Prévia do material em texto
FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Compreender e analisar a importância dos fenômenos ondulatórios, visando o desenvolvimento tecnológico e humano. ONDULATÓRIA Capítulo 1 Movimento harmônico simples (MHS) 2 Capítulo 2 Ondas 26 Capítulo 3 Fenômenos ondulatórios 44 Capítulo 4 Acústica 65 k e rt lis /i S to ck p h o to /G e tt y Im ag es Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 1 9/19/18 8:08 AM ► Compreender a importância dos movimentos harmônicos em aplicações cotidianas. ► Analisar o comportamento da velocidade em movimentos harmônicos. ► Identifi car e compreender as relações entre o movimento harmônico simples e o movimento circular. ► Identifi car e compreender as funções horárias da elongação, velocidade e aceleração do movimento harmônico simples. ► Construir e interpretar gráfi cos do movimento harmônico simples. ► Compreender e analisar o comportamento das energias cinética, potencial e mecânica do MHS. ► Identifi car e analisar movimentos periódicos em geral. Principais conceitos que você vai aprender: ► Elongação ► Movimento harmônico simples ► Período e frequência ► Frequência angular ► Constante elástica ► Sistema massa-mola ► Pêndulos 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO S ashkin/S h u tte rsto ck 1 MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) Os movimentos repetitivos são facilmente encontrados em nosso cotidiano. Os reló- gios antigos apresentavam um sistema composto pelo mecanismo de corda, cujo funcio- namento era percebido por meio de um movimento pendular, que, oscilando sempre no mesmo intervalo de tempo, determinava a marcha dos ponteiros. A importância do pêndulo teve seu destaque na experiência do físico francês Jean Bernard Léon Foucault (1819-1868), na qual demonstrou que a Terra girava. Uma répli- ca desse pêndulo fica permanentemente exposta no Panteão (Panthéon), em Paris, e é constituída por uma esfera de 28 kg pendurada por um fio de 67 m de comprimento. Ao caminhar pelo museu durante algumas horas e retornar ao pêndulo, percebe-se que a direção de sua oscilação sofre uma pequena alteração. Além de pêndulos, movimentos que utilizam molas e elásticos também podem apre- sentar movimento harmônico simples (MHS). Como exemplo, poderíamos pensar no mo- vimento do bungee jump (prática esportiva e/ou atividade recreativa na qual se salta de um vão livre, conectado a um cabo de feixe de elásticos paralelos com equipamentos se- melhantes aos de escalada esportiva), caso fosse desprezível a resistência do ar e pudés- semos considerar como ideal o elástico utilizado. • Durante um salto de bungee jump, após o início da distensão do elástico, o frear da queda ocorre até que se inverta o sentido e a pessoa seja puxada para cima. Se esses elásticos fossem ideais, a pessoa permaneceria oscilando? Em quais outras situações você identifi ca o MHS? Estudaremos neste capítulo as condições para que o MHS se estabeleça, bem como o comportamento das energias que se transformar durante as repetições do movimento. P u m p ch n /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 2 9/19/18 8:08 AM 3 FÍ S IC A Cinem‡tica do MHS Há uma versão histórica em que Galileu Galilei (1564-1642), assistindo a uma mis- sa na Catedral de Pisa, na Itália, observou um candelabro que oscilava levemente. Usando as batidas do coração como medida de tempo, ele constatou que, embora as oscilações do candelabro fossem cada vez menores, o tempo de cada oscilação era praticamente o mesmo. Posteriormente, Galileu realizou experimentos com pêndulos constituídos por uma esfera e um barbante, usando um relógio de água, e descobriu que o tempo para uma oscilação completa era sempre o mesmo, independentemente da massa da esfera e da amplitude de oscilação, desde que o comprimento do barbante fosse mantido constante. O movimento de um pêndulo pode ser estudado como um movimento harmônico simples (MHS). Vamos iniciar nosso estudo do MHS com base na análise de uma mola. Considere uma mola apoiada em uma superfície plana e horizontal, com uma das ex- tremidades fi xa em um suporte rígido e vertical, e a outra presa em um corpo de massa m. m Estando inicialmente em repouso e em equilíbrio, o objeto é deslocado de sua posi- ção de forma que a mola seja comprimida ou distendida. Ao ser abandonado nessa nova posição, o objeto passa a realizar um movimento oscilatório e periódico em torno de sua posição de equilíbrio ao longo de um segmento de reta, denominado MHS, como mostra a fi gura: m Nesse movimento, o corpo muda de posição, a velocidade varia com a posição do corpo, e a força elástica, que atua na horizontal, varia com a deformação da mola; por- tanto, a aceleração também varia com a posição do corpo. Então, nesse movimento, va- riam a posição, a velocidade e a aceleração do corpo. Essas variáveis (e suas equações) devem ser conhecidas para que se saiba perfeitamente o que está ocorrendo em um MHS qualquer analisado. Funções horárias do MHS Pelo exemplo mostrado anteriormente, nota-se que o MHS é mais complexo do que o movimento uniforme (MU) e o movimento uniforme variado (MUV), visto que não só a posição e a velocidade, mas também a aceleração variam com o tempo. Portanto, para descrevermos um MHS é necessário determinarmos três funções horárias: da posição, da velocidade e da aceleração. Relação entre o movimento circular uniforme (MCU) e o MHS Uma maneira simples de se obterem as equações que determinam a posição, a veloci- dade e a aceleração de um corpo é pela comparação entre o MCU e o MHS. Vamos recordar o MCU e, em seguida, compará-lo com o MHS. No MCU: • A trajetória é circular; • O módulo do vetor velocidade é constante; • O módulo do vetor aceleração é constante; • A aceleração vetorial coincide com a aceleração centrípeta; • A aceleração tangencial é nula. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 3 9/19/18 8:08 AM 4 CAPÍTULO 1 Considere uma partícula em movimento circular e uniforme sobre uma circunferência de raio R. Vamos marcar, nessa circunferência, o diâmetro na horizontal (ou na vertical) e observar como fi ca a projeção (sombra) do MCU sobre esse diâmetro. Podemos observar as projeções associadas ao MCU no sistema simplifi cado de uma manivela. Movimentação circular de um disco Cabo oscilando entre um máximo e um mínimo Perspectiva Perfil Enquanto a partícula descreve uma volta completa em MCU sobre a circunferência, sua projeção horizontal (ou vertical) realiza um movimento de vaivém sobre o diâmetro (MHS). Portanto, a projeção horizontal (ou vertical) do MCU realiza um MHS. 1 Vamos aproveitar as equações já estudadas no MCU para obter outras que expliquem o movimento da projeção horizontal (ou vertical) da partícula (são as equações do MHS). Retomando o estudo do movimento circular e uniforme: • T é o período, ou seja, o intervalo de tempo gasto para realizar uma volta completa; • f é a frequência, ou seja, o número de voltas dadas na unidade de tempo; • v é a velocidade escalar do movimento, ou seja, o deslocamento escalar realizado na unidade de tempo; • ω é a velocidade angular, ou seja, o ângulo descrito na unidade de tempo; • R é o raio da trajetória circular descrita pela partícula. A velocidade angular é dada por: ω = T 2 ⋅π = 2 ⋅ π ⋅ f s ω = t ∆θ ∆ = t t – – 0 0 θ θ Para t 0 = 0: θ = θ 0 + ω ⋅ t (função horária angular do MCU). Relação linear-angular: v = ω ⋅ R Aceleração: a t = 0 e a c = v R 2 = ω2 ⋅ R Função horária da elongação (posição) A posição da projeção da partícula sobre o eixo horizontal muda com o decorrer do tempo. Para se determinar a posição dessa partícula no decorrer do tempo, usa-se a função horária da elongação. A elongação (x), portanto, determina a posição da partícula que realiza MHS, sobre um eixo, em um instante t, entre os pontos +A e –A (sendo A a amplitude do movimento).θ R = A P – A +Ax0 Na figura: • P é a posição da partícula que descreve MCU; • x é a posição da projeção da partícula que descreve MHS. Assim: cos θ = R x = A x s x = A ⋅ cos θ Como θ = θ 0 + ω ⋅ t, então: x = A ⋅ cos (θ 0 + ω ⋅ t) Atenção 1 Quando uma partícula executa um movimento circular uniforme (MCU), sua projeção no diâmetro da trajetória executa um movimento harmônico simples (MHS). Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 4 9/19/18 8:08 AM 5 FÍ S IC A em que: • x é a elongação (posição da partícula sobre o eixo horizontal); • A é a amplitude do movimento (máxima elongação); • θ é o ângulo de fase; • θ 0 é o ângulo de fase inicial (t 0 = 0); • ω é a pulsação do MHS (velocidade angular no MCU); • t é o instante do movimento. Função horária da velocidade No MCU, a partícula tem uma velocidade tangente à circunferência, e seu módulo é constante. Para o MHS, vamos projetar essa velocidade no eixo horizontal. –A +A x0 θ θ v v’ Na figura: • v’ é a velocidade de módulo constante da partícula que realiza MCU; • v é a velocidade da partícula em MHS (projeção horizontal de v’). Temos: v' = ω ⋅ A (equação do MCU) v = –v' ⋅ sen θ (projeção horizontal de v') O sinal negativo da velocidade aparece por ela ser contrária à orientação adotada para a trajetória. v = –ω ⋅ A ⋅ sen θ Como θ = θ 0 + ω ⋅ t, então: v = –ω ⋅ A ⋅ sen (θ 0 + ω ⋅ t) Função horária da aceleração A partícula que descreve o MCU tem aceleração centrípeta de módulo constante e com direção variável, ou seja, a aceleração está sempre dirigida para o centro da curva. A projeção da aceleração centrípeta determina a aceleração do MHS. –A +A x0 θ a ac Na figura: • ac é a aceleração centrípeta da partícula que descreve MCU; • a é a aceleração da projeção horizontal da partícula que descreve MHS. Temos: a c = v R 2 = v A 2 = A A ω ⋅2 2 = ω2 ⋅ A a = –a c ⋅ cos θ (projeção do MCU) O sinal negativo da aceleração deve-se ao fato de ela estar no sentido contrário ao de orientação da trajetória. a = –ω2 ⋅ A ⋅ cos θ Como θ = θ 0 + ω ⋅ t, então: a = –ω2 ⋅ A ⋅ cos (θ 0 + ω ⋅ t) E, ainda, como x = A ⋅ cos θ, então: a = –ω2 ⋅ x (equação fundamental do MHS) 1 Observação 1 Essa equação, a = –ω2 ⋅ x, traduz a propriedade fundamental do MHS: Uma partícula em MHS tem uma aceleração (a) proporcional ao deslocamento (x), em relação à posição de equilíbrio, mas de sentido contrário. