Prévia do material em texto
FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Promover a compreensão de processos termodinâmicos e aplicar as leis fundamentais da Termodinâmica nos diversos tipos de transformação. A Questão Orientadora no fi nal deste caderno, página 74, propõe uma pesquisa baseada na seguinte pergunta: Qual é o futuro dos motores de combustão? TERMODINÂMICA Capítulo 1 Estudo dos gases 2 Capítulo 2 Trabalho termodinâmico 23 Capítulo 3 Leis da Termodinâmica I 39 Capítulo 4 Leis da Termodinâmica II 55 H o ri zo n m a n /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 1 5/24/18 6:20 PM ► Identifi car e diferenciar os estados da matéria nos processos de mudança de fase associada aos estados: sólido, líquido, vapor e gás. ► Identifi car o ponto tríplice e suas características para as diversas substâncias. ► Compreender o modelo do gás ideal e reconhecer suas características. ► Compreender as transformações gasosas pelas variáveis de estado e a lei geral dos gases. Principais conceitos que você vai aprender: ► Processos de transformação da matéria ► Diagrama de fases ► Ponto tríplice ► Temperatura crítica ► Gás ideal ► Lei geral dos gases e transformações 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO Iam _A nupo n g /S h u tte rsto ck 1 ESTUDO DOS GASES Alguns países apresentam um inverno rigoroso, e para garantir que os automóveis e demais meios de transporte possam se deslocar, procedimentos como o representado na imagem são comuns nessa estação. Trata-se de uma operação de “degelo”, ou seja, remo- ção do gelo acumulado. Em solo, sob neve com temperaturas abaixo de 0 ºC, situações de acúmulo de neve ocorrem a todo momento. Quando esse gelo se acumula sobre as asas de um avião, por exemplo, antes da decolagem o gelo deve ser removido, pois pode comprometer a segu- rança do voo. No entanto alguns voos, como o de cruzeiro, que ocorrem em grandes altitudes, as aerona- ves fi cam sujeitas à baixa temperatura e pressão, em regiões em que não há umidade, o que não favorece a formação de gelo. Mas, em procedimentos de descida ou subida, em que o avião atravessa nuvens carregadas, a formação de gelo existe e pode comprometer o equilíbrio da aeronave. E nem falamos ainda do combustível que fi ca no interior das asas. Ele não se congela? Para controlar essas variáveis e garantir que os voos ocorram normalmente, os aviões de grande e médio portes possuem um sistema antigelo. Esse sistema promove trocas de calor com o óleo interno dos motores, em temperaturas muito elevadas obtidas pelo atrito dos rolamen- tos dos eixos das turbinas com compressor, e o combustível armazenado nas asas. Assim, ao mesmo tempo que o motor precisa manter um regime de trabalho estável, o óleo deve ser resfriado em ciclos para manter sua temperatura estável. Essas trocas de ca- lor permitem controlar a temperatura para que o combustível não se congele e ao mesmo tempo derretem o gelo que possa se formar nas asas. Os aviões de pequeno porte possuem um sistema de borrachas que se expandem, chama- do sistema degelo. Nesse caso, a formação de gelo ocorre, porém, quando é detectada, micro- tubos de ar infl am as borrachas e o gelo formado é quebrado e vai se soltando com a ajuda do vento. • A formação de gelo está sempre associada à transição da água do estado líquido para o sólido? Quais são as características do gelo-seco? Neste capítulo, veremos como as diversas substâncias se comportam e se encontram em diferentes temperaturas, além de analisarmos como as transições de fase ocorrem. a a p s k y /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 2 5/24/18 6:20 PM 3 FÍ S IC A Diagrama de fases de uma subst‰ncia Para afi rmar o estado físico de determinada substância, além da temperatura a subs- tância deve estar sob pressão normal, ou seja, 1 atm H 105 Pa. Vamos considerar uma mas- sa de água que a 50 °C, a pressão de 1 atm se encontrará no estado líquido, porém, se submetida a outra pressão, pode se encontrar em outro estado físico, e mudará de fase em outros valores de temperatura diferente de 0 °C e 100 °C. No pico do Everest (8 848 m) por exemplo, onde a pressão atmosférica é da ordem de 0,3 atm, a temperatura de ebulição da água é de aproximadamente 70 °C, já no interior de uma panela de pressão, a água pode se manter no estado líquido em temperaturas superiores a 100 °C. Para ilustrar a dependência que a temperatura de mudança de fases tem com a pressão, iremos representa-la em um gráfi co, denominado diagrama de fases, no qual cada ponto do plano corresponde a um par de valores de pressão p e tempera- tura T e, dependendo da região em que esse ponto se encontra no diagrama, pode-se determinar o estado físico do corpo (sólido, líquido ou gasoso) ou se está ocorrendo uma mudança de estado. Temos dois comportamentos distintos para os diagramas de fases: para a maioria das substâncias e para as exceções. Maioria das subst‰ncias No diagrama representado a seguir, podem-se notar quatro “regiões” distintas nas quais as substâncias podem estar: sólido, líquido, vapor e gás. Curva A Curva B Curva C Sólido Líquido Tt Tc T p pt Pt Gás Vapor A curva A encontra-se na região de separação do estado de vapor e sólido, ela repre- senta a sublimação de uma substância. Ao variar a pressão ou a temperatura, ou ambas, a substância pode passar de sólido para o vapor ou de vapor para sólido. A curva B está na região de separação entre os estados de vapor e líquido, ela representa a curva de vaporização/condensação de uma substância. Quando ocorre uma variação da pres- são, da temperatura ou de ambas, a substância pode passar de líquido para vapor ou de vapor para líquido. A curva C faz a separação entre os estados de líquido e sólido, re- presenta a curva de fusão/solidifi cação de uma substância. Com a variação da pressão, da temperatura ou de ambas, essa substância pode passar de sólido para líquido, ou de líquido para sólido. O ponto tríplice/ponto triplo (P t ) é um ponto importante nos diagramas de fase. Nes- se ponto (T t , p t ) a substância pode ser encontrada, simultaneamente, nas três fases da matéria. O gás hélio não apresenta ponto tríplice, pois esse ponto estaria no segundo quadrante do sistema cartesiano; o que é fi sicamente impossível, já que não existem temperaturas negativas na escala absoluta (Kelvin). Podemos notar outra temperatura em destaque no diagrama de fase denominada temperatura crítica (T c ). O valor dessa temperatura depende da substância, abaixo da temperatura crítica, a substância pode ser encontrada em uma das três fases da matéria (sólida, líquida e vapor). Acima da tem- peratura crítica, para qualquer que seja a pressão do sistema, a substância não pode mais ser encontrada nas fases sólida ou líquida. Nesse momento, podemos diferenciar gás de vapor. 1 Atenção 1 O diagrama de fases de uma substância consiste na curva que relaciona as grandezas pressão e temperatura. Defi nição Gás : fase gasosa em que a substância está a uma temperatura acima da temperatura crítica; apenas a variação da pressão não muda a fase da substância. Vapor : fase gasosa na qual a substância está em uma temperatura abaixo da temperatura crítica, e a variação da pressão pode mudar a fase dessa substância. Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 3 5/24/18 6:20 PM 4 CAPÍTULO 1 Exceções Algumas substâncias, como a água, o ferro, o bismuto e o antimônio, apresentam um diagrama de fases diferente do diagrama apresentado anteriormente. Sólido Líquido Vapor Tt Tc T p pt Gás Curva C Curva B Curva A Pt Nas exceções, há mudança apenas na curva de fusão/solidifi cação, ou seja, na pas- sagem da substância da fase sólida para a fase líquida, ou vice-versa. A diferença ocor- re para temperaturas abaixo da temperatura T t . Para esses valores de temperatura, a maioria das substâncias, ao sofrer aumentode pressão, se mantém na fase sólida. A partir do diagrama das exceções, pode-se notar que, nas mesmas condições, o aumento da pressão poderá levar um sólido para a fase líquida. Outra diferença entre a maioria das substância e as exceções está no fato de que a maioria das substâncias aumenta de volume ao sofrer uma fusão, as exceções diminuem de volume durante a fusão. A água é o principal exemplo desse efeito anômalo apresenta- do pelas exceções; ela possui o ponto triplo (p t , T t ) a 0,01 °C e 4,58 mmHg e o ponto crítico em temperatura T C = 374 °C. Aplicações Se colocarmos gelo e água em um recipiente, observaremos que o gelo fl utua na água. Isso ocorre pelo fato de a água ser mais densa que o gelo, pois em seu processo de fusão a água diminui de volume e, consequentemente, aumenta sua densidade, lembrando que: d = m V Os oceanos apresentam apenas uma camada de gelo sobre a água nas regiões próxi- mas aos polos geográfi cos da Terra. Esse fato pode ser explicado pelo diagrama de fases da água. A pressão aumenta à medida que a profundidade do oceano aumenta, isso faz diminuir a temperatura de solidifi cação, portanto a água se encontra no estado líquido. Podemos observar tal fato na linha azul do diagrama representado a seguir. Aumentando a pressão do sólido, ele se torna líquido. Esse fato garante a existência de vida nas profun- dezas dos oceanos das regiões frias. Sólido Pt pt Líquido Vapor Tt Tc T p Gás Curva A Curva C Curva B Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 4 5/24/18 6:20 PM 5 FÍ S IC A A sobrefusão é um fenômeno conhecido na Física que faz com que um líquido per- maneça nessa fase, mesmo em temperaturas abaixo do seu ponto de fusão. Por exemplo, sabemos que a água se solidifi ca a 0 °C, ao nível do mar. Eleva-se, então, sua pressão, tor- nando-se assim a temperatura de fusão menor que 0 °C. Nessas condições, abaixa-se a temperatura da água a um valor menor que 0 °C, sem que ocorra sua solidifi cação. Após esse procedimento, despressuriza-se rapidamente o recipiente. Nessas condições, tem- -se água na fase líquida abaixo de 0 °C. A solidifi cação ocorre quando o recipiente contendo o líquido é agitado. Por isso, quando um refrigerante muito gelado é aberto, pode ocorrer conge- lamento. A diminuição de pressão, ao se abrir o recipiente, gera aumento da temperatura de solidifi cação, provocando o congelamento. O regelo é um fenômeno no qual a substância muda de fase (sólido-líquido e depois líquido-sólido) abaixo de sua temperatura normal de fusão, por infl uência da pressão. É o que ocorre com um bloco de gelo quando sofre uma variação de pressão. A comprova- ção do regelo pode ser obtida pela experiência de Tyndall. Apoia-se um bloco de gelo em dois suportes, conforme a fi gura, e sobre esse bloco faz-se com que um arame com dois pesos em cada uma de suas extremidades o atravesse. Ao soltarmos os pesos, vai ocorrer aumento da pressão na região de contato do arame com o gelo. Esse aumento da pressão gera uma mudança de fase, ou seja, uma fusão do gelo e, consequentemente, o arame atravessa esse trecho do bloco. Com isso, após a passagem do arame, a água que provém da fusão tem sua pressão diminuída e sofre solidifi cação. Assim, após algum tempo, o ara- me atravessa o bloco sem separá-lo em duas partes. Bloco de gelo Fio de arame com dois pesos: o fio está dentro do bloco de gelo Podemos observar esse fenômeno durante competições de patinação no gelo: ao se passar a lâmina dos patins sobre o gelo, este se derrete graças à pressão. Após a passa- gem, a pista solidifi ca-se novamente. soulre bel83/ iStock photo /Getty Image s lig h tp o e t/ S h u tt e rs to ck v Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 5 5/24/18 6:20 PM 6 CAPÍTULO 1 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Antes de iniciar a busca pela alternativa, aproprie-se da explicação para o fenômeno do regelo. Retorne ao tópico do texto para uma segunda leitura. Identifi que a grandeza que será fundamental para o entendimento do fenômeno. Relacione em que condições a variação dessa grandeza vai proporcionar a explicação para o fenômeno. (Fameca-SP) A experiência de Tyndall comprova o fenômeno do regelo, na qual um bloco de gelo, abaixo de 0 °C, pode ser atravessado por um fi o tracionado sem romper o bloco. A expli- cação para o fato é que, com o aumento de pressão, ocorre: a) expansão da água durante a fusão. b) fusão do gelo e posterior solidifi cação da água. c) diminuição brusca de temperatura do gelo. d) aumento signifi cativo de volume do gelo. e) contração da água durante a solidifi cação. Resolução Resposta: B Com o aumento da pressão, na área de contato entre o arame e o gelo ocorre a fusão mesmo a temperaturas abaixo de zero; posteriormente, a pressão atmosférica volta a ser a local e ocorre a solidifi cação da água. Mudanças de fase As mudanças de fase recebem nomenclaturas específi cas e algumas por suas caracte- rísticas específi cas recebem denominações diferentes. Mudança vapor-líquido A mudança da fase de vapor para a fase líquida de uma substância pode ser por con- densação ou por liquefação. • Liquefação: é a mudança de fase de uma substância da fase gasosa para a líquida. • Condensação: é a mudança de fase de uma substância da fase vapor para a líquida. Essa diferenciação é apenas didática e, muitas vezes, os dois termos são usados como sinônimos. Mudança líquido-vapor A mudança da fase líquida para a fase de vapor de uma substância recebe o nome de vaporização. A vaporização pode ser na forma de: ebulição, evaporação e calefação. Ebulição: mudança de fase que ocorre a uma dada temperatura e pressão. Por exemplo, a água sofre ebulição sob pressão de 1 atm à temperatura de 100 °C. Nessa mudança de fase, a substância inicia um processo de borbulhamento, sua temperatura permanece constante e a mudança de fase é lenta. Evaporação: passagem da fase líquida para vapor que ocorre a qualquer temperatura, por exemplo, à temperatura ambiente. Ao deixarmos as roupas no varal secando após algumas horas, notaremos o desaparecimento da água. Isso acontece porque as partículas que compõem o líquido estão constantemente trocando energia entre si e em determinado momento uma partícula recebe uma quantidade de energia que é sufi ciente para se libertar das demais partículas. Nesse momento, a partícula muda de fase. A le k s a n d a r M ija to v ic /S h u tt e rs to ck S te v e n C o lin g S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 6 5/24/18 6:20 PM 7 FÍ SI CA E se fosse possível? Tema integrador Educação para o consumo Neve em Dubai? No interior do Mall of Emirates, um dos maiores shopping centers do mundo, localizado em Dubai, o Ski Dubai, conta com 22 500 m2 cobertos por aproximadamente seis toneladas de neve, com cinco pistas de esqui em pleno deserto. Um sistema de isolamento ex- tremamente efi ciente consegue manter a temperatura ao redor de –1 ºC durante o dia, chegando a –6 ºC durante a noite, quando então a neve é produzida. Existe certa polêmica sobre a manutenção dessas condições em um local em que as temperaturas externas atingem quase 40 ºC, como o consumo excessivo de energia elétrica para manter o sistema de refrigeração. Essa região apresenta, do lado de fora, um clima seco e desértico, com temperaturas por volta de 40 ¡C, e, do lado de dentro, temperaturas abaixo de zero. Com tecnologias desenvolvidas pela engenharia e com o auxílio da arquitetura associada a grandes investimentos, essa obra gigantesca mostra uma realidade cheia de contrastes. Para a ocorrência de neve natural existem condições climáticas específi cas que não se resumem a temperaturas baixas. E se fosse possível simular essas condições para a produção de neve por um processo não artifi cial? Elabore um texto explicando como se dá a produção de neve no ambiente. O fenômeno da evaporação também está associadoao frio que sentimos quando saímos molhados do banho, mesmo nos dias quentes. A água, em contato com a pele, retira energia desta para mudar de fase, ou seja, sofrer evaporação. Essa perda de energia nos dá a sensação de frio. Num dia quente, cuja temperatura ambiente ultrapassa os 36,5 °C do corpo, essa tem- peratura deveria subir até se igualar com a do ambiente. Mas, felizmente, isso não acontece, porque o organismo humano tem como se defender dessas altas temperaturas ambientais. Nos dias muito quentes, o corpo elimina água pelo suor. A água do suor retira energia do corpo para se evaporar. E por isso a temperatura corporal se mantém constante. Calefa•‹o: é uma mudança brusca da fase líquida para a fase de vapor. Isso acontece quando lançamos gotas de água numa superfície muito quente. Antes mesmo de a água tocar a superfície, ocorre a mudança de fase. Nesse caso, formam-se muitas bolhas e muita névoa. W il m a r N u n e s S -F /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 7 5/24/18 6:20 PM 8 CAPÍTULO 1 Atividades 3. O gás utilizado em residências para acionar o fogão e os aquecedores de água das regiões frias é o gás liquefeito de petróleo (GLP). De acordo com nossos estudos, esse termo GLP está fi sicamente correto? Explique. 4. (Ifsul-RS) Uma das substâncias mais importantes para os seres vivos, a água, está oferecendo preocupação, pois está ameaçada de diminuição na natureza, onde pode ser encontrada nos estados sólido, líquido e vapor. Tendo como referência a água, analise as afi rmativas abai- xo, indicando, nos parênteses, se é verdadeira ou falsa. ( ) Para que ocorra a mudança de estado físico da água, à pressão constante, sua temperatura per- manecerá constante, e ocorrerá troca de calor com o ambiente. ( ) Para que ocorra a evaporação da água do suor de nossa pele, deve ocorrer absorção de energia pelo nosso corpo. ( ) Para que certa quantidade de água entre em ebuli- ção, à temperatura ambiente, é necessário que seja diminuída a pressão sobre ela. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F − V − V b) V − V − F c) V − F − V d) F − F − V 5. A fi gura representa o diagrama de fase da água. 217,5 atm 760 mmHg 0 0,01 100 374 T (°C) 4,58 mmHg Sólido Vapor Gás Líquido Ponto triplo Ponto crítico p 1 2 3 1. Na figura, está representado o diagrama de fase − pressão × temperatura − da água. − 25 0 50 100 Temperatura (oC) P re ss ã o ( a tm ) 100 10 1 0,1 0,01 B A a) Em que fase está a água nos pontos A e B? b) Qual é o nome da transição indicada pela seta amarela? c) O que ocorrerá com a água se aumentarmos sua pressão, mantendo a temperatura constante, a partir do ponto B? 2. (Uerj) Observe no diagrama as etapas de variação da tem- peratura e de mudanças de estado físico de uma esfera sólida, em função do calor por ela recebido. Admita que a esfera é constituída por um metal puro. Durante a etapa D, ocorre a seguinte mudança de es- tado físico: a) fusão. b) sublimação. c) condensação. d) vaporização. R e p ro d u ç ã o /U E R J , 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 8 5/24/18 6:20 PM 9 FÍ S IC A Com base nesse diagrama, responda aos itens. a) É possível coexistirem, em equilíbrio térmico, as três fases da água (sólida, líquida e vapor)? Justifi que. b) Sob pressão de 1 atm e temperatura de 400 °C, a água é vapor ou gás? 6. Com base no diagrama de fases da água apresentado na questão anterior, julgue as afi rmativas e dê a soma dos números dos itens corretos. (01) Só existe água no estado gasoso, ou de vapor, para temperaturas acima de 100 °C. (02) À pressão de 4 mmHg e temperatura de 10 °C, a água é líquida. (04) À pressão de 750 mmHg e temperatura de 50 °C, a água é líquida. (08) A qualquer pressão, a água sempre é sólida a 0 °C. (16) À pressão constante de 4 mmHg, uma variação de temperatura de −1 °C para 10 °C faz com que a água passe do estado sólido para o estado de vapor. Dê a soma dos números dos itens corretos. 7. +Enem [H17] O processo de liofi lização consiste na de- sidratação de alimentos, o que evita que seus nutrientes saiam junto com a água, além de facilitar seu armazena- mento e transporte, pelo fato de diminuir bastante sua massa e seu volume. O processo de liofi lização segue as seguintes etapas: I. O alimento é resfriado até temperaturas abaixo de 0 °C, para que a água contida nele seja solidifi cada. II. Em câmaras especiais, sob baixíssima pressão, a tem- peratura do alimento é elevada, fazendo com que a água sólida seja sublimada. Dessa forma, a água sai do alimento sem romper suas estruturas moleculares, evitando perdas de proteínas e vitaminas. O gráfi co mostra parte do diagrama de fases da água e cinco processos de mudança de fase, representados pelas setas numeradas de 1 a 5. 1 2 3 4 5 Líquido Vapor Sólido Temperatura P re ss ã o A alternativa que melhor representa as etapas do proces- so de liofi lização, na ordem descrita, é: a) 4 e 1 b) 2 e 1 c) 2 e 3 d) 1 e 3 e) 5 e 3 8. (UFPR) Entre as grandezas físicas que infl uenciam os esta- dos físicos das substâncias, estão o volume, a temperatura e a pressão. O gráfi co abaixo representa o comportamen- to da água com relação aos estados físicos que ela pode ter. Nesse gráfi co é possível representar os estados físicos sólido, líquido e gasoso. Assinale a alternativa que apre- senta as grandezas físicas correspondentes aos eixos das abscissas e das ordenadas, respectivamente. a) Pressão e volume b) Volume e temperatura c) Volume e pressão d) Temperatura e pressão e) Temperatura e volume R e p ro d u ç ã o / U F P R , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 9 5/24/18 6:20 PM 10 CAPÍTULO 1 Complementares Tarefa proposta 1 a 17 9. (Ifsul-RS) Quando um patinador desliza sobre o gelo, o seu deslizamento é facilitado, sendo o atrito diminuído, porque parte do gelo se transforma em água. Se o gelo se encontra a uma temperatura inferior a 0 °C isso ocorre porque: a) o aumento da pressão sobre o gelo diminui a tempe- ratura de fusão. b) a pressão sobre o gelo e a temperatura de fusão não se alteram. c) a diminuição da pressão sobre o gelo diminui a tempe- ratura de fusão. d) o aumento da pressão sobre o gelo aumenta a tempe- ratura de fusão. 10. (Enem) A tabela a seguir registra a pressão atmosférica em diferentes altitudes, e o gráfi co relaciona a pressão de vapor de água em função da temperatura. Altitude (km) Pressão atmosférica (mmHg) 0 760 1 600 2 480 4 300 6 170 8 120 10 100 Um líquido, em um frasco aberto, entra em ebulição a partir do momento em que a sua pressão de vapor se iguala à pressão atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela, o gráfi co e os dados apresentados sobre as seguintes cidades: Natal (RN) Nível do mar Campos do Jordão (SP) Altitude de 1 628 m Pico da Neblina (RR) Altitude de 3 014 m A temperatura de ebulição será: a) maior em Campos do Jordão. b) menor em Natal. c) menor no pico da Neblina. d) igual em Campos do Jordão e Natal. e) não dependerá da altitude. 11. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s): (01) A água é usada para refrigerar os motores de auto- móveis, porque o seu calor específi co é maior que o das outras substâncias. (02) A transpiração é um mecanismo de controle de temperatura, pois a evaporação do suor consome energia do corpo humano. (04) Graças à proximidade de grandes massas de água, em Florianópolis, as variações de temperatura entre o dia e a noite são pequenas ou bem menores que em um deserto. (08) Em um deserto, a temperatura é muito elevada du- rante o dia e sofre grande redução durante a noite, porque a areia tem um calor específi co muito elevado. (16) Quando certa massa de água é aquecida de 0 a 4 graus Celsius, seu volume aumenta e sua densidade diminui. (32) Em um mesmo local, a água numa panela ferve a umatemperatura maior, se ela estiver destampada. Dê a soma dos números dos itens corretos. 12. (Unifesp) A sonda Phoenix, lançada pela Nasa, detectou em 2008 uma camada de gelo no fundo de uma cratera na superfície de Marte. Nesse planeta, o gelo desaparece nas estações quentes e reaparece nas estações frias, mas a água nunca foi observada na fase líquida. Com auxílio do diagrama de fase da água, analise as três afi rmações seguintes. I. O desaparecimento e o reaparecimento do gelo, sem a presença da fase líquida, sugerem a ocorrência de sublimação. II. Se o gelo sofre sublimação, a pressão atmosférica local deve ser muito pequena, inferior à pressão do ponto triplo da água. III. O gelo não sofre fusão porque a temperatura no inte- rior da cratera não ultrapassa a temperatura do ponto triplo da água. De acordo com o texto e com o diagrama de fases, pode-se afi rmar que está correto o contido em: a) I, II e III. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, apenas. R e p ro d u ç ã o /E N E M , 1 9 9 8 . R e p ro d u ç ã o /U N IF E S P, 2 0 0 9 Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 10 5/24/18 6:20 PM 11 FÍ S IC A Gases ideais Modelo de um gás ideal ou perfeito O gás ideal, ou gás perfeito, é um modelo idealizado para os gases reais. Nesse mode- lo impõe-se que o gás tenha densidade extremamente baixa, ou seja, ele deve estar sub- metido a baixa pressão e a alta temperatura. Nessas condições, o gás ideal apresenta as seguintes características: • é composto de partículas puntiformes – tamanho desprezível em relação às as dimensões. Desse modo, as partículas não apresentam movimento de rotação, somente translação; • a força de interação elétrica entre as partículas de um gás ideal é considerada nula. Para que isso aconteça, as partículas devem estar muito afastadas umas das outras; • as partículas do gás somente interagem durante as colisões. Portanto, a única força que atua nas partículas é a da interação (choque) entre elas ou com as paredes do recipiente que contém o gás; • a colisão deve ser perfeitamente elástica. Assim, durante uma colisão, a energia não é dissipada na forma de calor. Variáveis de estado de um gás Para caracterizar fi sicamente dada amostra gasosa, devemos conhecer o seu volume, sua temperatura e sua pressão. No estudo dos gases, essas grandezas físicas são chama- das de variáveis de estado do gás. • Pressão (p). Associada às colisões das partículas com as paredes do recipiente. • Volume (V). Corresponde ao volume do recipiente no qual o gás está inserido. • Temperatura (T). Associada ao grau de agitação das partículas do gás. A tabela a seguir apresenta as unidades de medida dessas três grandezas físicas, no Sistema Internacio- nal de Unidades (SI) e também em outras unidades mais usuais no cotidiano. Variável de estado Unidade no SI Unidades usuais Pressão (p) N m2 = Pa (pascal) atm; mmHg Volume (V) m3 (metro cúbico) cm3; L Temperatura (T) K (Kelvin) °C Transformação gasosa Lei geral dos gases ideais Quando um gás sofre alterações em suas variáveis de estado, dizemos que está ocorrendo uma transformação gasosa. Nesse caso, é possível descrever como variam (ou não) os valores dessas variáveis de estado do gás pela lei geral dos gases ideais. Considere uma amostra gasosa, contida em um recipiente cilíndrico com um êmbolo móvel na extremidade, que está inicialmente a tempera- tura T 0 (em kelvin), sob pressão p 0 e ocupando um volume V 0 . Ao sofrer uma transformação, a temperatura (em Kelvin), a pressão e o volume se alteram para os valores de T, p e V, respectivamente, como representado na fi gura. De acordo com a lei geral dos gases, a relação entre temperatura, pres- são e volume inicial e fi nal pode ser descrita por: 0 0 0 p V 0 0 p V 0 0 ⋅p V T 0 T = p V⋅p V T No entanto, existem três transformações particulares, nas quais a lei geral dos gases pode ser simplifi cada. 1 p 0 p TT 0 V V 0 Estado inicial Estado final Transformação gasosa Observação 1 Relações entre as unidades. 