor da temperatura lida no termômetro: a) corresponde exatamente ao valor, em graus Celsius, citado no texto. b) corresponde a um valor, em graus Celsius, maior do que o relatado no texto. c) corresponde a um valor, em graus Celsius, menor do que o relatado no texto. d) não corresponde à realidade do fato, de acordo com o texto. e) é insuportável para o ser humano. C h ri s C a rl s o n /A P P h o to /G lo w I m a g e s R e p ro d u ç ã o /U N IR IO , 1 9 9 9 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 9 3/9/18 9:26 AM 10 CAPÍTULO 1 Complementares Tarefa proposta 1 a 22 9. (IFCE) Ao longo do ano de 2015, a temperatura média na cidade de Fortaleza foi de 28 °C. Na escala Farenheit, essa temperatura corresponde a: a) 82,4 °F b) 28 °F c) 41,2 °F d) 61,9 °F e) 103,1 °F 10. (Uece) Comparando-se a escala E de um termômetro com a escala °C (Celsius), obteve-se o seguinte gráfi co de cor- respondência entre as medidas. −10 0 50 °C °E 90 Quando o termômetro C estiver registrando 90 °C, o ter- mômetro E estará registrando: a) 100 °E b) 120 °E c) 150 °E d) 170 °E e) 200 °E 11. (UFMS) Lord Kelvin (1824-1907) estabeleceu uma relação entre a energia de agitação das moléculas de um sistema e sua temperatura. Considere um recipiente com gás, fe- chado, cuja variação de volume seja desprezível. Pode-se, então, afi rmar corretamente: (01) O estado de agitação das moléculas do gás é o mes- mo para as temperaturas de 100 °C e 100 K. (02) Quando a temperatura das moléculas for o zero absoluto, a agitação térmica delas deverá cessar. (04) Quando a temperatura das moléculas for 32 °F, não haverá agitação térmica das moléculas do gás. (08) A energia cinética das moléculas do gás não depende de sua temperatura. (16) A uma temperatura de 0 °C, a energia cinética das moléculas do gás é nula. Dê a soma dos números dos itens corretos. 12. (Acafe-SC) Largamente utilizados na medicina, os termô- metros clínicos de mercúrio relacionam o comprimento da coluna de mercúrio com a temperatura. Sabendo-se que quando a coluna de mercúrio atinge 2,0 cm, a temperatura equivale a 34 °C e, quando atinge 14 cm, a temperatura equivale a 46 °C. Ao medir a temperatura de um paciente com esse termômetro, a coluna de mercúrio atingiu 8,0 cm. A alternativa corretaque apresenta a temperatura do paciente, em °C, nessa medição é: a) 36 b) 42 c) 38 d) 40 Intervalos de temperatura As relações estudadas até o momento nos permitem converter determinada temperatura de uma escala para outra dire- tamente. Por exemplo, para convertermos 20 °C em °F, basta substituirmos esse valor na relação: 5 32 9 C F θ = θ − Porém, essa relação não permite converter intervalos de temperatura. Por exemplo, se um corpo sofrer um acréscimo de temperatura de 50 °C, esse intervalo na escala Fahrenheit, ou na escala Kelvin, é dado por outra relação, descrita abaixo: °C °F K 100 PV PG θ θ O ∆θ C 212 373 0 32 273 ∆θ F ∆T T 100 180 100 C F ∆ ∆ ∆θ = θ = Em que: • ∆θ C é a variação de temperatura na escala Celsius; • ∆θ F é a variação de temperatura na escala Fahrenheit; • ∆T é a variação de temperatura na escala Kelvin. Dividindo-se os denominadores por 20, obtemos: T 5 9 5 C F ∆ ∆ ∆θ = θ = Ou, ainda, dividindo-se os denominadores por 5, obtém-se: ∆θ C = ∆T e ∆θ F = 1,8 · ∆θ C Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 10 3/9/18 9:26 AM 11 FÍ S IC A Relação entre temperatura e escala do termômetro Da mesma maneira que foram determinadas as relações entre as diferentes escalas de temperatura, pode-se determinar a relação entre os valores da régua do termômetro com os valores de temperatura. Quando observamos o valor de temperatura em um termômetro, fazemos a leitura de acordo com a escala em que ele foi graduado. Por comparação, para um termômetro graduado em Celsius, por exemplo, associamos os valores dos pontos de fusão e de ebulição dessa escala com as alturas correspondentes e, pelo mesmo processo de proporção com o qual conseguimos a equação de conversão, encontramos a equação que relaciona as temperaturas em Celsius com a altura em centí- metros da coluna de líquido. Sendo assim, podemos verifi car, por exemplo, qual altura nesse termômetro corres- ponde a uma dada temperatura específi ca em graus Celsius ou qual a temperatura para uma determinada altura da coluna. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Na leitura observe que as informações sobre a correspondência do valor 2 cm, com a indicação 0 °C, e 18 cm, com a indicação 100 °C, são os pontos de referência para obter a expressão de comparação e proporção. Observe que determinar a temperatura que corresponde à altura de 6 cm da coluna requer que seja construída a relação de conversão entre a escala Celsius e a escala de alturas. Determinado termômetro, graduado na escala Celsius, é colocado junto a uma escala L, em centímetros, onde se pode ver a indicação 0 (cm) na base do tubo capilar, o valor 2 cm, que indica a temperatura de 0 °C, e 18 cm, que indica 100 °C. Dessa forma, pede-se: Qual seria o valor da temperatura θ C correspondente à altura de 6 cm? Resolução Por proporção, temos: 100 0 2 18 2 100 2 16 25 2 4 C C CL L L s s θ − = − − θ = − θ = − L (cm) 18 6 2 0 θ (°C) 100 θc ? 0 Para calcular o valor da temperatura relacionado à altura de 6 cm, obtemos: 25 6 2 4 25 CC C o s θ = − θ = Podemos ainda apresentar a mesma questão na forma gráfica, como representado a seguir. No entanto, nesse caso, em vez de en- contrar o valor da temperatura, podemos nos perguntar o valor do comprimento L, ou altura, para o valor de temperatura de 25 °C. Por proporção entre os lados dos triângulos semelhantes, podemos escrever AE DE AC BC 2 25 0 18 2 100 0 2 4 16 100 2 16 4 6 cm L L L L s s s s s = − − = − − − = − = = 0 18L2 L (cm) θ (°C) 25 100 B CE D A Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 11 3/9/18 9:26 AM 12 CAPÍTULO 1 Contextualize Dias contados para o uso do mercúrio A polêmica sobre a utilização do mercúrio em medidores de pressão e termômetros praticamente chegou ao fi m. Vários estudos foram realizados e as conclusões são muito fortes. O mercúrio é um dos 10 elementos químicos mais prejudiciais à saúde, além de ser uma substância que se dispersa com facilidade e permanece na natureza por muitos e muitos anos, causando uma exposição à população. Pode causar danos cerebrais, aos rins e pulmões além de provocar doenças como a acrodinia (doen- ça rosa), síndrome de Hunter e a doença de Minamata. Em 2013, o Brasil assinou a Convenção de Minamata, juntamente com outros 139 países assumindo o compromisso de banir o uso do mercúrio em equipamentos médicos e outros produtos até 2020. Em março de 2017, a Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA) publicou medida, aprovada por unanimidade, defi nin- do prazos para redução e controle do mercúrio em processos industriais. Mais um grande passo foi dado pelo Brasil rumo a um setor de saúde sem mercúrio. A partir de 1o de janeiro de 2019 serão proibidas no Brasil a fabricação, a importação e a comercialização de termômetros e medidores de pressão que utilizam esta substância. Mesmo após décadas de uso o mercúrio sai de cena para dar lugar a alternativas precisas, evoluídas tecnologicamente e eco- nomicamente viáveis. A maioria dos países desenvolvidos já substituíram esses dispositivos e também muitos países em desenvolvimento, inclusive da América Latina já contam com legislação nacional contemplando essa questão. Porém, as preocupações agora se voltam para um descarte adequado dos resíduos, de maneira que possíveis impactos so- cioambientais sejam evitados. Dias contados para o mercúrio. Hospitais saudáveis. Disponível em: <www.hospitaissaudaveis.org/noticias_ler.asp?na_codigo=73>. Acesso em: 13 dez. 2017. Apesar de o mercúrio ser banido, os demais tipos de termômetros poderão cumprir a função de medir a temperatura nas diversas situações. Faça uma pesquisa sobre os diferentes tipos de termômetros, buscando identifi car as grandezas termo- métricas por eles utilizadas e levantar suas vantagens e desvantagens. Atividades 13. O corpo humano suporta apenas pequenas variações de temperatura interna. Quando está saudável, sua tempera- tura é em torno de 36,5 °C, mas com febre pode chegar a 40 °C. Determine o valor dessa variação de temperatura na escala Fahrenheit. 14. Algumas cidades, em razão de características geográfi cas, podem apresentar variações de temperatura signifi cativa ao longo de um único dia. Em algumas delas, a tempera- tura pode variar de 14 °F para 50 °F. Encontre essa variação de temperatura na escala Celsius. 15. Em um laboratório, determinado pesquisador utilizava um termômetro na escala Kelvin, quando percebeu que uma substância, ao ser aquecida, sofria uma variação de 30 K. Se o pesquisador utilizasse um termômetro na escala Celsius, qual seria a variação de temperatura observada nessa escala? 16. (Mack-SP) Um turista brasileiro sente-se mal durante a via- gem e é levado inconsciente a um hospital. Após recuperar os sentidos, ainda sonolento, é informado de que a tempe- ratura de seu corpo atingira 104 graus, mas que já “caíra” de 5,4 graus. Passado o susto, percebeu que a escala ter- mométrica usada era a Fahrenheit. Dessa forma, na escala Celsius, a queda de temperatura de seu corpo foi de: a) 10,8 °C b) 6,0 °C c) 5,4 °C d) 3,0 °C e) 1,8 °C Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 12 3/9/18 9:26 AM 13 FÍ S IC A 17. A relação entre a altura da coluna de mercúrio e o valor da temperatura num termômetro graduado em °F é tal que, para o ponto de fusão do gelo (32 °F), a altura é 3 cm e, para o ponto de ebulição da água (212 °F), a altura é de 21 cm. Determine a temperatura em °F, correspondente à altura de 17 cm. 18. (Fatec-SP) Construiu-se um alarme de temperatura ba- seado em uma coluna de mercúrio e em um sensor de passagem, como sugere a fi gura a seguir. A altura do sensor óptico (par laser/detector) em relação ao nível H pode ser regulada de modo que, à temperatura deseja- da, o mercúrio, subindo pela coluna, impeça a chegada de luz ao detector, disparando o alarme. Calibrou-se o termômetrousando os pontos principais da água e um termômetro auxiliar, graduado na escala Celsius, de modo que a 0 °C a altura da coluna de mercúrio é igual a 8 cm, enquanto a 100 °C a altura é de 28 cm. A temperatura do ambiente monitorado não deve ex- ceder 60 °C. O sensor óptico (par laser/detector) deve, portanto, estar a uma altura de: a) H = 20 cm b) H = 10 cm c) H = 12 cm d) H = 6 cm e) H = 4 cm 19. (ULBRA) Antônio, um estudante de Física, deseja relacionar a escala Celsius (°C) com a escala de seu nome (°A). Para isso, ele faz leituras de duas temperaturas com termôme- tros graduados em °C e em °A. Assim, ele monta o gráfi co abaixo. Qual a relação termométrica entre a temperatura da escala Antônio e da escala Celsius? a) A = C + 40 b) 2 100A C = − c) A = 2 · C − 80 d) 4 90A C = + e) 10 9 40A C = − 20. +Enem [H2] O derretimento das calotas polares pode elevar os oceanos? Você já deve ter ouvido falar no aquecimento global. Nos últimos cem anos, a temperatura da Terra cresceu 0,5 °C e, embora isso não pareça muito, meio grau pode causar um efeito muito grande sobre o planeta. De acordo com a Agên- cia de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), o nível do mar se elevou de 15 a 20 centímetros nos últimos cem anos. [...] Em 1995, o Grupo Intergovernamental sobre Mudanças Climáti- cas (IPCC) emitiu um relatório que continha várias projeções sobre a mudança do nível do mar até o ano 2100. A estimati- va foi de que o nível do mar subiria 50 centímetros. Adaptado de http://ambiente.hsw.uol.com.br (acesso em 23 set. 2014). De acordo com o texto, a previsão da elevação da tempe- ratura global neste século, mantida a mesma proporção dos últimos cem anos, entre variação da temperatura e elevação do nível do mar, fi caria entre os valores de: a) 1 °C e 1,5 °C. b) 1,25 °C e 1,67 °C. c) 1,5 °C e 2,67 °C. d) 2,0 °C e 2,5 °C. e) 2,5 °C e 5,0 °C. R e p ro d u ç ã o /U L B R A , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /F a te c -S P, 2 0 0 0 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 13 3/9/18 9:26 AM 14 CAPÍTULO 1 Complementares Tarefa proposta 23 a 30 21. (Fatec-SP) Um certo pesquisador constrói, na Baixada San- tista, um termômetro de álcool e determina que sua escala será denominada “Z”. Para calibrá-lo, ele resolve adotar como parâmetros de referência a água e outro termômetro na escala Celsius. Assim, ele constrói um gráfi co, como apresentado, rela- cionando as duas escalas. Dessa forma é correto afi rmar que, em condições normais, a) os valores atribuídos ao ponto de fusão do gelo nas duas escalas são iguais. b) os valores atribuídos ao ponto de ebulição da água nas duas escalas são iguais. c) a escala Z é uma escala centígrada. d) o valor de 120 °Z equivale a 60 °C. e) o valor de 60 °C equivale a 140 °Z. Para responder às questões 22 a 24, considere o enuncia- do a seguir. Um estudante, na cidade do Recife, depara com um antigo ter- mômetro no laboratório da escola, que tem sua escala de tem- peratura totalmente apagada, e resolve, então, recuperá-lo. Cola, então, uma fi ta com uma escala dividida em milí- metros no corpo do termômetro, fazendo coincidir o va- lor zero (0 mm) exatamente no começo do tubo capilar. Em seguida, mergulha o termômetro em um copo contendo gelo e água, fazendo uma marca na fi ta ao ver que foi atingido o equilíbrio térmico. De- pois, aquecendo um frasco com água pura, faz nova marca para o ponto de equilíbrio térmico com o ponto de ebulição. Estabelecendo a relação en- tre os valores anotados em milímetros e as respectivas temperaturas, na es- cala Celsius, faz um desenho, repro- duzido ao lado. 22. A partir do desenho, o estudante obtém uma equação que relaciona o comprimento L, em mm, com a temperatura t em °C, escrita como: a) L = t + 16 b) L = 2 · t − 16 c) L = 250 · t d) L = 2,5 · t + 16 e) L = 25 · t − 160 23. O valor, em °C, da menor temperatura que o estudante conseguirá medir com esse termômetro será: a) −10 b) −6,4 c) −2 d) 0 e) 1 24. O comprimento em milímetros, correspondente à variação de 1 °C, nesse termômetro será de: a) 250 mm b) 18,5 mm c) 16 mm d) 2,5 mm e) 1,0 mm Tarefa proposta 1. (IFCE) Ao tomar a temperatura de um paciente, um médico do programa Mais Médicos só tinha em sua maleta um termômetro graduado na escala Fahrenheit. Após colocar o termômetro no paciente, ele fez uma leitura de 104 °F. A correspondente leitura na escala Celsius era de: a) 30 b) 32 c) 36 d) 40 e) 42 2. (UFSaM-RS) Um termômetro graduado na escala Kelvin é utilizado para medir a temperatura de um determinado líquido, acusando o valor 173 K. a) Se for utilizado um termômetro graduado na escala Celsius para medir essa temperatura, obtém-se um va- lor negativo. b) Essa temperatura, na escala Celsius, seria dada pelo valor 373 °C. c) Essa temperatura, na escala Celsius, seria dada pelo valor 73 °C. d) Essa temperatura corresponde ao ponto de fusão do gelo. e) Essa temperatura corresponde ao ponto de ebulição da água. 3. (UEMA) [...] Ainda existem discordâncias sobre o local ideal para mensurar a temperatura corporal. Pode ser axilar, bucal, timpânico, esofágico, nasofaringeano, vesical e re- tal. Os locais habitualmente mensurados são: • Axilar: temperatura normal encontra-se entre 35,5 a 37,0 °C com média de 36,0 a 36,5 °C. • Bucal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,4 °C • Retal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,5 °C Fonte: Disponível em: <http://fi siologia.med.up.pt/ Textos_Apoio/outros/ Termorreg.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2014. (adaptado) Transformando esses valores para escala Kelvin, a tempe- ratura normal, na região bucal, encontra-se entre: a) 308,0 a 311,5 b) 308,5 a 310,0 c) 309,0 a 310,4 d) 309,0 a 310,5 e) 310,2 a 310,4 4. (IFPR) A massa de ar frio polar continua infl uenciando o tem- po em Santa Catarina. Nesta segunda-feira (13), Urupema L (mm) t (°C) 266 16 0 100 °C 0 °C R e p ro d u ç ã o /F A T E C , 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 14 3/9/18 9:26 AM 15 FÍ S IC A voltou a registrar a temperatura mais baixa do ano até agora no estado [...]. Há uma semana, a cidade da Serra amanhece com temperaturas negativas. G1. Urupema volta a registrar a temperatura mais baixa do ano. Disponível em: <http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/ 2016/06/urupema-volta-registrar-temperaturamais-baixa-do- ano-em-sc.html>. Acesso em: 13 jun. 2016 (Adaptado). Suponha que o termômetro utilizado na cidade de Urupe- ma, no estado do Paraná, tenha sua escala termométrica de leitura em Fahrenheit (°F) indicando uma temperatura de 15,8 °F. Se o termômetro possuísse escala termométri- ca em graus Celsius, quanto estaria marcando? a) − 7 °C b) − 8 °C c) − 29 °C d) − 10 °C e) − 9 °C 5. (UFRR) Um termômetro Fahrenheit defeituoso registra a tem- peratura ambiente de uma sala como 79 °F. Sabendo-se que esse termômetro registra 28 °F para o gelo em fusão e 232 °F para a ebulição da água, a temperatura real da sala é: a) 81 °F b) 45 K c) 77 °C d) 25 °C e) 18 °F 6. (Ufam) O gráfi co a seguir representa a relação entre a tem- peratura T X (°X) e T Y (°Y) de duas escalas termométricas, X e Y. A função termométrica que melhor representa a relação entre as temperaturas T X e T Y vale: a) T X = −1,8 ⋅ T Y + 32 b) T X = 1,8 ⋅ T Y − 32 c) T X = 2,8 ⋅ T Y − 32 d) T X = 1,8 ⋅ T Y e) T X = 1,8 ⋅ T Y + 32 7. (Unimep-SP) Mergulham-se dois termômetros na água: um graduado na escala Celsius e outro na escala Fahrenheit. Espera-se o equilíbrio térmico e nota-se que a diferen- ça entre as leituras nos dois termômetros é igual a 92. A temperatura da água valerá, portanto: a) 28 °C; 120 °F b) 32 °C; 124 °F c) 60 °C; 152 °F d) 75 °C; 167 °F e) 0 °C; 92 °F 8. (UFJF-MG) Um professor de Física encontrou dois termô- metros em um antigo laboratório de ensino. Os termôme- tros tinham somenteindicações para o ponto de fusão do gelo e de ebulição da água. Além disso, na parte superior de um termômetro, estava escrito o símbolo °C e, no outro termômetro, o símbolo °F. Com ajuda de uma régua, o professor verifi cou que a separação entre o ponto de fusão do gelo e de ebulição da água dos dois termômetros era de 20,0 cm, conforme a fi gura a seguir. Com base nessas informações e na fi gura apresentada, podemos afi rmar que, a 5,0 cm, do ponto de fusão do gelo, os termômetros registram temperaturas iguais a: a) 25 °C e 77 °F b) 20 °C e 40 °F c) 20 °C e 45 °F d) 25 °C e 45 °F e) 25 °C e 53 °F 9. (UEL-PR) O gráfi co a seguir relaciona as indicações de dois termômetros, um graduado na escala Celsius e outro, em uma escala arbitrária X. A temperatura de ebulição da água, sob pressão normal, na escala X vale: °X °C0–10 30 a) 110 °X b) 130 °X c) 180 °X d) 210 °X e) 330 °X 10. (Mack-SP) Um internauta, comunicando-se em uma rede social, tem conhecimento de que naquele instante a temperatura em Nova Iorque é θ NI = 68 °F em Roma é θ RO = 291 K e em São Paulo, θ SP = 25 °C. Comparando essas temperaturas, estabelece-se que: a) θ NI , θ RO , θ SP b) θ SP , θ RO , θ NI c) θ RO , θ NI , θ SP d) θ RO , θ SP , θ NI e) θ NI , θ SP , θ RO 11. (Uespi) Um estudante está lendo o romance de fi cção cien- tífi ca Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Em certo trecho, uma das personagens afi rma que 451 °F é a temperatura na escala Fahrenheit em que o papel de que são feitos os livros entra em combustão. O estudante sabe que, nesta escala, as temperaturas de fusão e ebulição da água são respectivamente iguais a 32 °F e 212 °F. Ele conclui, acer- tadamente, que 451 °F é aproximadamente equivalente a: a) 100 °C b) 205 °C c) 233 °C d) 305 °C e) 316 °C R e p ro d u ç ã o /U FA M , 2 0 0 9 R e p ro d u ç ã o /U FJ F- M G P IS M , 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 15 3/9/18 9:26 AM 16 CAPÍTULO 1 12. (Uerj) Observe na tabela os valores das temperaturas dos pon- tos críticos de fusão e de ebulição, respectivamente, do gelo e da água, à pressão de 1 atm, nas escalas Celsius e Kelvin. Pontos críticos Temperatura °C K Fusão 0 273 Ebulição 100 373 Considere que, no intervalo de temperatura entre os pon- tos críticos do gelo e da água, o mercúrio em um termô- metro apresenta uma dilatação linear. Nesse termômetro, o valor na escala Celsius correspon- dente à temperatura de 313 K é igual a: a) 20 b) 30 c) 40 d) 60 13. O Slide, nome dado ao skate futurista, usa levitação mag- nética para se manter longe do chão e ainda ser capaz de carregar o peso de uma pessoa. É o mesmo princípio utilizado, por exemplo, pelos trens ultrarrápidos japoneses. Para operar, o Slide deve ter a sua estrutura metálica interna resfriada a temperaturas baixíssimas, alcançadas com nitro- gênio líquido. Daí a “fumaça” que se vê nas imagens, que, na verdade, é o nitrogênio vaporizando novamente devido à temperatura ambiente e que, para permanecer no esta- do líquido, deve ser mantido a aproximadamente −200 °C. Então, quando o nitrogênio acaba, o skate para de “voar”. Fonte: <www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/07/como-funciona-o-skate- voador-inspirado-no-filme-de-volta-para-o-futuro-2.html>. Acesso em: 3 jul. 2015. Com relação ao texto, a temperatura do nitrogênio líqui- do que resfria a estrutura metálica interna do Slide, quan- do convertida para as escalas Fahrenheit e Kelvin, seria respectivamente: a) −328 e 73 b) −392 e 73 c) −392 e −473 d) −328 e −73 14. (ITA-SP) Ao tomar a temperatura de um paciente, um mé- dico só dispunha de um termômetro graduado em graus Fahrenheit. Para se precaver, ele fez antes alguns cálculos e marcou no termômetro a temperatura correspondente a 42 °C (tem- peratura crítica do corpo humano). Em que posição da es- cala do termômetro ele marcou essa temperatura? a) 106,2 b) 107,6 c) 102,6 d) 180,0 e) 104,4 15. (PUC-SP) No grande colisor de hádrons (LHC), as partículas vão correr umas contra as outras em um túnel de 27 km de extensão, que tem algumas partes resfriadas a −271,25 °C. Os resultados oriundos dessas colisões, entretanto, vão seguir pelo mundo todo. A grade do LHC terá 60 mil computadores. O objetivo da construção do complexo franco-suíço […] é revolucionar a forma de se enxergar o Universo. A temperatura citada no texto, expressa nas escalas Fahrenheit e Kelvin, equivale, respectivamente, aos va- lores aproximados de: a) −456 e 544 b) −456 e 2 c) 520 e 544 d) 520 e 2 e) −456 e −2 16. (Ifsul-RS) O que aconteceria se o vidro de um termômetro expandisse mais ao ser aquecido do que o líquido dentro do tubo? a) O termômetro quebraria. b) Ele só poderia ser usado para temperaturas abaixo da temperatura ambiente. c) Você teria que segurá-lo com o bulbo para cima. d) A escala no termômetro seria invertida, aproximando os valores mais altos de temperatura do bulbo. 17. (EBM-SP) Sabe-se que as mudanças significativas referentes à família brasileira estão relacionadas ao impacto do desen- volvimento tecnológico da sociedade como um todo. Uma dessas mudanças é o uso da tecnologia para a reprodução humana, a inseminação artificial, uma técnica de repro- dução medicamente assistida que consiste na deposição mecânica do sêmen de um doador, que fica preservado em azoto líquido, contido em um criotubo a − 196 °C, e que, após ser processado, é colocado dentro do colo do útero, próximo ao momento da ovulação. Com base nessa informação, determine a temperatura, referida no texto, em que o sêmen fica preservado, na escala Fahrenheit. 18. (UFU-MG) Um estudante monta um dispositivo termomé- trico utilizando uma câmara, contendo um gás, e um tubo capilar, em formato de “U”, cheio de mercúrio, conforme mostra a figura. O tubo é aberto em uma das suas extre- midades, que está em contato com a atmosfera. Inicialmente a câmara é imersa em um recipiente contendo água e gelo em fusão, sendo a medida da altura h da colu- na de mercúrio (figura) de 2 cm. Em um segundo momen- to, a câmara é imersa em água em ebulição e a medida da altura da coluna de mercúrio passa a ser de 27 cm. O es- tudante, a partir dos dados obtidos, monta uma equação que permite determinar a temperatura do gás no interior da câmara (θ) em graus Celsius, a partir da altura h em centímetros. (Considere a temperatura de fusão do gelo 0 °C e a de ebulição da água 100 °C). Assinale a alternativa que apresenta a equação criada pelo estudante. a) θ = 2 h b) θ = 27 h 2 c) θ = 4 h − 8 d) θ = 5 h2 − 20 Fumaça que aparenta sair do skate, na verdade, é nitrogênio em gaseificação (Foto: Divulgação/ Lexus) R e p ro d u ç ã o /P U C -S P, 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /U F U -M G , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 16 3/9/18 9:26 AM 17 FÍ S IC A 19. (Uema) Um avicultor construiu um termômetro, usando um ohmímetro [instrumento que mede a resistência elé- trica de um material] e um resistor elétrico. Para calibrá-lo, tomou dois pontos fi xos: a temperatura corporal de 37 °C e o ponto de ebulição da água à pressão normal. Ao colo- car o termômetro em contato com seu corpo, o ohmímetro registrou 9,7 ohms; em seguida, ao colocá-lo em conta- to com a água em ebulição, a leitura foi de 16,0 ohms. A função termométrica [que é linear] e a temperatura da ave quando a leitura do ohmímetro for 10,1 ohms são: a) Tc = 10,0 ⋅ (R − 6) e 41,00 °C b) Tc = 10,1 ⋅ (R − 6) e 37,70 °C c) Tc = 10,0 ⋅ (R − 6) e 37,00 °C d) Tc = 10,0 ⋅ (R − 60) e 38,95 °C e) Tc = 10,1 ⋅ (R − 60) e 37,97 °C 20. (UCS-RS) Uma sonda espacial está se aproximando do Sol para efetuar pesquisas. A exatos 6 000 000 km do centro do Sol, a temperatura média da sonda é de 1 000 °C. Suponha que tal temperatura média aumente 1 °C a cada 1 500 km aproximados na direção ao centro do Sol. Qual a distância máxima que a sonda, cujo ponto de fusão (para a pressão nascondições que ela se encontra) é 1 773 K, poderia se aproximar do Sol, sem derreter? Considere 0 °C = 273 K e, para fi ns de simplifi cação, que o material no ponto de fusão não derreta. a) 5 600 000 km b) 5 250 000 km c) 4 873 000 km d) 4 357 000 km e) 4 000 000 km 21. (UEM-PR) Para se quantifi carem fenômenos físicos que acontecem ao nosso redor, muitas vezes precisamos reali- zar medidas das grandezas envolvidas nesses fenômenos. A medida do valor da temperatura, por exemplo, é feita por meio de um aparelho chamado termômetro. Na maioria dos termômetros as diferentes temperaturas são medidas por meio da variação do comprimento de uma coluna de mercúrio. Analise as proposições a seguir sobre os termô- metros e as escalas de temperatura e assinale a(s) correta(s). Considere condições normais de temperatura e pressão. (01) Um termômetro de mercúrio pode ser calibrado na es- cala Celsius de temperatura colocando-o em contato com gelo fundente e marcando-se a altura da coluna como sendo o zero da escala. Em seguida coloca-se este termômetro em contato com água em ebulição e mar- ca-se a nova altura da coluna de mercúrio como sendo uma centena de graus. Por fi m, divide-se a distância en- tre o ponto 0 °C e o ponto 100 °C em cem partes iguais. (02) A escala Reamur adota 0 °R para a temperatura de gelo fundente e 80 °R para a temperatura da água em ebulição. Portanto, a equação de conversão da escala Reamur para a escala Celsius é = t 4 t 5 R C onde t R e t C são as temperaturas medidas em graus Reamur e em graus Celsius, respectivamente. (04) A maioria dos países de língua inglesa adota como escala de temperatura a escala Fahrenheit. Nesta es- cala a temperatura de 20 °C corresponde a 36 °F. (08) Num termômetro de mercúrio, graduado na escala Celsius, a coluna apresenta a altura de 0,4 cm quando este está em contato com gelo fundente, e 20,4 cm na presença de vapores de água em ebulição. A tempera- tura indicada por este termômetro quando sua coluna líquida apresenta 8,4 cm de altura é de 40 °C. (16) Num determinado dia de verão a meteorologia anunciou que a temperatura da cidade de Maringá fi cou entre 25 e 35 °C. Se este anúncio fosse feito na escala Kelvin a amplitude térmica durante este mesmo dia seria de 18 K. 22. (Mack-SP) Os termômetros são instrumentos usados para efetuarmos medidas de temperaturas. Os mais comuns se baseiam na variação de volume sofrida por um líqui- do considerado ideal, contido em um tubo de vidro cuja dilatação é desprezada. Em um termômetro em que se usa mercúrio, vemos que a coluna desse líquido “sobe” cerca de 2,7 cm para um aquecimento de 3,6 °C. Se a escala termométrica fosse a Fahrenheit, para um aquecimento de 3,6 °F, a coluna de mercúrio “subiria”: a) 11,8 cm b) 3,6 cm c) 2,7 cm d) 1,8 cm e) 1,5 cm 23. Para tornar mais precisa a medida de temperatura feita com um termômetro de mercúrio, graduado na escala Celsius, que é dividida em cem unidades entre o ponto de gelo e o ponto de vapor, um pesquisador resolveu dividir cada grau por quatro, sem alterar o valor zero. Assim, construiu a sua própria escala, chamando-a de John, que mede em °J. Ao se relacionarem valores da variação de temperatura nessa escala com valores da variação na es- cala Fahrenheit, obtém-se a seguinte expressão: a) ∆θ J = ∆ · θ F b) ∆θ J = 4 · ∆θ F c) ∆θ F = 4 · ∆θ J d) ∆θ F = 0,45 · ∆θ J e) ∆θ F = 7,2 · ∆θ F 24. +Enem [H2] É muito comum associarmos o conceito de deserto a lugares quentes, mas é bom lembrar que, mesmo num deserto como o Saara, as temperaturas variam muito. Durante o dia, a temperatura é muito alta e, durante a noite, a temperatura cai drasticamente. Num dia típico de deserto, a temperatura máxima, durante o dia, foi de 45 °C e a mínima, durante a noite, de 10 °C. Conside- rando que a variação de temperatura, entre o ponto de fusão da água e o seu ponto de ebulição, é de 100 °C na escala Celsius e de 180 °F na escala Fahrenheit, a variação de temperatura nesse dia típico de deserto foi, na escala Fahrenheit, de aproximadamente: a) 50 °F b) 63 °F c) 95 °F d) 100 °F e) 113 °F 25. (Uern) A temperatura interna de um forno elétrico foi registrada em dois instantes consecutivos por termôme- tros distintos − o primeiro graduado na escala Celsius e o segundo na escala Kelvin. Os valores obtidos foram, res- pectivamente, iguais a 120 °C e 438 K. Essa variação de temperatura expressa em Fahrenheit corresponde a: a) 65 °F b) 72 °F c) 81 °F d) 94 °F Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 17 3/9/18 9:26 AM 18 CAPÍTULO 1 26. (UERJ) No mapa abaixo, está representada a variação mé- dia da temperatura dos oceanos em um determinado mês do ano. Ao lado, encontra-se a escala, em graus Celsius, utilizada para a elaboração do mapa. Determine, em Kelvins, o módulo da variação entre a maior e a menor temperatura da escala apresentada. 