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 5 9/19/18 8:08 AM 6 CAPÍTULO 1 Gráfi cos do MHS Com base nas funções horárias do MHS, notamos que a elongação x, a velocidade v e a aceleração a variam periodica- mente com o tempo. Considere o exemplo de uma partícula que executa um MHS com fase inicial θ 0 = 0 e cujo período de oscilação é T. Nesse caso, para t 0 = 0, a partícula está na máxima elongação x = +A. Os gráfi cos a seguir mostram a elongação x, a velocidade v e a aceleração a da partícula para os instantes 0, T 4 , T 2 , T3 4 e T, ou seja, mostram como variam essas grandezas em função do tempo para um período completo. x – A 0 +A t t Elongação T 4 T 2 T3T 4 v – A 0 + A Velocidade T 4 T 2 T 3T 4 a – 2A 0 + 2Aω ωω ω t Aceleração T 4 T 2 T 3T 4 Máximos e mínimos no MHS Com base no exemplo anterior, podemos destacar os valores máximos e mínimos para a elongação x, a velocidade v e a aceleração a de um corpo em MHS. A tabela a seguir mostra os valores algébricos dessas variáveis, nos instantes: 0, T 4 , T 2 , T3 4 e T. t 0 T 4 T 2 T3 4 T x x máx. = +A 0 x mín. = –A 0 x máx. = +A v 0 v mín. = –ω ⋅ A 0 v máx. = +ω ⋅ A 0 a a mín. = –ω2 ⋅ A 0 a máx. = +ω2 ⋅ A 0 a mín. = –ω2 ⋅ A Esquematicamente: T 2 T 4 a = 0 v = – · A v = 0 a = + 2 · A a = – 2 · A v = 0 –A +A0 x t = t = t = 0 ω ω ω T 2 3T 4 a = 0 v = + · A v = 0 a = + 2 · A a = – 2 · A v = 0 –A +A0 x t = t = t = T ω ω ω Atividades 1. (Fuvest-SP) Dois corpos, A e B, descrevem movimentos periódicos. Os gráfi cos de suas posições x em função do tempo estão indicados na fi gura. 0 x t A B Podemos afi rmar que o movimento de A tem: a) menor frequência e mesma amplitude. b) maior frequência e mesma amplitude. c) mesma frequência e maior amplitude. d) menor frequência e menor amplitude. e) maior frequência e maior amplitude. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 6 9/19/18 8:09 AM 7 FÍ S IC A 2. (Unifesp) Um estudante faz o estudo experimental de um movimento harmônico simples (MHS) com um cronôme- tro e um pêndulo simples como o da fi gura, adotando o referencial nela representado. –A +A0 Ele desloca o pêndulo para a posição +A e o abandona quando cronometra o instante t = 0. Na vigésima passagem do pêndulo por essa posição, o cronômetro marca t = 30 s. a) Determine o período (T) e a frequência (f) do movi- mento desse pêndulo. b) Esboce o gráfi co x (posição) × t (tempo) desse movi- mento, dos instantes t = 0 a t = 3,0 s; considere des- prezível a infl uência de forças resistivas. 3. Ao observar uma partícula realizando um movimento har- mônico simples, um estudante descreveu o comportamento da elongação usando a função horária x = 4 ⋅ cos (π + 2π ⋅ t) (unidades no SI). Com base nessa função horária, obtenha: a) a amplitude desse movimento; b) a fase inicial desse movimento; c) a pulsação; d) o período; e) a frequência; f) a elongação no instante t = 0,25 s. 4. Ao observar uma partícula que realiza MHS, um técni- co constatou que a velocidade máxima de 4π m/s ocorre numa trajetória de amplitude 40 cm. Com base nessas informações, determine: a) a pulsação do movimento; b) a frequência; c) o período; d) a elongação máxima; e) a aceleração máxima. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 7 9/19/18 8:09 AM 8 CAPÍTULO 1 5. (Ifsul-RS) O gráfico a seguir representa a posição de uma massa presa à extremidade de uma mola. Com base neste gráfico, afirma-se que a velocidade e a força no instante indicado pela linha tracejada são res- pectivamente: a) positiva; a força aponta para a direita. b) negativa; a força aponta para a direita. c) nula; a força aponta para a direita. d) nula; a força aponta para a esquerda. 6. (UFPI) O gráfico da elongação de uma partícula que exe- cuta um movimento harmônico simples está representado na figura. 0 –2 –1 2 1 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 0,5 1,5 x (m) t (s) Com base no gráfico, podemos afirmar que a fase inicial e a velocidade angular são, respectivamente: a) 2 π rad e 2 π rad/s b) 4 π rad e 2 π rad/s c) 3 π rad e 2 π rad/s d) 4 π rad e 3 π rad/s e) 3 π rad e 4 π rad/s 7. (Ifsul-RS) Uma partícula, executando um movimento har- mônico simples, move-se ao longo de um eixo Ox e sua posição, em função do tempo ao longo desse eixo é re- presentada no gráfico da figura abaixo. A partir da análise do gráfico, a função horária, em uni- dades SI, que representa corretamente o movimento har- mônico simples descrito por essa partícula é: a) x = 2cos (π ⋅ t) b) x = 2sen (π ⋅ t) c) x = 4sen (π ⋅ t + π) d) x = 4cos t 2 π ⋅ + π 8. +Enem [H1] Um experimento simples ilustra como a ve- locidade de um pêndulo varia em função da posição do objeto. Um pêndulo formado por um fio e uma esfera oca, cheia de areia, com um orifício em sua extremidade inferior, é posto a oscilar entre as extremidade A e B, con- forme a figura: BA R e p ro d u ç ã o / I fs u l- R S . R e p ro d u ç ã o / I fs u l- R S . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 8 9/19/18 8:09 AM 9 FÍ SI CA Ao oscilar com amplitude constante, a areia escoa regularmente pelo orifício, depositando-se sobre uma mesa plana e horizontal entre as marcas A e B. Assim, das fi guras a seguir, aquela que melhor representa o perfi l da areia depositada na mesa é: a) A B b) A B c) A B d) A B e) AB Complementares Tarefa proposta 1 a 10 9. Uma partícula realiza MHS e sua elongação varia de acordo com a seguinte equação horária: x = 4 ⋅ cos 2 4 π + π ⋅ t (SI) a) Preencha a tabela a seguir. t (s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x (m) b) Determine o módulo da velocidade máxima para essa partícula. 10. (Aman-RJ) Peneiras vibratórias são utilizadas na indústria de construção para classifi cação e separação de agregados em diferentes tamanhos. O equipamento é constituído de um motor que faz vibrar uma peneira retangular, disposta no plano horizontal, para separação dos grãos. Em uma certa indústria de mineração, ajusta-se a posição da peneira de modo que ela execute um movimento harmônico simples (MHS) de função horária x = 8 cos (8π ⋅ t), onde x é a posição medida em centímetros e t, o tempo em segundos. O número de oscilações a cada segundo executado por esta peneira é de: a) 2 b) 4 c) 8 d) 16 e) 32 11. (UEM-PR) A função que representa o movimento de uma onda transversal unidimensional (uma onda em uma corda, por exemplo) pode ser escrita como y(x, t) = A sen (kx ± ω ⋅ t + ϕ), onde A é a amplitude da onda. k = 2π λ , é o número de onda, ω = 2 T π é a frequên- cia angular, ϕ é a fase da onda, λ é o comprimento de onda e T é o período. Considerando as medidas do es- paço e do tempo em unidades do Sistema Internacional, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). (01) Uma onda que se propaga segundo a função y(x, t) = 0,05 sen 2 (10 – 40 ) – 4 π π x t possui amplitude, número de onda e frequência angular iguais a 0,05 π m, 5 m–1 e 20 rad/s respectivamente. (02) Uma onda que se propaga segundo a função y(x, t) = 0,05 sen 2 (10 – 40 ) – 4 π π x t possui comprimento de onda, período e frequência iguais a 0,4 m, 0,1 s e 10 Hz, respectivamente. (04) Duas ondas senoidais, com a mesma frequência e amplitude, se propagando em uma corda em dire- ções opostas, podem formar um padrão de onda estacionária. (08) Uma onda em que a direção de vibração é per- pendicular à direção de propagação da onda é denominada onda transversal. (16) Uma função que descreve a propagação de uma onda utilizando as variáveis x e t é denominada fun- ção do tempo. Dê a soma dos números dos itens corretos. 12. (Ufes) Uma partícula descreve uma trajetória circular, no sentido anti-horário, centrada na origem do sistema de coordenadas, com velocidade de módulo constante. A fi gura a seguir é a representação gráfi ca da equação horária da projeção do movimento da partícula sobre o eixo x. 0 –5,0 5,0 4π 2π t (s) x (m) –2,5 2,5 Com base nas informações contidas no gráfi co, e saben- do que a partícula no instante t = 0 se encontra no primei- ro quadrante, determine: a) o raio da trajetória da partícula; b) o módulo da velocidade da partícula; c) a equação horária da projeção do movimento da par- tícula sobre o eixo x. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 9 9/19/18 8:09 AM 10 CAPÍTULO 1 Energia no MHS Considere que um corpo de massa m está preso a uma mola de constante elástica k disposta na horizontal. Colocando esse corpo para realizar um MHS, temos duas energias envolvidas: a cinética e a potencial elástica. – A +A0 x • x é a elongação; • A é a amplitude da oscilação. No esquema: Durante o movimento do corpo, em MHS, as dissipações na mola e os atritos com o corpo são desprezíveis, ou seja: a energia mecânica do sistema se mantém constante. Energia cinética Em razão do movimento do corpo, a energia cinética será máxima quando a veloci- dade for máxima em módulo (quando o corpo passar pela origem da trajetória), e nula quando a velocidade for nula (nos pontos de elongação máxima e mínima). E c = m v 2 2 m v⋅m v Graficamente: Na expressão: • E cin. é a energia cinética; • m é a massa do corpo; • v é a velocidade. x0 E cin. –A +A Energia potencial A energia potencial elástica que o corpo armazena durante o movimento varia com a elongação. A energia potencial será máxima quando a elongação for máxima, ou seja, nos extremos da trajetória (+A e –A), e nula quando a elongação for nula, ou seja, na origem. E p = k x 2 2k x⋅k x x0–A +A Epot. Graficamente: • E pot. é a energia potencial; • k é a constante da mola; • x é a deformação da mola. Na expressão: E, ainda: 2 E pot. máx. = k A 2 x máx. = + A x mín. = – A s Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 10 9/19/18 8:09 AM 11 FÍ S IC A A la e tt in Y IL D IR IM /S h u tt e rs to c k Energia mecânica A energia mecânica do corpo que realiza um MHS, em determinado ponto de sua traje- tória, é dada pela soma das energias cinética e potencial e é constante. E mec. = E cin. + E pot. Nos pontos x = ± A E E E A 0 k x 2 k 2 cin. pot. 2 mec. 2 = = ⋅ = ⋅ E mec. k · A2 2 x0–A +A No diagrama a seguir, podemos observar que, à medida que a energia cinética aumen- ta, a energia potencial elástica diminui, e vice-versa, mantendo-se, assim, a energia mecâ- nica constante. –A 0 E +A k · A2 2 x Epot. Ecin. Emec. Movimentos peri—dicos A tecnologia digital dos relógios vem substituindo gradativamente a tecnologia analógica. Os relógios digitais são modernos, precisos (não adiantam, nem atrasam), além de serem mais baratos que os analógicos. Ainda que mais raros, é possível en- contrar versões contemporâneas dos relógios de pêndulo ou mesmo exemplares de colecionadores. O pêndulo de um relógio realiza um movimento chamado peri—dico, ou seja, em inter- valos iguais de tempo, o pêndulo faz um movimento de ida e volta que tende a se repetir. Às vezes, esses relógios adiantam, quando o pêndulo realiza um movimento de vaivém muito rápido, ou atrasam, quando esse movimento é mais demorado. Em nosso estudo dos movimentos periódicos, além do MHS, poderemos entender como é possível, por exemplo, regular um relógio de pêndulo que está adiantando ou atrasando. Sistema massa-mola Considere um corpo de massa m apoiado em uma superfície plana e horizontal, preso a uma mola de constante elástica k. Coloca-se esse corpo para realizar movi- mento harmônico simples. –A x +A0 F el‡st. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 11 9/19/18 8:09 AM 12 CAPÍTULO 1 Desprezando-se as possíveis dissipações de energia, a única força aplicada na direção do movimento é elástica. Portanto, essa força é a resultante das forças aplicadas no corpo. F R = F elást. s m ⋅ a = k ⋅ x (I) Assim: a = ω2 ⋅ x (II) ω = T 2 ⋅π (III) Substituindo (III) em (II), temos: a = T 2 2 ⋅ π ⋅ x (IV) Substituindo (IV) em (I), temos: m ⋅ T 2 2 ⋅ π ⋅ x = k ⋅ x s T2 = (2 ⋅ π)2 ⋅ m k s T = 2π ⋅ m k Essa relação do período é válida para qualquer que seja o plano de oscilação do corpo, conforme mostram as fi guras. • O período depende da massa do corpo e da constante elástica da mola. • O período n‹o depende da amplitude do movimento nem do plano de oscilação. P•ndulo simples Considere um corpo de massa m preso ao teto por um fi o de comprimento L, que é posto para realizar oscilações em um plano vertical. A trajetória descrita pelo corpo, que é um pêndulo, é a de um arco de circunferência, portanto esse corpo não realiza um MHS perfeito. Para pequenos ângulos de oscilação, podemos aproximar o arco de um segmento de reta. Assim, o movimento do corpo pode ser considerado um MHS. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 12 9/19/18 8:09 AM 13 FÍ S IC A Para marcarmos as forças e demonstrarmos a equação do período de um pêndulo sim- ples, vamos considerar um ângulo de abertura grande. Para que seja um MHS, porém, o ângulo de abertura deve ser bem pequeno. T T y P x T x α α L Para pequenos ângulos de oscilação, a relação trigonométrica seno tem valor muito parecido com o da relação trigonométrica tangente. Nesse caso: tg α H sen α = x L (II) s a = T 2 2 ⋅ π ⋅ x (III)Substituindo (II) e (III) em (I), temos: T 2 2 ⋅ π ⋅ x = g ⋅ x L Logo: T2 = (2π)2 ⋅ g L s T = 2π ⋅ g L • A equação do período é válida apenas para pequenos ângulos de oscilação. • O período de um pêndulo simples não depende da massa do corpo que está oscilando. • O período de um pêndulo simples depende do comprimento do fi o e da aceleração da gravidade local. Rel—gio de p•ndulo Por que o relógio de pêndulo às vezes adianta ou atrasa? O relógio não funciona correta- mente por dois motivos: a gravidade e o comprimento do fi o. O mesmo relógio funcionando em cidades com diferentes latitudes ou altitudes pode apresentar marcações diferentes. Isso ocorre porque a aceleração da gravidade g (parâmetro importante na determinação do período de oscilação do pêndulo) sofre pequenas variações com a alteração da latitude e da altitude. Além disso, em um período de inverno rigoroso ou em um verão de tempera- turas elevadas, a haste do pêndulo sofre contração ou dilatação térmica mais acentuada, respectivamente, e isso compromete o bom funcionamento do relógio, pois o comprimento da haste também é fundamental na determinação do período de oscilação do pêndulo. Se o relógio precisar de ajustes, deve-se proceder da seguinte forma: • Relógio adiantando: O movimento oscilatório do pêndulo é muito rápido, portanto é pre- ciso aumentar o período. Para isso, basta aumentar o comprimento da haste do pêndulo. • Relógio atrasando: O pêndulo demora mais para fazer o movimento oscilatório, portanto é preciso diminuir o período. Para isso, basta diminuir o comprimento da haste do pêndulo. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que a informação sobre a velocidade máxima implica que, nesse momento o corpo está passando pela posição de equilíbrio, ou seja, em que a energia cinética é máxima. Fique atento à informação solicitada. A elongação, nesse caso, não é a máxima distensão/ contração da mola, já que não houve a totalidade de transformação da energia cinética em potencial. A velocidade máxima de um corpo de massa 2 kg que realiza um MHS preso a uma mola de constante elástica 200 N/m é de 4 m/s. Calcule a elongação desse corpo no momento em que a energia potencial elástica for igual a 1 16 do valor da energia cinética máxima. Resolução Calculando a energia cinética máxima, temos: E cin. máx. = 2 2⋅m v = 2 4 2 2⋅ = 16 J Já a energia potencial elástica, sendo 1 16 da cinética, será dada por: E pot. = 1 16 · E cin. máx. s k x 2 2⋅ = 1 16 ⋅ 16 s 200 x 2 2⋅ = 1 s x = –0,1 m ou x = 0,1 m T T x y = T T sen cos ⋅ α ⋅ α = F P R s s tg α = m a m g ⋅ ⋅ s s a = g ⋅ tg α (I) Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 13 9/19/18 8:09 AM 14 CAPÍTULO 1 Conexões As equações da elongação, da velocidade do MHS e os gráficos das funções trigonométricas seno e cosseno A Trigonometria defi ne objetivamente as funções seno e cosseno de um ângulo da seguinte forma: I. Função seno Dado um ângulo cuja medida dada em radianos é x, chamamos de função seno a função que associa a cada x 3 ® o número (sen x) 3 ®. Indicamos essa função por: f(x) = sen (x) O gráfi co da função seno, no plano cartesiano, será uma curva denominada senoide. Atribuindo valores ao arco x, pode-se chegar ao gráfi co. π 2 π 2 3π 2 – 3π 2 – π–2π x y 0 –1 1 2π 2π rad Período – π Propriedades: • Domínio: ® • Imagem: [−1; 1] • Período: 2π rad II. Função cosseno Dado um ângulo cuja medida dada em radianos é x, chamamos de função cosseno a função que associa a cada x 3 ® o número (cos x) 3 ®. Indicamos essa função por: f(x) = cos (x) O gráfi co da função cosseno, no cartesiano, será uma curva denominada cossenoide. Atribuindo valores ao arco x, pode-se chegar ao gráfi co. π 2 π 2 3π 2 – 3π 2 – π–2π x y 0 –1 1 2π 2π rad Período –π Propriedades: • Domínio: ® • Imagem: [–1; 1] • Período: 2π rad Disponível em: <www.infoescola.com/matematica/funcoes-trigonometricas/>. Acesso em: 13 jul. 2015. (Adaptado.) A função horária da elongação de um corpo em MHS é uma função cosseno: x = A ⋅ cos (θ 0 + ω ⋅ t) Em que o símbolo f(x) é substituído simplesmente por x, e, por ser uma função horária, esta é uma função da variável t. Entretanto, os fatores A, da função cosseno, ω, da variável t e a parcela θ 0 , do argumento da função, conferem a essa fun- ção horária maior complexidade. Da mesma forma, a função horária da velocidade de um corpo em MHS é uma função seno: v = –ω ⋅ A ⋅ sen (θ 0 + ω ⋅ t) Em que: f(x) = v, sendo os fatores multiplicativos: –ω ⋅ A, da função seno; ω, da variável t e a parcela θ 0 , do argumento da função. Com base nessas comparações, questione o professor de Matemática com relação à infl uência, nos gráfi cos, domínios, imagens e períodos dessas funções, de cada uma das variáveis: a) fatores A e –A; b) fator ω; c) parcela θ 0 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 14 9/19/18 8:09 AM 15 FÍ S IC A Atividades 13. Sobre um segmento de reta, uma partícula realiza um MHS de amplitude 10 cm, presa a uma mola de constante elás- tica 100 N/m. Calcule: a) a energia potencial elástica da partícula em uma extre- midade do movimento; b) a energia cinética da partícula na posição de equilíbrio. 