1 atm = 760 mmHg = = 1,013 · 105 N/m2 1 m3 = 103 L = 106 cm3 (1 L = 103 cm3) Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 11 5/24/18 6:21 PM 12 CAPÍTULO 1 T ransformação isotérmica Robert Boyle (1627-1691) verifi cou experimentalmente uma relação de proporcionali- dade entre a pressão e o volume de um gás quando a temperatura é mantida constante. Considere um gás ideal contido no interior de um cilindro que tem um êmbolo móvel. Essa porção apresenta volume V 1 , pressão p 1 e temperatura T 1 . V 1 , p 1 , T 1 Mantendo-se a temperatura constante, o êmbolo é puxado lentamente e observa-se que o volume aumenta para V 2 . V 2 , p 2 , T 1 A pressão do gás vai diminuir em função do aumento do volume (assume valor p 2 ). Essa transformação é denominada isotérmica. A pressão e o volume são inversamente proporcionais, então: p ⋅ V = constante s p 1 ⋅ V 1 = p 2 ⋅ V 2 Essa expressão é conhecida como lei de Boyle-Mariotte e o diagrama dessa transfor- mação apresenta as características do gráfi co a seguir. p V Isoterma (todos os pontos estão à mesma temperatura) Transformação isobárica Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850), um cientista francês, verifi cou a relação de proporcio- nalidade entre o volume e a temperatura de um gás quando se mantinha a pressão constante. Considere novamente a situação inicial do gás (volume V 1 , pressão p 1 e temperatura T 1 ). V 1 , p 1 , T 1 Considere que o sistema descrito recebe calor e o êmbolo pode se mover livremente, mantendo a pressão interna constante. V 2 , p 1 , T 2 Essa transformação é denominada isobárica. A temperatura e o volume são direta- mente proporcionais, então: V T = constante s 1 1 V 1 V T 1 T = 2 2 V 2 V T 2 T Essa expressão é conhecida como lei de Gay-Lussac para a transformação isobárica, e o diagrama dessa transformação apresenta a seguinte forma: T V Defi nição Transformação isotérmica : quando a temperatura permanece constante. Nesse caso, a pressão do gás varia de forma inversamente proporcional ao volume ocupado pelo gás. Transformação isobárica : quando a pressão permanece constante. Nesse caso, o volume do gás varia de forma diretamente proporcional à temperatura. Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 12 5/24/18 6:21 PM 13 FÍ S IC A Transformação isovolumétrica Jacques Charles (1746-1823), um cientista experimental francês, investigou a relação entre pressão e temperatura quando se mantinha o volume constante. Assim, vamos con- siderar, novamente, a situação inicial do gás (volume V 1 , pressão p 1 e temperatura T 1 ). V 1 , p 1 , T 1 Fornecendo calor ao gás e mantendo o êmbolo fi xo, o volume permanece constante, já a temperatura e a pressão variam. V 1 , p 2 , T 2 Essa transformação é denominada isométrica, isocórica ou isovolumétrica. Nesse caso, a pressão do gás varia de forma diretamente proporcional à temperatura, então: p T = constante s 1 1 p T 1 T = 2 2 p T 2 T Essa expressão também é conhecida como lei de Charles para a transformação isovo- lumétrica, e o diagrama dessa transformação tem a forma representada a seguir. p T A equa•‹o de Clapeyron A lei geral dos gases, bem como as relações para as transformações gasosas, foi deter- minada experimentalmente sem que se levasse em conta o caráter molecular dos gases. No século XIX, o engenheiro francês Benoît Paul-Émile Clapeyron (1799-1864) obteve a relação entre a pressão, o volume, a temperatura e o número de partículas que constituem um gás. Sabendo que ⋅p V T = constante, Clapeyron observou que essa relação era válida para uma quantidade de matéria, pois, toda vez que mudava essa quantidade, a constante tam- bém era alterada. Já se sabia que a quantidade de matéria (n) que compõe um gás ideal depende da massa (m) da porção gasosa e da massa molar (M) do gás, seguindo a relação: n =m M Clapeyron concluiu, então, que a constante dos gases poderia ser escrita da seguinte forma: ⋅p V T = n ⋅ R s p ⋅ V = n ⋅ R ⋅ T em que R a constante universal dos gases e experimentalmente se obteve seu valor: R = 0,082 atm L mol K ⋅ ⋅ = 8,31 J mol K⋅ A tabela a seguir apresenta as unidades de todas as grandezas envolvidas na equação, no SI, e também em outras unidades usuais. Unidades Grandeza Unidade no SI Unidades usuais p N/m2 atm V m3 L n mol mol m kg g M kg/mol g/mol T K K (exclusivamente) R J/mol ⋅ K atm ⋅ L/mol ⋅ K Defi nição Transformação isométrica : quando o volume permanece constante. Nesse caso, a pressão do gás varia de forma diretamente proporcional à temperatura. Massa molar : corresponde à massa, em gramas, ocupada por um mol de gás. Um mol equivale a 6,023 ⋅ 1023 moléculas ou átomos (esse número é denominado constante de Avogadro). A massa molar do gás oxigênio, por exemplo, é 32 g/mol; assim, 1 mol de quantidade de matéria contém uma porção do gás oxigênio de massa 32 g. Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 13 5/24/18 6:21 PM 14 CAPÍTULO 1 Conexões A lei dos gases e a embolia gasosa A densidade da água do mar é, em média, 1,03 g/cm3. Sendo assim, pode-se demonstrar, por meio de cálculos, que a pressão exercida pela coluna de água sobre um mergulhador que se encontra a 10 metros de profundidade é de, aproximadamente, 2 atm. Dessa forma, a pressão exercida sobre o mergulhador nessa profundidade é o dobro da pressão atmosférica. Caso ele se encontre a 20 metros de profundidade, a pres- são exercida sobre seu corpo será 3 atm, o triplo da pressão atmosférica. Mas o que acontece com o mergulhador que se encontra a 10 metros de profundidade e decide subir rapidamente à superfície sem respirar? Se a 10 metros de profundidade a pressão exercida sobre o mergu- lhador é duas vezes a da superfície, uma subida rápida faz com que haja uma descompressão acentuada e, consequentemente, uma expansão dos gases no interior dos pulmões, podendo romper as membranas desses órgãos e levá-lo à morte ou provocar uma embolia gasosa. Para que esses efeitos sejam sanados, é necessário que se faça a recompressão. Nesse caso, o mergulhador é colocado em uma câ- mara fechada e a pressão é gradualmente aumentada. A seguir, a pressão é reduzida muito lentamente (descompressão gradual) até chegar ao valor da pressão atmosférica local. TITO; CANTO. Qu’mica na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2006. v. 1. (Adaptado.) 1. Peça ao professor de Biologia uma explicação detalhada sobre os efeitos da embolia gasosa no mergulhador. 2. Peça, também, o motivo pelo qual a descompressão gradual é capaz de evitar os efeitos da embolia. Mergulhadores em uma câmara de descompressão. A L E X IS R O S E N F E L D /S P L /L a ti n s to c k Atividades 13. No interior de um cilindro de volume variável, tem-se uma porção de gás ideal. Para o volume de 10 L, a pressão é de 6 atm. Se o volume do gás for aumentado para 15 L, calcule a nova pressão ocupada pelo gás, sabendo que a tempera- tura permaneceu constante durante todo o processo. 14. Numa manhã fria, os pneus de um automóvel foram ca- librados com uma pressão de 2,0 atm quando a tempe- ratura era de 7 °C. Após uma longa viagem, por volta do meio-dia, o motorista para em um posto de serviços e, enquanto abastece o carro, aproveita para verifi car a pres- são dos pneus. Considerando que, em razão da viagem, a temperatura do ar no interior dos pneus aumentou para 87 °C, sem que o volume tenha se alterado, a pressão verifi cada pelo motorista foi de aproximadamente: a) 1,2 atm b) 1,8 atm c) 2,0 atm d) 2,6 atm e) 3,2 atm 15. (UEPG-PR) Sobre os gases ideais pode-se afi rmar que: (01) Obedecem à lei geral dos gases, ou seja, pV T 1 1 1 = p V T 2 2 2 (02) Dentre suas características temos que as colisões en- tre as partículas que os constituem são consideradas perfeitamente elásticas. (04) Para uma transformação isotérmica desses gases, as grandezas pressão e volume tornam-se inversamen- te proporcionais. (08) Para uma transformação isobárica o volume e a temperatura, são inversamente proporcionais, por- tanto, quando a temperatura aumentar, seu volume também aumentará. Logo, se o volume passar de V para V + 4 sua temperatura passará de T para T + 4. Dê a soma dos números dos itens corretos. Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 14 5/24/18 6:22 PM 15 FÍ S IC A 16. (UFRGS-RS) Considere que certa quantidade de gás ideal, mantida a temperatura constante, está contida em um recipiente cujo volume pode ser variado. Assinale a alternativa que melhor representa a variação da pressão (p) exercida pelo gás, em função da variação do volume (V) do recipiente. a) b) c) d) e) 17. (ITA-SP) O pneu de um automóvel é calibrado com ar a uma pressão de 3,10 ⋅ 105 Pa a 20 °C, no verão. Considere que o volume não varia e que a pressão atmosférica se mantém constante e igual a 1,01 ⋅ 105 Pa. A pressão do pneu, quando a temperatura cai a 0 °C, no inverno, é: a) 3,83 ⋅ 105 b) 1,01 ⋅ 105 c) 4,41 ⋅ 105 d) 2,89 ⋅ 105 e) 1,95 ⋅ 105 18. +Enem [H18] Verifi ca-se que, depois de algum tempo de se colocar uma garrafa PET vazia, fechada, no freezer, a garrafa apresenta-se “amassada”. Isso ocorre em razão da contração no volume do ar contido na garrafa após seu resfriamento. Considere que: • o volume tenha sofrido uma redução de 10% do volu- me inicial; • a garrafa foi bem fechada, à temperatura de 27 °C, não havendo vazamento de ar; • a temperatura no interior do freezer era de −16 °C; e que o ar no interior da garrafa se comporte como um gás ideal. Então, a razão entre a pressão interna do freezer e a pres- são atmosférica era, aproximadamente, igual a: a) 0,66 b) 0,95 c) 1,00 d) 5,93 e) 8,57 19. (UFPR) Um recipiente esférico possui um volume interno igual a 8,0 L. Suponha que se queira encher esse recipiente com gás nitrogênio, de modo que a pressão interna seja igual a 2,0 atm a uma temperatura de 27 °C. Conside- rando a massa molecular do nitrogênio igual a 28 g/mol a constante universal dos gases como 8,0 J/(K ⋅ mol) e 1 atm = 105 Pa, calcule a massa desse gás que caberia no recipiente sob as condições citadas. 20. (Unicamp-SP) Um cilindro de 2,0 litros é dividido em duas partes por uma parede móvel fi na, conforme o esquema a seguir. O lado esquerdo do cilindro contém 1,0 mol de um gás ideal. O outro lado contém 2,0 mol do mesmo gás. O conjunto está à temperatura de 300 K. (Dado: R = 0,080 atm ⋅ L/(mol ⋅ K)) 1,0 mol 2,0 mol a) Qual será o volume do lado esquerdo quando a pare- de móvel estiver equilibrada? b) Qual é a pressão nos dois lados, na situação de equilíbrio? R e p ro d u ç ã o /U F R G S , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 15 5/24/18 6:22 PM 16 CAPÍTULO 1 Complementares Tarefa proposta 18 a 32 21. (Uece) Considere um gás ideal em um recipiente mantido a temperatura constante e com paredes móveis, de modo que se possa controlar seu volume. Nesse recipiente há um vazamento muito pequeno, mas o volume é controlado lentamente de modo que a razão entre o número de mols de gás e seu volume se mantém constante. Pode-se afi rmar corretamente que a pressão desse gás: a) é crescente. b) é decrescente. c) varia proporcionalmente ao volume. d) é constante. 22. (Vunesp) Uma bomba de ar, constituída de cilindro e êmbolo, está acoplada a uma bola de futebol. Na base do cilindro, existe uma válvula que se abre sob pressão e que só permite a passagem de ar do cilindro para a bola. Inicialmente, o êmbolo está à distância d 0 (indicada na fi gura 1) da base do cilindro e a pressão no interior do cilindro é a pressão atmosférica p 0 , enquanto a pressão no interior da bola é P. Quando o êmbolo é empurrado de 1 3 do seu afastamento inicial, a válvula entre o cilindroe a bola se abre (fi gura 2). d 0 d 0 /3 PP Válvula fechada Válvula aberta Figura 1 Figura 2 p 0 Considerando a temperatura constante e o gás ideal, po- de-se dizer que a pressão P no interior da bola é: a) 2 3 ⋅ p 0 d) 2 ⋅ p 0 b) p 0 e) 3 ⋅ p 0 c) 3 2 ⋅ p 0 23. (FMJ-SP) Um gás ideal, contido num recipiente dotado de êmbolo móvel, descreve um ciclo térmico ADCBA como mostra o gráfi co. O processo entre A e D e entre C e B são isotérmicos. Com base no gráfi co e sabendo que a temperatura em A é 200 K, determine: a) os trechos do ciclo ADCBA onde o processo é isocórico e onde é isobárico; b) o volume do gás ideal no ponto D e a temperatura da isoterma que liga os pontos B e C em Kelvin. 24. (Fuvest-SP) Um extintor de incêndio cilíndrico, contendo CO 2 , possui um medidor de pressão interna que, inicialmen- te, indica 200 atm. Com o tempo, parte do gás escapa, o extintor perde pressão e precisa ser recarregado. Considere que a temperatura permanece constante e que o CO 2 , nes- sas condições, se comporta como um gás perfeito. Quando a pressão interna for igual a 160 atm, a porcentagem da massa inicial de gás que terá escapado corresponderá a: a) 10% b) 20% c) 40% d) 60% e) 75% Tarefa proposta 1. Determinada substância apresenta o diagrama de fases representado a seguir. A seta representa um tipo de trans- formação que é denominada: p T a) condensação. b) fusão. c) solidifi cação. d) sublimação. e) vaporização. 2. (Vunesp) Aquece-se certa quantidade de água. A tempe- ratura em que irá ferver depende da: a) temperatura inicial da água. b) massa da água. c) pressão ambiente. d) rapidez com que o calor é fornecido. e) quantidade total do calor fornecido. R e p ro d u ç ã o /F M J , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 16 5/24/18 6:22 PM 17 FÍ S IC A 3. Um bloco de gelo, inicialmente à temperatura de 0 °C e à pressão de 1 atm, tem sua pressão aumentada. É correto afi rmar que: a) sua temperatura de fusão continua a mesma. b) sua temperatura de fusão diminui, podendo ocorrer fusão. c) sua temperatura de fusão aumenta. d) sua temperatura de fusão depende da massa do bloco de gelo. e) sua temperatura de fusão depende do volume do blo- co de gelo. 4. (Fuvest-SP) Acredita-se que os cometas sejam “bolas de gelo” que, ao se aproximarem do Sol, volatilizam parcial- mente à baixa pressão do espaço. Qual das fl echas do diagrama seguinte corresponde à transformação citada? H 2 O (sólido) H 2 O (líquido) H 2 O (vapor) a b d Pressão Temperatura e c 5. (Enem) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamente que em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor escapar, a não ser através de um orifício central sobre o qual se assenta um peso que controla a pressão. Quando em uso, de- senvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para sua operação segura, é necessário observar a limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de se- gurança, normalmente situada na tampa. O esquema da panela de pressão e um diagrama de fases da água são apresentados a seguir. A vantagem do uso da panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve: a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa. b) à temperatura no seu interior, que está acima da tem- peratura de ebulição da água no local. c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela. d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula. e) à espessura de sua parede, que é maior que a das pa- nelas comuns. 6. (UFRGS-RS) Considere os seguintes diagramas de fase para dióxido de carbono e água. CO 2 H2O p (atm) p (atm) 5,1 1,0 T (°C) T (°C) 0,0060 0,01–56 Um estudante, ao analisar esses diagramas, formulou as seguintes afi rmações. Julgue-as (V ou F): I. Não é possível encontrar CO 2 vapor abaixo de −56 °C. II. Existe possibilidade de se encontrar CO 2 sólido em temperaturas acima de −56 °C, desde que a pressão seja sufi cientemente alta. III. A 0,0060 atm e 0,01 °C coexistem em equilíbrio água líquida, vapor e gelo. IV. Não é possível encontrar água líquida em temperatu- ras inferiores a 0,01 °C. 7. Algumas das propriedades da água podem ser conhecidas fazendo-se a correta interpretação deste diagrama p × T, isto é, pressão versus temperatura. II III I T p X Com base nas informações desse diagrama, é correto afi rmar que: a) a curva entre as regiões I e II corresponde à curva de vaporização da água. b) a curva entre as regiões II e III corresponde à curva de sublimação da água. c) a região I corresponde à fase líquida da água. d) a temperatura de fusão da água diminui com o au- mento da pressão. e) o ponto representado por X é chamado de ponto crítico. 8. (UFRGS-RS) Qualquer substância pode ser encontrada nos estados (ou fases) sólido (S), líquido (L) ou gasoso (G) de- pendendo das condições de pressão (p) e temperatura (T) a que está sujeita. Esses estados podem ser representados em um gráfi co p × T conhecido como diagrama de fases, como o mostrado na fi gura, para uma substância qualquer. R e p ro d u ç ã o /E N E M , 1 9 9 9 Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 17 5/24/18 6:22 PM 18 CAPÍTULO 1 As regiões de existência de cada fase estão identificadas por (S), (L) e (G) e os pontos a, b, c e d indicam quatro estados distintos de (p, T) Considere as afirmações. I. A substância não pode sublimar se submetida a pres- sões constantes maiores do que p a . II. A substância se estiver no estado b pode ser vaporiza- da por transformações isotérmicas ou isobáricas. III. A mudança de estado c → d é isobárica e conhecida como solidificação. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 9. (UFU-MG) A água, substância comum e indispensável a nossa sobrevivência, em condições cotidianas normais, pode se apresentar em três estados físicos diferentes: sóli- do, líquido e vapor. A figura representa de forma simplifi- cada, e fora de escala, o diagrama de fases da água, com os eixos representando temperatura e pressão. As linhas do diagrama representam a pressão de mudança de fase em função da temperatura. a) Com base no diagrama de fases explique, do ponto de vista da Física, como a panela de pressão consegue cozinhar alimentos mais rapidamente quando compa- rada a uma panela comum. b) Os patins de gelo possuem uma lâmina em sua parte inferior que, em contato com o gelo, faz com que ele derreta, criando um sulco onde ocorre o deslizamento. Após os patins passarem pelo sulco, dependendo da temperatura local, a água do sulco pode se solidificar novamente. Com base no diagrama de fases, explique o fenômeno descrito. 10. O diagrama a seguir mostra a pressão em função da tem- peratura para as mudanças de fase de uma substância. C A B p T As mudanças representadas pelas setas A, B e C são, res- pectivamente: a) fusão, vaporização e solidificação. b) solidificação, liquefação e sublimação. c) fusão, vaporização e sublimação. d) sublimação, fusão e vaporização. e) vaporização, sublimação e fusão. 11. +Enem [H17] No gráfico a seguir, as curvas I, II, III e IV cor- respondem à variação de pressão de vapor em função da temperatura de dois líquidos puros e das respectivas solu- ções de mesma concentração de um mesmo sal nesses dois líquidos. O ponto de ebulição de um dos líquidos é 90 °C. A respeito das informações, que podem ser extraídas da análise do gráfico, as temperaturas de ebulição do líquido puro mais volátil e da solução relativa ao líquido menos volátil, sob pressão de 1 atm, são: 780 I II III IV 760 740 720 Temperatura (oC) 700 60 70 80 90 100 110 P re ss ‹ o ( m m H g ) a) 70 °C e 60 °C b) 70 °C e 100 °C c) 90 °C e 75 °C d) 60 °C e 95 °C e) 80 °C e85 °C 12. (UFSC) Considere o diagrama de fases do dióxido de car- bono, representado a seguir. Assinale qual(is) a(s) propo- sição(ões) correta(s): Pressão (atm) Temperatura (°C) 73 E A B C D 60 40 20 5,1 1 –70 –56,6 –30 –10 10 30 37 R e p ro d u ç ã o / U F R G S , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U F U -M G , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 18 5/24/18 6:22 PM 19 FÍ S IC A (01) À pressão de 73 atm, o dióxido de carbono é líquido na temperatura de 25 °C e é sólido na temperatura de −60 °C, mantendo a mesma pressão. (02) Os valores de pressão e temperatura corresponden- tes à linha A-C-E representam o equilíbrio entre os estados sólido e vapor. (04) Este composto é um vapor nas condições ambientes. (08) A −56,6 °C e 5,1 atm tem-se o ponto triplo, no qual o dióxido de carbono se encontra em equilíbrio nos três estados físicos. (16) No ponto C do diagrama, estão em equilíbrio as fa- ses sólida e vapor. (32) O gelo-seco sublima quando mantido a 1 atm; por- tanto, não é possível conservá-lo em freezers co- muns, a −18 °C. Dê a soma dos números dos itens corretos. 13. (Unicamp-SP) No Rio de Janeiro (ao nível do mar), certa quan- tidade de feijão demora 40 minutos em água fervente para fi car pronta. A tabela adiante fornece o valor da tempera- tura da fervura da água em função da pressão atmosférica, enquanto o gráfi co fornece o tempo de cozimento dessa quantidade de feijão em função da temperatura. A pressão atmosférica ao nível do mar vale 760 mm de mercúrio, e ela diminui 10 mm de mercúrio para cada 100 m de altitude. Temperatura de fervura da água em função da pressão Pressão em mm de Hg Temperatura em °C 600 94 640 95 680 97 720 98 760 100 800 102 840 103 880 105 920 106 960 108 1 000 109 1 040 110 160 140 120 100 80 60 40 20 0 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112 Te m p o d e c o zi m e n to ( m in ) Temperatura (¡C) a) Se o feijão fosse colocado em uma panela de pres- são a 880 mm de mercúrio, em quanto tempo ele fi caria pronto? b) Em uma panela aberta, em quanto tempo o feijão fi cará pronto na cidade de Gramado (RS), na altitude de 800 m? c) Em que altitude o tempo de cozimento do feijão (em uma panela aberta) será o dobro do tempo de cozi- mento ao nível do mar? 14. (Fatec-SP) Aviões a jato, ao voarem em altitudes aproxima- das de 25 mil pés, geram rastros chamados de contrails (ou trilhas de condensação), que nada mais são do que os rastros do ar, ejetados das turbinas das aeronaves. A formação desses contrails ocorre devido: a) ao choque térmico entre o ar frio (a cerca de −20 °C), que sai da turbina, e o ar a temperatura ambiente (a cerca de 25 °C), atrás da aeronave. b) a rápida sucção das nuvens à frente da aeronave, e a rápida ejeção delas para trás do avião. c) ao gelo-seco, despejado no ar pelo acionamento in- tencional do piloto. d) a rápida sucção de partículas de poeira à frente da ae- ronave, e a rápida ejeção delas para trás do avião. e) ao choque térmico entre o ar quente (a cerca de 300 °C), que sai da turbina, e o ar a temperatura muito baixa (a cerca de −25 °C) atrás da aeronave. 15. (UFMG) Na fi gura I, está representado o diagrama de fase − pressão versus temperatura − da água e, na fi gura II, a dependência do volume de uma determinada massa de água com a temperatura. 100 P re ss ã o ( a tm ) 10 50 100 0,1 0,01 – 25 Temperatura (oC) Temperatura (oC) I II 1 0 0 2 4 6 8 10 1 000,30 1 000,20 1 000,10 1 000,00 V o lu m e ( cm 3 ) a) Em regiões muito frias, a temperatura da água é menor na superfície que no fundo dos lagos; por isso, a água congela primeiro na superfície. Explique esse fenômeno com base nas informações contidas nos diagramas. R e p ro d u ç ã o / F a te c , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 19 5/24/18 6:23 PM 20 CAPÍTULO 1 b) A cidade do Rio de Janeiro está ao nível do mar e Belo Horizonte, a uma altitude de, aproximada- mente, 850 m. Considerando essas informações, responda: b 1 ) A temperatura de ebulição da água em Belo Horizon- te é menor, igual ou maior que no Rio de Janeiro? Justifique sua resposta, usando informações contidas nos diagramas. b 2 ) A temperatura em que a água congela em Belo Hori- zonte é menor, igual ou maior que no Rio de Janeiro? Justifique sua resposta, usando informações contidas nos diagramas. 16. (UFRGS-RS) Quando se fornece calor a uma substância, podem ocorrer diversas modificações decorrentes de pro- priedades térmicas da matéria e de processos que envol- vem a energia térmica. Considere as afirmações abaixo, sobre processos que en- volvem fornecimento de calor. I. Todos os materiais, quando aquecidos, expandem-se. II. A temperatura de ebulição da água depende da pressão. III. A quantidade de calor a ser fornecida, por unidade de massa, para manter o processo de ebulição de um líquido é denominada calor latente de vaporização. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 17. (Unifesp) Os líquidos podem se transformar em vapor por evaporação ou ebulição. Enquanto a evaporação é um fenômeno espontâneo, restrito à superfície do líquido e que pode ocorrer a temperatura e pressão ambientes, a ebulição ocorre em todo o líquido, sob condições de pressão e temperatura determinadas para cada líquido. Contudo, ambas as transformações, para se efetivarem, exigem o consumo da mesma quantidade de calor por unidade de massa transformada. (Dados: densidade da água = 1 000 kg/m3; calor latente de va- porização da água = 2 300 kJ/kg) a) Quando as roupas são estendidas nos varais, ou a água no piso molhado de um ambiente é puxada pelo rodo, tem-se por objetivo apressar a secagem − trans- formação da água em vapor − dessas roupas ou do piso. Qual a causa comum que se busca favorecer nes- ses procedimentos? Justifique. b) Avalia-se que a área da superfície da pele de uma pessoa adulta seja, em média, da ordem de 1,0 m2. Suponha que, ao sair de uma piscina, uma pessoa retenha junto à pele uma camada de água de es- pessura média 0,50 mm. Qual a quantidade de calor que essa camada de água consome para evaporar? Que relação tem esse cálculo com a sensação de frio que sentimos quando estamos molhados, mesmo em dias quentes? Justifique. 18. (PUC-RJ) Uma certa quantidade de gás ideal ocupa inicial- mente um volume V 0 com pressão P 0 . Se sobre esse gás se realiza um processo isotérmico do- brando sua pressão para 2P 0 qual será o volume final do gás? a) V 3 0 b) V 2 0 c) V 0 d) 2V 0 e) 3V 0 19. (FGV-SP) O gráfico ilustra o comportamento das pres- sões (p) em função dos volumes (V) em duas transfor- mações consecutivas, AB e BC, sofridas por certa massa de gás encerrada em um recipiente dotado de êmbolo, como o cilindro de um motor à explosão. Sabe-se que há uma relação entre os volumes ocupados pelo gás na transformação AB (V A = 2 ⋅ V ⋅ V B ) e também entre as pressões (p c = 2 ⋅ p B = 4 ⋅ p A ). V B = V C V A V A B C 0 p A p B p C p É correto afirmar que as transformações AB e BC pelas quais o gás passou foram, respectivamente: a) isotérmica e isométrica. b) isotérmica e isobárica. c) adiabática e isométrica. d) adiabática e isobárica. e) isométrica e isotérmica. 