27. A altura h da coluna de líquido, medida em mm (milíme- tros), de um termômetro varia com a temperatura θ, em °C, de acordo com a seguinte expressão: h = 1,2 · θ + 10. Assinale, dentre os gráficos a seguir, aquele que representa a relação entre h e θ. a) 12 0 10 θ h b) 12 h 0 10 θ c) −10 0 12 θ h d) 22 0 10 θ h 10 e) 0 5 θ h 10 20 28. (Mack-SP) Numa cidade da Europa, durante um ano, a temperatura mais baixa no inverno foi 23 °F e a mais alta no verão foi 86 °F. A variação da temperatura, em graus Celsius, ocorrida nesse período, naquela cidade, foi: a) 28 °C b) 35 °C c) 40 °C d) 50,4 °C e) 63 °C 29. (FEI-SP) Um aluno da FEI construiu um termômetro rudi- mentar e verificou que, quando mergulhado no gelo em fusão, a altura da coluna de mercúrio era de 5 cm. Ele observou também que, quando mergulhado na água em ebulição, ao nível do mar, a altura da coluna de mercúrio era de 50 cm. Considerando a escala linear, determine a temperatura registrada quando a altura da coluna de mercúrio for de 25 cm. a) 50 °C b) 44,4 °C c) 40 °C d) 55,5 °C e) 38,9 °C 30. +Enem [H2] Um estudante registrou, durante uma se- mana, a máxima e a mínima temperatura em cada dia, como parte de uma pesquisa de geografia. Construiu então um gráfico das temperaturas em função dos dias, mas não anotou os valores das temperaturas. Temperatura Seg.0 Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom. Questionado a respeito da variação de temperatura du- rante aquela semana, o estudante pôde responder, cor- retamente, que: a) foi maior entre quinta e sexta-feira. b) foi maior no domingo. c) foi menor na quinta-feira. d) foi a mesma durante toda a semana. e) foi menor na segunda-feira. Vá em frente Acesse Visite o Centro de Referência para o Ensino de Física (CREF) localizado no Instituto de Física da UFRGS pela página do site <www.if.ufrgs.br/cref>. Lá você poderá fazer uma pesquisa do tema, apenas digitando o título em “Pesquisar no CREF”. Para saber mais sobre este capítulo, digite temas como: temperatura e escalas termométricas. Nas indicações da pesquisa relacionada ao site, você encontrará páginas do CREF com textos, respostas às questões formuladas e listas de exercícios. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o /U E R J , 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c01_01a18.indd 18 3/9/18 9:26 AM ► Identifi car as condições em que ocorre a transferência de calor. ► Identifi car e analisar os tipos de calor durante as variações de temperatura. ► Analisar processos de transferência de calor que tendem ao equilíbrio térmico. ► Reconhecer um sistema isolado. Principais conceitos que você vai aprender: ► Calor ► Capacidade térmica ► Calor específi co ► Sistema isolado ► Equilíbrio térmico ► Transferência de calor ► Estados físicos da matéria 19 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A 2 CALORIMETRIA nortongo/S h u tte rsto ck G•iser Beatiful Cerulean e suas camadas coloridas de bactŽrias. O parque nacional de Yellowstone,nos estados de Wyoming, Montana e Idaho, é o mais antigo parque do mundo. Inaugurado em 1 de março de 1872, é famoso por suas fontes termais e gêisers, além da variedade de vida selvagem. O histórico de erupções vulcânicas registrou três grandes eventos, considerados os maiores dessa natureza já ocorridos na Terra, nos últimos 2,2 milhões de anos. Três são os fatores que proporcionam ao parque a melhor coleção de fontes hidroter- mais do mundo: a precipitação que chega a mil milímetros ao ano; a existência de uma grande câmara magmática próxima da superfície e grandes e profundas falhas rochosas, que permitem a penetração da água da chuva até encontrarem as fontes de calor. Nas principais áreas de ocorrência de fontes termais, a temperatura aumenta cerca de 700 °C a cada mil metros de profundidade, bem diferente das demais regiões do globo, onde a média é de 30 °C para cada mil metros de profundidade. Nessas áreas, a água no interior da terra está sujeita a enormes pressões provocadas pelas camadas de rochas e chega a atingir temperaturas maiores que o ponto de ebulição, porém sem passar para o estado gasoso. Em razão da pressão elevada, são produzidos jatos de água fumegantes que atingem cerca de 8 metros de altura liberando vapores, durante alguns segundos. Na sequência, a água penetra novamente na terra, chegando a profundidades de até 3 mil metros, antes de retornar novamente por convecção. São mais de 200 gêisers que entram em erupção, que ocorre em momentos determina- dos, tornando-se um espetáculo para os turistas que visitam o parque. Ao todo são mais de 10 mil formações, entre gêisers, piscinas de água quente e de lama e fi ssuras que expelem vapor d’água e gases. • Com um aumento de 700 °C a cada mil metros de profundidade, a quantidade de calor absorvida por uma massa de água é alta. Considerando que, para cada grama de água, uma caloria produz um aumento de 1 °C em sua temperatura, faça uma estimativa de qual seria a quantidade de calor absorvida por uma massa de 1 quilogramas de água que se desloca pelas camadas de rocha. K ri s W ik to r/ S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 19 3/9/18 9:27 AM 20 CAPÍTULO 2 Calor O conceito de calor passou por um longo desenvolvimento no decorrer da história até se obter uma defi nição condizente com os fenômenos observados. Vimos que corpos em temperaturas diferentes, quando isolados do meio, após transcorrido certo intervalo de tempo vão apresentar a mesma temperatura, ou seja, entram em equilíbrio térmico. Como isso ocorre? Uma das primeiras explicações para esse fato foi a de que haveria uma substância hipotética que se transferiria do corpo de maior temperatura para outro de menor tempe- ratura, como um fl uido, então, no momento em que os dois corpos acumulavam a mesma quantidade desse fl uido, eles apresentariam temperaturas iguais. Essa explicação foi aceita por um longo período, pois se aplicava ao caso dos cor- pos em diferentes temperaturas, quando mantidos em contato dentro de um mesmo sistema. No entanto, tal modelo não explicava outros fenômenos, como o aquecimento causa- do por atrito. Quando esfregamos uma mão contra a outra, percebemos que ambas aque- cem. Nesse caso, não existe, no início, uma mão mais quente e, por isso, não explicamos o aquecimento das mãos pela transferência de algum fl uido de uma para a outra. Mais tarde, em meados do século XIX, com a experiência de Joule, o calor passou a ser entendido como uma forma de transferência de energia. Experi•ncia de Joule O médico alemão Robert Mayer (1814-1878) e o cientista britânico James Prescott Joule (1818-1889) estudavam a conservação de energia, e lançaram a ideia que levou ao conceito de calor que temos atualmente. Eles afi rmavam que o calor podia ser transformado em trabalho mecânico, e vice-versa. Joule realizou diversos experimentos na busca do equivalente mecânico do calor. Por volta de 1840, construiu um recipiente, isolado termicamente, no qual colocou um siste- ma de pás que podiam agitar a água contida em seu interior. Para isso, usou blocos que, ao caírem de determinada altura, faziam as pás, mergulhadas em água, girarem. Como havia atrito das pás com a água, a velocidade dos blocos era praticamente constante, ou seja, a energia cinética do sistema era invariável. Com isso, quase toda a energia potencial gravitacional era transformada em cinética e transformada no movimento das pás que aquecia a água. Com valores conhecidos para os pesos dos blocos, para a massa de água no reci- piente e para a variação de sua temperatura, Joule calculou a quantidade de energia transferida para o sistema, e assim determinou a relação entre o trabalho mecânico, ou energia mecânica, e a unidade de calor conhecida na época, a caloria, chegando assim ao “equivalente mecânico”. 1 cal = 4,18 J No entanto, mesmo antes de se entender o calor como forma de energia, foi possível estabelecer uma medida para essa grandeza, a partir do efeito de aque- cimento, defi nindo-se uma unidade de medida denominada caloria. Hoje entendemos o calor como uma forma de energia e considera- mos que: • Calor é a energia em trânsito que se transfere, espontaneamente, de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura. • Não podemos dizer que o calor está contido em um corpo, porque não é possível esvaziá-lo ou enchê-lo. • Uma das consequências da transferência de calor, de um corpo para ou- tro, é a variação de temperatura. • O calor que provoca variação de temperatura é chamado de calor sensí- vel, ou seja, perceptível pela variação de temperatura. Defi nição Uma caloria (1 cal): quantidade de calor recebida por 1 g de água pura para elevar 1 °C a sua tempertatura (mais especifi camente: de 14,5 °C para 15,5 °C). Ilustra•‹o do experimento de Joule. Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 20 3/9/18 9:27 AM 21 FÍ S IC A Capacidade térmica (C) Capacidade térmica de um corpo é uma grandeza que deriva do antigo conceito de calor como fl uido, o que pode nos induzir a pensar que ela representa determinada capa- cidade como a propriedade de conter, caber em certo volume, mas, de forma totalmente diferente, ela representa a razão entre a quantidade de calor Q recebida ou cedida por um corpo e a variação de temperatura Δθ sofrida por ele 1 . C Q = Δθ Quando um corpo recebe certa quantidade de calor Q, sua temperatura aumenta Δθ. E, se não houver mudança de fase, quanto maior a quantidade de calor recebida, maior será a variação em sua temperatura. Isso signifi ca que a razão entre a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo e a variação da temperatura sofrida por ele é uma constante. Em unidades do Sistema Internacional (SI) , temos: • Q medida em joules (J); • Δθ medida em kelvin (K); • C medida em (J/K) ou J/ °C, pois Δθ C = ΔT. Em muitas aplicações desse conceito, é utilizada a unidade caloria para expressar a quantidade de calor; assim, temos cal/°C, cal/K ou até cal/°F. Vamos considerar que um bloco de metal recebe uma quantidade de calor de 400 cal, e com isso sua temperatura varia de 30 °C para 50 °C. Nessa situação, sua capacidade tér- mica será dada por: s= − = 400 50 30 20 cal CoC C Isso signifi ca que, para variar 1 °C na temperatura desse bloco, é necessário que ele receba ou perca 20 calorias. Sistema termicamente isolado Observe a situação representada a seguir, em que dois corpos estão dentro de uma caixa feita de material isolante térmico (que não permite a troca de calor entre os corpos e o meio externo), e nessa situação ocorre transferência de calor entre eles. I. θ O A = 70 °C θ O B = 10 °C Calor A B II. θ A = 50 °C θ B = 50 °C A B Podemos observar que as temperaturas de A e B são iguais após o contato, no entanto as suas variações de temperatura são diferentes. O corpo A sofreu uma variação de tem- peratura negativa de −20 °C, porque perdeu calor,enquanto o corpo B sofreu uma variação de temperatura positiva de 40 °C, porque recebeu calor. 2 Esse resultado pode ser explicado pela capacidade térmica. Considerando que o calor é uma forma de energia e lembrando que energia não se cria nem desaparece (princípio da conservação da energia), a quantidade de calor que o corpo A cede é igual à quantidade de calor que B recebe, exceto pelo sinal. Esse valor é uma constante característica do corpo. Dessa maneira, se, ao receber 800 calorias de calor, a temperatura do corpo variou 40 °C, significa que o corpo neces- sita de 20 calorias para cada 1 °C de variação de temperatura. Início da troca de calor. Equilíbrio térmico. Observações 1 Nem sempre um corpo, ao receber ou ceder calor, sofre variação de temperatura. Pode ocorrer uma mudança de estado físico, por exemplo, ou, tratando-se de corpos no estado gasoso, variar a temperatura sem receber calor. Assunto que será trabalhado mais adiante. 2 Considera-se positivo o calor recebido (Q > 0) e negativo o calor cedido (Q < 0). Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 21 3/9/18 9:27 AM 22 CAPÍTULO 2 Assim, podemos afi rmar que as capacidades térmicas dos corpos A e B são diferentes. C Q = Δθ A A e C Q = Δθ B B Lembrando que Δθ A = –20 °C e Δθ B = +40 °C, temos Δθ B = –2 ⋅ Δθ A . Substituindo Δθ B = –2 ⋅ Δθ A , na igualdade C Q = Δθ B B , concluímos que: C A = 2 ⋅ C B Sendo a capacidade térmica de A igual ao dobro da capacidade térmica de B, o corpo A sofre uma variação de temperatura igual à metade da variação sofrida por B. A capacidade térmica de um corpo é determinada por dois fatores: a massa (m) e uma constante característica do material denominada calor específi co. Um exemplo de calor específi co é o da água. Sabemos que 1 grama de água pura, ao receber 1 caloria de quantidade de calor, sofrerá uma variação de temperatura de 1 °C, assim podemos afi rmar que o calor específi co da água: c água = 1 cal/g ⋅ °C A capacidade térmica de um corpo pode então ser defi nida como o produto entre a massa considerada e seu calor específi co. C = m ⋅ c Equa•‹o fundamental da Calorimetria A medida da quantidade de calor Q pode ser expressa em função das variáveis que acabamos de defi nir: a capacidade térmica, a massa e o calor específi co. 1 Considerando as expressões para capacidade térmica defi nidas acima: C Q = Δθ (I) C = m c (II) Igualando as expressões (I) e (II), temos: m c Q ⋅ = Δθ Q = m ⋅ c ⋅ Δθ Essa expressão é denominada equa•‹o fundamental da Calorimetria. Analisando a expressão obtida, concluímos que a massa e o calor específi co da subs- tância possuem valores positivos. Assim: • se Δθ . 0, então Q . 0 (o corpo recebe calor e sua temperatura aumenta); • se Δθ , 0, então Q , 0 (o corpo cede calor e sua temperatura diminui). Na tabela a seguir, são dadas as relações entre as unidades do Sistema Internacional (SI) e uma das unidades utilizadas no cotidiano, para as grandezas envolvidas. Grandeza Unidade prática Unidade no SI Q cal J m g kg c ⋅ ° cal g C ⋅ J kg K C ° cal C J K Δθ °C K Defi nição Calor específi co (c): corresponde à quantidade de calor que cada unidade de massa de uma determinada substância deve trocar para que sua temperatura varie em uma unidade (um grau). Curiosidade 1 Há pouco tempo, no Brasil, tornou-se obrigatória a informação nutricional de quaisquer produtos alimentícios industrializados, dentro dos padrões internacionais. Nas embalagens, deve ser informado o valor energético por porção do alimento em kcal (quilocalorias) e em kJ (quilojoules), além da porcentagem do valor diário de referência (%VD), para uma dieta diária de 2 000 kcal ou aproximadamente 8 400 kJ. Como se vê, no cotidiano a medida de energia em calorias é comum. E nas próprias embalagens podemos obter a relação entre a caloria e o joule: 1 kcal H 4,2 kJ (1 kcal = 1 000 cal). Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 22 3/9/18 9:27 AM 23 FÍ S IC A Trocas de calor em sistemas termicamente isolados Quando dois ou mais corpos trocam calor em um recipiente que não permite a entrada ou a saída de calor, mas somente trocas entre eles, temos um sistema isolado termicamente. Vimos anteriormente que, pelo princípio de conservação da energia, a quantidade de calor cedida é igual à quantidade de calor recebida. Se tivermos então dois ou mais corpos trocando calor, num sistema isolado, a soma das quantidades de calor cedida por um corpo será igual à quantidade de calor recebida pelo outro. Lembrando ainda que o calor recebido é positivo e o calor cedido é negativo, podemos expressar essa afi rmação da seguinte forma: ΣQ cedido = −ΣQ recebido s ΣQ cedido + ΣQ recebido = 0 1 De forma geral, podemos escrever: ΣQ = 0 Isso signifi ca que: “Em um sistema isolado, no qual dois ou mais corpos trocam calor entre si, até atingirem o equilíbrio térmico, a soma algébrica das quantidades de calor trocada entre os corpos é igual a zero”. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Fique atento às informações sobre a temperatura inicial da água e do bloco de metal. Observe que a situação fi nal é um equilíbrio térmico, portanto, a temperatura fi nal dos elementos envolvidos será a mesma. Verifi que se as grandezas envolvidas possuem a mesma unidade de medida. Considere uma vasilha isolante que contém 200 g de água a uma temperatura de 25 °C. Um pequeno bloco de metal, a uma temperatura de 80 °C, é colocado dentro da vasilha, mergulhado na água. Ao atingirem o equilíbrio térmico, a temperatura do sistema, água + metal, é de 30 °C. Nessa situação, determine a capacidade térmica (C) do bloco de metal. Considere o calor específi co da água igual a 1 cal/g ⋅ °C. Resolução Corpo A (água) m A = 200 g c A = 1 cal /g ⋅ °C Δθ A = (30 − 25) s Δθ A = 5 °C Corpo B (metal) C B = ? Δθ B = (30 − 80) s Δθ B = −50 °C Então: Q A + Q B = 0 s m A ⋅ c A ⋅ Δθ A + C B ⋅ Δθ B = 0 s s 200 ⋅ 1 ⋅ 5 + C B ⋅ (−50) = 0 s 50 · C B = 1 000 s C B = 20 cal/°C Nesse caso, se considerarmos a massa do bloco de metal igual a 100 g, o valor do calor específi co do metal será: C B = m B · c B s 20 = 100 · c B s c B = 0,2 cal/g ⋅ °C Equivalente em água No modelo apresentado, vimos a troca de calor entre uma massa de água e um bloco de metal. Muitas vezes é conveniente comparar corpos de diferentes materiais em relação à água, pela facilidade resultante do seu calor específi co, estabelecendo um equivalente em água (E). Para um corpo qualquer, o equivalente em água é defi nido como a massa de água que tem a mesma capacidade térmica do corpo. Dessa maneira, se um bloco, como apresentado acima, tem capacidade térmica de 20 cal/ °C, seu equivalente em água é E = 20 gramas, isto é, ele se comporta termicamente como 20 gramas de água. Observe que a massa de 20 gramas de água tem a capacidade térmica de 20 cal/ °C, porque C = m · c a s C = 20 ⋅ 1 s C = 20 cal/ °C. Calorímetro O calorímetro é um recipiente cujas paredes são constituídas de material isolante, as- sim os corpos em seu interior efetuam trocas de calor sem trocar calor com o meio exter- no. Um bom exemplo de calorímetro é uma caixa de isopor fechada e bem vedada. Os calorímetros de fato utilizados nas bancadas dos laboratórios não são 100% ideais, ou seja, eles trocam calor com os corpos em pequenas quantidades. A quantidade de calor trocada pelo calorímetro pode ser encontrada pela relação entre a variação de tempera- tura que ele sofre e a sua capacidade térmica. Q C = C C · Δθ Observação 1 O símbolo Σ é a letra maiúscula sigma, do alfabeto grego, utilizada para designar uma soma ou somatório. Calorímetro geralmente utilizado em laboratório. A n d re i N e k ra s s o v /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 23 3/9/18 9:27 AM 24 CAPÍTULO 2 Normalmente, a temperatura inicialdo calorímetro durante um processo é a mesma que a do primeiro elemento inserido em seu interior. Antes de se adicionar o segundo ele- mento, para a verifi cação das trocas de calor, espera-se até que o equilíbrio térmico entre o calorímetro e o primeiro elemento seja atingido. Para duas substâncias, A e B, com diferentes temperaturas, imersas em um mesmo calo- rímetro, consideraremos dois tipos de calorímetro. Misturador Material isolante Corpo do calorímetro Termômetro Calorímetro ideal Um calorímetro é considerado ideal quando a quantidade de calor trocada por suas paredes internas é desprezível. Nesse caso: Q A + Q B = 0 Calorímetro não ideal Um calorímetro é considerado não ideal, ou seja, real, quando a quantidade de calor trocada entre as substâncias e suas paredes internas não é desprezível. Nesse caso: Q A + Q B + Q C = 0 em que Q C é a quantidade de calor trocada pelo calorímetro. • Se Q C . 0: o calorímetro recebe calor dos corpos A e B. • Se Q C , 0: o calorímetro fornece calor aos corpos A e B. Sistema n‹o isolado termicamente No caso de o sistema trocar calor também com o ambiente, devemos introduzir essa troca de calor nos cálculos, considerando o ambiente como mais um corpo do sistema. Q A + Q B + Q U = 0 em que Q U é a quantidade de calor trocada com o ambiente. • Se Q U . 0: o ambiente recebe calor dos corpos A e B. • Se Q U , 0: o ambiente fornece calor aos corpos A e B. Calor A B θ 0 A . θ 0 B Visão esquemática do interior de um calorímetro. Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 24 3/9/18 9:27 AM 25 FÍ S IC A Desenvolva H17 da matriz de referência do Enem, que consiste em “relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica”. Entre as diversas propriedades da água, uma delas está relacionada com a característica de “controlar” as variações de temperatura, afetando o clima. Um exemplo dessa propriedade está evidenciado pelos diferentes climas apresentados nas regiões do planeta. Em re- giões onde a chuva não é frequente e a umidade do ar é baixa, as variações de temperatura são grandes. Em regiões onde a umidade do ar é alta, devido às chuvas constantes ou à proximidade de grandes massas de água, como oceanos e grandes rios, a variação de temperatura é menor. Veja, por exemplo, os gráfi cos apresentados em um guia de turismo, com informações das temperaturas e do regime de chuvas, de duas cidades brasileiras. Climatempo Campos do Jordão 30 °C 250 mm 25 200 20 150 15 100 10 50 5 0 Meses J F M A M J J A S O N D Chuvas Temp. máx./mín. Climatempo Búzios 30 °C 250 mm 25 200 20 150 15 100 10 50 5 0 Meses J F M A M J J A S O N D Chuvas Temp. máx./mín. Fonte: Guia Quatro Rodas, Brasil, edição 2013. A cidade de Campos do Jordão, em São Paulo, tem clima de montanha e apresenta um regime de chuvas irregular durante o ano. Búzios, no estado do Rio de Janeiro, é uma cidade litorânea com regime de chuvas regular durante o ano. A diferença entre os gráfi cos das duas cidades é evidente. Enquanto em Campos do Jordão as temperaturas diminuem signifi cativamente nos meses de inverno, em Búzios ela não é signifi cativa. A diferença entre as temperaturas de máxima e de mínima em Campos do Jordão é maior no período de abril a setembro, enquanto em Búzios a diferença é próxima de um valor constante durante todo ano. Esse fenômeno climático ocorre porque, para aquecer ou resfriar certa massa de água, se requer maior quantidade de calor do que uma rocha, por exemplo. Assim, a umidade do ar exerce papel importante no fenômeno de oscilação térmica. Quando o ar está seco, o solo aquece muito durante o dia, mas resfria rapidamente à noite. Quando a umidade do ar é elevada, a temperatura não varia muito porque, tanto para aquecer quanto para resfriar, é necessária uma grande quantidade de calor. De acordo com as informações apresentadas, responda: 1. As temperaturas durante o ano, em Manaus, no Amazonas, devem ser mais parecidas com as da cidade de Campos do Jordão ou com as de Búzios? Explique sua escolha. 2. Como se explica a temperatura num deserto como o Saara, a qual é muito alta durante o dia e muito baixa durante a noite? C lim a te m p o /w w w .c lim a te m p o .c o m .b r Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 25 3/9/18 9:27 AM 26 CAPÍTULO 2 Atividades 1. Numa experiência utilizou-se um bloco metálico com calor específi co igual a 0,2 cal/g ⋅ °C, cuja temperatura variou de 20 °C a 50 °C ao receber 1 200 cal. Calcule a capacidade térmica do bloco. 2. Uma panela contém 300 g de água à temperatura de 25 °C. Calcule a quantidade de calor que a massa de água deverá receber para elevar sua temperatura até 60 °C. 3. (Uece) A energia necessária para aquecer uma certa massa de água é a mesma nos seguintes casos: a) 2 kg, de 20 °C para 23 °C, ou 3 kg, de 20 °C para 23 °C b) 1 kg, de 20 °C para 21 °C, ou 2 kg, de 20 °C para 22 °C c) 2 kg, de 20 °C para 23 °C, ou 3 kg, de 20 °C para 22 °C d) 1 kg, de 20 °C para 21 °C, ou 3 kg, de 20 °C para 23 °C 4. (PUC-RJ) Dois blocos metálicos idênticos de 1 kg estão colocados em um recipiente e isolados do meio ambiente. Se um dos blocos tem a temperatura inicial de 50 °C, e o segundo a temperatura de 100 °C, qual será a tempera- tura de equilíbrio, em °C dos dois blocos? a) 75 b) 70 c) 65 d) 60 e) 55 5. (Cefet-MG) Dois corpos A e B de temperaturas T A e T B , onde T A > T B são colocados em um recipiente termica- mente isolado juntamente com um terceiro corpo C de temperatura T C . Após atingido o equilíbrio térmico, as temperaturas: a) T A , T B e T C diminuem. b) T A , T B e T C tornam-se iguais. c) T A diminui, T B aumenta e T C diminui. d) T A aumenta, T B diminui e T C aumenta. 6. Um bloco metálico de 250 g que se encontra a 380 °C foi colocado em contato com 120 g de água a 20 °C. Sendo 0,1 cal/g ⋅ °C o calor específi co do metal e 1 cal/g ⋅ °C o calor específi co da água, pode-se dizer que a temperatura no equilíbrio térmico será aproximadamente: a) 34 °C b) 47 °C c) 63 °C d) 78 °C e) 82 °C 7. (UEMT) A temperatura de 400 g de um líquido, cujo calor específi co é 0,8 cal/(g ⋅ °C), sobe de −5 °C até 35 °C. O tempo gasto em minutos para realizar esse aquecimento com uma fonte que fornece 80 cal/min é de: a) 150 b) 160 c) 200 d) 250 e) 280 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 26 3/9/18 9:27 AM 27 FÍ SI CA 8. +Enem [H17] Desejando aquecer um pouco a água contida numa banheira, em um dia em que faltou energia elétrica, um estudante esquenta no fogão a gás uma vasilha com 5 litros de água até a temperatura de 90 °C e despeja, em seguida, na água da banheira. Conhecendo o princípio da conservação da energia, ele aplica o seguinte raciocínio: a água quente cede calor para a água fria da banheira e a quantidade de calor cedida é igual à quantidade de calor recebida. Então, sabendo que o volume de água contido na banheira é de 120 litros e que está a uma temperatura de 20 °C, posso calcular a elevação da temperatura da água da banheira supondo que haja troca de calor somente entre as massas de água. Considerando que 1 litro de água tem massa de 1 kg e o calor específi co da água é igual a 1 kcal/kg ⋅ °C, se pode afi rmar que o raciocínio do estudante está: a) errado, pois a temperatura fi nal será de 28,5 °C. b) correto e o aumento da temperatura da água da banheira será de 1,0 °C. c) correto e a temperatura fi nal será de 23,5 °C. d) errado e com isso a temperatura fi nal não poderá ser determinada. e) correto e o máximo aumento da temperatura da água da banheira será de 2,8 °C. Complementares Tarefa proposta 1 a 16 9. (Fuvest-SP) No início do século XX, Pierre Curie e cola- boradores, em uma experiência para determinar carac- terísticasdo recém-descoberto elemento químico rádio, colocaram uma pequena quantidade desse material em um calorímetro e verifi caram que 1,30 grama de água líquida ia do ponto de congelamento ao ponto de ebuli- ção em uma hora. A potência média liberada pelo rádio nesse período de tempo foi, aproximadamente: Note e adote: • Calor específi co da água: 1 cal/g °C • 1 cal = 4 J • Temperatura de congelamento da água: 0 °C • Temperatura de ebulição da água: 100 °C • Considere que toda a energia emitida pelo rádio foi absorvida pela água e empregada exclusivamente para elevar sua temperatura. a) 0,06 W b) 0,10 W c) 0,14 W d) 0,18 W e) 0,22 W 10. (UFJF-MG) Dentro de uma garrafa térmica há meio litro de água a uma temperatura de 20 °C. Se adicionarmos 200 mL de água a 50 °C dentro dessa garrafa, a tempe- ratura fi nal da água será aproximadamente: (Dados: 1 g de água equivale a 1 mL de água; c água = 1 cal/g ⋅ °C) a) 35,0 °C b) 30,0 °C c) 35,8 °C d) 28,5 °C e) 43,6 °C 11. (Uerj) Analise o gráfi co a seguir, que indica a variação da capacidade térmica de um corpo (C) em função da tem- peratura (θ). A quantidade de calor absorvida pelo material até a tem- peratura de 50 °C em calorias, é igual a: a) 500 b) 1 500 c) 2 000 d) 2 200 12. (Uncisal) Um calorímetro contém 200 g de água a 25 °C. É depositado, em seu interior, um bloco metálico de 100 g de massa a 95 °C, observando-se o equilíbrio térmico a 30 °C. Considerando o sistema isolado do meio externo, 1,0 cal/(g ⋅ °C) o calor específico da água e 0,2 cal/(g ⋅ °C) o calor específico do metal, a capacidade térmica do calorímetro vale, em cal/°C: a) zero b) 8,0 c) 60 d) 140 e) 280 R e p ro d u ç ã o /U E R J , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 27 3/9/18 9:27 AM 28 CAPÍTULO 2 Fases da matéria Dependendo da temperatura e da pressão a que está submetida, uma substância é encontrada em uma das seguintes fases da matéria: sólida, líquida ou gasosa. Geralmente a fase gasosa é dividida em outras três situações distintas: vapor, gás e plasma. 1 Na imagem, os três estados da matéria, gelo fl utuante (sólido) em água (líquido) e vapor de água (invisível) presente. Como a pressão infl uencia a temperatura de mudança de fase, vamos tratar esse as- sunto separadamente mais adiante. Por enquanto, vamos considerar a pressão constante e considerar apenas as variações da temperatura. Fase sólida Na fase sólida, os átomos ou moléculas que compõem uma substância estão ligados entre si por forças interatômicas e intermoleculares intensas. Tais forças organizam as partículas em posições rígidas, umas em relação às outras, de modo a formar uma estru- tura geométrica. Essa estrutura é denominada retículo cristalino, que faz com que um material nessa fase mantenha as seguintes características: • forma e volume bem-defi nidos; • partículas próximas umas das outras e ligadas; • partículas com grau de liberdade restrito ao movimento de vibração em torno de uma posição de equilíbrio. A vibração das partículas de um corpo qualquer na fase sólida está diretamente re- lacionada à sua temperatura. Quanto maior a temperatura, mais intensa a vibração das moléculas. Para cada substância, existe um limite de vibração para o qual ela ainda per- manece no estado sólido. Acima desse valor, a substância passa a existir no estado líquido. Esse limite é característico dos sólidos verdadeiros. Observação 1 Vapor é o estado gasoso em que a substância está com temperatura abaixo da temperatura crítica, que é a temperatura em que uma substância no estado gasoso não pode ser transformada em líquido apenas pelo aumento da pressão. Gás é o estado em que a substância está acima da temperatura crítica. Plasma é o estado do gás superaquecido, em que os átomos ou as moléculas são ionizados, ou seja, carregados eletricamente. Nesse estado, o gás, que naturalmente é isolante de eletricidade, se torna condutor. Um exemplo de plasma é o relâmpago; na região onde o gás emite luz, o ar atmosférico é transformado em plasma. Estrutura de um sólido em que as moléculas estão muito próximas, mas não “coladas” umas nas outras. Defi nição Sólidos verdadeiros: corpos com estrutura no estado sólido no formato de retículo cristalino. Esses corpos passam diretamente do estado sólido para o líquido, sem passar por fases intermediárias, como o fazem os vidros e os plásticos em geral, que fi cam pastosos antes de se liquefazerem. Um exemplo de sólido verdadeiro é a água. O vidro é um exemplo de sólido amorfo, por não apresentar confi guração geométrica das moléculas, quando está no estado sólido. D e n is B u rd in /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 28 3/9/18 9:27 AM Fusão: mudança do estado de agregação da matéria da fase sólida para a líquida. Solidificação: mudança do estado de agregação da matéria da fase líquida para a sólida. Sublimação: mudança do estado de agregação da matéria da fase sólida para a fase gasosa. Condensação: mudança do estado de agregação da matéria da fase gasosa para a líquida. Vaporização: mudança do estado de agregação da matéria da fase líquida para a fase gasosa. A vaporização pode ocorrer de três formas distintas: evaporação, calefação e ebulição. Dessublimação: mudança do estado de agregação da matéria da fase gasosa para a fase sólida. Ebulição: mudança da fase líquida para a gasosa a uma temperatura bem-definida. Caracterizada pelo movimento turbulento da massa líquida no qual ocorre mudança de fase em todo seu volume, desde a superfície até o interior da porção de líquido, porque todo ele se encontra na temperatura de ebulição. A água, por exemplo, à pressão de 1 atm (ou 760 mmHg), entra em ebulição a 100 °C. Evaporação: mudança da fase líquida para a gasosa em temperaturas menores que a de ebulição. Nesse caso, somente as moléculas que estão na superfície livre do líquido passam para a fase gasosa. Algumas moléculas que estão na superfície do líquido passam para a fase gasosa, ao receber energia das moléculas vizinhas, por meio dos choques entre elas. Calefação: mudança da fase líquida para a gasosa, quando a superfície do líquido atinge temperatura de ebulição muito rapidamente, graças ao contato direto com uma fonte de calor de alta temperatura. Isso ocorre, por exemplo, se jogarmos gotas d’água em uma chapa de ferro muito quente. Nesse caso, forma-se uma camada de vapor entre as gotas d’água e a chapa, dificultando a passagem de calor da chapa para o interior da gota, daí o nome calefação. 