14. (Vunesp) Em um parque de diversões, existe uma atração na qual o participante tenta acertar bolas de borracha na boca da fi gura de um palhaço que, presa a uma mola ideal, oscila em movimento harmônico simples entre os pontos extremos A e E, passando por B, C e D, de modo que em C, ponto médio do segmento AE a mola apresenta seu comprimento natural, sem deformação. Uma pessoa, ao fazer suas tentativas, acertou a primeira bola quando a boca passou por uma posição em que o módulo de sua aceleração é máximo e acertou a segunda bola quando a boca passou por uma posição onde o mó- dulo de sua velocidade é máximo. Dos pontos indicados na fi gura, essas duas bolas podem ter acertado a boca da fi gura do palhaço, respectivamente, nos pontos: a) A e C b) B e E c) C e D d) E e B e) B e C 15. (Ufl a-MG) Um corpo de massa 10 kg é preso a uma mola e oscila horizontalmente sobre uma superfície totalmente isenta de atrito. x x x 0,20 m –0,20 m O gráfi co da energia potencial elástica E pot. elást. em função da elongação da mola é mostrado a seguir. 0 x (m) Epot. elást. 20 – 0,2 0,2 Desse modo, a constante elástica da mola e a velocidade do corpo na posição 0,1 m são, respectivamente: a) 100 N/m e 0,5 m/s b) 100 N/m e 1,0 m/s c) 1 000 N/m e 2 m/s d) 1 000 N/m e 3 m/s e) 1 000 N/m e 2 m/s R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 15 9/19/18 8:09 AM 16 CAPÍTULO 1 16. (UFPB) Um bloco de 1 kg, preso a uma mola de constante elástica k = 800 N/m e massa desprezível, oscila sobre um plano horizontal sem atrito com amplitude A = 0,5 m. No instante em que a energia cinética do bloco se iguala à energia potencial da mola, a velocidade do bloco vale: a) 10 m/s b) 20 m/s c) 30 m/s d) 40 m/s e) 50 m/s 17. (PUCC-SP) Alguns relógios utilizam-se de um pêndulo sim- ples para funcionarem. Um pêndulo simples é um objeto preso a um fio que é colocado a oscilar, de acordo com a figura abaixo. Desprezando-se a resistência do ar, este objeto estará su- jeito à ação de duas forças: o seu peso e a tração exercida pelo fio. Pode-se afirmar que enquanto o pêndulo oscila, a tração exercida pelo fio: a) tem valor igual ao peso do objeto apenas no ponto mais baixo da trajetória. b) tem valor igual ao peso do objeto em qualquer ponto da trajetória. c) tem valor menor que o peso do objeto em qualquer ponto da trajetória. d) tem valor maior que o peso do objeto no ponto mais baixo da trajetória. e) e a força peso constitui um par ação-reação. 18. (UPE) Um pêndulo ideal de massa m = 0,5 kg e comprimen- to L = 1,0 m é liberado do repousoa partir de um ângulo θ muito pequeno. Ao oscilar, ele interage com um obstáculo em forma de cubo, de aresta d, que está fixado ao teto. Sabendo que o período de oscilação do pêndulo é igual a T = 1,5 s, e que a aceleração da gravidade no local do experimento tem módulo a = π2 m/s2, determine o valor de d em metros. a) 0,25 m b) 0,50 m c) 0,75 m d) 1,00 m e) 1,50 m 19. (UPF-RS) Um pêndulo simples, de comprimento de 100 cm, executa uma oscilação completa em 6 s, num determinado local. Para que esse mesmo pêndulo, no mesmo local, execute uma oscilação completa em 3 s, seu comprimento deverá ser alterado para: a) 200 cm b) 150 cm c) 75 cm d) 50 cm e) 25 cm R e p ro d u ç ã o / P U C -S P, 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U P E , 2 0 1 5 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 16 9/19/18 8:09 AM 17 FÍ SI CA 20. +Enem [H1] Um modelo simples para descrever a emissão de radiação por um metal aquecido é considerar que os elétrons que o constituem oscilam em movimento harmô- nico simples, como se fossem massas presas em uma mola. Nesse modelo, a frequência f de oscilação é dada por: f = 1 2π ⋅ k m na qual k é a constante da mola, e m é a massa presa à mola. Considere, por exemplo, um elétron do fi lamento de uma lâmpada incandescente que oscila preso a uma “mola” de constante elástica k e que emite luz verme- lha, cuja frequência é de, aproximadamente, 4 ⋅ 1014 Hz. Sabendo-se que a massa do elétron é 9 ⋅ 10–31 kg, o valor que mais se aproxima da constante k da “mola” a qual o elétron deve estar ligado é: a) 6 N/m b) 60 N/m c) 600 N/m d) 6 000 N/m e) 60 000 N/m Complementares Tarefa proposta 11 a 32 21. (UEM-PR) Um corpo com massa igual a 2,0 kg oscila sobre uma mesa horizontal lisa, preso a uma mola também hori- zontal, cuja constante elástica vale 200 N/m. A amplitude da oscilação é 10 cm. Analise as afi rmativas a seguir. (01) A força que a mola exerce sobre o corpo é constante e vale 20 N. (02) Se nenhuma força externa agir sobre o sistema, ele oscilará indefi nidamente. (04) A frequência angular de oscilação é 10 rad/s. (08) O módulo da velocidade máxima do corpo é 1,0 m/s e ocorre no ponto de máximo deslocamento, em relação à posição de equilíbrio. (16) O período de oscilação é 5 π s. Dê a soma dos números dos itens corretos. 22. (UFSC) Pedro, Tiago, João e Felipe resolveram comprar um carro do ano 2000, mas se esqueceram de verifi- car os registros sobre as revisões periódicas. A fim de evitar problemas físicos devido ao excesso de oscilação do carro durante viagens longas, decidem analisar a qualidade dos amortecedores. Eles modelam o carro, na situação em que estão os quatro como passageiros, como um único corpo sobre uma mola ideal, realizando um MHS. Então, eles fazem três medidas, obtendo os seguintes valores: a) 1 000 kg para a massa do carro; b) 250 kg para a soma de suas massas; c) 5,0 cm para a compressão da mola quando os quatro estavam dentro do carro parado. Sobre o MHS e com base no exposto acima, é correto afi rmar que: (01) a frequência e o período do MHS realizado depen- dem da amplitude. (02) a frequência de oscilação do carro com os passagei- ros é de 5 π 2 Hz. (04) A energia cinética é máxima na posição de equilíbrio. (08) a constante elástica da mola é 25 ⋅ 104 N/m. (16) o período de oscilação do carro vazio é de 1,0 s. Dê a soma dos números dos itens corretos. 23. (Ufes) Um projétil de massa m = 50 g colide frontalmente com um bloco de madeira de massa M = 3,95 kg, fi cando alojado em seu interior. O bloco está preso a uma mola de constante elástica k = 1,0 N/m, como mostra a fi gura. k m M Antes da colisão, o bloco estava na posição de equilíbrio da mola. Após a colisão, o sistema realiza um movimento har- mônico simples de amplitude A = 30 cm. A resistência do ar e o atrito entre a superfície e o bloco são desprezíveis. O mó- dulo da velocidade do projétil, pouco antes de atingir o blo- co, e a frequência das oscilações, valem, respectivamente: a) 10 m/s e (2π)–1 Hz b) 10 m/s e (4π)–1 Hz c) 12 m/s e (2π)–1 Hz d) 12 m/s e (4π)–1 Hz e) 16 m/s e (3π)–1 Hz 24. (Fuvest-SP) Um pêndulo simples, constituído por um fi o de comprimento L e uma pequena esfera, é colocado em oscilação. Uma haste horizontal rígida é inserida per- pendicularmente ao plano de oscilação desse pêndulo, interceptando o movimento do fi o na metade do seu comprimento, quando ele está na direção vertical. A partir desse momento, o período do movimento da es- fera é dado por: Note e adote: • A aceleração da gravidade é g. • Ignore a massa do fi o. • O movimento oscilatório ocorre com ângulos pequenos. • O fi o não adere à haste horizontal. a) 2π L g b) 2π L 2g c) π L g L 2g + d) 2π L g L 2g + e) π L g L 2g + Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 17 9/19/18 8:09 AM 18 CAPÍTULO 1 1. (Enem) Um enfeite para berço é constituído de um aro metálico com um ursinho pendurado, que gira com ve- locidade angular constante. O aro permanece orientado na horizontal, de forma que o movimento do ursinho seja projetado na parede pela sua sombra. Enquanto o ursinho gira, sua sombra descreve um movimento: a) circular uniforme. b) retilíneo uniforme. c) retilíneo harmônico simples. d) circular uniformemente variado. e) retilíneo uniformemente variado. 2. (Ufl a-MG) O gráfi co a seguir representa a elongação de um corpo em movimento harmônico simples (MHS) em função do tempo. 0 –5 +5 2 6 84 t (s) x (m) A amplitude, o período e a frequência para esse movi- mento são dados, respectivamente, por: a) 10 m; 4 s; 1 8 Hz b) 5 m; 4 s; 1 4 Hz c) 10 m; 8 s; 1 4 Hz d) 5 m; 8 s; 1 8 Hz e) 0; 8 s; 1 8 Hz 3. (UFPB) Uma criança encontra uma mola em repouso, pendu- rada no teto da garagem de sua casa. Resolve então prender nessa mola um objeto, sustentando-o inicialmente com a mão. Ao soltá-lo, verifi ca que esse objeto desce 50 cm em 1 s, quando então volta a subir, passando a executar um MHS, com amplitude e período dados respectivamente por: a) 1 m e 1 s b) 50 cm e 1 s c) 25 cm e 2 s d) 1 m e 2 s e) 25 cm e 1 s 4. (UFPR) A peça de uma máquina está presa a uma mola e executa um movimento harmônico simples, oscilando em uma direção horizontal. O gráfi co a seguir representa a posição x da peça em função do tempo t, com a posição de equilíbrio em x = 0. Com base no gráfi co, determine: a) O período e a frequência do sistema peça-mola; b) Os instantes em que a velocidade da peça é nula. Jus- tifi que a sua resposta; c) Os instantes em que a aceleração da peça é máxima. Justifi que a sua resposta. 