20. +Enem [H18] Uma técnica muito eficaz para se levanta- rem cargas subaquáticas é o uso de um balão, contendo um gás que pode ser considerado ideal. À medida que o balão sobe, seu volume vai aumentando por causa da diminuição da pressão. Sabe-se que, a certa profundidade, o gás contido no balão está em equilíbrio térmico com a água a uma temperatura absoluta T 0 e a uma pressão p 0 . Quando o balão sai da água, depois de levantar a car- ga, o gás nele contido entra em equilíbrio térmico com o ambiente a uma temperatura absoluta T = 5 4 ⋅ T 0 e a uma pressão p = 2 3 ⋅ p 0 , a razão entre o volume V 0 do gás quando o balão está submerso e o volumeV do mesmo gás quando o balão está fora da água é de: a) 2 3 b) 5 4 c) 5 6 d) 8 15 e) 6 5 21. (Uece) Considere dois sistemas compostos por gases ideais, com massas moleculares diferentes, cada um em um reci- piente com isolamento térmico. A pressão, o volume e a temperatura são tais que R pV T é o mesmo para ambos. É correto afirmar que: Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 20 5/24/18 6:23 PM 21 FÍ S IC A a) o número de mols de gás em cada recipiente é igual, assim como as massas também são iguais. b) o número de mols de gás em cada recipiente é diferen- te, mas as massas são iguais. c) o número de mols de gás em cada recipiente é igual, mas as massas são diferentes. d) o número de mols de gás em cada recipiente é diferen- te, assim como as massas são diferentes. 22. (Ifsul-RS) Abaixo temos o diagrama p × V em que estão representadas três transformações que levam um gás ideal do estado inicial (i) para o estado fi nal (f). Considerando o estudo das transformações gasosas, os três processos aos quais o gás é submetido são, respectivamente: a) isobárico, isotérmico e isovolumétrico. b) isovolumétrico, isobárico e isotérmico. c) isotérmico, isobárico e isovolumétrico. d) isovolumétrico, isotérmico e isobárico. 23. (UFRN) Um mergulhador que faz manutenção em uma plataforma de exploração de petróleo está a uma pro- fundidade de 15,0 m quando uma pequena bolha de ar, de volume V i , é liberada e sobe até a superfície, onde a pressão é a pressão atmosférica (1,0 atm). Para efeito desse problema, considere que: • a temperatura dentro da bolha permanece constante enquanto esta existir; • a pressão aumenta cerca de 1,0 atm a cada 10,0 m de profundidade; • o ar da bolha é um gás ideal e obedece à relação ⋅p V T = constante, e p, V e T são, respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura do ar dentro da bolha. Na situação apresentada, o volume da bolha, quando ela es- tiver prestes a chegar à superfície, será de aproximadamente: a) 4,5 ⋅ V i b) 3,5 ⋅ V i c) 1,5 ⋅ V i d) 2,5 ⋅ V i 24. (UPM-SP) A tabela apresenta as características de duas amostras do mesmo gás perfeito. O preenchimento cor- reto da lacuna existente para a amostra 2 é: Características Amostra 1 Amostra 2 Pressão (atm) 1,0 0,5 Volume (litros) 10,0 20,0 Massa (g) 4,0 3,0 Temperatura (°C) 27,0 a) 273,0 °C b) 227,0 °C c) 197,0 °C d) 153,0 °C e) 127,0 °C 25. (Uece) Em um gás ideal, a pressão, o volume e a tempe- ratura são relacionados pela equação p ⋅ V = n ⋅ R ⋅ T. Para esse gás, a razão entre a pressão e a temperatura é: a) inversamente proporcional à densidade do gás. b) não depende da densidade do gás. c) diretamente proporcional ao quadrado da densidade do gás. d) diretamente proporcional à densidade do gás. 26. (PUC-RJ) Um mol de gás ideal, à pressão de 16,6 atm, ocupa uma caixa cúbica cujo volume é de 0,001 m3. Qual a temperatura do gás e a força que o gás exerce sobre a tampa quadrada da caixa? (Considere 1,0 atm = 1,0 ⋅ 105 Pa, R = 8,3 J/(mol ⋅ K)) a) 100 K e 8,3 ⋅ 103 N b) 100 K e 16,6 ⋅ 103 N c) 166 K e 8,3 ⋅ 103 N d) 200 K e 16,6 ⋅ 103 N e) 200 K e 8,3 ⋅ 103 N 27. (Escola Naval-RJ) Analise a fi gura abaixo. Após uma lavagem, certa quantidade de vapor de água, na temperatura inicial de 27 °C, permaneceu confi nada no interior de um tanque metálico. A redução da tempera- tura para 7,0 °C causou condensação e uma consequente redução de 50% no número de moléculas de vapor. Supo- nha que o vapor de água se comporte como um gás ideal ocupando um volume constante. Se a pressão inicial for 3,0 ⋅ 103 Pa, a pressão fi nal, em quilo pascal, será: a) 1,4 b) 1,5 c) 2,0 d) 2,8 e) 2,9 28. (Uerj) Um motorista estaciona seu carro completamente fe- chado sob o Sol. Nesse instante, a temperatura no interior do carro é igual a 25 °C. Ao retornar, algum tempo depois, verifi ca que essa temperatura interna é igual a 35 °C. Considerando o ar como um gás perfeito, calcule a varia- ção percentual da pressão, ∆p P , entre os dois momentos, no interior do carro. 29. (UFF-RJ) Um gás ideal estava confi nado à mesma tempe- ratura em dois recipientes, 1 e 2, ligados por uma válvula inicialmente fechada. Os volumes dos recipientes 1 e 2 são 4 L e 6 L, respectivamente. A pressão inicial no recipiente 1 era de 4,8 atm. Recipiente 1 Recipiente 2 V‡lvula R e p ro d u ç ã o / If s u l- R S , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o / E s c o la N a v a l- R J , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 21 5/24/18 6:23 PM 22 CAPÍTULO 1 Abriu-se a válvula e os conteúdos dos recipientes atingi- ram um estado fi nal de equilíbrio à pressão de 2,4 atm e à mesma temperatura inicial. A porcentagem do número total de mols de gás que ocupava o recipiente 1 antes da abertura da válvula era: a) 60% b) 80% c) 50% d) 40% e) 20% 30. (UFSC) Calibrar os pneus de um carro consiste em colocar ou retirar ar atmosférico do pneu, e é uma prática que todos os motoristas devem fazer pelo menos a cada 15 dias, para ga- rantir a segurança do veículo e de seus integrantes assim como para aumentar a vida útil do pneu. Em média, o pneu de um carro de passeio é calibrado com uma pressão que pode variar entre 28 e 30 psi (libras por polegada quadrada). Em situações de grande carga no veículo e viagens longas, orienta-se que se calibrem os pneus com duas libras a mais de pressão. (Não vamos considerar os pneus que são calibrados com nitrogênio). Disponível em: <http://guiadicas.net/como-economizar-alcool-e-gasolina-no-carro/>. Acesso em: 25 ago. 2013. Considerando o ar atmosférico como um gás ideal e com base no que foi exposto, assinale a(s) proposi- ção(ões) correta(s). (01) Quando o carro está em movimento, os pneus aquecem; sendo assim, podemos considerar que o ar atmosférico dentro dos pneus sofre uma transfor- mação isobárica. (02) Para uma correta calibragem da pressão, é necessá- rio que ela seja feita com os pneus frios, pois a alta temperatura indicaria uma pressão maior. (04) Independentemente das medidas de um pneu, se o calibrarmos com 30,0 psi, o número de mols de ar é o mesmo. (08) A pressão de um gás confi nado em um recipien- te depende de alguns fatores: quantidade de gás, temperatura do gás e volume do recipiente. Estes fatores infl uenciam diretamente o número de coli- sões e a intensidade destas colisões com as paredes do recipiente. (16) Um pneu com as seguintes medidas: raio interno 14,0 cm, raio externo 19,0 cm e largura 18,0 cm, calibrado com 30,0 psi a 25 °C, possui um volume de ar atmosférico de 45 L. (32) A dilatação do pneu quando aquecido pode ser des- prezada se comparada com a expansão que o gás pode sofrer quando é submetido à mesma variação de temperatura. Dê a soma dos números dos itens corretos. 31. (Uece) Quatro recipientes metálicos, de capacidades di- ferentes, contêm oxigênio. Um manômetro acoplado a cada recipiente indica a pressão do gás. O conjunto está em equilíbrio térmico com o meio ambiente. 20 L I 30 L II 40 L III 50 L IV 1,0 atm 0,80 atm 0,40 atm 0,30 atm Considere os valores das pressões e dos volumes indicados na ilustração e admita que o oxigênio se comporta como um gás ideal. Pode-se concluir que o recipiente que con- tém maior número de moléculas de oxigênio é o da fi gura: a) I b) II c) III d) IV 32. (UFPR) Um cilindro com dilatação térmica desprezível pos- sui volume de 25 litros. Nele estava contido um gás sob pressão de 4 atmosferas e temperatura de 227 °C. Uma válvula de controle do gás do cilindro foi aberta até que a pressão no cilindro fosse de 1 atm. Verifi cou-se que, nessa situação, a temperatura do gás e do cilindro era a ambiente e igual a 27 °C. (Considere que a temperatura de 0 °C corresponde a 273 K). Assinale a alternativa que apresenta o volume de gás que escapou do cilindro, em litros. a) 11,8 b) 35 c) 60 d)85 e) 241 Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/states-of-matter-basics>. Acesso em: 28 fev. 2018. O site indicado apresenta um simulador que permite explorar os estados da matéria. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 79 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / U F S C , 2 0 1 4 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c01_01a22.indd 22 5/24/18 6:23 PM ► Compreender que, numa transformação isobárica, o trabalho está diretamente relacionado com a variação de volume. ► Identifi car os processos de expansão, em que o trabalho é realizado pelo gás, e os processos de contração, em que o trabalho é realizado sobre o gás. ► Calcular o trabalho pela área sob a curva que determina a transformação em um diagrama p × V. ► Identifi car e analisar transformações cíclicas e determinar o trabalho realizado nessas situações. Principais conceitos que você vai aprender: ► Transformações isobáricas ► Diagrama p × V ► Trabalho motor e resistente para um gás ► Transformações cíclicas 23 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A M iro slav K re s a c /S h u tte rs to ck 2 TRABALHO TERMODINÂMICO Mesmo diante de políticas de incentivo realizadas pelos governos de diversos paí- ses pelo mundo, a maioria dos veículos de transporte e/ou passeio utiliza motores de combustão. Pesquisas incessantes vêm sendo realizadas para que seja obtida maior quantidade de calor convertida em trabalho, uma vez que o funcionamento deles de- pende da queima de um combustível. A partir de uma centelha, a queima da mistura ar-combustível, no interior desses moto- res, produz grande quantidade de energia térmica que permite acionar dispositivos, como pistões, para a realização de trabalho. Contudo, nem toda essa energia térmica pode ser convertida em trabalho. Boa parte dela promove o aquecimento do motor, também neces- sário, mas de forma controlada por meio de um sistema de arrefecimento. As pesquisas buscam explorar, além de novos tipos de combustível, outras formas de energia para proporcionar trabalho de forma efi ciente e limpa, já que os motores de com- bustão contribuem para a emissão de poluentes, prejudiciais ao meio ambiente. Os motores denominados híbridos, combinação entre motores de combustão e elétricos, apresentam melhor eficiência e menor agressão ao meio ambiente. De ma- neira inteligente, o acionamento desses motores é feito e controlado por micropro- cessadores. Isso garante a produção de trabalho, assegurando-se as melhores condi- ções de desempenho. • Mesmo com o aumento do uso desses motores, ainda é grande o número de veícu- los que operam apenas com o motor de combustão. Que barreiras ainda impedem a substituição mais rápida desses motores? Que relação elas têm com o trabalho produzido? A ts to c k P ro d u c ti o n s /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 23 5/24/18 6:20 PM 24 CAPÍTULO 2 T rabalho de um gás Trabalho em uma transformação isobárica Considere determinada massa gasosa, contida no interior de um recipiente com um êmbolo móvel, que ocupa um volume V 0 , com pressão p e temperatura T 0 . Fornecendo ca- lor ao gás e deixando o êmbolo solto, sem atrito, a pressão do gás permanecerá constante, e o gás sofrerá uma expansão isobárica. A força que o gás aplica no êmbolo faz com que ele se desloque; caracterizando uma realização de trabalho pelo gás, que pode ser calcu- lado por: Atenção 1 Como descrito, na Dinâmica o trabalho é sempre realizado por uma força, já no estudo dos gases uma transformação gasosa é capaz de transformar energia na forma de calor em trabalho mecânico. Assim, quando nos referimos ao trabalho de um gás, rigorosamente devemos dizer: trabalho da força de uma pressão em uma transformação gasosa, porém, simplifi cando a linguagem, podemos defi nir como trabalho de um gás. p = constante d A A V V 0 † = F ⋅ d ⋅ cos 0° = F ⋅ d em que F = p ⋅ A, sendo A a área do êmbolo. Substituindo, temos: † = p ⋅ A ⋅ d Finalmente, A ⋅ d = ∆V, em que ∆V = V − V 0 é a variação de volume do gás. Portanto, o trabalho † realizado pelo gás durante uma transformação isobárica é dado pelo produto da pressão p e a variação do volume ∆V. † = p ⋅ ∆V Devemos notar que o gás pode sofrer um aumento em seu volume (expansão) ou uma diminuição de volume (compressão) e, portanto, o trabalho realizado por ele pode ser motor († . 0) ou resistente († , 0). Como não se define pressão negativa, então: • se ∆V . 0 s † . 0 (o gás se expande, portanto fornece energia, na forma de trabalho, ao meio externo); • se ∆V , 0 s † , 0 (o gás é comprimido, portanto recebe energia, na forma de trabalho, do meio externo); • se ∆V = 0 s † = 0 (o gás não troca energia na forma de trabalho com o meio). 1 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 24 5/24/18 6:20 PM 25 FÍ S IC A Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Identifi que as informações importantes para o entendimento do processo: pressão constante e volume fi nal o triplo do inicial. Observe que as unidades de medida não estão totalmente padronizadas. A temperatura inicial está em ºC e terá de ser convertida em Kelvin. No item b, observe que a equação a ser utilizada é a lei geral dos gases, em que a pressão foi suprimida em virtude do processo isobárico. (Unirio-RJ) Um gás ideal está submetido a uma pressão de 1,0 ⋅ 105 N/m2. Inicialmente, seu volume é de 1,0 ⋅ 10–3 m3 e sua temperatura é de 27 °C. Ele sofre uma expansão isobárica até que seu volume fi nal seja o triplo do volume inicial. Determine: a) o trabalho mecânico, em joules, realizado pelo gás durante a expansão; b) a temperatura do gás, em Kelvin, no estado fi nal. Resolução a) O trabalho realizado pode ser encontrado por: † = p ⋅ (V 2 – V 1 ) e com p = cte † = 1 ⋅ 105 ⋅ (3 ⋅ 10–3 – 1 ⋅ 10–3) s † = 2 ⋅ 102 J b) Pela equação da transformação isobárica, temos: V T 1 1 = V T 2 2 s + V 27 273 1 = ⋅ V T 3 1 2 s T 2 = 900 K Trabalho em uma transforma•‹o gasosa Quando analisamos o caso particular da transformação isobárica e a re- presentamos num diagrama pressão × volume, como a seguir, notamos que a área do gráfico no intervalo entre V 0 e V corresponde ao trabalho † realizado pelo gás. A V 0 V V p p área (A) = p ⋅ ∆V s área ( )A( ) N † = Sendo: † = + área (A), quando ocorre a expansão do gás. † = − área (A), quando ocorre a compressão do gás. Essa propriedade pode ser generalizada para calcular o trabalho realizado em outros tipos de transformações gasosas em que a pressão varia durante o processo. B A p B p V B V p A V A A área (A) = p ⋅ ∆V área ( )A( ) N † = 1 Observação 1 Destacamos que essa propriedade é válida para qualquer forma que o diagrama p × V possa apresentar. E para grande parte dos problemas as áreas não são regiões complexas, facilitando-se os cálculos. Além disso, é importante estar atento às unidades dos eixos da pressão e do volume. Caso o trabalho seja determinado em unidades do SI, ou seja, em joules (J), a pressão deve estar em pascal (Pa) e o volume em metros cúbicos (m3). Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 25 5/24/18 6:20 PM 26 CAPÍTULO 2 Desenvolva H21 Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e/ou Eletromagnetismo. Leia o texto e, na sequência, procure desenvolver argumentos para justifi car o uso de sistemas dessa natureza. J‡ imaginou retirar energia do ar? O primeiro fruto da aposta no ar líquido surgiu na ilha britânica de Grain, em Kent, onde uma linha de pesquisa da Universi- dade de Leeds resultou na primeira usina do tipo já erguida. O projeto piloto foi construído em 2010 e chega a armazenar 350 kW, o sufi ciente para abastecer 100 casas ligadas à rede elétrica da região. O projeto, que foi aprovado em testes de rendimento echegou a ser usado em momentos de pico do consumo de energia do país, recebeu mais de R$ 35 milhões em fi nanciamento neste mês para manter as pesquisas. “Usamos ar comum. O sistema coloca ar da atmosfera no sistema, então removemos água e CO 2 , pois eles congelam de forma sólida”, explica Toby Peters, presidente de operações da Highview Power Storage. O ar é resfriado cerca de –198 ºC, ponto em que o nitrogênio se torna líquido – 78% do ar é composto do elemento. O processo diminui o gás para um líquido de volume 700 vezes menor, que fi ca armazenado em tanques climatizados como um tipo de bateria volumétrica. Quando a usina precisa recuperar a energia investida na liquefação, o ar líquido é exposto à temperatura ambiente e logo entra em ebulição. A rápida expansão do material faz girar as turbinas que convertem o movimento em eletricidade. O princípio da usina de ar líquido não é propriamente produzir energia. A matéria resfriada tem como função guardar a eletricidade excedente da rede elétrica, que teria como destino o desperdício. MACHADO, Roberta. A energia está no ar. Correio Braziliense. Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ eu-estudante/e_gerais/2013/06/07/me_gerais_interna,370176/a-energia-esta-no-ar.shtml>. Acesso em: 4 maio 2018. Uma das vantagens do uso do sistema citado no texto está na armazenagem do nitrogênio na forma líquida. Na liquefação, o nitrogênio ocupa um volume 700 vezes menor que em outras formas de armazenamento de energia. O que podemos dizer sobre essa capacidade do nitrogênio liquefeito? Atividades 1. Sob pressão constante de 3 ⋅ 104 N/m2, o volume de certa massa gasosa diminui de 2 ⋅ 10–3 m3 para 0,5 ⋅ 10–3 m3. Calcule a energia, sob a forma de trabalho, que essa massa gasosa troca com o meio. O gás recebeu ou cedeu essa energia para o meio externo? 2. (UFG-GO) A fi gura a seguir ilustra a estrutura e o funcio- namento de uma cafeteira italiana. Na sua parte inferior, uma fração do volume é preenchida com água e o res- tante por um gás contendo uma mistura de ar e vapor de água, todos à temperatura ambiente. Quando a cafeteira é colocada sobre a chama do fogão, o café produzido é armazenado no compartimento superior da cafeteira em poucos minutos. O processo físico responsável diretamente pelo funciona- mento adequado da cafeteira é: a) o isolamento adiabático da água. b) a condensação do gás. c) o trabalho realizado sobre a água. d) a expansão adiabática do gás. e) o aumento da energia interna do gás. R e p ro d u ç ã o / U F G -G O , 2 0 1 4 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 26 5/24/18 6:20 PM 27 FÍ S IC A 3. O diagrama mostra uma transformação sofrida por uma massa gasosa. Calcule a energia, sob a forma de trabalho, que o gás troca com o meio ambiente. p (105 N/m2) 2 30 6 5 V (10 – 4 m3) 4. Determinada massa gasosa sofre a transformação AB representada no diagrama a seguir. Calcule o trabalho termodinâmico. p (N/m2) 5 · 105 0 V (L)41 BA 5. O diagrama a seguir mostra uma transformação sofrida por uma massa gasosa. Calcule a energia, sob a forma de trabalho, que o gás troca com o meio ambiente. p (104 N/m2) 0 2 4 A 7 3 V (10–3 m3) 6. Uma amostra de gás ideal, inicialmente em um estado ter- modinâmico A, ocupa um volume de 1 m3, sob pressão de 4 ⋅ 105 N/m2 a uma temperatura de 400 K. Ela sofre então uma expansão de forma que sua pressão diminua para 1 ⋅ 105 N/m2 e seu volume aumente para 3 m3, atingindo o estado termodinâmico B, como mostra a fi gura. 1 0 1 ⋅ 105 4 ⋅ 105 3 B A p (N/m2) V (m3) Determine: a) a temperatura do gás no estado B, em Kelvin; b) o trabalho realizado pelo gás durante o processo A w B. 7. Certa quantidade de um gás é mantida sob pressão cons- tante dentro de um cilindro com o auxílio de um êmbolo que pode deslizar livremente. O peso do êmbolo é des- prezível e o peso da coluna de ar acima dele é de 400 N. Certa quantidade de calor é, então, transferida lentamente para o gás. Neste processo, o êmbolo se eleva de 0,02 m e a temperatura do gás aumenta. 400 N 0,02 m 400 N Nestas condições, determine: a) o trabalho realizado pelo gás; b) a área de secção transversal do êmbolo. Use: p atm = 1,0 ⋅ 105 N/m2 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 27 5/24/18 6:20 PM 28 CAPÍTULO 2 8. (Enem) No Brasil, o sistema de transporte depende do uso de combustíveis fósseis e de biomassa, cuja energia é convertida em movimento de veículos. Para esses combustíveis, a transformação de energia química em energia mecânica acontece: a) na combustão, que gera gases quentes para mover os pistões no motor. b) nos eixos, que transferem torque às rodas e impulsionam o veículo. c) na ignição, quando a energia elétrica é convertida em trabalho. d) na exaustão, quando gases quentes são expelidos para trás. e) na carburação, com a difusão do combustível no ar. 9. Um gás ideal sofre quatro transformações sucessivas, AB, BC, CD e DA, conforme mostra o gráfi co a seguir. 0 1 2 3 4 5 6 0 1 A B C D 2 3 4 5 6 Volume (litros) P re ss ã o ( a tm ) Analise as afi rmações: (01) A transformação AB é isobárica, e o gás realiza tra- balho de 6 atm ⋅ L. (02) A transformação BC é isotérmica e, nessa transfor- mação, não há realização de trabalho. (04) A transformação CD é isométrica, e o trabalho de 6 atm ⋅ L é realizado sobre o gás. (08) A transformação DA é isotérmica, e a temperatura é menor que na transformação BC. (16) Na transformação DA, o trabalho é realizado sobre o gás e, em módulo, é menor que 6,875 atm ⋅ L. Dê a soma dos números dos itens corretos. 10. (Enem) O ar atmosférico pode ser utilizado para armazenar o excedente de energia gerada no sistema elétrico, di- minuindo seu desperdício, por meio do seguinte pro- cesso: água e gás carbônico são inicialmente removidos do ar atmosférico e a massa de ar restante é resfriada até –198 °C. Presente na proporção de 78% dessa massa de ar, o nitrogênio gasoso é liquefeito, ocupando um vo- lume 700 vezes menor. A energia excedente do sistema elétrico é utilizada nesse processo, sendo parcialmen- te recuperada quando o nitrogênio líquido, exposto à temperatura ambiente, entra em ebulição e se expande, fazendo girar turbinas que convertem energia mecânica em energia elétrica. MACHADO, R. Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br>. Acesso em: 9 set. 2013. (Adaptado.) No processo descrito, o excedente de energia elétrica é armazenado pela: a) expansão do nitrogênio durante a ebulição. b) absorção de calor pelo nitrogênio durante a ebulição. c) realização de trabalho sobre o nitrogênio durante a liquefação. d) retirada de água e gás carbônico da atmosfera antes do resfriamento. e) liberação de calor do nitrogênio para a vizinhança du- rante a liquefação. 11. (UFPI) Um mol de um gás ideal é aquecido, a pressão cons- tante, passando da temperatura T inicial = 300 K para a tem- peratura T fi nal = 350 K. Considere que o valor da constante universal dos gases é R = 8,31 J/(mol ⋅ K). O trabalho realizado pelo gás durante esse processo é aproximadamente igual a: a) 104 J b) 208 J c) 312 J d) 416 J e) 520 J 12. (Unicamp-SP) Um mol de gás ideal sofre transformação A w B w C, indicada no diagrama pressão × volume da fi gura a seguir. p (atm) V (L)8,0 3,0 10,0 Isoterma BA C (Dado: R (constante dos gases) = 0,082 atm ⋅ L/mol · K) a) Qual é a temperatura do gás no estado A? b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A w B? c) Qual é a temperatura do gás no estado C? Complementares Tarefa proposta 1 a 12 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 28 5/24/18 6:20 PM 29 FÍ S IC A Trabalho de um gás em transformações cíclicas Na transformação gasosa cíclica, o gás sofre variação de pressão, de volume e de temperatura, e ao fim do processo as condições do estado final coincidem com as condições iniciais. O diagrama representa um gás, inicialmente noestado A, que sofre as transformações ABCDA. p A B D C V Nesse diagrama, temos: • † AB = 0 (não houve variação de volume); • † BC . 0 (o gás sofre expansão); • † CD = 0 (não houve variação de volume); • † DA , 0 (o gás sofre compressão). O trabalho total da transformação é: † = † AB + † BC + † CD + † DA Como † AB e † CD são nulos, temos: † = † BC + † DA Mas † . 0, então: † = |† BC | − |† DA | Lembrando que = área N † , essa expressão coincide com a que representa a área do re- tângulo ABCD (área interna do ciclo). Podemos encontrar o trabalho calculando a área interna da fi gura cíclica. Transformação no sentido horário V p A † . 0 s † = N + A VTransformação no sentido anti-horário A p † , 0 s † = N − A Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 29 5/24/18 6:20 PM 30 CAPÍTULO 2 Calcule o trabalho realizado durante um ciclo completo e responda se o gás forneceu ou recebeu energia do meio externo. 15. (Uece) A figura a seguir representa o gráfico pressão versus volume da expansão isotérmica de um gás per- feito. É correto afirmar que: a) a curva apresentada é uma isobárica. b) a área sombreada do gráfi co representa numerica- mente o trabalho realizado pelo gás ao se expandir. c) a área sombreada é numericamente igual ao trabalho realizado sobre o gás para sua expansão. d) a curva do gráfi co é uma isocórica. Contextualize Para tornar possível o envio de foguetes ao espaço, o combustível utilizado deve ser extremamente efi ciente, além de proporcionar a liberação de energia sufi ciente para tirar do solo essas máquinas gigantescas. A combustão do hidrogênio proporciona liberação de grandes quantidades de energia. Além disso, após liquefeito e sob altas pressões e baixas temperaturas, é possível armazenar quantidades sufi cientes para levar esses gigantes cada vez mais longe. O mais interessante é que o produto da combustão do hidrogênio é a água. Em estudos e testes que vêm sendo realizados a tempo considerável, motores que utilizam o hidrogênio como combustível em breve estarão disponíveis para equipar não só os grandes foguetes, mas também outros veículos em geral. Alguns veículos já foram testados, utilizando o hidrogênio como elemento combustível em motores convencionais. A evolução desses motores levou ao desenvolvimento das chamadas células de combustível, em que o hidrogênio e o ar são combinados, produzindo-se energia elétrica. Na busca de motores alinhados com as questões ambientais, o hidrogênio será uma novidade para os próximos anos. Montadoras de diversos países exibem seus protótipos, com a promessa de que, em breve, estarão rodando pelas ruas e avenidas das cidades. Pensando nas inovações na área automotiva, elabore uma pesquisa, levantando as principais montadores que avançaram nos últimos anos e as maiores barreiras ainda não ultrapassadas por elas. Compartilhe com os colegas sua pesquisa, apre- sentando-a em slides, por exemplo. Atividades 13. O diagrama representa uma transformação cíclica para uma massa gasosa. Calcule a energia, sob a forma de trabalho, que o gás troca com o meio ambiente. p (104 N/m2) 3 20 4 7 A B C V (10–3 m3) 14. O gráfi co apresenta uma transformação cíclica, sofrida por determinada massa gasosa. p (N/m2) 5 · 105 2 · 105 2 · 10–4 5 · 10–4 V (m 3) R e p ro d u ç ã o / U e c e , 1 9 9 7. Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 30 5/24/18 6:21 PM 31 FÍ S IC A 16. (Fuvest-SP) Uma certa massa de gás, inicialmente sob pressão p e com volume V, é submetida à seguinte se- quência de transformações: 1. a volume constante, é aquecida até que a pressão atinja o valor 3p; 2. a pressão constante, é expandida até que o volume quadruplique; 3. a volume constante, é levada à pressão inicial; 4. a pressão constante, é levada ao volume V. a) Represente as transformações num diagrama pres- são × volume. b) Qual o trabalho realizado pelo sistema? 