29 FÍ S IC A Fase líquida Na fase líquida, as partículas que compõem a substância estão liga- das pelas mesmas forças existentes no estado sólido, porém são menos intensas. A intensidade dessa força determina o grau de liberdade das partículas. Por isso, no estado líquido, as partículas podem vibrar, girar e trasladar, ou seja, seu movimento é mais livre comparado ao estado sólido, e elas mantêm uma distância fi xa de afastamento. A fase líquida apresenta as seguintes características: • volume bem-defi nido; • a forma da massa líquida é a mesma do recipiente que a contém; • partículas podem se mover, mas mantêm uma distância fi xa entre elas; • o grau de liberdade das partículas é menos restrito e permite vibração, rotação e translação. Fase gasosa Na fase gasosa, as partículas que compõem a substância apresentam uma força de atração entre elas praticamente nula. Essas partículas es- tão livres, de forma a ter grau de liberdade irrestrito. Essa fase apresenta as seguintes características: • assumem o volume e a forma do recipiente que contém a massa gasosa; • partículas praticamente livres umas das outras; • movimento permanente e desorganizado das partículas. Mudança de fase Quando a pressão é constante, o grau de vibração das partículas que compõem uma substância, isto é, sua temperatura, determina a fase (sólida, líquidaou gasosa) em que ela se encontra. A seguir, nomeamos as diversas mudanças de fase. Os líquidos têm parte de seu volume defi nido, e suas partículas têm maior liberdade de movimento. Os gases apresentam volume e forma do recipiente que os contém, e a atração entre as partículas é desprezível. Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 29 3/9/18 9:27 AM 30 CAPÍTULO 2 Calor latente Uma substância pura, durante a mudança de fase, troca calor com o meio, sem que sua temperatura varie. Isso ocorre porque, entre os estados sólido, líquido e gasoso, existe um salto de energia. Por exemplo, para uma substância mudar do estado sólido para o líquido, os átomos ou moléculas precisam ganhar certa quantidade de energia apenas para mudar de estado. Essa quantidade de energia para mudar de estado físico é o calor latente da substância. Com isso, partículas com a mesma temperatura, nos estados sólido, líquido e gasoso, se encontram em estados de energia diferentes. Podemos ter água líquida e vapor de água com a mesma temperatura, no ambiente. Nesse caso, dizemos que o vapor “guarda” mais energia que a água líquida. Esse calor latente é a energia potencial no interior da matéria. A estrutura do sólido é mais organizada, portanto mais “econômica”, pelo fato de gas- tar menos energia para sua manutenção. No estado líquido, as partículas estão menos organizadas, o que implica mais energia para sua manutenção. No estado gasoso, as partículas estão totalmente desorganizadas, o que requer uma quantidade ainda maior de energia para permanecer nesse estado. Menor energia Maior energia Sólido Líquido Gasoso Medida do calor na mudan•a de fase O calor trocado durante a mudança de fase é denominado quantidade de calor laten- te. Como foi defi nido, o calor latente (L) refere-se à quantidade de calor por unidade de massa que muda de fase; então, para a mudança de fase, temos a seguinte expressão: Q = m ⋅ L em que Q representa a quantidade de calor latente trocada numa mudança de fase. O valor de L depende das características da cada substância e da transição de fase que ocorre, e pode ser determinado por: L Q m = , assim a unidade de L será J/kg no Sistema Internacional ou cal/g no sistema de unidades comumente utilizado. Vamos considerar o calor latente de fusão do gelo em condições normais de pressão que é igual a L f = 80 cal/g , ou seja, é necessário que ele receba 80 calorias para fundir 1 grama de gelo a 0 °C, sob pressão de 1 atm. Na fusão e na ebulição, a substância recebe calor, então L f . 0 e L v . 0. Na solidifi cação e na condensação, a substância cede calor, então L s , 0 e L c , 0. Para a água, a 1 atm, temos: Calor latente de fusão do gelo a 0 °C s L f = 80 cal/g Calor latente de vaporização da água a 100 °C s L v = 540 cal/g Calor latente de solidifi cação da água a 0 °C s L s = –80 cal/g Calor latente de condensação da água a 100 °C s L c = –540 cal/g Observe que, para os processos contrários, o valor do calor latente apenas muda de sinal. Defi nição Calor latente (L): quantidade de calor trocada por uma unidade de massa de uma da substância, para que ocorra mudança de fase. Esquema representando a relação entre os estados físicos e os níveis de energia. V a d im P e tr a k o v /S h u tt e rs to ck S h a rk _ 74 9 /S h u tt e rs to ck V a le n ty n V o lk o v /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 30 3/9/18 9:27 AM 31 FÍ S IC A Curvas de aquecimento e resfriamento com mudança de fase O aquecimento ou resfriamento de um corpo, com mudanças de fase, pode ser representado em um gráfi co de tempe- ratura por tempo (θ × t), quando o corpo recebe calor a uma razão constante, ou por um gráfi co de temperatura por quanti- dade de calor (θ × Q). 1 Vamos observar uma curva de aquecimento de um corpo, inicialmente na fase sólida: θ θv = θc θf = θs A B C D E F Q As temperaturas são indicadas por θ, sendo: • θ v a temperatura constante de vaporização; • θ f a temperatura constante de fusão; • θ s a temperatura constante de solidifi cação; • θ c a temperatura constante de condensação. No gráfi co, observamos: • AB: aquecimento da substância na fase sólida (calor sensível); • BC: fusão da substância (calor latente); • CD: aquecimento da substância na fase líquida (calor sensível); • DE: vaporização da substância (calor latente); • EF: aquecimento da substância na fase gasosa (calor sensível). O cálculo da quantidade de calor recebida pelo corpo em cada etapa deve ser realizado da seguinte forma: • De A para B: como o calor é sensível, devemos utilizar a equação Q = m ⋅ c s ⋅ Δθ (calor sensível), com o calor específi co da substância no estado sólido. • De B para C: ocorre uma mudança de fase e por isso devemos utilizar a equação Q = m ⋅ L f (calor latente). • De C para D: ocorre apenas troca de calor Q = m ⋅ c l ⋅ Δθ (calor sensível), com o calor específico da substância no estado líquido. • De D para E: ocorre mudança de fase, portanto: Q = m ⋅ L v , (calor latente). • De E para F: há apenas variação de temperatura, então Q = m ⋅ c v ⋅ Δθ (calor sensível), com o calor específi co da substância no estado gasoso. Agora vamos considerar o resfriamento de uma massa inicialmente no estado gasoso, representada em um gráfi co (θ × t), considerando que o corpo perde calor a uma razão constante. No gráfi co a seguir, podemos notar que a substância passa por etapas que envolvem mudanças de fase ou somente variações de temperatura. θ θs = θf θc = θv A B Gasoso Condensação Líquido Solidificação Sólido C D E F t0 Observação 1 Nas curvas de aquecimento ou de resfriamento, os patamares representam as mudanças de fase, em que a temperatura se mantém constante. Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 31 3/9/18 9:27 AM 32 CAPÍTULO 2 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Dados para o cálculo do calor: Inicialmente temos uma massa de gelo m = 200 g a −10 °C, então é preciso calcular: Q 1 = quantidade de calor para elevar a temperatura dessa massa de gelo até 0 °C (ponto de fusão do gelo). Q 2 = quantidade de calor para fundir a massa de gelo. Q 3 = quantidade de calor para elevar de 0 °C a 50 °C. Uma massa de gelo de 200 g, a −10 °C, é colocada em uma vasilha de capacidade térmica desprezível, isolada termicamente. Um aquecedor, cuja potência é de 500 cal/ min, fornece calor, que é absorvido integralmente pela massa de gelo. Sabendo-se que a pressão no local do experimento é 1 atm, em quanto tempo se obtém água líquida a 50 °C? (Dados: calor específi co do gelo c g = 0,5 cal/g ⋅ °C; calor específi co da água c a = 1 cal/g ⋅ °C; calor latente de fusão do gelo L f = 80 cal/g) Resolução Cálculo do calor total: Q = Q 1 + Q 2 + Q 3 Q = m ⋅ c g ⋅ Δθ + m ⋅ L f + m ⋅ c a ⋅ Δθ s Q = 200 ⋅ 0,5 ⋅ 10 + 200 ⋅ 80 + 200 ⋅ 1 ⋅ 50 s s Q = 1 000 + 16 000 + 10 000 s s Q = 27 000 cal Sendo a potência: 27 000 500 54 min = Δ Δ = Δ = Δ = P Q t t Q P t t s s s s s s O aquecedor gastará 54 minutos para transformar 200 g de gelo a −10 °C em água a 50 °C. Conexões Nas nuvens O nosso cotidiano é repleto de situações em que nos deparamos com conceitos, fenômenos e propriedades físicas que desafi am o senso comum. Muitas vezes erramos ao expressarmos alguns termos ou quando interpretamos uma situação. Veja, por exemplo, o relato de notícias na TV ou em matérias escritas em jornais, em que invariavelmente procuram uma maneira mais sim- ples de explicar fatos, quando eles envolvem conceitos físicos. Uma dessas expressões diz respeito à noção de vapor. Em dias frios, ao inspirarmos ou expirarmos, o ar quente que sai dos pulmões, carregado de vapor de água, se resfria rapidamente, se condensa e se forma uma névoa, que para muitos é uma “fumaça”. Essa névoa que vemos é vapor ou água líquida? É água líquida na forma de minúsculas gotículas que, estando muito juntas,refl etem a luz, de tal maneira que conse- guimos vê-las. O vapor na atmosfera, ao nosso redor permanentemente, não é visível, é transparente à luz. Para o caso em que o vapor quente sai pela válvula de uma panela de pressão ou de vapor formado no banho quente com chuveiro elétrico nós o vemos, e então? É, como dizem, vapor condensado? Para responder, é simples: Se o vemos, é água líquida; se não o vemos, é vapor! Não é necessário dizer vapor condensado. Vapor condensado é água líquida. Neblina, nuvens ou “fumaça” saindo dos pistões de uma locomotiva a vapor são todos exemplos de água líquida na forma de minúsculas gotículas, que juntas nos dão a impressão de fumaça. E o que dizer sobre a quantidade de água no estado gasoso, existente na atmosfera terrestre? Parece que essa quanti- dade de água nunca é lembrada, quando se fala em água dos oceanos, água doce dos rios e geleiras. Assim sendo, realize a atividade de pesquisa indicada a seguir. 1. Procure saber o que é orvalho e o que é geada. 2. Faça uma pesquisa sobre os rios voadores e apresente uma explicação. Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 32 3/9/18 9:27 AM 33 FÍ S IC A Atividades 13. Você observa uma vasilha com água sendo aquecida no fogão da cozinha da sua casa. Depois de bem quente, antes de ferver, você despeja a água dentro de uma xícara para fazer chá. Nesse momento, pode-se observar uma fumaça acima da xícara e que logo se dissipa, desapare- cendo rapidamente. A respeito dos estados físicos e das mudanças de fase observadas nessa descrição, é correto afi rmar que ocorreram os estados, segundo a sequência: a) líquido; fusão; vapor; condensação. b) líquido; ebulição; vapor; condensação; vaporização por evaporação. c) vapor; condensação; líquido; fusão. d) líquido; vaporização; vapor; condensação; ebulição. e) líquido; vaporização por evaporação; vapor; conden- sação; líquido; evaporação; vapor. 14. (Ifsul-RS) Uma das substâncias mais importantes para os seres vivos, a água, está oferecendo preocupação, pois está ameaçada de diminuição na natureza, onde pode ser encontrada nos estados sólido, líquido e vapor. Tendo como referência a água, analise as afi rmativas abai- xo, indicando, nos parênteses, se é verdadeira ou falsa. ( ) Para que ocorra a mudança de estado físico da água, à pressão constante, sua temperatura permanecerá constante, e ocorrerá troca de calor com o ambiente. ( ) Para que ocorra a evaporação da água do suor de nossa pele, deve ocorrer absorção de energia pelo nosso corpo. ( ) Para que certa quantidade de água entre em ebuli- ção, à temperatura ambiente, é necessário que seja diminuída a pressão sobre ela. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F − V − V b) V − V − F c) V − F − V d) F − F − V 15. Misturam-se 50 g de gelo a 0 °C com 200 g de água a 30 °C, dentro de um calorímetro de capacidade térmica desprezível, em pressão normal. Determine a temperatura de equilíbrio térmico da mistura. (Dados: Calor latente de fusão do gelo: L f = 80 cal/g; calor específi co da água: c a = 1 cal/g ⋅ °C) 16. (UnB-DF) A vida na Terra desenvolve-se em uma faixa estreita de temperatura, aproximadamente de −50 °C a 50 °C, que é consistente com a distância média da Terra ao Sol. Esse intervalo de temperatura refl ete um equilíbrio entre a quantidade de radiação absorvida e a quantidade de radiação térmica emitida. A água é outro fator mode- rador das temperaturas no planeta. A esse respeito, julgue (V ou F) a seguinte afi rmação: “A água é capaz de atuar como moderador do clima pelo fato de ter alto calor específi co e altos valores de calor latente de fusão e vaporização.” 17. (UPF-RS) Qual a quantidade de calor que devemos fornecer a 200 g de gelo a −20 °C para transformar em água a 50 °C? (Considere: c gelo = 0,5 cal/g °C; c água = 1 cal/g °C; L fusão = 80 cal/g) a) 28 kcal b) 26 kcal c) 16 kcal d) 12 kcal e) 18 kcal Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 33 3/9/18 9:27 AM 34 CAPÍTULO 2 18. (Uece) Um pedaço de gelo a 0 °C é colocado em 200 g de água a 30 °C, em um recipiente de capacidade térmica desprezível e isolado termicamente. O equilíbrio térmico se estabelece em 20 °C. O calor latente de fusão do gelo é 80 cal/g, e o calor específico da água é 1,0 cal/(g °C). A massa do pedaço de gelo usado no experimento é: a) 10 g b) 20 g c) 30 g d) 40 g e) 50 g 19. +Enem [H17] Para se analisar o comportamento térmico quanto aos estados físicos de uma substância, se construiu o gráfico a seguir, que representa os resultados de um ex- perimento no qual se relacionam as grandezas temperatu- ra e quantidade de calor recebida por um corpo de massa 100 g feito dessa substância. O corpo está inicialmente no estado sólido, e o experimento foi realizado em pressão constante. De acordo com o gráfico, a temperatura de fusão e o calor latente específico de fusão dessa substância são respectivamente: 270 300 170 200 θ (°C) Q (cal)2 000 4 500 100 0 a) 170 °C e 200 cal/g. b) 270 °C e 0,20 cal/g. c) 270 °C e 25 cal/g. d) 200 °C e 2 500 cal/g. e) 300 °C e 100 cal/g. 20. (Ifsul-RS) Um estudante de Física, a fim de analisar o comportamento térmico de uma substância, realizou um experimento em que forneceu calor a uma quantidade de massa dessa substância, inicialmente na fase sólida. Após analisar os dados experimentais obtidos, ele traçou um gráfico, na figura abaixo, que mostra o comportamento da temperatura dessa substância em função da quantidade de calor que ela recebeu. Sabendo que o calor latente de fusão da substância ana- lisada é igual a 20 cal/g, ele calculou os valores da massa m e do calor específico na fase sólida. Ele obteve para esses valores, respectivamente: a) 20 g e 0,4 cal/g °C b) 20 g e 0,2 cal/g °C c) 40 g e 0,2 cal/g °C d) 40 g e 0,4 cal/g °C R e p ro d u ç ã o /I F S U L- R S , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 34 3/9/18 9:27 AM 35 FÍ SI CA 1. No experimento de Joule, um objeto de massa conhecida é fi xado em uma corda e abandonado de certa altura. Durante a sua queda, um sistema de pás é colocado em rotação, agitando a água contida em um recipiente ter- micamente isolado. A temperatura da água se eleva por causa do atrito das pás com a água. Quais as modifi cações no experimento que poderiam provocar uma elevação ain- da maior na água? a) Aumentar a massa do objeto e o volume de água no recipiente. b) Aumentar a altura da queda e a massa do objeto. Complementares Tarefa proposta 17 a 32 23. (Uerj) O gráfi co abaixo indica o comportamento térmico de 10 g de uma substância que, ao receber calor de uma fonte, passa integralmente da fase sólida para a fase líquida. O calor latente de fusão dessa substância, em cal/g, é igual a: a) 70 b) 80 c) 90 d) 100 24. (Vunesp) A fi gura mostra os gráfi cos das temperaturas em fun- ção do tempo de aquecimento, em dois experimentos separa- dos, de dois sólidos, A e B, de massas iguais, que se liquefazem durante o processo. A taxa com que o calor é transferido no aquecimento é constante e igual nos dois casos. Se T A e T B forem as temperaturas de fusão e L A e L B os calores latentes de fusão de A e B, respectivamente, então: a) T A > T B e L A > L B b) T A < T B e L A > L B c) T A > T B e L A = L B d) T A < T B e L A = L B e) T A > T B e L A < L B 21. (Fac. Albert Einstein) Sabe-se que um líquido possui calor específi co igual a 0,58 cal/g °C. Com o intuito de descobrir o valor de seu calor latente de vaporização, foi realizado um experimento onde o líquido foi aquecido por meio de uma fonte de potência uniforme, até sua total vaporiza- ção, obtendo-se o gráfi co abaixo. O valor obtido para o calor latente de vaporização do líquido, em cal/g, está mais próximo de: a) 100 b) 200 c) 540 d) 780 22. Uma quantidade de calor é fornecida a um bloco de gelo, inicialmentea 0 °C, até que sua massa seja totalmente convertida em água líquida. Continuando a fornecer calor até que a massa líquida adquira a temperatura de 70 °C, se pode afi rmar que, durante o processo, a temperatura: a) permanece constante a 0 °C até que toda a massa de gelo se funda e em seguida a temperatura do líquido permanece constante em 70 °C. b) aumenta durante a fusão de 0 °C até 70 °C e, então, permanece constante. c) permanece constante até que toda a massa de gelo seja transformada em água e, em sequência, aumenta continuamente até atingir 70 °C. d) aumenta continuamente até que toda a massa de gelo seja transformada em líquido a 70 °C. e) do gelo e da água permanece em equilíbrio a 70 °C. Tarefa proposta c) Diminuir a massa do objeto e aumentar a altura da queda. d) Diminuir a altura da queda e aumentar a massa do objeto. e) Colocar um termômetro mais sensível para efetuar a leitura. 2. (Cefet-MG) Um aquecedor possui uma potência útil cons- tante de 500 W. O tempo gasto para esse aquecedor elevar de 50 °C a temperatura de uma panela de ferro de 1,0 kg e calor específi co c = 460 J/kg · K, admitindo-se que ela absorva todo o calor transmitido é de: a) 12 s b) 23 s c) 46 s d) 54 s R e p ro d u ç ã o /F a c u ld a d e A lb e rt E in s te in , 2 0 1 7 R e p ro d u ç ã o /U E R J , 2 0 1 7 R e p ro d u ç ã o /U N E S P, 2 0 0 4 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 35 3/9/18 9:27 AM 36 CAPÍTULO 2 3. (UEMT) Um calorímetro com capacidade térmica desprezí- vel contém em seu interior 400 gramas de água a 25 °C. Foi introduzido no interior desse calorímetro um corpo sólido de massa igual a 100 g e à temperatura de 100 °C. A temperatura de equilíbrio do sistema é de 30 °C. Logo, com os dados apresentados, pode-se dizer que o calor específico da substância que constitui o sólido é: (Dado: c água = 1,0 cal/g ⋅ °C) a) 0,189 cal/g ⋅ °C b) 0,201 cal/g ⋅ °C c) 0,198 cal/g ⋅ °C d) 0,209 cal/g ⋅ °C e) 0,285 cal/g ⋅ °C 4. (PUC-PR) James Prescott Joule (1818-1889), cientista britânico, realizou experimentos que determinam a equivalência entre energia mecânica e energia térmica. Joule iniciou estudos sobre calor gerado por correntes elétricas quan- do tinha 18 anos e aos 22 deduziu a relação entre o calor gerado por uma corrente elétrica e a resistência elétrica (o que hoje conhecemos como “efeito Joule”). Nessa mes- ma época, ele determinou a relação entre a quantidade de trabalho mecânico e o calor produzido na água pela rota- ção de pequenas pás. É um dos maiores responsáveis pela construção do “princípio de conservação de energia”. CABRAL, F. e LAGO, A. Física. v. 2. Harbra, 2004. Na figura a seguir, é mostrado um esboço do aparelho usado por Joule para determinar o “equivalente mecâni- co do calor” (1 cal = 4 J): Admita que o aparelho de Joule mostrado contenha 200 gramas de água, cujo calor específico é c = 1,0 cal/g ⋅ °C, em seu interior, e que possua isolamento térmico perfei- to. As massas suspensas (m = 2,0 kg) caem 10 m, e toda a energia mecânica é convertida em calor na água. Usando esses dados, calcule o aumento na temperatura da água e marque a alternativa que apresenta o valor correto (con- sidere g = 10 m/s2). a) 0,50 °C b) 0,20 °C c) 1,0 °C d) 1,5 °C e) 2,0 °C 5. (EFOMM) Um painel coletor de energia solar para aquecimen- to residencial de água, com 60% de eficiência, tem superfície coletora com área útil de 20 m2. A água circula em tubos fixados sob a superfície coletora. Suponha que a intensidade da energia solar incidente seja de 2,0 ∙ 103 W/m2 e que a vazão de suprimento de água aquecida seja de 6,0 litros por minuto. Assinale a opção que indica aproximadamente a variação da temperatura da água. Dados: c água = 1,0 cal/g °C e 1 cal = 4,2 J a) 12,2 °C b) 22,7 °C c) 37,3 °C d) 45,6 °C e) 57,1 °C 6. (Ufla-MG) As fagulhas (pedaços de metal incandescen- te) que são projetadas, quando afiamos uma faca em um esmeril, atingem nossa pele e não nos queimam. Já um copo de água fervente jogado em nossa pele provoca graves queimaduras. Como podemos explicar esses fatos? a) A temperatura da água fervente é maior que a das fagulhas. b) As fagulhas não estão mudando de estado, a água está. c) As fagulhas não transportam energia. d) O calor específico da água é muito menor que o do material metálico que compõe as fagulhas. e) A capacidade térmica do copo de água é muito maior que a das fagulhas. 7. (UFC-CE) A capacidade térmica de uma amostra de água é 5 vezes maior que a de um bloco de ferro. A amostra de água se encontra a 20 °C e o bloco de ferro a 50 °C. Colo- cando-os num recipiente termicamente isolado e de capaci- dade térmica desprezível, a temperatura final de equilíbrio é: a) 25 °C b) 30 °C c) 35 °C d) 40 °C e) 45 °C 8. (UFG-GO) Considere uma gota de água de 2,0 mm de diâmetro que, após infiltrar-se no solo, tenha sido comple- tamente absorvida pelas raízes de uma planta e voltado à atmosfera, no processo de transpiração, em um local cuja temperatura ambiente é de 20 °C. Nesse contexto, qual foi o caminho percorrido por essa gota na planta a partir da raiz até a atmosfera e qual foi a energia necessária para sua evaporação completa, sabendo que o calor latente de evaporação da água a 20 °C é de 2,45 MJ/kg. Dados: π H 3,0 d água = 1,0 g/cm3 a) Mesófilo, xilema e estômatos; 9,8 ∙ 10-3 J b) Xilema, mesófilo e estômatos; 9,8 ∙ 10-3 J c) Mesófilo, xilema e estômatos; 9,8 J d) Xilema, mesófilo e estômatos; 9,8 J e) Xilema, estômatos e mesófilo; 78,4 J R e p ro d u ç ã o /P U C -P R , 2 0 0 9 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 36 3/9/18 9:27 AM 37 FÍ S IC A 9. (Univali-SC) A radiação solar é da ordem de 1 000 W/m2 fora da atmosfera terrestre. Admita que 50% dessa ra- diação sejam convertidos em calor no solo, ao incidir em um painel solar, de 10 m2, para aquecimento de água. O tempo necessário para aquecer 180 litros de água a partir da temperatura de 15 °C até 40 °C é: (Dados: 1 cal = 4 J, densidade da água = 103 g/L, calor específi co da água = 1 cal/g ⋅ °C) a) 1 h b) 0,5 h c) 36 h d) 18 h e) 36 min 10. (Fuvest-SP) No gráfico, a curva I representa o resfria- mento de um bloco de metal a partir de 180 °C e a curva II, o aquecimento de uma certa quantidade de um líquido a partir de 0 °C, ambos em função do calor cedido ou recebido no processo. Se colocarmos num recipiente termicamente isolante a mesma quantidade daquele líquido a 20 °C e o bloco a 100 °C, a tempe- ratura de equilíbrio do sistema (líquido + bloco) será de aproximadamente: a) 25 °C b) 30 °C c) 40 °C d) 45 °C e) 60 °C 11. (UPF-RS) Um sistema de aquecimento elétrico residencial, de potência nominal P, precisa de 10 minutos para elevar a temperatura de um volume de água de 0,02 m3 de 20 °C para 50 °C. Considerando que o calor específi co da água é de 1cal/g °C podemos afi rmar que a potência do aque- cedor, em W, é de aproximadamente: (Considere a densidade da água igual a 1 000 kg/m3 e que 1 cal = 4,2 J) a) 1 250 b) 5 500 c) 4 200 d) 6 500 e) 3 900 12. (Uerj) Em uma cozinha industrial, foi instalada uma torneira elétrica com potência de 4 000 W. A temperatura da água na entrada dessa torneira é de 20 °C e, na saída, de 50 °C. Determine a potência térmica da torneira, em cal/s e sua vazão, em L/min. 13. (Vunesp) Foi realizada uma experiência em que se usava uma lâmpada de incandescência para, ao mes- mo tempo, aquecer 100 g de água e 100 g de areia. Sabe-se que, aproximadamente, 1 cal = 4 J e que o calor específico da água é de 1 cal/(g ⋅ °C) e o da areia é 0,2 cal/(g ⋅ °C). Durante 1 hora, a água e a areia receberam a mesma quantidade de energia da lâmpada, 3,6 kJ, e verifi cou-se que a água variou sua temperatura em 8 °C e a areia em 30 °C. Podemos afi rmar que a água e a areia, durante essa hora, perderam, respectivamente, a quantidadede energia para o meio, em kJ, igual a: a) 0,4 e 3,0 b) 2,4 e 3,6 c) 0,4 e 1,2 d) 1,2 e 0,4 e) 3,6 e 2,4 14. (Unicamp-SP) As temperaturas nas grandes cidades são mais altas que nas regiões vizinhas não povoadas, for- mando “ilhas urbanas de calor”. Uma das causas desse efeito é o calor absorvido pelas superfícies escuras, como as ruas asfaltadas e as coberturas de prédios. A substitui- ção de materiais escuros por materiais alternativos claros reduziria esse efeito. A fi gura mostra a temperatura do pavimento de dois estacionamentos, um recoberto com asfalto e o outro com um material alternativo, ao longo de um dia ensolarado. a) Qual curva corresponde ao asfalto? b) Qual é a diferença máxima de temperatura entre os dois pavimentos durante o período apresentado? c) O asfalto aumenta de temperatura entre 8 h e 13 h. Em um pavimento asfaltado de 10 000 m2 e com uma espessura de 0,1 m, qual a quantidade de calor neces- sária para aquecer o asfalto nesse período? Despreze as perdas de calor. A densidade do asfalto é 2 300 kg/m3 e seu calor específi co c = 0,75 kJ/(kg ⋅ °C). 15. (Unigranrio) Duas amostras de massas iguais, uma de ferro e uma de alumínio, recebem a mesma quantidade de calor Q. Sabendo que o calor específi co do ferro vale 0,11 cal/g °C, que o calor específi co do alumínio vale 0,22 cal/g °C e que R e p ro d u ç ã o /F U V E S T, 1 9 9 9 R e p ro d u ç ã o /U N IC A M P Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 37 3/9/18 9:27 AM 38 CAPÍTULO 2 a temperatura da amostra do ferro se elevou em 200 °C após receber a quantidade de calor Q, qual foi a variação da temperatura da amostra de alumínio após receber a mesma quantidade de calor Q? a) 50 °C b) 100 °C c) 150 °C d) 200 °C e) 250 °C 16. (PUC-PR) No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m2 de intensidade de energia, me- dição feita numa superfície normal (em ângulo reto) com o Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela at- mosfera e 35% é refletido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível e luz ultravioleta. Fonte: (Adaptado) USINA ECOELÉTRICA. Energia Solar. Dispo- nível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/ener- gia_solar/energia_solar.html>. Acesso em 09 de mar.2017. Uma placa de aquecimento solar de eficiência 20% e 1 m2 funcionando por 1 h, é capaz de variar a temperatura de 3,6 litros de água em aproximadamente: Dado: calor específico da água c = 4,2 kJ/kg °C; densida- de da água d = 103 kg/m3. a) 12 °C b) 31 °C c) 75 °C d) 98 °C e) 121 °C 17. (PUC-SP) O gráfico dá a evolução da temperatura de um corpo de substância pura e massa de 40 gramas, em fun- ção da quantidade de calor que lhe é fornecida. 200 400 600 800 T (°C) Q (cal) 40 120 80 0 Com base nos dados desse gráfico, pode-se afirmar que: a) em temperaturas inferiores a 40 °C, o corpo está no estado líquido. b) em temperaturas acima de 40 °C, o corpo está no es- tado gasoso. c) no intervalo de 0 °C a 40 °C, o corpo sofre mudança de estado. d) não há alteração de fase do corpo de 0 °C a 120 °C. e) a 40 °C, o corpo sofre mudança de fase. 18. (Unifor-CE) O gráfico representa a temperatura de uma amostra de massa 100 g de determinado metal, inicial- mente sólido, em função da quantidade de calor por ela absorvida. Pode-se afirmar que o calor latente de fusão desse metal, em cal/g, é: 600 1200 θ (°C) Q (cal) 0 a) 12 b) 10 c) 8 d) 6 e) 2 19. (Vunesp) Sob pressão constante, eleva-se a temperatura de certa massa de gelo, inicialmente a 253 K, por meio de transferência de calor à taxa constante, até que se obtenha água a 293 K. A partir do gráfico, responda: a) Qual é o maior calor específico? É o do gelo ou o da água? Justifique. b) Por que a temperatura permanece constante em 273 K, durante parte do tempo? (Descarte a hipóte- se de perda de calor para o ambiente.) 20. (UFRGS-RS) Quando se fornece calor a uma substância, podem ocorrer diversas modificações decorrentes de pro- priedades térmicas da matéria e de processos que envol- vem a energia térmica. Considere as afirmações abaixo, sobre processos que en- volvem fornecimento de calor. I. Todos os materiais, quando aquecidos, expandem-se. II. A temperatura de ebulição da água depende da pressão. III. A quantidade de calor a ser fornecida, por unidade de massa, para manter o processo de ebulição de um líquido, é denominado calor latente de vaporização. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. R e p ro d u ç ã o /U N E S P, 1 9 9 3 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 38 3/9/18 9:27 AM 39 FÍ S IC A 21. (Uerj) Observe no diagrama as etapas de variação da tem- peratura e de mudanças de estado físico de uma esfera sólida, em função do calor por ela recebido. Admita que a esfera é constituída por um metal puro. Durante a etapa D, ocorre a seguinte mudança de es- tado físico: a) fusão b) sublimação c) condensação d) vaporização 22. (UFPI) Uma amostra de 20 g de uma substância sólida é aquecida até tornar-se totalmente líquida. O gráfi co mos- tra a variação da temperatura da amostra, em função da quantidade de calor, Q, absorvida por ela. O calor latente de fusão da substância, em J/g, vale: a) 10 b) 20 c) 50 d) 100 e) 200 23. (UFPE) Uma jarra de capacidade térmica igual a 60 cal/°C contém 300 g de água em equilíbrio a de- terminada temperatura. Adicionam-se 36 g de gelo a 0 °C e mantém-se a jarra em um ambiente isolado termicamente. Quando o sistema entra em equilíbrio, sua temperatura final é igual a 20 °C. Qual a redução na temperatura da água? (Dados: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; calor específi co da água = 1,0 cal/g ⋅ °C) a) 2 °C b) 4 °C c) 6 °C d) 8 °C e) 10 °C 24. (Ifsul-RS) Em um recipiente adiabático, onde não ocorrem trocas de calor com o ambiente, coloca-se 80 g de gelo a 0 °C com 120 g de água. Depois de um certo tempo, observa-se que há 50 g de gelo boiando na água em equilíbrio térmico. Sendo o calor específi co da água igual a 1,0 cal/g °C e o calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g a temperatura fi nal da mistura e a temperatura inicial da água serão respectivamente iguais a: a) 0,5 °C e 16 °C b) 0,0 °C e 20 °C c) 0,0 °C e 16 °C d) 0,5 °C e 20 °C 25. (IFSP) Um estudante de física, no nível do mar, possui um aquecedor de imersão de 420 W de potência e o coloca dentro de uma panela contendo 2 litros de água a 20 °C. Supondo que 80% da energia dissipada sejam absorvidos pela água, o intervalo de tempo necessário para que 20% dessa água seja vaporizada será aproximadamente de: (Dados: calor específi co da água: 1,0 cal/(g ⋅ °C); calor latente de vaporização da água: 540 cal/g; densidade ab- soluta da água: 1,0 kg/L, 1 cal = 4,2 J) a) 1 h e 13 min b) 1 h e 18 min c) 1 h e 25 min d) 1 h e 30 min e) 2 h e 10 min 26. (Faap-SP) Tem-se um calorímetro de cobre, cuja massa é 10 gramas e cujo calor específi co é 0,094 cal/(g ⋅ °C). Introduzem-se no calorímetro 100 gramas de água, cujo calor específi co é 1,0 cal/(g ⋅ °C), e o equilíbrio térmico se estabelece a 20 °C. Coloca-se então, no interior do calorímetro, uma pedra de gelo de 20 g a 0 °C. Pergunta-se: a) O gelo se funde completamente? b) Qual a temperatura fi nal do sistema? 27. (UFJF-MG) O gráfi co abaixo mostra a variação da temperatura de um corpo de 20 g em função da quantidade de calor a ele fornecida. Durante o processo, o corpo sofre uma transição de fase, passando do estado sólido para o estado líquido. Assinale a alternativa CORRETA: a) a fusão do corpo ocorrerá a 100 °C se a sua massa for de 40 g. b) o calor latente de fusão do corpo é de 10 cal/g. c) a 100 °C será iniciada, necessariamente, uma nova transição de fase. d) o calor latente de fusão do corpo é de 5 cal/g. e) a fusãodo corpo ocorrerá a 50 °C somente se sua massa for de 40 g. R e p ro d u ç ã o /U E R J , 2 0 1 8 R e p ro d u ç ã o /U F P I, 2 0 0 0 R e p ro d u ç ã o /U FJ F Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 39 3/9/18 9:27 AM 40 CAPÍTULO 2 28. (Fatec-SP) O gráfico é a curva de aquecimento de 10 g de uma substância, à pressão de 1 atm. Analise as seguintes afirmações: I. A substância em questão é a água. II. O ponto de ebulição desta substância é 80 °C. III. O calor latente de fusão desta substância é 20 cal/g. Das afirmações: a) todas são corretas. b) todas são erradas. c) somente I e II estão corretas. d) somente II e III estão corretas. e) somente I está correta. 29. (UPE) Um aprendiz de cozinheiro colocou 1,0 litro de água em temperatura ambiente (25 °C) numa panela sem tam- pa e a deixou aquecendo em um fogão elétrico, sobre uma boca de potência de 200 W. Considerando-se que toda a energia fornecida pela boca é absorvida pela água, qual o tempo mínimo aproximado em que toda a água evapora? Dados: calor latente de vaporização da água = 2 256 kJ/kg calor específico da água = 4,2 kJ/kg °C densidade da água = 1 000 kg/m3 a) 18,2 min b) 21,4 min c) 36,0 min d) 42,7 min e) 53,8 min 30. +Enem [H17] Nos países em que o inverno é muito rigoroso, costuma-se jogar sal sobre a neve, nas ruas e calçadas. Tal prática é adotada para se derreter mais rapidamente a neve e, ao mesmo tempo, impedir que se forme gelo. Isso funciona porque o sal, sendo mui- to higroscópico, absorve água facilmente, retirando moléculas da água no estado sólido, dissolvendo-se e formando íons Na+ e Cl −, acelerando assim a fusão. Diz-se, em linguagem científica, que essa dissolução é endotérmica, isto é, ocorre com absorção de calor. Esse calor é retirado da mistura iônica de água e sal que não mais se solidifica a 0 °C, mesmo perdendo calor. Como consequência, a temperatura da mistura que se forma cai muito, chegando a −18 °C. Analisando-se as informações dadas, pode-se concluir que: a) se for colocado sal sobre gelo picado dentro de um copo, por exemplo, o gelo conserva-se por mais tempo. b) para se conseguir temperaturas mais baixas que 0 °C, é preciso que se misture sal com neve e não gelo. c) a água do mar não se congela sob as calotas polares, mesmo em temperaturas muito abaixo de 0 °C, por- que é salgada. d) para se conservarem garrafas de refrigerante em gelo picado, é bom adicionar um pouco de sal ao gelo para que a bebida não se congele, isto é, não se solidifique. e) para se dissolver em água, o sal separa-se em íons, fornecendo calor para a água. 31. (Unesp-SP) Um bloco de gelo de massa 200 g inicialmente à temperatura de −10 °C, foi mergulhado em um recipiente de capacidade térmica 200 cal/°C contendo água líquida a 24 °C. Após determinado intervalo de tempo, esse sistema entrou em equilíbrio térmico à temperatura de 4 °C. O gráfico mostra como variou a temperatura apenas do gelo, desde sua imersão no recipiente até ser atingido o equilíbrio térmico. Calor específico da água líquida 1 cal/g ⋅ °C Calor específico do gelo 0,5 cal/g ⋅ °C Calor latente de fusão do gelo 80 cal/g Considerando as informações contidas no gráfico e na ta- bela, que o experimento foi realizado ao nível do mar e desprezando as perdas de calor para o ambiente, calcule a quantidade de calor absorvido pelo bloco de gelo, em calo- rias, desde que foi imerso na água até ser atingido o equi- líbrio térmico, e calcule a massa de água líquida contida no recipiente, em gramas, antes da imersão do bloco gelo. 32. +Enem [H17] Uma experiência interessante, que pode ser feita com recursos domésticos, sem necessidade de um la- boratório específico, demonstra como obter temperaturas muito baixas sem um freezer, por exemplo. Colocando-se gelo picado no interior de um copo de plástico descartável e, em seguida, acrescentando-se sal de cozinha, observa-se em algum tempo a formação de gelo na parede externa do copo, formado de minúsculos cristais que deixam a aparência de uma película fina de neve. O gelo se funde mais rapidamente com a adição do sal, fazendo com que, ao “roubar” calor, a temperatura da mistura possa chegar próximo de 18 graus Celsius negativos. R e p ro d u ç ã o /F A T E C , 2 0 0 6 R e p ro d u ç ã o /V U N E S P, 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 40 3/9/18 9:27 AM 41 FÍ S IC A O texto esclarece sobre o resultado de uma experiência em que se obtém uma temperatura muito baixa, sem o auxílio de um freezer, e a formação de gelo na parte ex- terna do copo utilizado. Assinale a alternativa que contempla a explicação correta para o fato. a) O gelo picado irá se fundir mais lentamente, provo- cando a queda da temperatura. b) A temperatura muito baixa, devida à dissolução do sal, causa microfi ssuras na parede do copo, permitindo que água líquida atravesse a parede do copo, sofrendo solidifi cação na parte externa. Vá em frente Acesse No site a seguir, será encontrada uma simulação do comportamento das moléculas de alguns sólidos, líquidos e gases. Controle o aquecimento para observar as mudanças de estado. Disponível em: ,https://phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter-basics/latest/states-of-matter-basics_pt_BR.html.. Acesso em: 20 dez. 2017. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. Copo de plástico cheio de gelo picado e sal. Nota-se na superfície externa a formação de gelo. c) O vapor de água presente na atmosfera se condensa na parede externa do copo. d) O vapor de água, presente na atmosfera, se condensa e muito rapidamente se solidifi ca, ou sofre sublima- ção, formando minúsculos cristais, porque a tempera- tura do copo fi ca abaixo de 0 °C. e) O gelo sofre fusão dentro do copo e isso faz com que parte dele passe para fora do copo. 33. (Enem) As altas temperaturas de combustão e o atri- to entre suas peças móveis são alguns dos fatores que provocam o aquecimento dos motores à combustão in- terna. Para evitar o superaquecimento e consequentes danos a esses motores, foram desenvolvidos os atuais sistemas de refrigeração, em que um fl uido arrefecedor com propriedades especiais circula pelo interior do mo- tor, absorvendo o calor que, ao passar pelo radiador, é transferido para a atmosfera. Qual propriedade o fl uido arrefecedor deve possuir para cumprir seu objetivo com maior efi ciência? a) Alto calor específi co. b) Alto calor latente de fusão. c) Baixa condutividade térmica. d) Baixa temperatura de ebulição. e) Alto coefi ciente de dilatação térmica. F e rn a n d o F a v o re tt o /C ri a r Im a g e m Et_EM_2_Cad5_Fis_c02_19a41.indd 41 3/9/18 9:27 AM A le x a n d ra L a n d e /S h u tt e rs to ck ► Identifi car e analisar as formas de propagação do calor nos materiais. ► Compreender como a condutividade térmica dos materiais interfere no fl uxo de calor. ► Compreender e analisar fenômenos naturais que envolvem as diferentes formas de propagação do calor. Principais conceitos que você vai aprender: ► Fluxo de calor ► Condutividade térmica ► Condução ► Convecção ► Irradiação ► Inversão térmica ► Efeito estufa ► O infográfi co que trazemos para o capítulo detalha o conceito de calor. OBJETIVOS DO CAPÍTULO 42 3 PROPAGAÇÃO DO CALOR S kylines/S h u tte rsto ck Poder voar foi algo muito desejado pelo ser humano. E conquistado pelo brasileiro Santos Dumont, com seu 14-Bis, em 12 de novembro de 1906. Hoje modernos aviões, cada vez maiores e mais pesados, cortam os céus de todo o mundo, alimentados por turbinas cada vez mais potentes. Mas a arte de voar nem sempre é dependente de poderosas turbinas. Partindo do alto de uma montanha, com um conjunto aerodinâmico simples, é possível voar por algum tempo utilizando as chamas térmicas. Em uma situação em que o ar esteja quente,ele é menos denso, por isso tende a su- bir para camadas mais altas da atmosfera. Os vapores d’água, quando sobem, atingem temperaturas mais baixas e, consequentemente, vão se condensar. Esse processo, respon- sável pela origem das nuvens, é denominado convecção, caracterizado pelas trocas de posição entre ar quente, menos denso, e ar frio, mais denso. No entanto, antes de o ar sofrer a condensação, formam-se bolhas de ar quente que normalmente são aproveitadas para elevação do voo. As pessoas que apreciam realizar o voo livre devem se atentar às formações de nuvens, pois em algumas situações, como nos verões quentes brasileiros, uma grande concentra- ção de nuvens pode desencadear, ao fi nal da tarde, fortes correntes de ar ascendentes e, na sequência, fortes chuvas que comprometem a segurança de voo. O importante para um voo livre são as nuvens cumulus humilis, ou cumulus de bom tem- po. Nelas as correntes ascendentes são mais fracas, porém sufi cientes para dar sustentabili- dade, e permitem manobras mais seguras. Ao adentrar nessas correntes, o praticante realiza movimentos espirais de maneira ascendente, ganhando altitude e maior tempo de voo. As correntes de convecção podem tornar o voo livre muito atraente, no entanto, se há alguma condição climática que não as favorece, podem acarretar situações prejudiciais ao ser humano. • De que tipo de situação prejudicial estamos falando? Como ela ocorre? Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 42 3/9/18 9:28 AM 43 FÍ S IC A Condução Alguns objetos utilizados próximos ao calor, como os utensílios de cozinha, tais como garfos, colheres, panelas e outros, possuem madeira, plástico ou outro material não me- tálico no seu cabo. Eles evitam que as mãos entrem em contato direto com o calor, por serem materiais isolantes térmicos, ou seja, maus condutores de calor. Quando um material é um bom condutor de calor, ele oferece pouca resistência para que o calor passe por ele. No material, o calor passa de uma partícula para outra no senti- do da região de maior temperatura para o de menor temperatura. Esse processo de trans- missão do calor é denominado condução térmica. • Os metais são bons condutores de calor. • Condução é uma característica comum nos sólidos. • Quando uma substância muda de fase, geralmente a condução é alterada drasticamente. • A condução depende da temperatura, pois o aumento da temperatura a favorece. Fluxo de calor Considere um corpo sólido, feito de material condutor de calor. O fl uxo de calor atra- vés desse corpo é medido pela quantidade de calor (Q) que o atravessa por unidade de tempo. Matematicamente se escreve: Q t φ = Δ A θ 2 θ 1 φ φ em que φ (letra fí, maiúscula, do alfabeto grego) é o fl uxo de calor, Q a quantidade de calor transmitida e Δt o intervalo de tempo. O fl uxo de calor é representado pela mesma dimensão da potência, ou seja, energia por tempo. Assim, é dado por J/s = W (watt), no SI, ou cal/s, outra medida que aparece no cotidiano. A quantidade de calor (Q) que passa pelo corpo depende de uma diferença constante de temperatura, que, segundo a lei de Fourier, é: 1 Observação • diretamente proporcional à diferença de temperatura Δθ = (θ 1 – θ 2 ), em que θ 1 . θ 2 ; • diretamente proporcional à área da seção atravessada, A, transversal ao fl uxo de calor; • diretamente proporcional ao tempo de transmissão, Δt; • diretamente proporcional à condutividade térmica, k; • inversamente proporcional à espessura ou extensão atravessada, e. Q k A t e = ⋅Δθ ⋅Δ Como o fl uxo de calor é dado pela razão Q Δt , temos que: k A e φ = ⋅Δ⋅θ Sentido do fl uxo de calor, de uma superfície com temperatura θ 1 para outra com temperatura θ 2 , em que θ 1 > θ 2 . Observação 1 Quando a diferença de temperatura entre as extremidades de um corpo se mantém constante e a temperatura diminui uniformemente ao longo da distância entre esses extremos, dizemos que a transmissão do calor se dá em regime estacion‡rio. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 43 3/9/18 9:28 AM 44 CAPÍTULO 3 As unidades usadas para cada uma dessas grandezas são as seguintes: Φ Q Δt Δθ A e l SI W (watt) J s K m2 m W m K⋅ Usual cal/s cal s °C cm2 cm cal s cm C⋅ ⋅ ° A condutividade térmica é uma característica específi ca da substância. Quanto maior o valor da condutividade, melhor condutora de calor é a substância. Exemplos de condutividade térmica a 27 °C (300 K): • k prata = 429 W/(m ⋅ K) • k alumínio = 237 W/(m ⋅ K) • k mercúrio = 8,34 W/(m ⋅ K) Entre os materiais da natureza, a prata é o melhor condutor térmico. O mercúrio é um metal líquido na temperatura dada acima; observe que sua conduti- vidade é muito menor que a dos metais no estado sólido. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Fique atento às unidades de medida. Será necessário converter os dados para uma unidade apenas. Identifi que corretamente as temperaturas interna e externa. Em um dia de inverno, o interior de uma casa se mantém aquecido por uma lareira, de modo que a temperatura interna seja de 20 °C enquanto a externa está –10 °C. O vidro de uma das janelas apresenta área de 2 m2 e espessura de 2 cm. Sendo a condutividade térmica do vidro igual a 0,72 kcal/(h ⋅ m ⋅ °C), calcule: a) o fl uxo de calor através do vidro em cal/s; b) a quantidade de calor que atravessa esse vidro em um minuto. Resolução Comentário: Transformando as unidades em um sistema: Espessura e = 2 cm = 2 ∙ 10–2 m Condutividade k = 0,72 kcal / (h ∙ m ∙ °C) = 0,72 ∙ 103 cal / (h ∙ m ∙ °C) Tempo 1 h = 3 600 s a) 0,72 10 2 30 2 10 2,16 10 cal h 3 2 6φ = ⋅ ⋅ Δθ φ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ φ = ⋅ − k A e s s ou ainda 2,16 10 3600 600 cal s 6 φ = ⋅ φ =s b) Como o fl uxo está em cal/s, o tempo deve ser expresso em segundos: 1 min = 60 s Q = φ ∙ Δt s Q = 600 ⋅ 60 s Q = 36 000 cal Atividades 1. Pisos de cerâmica são denominados pisos frios. Na linguagem popular, diz-se que um piso de carpete é quentinho. As diferentes sensações, ao pisar descalço em piso cerâmico ou em carpete, estão relacionadas ao fato de que: a) a cerâmica é mais fria que o carpete, por sua própria natureza. b) a cerâmica tem maior condutividade térmica que o carpete. c) o carpete possui temperatura maior, pois é um material de natureza quente. d) o calor específi co da cerâmica é maior, comparado ao do carpete. e) o carpete tem a propriedade de ceder calor, e a cerâmica, de ceder frio. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 44 3/9/18 9:28 AM 45 FÍ S IC A 2. (Ifsul-RS) Um atiçador é uma barra rija e não infl amável usada para empurrar lenha ardente em uma lareira. Para segurança e conforto durante o uso, o atiçador deveria ser feito de um material com: a) alto calor específi co e alta condutividade térmica. b) baixo calor específi co e baixa condutividade térmica. c) baixo calor específi co e alta condutividade térmica. d) alto calor específi co e baixa condutividade térmica. Texto para a próxima questão. Leia a charge a seguir e responda à(s) questão(ões). 3. (UEL-PR) Com base na charge e nos conceitos da termo- dinâmica, é correto afi rmar que as luvas de amianto são utilizadas porque a condutividade térmica: a) da cuia de cristal é menor que a do líquido. b) da cuia de cristal e a do amianto são iguais. c) do amianto é menor que a da cuia de cristal. d) do amianto é maior que a da cuia de cristal. e) do amianto é maior que a do líquido. 4. Uma barra de ferro, de 1 m de comprimento, é pendurada por um fi o de material isolante térmico que a mantém com uma das extremidades em contato com a chama de um fogão a gás, enquanto a outra extremidade fi ca livre no ambiente. Dessa forma, pode-se concluir que após trans- corrido certo tempo: a) a temperatura da barra será a mesma em toda sua extensão. b) a temperatura da barra não para de aumentar até en- trar em fusão. c) a temperatura da barra será decrescente da extremida-de em contato com a chama para a extremidade livre. d) o fl uxo de calor na barra se tornará nulo quando a temperatura parar de aumentar. e) o fl uxo de calor será decrescente. 5. As paredes das geladeiras são preenchidas com material isolante térmico, como lã de vidro ou similar. Mesmo as- sim, algum calor é conduzido através das paredes. Como a temperatura interna da geladeira em funcionamento é menor que a temperatura ambiente, ocorre que: a) existirá um fl uxo de calor atravessando as paredes de dentro para fora. b) existirá um fl uxo de calor atravessando as paredes, de fora para dentro, sendo tanto maior quanto mais es- pessa for a parede. c) não existirá fl uxo de calor atravessando as paredes. d) existirá um fl uxo de calor atravessando as paredes, de fora para dentro, sendo tanto menor quanto mais es- pessa for a parede. e) existirá um fl uxo de calor atravessando as paredes, de fora para dentro, sendo tanto menor quanto maior for a diferença entre as temperaturas interna e externa. 6. Analise as afi rmações a seguir e assinale (V) para as ver- dadeiras ou (F) para as falsas. ( ) Ao segurar um corrimão de madeira e outro de me- tal, ambos à mesma temperatura, tem-se a sensação de que a madeira está mais quente porque ela con- duz melhor o calor. ( ) Uma geladeira funcionando dentro de uma cozinha sempre causará o aquecimento do ambiente. ( ) Considere dois materiais diferentes, de mesma massa e à mesma temperatura. Para que eles sejam aque- cidos até atingirem uma mesma temperatura fi nal, a quantidade de calor necessária será a mesma. ( ) Considere dois materiais iguais, de volumes dife- rentes e à mesma temperatura. Para que eles sejam aquecidos até atingirem uma mesma temperatura fi nal, a quantidade de calor necessária será a mesma. A sequência correta encontrada é: a) F, F, V, V b) V, V, F, F c) F, V, F, F d) V, F, F, V R e p ro d u ç ã o /U E L , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 45 3/9/18 9:28 AM 46 CAPÍTULO 3 7. (Enem) Nos dias frios, é comum ouvir expressões como: “Esta roupa é quentinha” ou então “Feche a janela para o frio não entrar”. As expressões do senso comum utilizadas es- tão em desacordo com o conceito de calor da termodinâmica. A roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela janela. A utilização das expressões “roupa é quentinha” e “para o frio não entrar” é inadequada, pois o(a): a) roupa absorve a temperatura do corpo da pessoa, e o frio não entra pela janela, o calor é que sai por ela. b) roupa não fornece calor por ser um isolante térmico, e o frio não entra pela janela, pois é a temperatura da sala que sai por ela. c) roupa não é uma fonte de temperatura, e o frio não pode entrar pela janela, pois o calor está contido na sala, logo o calor é que sai por ela. d) calor não está contido num corpo, sendo uma forma de energia em trânsito de um corpo de maior tempe- ratura para outro de menor temperatura. e) calor está contido no corpo da pessoa, e não na roupa, sendo uma forma de temperatura em trânsito de um corpo mais quente para um corpo mais frio. 8. Uma caixa de isopor tem área total, incluindo a tampa, igual a 0,80 m2 e a espessura de suas paredes mede 2,0 cm. A caixa está cheia de água, gelo e latas de refrigerante, a 0 °C. A condutividade térmica do isopor é 0,01 W/(m ∙ K), e o calor latente de fusão do gelo é 80 cal/g. Considere 1 cal = 4 J. a) Qual é o fl uxo de calor para o interior da caixa, se a temperatura externa for 30 °C? b) Qual é a quantidade de gelo, em kg, que se derrete em uma hora? Complementares Tarefa proposta 1 a 10 9. (Mack-SP) A fi gura I mostra uma barra metálica de secção transversal quadrada. Suponha que 10 calorias fl uam em regime estacionário através da barra, de um extremo para outro, em 2 minutos. Em seguida, a barra é cortada ao meio no sentido transversal e os dois pedaços são solda- dos, como representa a fi gura II. O tempo necessário para que 10 calorias fl uam entre os extremos da barra assim formada é de: a) 4 minutos. b) 1 minuto. c) 3 minutos. d) 0,5 minuto. e) 2 minutos. 10. (UPE) É muito comum o amplo uso de aparelhos de ar- -condicionado durante o verão intenso do Recife. Nessa cidade, uma residência possui uma parede de área 40 m2 e espessura 20 cm separando o ambiente interior do exterior. Se a temperatura externa é de 33 °C e deseja-se manter a interna igual a 23 °C, qual será o gasto por hora de aparelho ligado, considerando-se, apenas, essa parede separadora? Dados: A condutividade térmica da parede é igual a 1,25 ∙ 10–3 kW/mk e o custo da energia elétrica em k · W · h é de R$ 0,60. a) R$ 0,30 b) R$ 0,90 c) R$ 1,20 d) R$ 1,50 e) R$ 2,50 11. Uma barra de cobre, cilíndrica, de 80 cm de comprimento é embrulhada com material isolante térmico. A extremidade A da barra é mantida em contato com água em ebulição, a 100 °C, enquanto a outra extremidade, B, é mantida em contato com gelo em fusão a 0 °C. Considerando-se que a condução do calor ocorre em regime estacionário, a temperatura de um ponto da barra localizado a 30 cm da extremidade A é: a) 100 °C b) 70 °C c) 62,5 °C d) 37,5 °C e) 0 °C 12. (Faap-SP) Uma casa tem cinco janelas, tendo cada uma um vidro de área 1,5 m2 e espessura 3 ∙ 10–3 m. A tem- peratura externa é –5 °C e a interna mantida a 20 °C, por meio da queima de carvão. Qual a massa de carvão consumida no período de 12 h para repor o calor perdido apenas pelas janelas? (Dados: calor de combustão do carvão = 6 ∙ 103 cal/kg; condutividade térmica do vidro = 0,72 cal/(h ∙ m ∙ °C) R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 1 9 9 6 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 46 3/9/18 9:28 AM 47 FÍ S IC A Convecção O processo de transmissão do calor por convecção ocorre nos fl uidos, ou seja, em lí- quidos e gases. Os líquidos, e principalmente os gases, apresentam baixa condutividade, portanto não permitem a transmissão do calor por condução com facilidade. Entretanto, apresentam a vantagem de permitir o deslocamento de porções do fl uido, transportando calor de um ponto a outro. Esse processo de transmissão do calor pode ser utilizado para resfriar ou aquecer ambientes. O uso de exaustores nos dá um exemplo de convecção forçada, pois nesse equipamento o movimento de uma hélice desloca o ar quente para fora de um ambiente fechado. Sistema de exaustão por meio de tubos. Convecção forçada. Quando o fl uido se movimenta sem a necessidade de máquinas ou motores, dizemos que há uma convecção natural, fenômeno que também pode ser observado em situações do cotidiano. Quando aquecemos uma panela contendo água, óleo ou outro líquido qualquer, na chama de um fogão, é possível percebermos uma movimentação do líquido formando correntes ascendentes e descendentes, que caracterizam a convecção natural. Correntes de convecção natural na água sendo aquecida. A corrente ascendente é formada de uma massa de líquido que se aquece pelo contato com o fundo quente, se dilata, fi ca menos densa e se desloca de baixo para cima, até a superfície. Na superfície, as moléculas trocam calor com o ambiente, resfriando a massa de líqui- do. Com o resfriamento, o volume diminui, a densidade aumenta e a massa líquida forma uma corrente descendente, que novamente se aquece por condução, no contato com o fundo quente da panela, repetindo-se o processo. B lu e R in g M e d ia /S h u tt e rs to ck Defi nição Convec•‹o: processo de transmissão de calor que ocorre nos fl uidos (líquidos e gases). Nesse processo, o calor é transmitido com a matéria. 1 3 5 p ix e ls /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 47 3/9/18 9:28 AM 48 CAPÍTULO 3 Aquecedores Os aquecedores domésticos, in- dustriais ou comerciais possuem os fundamentos de seu funcionamento na transmissão de calor por convecção. Geralmente esse equipamento é co- locado em posições mais próximas do piso, aquecendo o ar que entra em contatocom ele. O ar aquecido sobe, enquanto o ar frio desce. 1 Refrigeradores Os refrigeradores domésticos, geralmente, têm o congelador posicionado na par- te superior. Vários deles, mais modernos, usam sistemas diferentes, como colocar o congelador na parte central, e outros usam uma placa refrigeradora colocada na parede vertical do fundo, mas todos eles funcionam pelos princípios das correntes de convecção. Dentro do refrigerador, o ar em contato com os alimentos se aquece e sobe, troca calor na parte superior, se resfria e desce. É comum a afi rmação de que as prateleiras das geladeiras devem ser sempre em forma de grades para facilitar a convecção, porém atualmente o design interior otimiza a convecção, mesmo que as prateleiras sejam de vidro plano. Na refrigeração de ar ambiente, ocorre um fenômeno parecido. Os aparelhos condi- cionadores de ar devem estar posicionados na parte superior do ambiente, para que a refrigeração seja uniforme. Em ambientes internos que têm o teto muito alto, é comum também a instalação de condicionadores de ar à meia altura, entre o teto e o piso, para refrigerar até onde pessoas transitam, como medida de economia de energia. Se o ar for resfriado na parte inferior, ele não sobe, por ser mais denso, e nesse caso as correntes de convecção não são geradas, como é o caso dos freezers horizontais em mercados, os quais, muitas vezes, fi cam abertos ou não têm mesmo uma tampa cobrindo os alimentos refrigerados. Observação 1 O princípio de Arquimedes explica as correntes de convecção natural. A porção de fl uido quente, menos densa, recebe empuxo com sentido para cima maior que o peso dessa porção (força resultante para cima), fazendo com que o ar suba. A porção de fl uido frio, mais densa, recebe empuxo para cima menor que o peso dessa porção (força resultante para baixo), fazendo com que desça. ts to ck p h o to /S h u tt e rs to ck b e rg a m o n t/ S h u tt e rs to ck Interior de um refrigerador doméstico com prateleiras de vidro. No fundo do compartimento, notam-se aberturas por onde circula o ar. Aquecedor elétrico de ambiente interno. Freezer horizontal com alimentos congelados. d e fo to b e rg /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 48 3/9/18 9:28 AM 49 FÍ S IC A Brisas A formação das brisas marítimas ocorre por correntes de convecção. A diferença entre o calor específi co do solo e o da água faz com que as brisas ora soprem do mar para o con- tinente, ora do continente para o mar. Como o calor específi co da água é muito maior que o calor específi co do solo e a massa de água oceânica é imensa, a temperatura da água do oceano não varia tanto nem tão rapidamente quanto a do solo. Brisa marítima As brisas marítimas ocorrem durante o dia. Como a terra se aquece mais rápido que a água, o ar que está sobre a terra se aquece mais que o ar que está sobre o oceano. O ar quente sobe, provocando o movimento do ar mais frio, das áreas sobre o oceano para ter- ra fi rme. Portanto, durante o dia, o ar se move do oceano para o continente. Brisa terrestre As brisas terrestres sopram durante a noite. Como o resfriamento da água do oceano duran- te uma noite não é signifi cativo, a massa de ar sobre a água quase não se altera, enquanto o ar sobre o continente resfria. A camada de ar sobre o oceano, mais quente, sobe, dando lugar à ca- mada de ar frio que está sobre o continente. Portanto, o ar se move do continente para o oceano. Inversão térmica A maior parte do ar que forma a atmosfera terrestre está concentrada nos primeiros 20 qui- lômetros, dos 100 quilômetros de altitude que ela atinge. É nessa faixa da atmosfera que ocor- rem os fenômenos mais importantes para a vida. A temperatura do ar decresce até essa altitude; isso faz com que o ar aquecido por condução, em contato com a superfície, suba, levando com ele poluentes carregados de partículas sólidas, emitidos pelos veículos e indústrias. Esse proces- so de convecção atmosférica é responsável pela dissipação dos gases e poluentes produzidos próximo da superfície. Algumas vezes pode ocorrer de uma massa de ar quente estacionar aci- ma de uma massa de ar frio, por algum tempo; isso caracteriza a inversão térmica, processo que difi culta a convecção. Nas grandes cidades industrializadas, esse problema ocorre com maior intensidade, pois a fumaça, com os poluentes, não sobe, fi ca na altura dos edifícios mais altos. A dissipação dessa camada de ar quente sobre uma cidade só é possível com uma mudança me- teorológica, com chuvas ou ventos fortes, sem a qual a temperatura dessa camada tende a subir ainda mais pela absorção da luz solar, já que fi ca escura, pela presença da fumaça. Brisa marítima: o ar quente (em vermelho) sobe, e o ar frio (em azul) desce. Brisa terrestre: o ar quente (em vermelho) sobe, e o ar frio (em azul) desce. Poluição em baixa altitude. Característica de inversão térmica. B e rt o lo /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 49 3/9/18 9:28 AM 50 CAPÍTULO 3 Irradiação O calor é um tipo de energia, e por isso se propaga pelas ondas eletromagnéticas. Ondas eletromagnéticas não necessitam de um meio material para se propagarem; por- tanto, o calor pode se deslocar por diferença de temperatura, sem atravessar um meio material. A energia térmica, nesse caso, é conduzida por ondas eletromagnéticas. 