5. (Enem) A corrida dos 100 m rasos é uma das principais provas do atletismo e qualifi ca o homem mais rápido do mundo. Um corredor de elite foi capaz de percorrer essa distância em 10 s, com 41 passadas. Ele iniciou a corrida com o pé direito. O período de oscilação do pé direito desse corredor foi mais próximo de: a) 1 10 s b) 1 4 s c) 1 2 s d) 2 s e) 4 s 6. (UFPB) Para agilizar o preparo de massa de cimento, uma construtora adquire uma peneira automática do tipo vai- vém, conforme fi gura a seguir. Disponível em: <www.patentesonline.com.br>. Acesso em: 30 set. 2010. O motor acoplado à peneira está programado para produ- zir um movimento de vaivém que simule um movimento harmônico simples. Suponha que a peneira tenha sido ins- talada sobre um terreno plano e que suas bases estão fi xa- das ao solo, de modo que toda a vibração na peneira seja exclusivamente produzida pelo motor. Dessa maneira, ao Tarefa proposta Re pro du çã o R e p ro d u ç ã o / U F P R . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 18 9/19/18 8:09 AM 19 FÍ S IC A se ligar o motor, constata-se que o movimento de vaivém periódico impresso à peneira se repete a cada 2 s e que a amplitude do movimentoé de 0,5 m. Com base nessas informações, julgue (V ou F) estas afi rmativas: (Dado: π = 3) I. O período do movimento de vaivém é de 4 s. II. A frequência do movimento de vaivém é de 0,5 Hz. III. A frequência angular do movimento de vaivém é de 3 rad/s. IV. A velocidade máxima da peneira é de 1,5 m/s. V. A aceleração máxima da peneira é de 4,5 m/s2. 7. (UFSC) Assinale a afi rmativa incorreta. a) A velocidade de um corpo em MHS pode ter sentido oposto ao de sua aceleração, quando não nula. b) A velocidade e a aceleração de um corpo em MHS nunca são simultaneamente nulas. c) Nos extremos do MHS, a elongação tem o mesmo va- lor da amplitude, em módulo. d) A aceleração de um corpo em MHS é constante em módulo. e) A velocidade de um corpo em MHS é máxima na po- sição de elongação zero e nula nos pontos de elonga- ção máxima (em módulo). 8. +Enem [H17] Quando a corda de uma guitarra é tocada, seus pontos vibram executando movimentos harmônicos simples. Nesse tipo de movimento, a distância x de um ponto da corda até sua posição de equilíbrio varia com o tempo t de acordo com uma função periódica senoidal dada por: x = A ⋅ sen (θ 0 + ω ⋅ t) em que: A é a amplitude de oscilação, θ 0 é ângulo de fase inicial e ω é a frequência angular que se relaciona com a frequência f de vibração da corda de acordo com ω = 2π ⋅ f. A fi gura a seguir mostra o gráfi co do deslocamento x de um ponto da corda de uma guitarra em função do tempo. 0 –1,0 1,0 0,5 1,0 1,5 2,0 0,5 –0,5 t (ms) x (mm) Para esse ponto da corda, temos que a amplitude A e a frequência angular ω são respectivamente: a) A = 0,5 mm e ω = 100π rad/s b) A = 1,0 mm e ω = 1 000π rad/s c) A = 1,0 mm e ω = 500π rad/s d) A = 2,0 mm e ω = 500π rad/s e) A = 2,0 mm e ω = 1 000π rad/s 9. (Ifsul-RS) Uma partícula oscila em movimento harmônico simples ao longo de um eixo x entre os pontos x 1 = –35 cm e x 2 = 15 cm. Sabe-se que essa partícula leva 10 s para sair da posição x 1 e passar na posição x = –10 cm. Analise as seguintes afi rmativas referentes ao movimento dessa partícula: I. A amplitude do movimento é igual a 50 cm e a posi- ção de equilíbrio é o ponto x = 0. II. Na posição x = –10 cm, a velocidade da partícula atin- ge o valor máximo. III. Nos pontos x 1 = –35 cm e x 2 = 15 cm, a velocidade da partícula é nula. IV. O período do movimento é 10 s. Estão corretas apenas as afi rmativas: a) I e II b) II e III c) I e IV d) III e IV 10. (AFA-SP) Como a hipermetropia acontece na inf‰ncia: É muito comum bebês e crianças apresentarem algum tipo de erro refrativo, e a hipermetropia é o caso mais constante. Isso porque este tipo de ametropia (erro de re- fração) pode se manifestar desde a fase de recém-nascido. A hipermetropia é um erro de refração caracterizado pelo modo em que o olho, menor do que o normal, foca a ima- gem atrás da retina. Consequentemente, isso faz com que a visão de longe seja melhor do que a de perto. (...) De acordo com a Dra. Liana, existem alguns fatores que podem infl uenciar a incidência de hipermetropia em crianças, como o ambiente, a etnia e, principalmente, a genética. “As formas leves e moderadas, com até seis dioptrias, são passadas de geração para geração (autos- sômica dominante). Já a hipermetropia elevada é herdada dos pais (autossômica recessiva)”, explicou a especialista. A médica ainda relatou a importância em identifi car, prematuramente, o comportamento hipermétrope da criança, caso contrário, esse problema pode afetar a rotina visual e funcional delas. “A falta de correção da hiperme- tropia pode difi cultar o processo de aprendizado, e ainda pode reduzir, ou limitar, o desenvolvimento nas atividades da criança. Em alguns casos, pode ser responsável por repetência, evasão escolar e difi culdade na socialização, requerendo ações de identifi cação e tratamento”, concluiu a Dra. Liana. Os sintomas relacionados à hipermetropia, além da difi culdade de enxergar de perto, variam entre: dores de cabeça, fadiga ocular e difi culdade de concentração em leitura. (...) O tratamento utilizado para corrigir este tipo de ano- malia é realizado através da cirurgia refrativa. O uso de óculos (com lentes esféricas) ou lentes de contato corre- tivas é considerado método convencional, que pode solu- cionar o problema visual do hipermétrope. Disponível em: <www.cbo.net.br/novo/publicacao/ revista_vejabem>. Acesso em: 18 fev. 2017. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 19 9/19/18 8:09 AM 20 CAPÍTULO 1 De acordo com o texto acima, a hipermetropia pode ser corrigida com o uso de lentes esféricas. Dessa ma- neira, uma lente corretiva, delgada e gaussiana, de vergência igual a +2di, conforme figura a seguir, é utilizada para projetar, num anteparo colocado a uma distância p' da lente, a imagem de um corpo luminoso que oscila em movimento harmônico simples (MHS). A equação que descreve o movimento oscilatório des- se corpo é y = (0,1) sen 4 2 + π t . Considere que a equação que descreve a oscilação proje- tada no anteparo é dada por y' = (0,5) sen 4 3 2 + π t (SI). Nessas condições, a distância p', em cm, é: a) 100 b) 200 c) 300 d) 400 11. (Escola Naval-RJ) Analise a figura abaixo. A figura acima mostra duas molas ideais idênticas presas a um bloco de massa m e a dois suportes fixos. Esse bloco está apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito e oscila com amplitude A em torno da posição de equilíbrio x = 0. Considere duas posições do bloco sobre o eixo x: x 1 = 4 A e x 2 = 3 4 A . Sendo v 1 e v 2 as respectivas velocidades do bloco nas posições x 1 e x 2 , a razão entre os módulos das velocidades, v v 1 2 , é: a) 15 7 b) 7 15 c) 7 16 d) 15 16 e) 16 7 12. (Uece) Um bloco de massa m, que se move sobre uma su- perfície horizontal sem atrito, está preso por duas molas de constantes elásticas k 1 e k 2 e massas desprezíveis com rela- ção ao bloco, entre duas paredes fixas, conforme a figura. Dada uma velocidade inicial ao bloco, na direção do eixo x, este vibrará com frequência angular igual a: a) k k m k k 1 2 1 2( )+ b) k k 2m 1 2( )+ c) k – k 2m 1 2( ) d) k k m 1 2( )+ 13. (UEL-PR) Um corpo de massa m é preso à extremidade de uma mola helicoidal que possui a outra extremidade fixa. O corpo é afastado até o ponto A e, após abandonado, oscila entre os pontos A e B. OA B Pode-se afirmar corretamente que a: a) aceleração é nula no ponto O. b) aceleração é nula nos pontos A e B. c) velocidade é nula no ponto O. d) força é nula nos pontos A e B. e) força é máxima no ponto O. 14. (UFG-GO) Um sistema massa-mola consiste de uma partí- cula de massa m presa a uma mola de constante elástica k, conforme figura a seguir. Esse sistema é posto a oscilar sobre uma superfície plana sem atrito, executando um mo- vimento de vaivém em torno de uma posição de equilíbrio. Considerando-se que o deslocamento seja medido em re- lação à posição de equilíbrio, é correto afirmar: m x = 0 x (01) O movimento executado é harmônico simples, e o maior valor de x é chamado de amplitude. (02) A mola aplica à massa uma força de intensidade dada por k ⋅ x, sempre orientada para a posição de equilíbrio. (04) Nesse sistema, a energia mecânica total se conserva, apesar de as energias cinética e potencial elástica variarem. (08) No ponto de maior valor de x, a velocidade é máxi- ma e, no ponto de equilíbrio (x = 0), a energia po- tencial elástica é mínima. (16) O gráfico da energia potencial elástica em função da posição é um arco de parábola com concavidade voltada para cima. (32) O período de oscilação do sistema é dado por 2π ⋅ m k , que indica que, quanto maior a ampli- tude do movimento, maior será o intervalo de tempo para uma oscilação. Dê a soma dos números dos itens corretos. R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 01 8 . R e p ro d u ç ã o / E s c o la N a v a l- R J , 2 0 1 5 . R e p ro d u ç ã o / U e c e , 2 0 0 9 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 20 9/19/18 8:09 AM 21 FÍ S IC A 15. (UFSM-RS) A