17. Um gás ideal sofre as transformações representadas no diagrama da fi gura. p p 2 p 1 A B D C V2V 0 5V 0 6V 0 V 0 Sendo: V 1 = V 0 e p 2 = 4 ⋅ p 1 ; determine o trabalho total realizado em cada ciclo, em função de V 1 e p 1 . 18. +Enem [H21] Inglaterra, século XVIII. Hargreaves patenteia sua má- quina de fi ar; Arkwright inventa a fi andeira hidráulica; James Watt introduz a importantíssima máquina a vapor. Tempos modernos! ALENCAR, C ; CARPI, L.; RIBEIRO, M. V. Hist—ria da sociedade brasileira. Considere uma máquina térmica operando segundo o ci- clo representado no diagrama. p (105 Pa) V (m3) 5,0 10,0 4,0 A C B 2,0 O trabalho realizado pelo sistema no ciclo vale, em joules: a) 2,5 ⋅ 105 b) 4,0 ⋅ 105 c) 3,0 ⋅ 105 d) 5,0 ⋅ 105 e) 2,0 ⋅ 105 19. (Escola Naval-RJ) Analise o gráfi co a seguir. O gráfi co acima representa um gás ideal descrevendo um ciclo ABC em um diagrama P × V Esse ciclo consiste em uma transformação isotérmica seguida de uma transfor- mação isocórica e uma isobárica. Em um diagrama V × T qual gráfi co pode representar o mesmo ciclo ABC? a) b) c) d) e) R e p ro d u ç ã o / P ro v a d e v e s ti b u la r. R e p ro d u ç ã o / E s c o la N a v a l- R J , 2 0 1 7 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 31 5/24/18 6:21 PM 32 CAPÍTULO 2 20. (Uern) O gráfi co representa um ciclo termodinâmico: Os trabalhos realizados nas transformações AB, BC, CD e DA são, respectivamente: a) negativo, nulo, positivo e nulo. b) positivo, nulo, negativo e nulo. c) positivo, negativo, nulo e positivo. d) negativo, negativo, nulo e positivo. Complementares Tarefa proposta 13 a 32 21. O diagrama p × V de um gás ideal representa uma trans- formação cíclica em que a transformação do estado 3 para o estado 1 é isotérmica. 1 2 3 p V Com base nesses dados, pode-se afi rmar que: a) o trabalho realizado na transformação isotérmica é calculado pela expressão p 2 (V 1 ⋅ V 2 ). b) o trabalho realizado pelo gás é nulo durante a trans- formação isotérmica. c) o trabalho realizado pelo gás na transformação isotérmi- ca é maior que o trabalho na transformação isobárica. d) o trabalho realizado sobre o gás durante a transformação isotérmica é o mesmo que na transformação isobárica. e) o trabalho realizado sobre o gás, na transformação iso- volumétrica, é maior do que o trabalho realizado pelo gás na transformação isotérmica. 22. (Uece) No diagrama p × V a seguir, quatro processos termodi- nâmicos cíclicos executados por um gás, com seus respectivos estados iniciais, estão representados. O processo no qual o trabalho resultante, realizado pelo gás é menor é o: a) I b) J c) K d) L 23. (UFRGS-RS) A fi gura a seguir apresenta um diagrama p × V que ilustra um ciclo termodinâmico de um gás ideal. Este ciclo, com a realização de trabalho de 750 J, ocorre em três processos sucessivos. No processo AB, o sistema sofre um aumento de pressão mantendo o volume constante; no pro- cesso BC, o sistema se expande mantendo a temperatura cons- tante e diminuindo a pressão; e, fi nalmente, no processo CA, o sistema retorna ao estado inicial sem variar a pressão. O trabalho realizado no processo BC e a relação entre as temperaturas T A e T B são, respectivamente: a) 1 310 J e T A = T 8 B . d) 190 J e T A = T 8 B . b) 1 310 J e T A = 8T B . e) 190 J e T A = 8T B . c) 560 J e T A = T 8 B . 24. Determinada quantidade de um gás monoatômico ideal sofre transformações cíclicas, conforme mostra a fi gura. p (atm) 0,2 0 0,60,4 C BA 3,0 2,0 1,0 V (m3) Sabendo-se que a temperatura no estado A é 300 K e considerando 1 atm = 105 N/m2, responda às questões: a) O que acontece com a pressão, o volume e a tempera- tura em cada uma das transformações, AB, BC e CA, que compõem o ciclo? b) Qual é a temperatura do gás no estado B? E em C? c) Se o trabalho realizado na transformação CA é −6,6 ⋅ 104 J, determine o trabalho realizado em cadaciclo. R e p ro d u ç ã o / U e rn , 2 0 1 5 . R e p ro d u ç ã o / U e c e , 2 0 1 0 . R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 2 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 32 5/24/18 6:21 PM 33 FÍ SI CA Tarefa proposta 1. (PUC-SP) O êmbolo do cilindro representado a seguir varia de 5,0 cm sua posição e o gás ideal no interior do cilindro sofre uma expansão isobárica, sob pressão atmosférica. O que ocorre com a temperatura do gás durante essa transformação termodinâmica? Qual o valor do trabalho ∆† realizado sobre o sistema pela atmosfera, durante a expansão? Dados: pressão atmosférica: 105 N/m2 Área da base do êmbolo: 10 cm2 a) A temperatura aumenta; ∆† = −5,0 J b) A temperatura diminui; ∆† = 5,0 J c) A temperatura aumenta; ∆† = −5,0 ⋅ 10–2 J d) A temperatura não muda; ∆† = 5,0 ⋅ 10–2 J e) A temperatura diminui; ∆† = −0,5 J 2. (UPF-RS) Durante a expansão de um gás, sua pressão per- manece constante e igual a 2 ⋅ 105 N/m2 e seu volume aumenta de 2 ⋅ 10–3 m3 para 5 ⋅ 10–3 m3. Nessas condições, pode-se afi rmar que o trabalho realizado por este gás é, em joule, de: a) 600 b) 1 000 c) 400 d) 300 e) 500 3. (Uneb-BA) Um gás ideal sofre uma transformação isobári- ca, variando seu volume de 2 m3 para 5 m3. Se o trabalho realizado sobre o gás foi de 30 J, a pressão mantida cons- tante durante a expansão, em N/m2, foi de: a) 10 b) 12 c) 14 d) 16 e) 18 4. (Uema) No controle de qualidade de produção de serin- ga, para aplicação de injeção, fez-se o seguinte teste: escolheu-se uma amostra da seringa fabricada e colo- cou-se 3,0 ⋅ 10–6 m3 de determinado gás. Em seguida, levou-se o sistema para uma estufa em que o volume passou para 3,5 ⋅ 10–6 m3 ao atingir o equilíbrio térmico. Considerando que esse processo ocorreu sobre pressão constante de 1,5 ⋅ 105 Pa, calcule, em joule, o trabalho realizado pelo sistema. 5. (Unifor-CE) Um gás ideal sofre a transformação A w B w C indicada no diagrama. 5,0 B A C p (105 N/m2) V (m3) 4,0 3,0 2,0 1,0 1,00 2,0 3,0 4,0 5,0 O trabalho realizado pelo gás nessa transformação, em joules, vale: a) 2,0 ⋅ 106 b) −1,5 ⋅ 106 c) 1,5 ⋅ 106 d) −1,2 ⋅ 106 e) 1,2 ⋅ 106 6. (UFMG) Um gás ideal, em um estado inicial i, pode ser levado a um estado fi nal f por meio dos processos I, II e III, representados neste diagrama de pressão × volume: V p i f I IIIII Sejam W I , W II e W III os módulos dos trabalhos realizados pelo gás nos processos I, II e III, respectivamente. Com base nessas informações, é correto afi rmar que: a) W I , W II , W III b) W I = W II = W III c) W I = W III . W II d) W I . W II . W III 7. (Enem) Um sistema de pistão contendo um gás é mostrado na fi gura. Sobre a extremidade superior do êmbolo, que pode movimentar-se livremente sem atrito, encontra-se um objeto. Através de uma chapa de aquecimento é possí- vel fornecer calor ao gás e, com auxílio de um manômetro, medir sua pressão. A partir de diferentes valores de calor fornecido, considerando o sistema como hermético, o ob- jeto elevou-se em valores ∆h como mostrado no gráfi co. Foram estudadas, separadamente, quantidades equimo- lares de dois diferentes gases, denominados M e V. R e p ro d u ç ã o / P U C -S P R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 4 Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 33 5/24/18 6:22 PM 34 CAPÍTULO 2 10. (UFPE) Um cilindro de 20 cm2 de seção reta contém um gás ideal comprimido em seu interior por um pistão móvel, de massa desprezível e sem atrito. O pistão repousa a uma altura h 0 = 1,0 m. A base do cilindro está em contato com um forno, de forma que a temperatura do gás permanece constante. Bolinhas de chumbo são lentamente deposita- das sobre o pistão até que este atinja a altura h = 80 cm. Antes Temperatura constante Temperatura constante A h0 = 1,0 m Depois A h0 = 0,8 m Determine a massa de chumbo, em kg, que foi deposita- da sobre o pistão. Considere a pressão atmosférica igual a 1 atm. 11. (UFJF-MG) Deseja-se fazer um gás ideal passar do estado A para o C, segundo uma das transformações indicadas no diagrama mostrado na fi gura a seguir. p 0 V A D E B C Entre essas transformações, aquela em que o gás executa trabalho máximo é: a) AEC b) ABC c) ADC d) ABDC e) Nenhuma das transformações citadas é máxima. 12. (UFRGS-RS) O gráfi co a seguir representa o ciclo de uma máquina térmica ideal. 2 2 1 1 3 3 4 4 5 5 6 7 V (m3) P (Pa) A diferença no comportamento dos gases no experimento decorre do fato de o gás M, em relação ao V, apresentar: a) maior pressão de vapor. b) menor massa molecular. c) maior compressibilidade. d) menor energia de ativação. e) menor capacidade calorífi ca. 8. (Uerj) Certa quantidade de gás oxigênio submetido a baixas pressões e altas temperaturas, de tal forma que o gás possa ser considerado ideal, sofre uma transformação A w B, con- forme mostra o diagrama pressão × volume. Calcule o mó- dulo do trabalho realizado sobre o gás nessa transformação. p B A 2p 0 p 0 0 V 0 VV 0 3 2V 0 3 9. +Enem [H21] Sabe-se que os sólidos e os líquidos podem sofrer pequenas variações em seus volumes quando são aquecidos e resfriados, fenômeno conhecido como dilata- ção ou contração térmica. Já nos gases, esse efeito pode ser muito mais evidente, pois as ligações entre os átomos de um gás são bem menores do que nos líquidos e sólidos. Com isso, ao receberem calor e se expandirem, os gases podem realizar trabalho mecânico, o que foi de fundamental impor- tância para o desenvolvimento da máquina de vapor duran- te a Revolução Industrial. No caso particular de uma expan- são isobárica, o trabalho † realizado por um gás é dado por: † = p ⋅ ∆V, em que p é a pressão e ∆V é a variação do volu- me. Com isso, se um gás sofre um processo termodinâmico A w B w C, indicado no diagrama pressão versus volume a seguir, o trabalho realizado por ele será de: p ( N /m 2 ) V (m3) 0 0 60 BA C 50 40 30 20 10 21 3 4 5 6 7 8 a) 50 J b) 100 J c) 150 J d) 300 J e) 600 J Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 34 5/24/18 6:22 PM 35 FÍ S IC A O trabalho total realizado em um ciclo é: a) 0 J b) 3,0 J c) 4,5 J d) 6,0 J e) 9,0 J 13. (Udesc) Um gás em uma câmara fechada passa pelo ciclo termodinâmico representado no diagrama p × V da fi gura. O trabalho, em joules, realizado durante um ciclo é: a) + 30 J b) − 90 J c) + 90 J d) − 60 J e) − 30 J 14. (UFRJ) A fi gura representa, num gráfi co pressão × volume, um ciclo de um gás ideal. a) Calcule o trabalho realizado pelo gás durante este ciclo. b) Calcule a razão entre a mais alta e a mais baixa tempe- ratura do gás (em Kelvin) durante este ciclo. 15. (UFV-MG) Um gás ideal, inicialmente a temperatura T 0 , volume V 0 e pressão p 0 , é submetido a um processo no qual passa por duas transformações. Inicialmente, o gás passa por uma transformação isotérmica, e seu volume dobra. A seguir, o gás passa por uma transfor- mação isobárica, e seu volume cai à metade do volume inicial V 0 . Em função das constantes T 0 , V 0 e p 0 , faça o que se pede. a) Calcule o valor da pressão do gás ao fi nal da primeira transformação (isotérmica). b) Calcule o volume, a pressão e a temperatura do gás ao fi nal da segunda transformação (isobárica). c) Calcule o módulo do trabalho realizado sobre o gás na segunda transformação. d) Esboce, em um diagrama p × V, as transformações so- fridas pelo gás, a partir do estado inicial p 0 , V 0 . 16. (UEL-PR) Dada massa de gás perfeito realiza uma transfor- mação cíclica, como está representada no gráfi co p × V a seguir. 3,0 1,0 2,0 6,0 V (cm3) A B C p (105 Pa) O trabalho realizado pelo gás ao descrever o ciclo ABCA, em joules, vale: a) 3,0 ⋅ 10–1 b) 4,0 ⋅ 10–1 c) 6,0 ⋅ 10–1 d) 8,0 ⋅ 10–1 e) 9,0 ⋅ 10–1 17. (UEL-PR) Os diagramas p × V a seguir representam o com- portamento de um gás: I. V i V f V Pi P P f f i II. V i V f V P i P P f f i III. V i V f V P i P P f f i É correto afi rmar: a) O diagrama I representa um processo isotérmico com a temperatura inicial maior que a temperatura fi nal. b) Os diagramas I e II resultam no mesmo trabalho reali- zado pelo sistema após a expansão. c) O diagrama II representa um processo adiabático. d) O diagrama III representa um processo isobárico. e) O diagrama III representa um processo de expansão. R e p ro d u ç ã o / U F R J . R e p ro d u ç ã o / U d e s c . Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 35 5/24/18 6:22 PM 36 CAPÍTULO 2 a) 0 b) 1,6 ⋅ 105 J c) 2,0 ⋅ 105 J d) 3,2 ⋅ 105 J e) 4,8 ⋅ 105 J 21. (AFA-SP) O diagrama abaixo representa um ciclo realizado por um sistema termodinâmico constituído por n mols de um gás ideal. Sabendo-se que em cada segundo o sistema realiza 40 ciclos iguais a este, é correto afirmar que a(o): a) potência desse sistema é de 1 600 W. b) trabalho realizado em cada ciclo é −40 J. c) quantidade de calor trocada pelo gás com o ambiente em cada ciclo é nula. d) temperatura do gás é menor no ponto C. 22. (PUC-MG) A figura representa um ciclo termodinâmico de um gás ideal. p V 2 1 5 4 3 O trabalho é realizado nas seguintes etapas do ciclo: a) 1 w 2; 2 w 3; 5 w 1 b) 4 w 5; 5 w 1 c) 1 w 2; 3 w 4; 5 w 1 d) 2 w 3; 3 w 4; 5 w 1 23. (Uneb-BA) A figura representa o diagrama de um ciclo descri- to por um sistema cilindro-pistão de uma máquina térmica. p (105 Pa) 3 2 1 0 1 5 V (10–3 m 3) Considerando-se o fluido de trabalho como um gás ideal e sabendo-se que a máquina descreve dois ciclos por se- gundo, é correto afirmar que a potência desenvolvida por essa máquina, em W, é igual a: a) 2 500,0 b) 1 200,0 c) 860,0 d) 600,0 e) 100,0 18. (PUC-RJ) Um ciclo termodinâmico, para um mol de um gás monoatômico, consiste em 4 processos: AB w isobárico; BC w isocórico; CD w isobárico; DA w isocórico, represen- tados no diagrama PV da figura. Sabe-se que p A = 3,0 ⋅ 105 Pa, p C = 1,0 ⋅ 105 Pa, V D = 8,3 ⋅ 10–3 m3, V B = 2,0 · V A . Considere a constante universal dos gases R = 8,3 J/(K ⋅ mol) a) Calcule as temperaturas: máxima e mínima em que opera o ciclo. b) Calcule o trabalho realizado pelo gás em um ciclo. 19. (UEL-PR) Analise o gráfico a seguir, que representa uma transformação cíclica ABCDA de 1 mol de gás ideal. a) Calcule o trabalho realizado pelo gás durante o ciclo ABCDA. b) Calcule o maior e o menor valor da temperatura absolu- ta do gás no ciclo (considere R = 8 J/(K ⋅ mol)). Justifique sua resposta apresentando todos os cálculos realizados. 20. (UFRGS-RS) A figura abaixo apresenta o diagrama da pres- são p (Pa) em função do volume V (m3) de um sistema termodinâmico que sofre três transformações sucessivas: XY, YZ e ZX. O trabalho total realizado pelo sistema após as três trans- formações é igual a: R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 11 . R e p ro d u ç ã o / U E L- P R . R e p ro d u ç ã o / P U C -R J . R e p ro d u ç ã o / A fa -S P, 2 0 11 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 36 5/24/18 6:22 PM 37 FÍ S IC A 24. (UFG-GO) O nitrogênio líquido é frequentemente utiliza- do em sistemas criogênicos, para trabalhar a baixas tem- peraturas. A fi gura a seguir ilustra um reservatório de 100 litros, com paredes adiabáticas, contendo 60 litros da substância em sua fase líquida a uma temperatura de 77 K. O restante do volume é ocupado por nitrogênio gasoso que se encontra em equilíbrio térmico com o líquido. Na parte superior do reservatório existe uma válvula de alívio para manter a pressão manométrica do gás em 1,4 atm. Quando o registro do tubo central é aberto, o gás sofre uma lenta expansão isotérmica empurrando o líquido. Considerando-se que foram retirados 10% do volume do líquido durante esse processo e que o gás não escapa para o ambiente, calcule: Dados: R = 8,4 J/(K ⋅ mol); 1 atm = 105 Pa. a) o número de mols do gás evaporado durante o processo; b) o trabalho realizado pelo gás sobre o líquido. 25. (Fatec-SP) No esquema a seguir, tem-se o ciclo das trans- formações sofridas por um gás ideal. p (atm) V (cm3)2 4 6 B C A1 2 3 4 O trabalho total no ciclo ABCA é: (Dado: 1 atm = 1 ⋅ 105 N/m2) a) igual a −0,4 J, sendo realizado sobre o gás. b) igual a −0,8 J, signifi cando que o gás está perdendo energia. c) realizado pelo gás, valendo +0,4 J. d) realizado sobre o gás, sendo nulo. e) nulo, sendo realizado pelo gás. 26. (UFV-MG) Uma máquina térmica executa o ciclo represen- tado no gráfi co seguinte: Se a máquina executa 10 ciclos por segundo, a potência desenvolvida, em quilowatts, é: a) 8 b) 8 000 c) 80 d) 0,8 e) 800 27. (UnB-DF) O diagrama adiante representa os processos pelos quais passa um gás ideal dentro de um reci- piente. Calcule, em joules, o módulo do trabalho total realizado sobre o sistema, durante o ciclo completo. Desconsidere a parte fracionária do resultado obtido, caso exista. 60 50 40 30 20 10 1 2 3 4 5 6 p (N/m 2) V (m3) A BC 0 28. (Uerj) Observe o ciclo mostrado no gráfi co P × V a seguir. Considerando este ciclo completo, o trabalho realizado, em joules, vale: a) 1 500 b) 900 c) 800 d) 600 R e p ro d u ç ã o / U F G -G O , 2 0 1 3 . R e p ro d u ç ã o / U e rj , 2 0 0 4 R e p ro d u ç ã o / U F V , 2 0 0 0 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 37 5/24/18 6:22 PM 38 CAPÍTULO 2 Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/gas-properties>. Acesso em: 1º mar. 2018. O site indica um simula- dor que auxiliará na melhor compreensão das propriedades dos gases. Autoavaliação: V‡ atŽ a p‡gina 79 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. 29. (PUC-MG) A transformação cíclica representada no dia- grama a seguir mostra o que ocorreu com uma massa de gás perfeito. Qual o trabalho realizado por esse gás em cada ciclo? Dê a resposta em joules. 30. (Ufal) Um gás sofre a transformação termodinâmica cíclica ABCA representada no gráfico p × V. No trecho AB a transformação é isotérmica. Analise as afirmações: I. A pressão no ponto A é 2,5 ⋅ 105 N/m2. II. No trecho AB o sistema não troca calor com a vizinhança. III. No trecho BC o trabalho é realizado pelo gás e vale 2,0 ⋅ 104 J. IV. No trecho CA não há realização de trabalho. V. Pelo gráfico, o trabalho realizado pelo gás no ciclo ABCA é maior do que 4,0 ⋅ 104 J. 31. (UFMG) Uma máquina térmica é constituída de um cilin- dro, cheio de gás, que tem um êmbolo móvel. Durante o funcionamento dessa máquina, o gás é submetido a um processo cíclico, que o leva de um estado K a outro estado L e, depois, de volta ao estado K, e assim sucessivamente, como representado no diagrama pressão versus volume, mostrado na figura a seguir. Pressão Volume K L Considerando essas informações, responda: a) Em qual dos dois estados, K ou L, a temperatura do gás é maior? Justifique sua resposta. b) Em um ciclo completo, em que o gás sai do estado K e volta ao mesmo estado, essa máquina realiza traba- lho líquido? 32. +Enem [H21] Atualmente há uma crescente importância das fontes renováveis de energia. No Brasil, o álcool tem sido largamente empregado em substituição à gasolina. Uma das diferenças entre os motores a álcool e a gasolina é a razão de compressão na mistura ar-combustível. O diagrama a seguir representa o ciclo de combustão de um cilindro em um motor a álcool. Pressão (atm) 1 30 50 36 400 volume (cm3) T i = 300 K i f Sendo 1 atm = 105 N/m2 e 1 m3 = 106 cm3, o trabalho realizado em cada ciclo do motor a álcool é aproximada- mente igual a: a) 890 J b) 730 J c) 660 J d) 530 J e) 490 J R e p ro d u ç ã o / P U C -M G . R e p ro d u ç ã o / U fa l. Et_EM_2_Cad6_Fis_c02_23a38.indd 38 5/24/18 6:22 PM ► Associar a realização de trabalho às transformaçõesem que se observam variações de volume. ► Compreender processos termodinâmicos em sistemas diversos. ► Compreender que a energia interna de um gás está diretamente relacionada à sua temperatura. ► Compreender a 1ª lei da Termodinâmica por meio do princípio da conservação de energia. Principais conceitos que você vai aprender: ► Energia interna ► 1ª lei da Termodinâmica 39 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A R om olo Tavan i/S h u tte rsto ck 3 LEIS DA TERMODINÂMICA I As máquinas térmicas, desde a máquina de Heron, no século I d.C., têm sido desenvolvi- das a fi m de atingirem efi ciência cada vez melhor. Basicamente, falamos de máquinas cuja função principal é utilizar energia térmica proveniente de fontes, como uma caldeira, ou de uma centelha em um motor de combustão, para produzir energia útil, ou seja, trabalho. No interior dos motores de combustão, as transformações gasosas são capazes de produzir uma quantidade de trabalho sufi ciente para impulsionar máquinas pesadas, como os aviões. Nas turbinas dos grandes aviões, os gases da combustão expandem-se na direção da turbina, região que atinge uma temperatura de 2 000 ºC. São essas turbinas que se encarregam de captar a energia cinética dos gases em ex- pansão, transformando-a em energia mecânica para movimentar as peças do motor, aces- sórios e ventilador. Nos dispositivos que apresentam esse funcionamento percebemos que o trabalho mecânico ( ) é a energia associada à variação de volume dos gases, assim como a varia- ção de sua energia interna (∆U) está associada às variações de temperatura dos gases. Vale lembrar que um motor de combustão não inicia seu funcionamento sozinho. Primeiramente, ele precisa receber energia de um motor elétrico, durante a partida, para realizar a compressão do ar misturado com o combustível. Após a primeira explo- são, o motor passa a ser autossufi ciente para realizar o trabalho. • Dados os elevados custos operacionais, empresas do setor aéreo buscam alternativas para gerar maior potência nas turbinas de seus aviões, com redução da queima de combustível. Relacione, ao longo do trabalho deste capítulo, os principais elementos que devem ser melhorados para se atingir a meta das empresas do ramo. In fi n it y T 2 9 /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 39 5/24/18 6:20 PM 40 CAPÍTULO 3 Energia interna de um gás ideal As partículas que compõem determinada substância não estão em repouso ab- soluto. Elas vibram constantemente em razão da energia que possuem. Quanto mais elevada a temperatura de um sistema, maior será a energia de vibração das partículas que o compõem. Vamos considerar o modelo de um gás ideal, formado por um imenso número dessas partículas que se movem aleatoriamente e interagem entre si somente durante as coli- sões, consideradas perfeitamente elásticas. Com esse modelo, podemos imaginar que, a todo instante, cada partícula do gás apresenta uma energia cinética, visto que ela tem uma massa e se desloca com certa velocidade. Chamamos energia interna de um gás perfeito a soma das energias de todas as partículas desse gás em determinado instante. Essa energia interna pode ser calcula- da pela equação: U = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ T Ou ainda reescrevendo como: p ⋅ V = n ⋅ R ⋅ T, temos que: U = 3 2 ⋅ p ⋅ V Energia cinética média (E cin. ) Pela defi nição, a soma das energias de todas as partículas de um gás ideal resulta na energia interna ou energia total em um sistema. Se dividirmos a energia interna (U) pelo número de partículas (N), encontraremos um valor médio denominado energia cinética média por partícula. Assim: E cin. = U N Como: U = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ T Então: E cin. = U N = n T N 3 2 R⋅ ⋅ ⋅ Em que o número total N de partículas é igual ao produto do número de mols n e a constante de Avogadro N A = 6 ⋅ 1023 (N = n ⋅ N A ). Substituindo, temos: E cin. = n T n N ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 3 R 2 A = T N ⋅ ⋅ ⋅ 3 R 2 A s s Ecin. = 3 2 ⋅ k ⋅ T em que: k = N R A = 1,38 ⋅ 10–23 J K k é uma constante fundamental da Física chamada de constante de Boltzmann. Essa equação é conceitualmente importante, por demonstrar que a temperatura ab- soluta é diretamente proporcional à energia cinética média das partículas (“agita- ção térmica”). 1 Defi nição Energia interna (U) : soma das energias cinéticas de todas as partículas que constituem o gás Observação 1 No uso dessas equações, deve-se prestar atenção nas unidades. A energia interna é dada em J (joule), a pressão em Pa (pascal), o volume em m3 (metro cúbico) e a temperatura em K (Kelvin), sendo a constante dos gases R = 8,31 J/(mol ⋅ K). Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 40 5/24/18 6:20 PM 41 FÍ S IC A Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que a massa da amostra e a massa molar de hélio estão em unidades que não pertencem ao SI. Para a determinação do número de mols, porém, não será necessária a conversão. Atenção à medida da temperatura do gás. No caso, será necessário utilizá-la na escala Kelvin. Lembre-se de checar as constantes que fazem parte do desenvolvimento da solução do problema. Elas normalmente sinalizam as unidades a serem usadas. Faça aproximações apenas no resultado fi nal de seus cálculos. No interior de um balão existe uma amostra de 1,6 g de gás hélio, que pode ser conside- rado ideal, a uma temperatura de 27 °C. Sabe-se que a massa molar do hélio é M = 4 g e a constante universal dos gases vale R = 8,3 J/(mol ⋅ K). A energia interna dessa amostra vale, aproximadamente: a) 150 J b) 300 J c) 900 J d) 1 500 J e) 3 000 J Resolução Resposta: D Número de mols contido na amostra: n = m M = 1,6 4,0 = 0,4 mol Energia interna: U = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ T = 3 2 ⋅ 0,4 ⋅ 8,3 ⋅ 300 s U H 1 500 J 1. (Uece) De acordo com dados de um fabricante de fogões, uma panela com 2,2 litros de água à temperatura am- biente chega a 90 °C em pouco mais de seis minutos em um fogão elétrico. O mesmo teste foi feito em um fogão convencional, a GLP, sendo necessários 11,5 minutos. Sobre a água aquecida, é correto afi rmar que: a) adquiriu mais energia térmica no fogão convencional. b) adquiriu mais energia térmica no fogão elétrico. c) ganha a mesma energia térmica para atingir 90 °C nas duas experiências. d) nos dois experimentos o ganho de energia térmica não depende da variação de temperatura sofrida. 