1 O calor que nosso planeta recebe do Sol se propaga pelo vácuo, por um processo de transmissão de calor denominado irradiação térmica. A energia irradiada, seja na forma de luz visível ou outra radiação qualquer, pode ser absorvida ou refletida pela superfície onde incide. Geralmente ocorrem os dois fenômenos, simultaneamente. Parte da energia radiante é absorvida e parte dela é refletida. Superfícies polidas são boas para refl etir a radiação, porém absorvem pouco e conse- quentemente aquecem menos. Superfícies não polidas e/ou escuras absorvem mais que superfícies claras e também irradiam mais. 2 Garrafa tŽrmica O funcionamento da garrafa térmica está relacionado com os três processos de propagação do calor. O invólucro, geralmente de plástico, protege o recipiente de vidro que se encontra no in- terior da garrafa. Esse recipiente contém duas camadas de vidro (paredes duplas) espelhadas e com “vácuo” entre elas. O “vácuo” entre as paredes impede que o calor entre ou saia da garrafa por condução ou por convecção. O espelhamento nas duas camadas de vidro reflete ondas eletromagnéticas (nesse caso, as ondas de calor), que não entram nem saem, reduzindo a perda do calor por irradiação. A tampa, bem vedada, impede principalmente o proces- so de convecção. O Sol e a Terra. D m itr iy E re m en ko v/ Sh ut te rs to ck Observações 1 Qualquer corpo, com temperatura maior que 0 K (zero kelvin), irradia calor. Se em um sistema fechado existirem apenas dois corpos, um com temperatura superior à do outro, os dois irradiam; porém, o de maior temperatura irradiará mais que o de menor temperatura. 2 Se duas moedas novas com cores diferentes, uma branca e uma preta, forem expostas, notaremos que, depois de algum tempo, a moeda pintada de preto atingirá uma temperatura maior que a branca. Essa experiência demonstra que a cor determina a absorção do calor. Cores escuras absorvem mais comparadas às cores claras, por outro lado elas irradiam mais que cores claras. Defi nição Irradiação térmica: processo de transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas. Essa é a única transmissão que pode ocorrer no vácuo. Uma garrafa térmica desmontada, mostrando-se o frasco espelhado, a tampa e o invólucro. O frasco interno tem paredes duplas e espelhadas. Fernando Favoretto/Criar Imagem Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 50 3/9/18 9:28 AM 51 FÍ S IC A Frasco de Dewar Sir James Dewar (1842-1923) foi um cientista que desenvolveutrabalhos sobre os fenômenos de baixa temperatura. Nasceu em Kincardine, na Escócia, foi professor de Filosofia natural experimental, em Cambrigde, em 1875, e também professor de Quí- mica da Royal Institution, na Inglaterra, em 1877, onde foi indicado diretor do labora- tório de pesquisa Davy-Faraday. Depois de estudar o calor específi co do hidrogênio, ele foi a primeira pessoa a criar condições para se obter esse gás na forma líquida, em 1898, e também a solidifi cá-lo, em 1899. Em 1892, construiu uma máquina capaz de produzir oxigênio líquido em grande quantidade. Em razão de uma competição para liquefazer os gases conhecidos e catalo- gados na tabela periódica, Dewar construiu um recipiente capaz de manter os gases li- quefeitos sem alteração rápida de temperatura. Tal recipiente é atualmente denominado garrafa térmica, e está presente no cotidiano. Nitrogênio líquido sendo despejado dentro de um frasco de Dewar. Estufa e efeito estufa O Brasil, por se tratar de um país de clima tropical, não depende de estufas de vidro para cultivo de plantas, como nos países de clima frio. Na Europa, o inverno é rigoroso e, para desenvolver plantas tropicais, como orquídeas, é necessário cultivá-las em uma estufa. Uma grande casa de vidro transparente. O interior de uma estufa se aquece pelo fato de o vidro absorver a luz solar. A luz que incide sobre as plantas e o chão da estufa é transformada em calor, depois de atravessar o vidro. Como o vidro é praticamente opaco à radiação infravermelha e não é bom condutor de calor, quase não há perdas por irradiação nem por condução. Um automóvel estacionado ao sol, com os vidros fechados, é um exemplo de uma es- tufa. A luz solar atravessa os vidros e, ao incidir sobre os bancos e painéis, é absorvida na forma de calor, que é impedido de escapar, pois os revestimentos internos são isolantes térmicos e os vidros são opacos ao infravermelho. Sir James Dewar (1842-1923). U n iv e rs a l H is to ry A rc h iv e /G e tt y e 2 d a n /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 51 3/9/18 9:28 AM Fricção Quando os corpos em movimento se encontram, as forças de fricção transformam parte de sua energia cinética em calor. Reações químicas A energia que se armazena nas ligações moleculares pode ser liberada na forma de calor durante as reações químicas. Dissipação eletromagnética Um grande ímã faz as moléculas vibrarem com cargas positivas e negativas. Uma maior vibração equivale a maior energia cinética e, portanto, maior calor. As poderosas reações nucleares são produzidas no interior do Sol, liberando grande quantidade de energia em forma de calor. O fogo aquece o ar do interior do balão. Em outras palavras, a energia em forma de calor faz subir a temperatura do interior do balão. O balão se eleva porque o ar quente é menos denso que o frio. Foi a temperatura registrada em Al’Aziziyah (Arábia Saudita), a mais alta da história, em 1922. O Sol consome 700 milhões de toneladas de hidrogênio por hora e as transforma em hélio. Na superfície do Sol, a temperatura alcança os 5 500 °C. Calor M uito antes da invenção da agricultura ou da escrita, o ser humano aprendeu a dominar o calor para se aquecer, para cozinhar, para se defender dos animais e para trabalhar com os metais. Mais recentemente conseguiu-se explicar a física e os princípios que o regem: o calor se associa, a nível microscópico, aos movimentos dos átomos e das moléculas que formam a matéria. É, além disso, uma das formas na qual a energia se expressa. O calor pode ser gerado a partir de diversos mecanismos e é possível ser transmitido através de substâncias que podem fazer isso de forma mais ou menos efi ciente. Pode ser medido e, para isso, utiliza-se a unidade chamada caloria. 57 °C O fogo é sinônimo de calor, apesar de não se tratar do calor propriamente dito, e sim de uma das formas na qual pode se expressar. O calor como fenômeno físico depende das vibrações e dos movimentos de átomos e de moléculas (energia cinética). Quanto maior a energia cinética, maior calor. Radiografi a de um impulso São conceitos associados, apesar de diferentes. O calor é energia e a temperatura é apenas uma medida dela. Calor e temperatura INFO + ENEM 52 CAPÍTULO 3 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 52 3/9/18 9:28 AM Assim como outras formas de energia, o calor pode ser transmitido por diferentes meios, apesar de estar sempre cumprindo uma premissa básica: fl ui do meio mais quente ao mais frio. É a forma de transmissão de calor dos sólidos. Ao vibrar a maior velocidade, as moléculas aumentam as vibrações de suas vizinhas, e assim sucessivamente. Apesar de a temperatura ser medida com a ajuda de um termômetro que informa os valores em graus centígrados, Celsius ou Fahrenheit, o calor se mede de maneira diferente, e utiliza-se a caloria como unidade de medida. A caloria Utiliza-se para medir o calor, ou seja, trata-se de uma medida de energia. A caloria é defi nida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14,5 a 15,5 ºC ao nível do mar. Existem condutores de calor mais ou menos efi cientes. Os metais, por exemplo, são bons condutores. Outros materiais, como a fi bra de vidro, são tão inefi cientes que costumam ser utilizados como “isolantes”. O calor é transmitido por ondas eletromagnéticas infravermelhas. Por exemplo, o calor que produzem os seres vivos ou um objeto quente é transmitido a um ambiente mais frio pela radiação. Uma câmara capaz de detectar as emissões infravermelhas mostra a emissão de calor por radiação. A convecção térmica é um processo que exerce grande infl uência na atmosfera e permite explicar alguns processos meteorológicos, como os ventos. A temperatura da coroa é maior do que um milhão de graus. AS ESCALAS É um instrumento que se utiliza para medir altas temperaturas, superiores aos 600 °C. Quando o meio no qual se transmite o calor é um fl uido, as moléculas mais energéticas (quentes) tendem a ascender sobre as frias ou menos energéticas, criando correntes de convecção que distribuem o calor. Barra de metal Fluido Calor C° Celsius F°Fahrenheit K Kelvin Medindo a força Graus e calorias Pirômetro CONDUÇÃO RADIAÇÃO CONVECÇÃO 1 2 3 JAMES P. JOULE Nasceu na Inglaterra em 1814. Foi um físico e médico britânico que realizou importantes trabalhos sobre o metabolismo humano e que demonstrou que o trabalho mecânico pode se transformar em calor e vice-versa. Em 1846 relatou o princípio da conservação da energia, de acordo com o qual a energia, em um sistema fechado, pode se transformar em outra forma de energia, mas não pode ser criada nem destruída. Morreu em 1878. Surge da divisão em 100 graus do intervalo de temperatura entre o ponto de fusão(Oº) e de ebulição da água (100º). O conceito é semelhante ao do grau Celsius, mas em vez de água, utiliza-se os pontos de fusão e de ebulição do cloreto de amônio em água. O ponto de fusão da água é de 32 ºF. Toma como ponto de partida o “zero absoluto”, a temperatura na qual os átomos deixam de vibrar e que, em teoria, é impossível alcançar. O zero absoluto equivale a 273,15 ºC. © S o l 9 0 I m a g e s Acesse a questão Info + Enem e mais conteúdos do exame utilizando seu celular. Saiba mais em <www.plurall.net>. 53 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 53 3/9/18 9:28 AM 54 CAPÍTULO 3 Efeito estufa Pelo fato de a temperatura do Sol ser elevada, ele emite radiações numa faixa em que é transparente à atmosfera terrestre; portanto, uma parte da radiação incidente na at- mosfera consegue atravessá-la e atingir a superfície da Terra. Sabe-se que 26% da radiação solar incidente é refl etida pela atmosfera terrestre e 19% são absorvidos por ela, provo- cando uma elevação de sua temperatura; 4% são refl etidospela superfície da Terra, sem que haja absorção (retorno para o espaço); 51% são absorvidos pela superfície da Terra. Algumas substâncias da atmosfera terrestre, como o vapor de água (H 2 O) e o dióxido de carbono (CO 2 ), são opacas à radiação emitida pela superfície da Terra, ou seja, elas ab- sorvem essa radiação, se aquecem e também emitem radiação. Parte dessa radiação emitida é lançada para o espaço, e a outra parte, para a superfície da Terra, o que vai provocar na Terra e na atmosfera próxima um aumento da temperatura. Esse fenômeno é chamado efeito estufa. Estima-se que, se não houvesse o efeito estufa, a temperatura da superfície do nosso planeta seria 35 °C menor que a temperatura atual. O efeito estufa explica a diferença de temperatura entre regiões da Terra com pontos de diferentes altitudes. No alto das montanhas, a temperatura é menor que nas regiões de vales. Isso ocorre porque a espessura da camada de ar sobre as montanhas é menor em relação aos vales. Com uma espessura menor de camada atmosférica, o efeito estufa será menor, acarretando uma temperatura menor. Para que a Terra apresente uma temperatura praticamente constante, ou seja, para que não haja aquecimento ou resfriamento do planeta, toda energia solar incidente deve ser refl etida para o espaço. Conforme vimos, o efeito estufa mantém parte da energia con- fi nada entre as camadas atmosféricas e a superfície da Terra; porém, durante a noite, essa energia é liberada para o espaço sem receber energia do Sol. Por isso, a temperatura do nosso planeta se mantém praticamente constante. O dióxido de carbono é emitido, em grande parte, pela queima de resíduos fósseis e, em menor escala, pela respiração dos seres vivos e outros fatores. Atualmente os cien- tistas acreditam que a alta concentração do dióxido de carbono nas regiões de cidades que emitem muita poluição gera um signifi cativo aumento do efeito estufa, provocando também um relevante aumento da temperatura na superfície da Terra. E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia A quantidade de transplante de órgãos realizados no Brasil e no mundo é alta. Desde o momento em que uma pessoa vem a óbito até a retirada dos órgãos, caso seja um doador cadastrado, minutos e segundos são preciosos. Após a retirada, os órgãos destinados à doação são colocados em recipientes térmicos que permitem manter a integridade fi sioló- gica do órgão por algum tempo. Esse tempo pode variar de órgão para órgão e do tipo de armazenamento utilizado, com ou sem o uso do nitrogênio líquido. O gás nitrogênio, na forma líquida, atinge temperaturas extremamente baixas, capazes de neutralizar o metabolismo celular, cerca de –196 °C. Atualmente o nitrogênio líquido é bastante utilizado na conservação de sêmen bovino e também nos bancos de sêmen humano. Mas e se fosse possível manter corpos humanos inteiros e congelados? Esse procedimento bastante estranho já virou realidade. Pessoas com doenças incuráveis e/ou em estados terminais pagaram quan- tias exorbitantes para ter o corpo congelado em nitrogênio líquido, pois assim podem permanecer até que seja encontrada a cura para a doença. O grande problema, ainda sem solução, é como trazê-las de volta à vida, após um longo período congelado, para serem tratadas e curadas. Faça uma pesquisa sobre os avanços da criogenia e dos desafi os já vencidos e compartilhe com os colegas de classe os resultados. Semmick Photo/Shutterstock Em uma estufa, a radiação do Sol atravessa a cobertura, não consegue sair e aquece o interior. O mesmo processo ocorre na Terra com o efeito estufa. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 54 3/9/18 9:28 AM 55 FÍ S IC A Contextualize A As primeiras tentativas de conservar alimentos com uma pequena redução da temperatura passam pelo processo de refrigeração por evaporação natural. Antigamente uma das formas para se aproveitar esse processo consistia em utilizar uma tina de barro alta, como as talhas de barro que ainda existem atualmente para conservar a água em seu interior mais fresca com a água no interior nivelada na metade da altura da tina e um suporte que permitisse colocar alimentos numa altura superior à da água. O barro, extremamente permeável a água, mantinha as paredes da tina umedecidas. Em contato com o meio exterior, a água nas paredes da tina, pelo processo de evaporação, retirava calor do interior dela que, como consequência, tinha sua temperatura interna reduzida de alguns graus. Trata-se de um processo rudimentar que deu início à busca por refrigerações mais consistentes. A refrigeração por gelo também foi bastante utilizada para evitar a desidratação de produtos não embalados, como peixe, carnes e vegetais. Porém, havia algumas desvantagens, como limitação da temperatura a 0 oC, neces- sidade de constante reposição do gelo e eliminação da água de degelo. Na tentativa de romper essa limitação da temperatura da fusão do gelo, era misturado cloreto de sódio. Com isso, a temperatura do ponto de fusão do gelo cai para perto de 20 graus Celsius negativos. Porém, se a quantidade de sal fosse demais, acarretaria o derretimento mais rápido do gelo. Foi praticamente no início do século XX que surgiram os primeiros equipamentos com processos de refrigeração automática com gases refrigerantes. A americana Kelvinator Company fabricou o primeiro refrigerador com motor, em pequena escala. Porém somente em 1928, com o surgimento dos gases fluoretados por Thomas Midgely, a indús- tria da refrigeração iniciou seu grande desenvolvimento. A compressão, inicialmente do ar e depois dos gases, se tornou o processo mais simples e eficiente para produção de frio. Quando um gás é comprimido, sua temperatura aumenta. Invertendo esse princípio, ao liberarmos o gás com- primido de um recipiente, durante a expansão, o calor será retirado de seu interior com a saída do gás, produzindo um efeito refrigerante. Nas geladeiras convencionais, todo o calor retirado do espaço interno, por meio do bombeamento do gás pela tu- bulação interna, é liberado pela rede de tubos que formam a grade traseira. Outra característica desses refrigeradores era a posição do congelador (superior) e um sistema de prateleiras vasadas. Assim, facilitavam as trocas de posição entre ar frio e quente. Com a utilização de sistemas mecânicos cada vez mais efi cientes, os processos de refrigeração foram aprimorados e permitiram o desenvolvimento de máquinas térmicas também mais efi cientes. Além disso, as inovações não param de acontecer. Recentemente uma empresa canadense trouxe ao mercado a tecno- logia que chamaram de “cama que se arruma sozinha”. Um edredom inteligente composto de uma rede de tubos infl áveis que, ao se encherem, permitem que o edredom retorne à posição original. Mas foram além, e agora trazem ao mercado um cobertor inteligente que pode controlar a temperatura. São câmaras de ar e condutores separados em seções que permitem que cada lado de sua cobertura seja controlado independentemente. Excelente para casais que suportam temperaturas diferentes. A tecnologia é associada à refrigeração por evaporação e, por isso, a variação de temperatura obtida não é tão grande, fi cando entre 17 oC e 24 oC. É comum ouvirmos uma pessoa dizer que determinado cobertor é mais “quente“ que outro. Essa fala que vem do senso comum apresenta um erro. Comente-o, evidenciando os processos de propagação do calor. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 55 3/9/18 9:28 AM 56 CAPÍTULO 3 Atividades 13. Em dias frios, muitas vezes se observam pássaros com as penas eriçadas. Tal comportamento é adotado para dimi- nuir a perda de calor. As aves obtêm sucesso com esse comportamento, porque: a) as penas são condutoras de calor. b) o ar aprisionado entre as penas difi culta a condução de calor. c) o ar entre as penas facilita a condução. d) o ar entre as penas facilita a irradiação. e) as penas não deixam o frioentrar. 14. (Uece) Considere o enunciado de uma lei da termodinâmi- ca, que diz “se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão em equilíbrio térmico entre si”. Assim, é correto afi rmar que no equilíbrio térmico: a) os três corpos devem estar em temperaturas distintas. b) não há fl uxo de calor entre os três corpos. c) os três corpos necessariamente têm a mesma ener- gia interna. d) há sempre fl uxo de calor entre os três corpos. 15. (IFCE) Na tragédia ocorrida na Boate Kiss, localizada no Rio Grande do Sul, em janeiro de 2013, algumas orientações de segurança contra incêndios poderiam ter evitado a mor- te de tantas pessoas. Dentre as diversas orientações dadas pelos bombeiros, uma delas é considerada bem simples, fugir do local o mais abaixado possível. Essa orientação se deve ao fato de que: a) a fumaça resfria rapidamente e, tendo maior densida- de que o ar, tende a subir. b) a fumaça, por ser negra, impede a visualização da por- ta de emergência. c) a pessoa mantendo-se inclinada permanece mais cal- ma. Esse procedimento também é adotado em pousos de emergência na aviação civil. d) os gases oriundos da combustão, por estarem aqueci- dos, tendem a subir, ocupando a parte superior do local. e) os incêndios ocorrem geralmente na parte superior dos recintos. 16. (Enem) Para a instalação de um aparelho de ar-condicio- nado, é sugerido que ele seja colocado na parte superior da parede do cômodo, pois a maioria dos fl uidos (líquidos e gases), quando aquecidos, sofrem expansão, tendo sua densidade diminuída e sofrendo um deslocamento ascen- dente. Por sua vez, quando são resfriados, tornam-se mais densos e sofrem um deslocamento descendente. A sugestão apresentada no texto minimiza o consumo de energia, porque: a) diminui a umidade do ar dentro do cômodo. b) aumenta a taxa de condução térmica para fora do cômodo. c) torna mais fácil o escoamento da água para fora do cômodo. d) facilita a circulação das correntes de ar frio e quente dentro do cômodo. e) diminui a taxa de emissão de calor por parte do apare- lho para dentro do cômodo. 17. O fenômeno atmosférico da inversão térmica é caracteri- zado pela formação de uma camada de ar quente sobre uma massa de ar frio. Com isso, a fumaça emitida pelos escapamentos dos veículos e pelas chaminés das indús- trias se concentram em baixa altitude, causando muitos problemas. Analisando-se esse fenômeno sob o ponto de vista da Física, é correto afi rmar que: a) o ar quente, estando mais alto, provoca uma inversão do sentido do seu movimento, passando a descer, e não mais subir. b) o ar frio não sobe porque é mais denso que o ar quen- te que está por cima, facilitando a convecção. c) para existir corrente de convecção ascendente, é preci- so que o ar atmosférico tenha temperatura decrescen- te com a altitude. d) o ar quente, estacionado sobre o ar frio, provoca um aumento da sua densidade, fazendo com que desça. e) a inversão térmica é devida ao fenômeno de irradiação térmica, portanto não tem relação com a convecção. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 56 3/9/18 9:28 AM 57 FÍ SI CA 18. (FMABC-SP, adaptada) Atualmente, os diversos meios de comunicação vêm alertando a população para o perigo que a Terra começa a enfrentar, o chamado “efeito es- tufa”. Tal efeito é devido ao excesso de gás carbônico presente na atmosfera, provocado pelos poluentes, pelos quais o ser humano é responsável direto. O aumento de temperatura provocado pelo aumento da quantidade de CO 2 na atmosfera deve-se ao fato de que: a) a atmosfera é transparente à energia radiante, mas se torna opaca para as ondas de calor. b) a atmosfera é opaca à energia radiante, mas se torna transparente para as ondas de calor. c) a atmosfera é transparente tanto para a energia ra- diante como para as ondas de calor. d) a atmosfera é opaca tanto para a energia radiante como para as ondas de calor. e) a atmosfera funciona como um refl etor para a energia radiante e como meio absorvente para a energia térmica. 19. (Uece) O uso de fontes alternativas de energia tem sido bastante difundido. Em 2012, o Brasil deu um importante passo ao aprovar legislação específi ca para micro e mini geração de energia elétrica a partir da energia solar. Nessa modalidade de geração, a energia obtida a par- tir de painéis solares fotovoltaicos vem da conversão da energia de fótons em energia elétrica, sendo esses fótons primariamente oriundos da luz solar. Assim, é correto afi r- mar que essa energia é transportada do Sol à Terra por: a) convecção. b) condução. c) indução. d) irradiação. 20. (IFSP) Observando um refrigerador, a geladeira comum de sua casa, um aluno escreveu as seguintes afi rmações: I. A energia na forma de calor que sai dos alimentos chega ao congelador pelo processo de convecção na maior proporção e muito pouco por radiação. II. O congelador está situado na parte superior para rece- ber o ar aquecido pelo calor dos alimentos. III. As camadas que formam as paredes da geladeira são intercaladas por material isolante para evitar a entrada de calor por condução. IV. Os espaços internos são divididos por grades vazadas que facilitam o movimento por convecção das massas do ar quente e frio. As afi rmativas corretas são: a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) III e IV, apenas. Complementares Tarefa proposta 11 a 32 21. (Enem) O diagrama representa, de forma esquemática e simplifi cada, a distribuição da energia proveniente do Sol sobre a atmosfera e a superfície terrestre. Na área delimitada pela linha tracejada, são destacados alguns processos envolvidos no fl uxo de energia na atmosfera. Com base no diagrama, conclui-se que: a) a maior parte da radiação inciden- te sobre o planeta fi ca retida na atmosfera. b) a quantidade de energia refl etida pelo ar, pelas nuvens e pelo solo é superior à absorvida pela superfície. c) a atmosfera absorve 70% da radia- ção solar incidente sobre a Terra. d) mais da metade da radiação solar que é absorvida diretamente pelo solo é devolvida à atmosfera. e) a quantidade de radiação emitida para o espaço pela atmosfera é menor que a irradiada para o es- paço pela superfície. R e p ro d u ç ã o /E N E M , 2 0 0 8 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 57 3/9/18 9:28 AM 58 CAPÍTULO 3 22. (Cefet-RJ) “Luz do sol, Que a folha traga e traduz, Em verde novo Em folha, em graça, em vida, em força, em luz...” (Caetano Veloso, Luz do Sol) Esse trecho da canção de Caetano Veloso nos faz lembrar que a luz do Sol provê de energia o nosso planeta. Certa- mente não haveria vida na Terra sem ela! O processo de transferência de energia térmica que explica a transmissão do Sol a Terra, por meio da luz, é chamado de: a) convecção. b) irradiação. c) contato. d) raios cósmicos. 23. (Unifor-CE) Para diminuir os efeitos da perda de calor pela pele em uma região muito “fria” do país, Gabrielle realizou vários procedimentos. Assinale abaixo aquele que, ao ser realizado, minimizou os efeitos da perda de calor por irradiação térmica. a) Fechou os botões das mangas e do colarinho da blusa que usava. b) Usou uma outra blusa por cima daquela que usava. c) Colocou um gorro, cruzou os braços e dobrou o corpo sobre as pernas. d) Colocou um cachecol de lã no pescoço e o enrolou com duas voltas. e) Vestiu uma jaqueta jeans sobre a blusa que usava. 24. (Ceeteps-SP) Você já pensou em passar a noite em uma geladeira ou dormir sobre uma grande pedra de gelo? Apesar de essa ideia ser assustadora, já existem hotéis fei- tos de gelo que são como imensos iglus. O primeiro hotel de gelo do mundo, o Ice, fi ca na Suécia. Esse hotel possui paredes, camas, mesas e tudo o que existe em um hotel normal,só que de gelo. Não há como não se impressionar. A inusitada construção é branca, transparente e costuma durar apenas o período do inverno, porque depois o gelo se derrete. Em uma noite, verifi cou-se que a temperatura externa era muito mais baixa que a temperatura do interior do hotel Ice. A diferença de temperatura entre o interior do hotel e seu exterior se deve ao fato de o gelo apresentar um valor baixo para: a) o calor específi co. b) a capacidade térmica. c) o coefi ciente de atrito. d) o coefi ciente de dilatação térmica. e) a constante de condutibilidade térmica. Tarefa proposta 1. (UFSM) Em 2009 foi construído na Bolívia um hotel com a seguinte peculiaridade: todas as suas paredes são formadas por blocos de sal cristalino. Uma das ca- racterísticas físicas desse material é sua condutividade térmica relativamente baixa, igual a 6W/m °C. A figura a seguir mostra como a temperatura varia através da parede do prédio. Qual é o valor, em W/m2, do módulo do fl uxo de calor por unidade de área que atravessa a parede? a) 125 b) 800 c) 1 200 d) 2 400 e) 3 000 2. (Ufes) Ao contato da mão e à temperatura ambiente de 25 °C, o mármore parece mais frio que a madeira porque: a) a madeira está sempre acima da temperatura ambiente. b) o mármore não alcança a temperatura ambiente. c) o calor da mão se escoa rapidamente para o már- more, em virtude da grande condutividade térmica desse material. d) a madeira possui maior condutividade térmica do que o mármore. e) a capacidade térmica do mármore tem valores muito diferentes para pequenas variações de temperatura. 3. (Mack-SP) No interior de um recipiente adiabático de capa- cidade térmica desprezível, colocamos 500 g de gelo (calor latente de fusão = 80 cal/g) a 0 °C e um corpo de ferro a 50 °C, como mostra a fi gura a seguir. Após 10 minutos, o sistema atinge o equilíbrio térmico e observa-se que 15 g de gelo foram fundidos. O fl uxo de calor que passou nesse tempo pela secção S foi de: a) 7 cal/s b) 6 cal/s c) 5 cal/s d) 4 cal/s e) 2 cal/s R e p ro d u ç ã o /U F S M , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 1 9 9 8 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 58 3/9/18 9:28 AM 59 FÍ S IC A 4. (PUCC-SP) Uma pessoa, cuja pele está à temperatura de 37 °C, veste um agasalho de espessura 1,85 cm e área 1,0 m2. O material com que foi tecido o agasalho tem condutibili- dade térmica k = 80 ∙ 10–6 cal/cm ∙ s ∙ °C. Sabendo-se que a temperatura ambiente onde se encontra a pessoa é de 0 °C, determinar a quantidade de calor conduzida através do agasalho durante 60 minutos. 5. (UEPG-PR, adaptada) Em relação à área da Física chamada Termologia, assinale o que for correto. (01) No interior de um calorímetro com paredes adiabá- ticas e com calor específi co desprezível, encontra-se 100 g de água a uma temperatura de 50 °C. São despejados 10 g de gelo a 0 °C dentro do caloríme- tro. Considerando que o processo ocorre ao nível do mar, podemos afi rmar que a temperatura no interior do calorímetro, após atingir o equilíbrio térmico, é 45 °C. (02) Numa certa escala termométrica, ao zero da escala Celsius corresponde o valor 32 e ao 100 correspon- de o valor 232. Quando a temperatura na escala Celsius for de 25 °C, o valor correspondente na ou- tra escala será 82. (04) Podemos interpretar a temperatura como uma medida do estado de agitação das partículas de um corpo. (08) O interior de um automóvel aquece quando o dei- xamos exposto aos raios solares porque as radiações visíveis penetram através dos vidros e as radiações infravermelhas tendem a fi car aprisionadas no inte- rior do automóvel. 