fi gura a seguir representa um bloco que, deslizando sem atrito sobre uma superfície horizontal, se choca frontalmente contra a extremidade de uma mola ideal, cuja extremidade oposta está presa a uma parede vertical rígida. Selecione a alternativa que preenche cor- retamente as lacunas no parágrafo a seguir, na ordem em que elas aparecem. v 0 m Durante a etapa de compressão da mola, a energia cinética do bloco e a energia potencial elástica armazenada no sistema massa-mola . No ponto de inversão do movi- mento, a velocidade do bloco é zero e sua aceleração é . a) aumenta – diminui – zero b) diminui – aumenta – máxima c) aumenta – diminui – máxima d) diminui – aumenta – zero e) diminui – diminui – zero 16. (Unicamp-SP) Os átomos de carbono têm a propriedade de se ligarem, formando materiais muito distintos entre si, como o diamante, a grafi te e os diversos polímeros. Há alguns anos, foi descoberto um novo arranjo para esses átomos: os na- notubos, cujas paredes são malhas de átomos de carbono. O diâmetro desses tubos é de apenas alguns nanômetros (1 nm = 10–9 m). Mais recentemente, foi possível montar um sistema no qual um “nanotubo de carbono” fechado nas pontas oscila no interior de outro nanotubo de diâme- tro maior e aberto nas extremidades, conforme a ilustração adiante. As interações entre os dois tubos dão origem a uma força restauradora, representada no gráfi co a seguir. (Dado: 1 nN = 10–9 N) A) B) C) D) E) F) G) –1,0 –0,5 –1,5 –20 –10 0,5 –30 2010 30 x (nm) A 1,0 1,5 Força (nN) F E D B C a) Encontre, por meio do gráfi co, a constante da mola desse oscilador. b) O tubo oscilante é constituído de 90 átomos de carbono. Qual é a velocidade máxima desse tubo, sabendo-se que um átomo de carbono equivale a uma massa de 2 ⋅ 10–26 kg? 17. (Uece) Em um oscilador harmônico simples, a energia po- tencial na posição de energia cinética máxima: a) tem um máximo e diminui na vizinhança desse ponto. b) tem um mínimo, aumenta à esquerda e se mantém constante à direita desse ponto. c) tem um mínimo e aumenta na vizinhança desse ponto. d) tem um máximo, aumenta à esquerda e se mantém constante à direita desse ponto. 18. (UEM-PR) Uma das extremidades de uma mola está fi xa ao teto. Um estudante coloca e retira algumas vezes uma massa de 0,5 kg na extremidade livre dessa mola. A massa é solta lentamente até atingir o equilíbrio. Para cada vez, ele registra a distensão sofrida pela mola, (x i ), como mos- tram os dados a seguir: x 1 = 9,9 cm; x 2 = 10,2 cm; x 3 = 9,8 cm; x 4 = 10,3 cm; x 5 = 9,8 cm. Considere a aceleração da gravidade de 10 m/s2. Sobre a experiência acima, assinale o que for correto. (01) O valor médio dessas distensões é 10,1 cm. (02) A constante elástica da mola vale 5 N/m. (04) Se o estudante deixar essa massa realizar movimento harmônico simples vertical, o período de oscilação é de aproximadamente 1,25 s. (08) Independentemente da amplitude inicial, o período é sempre o mesmo no movimento harmônico simples. (16) A energia mecânica desse oscilador é 25 A2 J, onde A é a amplitude desse movimento harmônico simples. Dê a soma dos números dos itens corretos. 19. (PUC-MG) Uma partícula de massa 0,50 kg move-se sob a ação apenas de uma força, à qual está associada uma energia potencial U(x), cujo gráfi co em função de x está representado na fi gura adiante. Esse gráfi co consiste em uma parábola passando pela origem. A partícula inicia o movimento a partir do repouso, em x = –2,0 m. U (J) – 1,0 1,0 1,0 x (m) Sobre essa situação, é falso afi rmar que: a) a energia mecânica dessa partícula é 8,0 J. b) a velocidade da partícula, ao passar por x = 0, é 4,0 m/s. c) em x = 0, a aceleração da partícula é zero. d) quando a partícula passar por x = 1,0 m, sua energia cinética será 3,0 J. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 21 9/19/18 8:09 AM 22 CAPÍTULO 1 20. (UEPG-PR) Um objeto de massa m = 0,1 kg está preso a uma mola de constante elástica k = 0,4π2 N/m. A mola é esticada em 10 cm, pela aplicação de uma força externa, o conjunto é então solto e começa a oscilar, efetuando um movimento harmônico simples. Na ausência de forças dissipativas, assinale o que for correto. (01) O período do movimento é 1 s. (02) A amplitude de oscilação é 10 cm. (04) A energia potencial elástica da mola quando ela está esticada em 10 cm é 4 ⋅ 10–2 π2 J. (08) O módulo da força elástica exercida pela mola para um alongamento de 10 cm é 2 ⋅ 10–2 π2 N. (16) A energia cinética do objeto no ponto de equilíbrio é 4 ⋅ 10–2 π2 J. Dê a soma dos números dos itens corretos. 21. (UPM-SP) Um oscilador harmônico é constituído de um corpo de massa igual a 0,50 kg preso a uma mola he- licoidal de constante elástica k = 450 N/m, conforme a ilustração. No instante em que o corpo se encon- tra na posição A, situada 10 cm abaixo da posição de equilíbrio, o conjunto é abandonado e passa a oscilar livremente. Na posição de equilíbrio, a velocidade do corpo tem módulo: Posição de equilíbrio Direção do movimento durante a oscilação A a) nulo. b) igual a 1,0 m/s. c) igual a 2,0 m/s. d) igual a 3,0 m/s. e) que depende da aceleração da gravidade local. 22. (AFA-SP) Uma partícula de massa m pode ser colocada a oscilar em quatro experimentos diferentes, como mostra a Figura 1 abaixo. Para apenas duas dessas situações, tem-se o registro do grá- fico senoidal da posição da partícula em função do tempo, apresentado na Figura 2. Considere que não existam forças dissipativas nos quatro experimentos; que, nos experimentos II e IV, as molas se- jam ideais e que as massas oscilem em trajetórias perfei- tamente retilíneas; que no experimento III o fio conectado à massa seja ideal e inextensível; e que nos experimentos I e III a massa descreva uma trajetória que é um arco de circunferência. Nessas condições, os experimentos em que a partícu- la oscila certamente em movimento harmônico simples são, apenas: a) I e III b) II e III c) III e IV d) II e IV 23. (Uece) Se fossem desprezados todos os atritos e retirados os amortecedores, um automóvel parado em uma via horizontal poderia ser tratado como um sistema massa mola. Suponha que a massa suspensa seja de 1 000 kg e que a mola equivalente ao conjunto que o sustenta tenha coeficiente elástico k. Como há ação também da gravidade, é correto afir- mar que, se o carro oscilar verticalmente, a frequência de oscilação: a) não depende da gravidade e é função apenas do coe- ficiente elástico k. b) é função do produto da massa do carro pela gravidade. c) não depende da gravidade e é função da razão entre k e a massa do carro. d) depende somente do coeficiente elástico k. 24. (Fuvest-SP) Considere três pêndulos, conforme indica a figura. As massas de A e B são iguais e de valor 1 kg, e a massa de C é igual a 2 kg. Quando eles são postos a oscilar, com pequenas amplitudes, podemos afirmar que: A B C 1 m 1 m 2 m a) os três pêndulos possuem a mesma frequência. b) a frequência do pêndulo B é maior que a dos pêndulos A e C. c) os pêndulos B e C possuem a mesma frequência. d) os pêndulos A e C possuem a mesma frequência. e) o pêndulo C possui a maior frequência. R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 22 9/19/18 8:09 AM 23 FÍ S IC A 25. (UFV-MG) Um pêndulo é solto, a partir do repouso, do ponto A indicado na fi gura a seguir. Ele gasta um tem- po igual a 2,0 segundos para percorrer a distância AC. É correto afi rmar que a frequência, o período e a amplitude de oscilação do pêndulo são, respectivamente: A B C a)0,25 Hz; 4,0 s e AB b) 0,50 Hz; 2,0 s e AB c) 0,50 Hz; 2,0 s e AC d) 0,25 Hz; 4,0 s e AC 26. (Uece) Considere um pêndulo de relógio de parede feito com um fi o fl exível, inextensível, de massa desprezível e com comprimento de 24,8 cm. Esse fi o prende uma massa puntiforme e oscila com uma frequência próxima a 1 Hz. Considerando que a força de resistência do ar seja proporcional à velocidade dessa massa, é correto afi rmar que: a) a força de atrito é máxima onde a energia potencial gravitacional é máxima. b) a energia cinética é máxima onde a energia potencial é máxima. c) A força de atrito é mínima onde a energia cinética é máxima. d) a força de atrito é máxima onde a energia potencial gravitacional é mínima. 27. (Vunesp) Um estudante pretendia apresentar um relógio de pêndulo numa feira de ciências com um mostrador de 5 cm de altura, como mostra a fi gura. Sabendo-se que, para pequenas oscilações, o períod o de um pêndulo sim- ples, é dado pela expressão T = 2π ⋅ L g , pede-se: 5 cm 0 a) Se o pêndulo for pendurado no ponto O e tiver um período de 0,8 segundos, qual deveria ser a altura mínima do relógio? Para facilitar seus cálculos, admi- ta g = π2 m/s2. b) Se o período do pêndulo fosse de 5 segundos, haveria algum inconveniente? Justifi que. 28. (AFA-SP) Três pêndulos simples 1, 2 e 3 que oscilam em MHS possuem massas respectivamente iguais a m, 2m e 3m são mostrados na fi gura abaixo. Os fi os que sustentam as massas são ideais, inextensíveis e possuem comprimento respectivamente L 1 , L 2 e L 3 . Para cada um dos pêndulos registrou-se a posição (x), em metro, em função do tempo (t) em segundo, e os gráfi - cos desses registros são apresentados nas fi guras 1, 2 e 3 abaixo. Considerando a inexistência de atritos e que a aceleração da gravidade seja g = π2 m/s2, é correto afi rmar que: a) L 1 = L 3 2 ; L 2 = 2 3 L 3 e L 3 = 3L 1 b) L 1 = 2L 2 ; L 2 = L 2 3 e L 3 = 4L 1 c) L 1 = L 4 2 ; L 2 = L 4 3 e L 3 = 16L 1 d) L 1 = 2L 2 ; L 2 = 3L 3 e L 3 = 6L 1 R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 23 9/19/18 8:09 AM 24 CAPÍTULO 1 29. (UEG-GO) Leia o texto a seguir: Os dez mais belos experimentos da F’sica A edição de setembro de 2002 da revista Physics World apresentou o resultado de uma enquete realizada entre seus leitores sobre o mais belo experimento da física. Na tabela a seguir, são listados os dez experimentos mais votados. 