2. Dois mol de um gás ideal sofrem uma expansão na qual seu volume aumenta de 2 L para 4 L à pressão constante de 2 ⋅ 105 N/m2. (Dados: R = 8,3 J/(mol ⋅ K); 1 L = 10–3 m3) a) Calcule o trabalho realizado pelo gás nessa expansão. b) O que acontece com a energia interna do gás: aumen- ta, diminui ou permanece constante? Atividades 3. (UEG-GO) A energia interna de um gás perfeito (gás ideal) tem dependência somente com a temperatura. O gráfi co que melhor qualifi ca essa dependência é: a) b) c) d) R e p ro d u ç ã o / U E G -G O , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 41 5/24/18 6:20 PM 42 CAPÍTULO 3 4. +Enem [H21] Um gás ideal é um modelo simplificado dos gases no qual as moléculas que o constituem são conside- radas pontuais, se movem aleatoriamente e não interagem entre si. Esse modelo é útil, pois a relação entre a pressão p, o volume V e a temperatura absoluta T de um gás ideal pode ser descrita pela equação geral dos gases ideais: p ⋅ V = n ⋅ R ⋅ T em que n é o número de mols e R = 0,082 atm ⋅ L/(mol ⋅ K) é a constante universal dos gases ideais. Com isso, é possí- vel prever a energia cinética média (E c ) por partícula do gás ideal, que é dada por: E c = 3 2 · k ⋅ T em que T é a temperatura absoluta e k = 1,38 ⋅ 10–23 J/K é a constante de Boltzmann. Considere dois recipientes, um contendo 1 mol de gás hi- drogênio e outro 2 mol de gás hélio, ambos à temperatura de 300 K. Considerando-se que os gases se comportemcomo gases ideais, qual é a razão entre as energias cinéti- cas médias por partícula do gás hidrogênio e do gás hélio? (Dados: massa molar do gás hidrogênio: 2 g/mol; massa molar do gás hélio: 4 g/mol) a) 1 4 d) 2 b) 1 2 e) 4 c) 1 5. Dois mol de um gás ideal e monoatômico sofrem uma transformação AB. Em A, a energia interna do gás é 2 400 J e, em B, 600 J. Determine a variação de temperatura entre A e B. (Dado: R = 8,3 J/(mol ⋅ K)) 6. (Ufla-MG) O diagrama P × V mostrado a seguir ilustra dois processos termodinâmicos: 1 ABC e 2 ADC, em que um gás ideal é levado de um estado A para outro C. Conside- rando V 2 = 2V 1 e P 2 = 4P 1 , é correto afirmar: a) O trabalho realizado pelo gás ao longo do processo ADC é maior do que o trabalho realizado ao longo do processo ABC. b) A energia interna do gás é maior no estado B. c) O trabalho realizado pelo gás ao longo do processo ABC é 4 P 1 V 1 . d) A razão T T A B , em que T A e T B representam as tempera- turas do gás nos estados A e B, é 1 8 . 7. (Acafe-SC) Os cilindros medicinais são destinados a arma- zenar gases sob alta pressão. Os cilindros são específicos para cada tipo de gás e são identificados segundo normas da ABNT, por cores diferentes e válvulas específicas para cada tipo de gás a ser envasado, como: Oxigênio Medi- cinal, Ar Comprimido Medicinal, Nitrogênio, Dióxido de Carbono e Óxido Nitroso. Um residente recebe um cilindro fechado com um deter- minado gás (considerar ideal e monoatômico) superaque- cido a temperatura inicial de 327 °C e baixa sua tempera- tura para uso a 27 °C. R e p ro d u ç ã o / U fl a -M G , 2 0 1 0 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 42 5/24/18 6:20 PM 43 FÍ SI CA Com diminuição da temperatura como fi ca a energia cinética mé dia das moléculas? a) duplicada. b) reduzida em 1 4 . c) reduzida à metade. d) inalterada. 8. Um gás, considerado ideal, sofre uma série de transforma- ções, AB, BC, CD e DA, conforme mostrado na fi gura. Sabendo que as curvas são hipérboles equiláteras, julgue as afi rmações a seguir. A B C D p V (01) A transformação AB é uma expansão isobárica, e a energia interna do gás aumenta. (02) A transformação BC representa uma expansão iso- térmica, e a temperatura no ponto C é maior que a temperatura no ponto B. (04) Na transformação CD não há realização de traba- lho, e a energia interna do gás diminui. (08) Na transformação DA, o gás é comprimido isotermi- camente com aumento da energia interna. (16) A transformação ABCDA é cíclica, e a variação da energia interna do gás é nula. Dê a soma dos números dos itens corretos. Complementares Tarefa proposta 1 a 13 9. A fi gura representa uma transformação cíclica para um gás ideal constituída por dois processos adiabáticos e dois isotérmicos. B A T 1 T 2 C D p V a) Em quais dos estados, A, B, C ou D, a energia interna do gás é maior? b) O trabalho em cada ciclo é realizado pelo gás ou sobre o gás? c) Quais são os processos adiabáticos? 10. (Uece) Um recipiente fechado contém um gás ideal em condições tais que o produto nRT sempre é constante, onde n é o número de mols do gás, T sua temperatura e R a constante universal dos gases perfeitos. Sobre o gás, é correto afi rmar que: a) sua energia interna é constante. b) sua pressão pode variar sem que haja variação em seu volume. c) seu volume pode variar sem que haja variação em sua pressão. d) sua pressão é diretamente proporcional ao seu volume. 11. Uma máquina térmica opera com um mol de um gás ideal. O gás realiza o ciclo ABCA, representado no plano p × V, conforme mostra a fi gura. 8 80 B A C 1 3 200 p (Pa) V (m3) Calcule: a) o trabalho realizado pelo gás na transformação CA; b) a energia interna do gás no estado B. Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 43 5/24/18 6:21 PM 44 CAPÍTULO 3 12. (PUC-SP) Um gás monoatômico submetido a uma pressão de 1 atm possui volume de 1 000 cm3 quando sua temperatura é de 300 K Após sofrer uma expansão isobárica, seu volu- me é aumentado para 300% do valor inicial. Determine a variação da energia interna do gás e o tra- balho mecânico, em joules, realizado pelo gás durante essa transformação. a) 2 ⋅ 102 e 3 ⋅ 102 b) 2 ⋅ 108 e 2 ⋅ 108 c) 3 ⋅ 104 e 2 ⋅ 104 d) 3 ⋅ 102 e 2 ⋅ 102 Primeira lei da Termodin‰mica A primeira lei da Termodinâmica é o balanço das trocas de energia que um sistema realiza com o meio em que se encontra, considerando-se o princípio da conservação da energia. Particularmente, veremos como essa lei pode ser aplicada para descrever uma transformação gasosa, visto que um gás pode trocar energia com o meio externo tanto na forma de trabalho mecânico como na forma de calor. Considere uma massa gasosa que, em certo instante, ocupa um recipiente, conforme a fi gura. Ao fornecer certa quantidade de calor (Q) ao recipiente, essa massa gasosa poderá em- purrar o êmbolo, de forma que seja realizado um trabalho. Q • Se ∆Q = 0, toda a energia que o gás recebeu na forma de calor foi transferida ao meio na forma de trabalho. • Se ∆Q . 0, o gás transfere ao meio, na forma de trabalho, menos energia em compa- ração à recebida na forma de calor, portanto ele absorve parte da energia recebida, elevando, assim, sua temperatura. Dizemos, então, que ocorreu variação da energia interna do gás. • Se ∆Q , 0, o gás transfere mais energia para o meio na forma de trabalho do que a energia que recebeu na forma de calor, portanto sua energia interna diminui. Pelo princípio da conservação da energia, é possível deduzir que a variação da energia interna do gás é igual à diferença entre a energia recebida (quantidade de calor) e a ener- gia transferida para o meio (trabalho). ∆U = Q – † Ao aplicarmos essa relação, denominada primeira lei da Termodinâmica, devemos ob- servar os sinais envolvidos. Para isso, é empregada a convenção a seguir. • Q é a quantidade de calor trocada pelo gás. Q . 0: o gás recebe calor do meio externo. Q , 0: o gás cede calor ao meio externo. • ∆U é a variação da energia interna do gás. ∆U . 0: aumenta a energia interna do gás, portanto aumenta a sua temperatura. ∆U , 0: diminui a energia interna do gás, portanto diminui a sua temperatura. • † é a energia que o gás troca com o meio sob a forma de trabalho. † . 0: o gás fornece energia ao meio (expansão). † , 0: o gás recebe energia do meio (compressão). R e p ro d u ç ã o / P U C -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 44 5/24/18 6:21 PM 45 FÍ SI CA Desenvolva A H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e (ou) do Eletromagnetismo. A célula, uma eficiente máquina térmica A glicose armazena quase 700 mil calorias por mol (equi- valente a 180 g), que pode ser determinada em um caloríme- tro, equipamento que permite medir a quantidade de ener- gia liberada na combustão completa de diversas substân- cias em condições próximas das ideais, ou seja, sem perda de energia para o ambiente. Isso é muita energia! Para termos uma ideia aproximada, a combustão completa de apenas 1 kg desse carboidrato liberaria energia sufi ciente para aquecer de 0 °C a 100 °C quase 40 litros de água. Na conversão de ATP em ADP, há libe- ração de 8 mil calorias por mol. Como a respiração celu- lar aeróbia produz 36 moléculas de ATP por molécula de glicose degradada, a energia da glicose que as células conseguem transferir para o ATP equivale a quase 300 mil calorias por mol de glicose consumida. Portanto, a res- piração celular aeróbia coloca cerca de 40% da energia da glicose em uma forma disponível para uso posterior; os 60% restantes são perdidos na forma de calor. Embo- ra pareça um desperdício injustifi cável, essa perda não é tão grande, se comparada aos sistemas inorgânicos. Os automóveis mais econômicos conseguem converter em energia mecânica menos de 15%da energia química presente nas moléculas dos hidrocarbonetos constituin- tes da gasolina; a maior parte é dissipada pelo atrito en- tre as diversas partes do veículo. Os animais endotérmicos (aves e mamíferos) são ca- pazes de controlar essa dissipação de calor, de tal modo que podem manter sua temperatura corporal constante. Na evolução de algumas plantas – como o lírio de vodu, na imagem ao lado – houve a seleção de um curioso meca- nismo de dissipação de calor. Átomos de hidrogênio remo- vidos das moléculas orgânicas, na respiração celular aeró- bia, não seguem para o caminho metabólico mais comum (cadeia de citocromos), mas para uma cadeia alternativa que não gera nenhum ATP, mas liberam muita energia na forma de calor. As fl ores do lírio de vodu exalam um odor de carne apodrecida e atraem insetos polinizadores. O calor ge- rado auxilia na dispersão desse cheiro, aumentando a atração de insetos. O aparente desperdício da preciosa energia é compensado pela maior efi ciência da reprodu- ção. Depois da leitura, pesquise e responda às questões. 1. Qual é a efi ciência dos motores de combustão, como os movidos a álcool, gasolina e diesel? 2. Qual é a efi ciência dos organismos vivos, principalmente dos mamíferos? 3. Qual é a efi ciência de um motor elétrico? A célula, uma eficiente máquina térmica A perda de energia na forma de calor nem sempre é um desperdício. É o que mostram aves e mamíferos, capazes de manter a temperatura corporal. Lírio de vodu, com o cálice (conjunto das pétalas) aberto longitudinalmente. F o to s S h u tt e rs to ck : [1 ]E ri k L a m ; [2 ] C h a s B a rt o z Z a le w s k y Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 45 5/24/18 6:21 PM 46 CAPÍTULO 3 Atividades Contextualize Existem vários tipos de extintor de incêndio no mercado. No entanto, o que poucos sabem é que a maioria não utiliza água para combater o fogo. Boa parte deles utiliza o gás carbônico (CO 2 ) pressurizado. Nesse tipo de extintor, cada mol de carbonato de cálcio reage com um mol de ácido sulfúrico, reagente em estado aquoso. Conforme a equação: Na 2 CO 3(aq.) + H 2 SO 4(aq.) w Na 2 SO 4(aq.) + H 2 O (líq.) + CO 2(g) Como produtos, para cada mol dos reagentes, 1 mol de sulfato de sódio em água e 1 mol de gás carbônico. O processo é iniciado após a retirada da trava de segurança e a abertura do extintor. O gás carbônico é expelido em razão da alta pressão no interior do cilindro. Alguns extintores funcionam também com o gás carbônico liquefeito, porém somente profi ssionais qualifi cados portando equipamento de segurança específi co podem manuseá-los. ma- nuseá-los, uma vez que, no momento da abertura do cilindro, há rápida liberação do gás, semelhante ao que se observa nos boti- jões de gás de cozinha, como o GLP. Pesquise e compare os extintores de água com os de gás carbônico liquefeito. 13. (Uece) Do ponto de vista da primeira lei da Termodinâmica, o balanço de energia de um dado sistema é dado em termos de três grandezas: a) trabalho, calor e densidade. b) trabalho, calor e energia interna. c) calor, energia interna e volume. d) pressão, volume e temperatura. 14. Uma fonte térmica fornece 200 J de calor a um sistema gasoso. Dessa energia recebida, 120 J são fornecidos ao meio externo na forma de trabalho. Calcule a variação da energia interna do sistema gasoso. 15. (Udesc) Em um laboratório de Física são realizados expe- rimentos com um gás que, para fi ns de análises termodi- nâmicas, pode ser considerado um gás ideal. Da análise de um dos experimentos, em que o gás foi submetido a um processo termodinâmico, concluiu-se que todo o calor fornecido ao gás foi convertido em trabalho. Assinale a alternativa que representa corretamente o pro- cesso termodinâmico realizado no experimento. a) processo isovolumétrico. b) processo isotérmico. c) processo isobárico. d) processo adiabático. e) processo composto: isobárico e isovolumétrico. 16. (UEMT) Um gás ideal sofreu uma transformação à pressão constante de 120 N/m2 e seu volume variou com a tem- peratura, conforme mostra o gráfi co seguinte. Durante o processo, o gás recebeu 800 J de calor. 0 1 2 3 V (m3) 300 A B 400 500 T (K) M a x x -S tu d io /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 46 5/24/18 6:21 PM 47 FÍ S IC A Com os dados, podemos dizer que a variação da energia interna do gás foi de: a) 580 J b) 560 J c) 480 J d) 300 J e) 260 J 17. (UFRGS-RS) O gráfi co representa, em um processo isobárico, a variação em função do tempo da temperatura de uma amostra de um elemento puro cuja massa é de 1,0 kg, observada durante 9 minutos. A amostra está no estado sólido a 0 °C no instante t = 0 e é aquecida por uma fonte de calor que lhe transmite energia a uma taxa de 2,0 · 103 J/min, supondo que não haja perda de calor. O processo que ocorre na fase sólida envolve um trabalho total de 0,1 kJ. Nessa fase, a variação da energia interna da amostra é: a) 6,1 kJ b) 5,9 kJ c) 6,0 kJ d) – 5,9 kJ e) – 6,1 kJ 18. (Uern) A variação da energia interna de um gás perfeito em uma transformação isobárica foi igual a 1 200 J. Se o gás fi cou submetido a uma pressão de 50 N/m2 e a quantidade de energia que recebeu do ambiente foi igual à 2 000 J, então a variação de volume sofrido pelo gás durante o processo foi: a) 10 m3 b) 12 m3 c) 14 m3 d) 16 m3 19. (UFU-MG) O gráfi co a seguir representa um ciclo termo- dinâmico reversível (A w B w C w A), experimentado por um mol de gás ideal. (Dado: constante universal dos gases: R = 8,3 J/(mol ⋅ K)) 24 900 p (Pa) 12 450 0,100 B C A 0,12 V (m 3) De acordo com o gráfi co, analise as afi rmativas. I. A variação de energia interna no ciclo completo (A w B w w C w A) é nula. II. Em um ciclo completo entraram 124,5 J de calor no sistema. III. A temperatura do sistema no ponto A é 300 K. Podemos afi rmar que apenas: a) I e III são corretas. b) I e II são corretas. c) II e III são corretas. d) I é correta. R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 4 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 47 5/24/18 6:22 PM 48 CAPÍTULO 3 20. +Enem [H21] A primeira lei da Termodinâmica é considerada uma das leis fundamentais da natureza, pois se aplica a qualquer processo no qual ocorrem transformações de energia. Segundo ela, em um processo termodinâmico, a variação da energia interna ∆U do sistema é igual à diferença entre o calor Q trocado e o trabalho † realizado pelo próprio sistema, ou seja: ∆U = Q – † Para o caso particular de um gás que sofre um processo termodinâmico, deve-se a convenção de sinais apresentada no quadro. Grandeza Positiva Negativa ∆U Aumento da energia interna e aumento da temperatura. Diminuição da energia interna e diminuição da temperatura. † O gás sofre expansão e fornece energia ao meio externo. O gás sofre compressão e recebe energia do meio externo. Q O gás recebe calor do meio externo. O gás cede calor ao meio externo. Considere uma amostra gasosa contida em um recipiente com paredes termicamente isoladas que sofre uma rápida com- pressão. Nesse caso, temos uma transformação em que o gás não troca calor com o meio (Q = 0), portanto: a) o gás não realiza trabalho e, portanto, sua temperatura não varia. b) o gás realiza trabalho motor sobre o meio externo e sua temperatura diminui. c) o gás realiza trabalho motor sobre o meio externo e sua temperatura aumenta. d) o meio externo realiza trabalho motor sobre o gás e sua temperatura diminui. e) o meio externo realiza trabalho motor sobre o gás e sua temperatura aumenta. 21. (UPF-RS) Uma amostra de um gás ideal se expande dupli- cando o seu volume durante uma transformação isobárica e adiabática. Considerando que a pressão experimentada pelo gás é 5 ⋅ 106 Pa e seu volume inicial 2 ⋅ 10–5 m3 po- demos afi rmar: a) O calor absorvido pelo gás durante o processo é de 25 cal. b) O trabalhoefetuado pelo gás durante sua expansão é de 100 cal. c) A variação de energia interna do gás é de –100 J. d) A temperatura do gás se mantém constante. e) Nenhuma das anteriores. 22. (ITA-SP) Uma amostra com um centímetro cúbico de água passa a ocupar 1 670 cm3 quando evaporado à pressão constante de 1,0 atm (1 ⋅ 105 Pa), sem alteração de tem- peratura. O calor latente de vaporização da água a essa pressão é de 540 cal/g. Considere que a densidade da água é de 1 g/cm3 e que 1 cal = 4,2 J. a) Determine o trabalho realizado pelo vapor de água durante a evaporação. b) Determine de quanto aumenta a energia interna da amostra. 23. (UFU-MG) Um botijão de cozinha contém gás sob alta pressão. Ao abrirmos esse botijão, percebemos que o gás escapa rapidamente para a atmosfera. Como esse pro- cesso é muito rápido, podemos considerá-lo como um processo adiabático. Considerando que a primeira lei da Termodinâmica é dada por ∆U = Q – †, em que ∆U é a variação da ener- gia interna do gás, Q é a energia transferida na forma de calor e † é o trabalho realizado pelo gás, é correto afi rmar que: a) A pressão do gás aumentou e a temperatura diminuiu. b) O trabalho realizado pelo gás foi positivo e a tempera- tura do gás não variou. c) O trabalho realizado pelo gás foi positivo e a tempera- tura do gás diminuiu. d) A pressão do gás aumentou e o trabalho realizado foi negativo. 24. (Vunesp) A energia interna U de uma certa quantidade de gás, que se comporta como gás ideal, contida em um recipiente, é proporcional à temperatura T, e seu valor pode ser calculado utilizando a expressão U = 12,5 ⋅ T. A temperatura deve ser expressa em Kelvins e a ener- gia, em joules. Se inicialmente o gás está à tempera- tura T = 300 K e, em uma transformação a volume constante, recebe 1 250 J de uma fonte de calor, sua temperatura final será: a) 200 K b) 300 K c) 400 K d) 600 K e) 800 K Complementares Tarefa proposta 14 a 32 Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 48 5/24/18 6:22 PM 49 FÍ SI CA Tarefa proposta 1. (UFSM-RS) A temperatura do corpo humano considerada ideal varia entre 36 °C e 36,7 °C. Num sistema físico mais simples, como um gás ideal em equilíbrio, a temperatura está associada: a) à energia média por partícula. b) à quantidade de calor interno. c) ao grau de oscilação das partículas. d) à energia absorvida ou perdida. e) ao calor específi co. 2. (Vunesp) Considere o gráfi co da pressão em função do volume de certa massa de gás perfeito que sofre uma transformação do estado A para o estado B. Admitindo que não haja variação da massa do gás durante a trans- formação, determine a razão entre as energias internas do gás nos estados A e B. Pressão 4p p V 3V Volume A B 3. Uma máquina térmica funciona de acordo com o ciclo dado pela fi gura a seguir. No decorrer de cada ciclo não há entrada nem saída de gás no reservatório que o contém. B A C D 4 2 2,4 3,2 4,8 V (10−2 m3) p (105 N/m3) Sendo U A a energia interna do gás no estado A e U D a energia interna do gás no estado D, determine a razão U U D A vale: a) 1 2 b) 3 2 c) 6 d) 3 4 e) 2 4. (Ufop-MG) Na fi gura seguinte, é indicado um sistema ter- modinâmico com processo cíclico. O ciclo é constituído por duas curvas fechadas, a malha I e a malha II. É correto afi rmar que: a) durante um ciclo completo, o sistema não realiza trabalho. b) o sistema realiza trabalho positivo na malha I. c) o sistema libera calor na malha II. d) durante um ciclo completo, a variação da energia in- terna é nula. 5. (Uece) Pode-se afi rmar corretamente que a energia interna de um sistema constituído por um gás ideal: a) diminui em uma expansão isotérmica. b) aumenta em uma expansão adiabática. c) diminui em uma expansão livre. d) aumenta em uma expansão isobárica. 6. +Enem [H21] Sabe-se que, num gás, a energia cinética média das partículas que o compõem é proporcional à temperatura e que sua pressão é proporcional ao produto da temperatura pelo número de partículas por unidade de volume. Considerando-se uma sala com ar-condicio- nado, com temperatura média de 21 °C, e um corredor, ao lado da sala, com temperatura média de 30 °C, ambos à mesma pressão: a) a energia cinética média das partículas que compõem o ar é maior no corredor, e o número de partículas por unidade de volume é menor na sala. b) a energia cinética média das partículas que compõem o ar é maior no corredor, e o número de partículas por unidade de volume é maior na sala. c) a energia cinética média das partículas que compõem o ar é maior na sala, e o número de partículas por unidade de volume é maior no corredor. d) a energia cinética média das partículas que compõem o ar é maior na sala, e o número de partículas por unidade de volume é menor no corredor. 7. (UFSM-RS) A respeito dos gases que se encontram em con- dições nas quais seu comportamento pode ser considerado ideal, afi rma-se que: I. a grandeza que é chamada de temperatura é proporcio- nal à energia cinética média das moléculas. R e p ro d u ç ã o / U fo p -M G Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 49 5/24/18 6:22 PM 50 CAPÍTULO 3 II. a grandeza que é chamada de pressão é a energia que as moléculas do gás transferem às paredes do reci- piente que contém esse gás. III. a energia interna do gás é igual à soma das energias cinéticas das moléculas desse gás. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) I, II e III. 8. (UFBA) Uma certa quantidade de gás ideal realiza o ciclo ABCDA, representado na fi gura: BA CD 4 2 0 0,2 1,2 V (m 3) p (102 N/m2) Nessas condições, pode-se concluir: (01) No percurso AB, o trabalho realizado pelo gás é igual a 4 ⋅ 102 J. (02) No percurso BC, o trabalho realizado é nulo. (04) No percurso CD, ocorre aumento da energia interna. (08) Ao completar cada ciclo, há conversão de calor em trabalho. (16) Utilizando-se esse ciclo em uma máquina, de modo que o gás realize quatro ciclos por segundo, a po- tência dessa máquina será igual a 8 ⋅ 102 W. Dê a soma dos números dos itens corretos 9. (UFV-MG) De acordo com a teoria cinética dos gases, a energia cinética média, E cin. , para um gás ideal monoatô- mico, é dada pela expressão E cin. = 3 2 ⋅ K ⋅ T em que K é a constante de Boltzmann. Se um gás ideal monoatômico composto por n átomos se encontra a uma temperatura T, apresenta volume V e está submetido a uma pressão p, então a expressão para a sua energia cinética média é: a) 3 2 ⋅ ⋅p V n b) 3 2 ⋅ ⋅ n p V c) 3 2 ⋅ ⋅ ⋅p V T n d) 3 2 ⋅ ⋅ ⋅ n T p V 10. (Ufl a-MG) Os gráfi cos pressão versus volume mostrados a seguir indicam três possíveis transformações sofridas por um gás perfeito. I II p V i f p V i f III p V i f Considerando-se o gráfi co III, transformação isotérmica, pode-se afi rmar que a variação da energia interna ∆U en- volvida em cada transformação será: a) I: ∆U , 0; II: ∆U . 0; III: ∆U . 0 b) I: ∆U , 0; II: ∆U . 0; III: ∆U = 0 c) I: ∆U , 0; II: ∆U . 0; III: ∆U , 0 d) I: ∆U . 0; II: ∆U . 0; III: ∆U = 0 e) I: ∆U . 0; II: ∆U , 0; III: ∆U = 0 11. (UFJF-MG) Num dia quente de verão, estava fazendo 27 °C e Pedro fi cou muito irritado com a porta da geladeira. Ele abriu a geladeira uma primeira vez para pegar sorvete de creme. Imediatamente após fechar a geladeira, lembrou-se de que sua irmã, Ana, havia pedido o sorvete de morango. Abriu a geladeira novamente e teve que fazer uma força muito maior que a força feita da primeira vez. Isso ocorre porque o ar quente, que entra na geladeira quando esta é aberta, sofre um resfriamento a volume constante. Se esperarmos um pouco, há troca de ar entre o ambiente exterior e a geladeira, fazendo com que as pressões interna e externa se igualem, tornando a geladeira fácil de se abrir novamente. a) Considere que o ar é um gás ideal, eque imediata- mente antes de Pedro fechar a porta, todo o ar no interior da geladeira está a pressão e temperatura am- biente. Considere ainda que, após fechar a porta, todo o ar no interior da geladeira atinge rapidamente uma temperatura de 7,0 °C e que não há troca de ar entre geladeira e o meio externo. Calcule a pressão no interior da geladeira após o res- friamento. b) Considerando que o volume de ar interno da geladeira é 0,6 m3, calcule a energia retirada do ar no processo de resfriamento. Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 50 5/24/18 6:22 PM 51 FÍ S IC A 12. (IFMG) O trabalho realizado em um ciclo térmico fe- chado é igual a 100 J e, o calor envolvido nas trocas térmicas é igual a 1 000 J e 900 J, respectivamente, com fontes quente e fria. A partir da primeira lei da Termodinâmica, a variação da energia interna nesse ciclo térmico, em joules, é: a) 0 b) 100 c) 800 d) 900 e) 1 000 13. (PUC-RJ) Em um processo termodinâmico, uma quan- tidade de n mols de um gás ideal é aquecida por uma quantidade de calor Q = 1 000 J e realiza trabalho igual a W. Ao fi m do processo termodinâmico, o sistema retorna à temperatura inicial, ou seja, à energia inicial. Calcule o trabalho realizado. a) –1 000 J b) 0 J c) 2 000 J d) 1 000 J e) 500 J 14. (UFRGS-RS) Observe a fi gura abaixo. A fi gura mostra dois processos, I e II, em um diagrama pressão (p) × volume (V) ao longo dos quais um gás ideal pode ser levado do estado inicial i para o estado fi nal f. Assinale a alternativa que preenche corretamente as la- cunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. De acordo com a 1a lei da Termodinâmica, a variação da energia interna é nos dois processos. O trabalho † I realizado no processo I é que o trabalho † II rea- lizado no processo II. a) igual − maior b) igual − menor c) igual − igual d) diferente − maior e) diferente – menor 15. (UFRGS-RS) Enquanto se expande, um gás recebe o calor Q = 100 J e realiza o trabalho † = 70 J. Ao fi nal do pro- cesso, podemos afi rmar que a energia interna do gás: a) aumentou 170 J. b) aumentou 100 J. c) aumentou 30 J. d) diminuiu 70 J. e) diminuiu 30 J. 16. (UPE) Um estudo do ciclo termodinâmico sobre um gás que está sendo testado para uso em um motor a combustão no espaço é mostrado no diagrama a seguir. Se ∆E int. representa a variação de energia interna do gás, e Q é o calor associado ao ciclo, analise as alternativas e assinale a correta. a) ∆E int. = 0, Q . 0 b) ∆E int. = 0, Q , 0 c) ∆E int. , 0, Q , 0 d) ∆E int. , 0, Q . 