6. (Ufra-PA) A fi gura a seguir apresenta uma barra de chum- bo de comprimento 40 cm e área de secção transversal 10 cm2 isolada com cortiça; um termômetro fi xo na bar- ra calibrado na escala Fahrenheit e dois dispositivos, A e B, que proporcionam, nas extremidades da barra, as temperaturas correspondentes aos pontos do vapor e do gelo, sob pressão normal, respectivamente. Considerando a intensidade da corrente térmica constante ao longo da barra, determine a temperatura registrada no termômetro, sabendo que ele se encontra a 32 cm do dispositivo A. (Dado: coefi ciente de condutibilidade térmica do chumbo k = 8 ∙ 10–2 (cal ∙ cm) / (cm2 ∙ °C ∙ s)) A Corti•a B 7. (UFG-GO) O corpo humano consegue adaptar-se a dife- rentes temperaturas externas, mantendo sua temperatura aproximadamente constante em 37 °C por meio da pro- dução de energia por processos metabólicos e trocas de calor com o ambiente. Em uma situação típica, em que um indivíduo esteja em repouso em um ambiente a 25 °C ele libera calor para o ambiente por condução térmica a uma taxa de 15 J/s e por evaporação de água por meio da pele a uma taxa de 60 kJ/hora. Considerando o exposto, calcule: a) a quantidade de água, em ml que o indivíduo deve ingerir para compensar a perda por evaporação em duas horas. b) a espessura média da pele do indivíduo, conside- rando a área total da superfície da sua pele igual a 1,5 m2 e a condutibilidade térmica (k) da mesma igual a 2 ∙ 10–3 W ∙ m–1 ∙ °C–1. Dados: Calor latente de evaporação da água à 37 ºC: 2 400 kJ/kg Densidade da água: d = 1 kg/litro 8. (UFPB) Em uma fábrica usa-se uma barra de alumínio de 80 cm2 de seção reta e 20 cm de comprimento, para manter constante a temperatura de uma máquina em operação. Uma das extremidades da barra é colocada em contato com a máquina que opera à temperatura constante de 400 °C, enquanto a outra extremidade está em contato com uma barra de gelo na sua temperatura de fusão. Sabendo-se que o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g, que o coefi ciente de condutibilidade térmica do alumínio é de 0,5 cal/(s ∙ cm ∙ °C) e desprezando-se as trocas de calor do sistema máquina-gelo com o ambiente, é correto afi rmar que o tempo necessário para derreter 500 g de gelo é: a) 10 s b) 20 s c) 30 s d) 40 s e) 50 s 9. (UFV-MG) O fl uxo de calor H, através de uma placa de seção reta de área A, submetido a uma diferença de tem- peratura ΔT = T 2 – T 1 entre duas faces opostas, distanciadas de L, é dado por: = ⋅ ⋅ − H k A T T L 2 1 sendo k a condutividade térmica do material que compõe a placa. A tabela a seguir mostra dados de algumas placas, de mesma área A, que podem ser encontradas no mercado para isolamento térmico de residências. Material da placa k(w/(m ∙ k)) Espessura da placa (cm) Isopor 0,012 2,4 Poliuretano 0,020 5,0 Madeira 0,120 6,0 Cortiça 0,040 4,0 A placa que proporciona o maior isolamento térmico, para uma mesma diferença de temperatura T 2 – T 1 , é a feita de: a) poliuretano. b) madeira. c) cortiça. d) isopor. e) isopor ou de cortiça. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 59 3/9/18 9:28 AM 60 CAPÍTULO 3 10. (Fuvest-SP) Um contêiner com equipamentos científicos é mantido em uma estação de pesquisa na Antártida. Ele é feito com material de boa isolação térmica e é possível, com um pequeno aquecedor elétrico, manter sua temperatura interna constante, T i = 20 °C, quando a temperatura exter- na é T e = −40 °C. As paredes, o piso e o teto do contêiner têm a mesma espessura, e = 26 cm, e são de um mesmo material, de condutividade térmica k = 0,05 J/s ⋅ m ⋅ °C. Suas dimensões internas são 2 x 3 x 4 m3. Para essas con- dições, determine: a) a área A da superfície interna total do contêiner; b) a potência P do aquecedor, considerando ser ele a úni- ca fonte de calor; c) a energia E, em kWh, consumida pelo aquecedor em um dia. Note e adote: A quantidade de calor por unidade de tempo (Φ) que flui através de um material de área A, espessura e e conduti- vidade térmica k, com diferença de temperatura ΔT entre as faces do material, é dada por: Φ = ⋅ ⋅ Δk A T e . 11. (UFSM-RS) Um dos métodos de obtenção de sal consiste em armazenar água do mar em grandestanques abertos, de modo que a exposição ao sol promova a evaporação da água e o resíduo restante contendo sal possa ser, final- mente, processado. A respeito do processo de evaporação da água, analise as afirmações a seguir. I. A água do tanque evapora porque sua temperatura alcança 100 ºC. II. Ao absorver radiação solar, a energia cinética de algu- mas moléculas de água aumenta, e parte delas escapa para a atmosfera. III. Durante o processo, linhas de convecção se formam no tanque, garantindo a continuidade do processo até que toda a água seja evaporada. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) I, II e III. 12. (UFRN) O calor e suas formas de propagação se mani- festam em diversas situações tanto na natureza quanto nas atividades humanas. Assim, fenômenos aparen- temente muito diferentes são semelhantes, quando analisados mais detidamente. Veja-se, por exemplo: a energia do Sol que aquece nosso planeta e a energia emitida pelo magnétron do forno de micro-ondas, que aquece os alimentos colocados em seu interior, são fe- nômenos que envolvem propagação de calor. Pode-se afirmar que as formas de propagação de energia entre o Sol e a Terra e entre o magnétron e os alimentos são, respectivamente: a) convecção e condução. b) convecção e convecção. c) condução e irradiação. d) irradiação e irradiação. 13. (Ifsul-RS) A cidade de São Paulo, como muitas outras do nosso país, é bastante castigada pela poluição do ar no inverno, pois os poluentes ficam com temperaturas mais baixas que o ar puro das camadas superiores, o que faz com que não ocorra a dispersão dos poluentes. Esse fenômeno físico é conhecido por: a) convecção. b) radiação. c) inversão térmica. d) condução. 14. (Uncisal) O carro de Antônio não é conversível, ou seja, sua capota é metálica como o restante da carroceria. A energia térmica que aquece o interior provém do Sol. Estando o veículo com os vidros fechados, as formas de transferência de calor desde o Sol até o interior do veículo ocorrem na seguinte ordem: a) irradiação, condução e convecção. b) irradiação, convecção e condução. c) condução, convecção e irradiação. d) condução, irradiação e convecção. e) convecção, irradiação e condução. 15. (Uece) A humanidade acaba de chegar ao meio de um caminho considerado sem volta rumo a mudanças climá- ticas de grande impacto. Um estudo divulgado pelo servi- ço britânico de meteorologia mostrou que a temperatura média da Terra teve um aumento de 1,02 °C no período correspondente ao início da Revolução Industrial até os dias atuais. É a primeira vez que se registra um aumento dessa magnitude e se rompe o patamar de 1 °C, um fla- grante desequilíbrio no planeta. A fonte predominante e a forma de transmissão dessa energia térmica que chega à Terra é, respectivamente: a) o sol e a convecção. b) o efeito estufa e a irradiação. c) o efeito estufa e a circulação atmosférica. d) o sol e a irradiação. 16. (Unicamp-SP) Um isolamento térmico eficiente é um cons- tante desafio a ser superado para que o homem possa viver em condições extremas de temperatura. Para isso, o entendimento completo dos mecanismos de troca de calor é imprescindível. Em cada uma das situações descritas a seguir, você deve reconhecer o processo de troca de calor envolvido. I. As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades vazadas, para facilitar fluxo de energia térmica até o congelador por II. O único processo de troca de calor que pode ocorrer no vácuo é por III. Em uma garrafa térmica, é mantido vácuo entre as paredes duplas de vidro para evitar que o calor saia ou entre por Na ordem, os processos de troca de calor utilizados para preencher as lacunas corretamente são: a) condução, convecção e radiação. b) condução, radiação e convecção. c) convecção, condução e radiação. d) convecção, radiação e condução. Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 60 3/9/18 9:28 AM 61 FÍ S IC A 17. (Uern, adaptada) Um equipamento de aquecimento de água por energia solar (aquecedor solar) capta a energia do Sol por meio de seu coletor (caixa com tampa de vidro, tendo em seu interior canos por onde circula a água em aquecimento). Conforme apresen- tado na figura a seguir, a água vinda do fundo do re- servatório térmico, ao ser aquecida no coletor, retorna naturalmente para a parte superior desse reservatório. Observe: José, um encanador muito engenhoso, resolve simpli- fi car o equipamento, alterando suas dimensões, para que caiba no espaço disponível de um telhado já pron- to. Para isso, coloca o reservatório térmico na mesma altura do coletor e inverte as posições de entrada e saída da água nesse reservatório, conforme o esquema a seguir. Utilizando corretamente os conhecimentos de Física, um engenheiro diria: a) Não vai funcionar, pois deixará de existir a absorção de energia pelo coletor. b) Não vai funcionar, pois o aquecimento depende das curvas dos canos que levam a água. c) Se a entrada da água quente for mudada para cima, nesse novo projeto, e a saída for colocada na parte de baixo, pode funcionar. d) Só vai funcionar bem, com essas mudanças, se au- mentar o tamanho do coletor. e) Só vai funcionar bem, com essas mudanças, se o cole- tor for colocado na posição horizontal. 18. (UEM-PR) Sobre os processos de propagação do calor, as- sinale a(s) alternativa(s) correta(s). (01) A condução de calor em materiais sólidos ocor- re por meio da transferência de energia pela vi- bração dos átomos. Em geral, materiais que são bons condutores de corrente elétrica também são bons condutores de calor. (02) Em uma câmara fria mantida a –5 °C, a propaga- ção de calor por condução através de suas paredes, quando a temperatura externa for de 25 °C será maior do que quando a temperatura externa for de 40 °C. (04) Para tornar uma geladeira mais efi ciente, dimi- nuindo as perdas térmicas, deve-se distribuir os alimentos nas prateleiras deixando espaços vazios entre eles. Isto facilita o trânsito do ar frio para baixo e do ar quente para cima, em um processo de convecção. (08) O processo de propagação de calor por irradiação ocorre por meio do movimento de massas de ar frio se deslocando para menores altitudes e massas de ar quente se deslocando para maiores altitudes. (16) Uma garrafa térmica é um recipiente de vidro cons- tituído de paredes duplas de vidro, e com vácuo en- tre essas paredes. As faces internas e externas das paredes são espelhadas. O vácuo entre as paredes de vidro evita a propagação de calor por condução, e as paredes espelhadas evitam a propagação de ca- lor por convecção. 19. +Enem [H18] O prédio da nova Biblioteca Nacional King Fahad, na Arábia Saudita, cuja reforma foi entregue em novembro de 2013, fi ca no bairro Olaya, na capital Riad. Por causa das altas temperaturas, um revestimento espe- cífi co − feito com cabos de aço e tecido − foi desenvolvido para desempenhar o papel de brise-soleil na fachada ex- terna. Seu formato remete às tradicionais tendas árabes, harmonizando o antigo e o novo de um modo único. Os elementos em lona atenuam a incidência de luz solar na fachada de vidro, sem impedir a visão da paisagem externa de quem está dentro do prédio, e, ao mesmo tempo, criam um efeito de ventilação, forçando, natu- ralmente, o ar para cima. Mesmo sem tradução ao pé da letra para o português, o termo brise-soleil, em destaque no texto (numa tradução livre seria “sombreamento”), está associado ao seu papel, sua fi nalidade. Entre as ex- plicações para o uso do termo citado, a mais adequada à situação descrita é: D o m in iC d u ck le y /a la m y /l a ti n s to ck R e p ro d u ç ã o /U E R N R e p ro d u ç ã o /U E R N Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 61 3/9/18 9:28 AM 62 CAPÍTULO 3 a) As lonas colocadas na frente do prédio impedem as bri- sasformadas pela incidência da radiação solar no vidro. b) As lonas colocadas na frente do prédio fazem sombra sobre a fachada de vidro, bloqueando parcialmente a radiação solar e atenuando o aquecimento do interior. c) As lonas têm formato inspirado nas tendas árabes, das quais deriva o termo brise-soleil. d) O termo brise-soleil tem significado meramente artísti- co, definindo uma aparência específica na linguagem arquitetônica. e) O lado externo do prédio fica com aparência de um barco a vela, daí a palavra empregada. 20. (Enem, adaptada) A refrigeração e o congelamento de alimentos são responsáveis por uma parte significativa do consumo de energia elétrica em uma residência típica. Para diminuir o consumo de energia de uma geladeira, po- dem ser tomados alguns cuidados operacionais, baseados nos princípios físicos que regem a transmissão do calor. A ação que contribui para se alcançar esse objetivo é: a) distribuir os alimentos nas prateleiras, deixando espa- ços vazios entre eles, para que ocorra a circulação do ar frio para baixo e do quente para cima. b) manter as paredes do congelador com camada bem espessa de gelo, para que o aumento da massa de gelo aumente a troca de calor no congelador. c) colocar roupas úmidas estendidas sobre o radiador (grade na parte de trás) para resfriá-lo, tornando mais eficiente o funcionamento da geladeira. d) colocar toalhas de plástico sobre as prateleiras do inte- rior da geladeira. e) abrir a porta da geladeira muitas vezes ao dia para troca de ar do interior. 21. (Acafe-SC) Preparar um bom churrasco é uma arte e, em todas as famílias, sempre existe um que se diz bom no preparo. Em algumas casas a quantidade de carne assada é grande e se come no almoço e no jantar. Para manter as carnes aquecidas o dia todo, alguns utilizam uma caixa de isopor revestida de papel alumínio. A figura a seguir mostra, em corte lateral, uma caixa de isopor revestida de alumínio com carnes no seu interior. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta que completa as lacunas das frases a seguir. A caixa de isopor funciona como recipiente adiabático. O isopor tenta a troca de calor com o meio por e o alumínio tenta impedir a) impedir – convecção – irradiação do calor b) facilitar – condução – convecção c) impedir – condução – irradiação do calor d) facilitar – convecção – condução 22. (Unioeste-PR) Em uma instalação de aquecimento solar residencial, a energia solar passa ao coletor e aquece a água nos tubos. Para uma instalação desse tipo, cuja eficiência total é de 40%, calcule o tempo necessário, em horas, para que seja coletada a energia necessária para atender às neces- sidades de uma família que consome 10 kWh por dia de energia, a qual deverá ser provida exclusivamente pela instalação de aquecimento solar. A instalação conta com uma área de coleta de 10 m2, e a taxa de incidência do sol, no local, vale 500 W/m2. 23. (UFJF-MG) A garrafa térmica de uma determinada mar- ca foi construída de forma a diminuir as trocas de calor com o ambiente que podem ocorrer por três processos: condução, convecção e radiação. Dentre as suas várias características, podemos citar: I. a ampola interna da garrafa é feita de plástico. II. a ampola possui paredes duplas, e entre essas pare- des, é feito vácuo. III. a superfície interna da ampola é espelhada. Assinale a alternativa que corresponde ao processo que se quer evitar usando as características citadas acima. a) I – radiação; II – condução e convecção; III – convecção. b) I – condução e radiação; II – convecção; III – condução. c) I – convecção; II – condução; III – radiação. d) I – condução; II – condução e convecção; III – radiação. e) I – radiação; II – condução e convecção; III – radiação. 24. (Uneb-BA) A Terra recebe continuamente do Sol ener- gia equivalente a 1,3 kW/m2 e aproximadamente 30% dessa energia é refletida pela atmosfera, não alcançan- do a superfície do planeta. Sabendo-se que a irradiação solar incide perpendicularmente sobre uma área plana de oito hectares de plantio de capim-elefante e que um hectare é igual a um hectômetro quadrado, pode-se afirmar que a energia absorvida pelo capim-elefante, em 10 horas de insolação, é aproximadamente igual, em kWh, a: a) 1,1 ∙ 104 b) 3,5 ∙ 105 c) 3,9 ∙ 106 d) 7,3 ∙ 105 e) 7,5 ∙ 104 25. (Ufscar-SP) Nas geladeiras, retira-se periodicamente o gelo do congelador. Nos polos, as construções são feitas sob o gelo. Os viajantes do deserto do Saara usam roupas de lã durante o dia e à noite. Relativamente ao texto anterior, qual das seguintes afirmações não é correta? R e p ro d u ç ã o /A C A F E , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 62 3/9/18 9:28 AM 63 FÍ S IC A a) O gelo é mau condutor de calor. b) A lã evita o aquecimento do viajante do deserto du- rante o dia e o resfriamento durante a noite. c) A lã impede o fl uxo de calor por condução e diminui as correntes de convecção. d) O gelo, sendo um corpo a 0 °C, não pode difi cultar o fl uxo de calor. e) O ar é um ótimo isolante para o calor transmitido por con- dução, porém favorece muito a transmissão do calor por convecção. Nas geladeiras, as correntes de convecção é que refrigeram os alimentos que estão na parte inferior. 26. Com relação à Termologia, coloque V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) Temperatura – grandeza física que representa a me- dida do estado de agitação médio das moléculas de um corpo. ( ) Calor – energia térmica que passa, de forma espon- tânea, do corpo de menor temperatura para o de maior temperatura. ( ) Fusão – mudança de estado físico sofrida por um lí- quido ao doar uma certa quantidade de calor. ( ) Evaporação – passagem do estado líquido para o es- tado gasoso que ocorre de forma lenta. ( ) Equilíbrio térmico – condição física na qual as trocas de calor entre dois ou mais corpos deixam de existir. ( ) Convecção – processo de transmissão de calor que ocorre devido à movimentação de massas, em espe- cial, nos líquidos e nos gases. ( ) Caloria – quantidade de calor necessária para que 1 g de qualquer substância tenha sua temperatura alterada em 1 °C. Assinale a opção correta. a) V – V – V – F – F – V – F b) F – F – V – V – F – F – V c) F – F – F – V – F – V – V d) V – F – F – V – V – V – F e) V – V – F – F – V – F – F 27. (Uece) Dentre as fontes de energia eletromagnéticas mais comumente observadas no dia a dia estão o Sol, os celula- res e as antenas de emissoras de rádio e TV. A característica comum a todas essas fontes de energia é: a) o meio de propagação, somente no vácuo, e a forma de propagação, através de ondas. b) o meio de propagação e a forma de propagação, por condução. c) a velocidade de propagação e a forma de propagação, por convecção. d) a velocidade de propagação e a forma de propagação, através de ondas. 28. As roupas usadas por bombeiros, no combate a um incên- dio, são metalizadas, isto é, revestidas de material refl etivo. Por baixo dessa roupa refl etiva, eles usam outras roupas feitas com tecido bem espesso e de baixa condutividade térmica. Dessa forma, um bombeiro se protege, evitando queimaduras, pois a função dessas roupas é impedir a transmissão do calor: a) de fora para dentro, principalmente por convecção. b) de dentro para fora, principalmente por irradiação. c) de fora para dentro, por irradiação e condução. d) de dentro para fora, por condução, convecção e irradiação. e) de fora para dentro, por refração. 29. +Enem [H18] Na construção civil é comum a utilização de materiais isolantes aplicados em diversas partes de um prédio, seja residencial, comercial ou industrial. Um desses materiais é uma manta ou membrana térmica, colocada nas coberturas de residências e galpões. Estendida embai- xo do telhado de cerâmica, ou de metal, principalmente, melhorasubstancialmente as condições de habitação no interior da construção. Existem vários tipos disponíveis no mercado, feitos de diversos materiais, mas a todos eles se aplicam os princípios que regem a transmissão do calor. Uma manta térmica é fabricada com uma manta de fi bras de tecido reciclado, revestida dos dois lados por folhas muito fi nas de alumínio de superfície polida. A respeito da aplicação de mantas térmicas na construção civil, o que se pode concluir corretamente, levando-se em conta os princípios físicos envolvidos? a) Aqui no Brasil, principalmente nas regiões mais quen- tes, a aplicação dessas mantas evita o aquecimento do interior, pois impede a entrada de calor por irradiação e condução. b) Na Argentina, um país onde as temperaturas são mais baixas, não é necessário aplicar mantas térmicas, pois elas não desempenhariam papel algum. c) O papel da manta de fi bras de tecido reciclado é o de reduzir a condução térmica, enquanto o papel das folhas de alumínio é o de aumentar a propagação do calor por irradiação. d) A manta térmica é aplicada quando se quer aquecer um ambiente, pois, sendo feita de tecido reciclado, tem a capacidade de aquecer. e) Colocadas abaixo das coberturas metálicas, as mantas térmicas resfriam as placas de metal que formam a cobertura. 30. Muitas vezes você já deve ter ouvido que a culinária tem seus “segredos”. Aquele doce que a vovó faz, por exemplo, e que só ela sabe fazer, tem uns segredinhos. O uso de folhas de alumínio na culinária é comum, mas, quanto ao seu emprego Rolo de manta térmica. Joh n_K asa wa/ iSto ckp hoto / Get ty Im age s Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 63 3/9/18 9:28 AM 64 CAPÍTULO 3 correto, há “segredos”. Um detalhe do aspecto dessas folhas de alumínio é que elas têm um lado brilhante (polido) e o outro fosco. Entre os procedimentos listados adiante, aquele que indica um uso correto da folha de alumínio, para assar uma carne num forno a gás convencional, ao lado de uma justificativa correta do ponto de vista da Física, é: a) É preciso embrulhar bem a carne dentro da assadei- ra, dando várias voltas com o alumínio em torno dela, para que o calor do forno flua mais facilmente para a carne, assando-a mais depressa. b) É preciso cobrir a carne na assadeira com a folha de alumínio, com a face polida voltada para fora, a fim de facilitar o aquecimento por irradiação. c) É preciso cobrir a carne na assadeira com a folha de alumínio, com a face fosca voltada para fora, a fim de que o calor entre mais facilmente e não escape tão facilmente por irradiação. d) É preciso cobrir a carne na assadeira com a folha de alumínio, quando se quer que o assado mantenha temperatura acima da registrada no interior do forno, a fim de economizar gás. e) De qualquer modo que se use a folha de alumínio para cobrir o assado, a eficiência é a mesma, não há segredo. 31. +Enem [H18] É mais ou menos comum ver, hoje em dia, aquecedores de água por energia solar, sobre telhados de residências. Reparando os detalhes dos diversos modelos, podemos distinguir pelo menos dois tipos: aqueles que têm uma caixa coletora da radiação solar, coberta com uma placa de vidro, e aqueles que não têm essa placa. Estes últimos são construídos com tubos pretos dispostos em espiral e ocupam uma grande área sobre o telhado. Esse tipo de aquecedor conta com uma bomba de água que faz circular a água, retirando-a da piscina, passando pelos tubos e voltando para a piscina. A respeito do fun- cionamento desse tipo de aquecedor, comparado com o outro modelo, pode-se afirmar corretamente: a) Esse tipo de aquecimento não conta com o fenômeno de irradiação, já que não tem os tubos cobertos por uma placa de vidro. b) Em razão da falta de um efeito estufa, o aquecimento por esse processo é menos eficiente. c) A convecção acontece da mesma maneira que no ou- tro modelo. A bomba de água serve só para tornar o processo mais rápido. d) Por causa do posicionamento dos rolos de tubos, aci- ma do nível da água da piscina, a água quente sobe, enquanto a água fria desce. e) Não se utilizam placas de vidro sobre as espirais de tubos nesse modelo, porque isso exigiria ocupar uma área ainda maior sobre o telhado. Vá em frente Acesse Visite o site da Universidade Federal do Ceará, na página do projeto “Seara da Ciência”, órgão de divulgação científica e tecnológica, disponível em: <www.searadaciencia.ufc.br>. Acesso em: 20 dez. 2017. Nessa página, dirija-se à seção “Tintim por tintim” e depois clique em física. Você encontrará algumas atividades, como “Um forno solar” – que explica como construir um forno solar simples, barato e eficiente. Além dessa dica, é interessante navegar por outros links que se encontram abrigados na página inicial. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. S is te m a d e A q u e c im e n to S o la r E s p ir a l e xe c u ta d o d u ra n te o fi c in a m in is tr a d a p e la B IO h a b it a te - w w w .b io h a b it a te .c o m .b r re p re s e n ta d a p e lo a rq u it e to F lá v io D u a rt e , e m C e n tr o d e r e fe rê n c ia s d e t é c n ic a s d e B IO c o n s tr u ç ã o e P e rm a c u lt u ra d o V a le d o J e q u it in h o n h a - M G . Et_EM_2_Cad5_Fis_c03_42a64.indd 64 3/9/18 9:28 AM vito rma rigo /Sh utte rsto ck ► Compreender o fenômeno da dilatação térmica, que ocorre em sólidos e líquidos. ► Avaliar as alterações que ocorrem nos diversos materiais, devido às variações de temperatura. Principais conceitos que você vai aprender: ► Dilatação térmica linear, superfi cial e volumétrica ► Coefi ciente de dilatação ► Contração térmica ► Volume aparente ► Dilatação anômala da água 65 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ SI CA DILATAÇÃO TÉRMICA urbanlight/Fo to S e arch /L atin sto ck 4 A ponte Presidente Costa e Silva, ponte Rio-Niterói, foi inaugurada em 4 de março de 1974, e levou o título de segunda maior ponte do mundo na época. Com seus quase 14 quilômetros de extensão, a ponte necessita de inspeções de segu- rança periódicas para verifi car a integridade de sua estrutura, pois passam por ela, diaria- mente, mais de 150 mil veículos, e nos feriados pode chegar perto de 1 milhão nos feriados. Além disso, a ponte tem o maior vão livre em viga reta do mundo, 300 metros de compri- mento e 72 metros de altura. Para se sustentarem, as grandes pontes do mundo possuem as chamadas juntas de dilatação. São espaços previstos na estrutura que permitem que suas par- tes sofram dilatação em razão das mudanças de temperatura, sem comprometer a estrutura. Tais acomodações são previstas e necessárias nos projetos na construção civil. A Ecoponte, con- cessionária responsável pela ponte, informou que “as juntas contribuem para a segurança da ponte, pois evitam os desgastes das estruturas de concre- to em casos de dilatação”. O fenômeno da dilatação está presente no coti- diano. Desde o início do estudo da Termologia, ele já era observado, sendo posteriormente empregado na construção dos termômetros, pois dentro deles ocorre a dilatação dos líquidos, e dessa forma se consegue aferir a temperatura em um termômetro. Em termos gerais, pode-se afi rmar que os me- tais se dilatam mais do que a maioria dos sólidos e que, quanto maior a variação da temperatura, maior é a dilatação térmica. Na construção de uma churrasqueira, em alvenaria, coloca-se um aca- bamento que envolve a entrada e uma estrutura interna para servir de apoio para espetos ou para uma grelha, ambos feitos de metal. • Qual solução pode ser utilizada para evitar que a estrutura de metal force as paredes de tijolos da churrasqueira, quando ela for usada? Ponte Rio-Niter—i. C h e c u b u s /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 65 3/9/18 9:28 AM 66 CAPÍTULO 4 Dilataçãolinear dos sólidos Quando o comprimento de um corpo é muito maior que sua área de secção transversal, dizemos que a dilatação é linear. Fios condutores de eletricidade em redes de transmissão, por exemplo, têm comprimento muitas vezes maior que sua área de secção transversal, de modo que a dilatação da área de secção transversal é desprezível se comparada à dilatação do comprimento. Para quantifi car a dilatação linear de um sólido, considere uma barra de compri- mento inicial L 0 na temperatura q 0 e que, ao ser aquecida até a temperatura q, passa a apresentar um comprimento L, sofrendo um acréscimo de comprimento DL, conforme mostra a fi gura: L 0 ∆L θ 0 L θ DL = L − L 0 Dq = q − q 0 O aumento do comprimento da barra DL é diretamente proporcional ao comprimento inicial L 0 e à variação de temperatura Dq sofrida por ela. Assim: DL = L 0 · a · Dq A constante de proporcionalidade (a) depende do tipo de material que sofre dilata- ção e é denominada coefi ciente de dilatação linear. Portanto, para comprimentos iniciais iguais e variações de temperatura iguais, quanto maior for a, maior será a variação do comprimento da barra. O coefi ciente de dilatação linear do alumínio, por exemplo, é 24 milionésimos da uni- dade de comprimento por °C (24 dividido por um milhão 24 1 000 000 = ), isto é, se um corpo feito de alumínio tiver um comprimento de 10 metros, vai sofrer um aumento igual a essa fração do seu comprimento ao ser aquecido de 1 °C, que vale 24 milionésimos de 10 me- tros, ou seja, 10 vezes 24 dividido por um milhão. Se o comprimento for 10 polegadas, o aumento do comprimento por °C será de 24 milionésimos de 10 polegadas; assim, o coe- fi ciente de dilatação linear não depende da unidade de comprimento, mas somente da unidade de temperatura. A fração 24 1 000 000 pode ser escrita de outra forma, por exemplo, da maneira mais usual: a = 24 · 10−6 por °C ou 24 · 10−6 °C−1. 1 Unidades: • DL e L 0 são medidos em qualquer unidade de comprimento, desde que seja a mesma para os dois; • Dq é medida em °C, °F ou K; • a é medido em °C−1, °F−1 ou K−1. O gráfi co a seguir representa a variação, em milímetros, do comprimento de uma barra metálica de tamanho inicial igual a 100 centímetros, aquecida em um forno de altas temperaturas. A partir do gráfi co, é possível extrair o valor do coefi ciente de di- latação térmica linear do material de que é feita a barra, em unidades de °C−1. Ao observar o gráfi co, temos que, para uma variação de comprimento de 15 milíme- tros, temos uma variação de temperatura de 500 °C, assim: L 0 = 100 cm = 1 000 mm L L 15 1 000 500 15 500 000 3 10 C 0 5 o 1D = ⋅a ⋅Dq = ⋅a ⋅ a = a = ⋅ − −s s s Curiosidade 1 As soluções propostas para os problemas se transformam à medida que a tecnologia avança. As linhas férreas, até décadas atrás, tinham apenas de suportar grandes cargas sobre os trilhos e dar direção a veículos lentos, como as locomotivas a vapor ou a diesel. Mas, a partir do momento em que apareceram trens mais velozes, as antigas ferrovias não estavam mais adequadas; assim, foi necessário aumentar a largura entre os trilhos – a bitola – e remover os espaços entre eles, soldando-os e fi xando-os rigidamente ao solo. Atualmente, os espaçamentos entre as barras dos trilhos está em desuso em uma linha de trem de alta velocidade ou de trem metroviário. O característico barulho das rodas do trem, passando por sobre os vãos dos trilhos, não existe mais, pois se tornou um grande problema com o aumento da velocidade dos trens. As imensas tensões provocadas pela dilatação são contidas por uma fi xação apropriada ao longo dos trilhos e em suas extremidades, de tal forma que, mesmo estando sujeitos a grandes variações de temperatura, os trilhos não se dilatam linearmente. Defi nições Dilatação térmica e contração térmica: fenômenos de variação das dimensões de um corpo que ocorrem em razão da variação da temperatura. Coefi ciente de dilatação linear (a): fração da unidade de comprimento que varia para cada unidade de variação da temperatura do material que constitui um corpo. 