0 e) ∆E int. = 0, Q = 0 17. (UEL-PR) Fornecem-se 5,0 calorias de energia sob forma de calor a um sistema termodinâmico, enquanto se realiza sobre ele trabalho de 13 joules. Nessa transformação, a variação de energia interna do sistema é, em joules: (Dado: 1,0 cal = 4,2 J) a) –8 b) 8 c) 13 d) 21 e) 34 18. (AFA-SP) Um sistema termodinâmico constituído de n mols de um gás perfeito monoatômico desenvolve uma transformação cíclica ABCDA representada no diagrama a seguir. De acordo com o apresentado pode-se afi rmar que: a) o trabalho em cada ciclo é de 800 J e é realizado pelo sistema. b) o sistema termodinâmico não pode representar o ci- clo de uma máquina frigorífi ca uma vez que o mesmo está orientado no sentido anti-horário. c) a energia interna do sistema é máxima no ponto D e mínima no ponto B d) em cada ciclo o sistema libera 800 J de calor para o meio ambiente. R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U P E , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 51 5/24/18 6:22 PM 52 CAPÍTULO 3 19. (UFV-MG) Uma quantidade de 1,0 g de água na tempe- ratura inicial de 90 °C é aquecida até a temperatura de 100 °C e se torna vapor. O processo ocorre sob pressão atmosférica, p = 1,0 ⋅ 105 N/m2, e está ilustrado no dia- grama de volume V versus temperatura T a seguir. V (cm3) 1 671 1 90 100 T (¡C) Considere o calor específico da água c = 4,2 ⋅ 103 J/(kg ⋅ °C) e o calor de vaporização da água L v = 2,3 ⋅ 106 J/kg. Para esse processo, calcule: a) o calor fornecido à água; b) o trabalho realizado pela água; c) a variação na energia interna da água. 20. (AFA-SP) Um sistema gasoso constituído por n mols de um gás perfeito passa do estado x para o estado y por meio dos processos distintos 1 e 2 mostrados no esquema a seguir. Se no processo 2 o sistema realiza um trabalho de 200 J e absorve uma quantidade de calor de 500 J, é correto afirmar que a) quando o sistema for trazido de volta ao estado inicial x sua energia interna irá diminuir de 700 J b) a variação da energia interna será a mesma tanto no processo 1 quanto no 2. c) o trabalho realizado no processo 1 será igual ao traba- lho realizado no processo 2. d) se no processo 1 o trabalho realizado for de 400 J o calor recebido será de 1 000 J. 21. (Uern) Certa massa de gás ideal, no interior de um cilin- dro, recebe calor de uma fonte térmica de potência igual a 480 W, durante um intervalo de 5 min. Durante esse intervalo, a massa gasosa sofre a transformação indicada no gráfico p × V (pressão versus volume). No início do processo, o gás estava a uma temperatura de 127 °C. Supondo que todo o calor da fonte seja transferido para o gás, determine a variação da energia interna sofrida pelo mesmo e sua temperatura ao final do processo: A B 200 10 60 V (dm 3) p (105 Pa) a) 10,4 ⋅ 104 J e 927 °C b) 4,0 ⋅ 104 J e 1 200 °C c) 7,2 ⋅ 104 J e 381 °C d) 11,2 ⋅ 104 J e 654 °C 22. (UEL-PR) Considere o diagrama p × V da figura a seguir. O ciclo fechado ao longo do percurso abcda é denomi- nado ciclo Otto e representa o modelo idealizado dos processos termodinâmicos que ocorrem durante o fun- cionamento de um motor a gasolina. O calor recebido pelo motor, dado por Q 1 é fornecido pela queima da gasolina no interior do motor. representa o trabalho realizado pelo motor em cada ciclo de operação, e Q 2 é o calor rejeitado pelo motor, por meio da liberação dos gases de exaustão pelo escapamento e também via sistema de arrefecimento. Considerando um motor que recebe 2 500 J de calor e que realiza 875 J de trabalho em cada ciclo de operação, responda aos itens a seguir. a) Sabendo que o calor latente de vaporização da ga- solina vale 5 ⋅ 104 J/g determine a massa de gasolina utilizada em cada ciclo de operação do motor. b) Sabendo que, em um ciclo termodinâmico fechado, a soma das quantidades de calor envolvidas no proces- so é igual ao trabalho realizado no ciclo, determine a quantidade de calor rejeitada durante cada ciclo de operação do motor. 23. (UFBA) Para aquecer lentamente o gás contido em um recipiente provido de êmbolo móvel, usa-se o sistema de banho-maria, conforme a figura. Considerando-se que os pesos são mantidos sobre o êmbolo, o gás, ao dilatar-se: R e p ro d u ç ã o / A FA -S P. R e p ro d u ç ã o / U E L- P R . Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 52 5/24/18 6:22 PM 53 FÍ S IC A Fonte térmica (01) desloca o êmbolo com velocidade constante. (02) sofre acréscimo de energia interna. (04) mantém sua pressão constante. (08) tem seu estado termodinâmico descrito exclusiva- mente pela temperatura. (16) converte integralmente em trabalho o calor recebi- do da fonte térmica. Dê a soma dos números dos itens corretos. 24. (Vunesp) Um sistema termodinâmico é levado do estado inicial A a outro estado B e depois trazido de volta até A através do estado C, conforme o diagrama p × V da fi gura a seguir. 1 2 3 4 A B C 50 40 30 20 10 V (m3) p (105 Pa) Q W ∆U A w B + B w C + C w A a) Complete a tabela atribuindo sinais (+) ou (–) às gran- dezas termodinâmicas associadas a cada processo. W positivo signifi ca trabalho realizado pelo sistema, Q positivo é calor fornecido ao sistema e ∆U positivoé aumento da energia interna. b) Calcule o trabalho realizado pelo sistema durante o ciclo completo ABCA. 25. (EFOMM) O diagrama PV da fi gura mostra, para determinado gás ideal, alguns dos processos termodinâmicos possíveis. Sabendo-se que nos processos AB e BD são fornecidos ao gás 120 e 500 joules de calor, respectivamente, a variação da energia interna do gás, em joules, no processo ACD será igual a: a) 105 b) 250 c) 515 d) 620 e) 725 26. (Ifsul-RS) No estudo da Termodinâmica dos gases perfeitos, são parâmetros básicos as grandezas físicas quantidade de calor (Q) trabalho (W) e energia interna (U) associadas às transformações que um gás perfeito pode sofrer. Analise as seguintes afi rmativas referentes às transforma- ções termodinâmicas em um gás perfeito: I. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação adiabática, o trabalho (W) que o siste- ma troca com o meio externo é nulo. II. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação isotérmica, a variação da energia inter- na é nula ∆U = 0. III. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação isométrica, a variação da energia inter- na (∆U) sofrida pelo sistema é igual a quantidade de calor (Q) trocado com o meio externo. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afi rmativa(s): a) I b) III c) I e II d) II e III 27. (PUC-RS) Ondas sonoras se propagam longitudinal- mente no interior dos gases a partir de sucessivas e rápidas compressões e expansões do fl uido. No ar, esses processos podem ser considerados como transforma- ções adiabáticas, principalmente devido à rapidez com que ocorrem e também à baixa condutividade térmica deste meio. Por aproximação, considerando-se que o ar se comporte como um gás ideal, a energia interna de uma determinada massa de ar sofrendo compressão adiabática ; portanto, o trocado com as vizinhanças da massa de ar seria responsável pela trans- ferência de energia. a) diminuiria – calor b) diminuiria – trabalho c) não variaria – trabalho d) aumentaria – calor e) aumentaria – trabalho 28. +Enem [H21] A primeira lei da Termodinâmica estabelece que o aumento ∆U da energia interna de um sistema é dado por ∆U = Q – †, em que Q é o calor recebido pelo sistema e † é o trabalho que esse sistema realiza. Essa lei é simplesmente a aplicação do princípio da conservação R e p ro d u ç ã o / E F O M M , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 53 5/24/18 6:23 PM 54 CAPÍTULO 3 da energia a um sistema gasoso. Considere que um gás ideal sofra simultaneamente compressão e resfriamento; então, nesse processo: a) o gás recebe calor do meio externo. b) o gás cede calor ao meio externo. c) o trabalho do gás é positivo. d) o gás sofre aumento de sua energia interna. e) o gás não recebe nem cede calor ao meio externo. 29. (IME-RJ) Um corpo recebe 40 joules de calor de um outro corpo e rejeita 10 joules para um ambiente. Simultanea- mente, o corpo realiza um trabalho de 200 joules. Esta- beleça, baseado na primeira lei da Termodinâmica, o que acontece com a temperatura do corpo em estudo. 30. (UFRJ) Um gás ideal realiza o ciclo termodinâmico consti- tuído por duas isotermas, AB e CD, e duas isóbaras, BC e DA, ilustradas na figura a seguir. B C 500 K 300 K DA Volume Press‹o As temperaturas correspondentes às isotermas AB e CD valem 300 K e 500 K, respectivamente. a) Indique se o módulo Q a do calor absorvido na transfor- mação BC é maior, igual ou menor do que o módulo Q c do calor cedido na transformação DA. Justifique a sua resposta. b) Calcule a variação da energia interna nesse ciclo. 31. (UFRN) Durante a visita a uma concessionária de veículos, um cliente que possui um carro de 80 cv (cavalo-vapor) se interessou por adquirir um carro de maior potência. A partir dos folhetos de propaganda disponíveis na conces- sionária, ele ficou interessado em um modelo equipado com um motor 2.3 (ou seja, 2 300 centímetros cúbicos). Em conversa com o vendedor, o cliente ficou sabendo que tal motor, funcionando a 3 000 rpm (rotações por minuto), apresentava, em cada ciclo, uma variação do vo- lume do cilindro de combustão de 2,3 ⋅ 10–3 m3, devido ao movimento do pistão, com uma pressão média no interior do cilindro igual a 6,4 ⋅ 105 N/m2. Conversaram ainda que, para determinar a potência de um motor, é necessário conhecer o trabalho realizado por ele durante um ciclo e que tal trabalho pode ser determinado por meio do cálculo do produto da variação do volume pela pressão média no interior do cilindro. (Dado: 1,0 cv = 736,0 watts) Para as condições de funcionamento descritas na conver- sa entre o vendedor e o cliente, determine: a) o trabalho realizado pelo motor em funcionamento durante um ciclo; b) o intervalo de tempo, em segundos, necessário para o motor realizar um ciclo; c) se o carro de 2 300 centímetros cúbicos que o cliente se interessou por adquirir desenvolve maior, menor ou a mesma potência que o seu carro de 80 cv. 32. (Unesp-SP) A figura 1 mostra um cilindro reto de base circular provido de um pistão, que desliza sem atrito. O cilindro contém um gás ideal à temperatura de 300 K que inicialmente ocupa um volume de 6,0 ⋅ 10–3 m3 e está a uma pressão de 2,0 ⋅ 105 Pa. O gás é aquecido, expandindo-se isobaricamente, e o êmbolo desloca-se 10 cm até atingir a posição de máximo volume, quando é travado, conforme indica a figura 2. Considerando a área interna da base do cilindro igual a 2,0 ⋅ 10–2 m2, determine a temperatura do gás, em Kelvin, na situação da figura 2. Supondo que nesse processo a energia interna do gás aumentou de 600 J, calcule a quantidade de calor, em joules, recebida pelo gás. Apre- sente os cálculos. Vá em frente Leia A Respiração e a 1a lei da Termodinâmica ou a alma da matéria, de Leopoldo de Meis. Rio de Janeiro: L de Meis, 2004. Neste livro você encontra a trajetória de filósofos e cientistas em busca de leis que explicassem o comportamento da natureza. Autoavaliação: Vá até a página 79 e avalie seu desempenho neste capítulo. R e p ro d u ç ã o / U n e s p -S P R e p ro d u ç ã o / U n e s p -S P Et_EM_2_Cad6_Fis_c03_39a54.indd 54 5/24/18 6:23 PM ► Compreender e analisar casos particulares de transformações gasosas. ► Identifi car as transformações em que o trabalho equivale à variação da energia interna de um gás e ao calor trocado com o meio. ► Calcular o trabalho nas transformações em diferentes transformações gasosas. ► Compreender o que são processos reversíveis e irreversíveis. ► Compreender o funcionamento das máquinas térmicas. Principais conceitos que você vai aprender: ► Transformação isobárica ► Transformação isotérmica ► Transformação isovolumétrica ► 2ª lei da Termodinâmica ► Processo reversível e irreversível ► Ciclo de Carnot 55 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A X Y Z/S hutte rsto ck 4 LEIS DA TERMODINÂMICA I I Os processos para refrigerar alimentos eram muito rudimentares no passado. A partir do início do século XX surgiram os primeiros equipamentos com processos automáticos de refrigeração que utilizavam os gases refrigerantes. Com a descoberta da eletricida- de por Thomas Edison (1847-1931), em 1918 a americana Kelvinator Company fabricou o primeiro refrigerador com motor, inicialmente em pequena escala. Todavia, somente em 1928, com o surgimento dos gases fl uoretados, é que a indústria de refrigeração iniciou seu grande desenvolvimento. A compressão, inicialmente do ar e depois dos gases, foi de grande importância para o desenvolvimento de um processo efi ciente para a produção artifi cial de frio. Quando um gás é comprimido, sua temperatura aumenta. Invertendo esse princípio, ao liberarmos o gás comprimido de um recipiente, durante uma expansão, o calor é retirado com a saída do gás, produzindo efeito refrigerante.Nas geladeiras convencionais, todo o calor retirado do espaço interno pelo bombea- mento do gás na tubulação interna é liberado pela rede de tubos que forma a grade trasei- ra. Os primeiros refrigeradores tinham o congelador em uma posição superior e um siste- ma de prateleiras vazadas. Assim, permitiam as trocas das massas de ar frio e de ar quente. Com a utilização de sistemas mecânicos cada vez mais efi cientes, os processos de refrigeração foram aprimorados e permitiram o desenvolvimento de máquinas térmi- cas mais efi cientes. • Entre as transformações cíclicas a serem vistas neste capítulo, qual representa o ciclo de um refrigerador? Faça o esboço de um gráfi co que represente esse ciclo. y e v g e n iy 11 /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 55 5/24/18 6:22 PM 56 CAPÍTULO 4 T ransformações gasosas: casos particulares Em determinada transformação gasosa, o gás pode trocar, calor, energia na forma de trabalho, e variar sua energia interna. Analisaremos diferentes casos de transformações gasosas aplicando a primeira lei da Termodinâmica. Transformação isobárica Em uma transformação isobárica, a pressão do gás permanece constante ao longo do processo. Então, o gás troca calor com o meio, troca energia com o meio sob a forma de trabalho e sofre variação na sua energia interna. Sendo p constante, temos: Q = ∆U + † e † = p ⋅ ∆V Na transformação isobárica, o trabalho é dado por: † = p ⋅ ∆V = n ⋅ R ⋅ ∆T A variação de energia interna pode é descrita como: ∆U = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ ∆T Substituindo essas duas expressões na equação da primeira lei da Termodinâmica (Q = ∆U + †), temos: Q = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ ∆T + n ⋅ R ⋅ ∆T s Q = 5 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ ∆T (I) Lembrando que a quantidade de calor (Q) em um processo em que não há mudança de fase é dada por: Q = m ⋅ c p ⋅ ∆T = n ⋅ M ⋅ c p ⋅ ∆T Nessa última expressão, o produto M ⋅ c p representa o calor específi co molar do gás a pressão constante (c p ). Assim: Q = n ⋅ c p ⋅ ∆T (II) Comparando com a expressão I com a II, obtemos: c p = 5 2 ⋅ R Transformação isovolumétrica Em uma transformação isovolumétrica, o volume do gás permanece constante. Então, o gás não troca energia com o meio sob a forma de trabalho. Sendo V constante, temos: ∆V = 0 e † = 0 Q = ∆U Quando o gás receber calor, sua energia interna irá aumentar e, quando ceder calor, ela irá diminuir. A quantidade de energia interna que varia é igual à quantidade de calor recebida. Como a variação de energia interna é dada por: ∆U = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ ∆T então: Q = 3 2 ⋅ n ⋅ R ⋅ ∆T (I) De modo análogo à expressão defi nida para a trans- formação isobárica, podemos escrever, para a transfor- mação isovolumétrica: Q = n ⋅ C v ⋅ ∆T (II) Nas usinas, o calor das caldeiras é utilizado para gerar trabalho. C H A IY A /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 56 5/24/18 6:22 PM 57 FÍ S IC A C V : calor específi co molar do gás volume constante. Comparando a expressão I com a II, concluímos: C V = 3 2 ⋅ R Relação de Mayer Das expressões obtidas para os calores específi cos molares a pressão constante (C p ) e a volume constante (C v ), em função de R (constante universal dos gases), é possível obter uma relação entre eles, defi nida a seguir. C p − C v = R Essa expressão é válida para todos os gases ideais e é denominada relação de Mayer, em homenagem ao médico e físico Julius Robert von Mayer (1814-1878). Transformação isotérmica Em uma transformação isotérmica, a temperatura do gás permanece constante. Por isso, a variação da energia interna do gás é nula. Sendo T constante, temos: ∆U = 0 s Q = † Todo calor que o gás recebe se transfere integralmente para o meio sob a forma de tra- balho ou, então, a energia que o gás recebe do meio sob a forma de trabalho se transfere integralmente para o meio sob a forma de calor. Transformação adiabática Em uma transformação adiabática o gás não troca calor com o meio externo. Sendo assim: Q = 0 s ∆U = − † Nessa transformação, quando o gás fornecer energia ao meio sob a forma de trabalho, sua energia interna irá diminuir, e, quando receber trabalho do meio, sua energia interna irá aumentar. 1 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Identifi que em cada alternativa a transformação em destaque. Relacione as particularidades de cada uma delas. Analise o comportamento do trabalho e da energia interna em cada caso. (Ufl a-MG) A Termodinâmica faz nítida distinção entre o objeto de seu estudo, chamado sistema, e tudo aquilo que o envolve e pode interagir com ele, chamado meio. Considere um sistema constituído por certa quantidade de um gás ideal contido em um recipiente de paredes móveis e não adiabáticas e marque a alternativa incorreta. a) Para que o gás realize uma expansão isobárica, é necessário que o sistema receba certa quantidade de calor do meio. b) Para que o gás sofra uma expansão isotérmica, é necessário que o sistema receba calor do meio, o qual é convertido em trabalho. c) Em uma compressão adiabática do gás, o meio realiza trabalho sobre o sistema, com consequente aumento da energia interna do gás. d) Para que o gás sofra um aumento de pressão a volume constante, é necessário que o sistema rejeite certa quantidade de calor para o meio. e) Em uma compressão isobárica, o gás tem sua temperatura e sua energia interna di- minuídas. Resolução Resposta: D Numa transformação isovolumétrica, ∆U = Q V e († = 0), assim: a variação da energia interna é igual à quantidade de calor trocada pelo gás. Essa quantidade de calor pode ser descrita em função da variação da temperatura do sistema: Q V = m ⋅ c ⋅ ∆T. Portanto, se houver au- mento da temperatura (∆T . 0), o sistema aumentará sua energia interna e sofrerá expan- são. Para que ocorra essa situação, o gás necessita receber calor do meio externo. Observação 1 A transformação adiabática é comum na natureza. Isso porque a troca de calor é um processo lento, enquanto a troca de energia na forma de trabalho é rápida, ou seja, uma massa gasosa pode sofrer rapidamente compressão ou expansão sem que ocorram trocas de calor com o meio. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 57 5/24/18 6:22 PM 58 CAPÍTULO 4 Atividades 1. (Unifesp) Em um trocador de calor fechado por paredes diatérmicas, inicialmente um gás monoatômico ideal é resfriado por um processo isocórico e, depois, tem seu volume expandido por um processo isobárico, como mos- tra o diagrama pressão × volume. 3,0 2,0 1,0 2,00 4,0 6,0 V (10–2 m3) p (10 5 Pa) b c a a) Indique a variação da pressão e do volume no pro- cesso isocórico e no processo isobárico e determine a relação entre a temperatura inicial, no estado termodi- nâmico a, e fi nal, no estado termodinâmico c, do gás monoatômico ideal. b) Calcule a quantidade total de calor trocada em todo o processo termodinâmico abc. 2. (UTFPR) Transformação gasosa adiabática é uma transfor- mação em que o gás passa de um estado a outro sem receber ou ceder calor para o ambiente. Essa transfor- mação pode ser obtida, na prática, se isolarmos termi- camente o sistema ou se a transformação for realizada rapidamente. Com base nessas informações, assinale a afi rmativa correta. a) Em uma transformação adiabática, a variação da ener- gia interna do sistema é inversamente proporcional ao trabalho. b) Em uma transformação adiabática, o gás não se resfria nem esquenta. c) Em uma compressão adiabática, a temperatura do gás aumenta. d) Em uma transformação adiabática, não há realização de trabalho. e) Em qualquer transformação adiabática, a pressão exercida pelo gás se mantém constante. 3. (Aman-RJ) Durante um experimento, um gás perfeito é comprimido, adiabaticamente, sendo realizado sobre ele um trabalho de 800 J. Em relação ao gás, ao fi nal do processo, podemos afi rmar que: a) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão aumentou.b) o volume diminuiu, a temperatura diminuiu e a pres- são aumentou. c) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pres- são diminuiu. d) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pres- são aumentou. e) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão diminuiu. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 58 5/24/18 6:22 PM 59 FÍ S IC A 4. (Ufes) A fi gura abaixo apresenta um conjunto de transfor- mações termodinâmicas sofridas por um gás perfeito. Na transformação 1 w 2 são adicionados 200 J de calor ao gás, levando esse gás a atingir a temperatura de 60 °C no ponto 2. A partir desses dados, determine: a) a variação da energia interna do gás no processo 1 w 2; b) a temperatura do gás no ponto 5; c) a variação da energia interna do gás em todo o pro- cesso termodinâmico 1 w 5. 5. +Enem [H17] O ciclo representado no gráfi co revela o comportamento aproximado de um motor a diesel. Volume P re s s ‹ o b a c d Nesse ciclo temos: • transformação a w b, compressão adiabática • transformação b w c, expansão isobárica • transformação c w d, expansão adiabática • transformação d w a, resfriamento isovolumétrico Com relação ao ciclo: a) em a w b, a energia interna do sistema é constante. b) em b w c, a energia interna do sistema diminui. c) em c w d, a energia interna do sistema diminui. d) em d w a, a energia interna do sistema aumenta. e) em cada ciclo completo, a variação da energia interna é positiva. 6. (Uern) Num sistema termodinâmico um gás ideal, ao rece- ber 300 J do meio externo, realiza um trabalho de 200 J. É correto afi rmar que: a) a transformação é adiabática. b) a temperatura do sistema aumentou. c) o volume do gás permanece constante. d) a variação de energia interna é negativa. 7. (Escola Naval-RJ) Considere que 0,40 gramas de água vaporize isobaricamente à pressão atmosférica. Sabendo que, nesse processo, o volume ocupado pela água varia de 1,0 litro, pode-se afi rmar que a variação da energia interna do sistema, em kJ, vale: Dados: calor latente de vaporização da água = 2,3 ⋅ 106 J/kg; conversão: 1 atm = 1,0 ⋅ 105 Pa a) − 1,0 b) − 0,92 c) 0,82 d) 0,92 e) 1,0 R e p ro d u ç ã o / U fe s , 2 0 1 5 . Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 59 5/24/18 6:22 PM 60 CAPÍTULO 4 8. (UFV-MG) A seguir, são apresentadas algumas informações importantes acerca de processos termodinâmicos envol- vendo determinado gás ideal. • A energia interna (U) do gás depende unicamente de sua temperatura absoluta (T). • A variação da energia interna (∆U) do gás pode ser dada por ∆U = Q − †, em que Q é a quantidade de calor absorvida (ou cedida) pelo gás e †, o trabalho realizado por ele (ou sobre ele). • O trabalho realizado pelo gás, ao se expandir, é nume- ricamente igual à área sob a curva no correspondente diagrama pressão versus volume. Analise, agora, a seguinte situação: Um gás ideal de n mols está no estado termodinâmico 1. A partir desse estado, pode passar a um dos dois estados, 2 ou 3, por transformação isovolumétrica ou isobárica, absorvendo, do meio externo, respectivamente, 1 200 cal ou 2 000 cal. O diagrama a seguir ilustra essas transfor- mações, bem como uma possível expansão isotérmica do gás entre os estados 2 e 3, ao longo de uma curva abaixo da qual a área corresponde a 1 100 cal. II I P P V A V B T C T C T A V Usando as informações e os dados fornecidos, complete os quadros em branco da tabela seguinte, apresentando os valores de Q, † e ∆U, correspondentes a cada uma das transformações citadas: Transformação Q (cal) † (cal) ∆U (cal Isovolumétrica (1 w 2) 1 200 0 Isobárica (1 w 3) 2 000 1 200 Isotérmica (2 w 3) 1 100 De acordo com o enunciado, o † 2 w 3 = 1 100 cal Complementares Tarefa proposta 1 a 15 9. (UEM-PR) Assinale o que for correto. (01) A energia interna total permanece constante em um sistema termodinâmico isolado. (02) Quando um sistema termodinâmico recebe calor, a variação na quantidade de calor que este possui é positiva. (04) O trabalho é positivo, quando é realizado por um agente externo sobre o sistema termodinâmico, e negativo, quando é realizado pelo próprio sistema. (08) Não ocorre troca de calor entre o sistema termodinâ- mico e o meio, em uma transformação adiabática. (16) Não ocorre variação da energia interna de um sistema termodinâmico, em uma transformação isotérmica. Dê a soma dos itens dos números corretos. 10. (UFRGS-RS) Sob condições de pressão constante, certa quantidade de calor Q fornecida a um gás ideal mo- noatômico, eleva sua temperatura em ∆T. Quanto calor seria necessário, em termos de Q, para concluir a mesma elevação de temperatura ∆T, se o gás fosse mantido em volume constante? a) 3Q b) 5Q 3 c) Q d) 3Q 5 e) 2Q 5 11. (Unifesp) A fi gura representa uma amostra de um gás, suposto ideal, contida dentro de um cilindro. As paredes laterais e o êmbolo são adiabáticos; a base é diatérmica e está apoiada em uma fonte de calor. Cilindro Êmbolo Gás A V Fonte de calor Considere duas situações: I. o êmbolo pode mover-se livremente, permitindo que o gás se expanda à pressão constante; II. o êmbolo é fi xo, mantendo o gás a volume constante. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 60 5/24/18 6:22 PM 61 FÍ S IC A Suponha que nas duas situações a mesma quantidade de calor é fornecida a esse gás, por meio dessa fonte. Pode- -se afi rmar que a temperatura desse gás vai aumentar: a) igualmente em ambas as situações. b) mais em I do que em II. c) mais em II do que em I. d) em I, mas se mantém constante em II. e) em II, mas se mantém constante em I. 12. (FGV-SP) Dentre as transformações realizadas por um gás ideal, é certo que: a) não há variação da energia interna nas transforma- ções isobáricas. b) a temperatura se mantém constante, tanto nas trans- formações isotérmicas quanto nas isométricas. c) nas transformações adiabáticas não há troca de calor entre o gás e o recipiente que o contém. d) não há realização de trabalho nas transformações iso- térmicas, uma vez que nelas o volume não varia. e) tanto a pressão quanto o volume do gás se mantêm constantes nas transformações isométricas. Segunda lei da Termodin‰mica A segunda lei da Termodinâmica envolve o funcionamento das máquinas térmicas, nas quais o calor é convertido em outras formas de energia, como em energia mecânica. Isso acontece com a locomotiva a vapor e com o motor de um automóvel. Uma máquina térmica funciona em ciclos e obedece às condições de Kelvin e Carnot. Lorde Kelvin (1824-1907) enunciou: É impossível construir uma máquina que, operando em ciclos, retire calor de uma única fonte e o transforme integralmente em trabalho. O físico francês Sadi Carnot (1796-1832) estabeleceu o princípio de funcionamento da máquina térmica e enunciou: Para que uma máquina térmica consiga converter calor em trabalho, de modo contínuo, deve operar em ciclos entre duas fon- tes térmicas, uma quente e outra fria: retira calor da fonte quente (Q 1 ), converte-o parcialmente em trabalho (†) e rejeita o restante (Q 2 ) para a fonte fria. Fonte quente Máquina térmica Fonte fria † † = Q 1 – Q 2 T Q T F Q 1 Q 2 Na fi gura: • T Q é a temperatura da fonte quente; • T F é a temperatura da fonte fria; • Q 1 é o calor cedido pela fonte quente; • Q 2 é o calor perdido para a fonte fria; • † é o trabalho termodinâmico em cada ciclo. Rendimento de uma máquina térmica Pelo princípio da conservação da energia, a energia que a máquina recebe da fonte quente (Q 1 ) é igual à energia que ela rejeita para a fonte fria (Q 2 ) mais o trabalho realizado (†). Q 1 = † + Q 2 Logo: † = Q 1 − Q 2 O rendimento é defi nido, para um mesmo intervalo de tempo, como a razão entre a energia útil e a energia total. Para a máquina térmica, ele é obtido pelo quociente entre o trabalho (energia útil) e a quantidade de calor recebida da fonte quente (energia total).η = 1 Q † = 1 2 1 Q Q–Q Q 1 2 Q Q 1 2 Q = 1 − 2 1 Q Q Ciclo de Carnot Carnot idealizou, em 1824, um ciclo que proporciona rendimento m‡ximo para uma máquina térmica que opera entre duas temperaturas prefi xadas. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 61 5/24/18 6:22 PM 62 CAPÍTULO 4 Esse ciclo consiste em duas transformações isotérmicas intercaladas com duas transformações adiabáticas, todas elas reversíveis, sendo o ciclo também reversível. Quando o ciclo é percorrido no sentido horário, temos uma máquina de Carnot e, se percorrido no sentido anti-horário, temos um refrigerador de Carnot. Analisando o diagrama da pressão em função do volume, observamos no gráfi co que a transformação AB é uma compressão adiabática e, ou seja, um processo que ocor- re rapidamente. A transformação BC é uma expansão isotérmica. CD é uma expansão adiabática (rápida) e DA uma compressão isotérmica. O rendimento máximo obtido por uma máquina térmica, ou seja, aquele que obede- ce ao ciclo de Carnot, é dado por: η = 1 − T T F T F T Q T Q T A princípio, esse resultado pode parecer inexpressivo. No entanto, quando analisado detalhadamente indica um dos mais impor- tantes fundamentos da Física, a segunda lei da Termodinâmica. O rendimento do ciclo de Carnot mostra que é impossível obter uma máquina cujo rendimento seja de 100% (η = 1), visto que para isso a temperatura da fonte fria deve ser T f = 0 (zero absoluto). Com isso, podemos citar um dos enunciados da segunda lei da Termodinâmica. É impossível construir uma máquina que, operando em ciclos, retire calor de uma única fonte e o transforme integral- mente em trabalho, confi rmando o enunciado de Kelvin. Esse resultado, inicialmente restrito às máquinas térmicas, estendeu-se para todas as áreas da Física, da Química e até da Biologia. De forma resumida, a primeira lei da Termodinâmica afi rma que, em qualquer processo que ocorra em um sistema fechado, a energia deve ser conservada. Já a segunda lei da Termodinâmica determina o sentido preferencial das transformações de energia desse processo. E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia O desenvolvimento dos motores de combustão foi estimulado pelas competições automobilísticas. Atuando em condições de fun- cionamento extremas, nas retas e curvas dos autódromos, com giro alto nas reduções e acelerações rápidas, os motores foram ganhando resistência e melhorando a performance ao longo do tempo. No entanto, mesmo com toda a evolução, os motores de combustão ainda apresentam rendimento em torno de 25%. E se fosse possível um motor de combustão com rendimento de 100%? Pesquise o mecanismo de funcionamento dos motores de combustão usados em veículos e em aeronaves. Verifi que se existem grandes diferenças entre eles e compare as efi ciências. Conexões A Revolução Industrial e a segunda lei da Termodinâmica A Termodinâmica foi de fundamental importância para impulsionar a Revolução Industrial. A possibilidade de gerar trabalho mecânico pelo calor alterou profundamente os modos de produção e transporte de manufaturas, impactando a sociedade. No entanto, as primeiras máquinas de vapor a serem criadas eram pouco efi cientes e necessitavam de grandes quan- tidades de calor para gerar pouco trabalho mecânico. Com isso, iniciou-se um longo trabalho visando melhorar a efi ciên- cia das máquinas térmicas, principalmente entre os pragmáticos engenheiros ingleses e os teóricos cientistas franceses. Curiosamente, um dos legados mais importantes desse período foi uma descoberta fundamental para a Física, que fi cou conhecida como a segunda lei da Termodinâmica. Na busca pela melhora na efi ciência das máquinas térmicas, o físico e engenheiro francês Carnot determinou, teori- camente, que ciclo termodinâmico fornece o maior rendimento a uma máquina térmica e que esse rendimento máximo não depende das propriedades dos fl uidos, e sim das temperaturas das fontes térmicas entre as quais se processa a transferência de calor, estabelecendo-se o chamado princípio de Carnot e a segunda lei da Termodinâmica. Com base no texto, pesquise: 1. outras contribuições científi cas atribuídas a esses dois cientistas; 2. outras possíveis contribuições desses personagens para o desenvolvimento humano. p V A D C B Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 62 5/24/18 6:22 PM 63 FÍ S IC A Atividades 13. (Enem) Aumentar a efi ciência na queima de combustível dos motores à combustão e reduzir suas emissões de poluentes são a meta de qualquer fabricante de motores. É também o foco de uma pesquisa brasileira que envolve experimentos com plasma, o quarto estado da matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o plasma que provoca a explosão liberadora de energia que, por sua vez, faz o motor funcionar. Adaptado de <www.inovacaotecnologica.com.br> (acesso em 22 jul. 2010). No entanto, a busca da efi ciência referenciada no texto apresenta como fator limitante: a) o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sendo um insu- mo não renovável, em algum momento estará esgotado. b) um dos princípios da Termodinâmica, segundo o qual o rendimento de uma máquina térmica nunca atinge o ideal. c) o funcionamento cíclico de todo os motores. A repe- tição contínua dos movimentos exige que parte da energia seja transferida ao próximo ciclo. d) as forças de atrito inevitável entre as peças. Tais forças provocam desgastes contínuos que com o tempo le- vam qualquer material à fadiga e ruptura. e) a temperatura em que eles trabalham. Para atingir o plasma, é necessária uma temperatura maior que a de fusão do aço com que se fazem os motores. 14. (Udesc) Analise as proposições com relação às leis da ter- modinâmica. I. A variação da energia interna de um sistema termodinâ- mico é igual à soma da energia na forma de calor forne- cida ao sistema e do trabalho realizado sobre o sistema. II. Um sistema termodinâmico isolado e fechado aumen- ta continuamente sua energia interna. III. É impossível realizar um processo termodinâmico cujo único efeito seja a transferência de energia térmica de um sistema de menor temperatura para um sistema de maior temperatura. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afi rmativas I e II são verdadeiras. b) Somente as afi rmativas II e III são verdadeiras. c) Somente as afi rmativas I e III são verdadeiras. d) Somente a afi rmativa II é verdadeira. e) Todas afi rmativas são verdadeiras. 15. Durante determinado intervalo de tempo, uma máquina térmica recebe 1 200 J de calor de uma fonte quente e transfere 900 J para uma fonte fria. Com relação ao fun- cionamento dessa máquina, calcule: a) o trabalho realizado; b) o rendimento. 16. (UFSM-RS) Uma das maneiras de se obter sal de cozinha é a sua extração a partir de sítios subterrâneos. Para a realização de muitas das tarefas de mineração, são utilizadas máquinas térmicas, que podem funcionar, por exemplo, como moto- res para locomotivas, bombas de água e ar e refrigeradores. A respeito das propriedades termodinâmicas das máquinas térmicas, qual das alternativas é incorreta? a) O rendimento de uma máquina térmica funcionando como motor será máximo quando a maior parte da energia retirada da fonte quente for rejeitada, transfe- rindo-se para a fonte fria. b) Uma máquina térmica funcionando como refrigerador transfere energia de uma fonte fria para uma fonte quente mediante realização de trabalho. c) Máquinas térmicas necessitam de duas fontes térmi- cas com temperaturas diferentes para operar. d) Dentre as consequências da segunda lei da termodi- nâmica, está a impossibilidade de se construir uma máquina térmica com rendimento de 100%. e) Todas as etapas de uma máquina térmica operando no ciclo de Carnot são reversíveis. 17. (AFA-SP) Uma máquina térmica funcionando segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturasT 1 = 700 K e T 2 = 300 K recebe da fonte quente 1 250 J de calor. O calor rejeitado, em joules, para a fonte fria é aproximadamente: a) 423 b) 536 c) 641 d) 712 18. (Uece) Em um motor de carro o processo de combustão gera 300 J de energia térmica. Deste valor, 200 J são per- didos sob a forma de calor. Qual a efi ciência desse motor? a) 300 3 b) 100 3 c) 200 3 d) 500 3 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 63 5/24/18 6:23 PM 64 CAPÍTULO 4 Complementares Tarefa proposta 16 a 32 21. (PUC-SP) O diagrama abaixo mostra um ciclo realizado por 1 mol de um gás monoatômico ideal. Determine, em porcentagem, o rendimento de uma má- quina de Carnot que operasse entre as mesmas fontes térmicas desse ciclo. a) 24 b) 35 c) 65 d) 76 22. (UFMA) Uma máquina de Carnot (A) opera entre dois reservatórios a 300 °C e 400 °C, e outra (B) opera entre 300 K e 400 K. Podemos afi rmar que: a) o rendimento de A é menor que o de B. b) o rendimento de A é maior que o de B. c) o rendimento de A é igual ao de B e é de 25%. d) com os dados fornecidos, não é possível calcular os rendimentos. e) toda máquina de Carnot tem rendimento de 100%. 19. (UFRGS-RS) Um projeto propõe a construção de três má- quinas térmicas, M 1 , M 2 e M 3 , que devem operar entre as temperaturas de 250 K e 500 K, ou seja, que tenham rendimento ideal igual a 50%. Em cada ciclo de funciona- mento, o calor absorvido por todas é o mesmo: Q = 20 kJ, mas espera-se que cada uma delas realize o trabalho W mostrado na tabela. M‡quina W M 1 20 kJ M 2 12 kJ M 3 8 kJ De acordo com a segunda lei da Termodinâmica, verifi ca-se que somente é possível a construção da(s) máquina(s): a) M 1 b) M 2 c) M 3 d) M 1 e M 2 e) M 2 e M 3 20. (Enem) A invenção da geladeira proporcionou uma revo- lução no aproveitamento dos alimentos, ao permitir que fossem armazenados e transportados por longos períodos. A fi gura apresentada ilustra o processo cíclico de uma ge- ladeira em que um gás no interior de uma tubulação é forçado a circular entre o congelador e a parte externa da geladeira. É por meio dos processos de compressão, que ocorre na parte externa, e de expansão, que ocorre na parte interna, que o gás proporciona a troca de calor entre o interior e o exterior da geladeira. Compressor Válvula de expansão Compartimento do congelador Adaptado de <http://home.howstuffworks.com> (acesso em: 19 out. 2008). Nos processos de transformação de energia envolvidos no funcionamento da geladeira: a) a expansão do gás é um processo que cede a energia necessária ao resfriamento da parte interna da geladeira. b) o calor fl ui de forma não espontânea da parte mais fria, no interior para a mais quente, no exterior da geladeira. c) a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual ao calor retirado da geladeira. d) a efi ciência é tanto maior quanto menos isolado termica- mente do ambiente for o seu compartimento interno. e) a energia retirada do interior pode ser devolvida à ge- ladeira abrindo-se a sua porta, o que reduz o consumo de energia. R e p ro d u ç ã o / P U C -S P. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 64 5/24/18 6:23 PM 65 FÍ SI CA 23. (UFBA) A fi gura a seguir representa o ciclo de Carnot, para um gás ideal. p 0 A B C D T 1 T 2 V Nessas condições, é correto afi rmar: (01) Na compressão adiabática, a energia interna do gás diminui. (02) Na expansão isotérmica, o gás recebe calor de uma das fontes. (04) Na expansão adiabática, a temperatura do gás diminui. (08) Na compressão isotérmica, a energia interna do gás diminui. (16) Na transformação cíclica, o gás atinge o equilíbrio tér- mico com a fonte quente, antes de reiniciar novo ciclo. Dê a soma dos números dos itens corretos. 24. (Ufscar-SP) Inglaterra, século XVIII. Hargreaves patenteia sua má- quina de fi ar; Arkwright inventa a fi andeira hidráulica; James Watt introduz a importantíssima máquina a vapor. Tempos modernos! C. Alencar; L. C. Ramalho e M. V. T. Ribeiro. Hist—ria da sociedade brasileira. As máquinas a vapor, sendo máquinas térmicas reais, operam em ciclos de acordo com a segunda lei da Termodinâmica. Sobre estas máquinas, considere as três afi rmações seguintes. I. Quando em funcionamento, rejeitam para a fonte fria parte do calor retirado da fonte quente. II. No decorrer de um ciclo, a energia interna do vapor de água se mantém constante. III. Transformam em trabalho todo calor recebido da fon- te quente. É correto o contido apenas em: a) I b) II c) III d) I e II e) II e III Tarefa proposta 1. (Ufscar-SP) Mantendo uma estreita abertura em sua boca, assopre com vigor sua mão agora! Viu? Você produziu uma transformação adiabática! Nela, o ar que você expeliu sofreu uma violenta expansão, durante a qual: a) o trabalho realizado correspondeu à diminuição da energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. b) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. c) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da quantidade de calor trocado por esse ar com o meio, por não ocorrer variação da sua energia interna. d) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não absorveu calor do meio e não sofreu variação de energia interna. e) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não cedeu calor para o meio e não sofreu variação de energia interna. 2. (IFMG) Um extintor de incêndio de CO 2 é acionado e o gás é liberado para o ambiente. Analise as asserções que se seguem: A fi gura ilustra uma expansão volumétrica muito rápida, característica de uma transformação adiabática PORQUE em uma transformação adiabática, a transmissão de calor entre o gás e a vizinhança é muito grande e o trabalho realizado pelo gás é igual à variação da sua energia interna. É correto afi rmar que: a) as duas asserções são proposições verdadeiras, e a se- gunda é uma justifi cativa correta da primeira. b) as duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é justifi cativa correta da primeira. c) a primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. d) a primeira asserção é um a proposição falsa, e a se- gunda, uma proposição verdadeira. e) a primeira e a segunda asserção são proposições falsas. 3. (Ufal) Um gás recebe um trabalho de 2 100 J, sofrendo uma transformação isotérmica. Sendo o equivalente mecânico do calor igual a 4,2 J/cal, esse gás deve ter cedido uma quantidade de calor, em calorias, igual a: a) 5,0 ⋅ 102 b) 1,1 ⋅ 103 c) 2,1 ⋅ 103 d) 4,2 ⋅ 103 e) 8,8 ⋅ 103 4. (UFRGS-RS) Considere um processo adiabático no qual o volume ocupado por um gás ideal é reduzido a 1 5 do volume inicial: R e p ro d u ç ã o / m a ck -M G , 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 65 5/24/18 6:23 PM 66 CAPÍTULO 4 É correto afi rmar que, nesse processo: a) a energia interna do gás diminui. b) a razão T p (T = temperatura; p = pressão) torna-se 5 vezes o valor inicial. c) a pressão e a temperatura do gás aumentam. d) o trabalho realizado sobre o gás é igual ao calor troca- do com o meio externo. e) a densidade do gás permanece constante. 5. (PUC-RJ) Um gás ideal, confi nado numa câmara, é sub- metido ao ciclo termodinâmico ABCA indicado na fi gura a seguir. A curva BC é uma isoterma. A B C P re s s ã o Volume0 Verifi que se as proposições a seguir são corretas ou in- corretas. I. Na etapa BC, calor fl ui do gás para a vizinhança; II. Na etapa BC, a energia interna do gás aumenta; III. Na etapa AB, a energia interna do gás fi ca constante; IV. Na etapa AB, o gás recebe calor e realiza trabalho so- bre a vizinhança; V. Num ciclo ABCA, a energia interna do gás aumenta e este aumento é igual à área delimitada pelo ciclo. Marque a alternativa que contém as proposições corretas. a) I e IV, apenas. b) Apenas V. c) II e III, apenas. d)II e IV, apenas. e) I, IV e V. 6. (Vunesp) Um recipiente contendo um certo gás tem seu volume aumentado graças ao trabalho de 1 664 J realizado pelo gás. Neste processo, não houve troca de calor entre o gás, as paredes e o meio exterior. Considerando que o gás seja ideal, a energia de 1 mol desse gás e a sua temperatura obedecem à relação U = 20,8T, em que a temperatura T é medida em Kelvin e a energia U em joules. Pode-se afi rmar que nessa transformação a variação de temperatura de um mol desse gás, em Kelvin, foi de: a) 50 b) − 60 c) − 80 d) 100 e) 90 7. (UPE) Um recipiente cilíndrico, de área de secção reta de 0,100 m2 contém 20,0 g de gás hélio. Esse recipiente con- tém um êmbolo que pode se mover sem atrito. Uma fonte fornece calor ao recipiente a uma taxa constante. Num deter- minado instante, o gás sofre a transformação termodinâmica representada no diagrama PV abaixo, e o êmbolo se move com velocidade constante v = 8,31 ⋅ 10–3 m/s. Considere que o gás hélio (calor específi co molar a volume constante C V = 1,5 R) se comporta como um gás monoatômico ideal. Dados: MM He = 4,00 g/mol; R = 8,31 J/(mol ⋅ K) Depois de decorrido um intervalo de tempo de 25 s, ana- lise as proposições a seguir e conclua. ( ) A variação de temperatura do gás durante o processo foi ∆T = 50 K. ( ) O calor específi co molar à pressão constante do hélio é C p = 2,5 R. ( ) A energia adicionada ao hélio sob a forma de calor durante o processo foi Q = 375 R. ( ) A variação na energia interna do hélio durante o pro- cesso foi ∆E int. = 125 R. ( ) O trabalho realizado pelo hélio durante a transforma- ção foi = 250 R. 8. (Vunesp) Um gás ideal, confi nado no interior de um pistão com êmbolo móvel, é submetido a uma transformação na qual seu volume é reduzido à quarta parte do seu volume inicial, em um intervalo de tempo muito curto. Tratando-se de uma transformação muito rápida, não há tempo para a troca de calor entre o gás e o meio exterior. Pode-se afi rmar que a transformação é: a) isobárica, e a temperatura fi nal do gás é maior que a inicial. b) isotérmica, e a pressão fi nal do gás é maior que a inicial. c) adiabática, e a temperatura fi nal do gás é maior que a inicial. d) isobárica, e a energia interna fi nal do gás é menor que a inicial. e) adiabática, e a energia interna fi nal do gás é menor que a inicial. 9. (Unir-RO) Um gás ideal sofre três processos termodinâmicos consecutivos, como mostra o diagrama p × V a seguir: iso- térmico entre os estados 1 e 2, adiabático entre os estados 2 e 3 e novamente isotérmico entre os estados 3 e 4. V p 1 2 3 4 R e p ro d u ç ã o / U p e , 2 0 11 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 66 5/24/18 6:23 PM 67 FÍ S IC A A partir das informações dadas, assinale a afi rmativa correta. a) Um processo adiabático entre os estados 4 e 1 é possí- vel porque a energia interna do estado 4 é maior que a do estado 1. b) Só é possível um processo adiabático do estado 4 para o 1 se a energia interna em 1 for igual à energia inter- na do estado 4. c) Não é possível um processo adiabático entre os esta- dos 4 e 1 porque a energia interna do estado 4 é me- nor que a do estado 1. d) Não é possível um processo adiabático entre os esta- dos 4 e 1 porque a energia interna do estado 4 é maior que a do estado 1. e) Um processo adiabático entre os estados 4 e 1 é possí- vel mesmo a energia interna do estado 4 sendo menor que a do estado 1. 10. (Vunesp) Um motor a gasolina ou a álcool pode ser repre- sentado por uma máquina térmica que segue o ciclo: • 1 w 2: expansão isobárica (admissão do combustível no cilindro à pressão atmosférica), representada no diagrama P × V; • 2 w 3: compressão adiabática (fechamento da válvula de admissão e compressão do combustível), represen- tada no diagrama P × V; • 3 w 4: transformação isométrica (explosão, absorção de calor); • 4 w 5: expansão adiabática (realização de trabalho pelo motor, giro do virabrequim); • 5 w 2: transformação isométrica (exaustão, forneci- mento de calor ao ambiente); • 2 w 1: compressão isobárica (expulsão de gases residuais, com válvula de exaustão aberta, à pressão atmosférica). Pede-se: a) represente o ciclo completo deste motor em um dia- grama P × V. b) reproduza a tabela no seu caderno e complete-a, atribuin- do para cada um dos quatro processos o valor zero ou os sinais positivo (+) ou negativo (−) às grandezas †, Q e ∆U, que são, respectivamente, o trabalho realizado pelo ou so- bre o motor, a quantidade de calor recebida ou fornecida pelo motor e a variação da energia interna do motor. Processo † Q ∆U 2 w 1 + 3 w 4 + 4 w 5 − 5 w 2 0 11. (Fepar-PR) A grande novidade do mercado de carros com- pactos é o uso de motor de 3 cilindros. Desde o primeiro motor a gasolina fabricado em 1885 por Gottlieb Daimler, engenheiros do mundo inteiro vêm buscando alternativas para melhorar sua efi ciência, ou seja, torná-lo mais econômico, mais potente, com maior torque e menos poluente. Os atuais motores de três cilindros, como o usado no Up, lançado pela Volkswagen, são mais uma etapa deste infindável processo em busca da “eficiência energética”. Fatores que tornam o motor 3 cilindros mais econômico: 1. Em média, 20% da potência gerada por um motor é utilizada para vencer os atritos. De cara, o motor com um cilindro a menos já economiza 15% dessa conta, ou seja, permite aproveitar mais a potência para movi- mentar o carro propriamente. 2. O tamanho do bloco do motor diminui com um cilin- dro a menos. Dependendo do modelo pode chegar a 30 kg a menos de massa total. 3. Com um cilindro a menos, tem-se menor geração de calor, o que implica menos energia dissipada. Com base no texto e em conceitos de termodinâmica, julgue as afi rmativas que se seguem. ( ) A redução de energia dissipada no motor 3 cilindros aumenta a efi ciência do motor, mas não altera o tra- balho realizado na transformação de energia térmi- ca em mecânica, em razão da baixa potência desses motores. ( ) A redução de massa, pela existência de um cilindro a menos, implica um trabalho mecânico menor para se atingir uma mesma velocidade de um carro com 4 cilindros e massa maior. ( ) Um motor de 4 cilindros com potência superior e rendimento inferior ao de 3 cilindros realiza menos trabalho com a mesma quantidade de combustível, porém mais rapidamente. ( ) Para que um motor 3 cilindros consiga converter ca- lor em trabalho, deve operar em ciclos entre fontes à mesma temperatura. ( ) Os avanços obtidos na fabricação dos motores 3 cilin- dros comprovam a possibilidade de construir uma má- quina de moto-perpétuo, desde que as novas tecnolo- gias reduzam as perdas, igualando a entropia a zero. 12. (Enem) O motor de combustão interna, utilizado no trans- porte de pessoas e cargas, é uma máquina térmica cujo ciclo consiste em quatro etapas: admissão, compressão, explosão/expansão e escape. Essas etapas estão repre- sentadas no diagrama da pressão em função do volume. R e p ro d u ç ã o / F e p a r- P R . Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 67 5/24/18 6:23 PM 68 CAPÍTULO 4 Nos motores a gasolina, a mistura ar/combustível entra em combustão por uma centelha elétrica. Para o motor descrito, em qual ponto do ciclo é produzi- da a centelha elétrica? a) A b) B c) C d) D e) E 13. (PUC-RS) Leia o texto e as afi rmativas que seguem. As principais partes de um refrigerador doméstico são o congelador, o condensador e o compressor, sendo que essas duas últimas peças estão localizadas na parte exter- na do aparelho. O funcionamento do refrigerador depen- de da circulação de um fl uido refrigerante impulsionado pelo compressor. Durante o ciclo termodinâmico, o fl ui- do sofre transformações nas variáveis estado, pressão e temperatura, o que determina o resfriamento no interior do aparelho, levando para fora a energia oriunda dos ali- mentos refrigerados.Em relação a essas transformações, considere as seguin- tes afi rmativas: I. No congelador, a pressão do gás diminui, e sua tem- peratura se eleva com a absorção de energia. II. No congelador, a pressão do gás aumenta, e sua tem- peratura diminui com a liberação de energia. III. No condensador, a pressão do gás é maior do que no congelador, e sua temperatura diminui com a libera- ção de energia. IV. No condensador, a pressão do gás diminui, e sua tem- peratura aumenta. Estão corretas apenas as afi rmativas: a) I e III b) I e IV c) II e III d) II e IV e) II, III e IV 14. (Enem) Até 1824 acreditava-se que as máquinas térmicas, cujos exemplos são as máquinas a vapor e os atuais motores a combustão, poderiam ter um funcionamento ideal. Sadi Carnot demonstrou a impossibilidade de uma máquina térmica, funcionando em ciclos entre duas fontes térmicas (uma quente e outra fria), obter 100% de rendimento. Tal limitação ocorre porque essas máquinas: a) realizam trabalho mecânico. b) produzem aumento da entropia. c) utilizam transformações adiabáticas. d) contrariam a lei da conservação de energia. e) funcionam com temperatura igual à da fonte quente. 15. (UFG-GO) O diagrama dado, da pressão em função do vo- lume, mostra as transformações termodinâmicas sofridas por n mols de um gás ideal. A B C D Volume (m3) Pressão (atm) T 1 T 2 T 0 Julgue (V ou F) os seguintes itens: I. As variações de energia interna do gás nos trechos ABC e ADC são diferentes. II. O calor absorvido no trecho AB é igual ao trabalho rea- lizado pelo gás, nesse trecho. III. Na expansão adiabática (trecho BC), o trabalho reali- zado pelo gás é diretamente proporcional a T 0 − T 1 . IV. Tanto no trecho AD quanto no trecho DC, o gás ab- sorve calor. 16. +Enem [H21] Todos os veículos motorizados, exceto os que têm motor elétrico, usam máquinas térmicas − moto- res de combustão interna − para propulsão. Já os veículos híbridos usam o motor de combustão interna para ajudar a carregar as baterias do motor elétrico. Analise o fl uxo de energia em um motor térmico no diagrama. + Fonte quente Fonte fria Motor térmicoQquente − + Q frio τ A fonte quente, que pode ser mantida a uma temperatura T Q constante, fornece uma quantidade de calor (Q quente ) ao motor. Parte dessa energia o motor usa na realização de trabalho mecânico (†) e o restante (Q frio ) é rejeitado pela máquina para a fonte fria, que pode ser mantida a uma temperatura T F constante. A efi ciência térmica (η) de um motor representa a fração do calor (Q quente ) que é transfor- mada em trabalho (†) e pode ser expressa em porcenta- gem. As efi ciências térmicas dos motores reais a gasolina são da ordem de 35%. Uma pessoa alega ter desenvolvido um motor térmico que, ao receber 50 HP de uma fonte quente, aproveita 20 HP na forma de trabalho. Comparan- do esse motor com um motor real a gasolina, temos que: a) o motor térmico desenvolvido é menos efi ciente que o motor real a gasolina. b) os dois motores apresentam a mesma efi ciência térmica. c) a efi ciência do motor desenvolvido é 5% maior que a efi ciência do motor real a gasolina. R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 68 5/24/18 6:23 PM 69 FÍ S IC A d) a efi ciência do motor desenvolvido é o dobro da efi - ciência exibida pelo motor real a gasolina. e) a efi ciência do motor desenvolvido (60%) é 1,7 vez a efi ciência do motor real a gasolina (35%). 