0 15 ∆L (mm) θ (°C) 7,5 250 500 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 66 3/9/18 9:28 AM 67 FÍ S IC A Dilatação superfi cial Consideramos a dilatação de um corpo como superfi cial quando a área do sólido é maior em relação à sua espessura. Em uma chapa, por exemplo, a dilatação da espessura é desprezível se comparada à dilatação da área. Isso não quer dizer que a espessura não sofre dilatação, porém ela pode ser desprezada. Uma chapa de área inicial A 0 e à temperatura q 0 , ao ser aquecida até a temperatura q, apresenta área A e sofre um acréscimo de área DA: A 0 θ 0 A θ DA = A − A 0 Dq = q − q 0 De maneira análoga à dilatação linear, temos: DA = A 0 · b · Dq A constante de proporcionalidade (b) depende do material da barra e é chamada coe- fi ciente de dilatação superfi cial. É válida a relação: b = 2 · a em que b tem a mesma unidade de medida de a. Dilatação volumétrica Na dilatação volumétrica de um sólido, consideramos o aumento de todas as dimen- sões do corpo. Tomemos como referência um sólido de volume inicial V 0 à temperatura q 0 que, ao ser aquecido até a temperatura q, apresenta volume V, sofrendo um acréscimo de volume DV: V 0 θ 0 V θ DV = V − V 0 Dq = q − q 0 De maneira análoga à dilatação linear, temos: DV = V 0 · γ · Dq A constante de proporcionalidade (γ) depende do material e é chamada coefi ciente de dilatação volumétrica. É valida a relação: γ = 3 · a em que γ tem a mesma unidade de medida de a e b. Relação entre os coefi cientes Os coefi cientes de dilatação a, b e γ se relacionam da seguinte maneira: 2 2 3 3 2 3 s s s b = ⋅a a = b γ = ⋅a a = γ b = γ Portanto: a = b = γ 1 2 3 Vamos considerar que uma chapa sofre uma variação de 4 cm2 em sua área, quando sua temperatura varia de 100 °C, o coefi ciente de dilatação superfi cial da chapa é 1,5 ⋅ 10–2 °C–1, nessas condições sua área inicial pode ser calculada pela expressão para a dilatação superfi cial: DA = b ⋅ A 0 ⋅ Dq 4 = 1,5 ⋅ 10–2 ⋅ A 0 ⋅ 100 A 0 = 2,66 cm2 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 67 3/9/18 9:28 AM 68 CAPÍTULO 4 Dilatação de espaços vazios Quando uma chapa com um furo é aquecida, tanto a área da chapa quanto a do furo sofrem dilatação. θ 0 θ . θ 0 Dois corpos, um maciço e outro oco, ambos de mesmo material e mesmo volume inicial, ao sofrerem um mesmo acréscimo de temperatura (Dq), sofrerão a mesma varia•‹o de volume. V 0 θ 0 θ . θ0V θ . θ 0 VV0 θ0 Mesmo corpos de formas diferentes, sendo de mesmo material, com mesmo volume inicial, sofrerão a mesma variação de volume. Isso quer dizer que, se tivermos um cubo maciço, uma esfera oca e um cilindro em que todos são constituídos de alumínio e com o mesmo volume externo numa dada temperatura, em qualquer outra temperatura seus volumes externos serão iguais. 1 Lâminas bimetálicas Alguns aquecedores elétricos, como cafeteiras e fornos, têm um dispositivo, composto de uma lâmina bimetálica, denominado termostato, para que sejam desligados ao atingi- rem determinada temperatura. A B Observação 1 Todas as dimensões de uma vasilha, o volume interno, a espessura das paredes e o volume externo, se dilatam com o mesmo coefi ciente de dilatação do material de que são feitos. Corrente elétrica Anel de aquecimento Contato fechado Aparelho ligado Lâmina bimetálica (fria) Contato aberto Aparelho desligado Lâmina bimetálica (quente) Até uma temperatura prevista, a lâmina bimetálica mantém o circuito fechado (A); atingir tal temperatura, a lâmina se curva para o lado, desencosta do contato e interrom- pe a passagem da corrente elétrica (B). A lâmina bimetálica é constituída por duas lâminas de materiais diferentes, com comprimentosiguais, na temperatura q 0 e soldadas uma na outra. α 1 α 2 α 1 α 2 α 1 α 2 α 1 é o coeficiente de dilatação linear da lâmina 1. α 2 é o coeficiente de dilatação linear da lâmina 2. Se α 1 . α 2 , então: No resfriamento (θ , θ 0 ), a lâmina 1 contrai-se mais que a 2. No aquecimento (θ . θ 0 ), a lâmina 1 dilata-se mais que a 2. Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 68 3/9/18 9:28 AM 69 FÍ S IC A Atividades 4. (Uerj) Fenda na Ponte Rio-Niterói é uma junta de dilatação, diz CCR De acordo com a CCR, no trecho sobre a Baía de Gua- nabara, as fendas existem a cada 400 metros, com cerca de 13 cm de abertura. oglobo.com, 10/04/2014. Admita que o material dos blocos que constituem a Ponte Rio-Niterói seja o concreto, cujo coefi ciente de dilatação linear é igual a 1 ∙ 10–5 °C–1. Determine a variação necessária de temperatura para que as duas bordas de uma das fendas citadas na reportagem se unam. 5. O comprimento (C) e a largura (L) de uma chapa de ferro, cujo coefi ciente de dilatação linear é (a = 1,2 ∙ 10−5 °C−1) a 20 °C são, respectivamente, 50 cm e 20 cm. Qual será a área dessa chapa, em cm², se ela for aquecida a 70 °C? 6. (Udesc) Uma placa de alumínio com um furo circular no centro foi utilizada para testes de dilatação térmica. Em um dos testes realizados, inseriu-se no furo da placa um cilindro maciço de aço. À temperatura ambiente, o cilindro fi cou preso à placa, ajustando-se perfeitamente ao furo, conforme ilustra a fi gura abaixo. 1. Uma barra de latão (a = 1,9 ⋅ 10−5 °C−1) tem comprimento de 90 m a 10 °C. Determine a dilatação linear e o compri- mento fi nal da barra quando aquecida a 60 °C. 2. Se o coefi ciente de dilatação térmica linear de um material vale 3,0 ⋅ 10−6 °C−1, isso signifi ca dizer que: a) o material sofre uma variação de 3,0 m para cada 10−6 °C−1 de variação de temperatura. b) o material sofre uma variação de 10−6 m para 1 °C na temperatura. c) o comprimento de uma barra do material sofre varia- ção de 0,000003 m para uma variação de temperatura de 1,0 °C. d) para cada 1 °C na variação da temperatura de um corpo feito com esse material, seu comprimento varia 0,000003 do comprimento inicial. e) para cada 1 °C na variação da temperatura de um corpo feito com esse material, seu comprimento va- ria 0,000003 da unidade de comprimento da medi- da do corpo. 3. (PUC-RS) O piso de concreto de um corredor de ônibus é constituído de secções de 20 m separadas por juntas de dilatação. Sabe-se que o coefi ciente de dilatação linear do concreto é 12 · 10-6 °C-1 e que a variação de temperatura no local pode chegar a 50 °C entre o inverno e o verão. Nessas condições, a variação máxima de comprimento, em metros, de uma dessas secções, devido à dilatação térmica, é: a) 1 ∙ 10–2 b) 1,2 ∙ 10–2 c) 2,4 ∙ 10–4 d) 4,8 ∙ 10–4 e) 6,0 ∙ 10–4 R e p ro d u ç ã o /U D E S C , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 69 3/9/18 9:28 AM 70 CAPÍTULO 4 O valor do coefi ciente de dilatação do alumínio é, aproxi- madamente, duas vezes o valor do coefi ciente de dilata- ção térmica do aço. Aquecendo-se o conjunto a 200 °C é correto afi rmar que: a) o cilindro de aço fi cará ainda mais fi xado à placa de alumínio, pois o diâmetro do furo da placa diminuirá e o diâmetro do cilindro aumentará. b) o cilindro de aço soltar-se-á da placa de alumínio, pois, em decorrência do aumento de temperatura, o diâme- tro do furo aumentará mais que o diâmetro do cilindro. c) não ocorrerá nenhuma mudança, pois o conjunto foi submetido à mesma variação de temperatura. d) o cilindro soltar-se-á da placa porque sofrerá uma di- latação linear e, em função da conservação de massa, ocorrerá uma diminuição no diâmetro do cilindro. e) não é possível afi rmar o que acontecerá, pois as dimen- sões iniciais da placa e do cilindro são desconhecidas. 7. (PUC-RJ) Uma placa de vidro possui as dimensões de 1,0 m · 1,0 m · 1,0 cm quando está à temperatura am- biente. Seu coefi ciente de dilatação linear é 9 ∙ 10–6 °C–1. Se a placa sofrer uma variação de temperatura de 10 °C de quanto será a variação de volume da placa, em cm3? a) 7,3 ∙10-11 b) 7,3 ∙10-7 c) 9,0 ∙10-3 d) 9,0 ∙10-1 e) 2,7 8. +Enem [H6] Enfeites natalinos com lâmpadas que piscam são muito comuns. Em determinado tipo de pisca-pisca, o funcionamento é baseado na dilatação térmica de uma lâmina que fi ca dentro de uma das lâmpadas de um con- junto de 20 ou mais lampadazinhas, que liga e desliga o contato com a fonte de energia elétrica. O esquema a seguir mostra o interior dessa lâmpada que controla o pis- ca-pisca. Na fi gura A ela está acesa e na fi gura B, apagada. Figura A Bulbo (vidro) Contatos com a rede elétrica Lâmina de contato + − Figura B + − Base de vidro Estando ligada, em curto intervalo de tempo se aquece e a lâmina se afasta, desligando-a. Ao esfriar, também em fração de segundo, a lâmina volta à sua posição, ligando novamente a lâmpada. A respeito da construção e funcio- namento desse tipo de lâmpada, conclui-se: a) Se a lâmina que faz o contato, no interior da lâmpada, for constituída de um par bimetálico, será necessário que a lâmina que forma o arco externo seja feita de um metal de maior coefi ciente de dilatação térmica do que o metal da lâmina que forma o arco interno. b) Se a lâmina que faz o contato, no interior da lâmpa- da, não for feita de um par bimetálico, o pisca-pisca funcionará normalmente, pois, ao ser ligada, a lâmina se aquecerá e o arco formado por ela aumentará, des- fazendo o contato. c) Ao ser desligada, estando na posição ilustrada na fi gu- ra B, a lâmina que faz o contato já esfriou. d) Se a lâmina que faz o contato, no interior da lâmpada, não for feita de um par bimetálico, o pisca-pisca não funciona- rá, pois a lâmina não se deformará com o aquecimento. e) Se a lâmina que faz o contato, no interior da lâmpada, não for feita de um par bimetálico, o tempo para se aquecer aumentará, reduzindo a frequência com que as lâmpadas piscam. Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 70 3/9/18 9:28 AM 71 FÍ SI CA Complementares Tarefa proposta 1 a 25 11. (Ufal) Um trilho de aço, de 10 m de comprimento a 0 °C, sofre dilatação de 3,3 mm quando a temperatura atinge 30 °C. Outro trilho do mesmo aço que, a 0 °C, tem 5,0 m de comprimento, quando a temperatura atinge 10 °C, sofre uma dilatação, em mm, igual a: a) 0,55 b) 0,66 c) 1,1 d) 2,2 e) 3,3 12. (Unesp-SP) Dois copos de vidro iguais, em equilíbrio térmico com a temperatura ambiente, foram guardados, um dentro do outro, conforme mostra a fi gura. Uma pessoa, ao tentar desencaixá-los, não obteve sucesso. Para separá-los, resolveu colocar em prática seus conhecimentos da física térmica. De acordo com a física térmica, o único procedimento capaz de separá-los é: a) mergulhar o copo B em água em equilíbrio térmico com cubos de gelo e encher o copo A com água à temperatura ambiente. b) colocar água quente (superior à temperatura ambien- te) no copo A. c) mergulhar o copo B em água gelada (inferior à tempe- ratura ambiente) e deixar o copo A sem líquido. d) encher o copo A com água quente (superior à tem- peratura ambiente) e mergulhar o copo B em água gelada (inferior à temperatura ambiente). e) encher o copo A com água gelada (inferior à tempera- tura ambiente) e mergulhar o copo B em água quente (superior à temperatura ambiente). 9. (Unipac-MG) Considere o microssistema adiante, forma- do por duas pequenas peças metálicas, I e II, presas em duas paredes laterais. Observamos que, na temperatura de 15 °C, a peça I tem comprimento igual a 2 cm, en- quanto a peça II tem 1 cm de comprimento. Ainda nessa temperatura as peças estavam afastadas apenas por uma pequena distância d igual a 5 ⋅ 10−3 cm. Sabendo-se que o coefi ciente de dilatação linear (a 1 ) da peça I é igual a 3 ⋅ 10−5 °C−1 e que o da peça II (a 2 ) é igual a 4 ⋅ 10−5 °C−1,qual deve ser a temperatura do sistema, em °C, para que as duas peças entrem em contato sem empenar? a) 20 b) 35 c) 50 d) 65 e) 70 10. (PUC-RS) Num laboratório, um grupo de alunos registrou o comprimento L de uma barra metálica, à medida que sua temperatura T aumentava, obtendo o gráfi co abaixo: Pela análise do gráfi co, o valor do coefi ciente de dilatação do metal é: a) 1,05 ∙ 10–5 °C–1 b) 1,14 ∙ 10–5 °C–1 c) 1,18 ∙ 10–5 °C–1 d) 122 ∙ 10–5 °C–1 e) 1,25 ∙ 10–5 °C–1 Dilata•‹o dos l’quidos A dilatação térmica ocorre nas três dimensões do objeto, mas, nos corpos sólidos, pode-se considerar a dilatação em uma ou duas dimensões, ou seja, dilatação linear e dilatação superfi cial, respectivamente. Nos líquidos, a dilatação em uma ou em duas dimensões não faz sentido, pois uma quantidade de líquido é sempre medida pelo seu volume. Portanto, a dila- tação térmica sofrida pelos líquidos é do tipo volumétrica. Geralmente o coefi ciente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior em relação aos sólidos, mas uma vasilha contendo uma quantidade de líquido também se dilata quando aquecida. Como vimos anteriormente, na dilatação dos sólidos, o espaço vazio ou volume interno de uma vasilha se dilata com o aumento da temperatura, como se fosse preenchido com o próprio material de que é feita a vasilha. Assim, ao se medir a dilatação de um líquido, deve-se levar em conta a dilatação do recipiente que o contém. Imagine um recipiente totalmente cheio de determinado líquido, conforme mostra a fi gura 1, a seguir. R e p ro d u ç ã o /U n ip a c -M G R e p ro d u ç ã o /P U C -R S , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /V U N E S P, 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 71 3/9/18 9:28 AM 72 CAPÍTULO 4 Esse mesmo recipiente contém um sistema de vazão pelo qual todo o líquido exce- dente é transferido para um recipiente ao lado. Quando o conjunto (recipiente e líquido) é aquecido, parte do líquido dilatado transborda, como mostra a fi gura 2. Figura 1 Figura 2 ∆V apar. Volume transbordadoVV A primeira impressão que temos é que o líquido dilatado corresponde à parte que trans- bordou. Mas, como o recipiente também dilatou, a dilatação real do líquido corresponde à soma da dilatação sofrida pelo recipiente mais a dilatação aparente (transbordada). Considerando DV L a dilatação real sofrida pelo líquido, DV r a dilatação real sofrida pelo recipiente, DV apar. a dilatação aparente (volume do líquido transbordado do recipiente), temos: DV L = DV r + DV apar . Como DV = V 0 ⋅ γ ⋅ Dq, então: DV L = DV r + DV apar s V 0 ⋅ γ L ⋅ Dq = V 0 ⋅ γ r ⋅ Dq + V 0 ⋅ γ apar . ⋅ Dq s s V 0 ⋅ Dq ⋅ (γ L ) = V 0 ⋅ Dq ⋅ (γ r + γ apar .) Dividindo os termos por (V 0 ⋅ Dq), temos: γL = γr + γapar Desenvolva H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científi co e tecnológico. Antigamente era comum observarmos nas estradas, principal- mente em subidas muito longas como uma serra, caminhões ou veí- culos parados por aquecimento do motor. A parada era justamente para aguardar que o motor se resfriasse, para então completar a água do radiador que havia vaporizado. Com o desenvolvimento da indústria automobilística, os siste- mas de refrigeração dos automóveis e caminhões foi ampliado e é composto de um radiador e de um reservatório conectado a ele. A nova confi guração permite que o reservatório tenha um espaço destinado à dilatação do líquido, que abastece o radiador. Com isso, a temperatura do líquido é mais bem controlada, mantendo assim o sistema de resfriamento do motor em níveis adequados. Considere um sistema de resfriamento moderno, composto de um radiador de cobre, cujo coefi ciente de dilatação volumétrico é 51 · 10–6 °C–1, e o um reservatório, cujo líquido refrigerante tem coefi - ciente de dilatação volumétrico de 41 · 10–7 °C–1. O radiador está preenchido totalmente por um volume de 8 litros de líquido refrigerante a uma temperatura de 16 °C. Quando o motor ligado atingir a temperatura de 96 °C, encontre o volume de líquido refrigerante aumentado no reservatório. ( )D = γ ⋅ ⋅ Dq D = ⋅ ⋅ ⋅ ( )− =− =− =( )−41= ⋅414141= ⋅ 10 8 9( )8 98 98 9( )⋅ ⋅8 98 98 9⋅ ⋅ ( )6 16 16 1( )( )− =− =− =( )6 16 16 1( )− =− =6 1− =( )6 0( )6 06 06 0( )− =6 06 06 0− =( )− =− =− =( )6 06 06 0( )− =− =6 0− =( ) , 26 litrolíquido líquidoγ ⋅líquidolíquidolíquidoγ ⋅ 0 5q Dsssq DV VD =V VV VV VD = γ ⋅V VV VV Vγ ⋅D =líquidolíquidolíquidoD =V VV VV VD =líquidolíquidoV VlíquidoD = γ ⋅líquidolíquidolíquidoγ ⋅V VV VV Vγ ⋅líquidolíquidoV Vlíquidoγ ⋅ 0V VV VV V0 V ( )D = γ ⋅ ⋅ Dq D = ⋅ ⋅ ⋅ ( )− =− =− =( )− −51= ⋅515151= ⋅ 10 8 9( )8 98 98 9( )⋅ ⋅8 98 98 9⋅ ⋅ ( )6 16 16 1( )( )− =− =− =( )6 16 16 1( )− =− =6 1− =( )6 3( )6 36 36 3( )− =6 36 36 3− =( )− =− =− =( )6 36 36 3( )− =− =6 3− =( ) , 26 1⋅6 16 16 1⋅ 0 litrosradiador raγ ⋅rararaγ ⋅diaγ ⋅diadiadiaγ ⋅dorγ ⋅dordordorγ ⋅ 0 6 2( )6 26 26 2( )− −6 26 26 2− −( )− −− −− −( )6 26 26 2( )− −− −6 2− −( )− −6 26 26 2− −8 96 26 26 28 9( )8 98 98 9( )6 26 26 2( )8 98 96 28 9( )8 96 26 26 28 9( )8 98 98 9( )6 26 26 2( )8 98 96 28 9( )− −8 98 98 9− −6 26 26 2− −8 98 96 28 9− −( )− −− −− −( )8 98 98 9( )− −− −8 9− −( )6 26 26 2( )− −− −( )8 98 96 28 9( )− −− −6 28 9− −( )( )6 16 16 1( )6 26 26 2( )6 16 16 26 1( )( )− −− −− −( )6 16 16 1( )− −− −6 1− −( )6 26 26 2( )− −− −( )6 16 16 26 1( )− −− −6 26 1− −( )6 36 26 26 26 3( )6 36 36 3( )6 26 26 2( )6 36 36 26 3( )6 36 26 26 26 3( )6 36 36 3( )6 26 26 2( )6 36 36 26 3( )− −6 36 36 3− −6 26 26 2− −6 36 36 26 3− −( )− −− −− −( )6 36 36 3( )− −− −6 3− −( )6 26 26 2( )− −− −( )6 36 36 26 3( )− −− −6 26 3− −( ) , 26 26 26 2, 2− −, 2,2,2− −6 26 26 2− −, 2,26 2, 2− −6 16 26 26 26 1− −6 16 16 1− −6 26 26 2− −6 16 16 26 1− −06 26 26 20− −000− −6 26 26 2− −006 20− −q Dsssq DV VD =V VV VV VD = γ ⋅V VV VV Vγ ⋅D =rararaD =V VV VV VD =raraV VraD =D =diadiadiaD =V VV VV VD =diadiaV VdiaD =D =dordordorD =V VV VV VD =dordorV VdorD = γ ⋅rararaγ ⋅V VV VV Vγ ⋅raraV Vraγ ⋅γ ⋅diadiadiaγ ⋅V VV VV Vγ ⋅diadiaV Vdiaγ ⋅γ ⋅dordordorγ ⋅V VV VV Vγ ⋅dordorV Vdorγ ⋅ 0V VV VV V0 V D = − ⋅ =−0,26 3,− ⋅3,3,3,− ⋅26− ⋅262626− ⋅ 10 0,22 litroapD =apapapD = 2 VD =VVVD =D =apapapD =VVVD =apapVapD = n ik k y to k /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 72 3/9/18 9:28 AM 73 FÍ S IC A Dilatação anômala da água A maioria das substâncias sofre dilatação (aumento de volume), quando aquecida, e contração (diminuição de volume), quando resfriada. O comportamento dessas substân- cias pode ser observado pelo diagrama a seguir. A água é uma das exceções na natureza, pois, quando aquecida entre 0 °C e 4 °C e sob pressão de 1 atm, sofre uma diminuição de volume. Fora dessa faixa de tem- peratura, a água líquida, ao ser aquecida, sofre aumento de volume, semelhante às demais substâncias. O diagrama a seguir representa o comportamento do volume da água, em função da temperatura, destacando-se a faixa entre 0 °C e 4 °C. Outras substâncias, em temperaturas próximas do ponto de fusão, como o ferro, o antimônio, o bismuto, o silício e o germânio, também apresentam essa anomalia. Um exemplo prático desse fenômeno pode ser observado no cotidiano. A maior parte do volume dos refrigerantes é constituída de água; se uma garrafa totalmente cheia e bem fechada for deixada dentro de um freezer ou congelador doméstico, por um período prolongado, a garrafa estoura. V θ (°C)0 V θ (°C)40 Massa específi ca da água A massa específi ca de uma porção de água de massa m é inversamente proporcional ao volume que ela ocupa. µ = m v Nessas condições, para p atm = 1 atm, temos: Volume da água Massa específi ca da água De 0 °C até 4 °C Diminui Aumenta De 4 °C até 100 °C Aumenta Diminui A 4 °C Mínimo Máxima Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que o volume do tubo é equivalente ao volume do cilindro. Lembre-se de que o volumedo cilindro pode ser calculado pela multiplicação da área da secção pela altura. Fique atento às unidades de medida. Repare que a área da secção do tubo está em mm2 e o volume do bulbo em cm3. (Fuvest-SP) Um termômetro especial, de líquido dentro de um recipiente de vidro, é constituído de um bulbo de 1 cm3 e um tubo com secção transversal de 1 mm2. À temperatura de 20 °C, o líquido preenche o bulbo até a base do tubo. À temperatura de 50 °C, o líquido preenche o tubo até uma altura de 12 mm. Considere desprezíveis os efeitos da dilatação do vidro e da pressão do gás acima da coluna do líquido. Podemos afi rmar que o coefi ciente de dilatação volumétrica médio do líquido vale: a) 3 ∙ 10−4 °C−1 b) 4 ∙ 10−4 °C−1 c) 12 ∙ 10−4 °C−1 d) 20 ∙ 10−4 °C−1 e) 36 ∙ 10−4 °C−1 Resolução Resposta: B Comentário: Volume do tubo = volume do cilindro DV = Área da secção × altura V 0 = 1 cm3 = 103 mm3 Dq = 50 − 20 = 30 °C DV = γ ⋅ V 0 ⋅ Dq s 12 ⋅ 1 = γ ⋅ 1 000 ⋅ 30 s γ = 12 3 ∙ 10−4 = 4 ⋅ 10−4 °C−1 A B M a rt y n F . C h ill m a id /S P L /L a ti n s to ck Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 73 3/9/18 9:28 AM 74 CAPÍTULO 4 Conexões Consequências da dilatação anômala da água Muitos cientistas defendem a opinião de que o equilíbrio entre os diversos fatores que propiciaram o aparecimento da vida e garantem seu desenvolvimento no nosso planeta é delicado e talvez único. Calor na medida certa, a distância que o nosso planeta está do Sol, presença de água, atmosfera, gravidade e outros. De todos os fatores o que mais se destaca é a presença de água. O papel que a água desempenha é fundamental. Suas propriedades químicas e físicas determinam uma série de fe- nômenos que, sem elas, não poderiam acontecer. Já falamos, anteriormente, do alto valor do calor específi co da água e o quanto esse fator é importante no controle das temperaturas na superfície da Terra. E quanto ao comportamento anômalo de sua dilatação térmica? Seria esse fator também importante, auxiliando na manutenção e preservação da vida em nosso planeta? A resposta é sim. Muitas vezes, segundo os cientistas que estudam a Terra, ocorreram glaciações, ou seja, um resfriamento quase total de nosso planeta, cobrindo-o de gelo. Se não fosse a propriedade de se dilatar quando esfria abaixo de 4 °C, a cada glacia- ção a vida se reduziria a uma fração tão pequena que impossibilitaria sua recuperação e evolução. Quando a superfície da Terra esfria, por qualquer que seja o motivo, a atmosfera também esfria, e a água dos lagos, rios e oceanos perde calor a partir da superfície. O resfriamento da água da superfície a torna mais densa e ela afunda, enquanto a água em maior profundidade de maior temperatura sobe para a superfície, se resfria e afunda novamente, repetindo esse ciclo em correntes e convecção ascendentes e descendentes. No entanto, quando a temperatura da água no fundo de um lago atinge 4 °C, temperatura em que sua densidade é máxima, cessa o processo de convecção. A água na superfície continua perdendo calor, com isso se resfria abaixo de 4 °C e se dilata. Estando em temperatura menor que 4 °C, é menos densa, portanto não afunda, podendo até congelar, enquanto lá no fundo a temperatura se mantém a 4 °C e a água permanece no estado líquido. Não importa o quanto a temperatura acima da camada de gelo que se forma sobre um lago seja baixa, a água sob o gelo continua líquida. Isso se deve aos fatores relacionados a seguir: • O gelo continua fl utuando sobre a água por ser menos denso que a água líquida a 4 °C. • O gelo é isolante térmico. • A água não é boa condutora de calor por condução. • O processo de troca de calor por convecção é impossibilitado porque a água do fundo, a 4 °C, não sobe. Com base nas informações do texto, procure imaginar uma realidade em que essas propriedades não sejam verifi cadas, isto é, se a água não sofresse dilatação térmica com a redução da temperatura, abaixo de 4 °C, nem apresentasse as propriedades de condução térmica características. a) A vida de peixes ou de mamíferos aquáticos, nos lagos, seria possível durante um inverno rigoroso? Por quê? b) Em que faixa da superfície da Terra estaria restrita a presença de vida complexa? Atividades 13. Um frasco cuja capacidade a 0 °C é de 2 000 cm3 está completamente cheio de certo líquido. O conjunto é aquecido de 0 °C a 100 °C, fazendo com que 14 cm3 do líquido transbordem. Determine o coefi ciente de dilatação aparente desse líquido. 14. O coefi ciente de dilatação volumétrica de determinado líquido é 26 vezes maior que o coefi ciente de dilatação vo- lumétrica do material de que é feita a vasilha que o contém. Se dentro de uma vasilha, de capacidade inicial V 0 = 500 cm3, for colocada uma quantidade desse líquido, de modo que a parte vazia seja de 20 cm3, qual é a variação de tempe- ratura necessária para que o líquido preencha completa- mente a vasilha? (Dado: coefi ciente de dilatação volumétrica do material da vasilha: 32,0 ⋅ 10−6 °C−1) Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 74 3/9/18 9:28 AM 75 FÍ S IC A 15. (EEAR-SP) Um cidadão parou às 22h em um posto de combustível para encher o tanque de seu caminhão com óleo diesel. Neste horário, as condições climáticas eram tais que um termômetro, bem calibrado fi xado em uma das paredes do posto, marcava uma temperatura de 10 °C. Assim que acabou de encher o tanque de seu veículo, percebeu o marcador de combustível no nível máximo. Descansou no mesmo posto até às 10h do dia seguinte quando o termômetro do posto registrava a temperatura de 30 °C. Observou, no momento da saída, que o marca- dor de combustível já não estava marcando nível máximo. Qual afi rmação justifi ca melhor, do ponto de vista da fí- sica, o que aconteceu? Desconsidere a possibilidade de vazamento do combustível. a) O calor faz com que o diesel sofra contração. b) O aumento da temperatura afeta apenas o tanque de combustível. c) O tanque de combustível tem coefi ciente de dilatação maior que o próprio combustível. d) O tanque metálico de combustível é um isolante térmico, não permitindo o aquecimento e dilatação do diesel. 16. (PUC-MG) Um recipiente de vidro está completamente cheio de um determinado líquido. O conjunto é aquecido fazendo com que transborde um pouco desse líquido. A quantidade de líquido transbordado representa a dilatação: a) do líquido, apenas. b) do líquido menos a dilatação do recipiente. c) do recipiente, apenas. d) do recipiente mais a dilatação do líquido. 17. (Unesp-SP) É largamente difundida a ideia de que a pos- sível elevação do nível dos oceanos ocorreria devido ao derretimento das grandes geleiras, como consequência do aquecimento global. No entanto, deveríamos considerar outra hipótese, que poderia também contribuir para a ele- vação do nível dos oceanos. Trata-se da expansão térmica da água devido ao aumento da temperatura. Para se obter uma estimativa desse efeito, considere que o coefi ciente de expansão volumétrica da água salgada à temperatura de 20 °C seja 2,0 ∙ 10-4 °C-1. Colocando água do mar em um tanque cilíndrico, com a parte superior aberta, e considerando que a variação de temperatura seja 4 °C, qual seria a elevação do nível da água se o nível inicial no tanque era de 20 m? Considere que o tanque não tenha sofrido qualquer tipo de expansão. 18. (Ufpel-RS, adaptada) Um recipiente, feito de um material hi- potético, está completamente cheio de água à temperatura de 4 °C. O gráfi co seguinte mostra o comportamento do volume da água e do recipiente em função da temperatura. Explique se haverá ou não transbordamento de água: a) se aumentarmos a temperatura; b) se diminuirmos a temperatura. 19. A tabela seguinte apresenta o coefi ciente de dilatação real de alguns líquidos. Líquido Coefi ciente de dilatação real (°C−1) Água 1,3 ∙ 10−4 Mercúrio 1,8 ∙ 10−4 Glicerina 4,9 ∙ 10−4 Benzeno 10,6 ∙ 10−4 Álcool etílico 11,2 ∙ 10−4 Acetona14,9 ∙ 10−4 Considerando um mesmo volume inicial para todos os líquidos da tabela e uma mesma variação de temperatu- ra, podemos afi rmar que a dilatação: a) real é a mesma para todos os líquidos. b) real depende do recipiente que contém o líquido. c) real é maior para o benzeno do que para o álcool etílico. d) real da acetona é aproximadamente o triplo da dilata- ção real da glicerina. e) aparente do mercúrio será sempre maior do que a da água, independentemente dos recipientes que os contém. R e p ro d u ç ã o /U F P E L , 2 0 0 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 75 3/9/18 9:28 AM 76 CAPÍTULO 4 20. +Enem [H6] Um grupo de alunos está desenvolvendo um projeto para demonstrar como a dilatação térmica de um líquido pode causar movimento. Para isso, conseguem um tubo fi no de vidro, dotado de um bulbo em uma das extre- midades e fechado na outra. Estando parcialmente cheio de mercúrio, é parecido com o corpo de um termômetro de coluna de líquido. Determinam o seu centro de massa experimentalmente e constroem o dispositivo detalhado a seguir, onde se observa o tubo em equilíbrio. Placa metálica pintada de preto Disco de cortiça Alfinete Levam então o dispositivo para fora da sala, num dia ensolarado, colocando-o sobre uma mesa horizontal. A proposta do grupo é levantar as opiniões dos colegas de classe, a respeito do funcionamento do aparato, como ponto inicial para uma explicação do experimento. Den- tre as cinco opiniões selecionadas pelo grupo, aquela que descreve o funcionamento, ou não, do aparato, justifi - cando-o corretamente, é: a) O tubo irá aquecer, dilatando o próprio tubo e o mercú- rio no seu interior, fazendo com que a extremidade que contém o bulbo se abaixe, porque fi ca mais pesada, por causa do aumento do volume, desequilibrando o sistema. b) O tubo não irá se desequilibrar, porque a dilatação térmica do mercúrio se dará em toda a sua extensão, mantendo o mesmo peso nas duas extremidades. c) A extremidade que contém o bulbo se elevará com o aquecimento do conjunto, porque haverá uma trans- ferência de massa para a extremidade oposta. d) A extremidade que contém o bulbo se elevará com o aquecimento do conjunto, porque, havendo a dilata- ção volumétrica, a densidade do mercúrio aumenta e o sistema se desequilibra. e) O dispositivo permanecerá em equilíbrio, mesmo sen- do aquecido, porque a dilatação linear do vidro fará com que a extremidade oposta à do bulbo compense o aumento da massa de mercúrio provocado pela dila- tação térmica. Complementares Tarefa proposta 26 a 32 21. (UEG-GO) A dilatação dos líquidos obedece − quando o in- tervalo de temperatura não é muito grande − às mesmas leis da dilatação dos sólidos. Qualquer líquido assume a forma do recipiente que o contém e ambos se dilatam conforme as mesmas leis. Sendo assim, a dilatação do líquido é medida indiretamente. Em um automóvel, o coefi ciente de dilatação volumétrica do tanque é 6,3 ⋅ 10−5 °C−1 e o coefi ciente de dilatação real da gasolina é 9,6 ⋅ 10−4 °C−1. Com base nessas informações, assinale a alternativa correta: a) Se uma pessoa enche o tanque de combustível do seu carro em um dia quente, à noite haverá derramamento de combustível devido à redução no volume do tanque. b) Enchendo o tanque em um dia extremamente quente, essa pessoa terá um lucro considerável porque o com- bustível está dilatado. c) O coefi ciente de dilatação aparente da gasolina é 7,26 ⋅ 10−5 °C−1. d) Para uma variação de 10 °C na temperatura de 100 litros de gasolina há um aumento de volume de 0,063 litro. e) O volume extravasado de um tanque de gasolina to- talmente cheio com 200 litros é aproximadamente 4,48 litros, quando há um aumento de temperatura de 25 °C. 22. (Unesp-SP) Nos últimos anos temos sido alertados sobre o aquecimento global. Estima-se que, mantendo-se as atuais taxas de aquecimento do planeta, haverá uma elevação do nível do mar causada, inclusive, pela expansão térmica, causando inundação em algumas regiões costeiras. Supon- do, hipoteticamente, os oceanos como sistemas fechados e considerando que o coefi ciente de dilatação volumétrica da água é aproximadamente 2 ∙ 10−4 °C−1 e que a profundidade média dos oceanos é de 4 km, um aquecimento global de 1 °C elevaria o nível do mar, devido à expansão térmica, em, aproximadamente: a) 0,3 m b) 0,5 m c) 0,8 m d) 1,1 m e) 1,7 m 23. (UFPA) Um recipiente de vidro encontra-se completamente cheio de um líquido a 0 °C. Quando se aquece o conjunto até 80 °C, o volume do líquido que transborda corresponde a 4% do volume que o líquido possuía a 0 °C. Sabendo-se que o coefi ciente de dilatação volumétrica do vidro é 27 ⋅ 10−6 °C−1, o coefi ciente de dilatação real do líquido vale, em °C−1: a) 27 ⋅ 10−7 b) 127 ⋅ 10−7 c) 473 ⋅ 10−6 d) 500 ⋅ 10−6 e) 527 ⋅ 10−6 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 76 3/9/18 9:28 AM 77 FÍ SI CA 24. (UFRN) Suponha um recipiente com capacidade de 1,0 litro cheio com um líquido que tem o coefi ciente de dilatação volu- métrica duas vezes maior que o coefi ciente do material do recipiente. Qual quantidade de líquido que transbordará quando o conjunto sofrer uma variação de temperatura de 30 °C? (Dado: coefi ciente de dilatação volumétrica do líquido = 2 ⋅ 10−5 °C−1) a) 0,01 cm3 b) 0,09 cm3 c) 0,30 cm3 d) 0,60 cm3 e) 1,00 cm3 Tarefa proposta 1. (UFJ F-MG) O gráfi co a seguir mostra a variação do compri- mento L de uma barra metálica, em função da temperatura T. De acordo com esse gráfi co, é correto afi rmar que o coe- fi ciente de dilatação térmica linear da barra é: a) 1,0 ⋅ 10−5 °C−1 b) 2,0 ⋅ 10−5 °C−1 c) 3,0 ⋅ 10−5 °C−1 d) 4,0 ⋅ 10−5 °C−1 e) 5,0 ⋅ 10−5 °C−1 2. (UFJF-MG) O gráfi co abaixo mostra o comprimento de um bastão feito de um material desconhecido em função da temperatura. A 0 °C o comprimento inicial do bastão é 200 mm. A tabela abaixo mostra os coefi cientes de dila- tação linear de alguns materiais. Material Coefi ciente de dilatação linear (em °C–1) Latão 20 × 10−6 Vidro comum 8 × 10−6 Vidro pirex 5 × 10−6 Porcelana 3 × 10−6 Concreto 12 × 10−6 Com base nesses dados, responda o que se pede. a) De que material o bastão é feito? Justifi que sua res- posta com cálculos. b) Qual é o comprimento do bastão a uma temperatura de 210 °C? 3. (Mack-SP) A 20 °C, o comprimento de uma haste A é 99% do comprimento de outra haste B, à mesma temperatura. Os materiais das hastes A e B têm alto ponto de fusão e coefi cientes de dilatação linear, respectivamente, iguais a a A = 10 ⋅ 10−5 °C−1 e a B = 9,1 ⋅ 10−5 °C−1. A temperatura em que as hastes terão o mesmo comprimento será: a) 970 °C b) 1 120 °C c) 1 270 °C d) 1 770 °C e) 1 830 °C 4. (Mack-SP) À temperatura de 0 °C, uma barra metálica A (a A = 2 ⋅ 10−5 °C−1) tem comprimento de 202,0 mm, e outra barra metálica B (a B = 5 ⋅ 10−5 °C−1) tem comprimento 200,8 mm. Aquecendo-se essas barras, elas apresentarão o mesmo comprimento à temperatura de: a) 100 °C b) 150 °C c) 180 °C d) 200 °C e) 220 °C 5. (UFRGS-RS) Duas barras metálicas, X e Y, mesmo com- primento (I) em temperatura ambiente T 0 são aquecidas uniformemente até uma temperatura T. Os materiais das barras têm coefi cientes de dilatação linear, respectivamen- te a X e a Y, que são positivos e podem ser considerados constantes no intervalo de temperatura DT = T − T 0 . Na fi gura abaixo, a reta tracejada X representa o acrésci- mo relativo D,/, no comprimento da barra X, em função da variação da temperatura. Sabendo que a Y = 2 a X assinale a alternativa que indica a reta que melhor representa o acréscimo D no compri- mento da barra Y em função da variação da temperatura. a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 R e p ro d u ç ã o /U FJ F P IS M , 2 0 1 3 -2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U FJ F- M G , 2 0 0 9 R e p ro d u ç ã o /U F R G S -R S , 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 77 3/9/189:28 AM 78 CAPÍTULO 4 6. Duas barras metálicas, A e B, medem cada uma 200 cm, a 150 °C. Sendo os coeficientes de dilatação linear dos metais de A e B, respectivamente, iguais a 10 ⋅ 10−6 °C−1 e 30 ⋅ 10−6 °C−1, a temperatura na qual a diferença entre seus comprimentos é igual a 1 cm vale: a) 180 °C b) 280 °C c) 300 °C d) 400 °C e) 500 °C 7. (UFBA, adaptada) Duas lâminas, uma de aço e outra de bronze, têm comprimentos de 80 cm a uma temperatura de 15 °C. Sabendo que os coeficientes de dilatação valem, respectivamente, 12 ⋅ 10−6 °C−1 e 18 ⋅ 10−6 °C−1, calcule a diferença de comprimento entre elas, quando atingirem a temperatura de −5 °C. 8. (Uespi) Uma jarra de vidro encontra-se fechada, de modo bem justo, com uma tampa metálica. Ninguém, em uma sala com vários estudantes, consegue abri-la. O professor informa que os coeficientes de dilatação térmica volumé- trica do vidro e do metal são respectivamente iguais a 2,7 ⋅ 10−5 °C−1 e 6,9 ⋅ 10−5 °C−1 e pede a um estudante que use esta informação para abrir a jarra. O estudante conse- gue fazê-lo colocando a jarra em contato com um jato de: a) água fria, pois a tampa irá se contrair mais que a jarra devido à variação de temperatura. b) água fria, pois a tampa irá se contrair menos que a jarra devido à variação de temperatura. c) água fria, pois a tampa irá se dilatar mais que a jarra devido à variação de temperatura. d) água quente, pois a tampa irá se dilatar mais que a jarra devido à variação de temperatura. e) água quente, pois a tampa irá se dilatar menos que a jarra devido à variação de temperatura. 9. (PUC-RS) As três placas de um mesmo material metálico, A, B e C, representadas na figura abaixo são submetidas a um mesmo aumento na temperatura. Assumindo que todas as placas inicialmente estejam em equilíbrio térmico entre si, o maior aumento na dimensão paralela ao eixo X e o maior aumento na área ocorrem, respectivamente, nas placas: a) A e B b) A e C c) B e A d) C e B e) C e A 10. (UPE) Com base nos conhecimentos acerca da expansão térmica dos sólidos, sabe-se que, ao aquecer uma esfera feita de alumínio, em 100 °C o maior aumento percentual vai ocorrer na (no): a) sua área de superfície. b) seu volume. c) seu diâmetro. d) sua densidade. e) sua massa. 11. (PUC-MG) Deseja-se passar uma esfera metálica através de um orifício localizado no centro de uma chapa metálica quadrada. O diâmetro da esfera é levemente maior que o diâmetro do furo. Para conseguir esse objetivo, o procedi- mento CORRETO é: a) aquecer igualmente a esfera e a chapa. b) resfriar apenas a chapa. c) resfriar igualmente a esfera e a chapa. d) aquecer a chapa. 12. (UFC-CE) Uma chapa de aço que está, inicialmente, à tempe- ratura ambiente (25 °C) é aquecida até atingir a temperatura de 115 °C. Se o coeficiente de dilatação térmica linear da chapa é igual a 11 ⋅ 10−6 K−1, sua área aumentou, por causa do aquecimento, aproximadamente: a) 0,02% b) 0,2% c) 0,001% d) 0,01% e) 0,1% 13. (Unisc-RS) Duas barras metálicas representadas por (A) e (B) possuem comprimentos iniciais L 0A e L 0B coeficientes de dilatação lineares a A e a B e sofreram variações de temperatura DT A e DT B , respectivamente. Sabendo que L 0A = 5 ⋅ L 0B , a B = 8 ⋅ a A e DT A = 2 ⋅ DT B , podemos escrever que a razão entre as variações de comprimento DL A e DL B , ou seja, D D L L A B vale: a) 0,25 b) 0,50 c) 0,80 d) 1,25 e) 1,50 14. (Ceeteps-SP) A caminho da erradicação da pobreza, para poder contemplar a todos com o direito à habitação, as novas edifi- cações devem ser construídas com o menor custo e demandar cuidados mínimos de manutenção. Um acontecimento sempre presente em edificações, e que torna necessária a manuten- ção, é o surgimento de rachaduras. Há muitas formas de surgirem rachaduras como, por exemplo, pela acomodação do terreno ou ocorrência de terremotos. Algumas rachaduras, ainda, ocorrem devido à dilatação térmica. A dilatação térmica é um fenômeno que depende dire- tamente do material do qual o objeto é feito, de suas dimensões originais e da variação de temperatura a que ele é submetido. Para um objeto como um muro, o acréscimo ou decréscimo da área da superfície do muro é calculado pela expressão: DS = S 0 ⋅ b ⋅ Dq Em que: DS w representa a variação (acréscimo ou diminuição) da área da superfície que o muro apresentará; R e p ro d u ç ã o /P U C -R S , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 78 3/9/18 9:28 AM 79 FÍ S IC A S 0 w é a área original da superfície do muro, antes de ocorrer a dilatação térmica; b w é uma constante que está relacionada com o material que foi utilizado em sua construção; Dq w é a variação de temperatura à qual o muro é submetido. Considere dois muros feitos com o mesmo material, sen- do que o menor deles possui uma área de superfície igual a 100 m2 enquanto que o maior tem 200 m2. Se o muro menor sofrer uma variação de temperatura de + 20 °C e o maior sofrer uma variação de + 40 °C a variação da área da superfície do muro maior em relação à variação da área da superfície do muro menor, é: a) quatro vezes menor. b) duas vezes menor. c) a mesma. d) duas vezes maior. e) quatro vezes maior. 15. Uma placa retangular de chumbo medindo 40 cm por 50 cm, a 25 °C, é aquecida até uma temperatura de 75 °C. Nessa temperatura, recorta-se na placa um círculo de área igual a 400 cm2. Calcule a área restante da placa, quando resfriada novamente a 25 °C, dado o coefi ciente de dila- tação linear do chumbo, 25 ∙ 10−6 °C−1. 16. Estruturas de metal são montadas usando-se rebites para fi xar as diversas partes que as constituem. Para prevenir eventuais folgas causadas pelo aquecimento da estrutura, a melhor operação é a fi xação das partes em: a) dias quentes, usando-se rebites resfriados. b) dias frios, usando-se rebites aquecidos. c) dias quentes ou frios, mas sempre com os rebites aquecidos a uma temperatura superior à do ambiente. d) dias de inverno rigoroso, abaixo de 0 °C, pois somente assim se garante que, quando a estrutura for aqueci- da, não haja folgas. e) qualquer dia, desde que se façam furos com diâmetro um pouco maior que o diâmetro dos rebites, para que, com o aquecimento, fi quem justos. 17. (Ifsul-RS) Uma chapa retangular, de lados 20 cm e 10 cm feita de um material cujo coefi ciente de dilatação linear é igual a 22 ∙ 10−6 °C−1 tem um furo circular no seu centro, cujo diâmetro é 5 cm à 25 °C. Se a chapa for aquecida até 125 °C afi rma-se que a área do furo: a) diminui e que o diâmetro passa a ser 4,985 cm. b) não se altera e que o diâmetro continua sendo 5,000 cm. c) aumenta e que o diâmetro passa a ser 5,011 cm. d) diminui e que o diâmetro passa a ser 4,890 cm. 18. (Mack-SP) Um cubo regular homogêneo de aresta 20,0 cm está inicialmente a 20,0 °C. O coefi ciente de dilatação linear médio do material com que foi fabricado é 2,00 ⋅ 10−5 °C−1. Aquecendo-se uniformemente o cubo com uma fonte de calor constante durante 50,0 s, a temperatura se eleva para 120,0 °C. A dilatação ocorrida em uma das superfícies do cubo é: a) 4,00 ⋅ 10−1 cm2 b) 8,00 ⋅ 10−1 cm2 c) 12,00 ⋅ 10−1 cm2 d) 16,00 ⋅ 10−1 cm2 e) 20,00 ⋅ 10−1 cm2 19. (ITA-SP) Você é convidado a projetar uma ponte metáli- ca, cujo comprimento será de 2,0 km. Considerando-se os efeitos de contração e expansão térmica para tempe- raturas no intervalo de −40 °F a 110 °F e o coefi cien- te de dilatação linear do metal de 12 ⋅ 10−6 °C−1, qual a máxima variação esperada no comprimento da ponte? (O coefi ciente de dilatação linear é constante no intervalo de temperatura considerado.) a) 9,3 m b) 2,0 m c) 3,0 m d) 0,93 m e) 6,5 m 20. (Mack-SP) No estudo dos materiais usados para a restaura- ção de dentes, os cientistas pesquisam entre outras carac- terísticaso coefi ciente de dilatação térmica. Se usarmos um material de coefi ciente de dilatação térmica inadequado, poderemos provocar sérias lesões ao dente, como uma trinca ou até mesmo sua quebra. Nesse caso, para que a restauração seja considerada ideal, o coefi ciente de dilata- ção volumétrica do material de restauração deverá ser: a) igual ao coefi ciente de dilatação volumétrica do dente. b) maior que o coefi ciente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito frios. c) menor que o coefi ciente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito frios. d) maior que o coefi ciente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito quentes. e) menor que o coefi ciente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito quentes. 21. (UEL-PR, adaptada) Um retângulo é formado por um fi o de cobre e outro de alumínio, como mostra a fi gura A. Sabe-se que o coefi ciente de dilatação linear do cobre é de 17 ⋅ 10−6 °C−1 e o do alumínio é de 24 ⋅ 10−6 °C−1. Qual o valor do ângulo a se a temperatura do retângulo for elevada de 100 °C, como está representado em B? 8 cm Figura A Figura B α 5 cm Cobre Alumínio Cobre 1 0 c m Alumínio 22. (UFV-MG) A fi gura abaixo ilustra um arame rígido de aço, cujas extremidades estão distanciadas de L. Alterando-se sua temperatura, de 293 K para 100 °C, pode-se afi rmar que a distância L: a) diminui, pois o arame aumenta de comprimento, fazen- do com que suas extremidades fi quem mais próximas. b) diminui, pois o arame se contrai com a diminuição da temperatura. Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 79 3/9/18 9:28 AM 80 CAPÍTULO 4 c) aumenta, pois o arame diminui de comprimento, fazen- do com que suas extremidades fi quem mais afastadas. d) não varia, pois a dilatação linear do arame é compen- sada pelo aumento do raio R. e) aumenta, pois a área do círculo de raio R aumenta com a temperatura. 23. +Enem [H6] Na construção de edifícios, nos portos e onde mais se precisa de grandes guindastes, utilizam-se gruas. Considere uma grua capaz de suportar um peso de 1,0 ⋅ 105 N, na extremidade mais afastada do ponto de apoio. Se acontecer um incêndio logo abaixo de onde o braço com a carga máxima estiver estacionado e a tem- peratura se elevar de 200 °C, o braço, feito de aço, irá se dilatar, provocando um esforço adicional sobre a estrutu- ra. Esse esforço pode ser medido pelo torque que as forças exercem em relação ao ponto de rotação da estrutura. O tor- que é dado por τ = F ⋅ b, em que F é o módulo da força e b é o braço, medido do ponto de aplicação da força até o centro de rotação, perpendicularmente à linha de ação da força. 20 m Contrapeso Sabendo que o braço maior da grua tem 20 m de compri- mento em determinada temperatura e pesa 2,0 ⋅ 104 N, o torque adicional, provocado pelas forças que atuam no sentido horário da fi gura, se a temperatura desse braço se elevar de 200 °C será de: (Considere homogênea a distribuição de massa do braço da grua e o coefi ciente de dilatação linear do aço igual a 1,2 ⋅ 10−5 °C−1) a) 1,2 ⋅ 105 N ⋅ m b) 5,0 ⋅ 104 N ⋅ m c) 5,28 ⋅ 103 N ⋅ m d) 3,2 ⋅ 10−1 N ⋅ m e) 4,2 ⋅ 102 N ⋅ m 24. (Cefet-MG) A FIG. 1(a) mostra como duas barras de ma- teriais diferentes estão fi xas entre si e a um suporte e a FIG. 1(b) mostra essas mesmas barras, após terem sofrido uma variação de temperatura DT. Sabendo-se que os coefi cientes médios de expansão linear dessas barras são a 1 e a 2 , é correto afi rmar que: a) Se a 1 , a 2 , então DT . 0. b) Se a 1 . a 2 , então DT , 0. c) Se a 1 . a 2 , então DT . 0. d) DT , 0, independentemente de a 1 e a 2 . e) DT . 0, independentemente de a 1 e a 2 . 25. (IFCE) Uma esfera de aço tem volume de 1 000 cm3 em uma temperatura de 20 °C. Este material possui um coe- fi ciente de dilatação linear médio de 1,2 ∙ 10−5 °C−1. A esfera é aquecida até 220 °C nestas condições, a dila- tação sofrida pela esfera após o aquecimento, em cm3, é: a) 3,6 b) 6,0 c) 4,8 d) 7,2 e) 2,4 26. (Uncisal) O líquido de arrefecimento do motor do carro de Antônio sofre uma variação de temperatura dos 22 °C no ato da partida até 92 °C, quando a ventoinha passa a funcionar. Observa-se uma dilatação de 10% no volume desse líquido. Desprezando-se a dilatação do radiador e dos tubos de con- dução do líquido, o coefi ciente de dilatação volumétrico do líquido entre as temperaturas citadas vale, em °C−1: a) 1 700 b) 1 100 c) 1 350 d) 1 140 e) 9 100 27. (UEPG-PR) Dilatação térmica é o fenômeno pelo qual va- riam as dimensões geométricas de um corpo quando este experimenta uma variação de temperatura. Sobre esse fenômeno físico, assinale o que for correto. (01) Em geral, as dimensões de um corpo aumentam quando a temperatura aumenta. (02) Um corpo oco se dilata como se fosse maciço. (04) A tensão térmica explica por que um recipiente de vidro grosso comum quebra quando é colocada água em ebulição em seu interior. (08) A dilatação térmica de um corpo é inversamente proporcional ao coefi ciente de dilatação térmica do material que o constitui. (16) Dilatação aparente corresponde à dilatação obser- vada em um líquido contido em um recipiente. 28. (PUC-PR) Considere um recipiente de vidro com certo volu- me de mercúrio, ambos em equilíbrio térmico numa dada temperatura q 0 , conforme mostra a fi gura a seguir. O conjunto, recipiente de vidro e mercúrio, é colocado num forno à temperatura q, com q . q 0 . Sejam os coefi cientes de dilatação volumétrica do vidro e do mercúrio iguais, respectivamente, a 1,2 ⋅ 10−5 °C e 1,8 ⋅ 10−4 °C−1. G e lp i J M /S h u tt e rs to ck R e p ro d u ç ã o / C E F E T- M G , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /P U C -P R , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 80 3/9/18 9:28 AM 81 FÍ S IC A De quantas vezes o volume do recipiente deve ser maior que o volume inicial de mercúrio, para que o vo- lume vazio do recipiente permaneça constante a qual- quer temperatura? a) 11 b) 12 c) 13 d) 14 e) 15 29. (Enem) De maneira geral, se a temperatura de um líquido comum aumenta, ele sofre dilatação. O mesmo não ocorre com a água, se ela estiver a uma temperatura próxima a de seu ponto de congelamento. O gráfi co mostra como o volume específi co (inverso da densidade) da água varia em função da temperatura, com uma aproximação na região entre 0 °C e 10 °C, ou seja, nas proximidades do ponto de congelamento da água. A partir do gráfi co, é correto concluir que o volume ocu- pado por certa massa de água: a) diminui em menos de 3% ao se resfriar de 100 °C a 0 °C. b) aumenta em mais de 0,4% ao se resfriar de 4 °C a 0 °C. c) diminui em menos de 0,04% ao se aquecer de 0 °C a 4 °C. d) aumenta em mais de 4% ao se aquecer de 4 °C a 9 °C. e) aumenta em menos de 3% ao se aquecer de 0 °C a 100 °C. 30. Têm-se 800 mL de um líquido, cujo coefi ciente de dilatação volumétrica é igual a 90 ∙ 10−5 °C−1, a 20 °C. Colocando-se essa quantidade do líquido dentro de um recipiente de vidro, cujo coefi ciente de dilatação volumétrica é igual a 25 ∙ 10−6 °C−1, o recipiente é completamente preenchido quando o conjunto − recipiente mais líquido − é aquecido a 80 °C. Determine a capacidade volumétrica desse reci- piente de vidro a 20 °C. 31. Um frasco, feito de um material cujo coefi ciente de dila- tação linear é igual a 53,3 ∙ 10−7 °C−1, tem capacidade de 500 cm3 a 20 °C. Colocam-se então, dentro desse frasco, 490 cm3 de um líquido a 20 °C, cujo coefi ciente de dila- tação volumétrica é 12,0 ∙ 10−4 °C−1. Determine o volume de líquido extravasado quando se eleva a temperatura do conjunto líquido mais frasco a 70 °C. 32. +Enem [H6] Um frasco de vidro de um laboratório de química temcapacidade para 750 mL, aferido a 20 °C. Sendo graduado conforme ilustrado pela fi gura abaixo, acusa um volume de 745,5 mL de um líquido colocado em seu interior, quando a 100 °C. 750 749 748 747 746 745 Sendo o coefi ciente de dilatação linear do vidro a vidro 9 ⋅ 10−6 °C−1, o volume real de líquido que está dentro do frasco a 100 °C é de: Suponha que o vidro e o líquido fi quem em equilíbrio térmico a 100 ºC. a) 745,5 mL b) 750,0 mL c) 747,1 mL d) 744,0 mL e) 748,6 mL Vá em frente Acesse Visite a página do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Reveja os conceitos, fi que por dentro das aplicações e faça exercícios, no site <www.if.ufrgs.br/~leila/dilata.htm>. Nessa página, também se pode encon- trar algumas demonstrações de experimentos virtuais. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o /E N E M , 2 0 0 9 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 81 3/9/18 9:29 AM 82 GabaritoooGabarito Capítulo 1 Complementares 9. a 10. d 11. Soma = 2 (02) 12. d 21. e 22. d 23. b 24. d Tarefa proposta 1. d 2. a 3. c 4. e 5. d 6. e 7. d 8. a 9. e 10. c 11. c 12. c 13. a 14. b 15. b 16. d 17. qF = −320,8 ºF 18. c 19. a 20. b 21. Soma = 11 (01 + 02 + 08) 22. e 23. d 24. b 25. c 26. Dq = 8 K 27. d 28. b 29. b 30. a Capítulo 2 Complementares 9. c 10. d 11. b 12. c 21. b 22. c 23. a 24. e Tarefa proposta 1. b 2. c 3. e 4. a 5. e 6. e 7. a 8. d 9. a 10. c 11. c 12. P = 1 000 cal/s e Vazão = 1,5 L/min 13. c 14. a) Curva A b) 11ºC às 13 h c) Q = 4,485.107 kJ 15. b 16. b 17. e 18. d 19. a) No gráfi co, nota-se que o tempo para provocar a mesma varia- ção de temperatura (20 K) no aquecimento da fase líquida é o dobro daquele gasto no aqueci- mento da fase sólida. Sendo Tc Q m = ⋅ D e Q líquido . . Q sólido s c líquido . c sólido , portanto o calor específi co da água é maior que o calor específi co do gelo. b) Permanece constante porque está havendo uma mudança de fase. Enquanto existir gelo e água líqui- da, a temperatura fi ca constante. 20. d 21. d 22. d 23. e 24. b 25. b 26. a) O gelo se funde completamente. b) 3,46 ºC 27. d 28. d 29. b 30. c 31. 690 g 32. d 33. a Capítulo 3 Complementares 9. d 10. d 11. c 12. 90 kg 21. d 22. b 23. c 24. e Tarefa proposta 1. c 2. d 3. e 4. Q = 57 600 cal 5. Soma = 14 (02 + 04 + 08) 6. 68 ºF 7. a) 50 mL b) 2,4 mm 8. e 9. a 10. a) 52 m2 b) 0,6 kW c) 14,4 kW.h 11. b 12. d 13. c 14. a 15. d 16. d 17. c 18. b 19. Soma = 5 (01 + 04) 20. a 21. c 22. 5 h 23. d 24. d 25. d 26. d 27. d 28. c 29. a 30. c 31. b Capítulo 4 Complementares 9. d 10. e 11. a 12. e 21. e 22. c 23. c 24. c Tarefa proposta 1. e 2. a) a = 5.10–6° C–1 b) L = 200, 21mm 3. c 4. d 5. c 6. d 7. 0,01 cm 8. d 9. e 10. b 11. d 12. b 13. d 14. e 15. 1 601 cm2 16. a 17. c 18. d 19. b 20. a 21. a 22. e 23. c 24. c 25. d 26. a 27. Soma = 23 (01 + 02 + 04 + 16) 28. e 29. c 30. 841,94 cm3 31. 19 cm3 32. c Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 82 3/9/18 9:29 AM REVISÃO1-2 Nome: Data: Turma:Escola: 83 Física – Termologia Capítulo 1 – Termometria Capítulo 2 – Calorimetria H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 1. O professor de Física de um colégio, ao sair da sala de aula, deixou cair um pedaço de papel com algumas anotações. Um aluno as encontrou, e nelas havia parte de um gráfi co, um desenho ilustrando escalas termométricas e uma anotação com parte dos cálculos do professor. Curioso, o aluno procurou entender o que estava escrito ali. Se fosse você a enfrentar tal desafi o, conseguiria: °x °C3230 106 100 85° °x x 25 0 °C a) determinar a função que relaciona a suposta escala X com a escala Celsius? b) reconstruir o gráfi co incluindo pelo menos os valores de X para as temperaturas de 0 °C, 5 °C e 12 °C? c) confi rmar ou não se o valor anotado, indicado por uma seta, corresponde ao valor de X equivalente à temperatura de 25 °C? Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 83 3/9/18 9:29 AM 84 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 2. (Fuvest-SP) Quando água pura é cuidadosamente resfriada, nas condições normais de pressão, pode permanecer no estado líquido até temperaturas inferiores a 0 °C, num estado instável de “superfusão”. Se o sistema é perturbado, por exemplo, por vibração, parte da água se transforma em gelo e o sistema se aquece até se estabilizar em 0 °C. O calor latente de fusão da água é L = 80 cal/g. Considerando-se um recipiente termicamente isolado e de capacidade térmica desprezível, contendo um litro de água a −5,6°C, à pressão normal, determine: a) A quantidade, em g, de gelo formada, quando o sistema é perturbado e atinge uma situação de equilíbrio a 0 °C. b) A temperatura fi nal de equilíbrio do sistema e a quantidade de gelo existente (considerando-se o sistema inicial no esta- do de “superfusão” a −5,6° C), ao colocar-se, no recipiente, um bloco metálico de capacidade térmica C = 400 cal/°C, na temperatura de 91°C. Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 84 3/9/18 9:29 AM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 85 Física – Termologia Capítulo 3 – Propagação do calor Capítulo 4 – Dilatação térmica 3-4 H21 Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e/ou do eletromagnetismo. 1. Um grupo de estudantes está elaborando um projeto de pesquisa que trata de como a forma e as dimensões de uma vasilha interferem na perda de calor do conteúdo colocado dentro dela. Para isso, fi zeram alguns testes prévios, estabelecendo que as variáveis que interferem na transmissão do calor por condução deveriam ser controladas. Escolheram um material impermeável para confeccionar três vasilhas com as respectivas tampas, feitas também do mesmo material. Com essa estratégia, defi niram a espessura e a condutividade k do material, como constantes para as três vasilhas. A primeira vasilha, X, é uma caixa cúbica, cuja dimensão interna é de 1 dm de aresta. A segunda, Y, é uma caixa cúbica, cuja dimensão interna é de 2 dm de aresta. A terceira, Z, é uma caixa em forma de paralelepípedo, com dimensões internas de 1 dm de largura por 2 dm de altura por 4 dm de comprimento. As três caixas foram cheias completamente com água a 80°C e tampadas, enquanto a temperatura ambiente permanecia constante e igual a 20°C. Começaram, então, a marcar o tempo para que a temperatura da água em cada uma das caixas fosse reduzida de 1 °C, utilizando para isso um termômetro introduzido em cada uma delas. Consideraram que o fl uxo de calor não se altera signi- fi cativamente com a redução de apenas 1 °C, no interior das caixas. No fi m de 4 minutos, observaram que a temperatura da água na caixa X era de 79 °C. Com esse resultado, tentaram fazer uma previsão de enquanto tempo a temperatura da água nas caixas Y e Z chegaria aos 79 °C. Para isso, recorreram às expressões que determinam o fl uxo de calor e a quanti- dade de calor, ou seja: ;φ = D Q t k A e φ = ⋅ ⋅ Dq ; Q = m ⋅ c ⋅ Dq Mostre que você também consegue efetuar esses cálculos e apresente uma conclusão. Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 85 3/9/18 9:29 AM 86 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticasou linguagem simbólica. 2. (Ifsul-RS, adaptada) Nos rolamentos de automóveis, são utilizadas algumas pequenas esferas de aço, para facilitar o movi- mento e minimizar desgastes, conforme representa a fi gura abaixo. Após certo tempo de funcionamento, a temperatura das esferas aumenta em 300 °C devido ao atrito. Considere que o volume de uma esfera contida em um rolamento é 1mm3 e que o coefi ciente de dilatação linear do aço é 11 ∙ 10-6 ºC-1. Após o aquecimento, em virtude dos atritos, encontre: a) a variação de volume total sofrida pelas esferas do rolamento. ( )D = ⋅ a( )⋅ a⋅ a⋅ a( ) q = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅− −3 1( )3 13 13 1( )( )⋅ a⋅ a⋅ a( )3 13 13 1( )⋅ a⋅ a3 1⋅ a( ) ⋅ D3 13 13 1⋅ Dq =3 13 13 1q = 3 1⋅ ⋅3 13 13 1⋅ ⋅ 1 1⋅ ⋅1 11 11 1⋅ ⋅0⋅ ⋅000⋅ ⋅ 300 9,= ⋅9,9,9,= ⋅9 1= ⋅9 19 19 1= ⋅ 0 0D =0 00 00 0D =s0 00 00 0s , 0099 mm0 6 3− −6 36 36 3− −3006 36 36 3300− −300300300− −6 36 36 3− −3003006 3300− −9,6 36 36 39,− −9,9,9,− −6 36 36 3− −9,9,6 39,− −9 16 36 36 39 1− −9 19 19 1− −6 36 36 3− −9 19 16 39 1− −0 06 36 36 30 0− −0 00 00 0− −6 36 36 3− −0 00 06 30 0− − 3V VD =V VV VV VD = 0V VV VV V0 V0 0VVV0 0D =0 00 00 0D =VVVD =0 00 0V0 0D = b) o volume de cada esfera que compõe o rolamento. R e p ro d u ç ã o /I F S U L , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 86 3/9/18 9:29 AM 87 FÍ S IC A Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Autoavaliação Termometria 4 3 2 1 Compreendeu que a temperatura é uma medida indireta associada à movimentação das partículas? 4 3 2 1 Identifi cou e utilizou as escalas de temperatura para verifi car correspondências de valores em cada uma delas? 4 3 2 1 Compreendeu o funcionamento e a utilização adequada de um termômetro? Calorimetria 4 3 2 1 Compreendeu que só ocorre transferência de calor de um corpo para outro se houver diferença de temperatura entre eles? 4 3 2 1 Consegue identifi car quando um sistema é termicamente isolado ou não? 4 3 2 1 Entendeu qual é a função de um calorímetro? Propagação do calor 4 3 2 1 Consegue diferenciar os processos de propagação de calor? 4 3 2 1 Apropriou-se das variáveis que permitem calcular as quantidades de calor envolvidas nos processos? 4 3 2 1 Estão claros os conceitos de efeito estufa e inversão térmica? Dilatação térmica 4 3 2 1 Compreendeu que a dilatação de sólidos ocorre sempre em suas três dimensões? 4 3 2 1 Identifi cou aplicabilidades das lâminas bimetálicas no cotidiano? 4 3 2 1 Compreendeu que na dilatação de líquidos é preciso levar em conta a dilatação do recipiente no processo? Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 87 3/9/18 9:29 AM 88 Revise seu trabalho com este caderno. Com base em sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira, Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Claudia Bertolazzi (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Roberto Silva (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.), Liliane Rodrigues, Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos), Erika Ramires e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Luis Moura Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre : física : cadernos 1 a 12 : aluno / obra coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 1. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019. Bibliografi a. 1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato Luiz. 18-12934 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Ensino médio 530.7 2019 ISBN 978 85 5716 260 0 (AL) Código da obra 2149821 1a edição 1a impressão Impressão e acabamento Uma publicação 626351 Et_EM_2_Cad5_Fis_c04_65a88.indd 88 3/9/18 9:29 AM