17. (UFSC) A Petrobras é uma empresa que nasceu 100% na- cional, em 1953, como resultado da campanha popular que começou em 1946 com o histórico slogan “O petróleo é nosso”. Ao longo desses sessenta anos, a Petrobras su- perou vários desafi os e desenvolveu novas tecnologias re- lacionadas à extração de petróleo, assim como produtos de altíssima qualidade, desde óleos lubrifi cantes até gasolina para a Fórmula 1. Em 1973, a crise do petróleo obrigou a Petrobras a tomar algumas medidas econômicas, entre elas investir em um álcool carburante como combustível auto- motivo, o etanol, através do programa Pró-Álcool. Sendo assim, além do diesel, da gasolina comum, da gasolina aditivada e da gasolina de alta octanagem, a Petrobras oferece o etanol como combustível automotivo. Os automóveis atuais no Brasil são praticamente todos “fl ex”, ou seja, funcionam tanto com gasolina quanto com etanol. Claro que o desempenho do automóvel muda, dependendo do combustível utilizado. A tabela abaixo apresenta as principais propriedades da gasolina e do etanol e explica em parte a diferença de desempenho entre os combustíveis. Gasolina Etanol Poder calorífi co (MJ/L) 35,0 24,0 Calor latente de vaporização (kJ/kg) 502 903 Temperatura de ignição (°C) 220 420 Razão estequiométrica ar/combustível 14,5 9 Goldemberg & Macedo (Adaptado.) Independentemente do projeto do motor 4 tempos, al- guns parâmetros são iguais. Por exemplo, a temperatura média da câmara de combustão é de 280 °C (fonte quen- te) e a temperatura média do sistema de arrefecimento é de 80 °C (fonte fria). a) Apresente de maneira esquemática o fl uxo de energia (calor) de um motor 4 tempos, que é considerado uma máquina térmica quente. b) Considere o motor 4 tempos como ideal. Com base nos dados do enunciado, determine qual seria o seu rendimento, apresentando todos os cálculos. c) Com base no rendimento de 20% de um motor 4 tem- pos, determine a quantidade de etanol necessária para obter a mesma quantidade de energia útil que cada li- tro de gasolina disponibiliza. 18. (Uece) O biodiesel é um combustível biodegradável que pode ser produzido a partir de gorduras animais ou óleos vegetais. Esse combustível substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclo diesel automotivos. Considere que a queima de 1,0 g de biodiesel libera x joules de energia e o rendimento do motor é de 15% Qual o trabalho mecânico realizado pelo motor, em joules, resultante da queima de 10 g desse combustível? a) 1,5x 100 b) 150x 100 c) 15x 100 d) 15x 10 19. (Udesc) Uma máquina a vapor foi projetada para operar entre duas fontes térmicas, a fonte quente e a fonte fria, e para trabalhar segundo o ciclo de Carnot. Sabe-se que a tempe- ratura da fonte quente é de 127 °C e que a máquina retira, a cada ciclo, 600 J desta fonte, alcançando um rendimento máximo igual a 0,25. O trabalho realizado pela máquina, por ciclo, e a temperatura da fonte fria são, respectivamente: a) 240 J e 95 °C b) 150 J e 27 °C c) 15 J e 95 °C d) 90 J e 27 °C e) 24 J e 0 °C 20. (UFPI) A efi ciência de um motor térmico é defi nida como o quociente entre o trabalho por ele realizado e o calor por ele recebido durante um ciclo completo de seu funciona- mento. Considere um motor que recebe 440 J de calor por ciclo, que tem uma efi ciência de 30% e que completa um ciclo de funcionamento a cada 0,02 segundo. A potência fornecida por esse motor é, em kW: a) 1,1 b) 2,2 c) 4,4 d) 6,6 e) 8,8 21. +Enem [H23] Assim como a pedra fi losofal dos alqui- mistas transformaria os diferentes metais em ouro, o mo- to-perpétuo ou contínuo foi um sonho quimérico. Esse equipamento se moveria eternamente a partir de um único impulso ou mesmo produziria energia continuamente, sem usar fonte externa, como nas imagens a seguir. Waterfall, de M. C. Escher, 1961. Popular Science, out. 1920. M a u ri ts C o rn e lis E s ch e r. W a te rf a ll, 1 9 6 1 N o rm a n R o ck w e ll (P o p u la r S c ie n c e , o u t. 1 9 2 0 ). Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 69 5/24/18 6:23 PM 70 CAPÍTULO 4 Podemos afirmar que um moto-perpétuo seria: a) uma máquina inútil, pois toda a energia gerada se dis- siparia na forma de calor. b) somente possível na ausência de gravidade, ou seja, nunca no planeta Terra. c) algo que só funcionaria no vácuo, o que não tornaria prática sua aplicação. d) uma máquina funcionando apenasem locais planos, portanto incapaz de produzir trabalho. e) impossível, pois trabalho tirado do nada viola a con- servação da energia, e movimentos reais se dissipam, portanto não são eternos. 22. (UEPG-PR) Uma máquina térmica funciona realizando o ciclo de Carnot. Em cada ciclo, ela realiza certa quantidade de trabalho útil. A máquina possui um rendimento de 25% e são retirados, por ciclo, 4 000 J de calor da fonte quente que está a uma temperatura de 227 °C. Sobre o assunto, assinale o que for correto. (01) O trabalho útil fornecido pela máquina térmica é 1 500 J. (02) O ciclo de Carnot consta de duas transformações adiabáticas alternadas com duas transformações isotérmicas. (04) Nenhum ciclo teórico reversível pode ter um rendi- mento maior do que o do ciclo de Carnot. (08) A quantidade de calor fornecida para a fonte fria é 5 000 J. (16) A temperatura da fonte fria é 102 °C. Dê a soma dos números dos itens corretos. 23. (UEMG) Uma máquina térmica que opera, segundo o ciclo de Carnot, executa 10 ciclos por segundo. Sabe-se que, em cada ciclo, ela retira 800 J da fonte quente e cede 400 J para a fonte fria. Se a tempera- tura da fonte fria é igual a 27 °C o rendimento dessa máquina e a temperatura da fonte quente valem, respectivamente: a) 20%; 327 K b) 30%; 327 K c) 40%; 700 K d) 50%; 600 K 24. (UEPB) Acerca do assunto tratado no texto, em relação às máquinas térmicas, analise as proposições a seguir e julgue-as (V ou F). I. Nenhuma máquina térmica, operando em ciclos, pode retirar calor de uma fonte e transformá-lo integral- mente em trabalho. II. O rendimento de uma máquina térmica, operando se- gundo o ciclo de Carnot, pode ser de 100%, isto é, converte todo o calor recebido em trabalho. III. Um refrigerador funciona como uma máquina térmi- ca, operando em sentido inverso, isto é, retira calor da fonte fria e, através de trabalho realizado sobre ele, rejeita para a fonte quente. 25. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s): (01) Sempre que um gás recebe calor, sua temperatura sofre um acréscimo. (02) Em uma transformação isotérmica, o sistema não troca calor com o meio externo. (04) Em uma compressão adiabática, a temperatura do sistema aumenta. (08) A variação da energia interna de um sistema ter- modinâmico é dada pela diferença entre a energia trocada com a vizinhança, na forma de calor, e o trabalho realizado pelo sistema, ou sobre o sistema. (16) O motor de combustão interna de um automóvel não é uma máquina térmica porque não opera entre uma fonte quente e uma fonte fria e em ciclos. (32) Um refrigerador funciona como uma máquina tér- mica, operando em sentido inverso, isto é, retira ca- lor da fonte fria e, pelo trabalho realizado sobre ele, rejeita para a fonte quente. (64) Uma máquina térmica, operando segundo o ciclo de Carnot, obtém um rendimento de 100%, isto é, converte todo o calor recebido em trabalho. Dê a soma dos números dos itens corretos. 26. (UFPR) Uma máquina térmica teórica ideal teve um dimen- sionamento tal que, a cada ciclo, ela realizaria trabalho de 50 cal e cederia 150 cal para a fonte fria. A temperatura prevista para a fonte quente seria de 127 °C. Determine: a) O rendimento dessa máquina térmica. b) A temperatura prevista para a fonte fria, em graus Celsius. 27. (PUC-RS) Em uma máquina térmica ideal que opere em ciclos, todos os processos termodinâmicos, além de rever- síveis, não apresentariam dissipação de energia causada por possíveis efeitos dos atritos internos nos mecanismos ou tur- bulências no fluido operador da máquina. O ciclo de Carnot é um bom exemplo de processo termodinâmico idealizado, que apresentaria a maior eficiência possível na transforma- ção de calor em trabalho útil. A eficiência para uma má- quina de Carnot operando entre as temperaturas absolutas de 300 K e 900 K seria de aproximadamente , e a entropia do sistema ficaria durante o processo. a) 66% − maior b) 66% − igual c) 33% − menor d) 33% − maior e) 100% − igual 28. (ITA-SP) A inversão temporal de qual dos processos a seguir não violaria a segunda lei da Termodinâmica? a) A queda de um objeto de uma altura H e subsequente parada no chão. b) O movimento de um satélite ao redor da Terra. c) A freada brusca de um carro em alta velocidade. d) O esfriamento de um objeto quente em um banho de água fria. e) A troca de matéria entre as duas estrelas de um siste- ma binário. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 70 5/24/18 6:23 PM 71 FÍ S IC A 29. (UFU-MG) Em um refrigerador, o fl uido refrigerante passa por processos termodinâmicos que permitem que o calor seja removido de um ambiente à baixa temperatura e le- vado para outro de temperatura maior. Nesse processo, ora o trabalho é realizado sobre o fl uido refrigerante, ora é ele que realiza trabalho sobre o meio. Esquematicamente, as etapas de tais processos são repre- sentadas a seguir. Nesse ciclo, ocorrem uma expansão adiabática e uma compressão adiabática, respectivamente, entre: a) 4 e 1; 2 e 3 b) 4 e 1; 1 e 2 c) 3 e 4; 1 e 2 d) 2 e 3; 3 e 4 30. Os motores de automóveis são máquinas térmicas cuja fi nalidade é transformar calor em energia mecânica, en- quanto os refrigeradores são máquinas térmicas que têm a fi nalidade de forçar trocas de calor utilizando energia mecânica. Com base nessas informações e sabendo que o calor fl ui espontaneamente, de uma fonte quente para uma fonte fria, podemos afi rmar que: a) é impossível o calor fl uir de uma fonte fria para uma fonte quente, pois contraria as leis da Física. b) um refrigerador é uma máquina que, espontaneamen- te, retira calor de uma fonte quente e transfere inte- gralmente para uma fonte fria. c) o motor de um automóvel é uma máquina que retira calor de uma fonte fria, realiza trabalho mecânico e rejeita parte do calor para uma fonte quente. d) no refrigerador é necessária a realização de um traba- lho mecânico para fazer o calor fl uir da fonte fria para a fonte quente. e) qualquer máquina térmica transforma espontanea- mente calor em energia mecânica, sem perdas. 31. (UFRGS-RS) Uma máquina térmica, representada na fi gura abaixo, opera na sua máxima efi ciência, extraindo calor de um reservatório em temperatura T q =527 °C e liberando calor para um reservatório em temperatura T f = 327 °C. Para realizar um trabalho (W) de 600 J, o calor absorvido deve ser de: a) 2 400 J b) 1 800 J c) 1 581 J d) 967 J e) 800 J 32. (ITA-SP) Uma bolha de gás metano com volume de 10 cm3 é formada a 30 m de profundidade em um lago. Suponha que o metano se comporta como um gás ideal de calor específi co molar C v = 3R e considere a pressão atmosférica igual a 105 N/m2. Supondo que a bolha não troque calor com a água ao seu redor, determine seu volume quando ela atinge a superfície. Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/reversible-reactions>. Acesso em: 5 mar. 2018. Animação interativa que permite observar como ocorrem alguns processos reversíveis. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 79 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / U F U -M G , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 6 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 71 5/24/18 6:23 PM 72 GabaritoooGabarito Capítulo 1 – Estudo dos gases Complementares 9. a 10. c 11. Soma = 7 (01 + 02 + 04) 12. d 21. d 22. c 23. a) Transformação isocórica = tre- cho DC. Transformação isobá- rica = trecho BA b) V D = 1,5 L T C = 400 K 24. b Tarefa proposta 1. d 2. c 3. b 4. Seta c. 5. b 6. F − V − V − F 7. d 8. e 9. a) Observando a curva de vaporiza- ção (líquido − vapor), o aumento da pressão promove o aumento da temperatura de ebulição. Com isso, o alimento é cozido em tem- peraturas mais altas e consequen- temente mais rápido em relação a uma panela comum. b) Observando acurva de fusão (sólido − líquido), o aumento rá- pido da pressão, produzida pela lâmina dos patins, sulcando o gelo, promove seu derretimen- to (fusão). Em seguida, sem a pressão exercida pela lâmina dos patins, a água resultante do der- retimento se solidifi ca. 10. c 11. b 12. Soma = 45 (01 + 04 + 08 + 32) 13. a) 20 min b) 60 min c) 1 200 m 14. e 15. a) Água a 0 °C é menos densa que água a 4 °C e, portanto, na su- perfície, ela pode congelar antes que nas demais profundidades. b 1 ) A temperatura de ebulição em Belo Horizonte é menor do que no Rio de Janeiro, pois do dia- grama para pressões inferiores a 1 atm (Belo Horizonte) a água ferve a temperaturas menores do que 100 °C. b 2 ) A temperatura de fusão em Belo Horizonte é maior do que no Rio de Janeiro, pois no Rio o gelo se funde a 0 °C e do diagrama para pressões menores do que 1 atm (Rio) a temperatura de fusão do gelo é maior que 0 °C. 16. d 17. a) Nos dois procedimentos, temos a evaporação em razão do au- mento da área molhada em con- tato com o ar. b) Q = 1,15 ⋅ 106 J A sensação de frio que senti- mos deve-se à perda de ener- gia do corpo para evaporar a água. 18. b 19. a 20. d 21. c 22. b 23. d 24. e 25. d 26. d 27. a 28. 3,35% 29. b 30. Soma = 42 (02 + 08 + 32) 31. b 32. b Capítulo 2 – Trabalho termodinâmico Complementares 9. Soma = 25 (01 + 08 + 16) 10. c 11. d 12. a) 293 K b) 600 J c) 293 K 21. c 22. c 23. a 24. a) Transformação AB: pressão cons- tante, volume aumenta e tem- peratura aumenta; transforma- ção BC: pressão diminui, volume constante e temperatura diminui; transformação CA: pressão au- menta, volume diminui e tempe- ratura é constante. b) 300 K, 900 K c) 5,4 ⋅ 104 J Tarefa proposta 1. a 2. a 3. a 4. 0,075 J 5. c 6. d 7. e 8. p V 2 0 0⋅ 9. d 10. 5 kg 11. b 12. d 13. e 14. a) 1 . 10–7 J b) 4,5 15. a) p 2 0 b) V p T 2 ; 2 e 4 0 0 0 c) = 3 4 ⋅ p 0 ⋅ v 0 d) p v2v0v0v0 2 P 0 P 0 0 (2) (1) 2 16. b 17. e 18. a) Temperatura mínima = 100 K; temperatura máxima = 600 K b) 1 660 J 19. a) 40 J b) Maior = 11,25 K; menor = 1,25 K 20. b 21. a 22. d 23. b 24. a) 1,3 mol b) 840 J 25. a 26. e 27. −80 J 28. a 29. 2,5 . 103 J 30. V − F − F − V − F 31. a) Estado L. A temperatura é dire- tamente proporcional ao produ- to p ⋅ V. b) Sim. 32. a Capítulo 3 – Leis da Termodinâmica I Complementares 9. a) Estados A e B. b) O gás realiza trabalho sobre o sistema. c) BC e DA. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 72 5/24/18 6:23 PM LÍ N G U A P O RT U G U ES A 73 FÍ S IC A 10. a 11. a) − 560 J b) 4 800 J 12. d 21. c 22. a) 167 J b) 2 101 J 23. c 24. c Tarefa proposta 1. a 2. 4 3 3. e 4. d 5. d 6. b 7. d 8. Soma = 27 (01 + 02 + 08 + 16) 9. a 10. b 11. a) 0,93 atm b) –6 12. a 13. d 14. b 15. c 16. b 17. e 18. d 19. a) 2 342 J b) 167 J c) 2 175 J 20. b 21. a 22. a) 0,05 g b) − 1 625 J 23. Soma = 7 (01 + 02 + 04) 24. a) Q W ∆U A w B + + + B w C + 0 + C w A − − − b) 4,5 ⋅ 106 J b) Processo Q ∆U 2 w 3 − 0 + 3 w 4 0 + + 4 w 5 + 0 − 5 w 2 0 − − 11. F − V − V − F − F 12. c 13. a 14. b 15. F − V − V − F 16. c 17. a) MOTOR Fonte quente Fonte fria Q 1 Q 2 b) 36% c) 1,46 L 18. d 19. b 20. d 21. e 22. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 23. d 24. V − F − V 25. Soma = 44 (04 + 08 + 32) 26. a) 25% b) 27 ºC 27. b 28. b 29. c 30. d 31. a 32. 28,3 cm3 25. c 26. d 27. e 28. b 29. Diminui (a variação da energia in- terna é negativa). 30. a) Q a = Q c b) 0 31. a) 14 72 J b) 0,02 s c) Desenvolve potência maior (100 cv). 32. 400 J e 1 000 J Capítulo 4 – Leis da Termodinâmica II Complementares 9. Soma = 27 (01 + 02 + 08 + 16) 10. d 11. c 12. c 21. d 22. a 23. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 24. a Tarefa proposta 1. a 2. c 3. a 4. c 5. a 6. c 7. V − V − F − F − V 8. c 9. e 10. a) 2 3 1 4 5 isométrica isométrica isobárica adiabáticas V p p V O p O Volume P re s s ã o Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 73 5/24/18 6:23 PM QUESTÃO ORIENTADORA 74 CAPÍTULO 4 Avaliação da pesquisa Depois de realizado o tra- balho, reúnam-se para discutir as principais difi culdades en- contradas, erros e acertos. Veri- fi quem se os pontos abordados realmente foram relevantes para se chegar ao resultado. Objetivo geral de formação da área de Ciências da Natureza envolvido nesta pesquisa Analisar a evolução dos motores de combustão, comparando e associando a efi ciência deles e, diante das limitações encontradas, argumentar sobre a continuidade de uso. Objetivos específi cos desenvolvidos 1 Analisar os diversos tipos de motor de combustão sob o aspecto rendimento e efi ciência. 2 Avaliar a necessidade de aquecimento dos motores para se obter melhor desempenho. 3 Destacar algumas das tecnologias atuais e vantagens e diferenças em relação aos primeiros motores. 4 Sintetizar informações para argumentar sobre a viabilidade ou não do uso desses motores. Qual é o futuro dos motores de combustão? Tema de pesquisa Desde a Revolução Industrial, quando ocorreram as transições e introduções dos novos pro- cessos de manufatura, iniciou-se o desenvolvimento de mecanismos para gerar força de manei- ra automática, diferente da tração animal. Na busca por vencer maiores distâncias e desenvol- ver velocidades maiores, surgem as primeiras máquinas, tendo o benzeno como combustível. Nikolaus Otto, engenheiro e inventor, construiu o primeiro motor de combustão inter- na de quatro tempos. De lá para cá, a evolução deste e de outros tipos de motor não parou. O ciclo de Otto é a base teórica que explica o funcionamento do motor de combustão in- terna. O calor produzido por esses motores, importante para seu funcionamento, é, em grande parte, desperdiçado. No desenvolvimento desta pesquisa, vamos buscar elementos que possam mostrar os bene- fícios que os motores de combustão trouxeram e, também, os problemas a eles associados. De forma crítica, vamos usar as informações obtidas para elaborar uma argumentação consistente que possa nos ajudar a responder à questão orientadora do projeto: “Qual é o futuro dos moto- res de combustão?” Em grupos, levantem dados que permitam organizar um rol de informações capazes de construir argumentação sufi ciente para responder à pergunta. É importante que consul- tem especialistas, sites sobre motores, sobre competições e também sites de montadora. Busque tecnologias alternativas relacionadas aos combustíveis. Esquemas, tabelas e outros recursos que levantarem deverão fazer parte do trabalho. Em seguida, produzam um relatório de conclusão de pesquisa para entregar ao professor e para servir de base a uma apresentação oral para a classe. Nessa exposição, o grupo deve mostrar, com base no material coletado, o respectivo posicionamento sobre o futuro dos motores de combustão. Produtos e resultados da pesquisa 1 Montar uma linha do tempo com os momentos de destaque na evolução dos motores de combustão. Para isso, usem uma apresentação virtual para facilitar a exposição e o compartilhamento. 2 Fazer uma seleção de textos que apresentem o rendimento e a efi ciência desses moto- res. Reportagens, depoimentos e estudos de especialistas e cientistas de todo o mun- do são exemplos que podem ser usados. 3 Elaborar um quadro comparativo entre os motores de combustão mais efi cientes e as no- vidades já existentes com o uso de outro tipo de combustível ou propulsão. 4 Elaborar relatório de conclusão de pesquisa. O relatório deve ser redigido tendo-se em vista a questão orientadora da pesquisa. Expliquem no relatório como cada texto contribuiu para que chegassem à conclusão; tabulem os dados obtidos; apontem as justifi cativas e as comprovações científi cas usadas. 5 Apresentação oral para a sala: Ao apresentarem o trabalho à sala,levem em conta cri- térios como a estrutura e organização da apresentação e a participação de todos os integrantes do grupo; considerem o uso de recursos multimídia para a apresentação, que deve ter, no máximo, 10 minutos, além de ser clara, direta e objetiva. 6 Como sugestão de cronograma, os trabalhos devem ser concluídos em um período de duas a três semanas e apresentado no fi m do bimestre. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 74 5/24/18 6:23 PM REVISÃO1-2 Nome: Data: Turma:Escola: 75 Física – Termodinâmica Capítulo 1 – Estudo dos gases Capítulo 2 – Trabalho termodin‰mico H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 1. Um gás a uma temperatura de 300 K e à pressão atmosférica 1 atm é submetido a duas transformações diferentes, a partir das mesmas condições iniciais: I. este gás é submetido a um processo isovolumétrico e sua pressão fi nal é o dobro da pressão inicial. II. este gás é submetido a um processo isobárico e o volume fi nal ocupado pelo gás é 1 3 do volume inicial. Considerando que o gás se comporta como ideal: a) determine a temperatura do gás ao fi nal de cada processo. b) represente no mesmo gráfi co os diagramas p × V para os dois processos. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 75 5/24/18 6:23 PM 7676 H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e (ou) do Eletromagnetismo. 2. (UFF-RJ) O rendimento, ou efi ciência térmica, de um motor de combustão é defi nido como a razão entre o trabalho realizado pelo motor e a energia fornecida pela queima de combustível. Em cada ciclo de operação do motor, o trabalho realizado pode ser calculado, com boa aproximação, como numa expansão isobárica de um gás no interior de um cilindro do motor. Considere o motor de combustão de um automóvel no qual a expansão isobárica mencionada produza um aumento de 1,6 L no volume do gás constituído pela mistura ar-gasolina. Dados: 1 atm = 1,0 ⋅ 105 N/m2 1 cal = 4,2 J a) Calcule o trabalho realizado pelo motor em cada ciclo de operação, sabendo que a pressão média durante a expansão é de 8 atm. b) Diz-se que um motor tem uma rotação de 3 500 rpm, isto é, realiza 3 500 ciclos de operação por minuto. Calcule a potência do motor de 1,6 L a esta rotação. 1 3500 60 3500 t ∆ 1,28 10 60 3500 3 ⋅ c) Nesta rotação, o motor consome 6,0 g/s de gasolina. Sabendo que a energia gerada pela combustão da gasolina é de 11,1 kcal/g, determine o rendimento do motor. Exprima sua resposta em forma percentual. Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 76 5/24/18 6:23 PM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 77 Física – Termodinâmica Capítulo 3 – Leis da Termodinâmica I Capítulo 4 – Leis da Termodinâmica II 3-4 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações mate- máticas ou linguagem simbólica. 1. (IME-RJ) A fi gura representa um sistema, inicialmente em equilíbrio mecânico e termodinâmico, constituído por um recipiente cilíndrico com um gás ideal, um êmbolo e uma mola. O êmbolo confi na o gás dentro do recipiente. Na condição inicial, a mola, conectada ao êmbolo e ao ponto fi xo A, não exerce força sobre o êmbolo. Após 3 520 J de calor serem fornecidos ao gás, o sistema atinge um novo estado de equilíbrio mecânico e termodinâmico, fi cando o êmbolo a uma altura de 1,2 m em relação à base do cilindro. Determine a pressão e a temperatura do gás ideal: Observa•‹o: Considere que não existe atrito entre o cilindro e o êmbolo. Dados: massa do gás ideal: 0,01 kg; calor específi co a volume constante do gás ideal: 1 000 J/kg ⋅ K; altura inicial do êmbolo em relação à base do cilindro: X 1 = 1 m; área da base do êmbolo: 0,01 m2; constante elástica da mola: 4 000 N/m; massa do êmbolo: 20 kg; aceleração da gravidade: 10 m/s2; pressão atmosférica: 100 000 Pa. a) na condição inicial; b) no novo estado de equilíbrio. A K Gás ideal X 1 T 1,2 10 1 5 0 1 555 0 1⋅ ⋅2 1⋅ ⋅⋅ ⋅⋅ ⋅2 10 1⋅ ⋅⋅ ⋅⋅ ⋅0 1 T 2,0 10 1,2 5 0 1 555 0 1 ' ⋅ ⋅0 1⋅ ⋅⋅ ⋅⋅ ⋅0 10 1⋅ ⋅⋅ ⋅⋅ ⋅0 1 k ( x) 2 2 ⋅ ∆k (⋅ ∆⋅ ∆⋅ ∆k ( h hk (h h’ –’ –’ –h h) 2 2 k (⋅⋅⋅k ( h hk (h h’ –’ –’ –h h) 2 2 k (⋅⋅⋅k ( 4 000 (0,2) 2 2 ⋅ Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 77 5/24/18 6:23 PM 7878 H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e (ou) do Eletromagnetismo. 2. (Uema) Eis o funcionamento de uma máquina frigorífi ca: Em uma máquina frigorífi ca, em cada ciclo da substância trabalhante, é retirada uma quantidade de calor “Q 2 ” da fonte fria (o congelador em uma geladeira) que, juntamente com o trabalho externo “†” (trabalho do compressor nas geladeiras), é rejeitado para a fonte quente (ar atmosférico), na forma de quantidade de calor “Q 1 ” CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luís. F’sica cl‡ssica. Termologia, Óptica e Ondas. São Paulo: Atual. a) Analise que tipo de conversão ocorre numa máquina frigorífi ca. b) Qual é a lei natural que sustenta o funcionamento da máquina? Justifi que sua resposta. c) Demonstre, considerando as informações fornecidas no comando da questão, a expressão que calcula a efi ciência e de uma máquina frigorífi ca. | |Q| || || |Q | | | |222| | | |†††| | d) Se Q 2 = 200 J e † = 400 J, quanto vale a efi ciência da máquina? | |Q| || || |Q | | | |222| | | |†††| | 200 400 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 78 5/24/18 6:23 PM 79 FÍ S IC A Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Autoavaliação Estudo dos gases 4 3 2 1 Conseguiu identifi car as fases da matéria por meio do diagrama? 4 3 2 1 Identifi cou as curvas de fusão/solidifi cação, vaporização/liquefação e sublimação? 4 3 2 1 Compreendeu o modelo e as propriedades de uma gás ideal? Trabalho termodinâmico 4 3 2 1 Compreendeu que a realização de trabalho está relacionada à variação de volume? 4 3 2 1 Conseguiu identifi car que a área de um diagrama p × V corresponde numericamente ao trabalho? 4 3 2 1 Conseguiu diferenciar o trabalho realizado pelo gás e o realizado sobre o gás? Leis da Termodinâmica I 4 3 2 1 Conseguiu entender a relação entre a energia interna de um gás e sua temperatura? 4 3 2 1 Conseguiu analisar processos em que a energia interna não varia? 4 3 2 1 Compreendeu a relação entre trabalho, calor e variação da energia interna, descrita pela 1ª lei da Termodinâmica? Leis da Termodinâmica II 4 3 2 1 Identifi cou as principais transformações gasosas e suas particularidades? 4 3 2 1 Analisou e comparou a efi ciência de algumas máquinas térmicas? 4 3 2 1 Compreendeu o funcionamento do ciclo de Carnot? Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 79 5/24/18 6:23 PM 80 Revise seu trabalhocom este caderno. Com base em sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira, Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Denise Durand Kremer (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto, Catherine Bonesso, Maria Favoretto e Tamara Queiróz (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre : física : cadernos 1 a 12 : aluno / obra coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 1. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019. Bibliografi a. 1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato Luiz. 18-12934 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Ensino médio 530.7 2019 ISBN 978 85 5716 171 9 (AL) Código da obra 2150137 1a edição 1a impressão Impressão e acabamento Uma publicação 627407 Et_EM_2_Cad6_Fis_c04_55a80.indd 80 5/24/18 6:23 PM