1 Experimento da dupla fenda de Young, realizado com elétrons 2 Experimento da queda dos corpos, realizada por Galileu 3 Experimento da gota de óleo, realizada por Millikan 4 Decomposição da luz solar com um prisma, realizada por Newton 5 Experimento da interferência da luz, realizada por Young 6 Experimento com a balança de torção, realizada por Cavendish 7 Medida da circunferência da Terra, realizada por Eratóstenes 8 Experimento sobre o movimento de corpos em um plano inclinado, realizado por Galileu 9 Experimento de Rutherford 10 Experiência do pêndulo de Foucault O décimo mais belo experimento da física é o pêndulo de Foucault. Nesse experimento, realizado em 1851, o francês Jean Bernard Léon Foucault: a) calculou o módulo da aceleração da gravidade local. b) reforçou a existência do campo magnético terrestre. c) demonstrou que a Terra tem forma arredondada. d) provou que a Terra gira em torno de seu eixo. 30. (Unicamp-SP) Numa antena de rádio, cargas elétricas oscilam sob a ação de ondas eletromagnéticas em dada frequência. Imagine que essas oscilações tivessem sua ori- gem em forças mecânicas e não elétricas: cargas elétricas fixas em uma massa presa a uma mola. A amplitude do deslocamento dessa “antena-mola” seria de 1 mm e a massa de 1 g para um rádio portátil. Considere um sinal de rádio AM de 1 000 kHz. a) Qual seria a constante de mola dessa “antena-mola”? A frequência de oscilação é dada por: f = 1 2π k m em que k é a constante da mola e m é a massa presa à mola. b) Qual seria a força mecânica necessária para deslocar essa mola de 1 mm? 31. (UFJF-MG) O pêndulo simples ideal consiste em uma massa m pe- quena (para que o atrito com o ar possa ser desprezado) presa a um fio de massa desprezível e comprimento L, como mostra a figura acima. Para oscilações pequenas, o período T e a frequência angular ω são relacionados de forma que T = 2π ω = 2π · L g , onde g é a acelera- ção da gravidade. Com o intuito de determinar o valor da aceleração da gravidade em sua casa, um aluno montou um pêndulo simples e mediu o período de oscilação para diferentes comprimentos do fio. Ele usou uma régua gra- duada em centímetros e um sensor de movimento para determinar a posição horizontal x do pêndulo em função do tempo. a) O gráfico abaixo mostra a posição horizontal do pên- dulo para dois experimentos, com comprimentos de fios diferentes, em função do tempo. Com base nesses resultados, calcule a razão entre os comprimentos dos fios para os dois experimentos. b) O aluno realizou novas medidas e montou o gráfico do período do pêndulo ao quadrado em função do com- primento do fio. Com base nesses resultados, calcule o valor da gravidade encontrado pelo aluno. 32. +Enem [H17] Conta a lenda que o físico e matemático ita- liano Galileu Galilei, quando estava assistindo a uma missa, percebeu que um grande lustre pendurado no teto da igreja oscilava suavemente ao sabor de uma fraca brisa que aden- trava pelas janelas. Usando sua própria pulsação, ele mediu o tempo de ida e volta do lustre e descobriu, para sua surpresa, que este não dependia da amplitude de oscilação. De fato, hoje sabemos que o período T de oscilação de um pêndulo simples que oscila com pequenas amplitudes é dado por: T = 2π ⋅ g L em que: L é o seu comprimento e g é a aceleração da gravidade local. R e p ro d u ç ã o / U FJ F. R e p ro d u ç ã o / U FJ F. R e p ro d u ç ã o / U FJ F. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 24 9/19/18 8:09 AM 25 FÍ S IC A Um relógio de pêndulo fabricado e calibrado em uma indústria de Oslo, na Noruega, é exportado para Belém do Pará, no Brasil. Sabe-se que, em razão da forma da Terra e ao seu movimento de rotação, a aceleração da gravidade varia com a latitude de acordo com o gráfi co. 9,78 9,77 302010 40 50 60 70 80 90 9,79 9,80 9,81 9,82 9,83 9,84 Gravidade x Latitude Latitude (°) G ra vi d a d e ( m /s 2 ) Considerando que Belém está localizada aproximadamente sobre a linha do equador e que Oslo localiza-se a 60° de latitu- de norte, pode-se dizer que o período de oscilação do pêndulo do relógio em Belém, em relação ao período de oscilação em Oslo, é: a) 2,0% maior. b) 1,1% menor. c) igual. d) 0,2% maior. e) 0,11% menor. Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/sims/html/pendulum-lab/latest/pendulum-lab_pt_BR.html>. Acesso em: 30 mai. 2018. No site, você poderá interagir com um simulador de pêndulo. Controle a amplitude, a velocidade e a força de resistência do ar e observe os resultados. Além disso, verifi que as transformações de energia durante o movimento oscilatório. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. Et_EM_2_Cad8_Fis_c01_01a25.indd 25 9/19/18 8:09 AM ► Identifi car e classifi car as ondas quanto à natureza e à forma de propagação. ► Compreender que uma onda é uma perturbação que se propaga. ► Compreender que uma onda transporta energia e não matéria. ► Compreender e analisar fenômenos relacionados à propagação de ondas. ► Compreender e avaliar as relações entre comprimento de onda, frequência e velocidade de propagação. Principais conceitos que você vai aprender: ► Onda mecânica ► Onda eletromagnética ► Pulso de onda ► Frente de onda, frequência ► Comprimento deonda ► Período ► Onda longitudinal e transversal ► Onda mista 26 OBJETIVOS DO CAPÍTULO Lorado/G etty Im ag e s 2 ONDAS No Brasil, a energia elétrica é produzida, na maioria das vezes, por usinas hidrelétricas. Além das “polêmicas” termelétricas e das usinas nucleares de Angra, o país investe em outras duas fontes de produção de energia elétrica renováveis. Inaugurada em 2012, o projeto da Usina de Pecém, no Ceará, traz um novo conceito na busca de fontes renováveis de energia. Com tecnologia 100% nacional e com mínimo impacto ambiental, a estimativa é de que a usina esteja totalmente pronta para funcionar em 2020. A usina é composta de módulos, com um fl utuador, um braço mecânico e uma bomba conectada a um circuito de água doce. Com a passagem das ondas, os fl utuadores reali- zam movimento de subida e de descida, o que aciona bombas hidráulicas que fazem com que a água doce confi nada em tubulações circule em alta pressão. Em seguida, essa água vai para um acumulador com água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica. Com um litoral de mais de 8 km de extensão, o Brasil tem um enorme potencial para ampliar essa tecnologia. • Todo projeto tem suas vantagens e desvantagens. Quais são as vantagens desse tipo de usina? E as desvantagens? Os movimentos periódicos das ondas se mantêm sem- pre da mesma forma? Veremos neste capítulo que o estudo das ondas tem grande impacto em nossas vidas. R e n a ta M e llo /P u ls a r Im a g e n s Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 26 9/19/18 8:07 AM 27 FÍ S IC A O ndas Vamos iniciar o estudo das ondas imaginando uma experiência simples: É colocada uma folha sobre a superfície de uma poça de água em repouso. Nota-se que a folha fl utua na água, porque sua massa específi ca é menor que a massa específi ca da água. Bate-se várias vezes uma varinha na superfície da água e esses choques produzem perturbações. Observa-se, então, que a folha realiza apenas movimentos de sobe e des- ce, sem se deslocar ao longo da superfície do líquido. Isso acontece porque a água não é arrastada durante a perturbação – ela simplesmente efetua um movimento oscilatório vertical. Assim, pode-se concluir que, ao bater com a varinha na superfície da água, forne- ce energia a ela. Essa energia manifesta-se na forma de perturbação, denominada onda. Algumas ondas, como as eletromagnéticas, propagam-se pelo meio sem vibrar os pon- tos desse meio. Quando, em determinado meio, apenas uma perturbação é produzida, ela é deno- minada pulso. Uma sucessão contínua de pulsos é denominada onda. Veja este outro exemplo: Duas pessoas seguram as extremidades de uma corda, que é mantida esticada. Uma das pessoas dá um solavanco na corda, gerando uma perturbação em uma de suas pontas. Essa perturbação irá se propagar pela corda até atingir a outra extremidade. No- vamente, temos o exemplo de um movimento ondulatório no qual a energia fornecida pelo solavanco se propaga de uma ponta a outra da corda, mas os pontos da corda ape- nas fazem um movimento para cima e para baixo, sem se deslocar com o pulso. Pulso Classifi cação das ondas As ondas podem ser classifi cadas quanto a três critérios básicos: natureza, forma e direção de propagação. Quanto à natureza Onda mecânica Tipo de onda que se propaga somente em meios materiais (não se propaga no vácuo) e necessita, para a propagação, da vibração dos pontos do meio. São exemplos o som, as ondas produzidas na superfície da água ou em uma corda. O som é uma onda mecânica (pelo fato de ser uma onda mecânica, não se propaga no vácuo). Onda eletromagnética Tipo de onda que se propaga em alguns meios materiais (transparentes) e também no vácuo. Quando a onda se propaga por um meio material, ela não vibra os pontos do meio. É o caso, por exemplo, da luz, das ondas de rádio e das ondas de TV. A luz é uma onda eletromagnética, que pode se propagar tanto no vácuo quanto em certos meios ma- teriais. De forma simplifi cada, pode-se dizer que onda eletromagnética é formada pelas oscilações de campos elétricos e magnéticos que se propagam no espaço. Dependendo da frequência dessas oscilações, podemos ter vários tipos de ondas eletromagnéticas. y x z Defi nição Onda : perturbação produzida em um meio que se propaga por meio deste, transportando energia, mas não arrastando a matéria. Uma pessoa gera uma perturbação em uma das extremidades de uma corda, gerando um pulso que se propaga pela corda. Et_EM_2_ Cad8_Fís_ Cap2_i002 Arte manter imagem do material, pág. 22 a ld o ra d o /S h u tt e rs to c k Antenas de rádio, TV e celular transmitem informações por meio de ondas eletromagnéticas. Forma combinada de duas ondas transversais que compõem a onda eletromagnética. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 27 9/19/18 8:07 AM 28 CAPÍTULO 2 Para ilustrar, na fi gura a seguir, temos o espectro eletromagnético, que mostra os prin- cipais tipos de ondas eletromagnéticas em ordem decrescente de frequência. Frequência diminui 1023 1022 1021 1020 1019 1018 1017 1016 1015 1014 1013 1012 1011 1010 109 108 107 106 105 InfravermelhasRaios gama Raios X Ultravioleta Micro-ondas Ondas de rádio f (Hz) Quanto à forma Onda longitudinal Uma onda é classifi cada como longitudinal quando sua direção de propagação coinci- de com a direção de vibração dos pontos do meio. Considere, por exemplo, uma mola mantida na horizontal, com uma das extremidades presa em um suporte e a outra extremidade segura por uma pessoa. Em dado instante, a pessoa comprime alguns anéis da mola e, em seguida, solta-a. Essa perturbação vai se propagar pela mola em direção ao extremo oposto preso no suporte, conforme a fi gura: Direção da propagação da onda: horizontal Direção de vibração dos pontos da mola: horizontal Outro exemplo de onda longitudinal são as ondas sonoras se propagando no ar; nelas as moléculas do ar vibram na mesma direção em que a onda se propaga. Direção de propagação da onda Direção de vibração das molŽculas do ar Onda transversal Onda cuja direção de propagação é perpendicular à direção de vibração dos pontos do meio. Considere, agora, uma corda, mantida na horizontal, com uma extremidade fi xa em um suporte e a outra segura por uma pessoa. Em dado instante, a pessoa faz um movi- mento rápido de sobe e desce com a mão. Esse movimento forma um pulso (perturbação) que se propaga pela corda. Direção da propagação da onda: horizontal Direção de vibração dos pontos da corda: vertical Outro exemplo de ondas transversais são as ondas eletromagnéticas. Onda mista Onda que combina ondas transversais com longitudinais. Sendo assim, os pontos do meio oscilam tanto perpendicularmente como tangencialmente à direção de propagação da onda. A perturbação produzida na mola se propaga e vibra na mesma direção, ou seja, na horizontal. A perturbação produzida na corda se propaga na horizontal, enquanto os pontos da corda vibram na vertical (movimento de sobe e desce). Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 28 9/19/18 8:07 AM 29 FÍ S IC A Quanto à direção de propagação Unidimensional Onda que se propaga em uma única direção, como as produzidas em uma corda. Direção de propagação da onda. Bidimensional Onda que se propaga em uma superfície, como as que são produzidas na superfície da água. Tridimensional Onda que se propaga no espaço, ou seja, em todas as direções. É o caso das ondas sonoras. Desenvolva H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. A radiografi a é uma técnica de obtenção de imagens do interior do corpo humano, por meio de raios X. A técnica e os aparatos da radiografi a foram desenvolvidos por Wilhelm Roentgen em 1895, na Alemanha. Inicialmente, sem saber dos perigos da radiação, inúmeras pessoas começaram a utilizar a técnica indiscriminadamente para diversos fi ns. Imagine entrar emuma loja de calçados e, ao experimentar alguns modelos, colocar os pés num aparelho para ver até onde seus dedos estariam dentro deles? Os usos foram os mais diversos possíveis, chegando ao ponto de fotografar (radiografar) uma pessoa de corpo inteiro. Não se conheciam ainda os riscos da radiação a que as pessoas eram submetidas, mas todos estavam maravilhados com os raios desconhecidos (daí a denominação raios X), que podiam atravessar corpos opacos e “fo- tografar” o interior deles, incluindo o corpo humano. Em função do uso indiscriminado, muitas pessoas acabaram morren- do por desconhecimento dessa importante e perigosa técnica. A técnica e os aparatos da radiografi a foram desenvolvidos por Wilhelm Roentgen em 1895, na Alemanha. O primeiro aparelho de radiografi a para uso médico chegou ao Brasil em 1897 e a primeira radiografi a foi feita em 1898. A tomada das radiografi as antigas era demorada (de 30 a 40 minutos) , expondo os pacientes por um tempo prolongado aos raios X. Com o tempo, o uso da radiação passou a ser normatizado e controlado; a radiografia tornou- -se o mais tradicional e conhecido método para se obter imagem do interior do corpo; e Roent- gen ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1901 pelo seu invento. Pesquise quais as vantagens e as desvantagens do uso da radiografi a e monte um quadro com as informações obtidas. Acrescente à pesquisa os tipos de diagnóstico para os quais ela pode ser utilizada. As ondas que são produzidas em uma corda de violão, por exemplo, propagam-se em uma única direção (unidimensional), assim como a onda da ilustração. Ondas bidimensionais (como as mostradas na foto) propagam-se em superfícies. O fato de o som se propagar em todas as direções (onda tridimensional) permite que, em um show, todas as pessoas possam ouvir a música, e não apenas aquelas que estão diante das caixas de som. M a rc in B a lc e rz a k /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 29 9/19/18 8:07 AM 30 CAPÍTULO 2 Contextualize Se conseguíssemos visualizar a infi nidade de ondas que cruzam o espaço em que vivemos, certamente fi caríamos espantados. Ao caminhar pelas ruas da cidade, é possível ouvir o som dos motores dos automóveis, suas buzinas, o som de uma serra vindo de uma construção de alguma edi- fi cação, todas ondas mecânicas, que podem ser facilmente percebidas pelo nosso aparelho auditivo. Em relação às on- das eletromagnéticas, conseguimos perceber as cores das luzes dos semáforos, as luzes de um show de rock, a luz dos postes de iluminação e dos faróis dos automóveis, mas não conseguimos visualizar as ondas de rádio, os sinais das ope- radoras de telefonia fi xa ou móvel, os sinais dos canais de TV aberta e a radiação UV que chega aos nossos olhos pela luz solar. Mesmo com esse congestionamento de ondas, por con- ta das características específi cas de cada uma, tudo parece funcionar sem grandes problemas. Não conseguimos ver as ondas sonoras (mecânicas), porém, dependendo das suas frequências, podem ser facilmente per- cebidas, o que não ocorre com a maioria das ondas eletromagnéticas que não fazem parte do espectro visível. Algumas delas podem ser nocivas ao nosso organismo e conhecê-las torna-se importante para que possamos nos proteger de seus efeitos. Faça uma pesquisa e liste as características e os tipos de ondas que fazem parte desse congestionamento ondulatório. Atividades 1 . (PUC-MG) Os morcegos são capazes de emitir ondas de ul- trassom com comprimento aproximadamente de 0,003 m. Sobre as ondas emitidas por esses animais, assinale a op- ção correta. a) São ondas eletromagnéticas que se propagam no vá- cuo das cavernas. b) São ondas longitudinais. c) São ondas transversais. d) São ondas mecânicas que se propagam no vácuo. 2. (FCMMG) Em ortopedia, o Tratamento por Ondas de Choque pode ser prescrito para tratar de diversos tipos de lesões. Especialmente indicado para problemas nas inserções entre tendões e ossos, tais como as tendinites. O dispositivo usado nesse tratamento está mostrado na fi gura abaixo. Fonte: <http://ortocenter.com.br/wp-content/uploads/2015/04/ ortocenter-tratamento-ondas-choque-1040x555.jpg>. As ondas de choque podem ser entendidas como: a) ondas luminosas que causam um pequeno aqueci- mento nos pés. b) ondas sonoras curtas que provocam uma reação no organismo. c) ondas elétricas que produzem pequenos choques nos nervos. d) ondas eletromagnéticas que atuam nos músculos le- sionados. To m a s S im k u s /S h u tt e rs to ck R e p ro d u ç ã o / F C M M G , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 30 9/19/18 8:07 AM 31 FÍ S IC A 3. (UEMG) A fi gura mostra três ondas diferentes. • Onda 1: mão produzindo ondas numa mola. • Onda 2: mão produzindo ondas numa corda. • Onda 3: pessoa produzindo ondas sonoras no ar. Assinale a alternativa que classifi ca corretamente cada um desses movimentos ondulatórios: a) Onda 1: transversal; onda 2: longitudinal; onda 3: transversal. b) Onda 1: transversal; onda 2: longitudinal; onda 3: lon- gitudinal. c) Onda 1: longitudinal; onda 2: transversal; onda 3: lon- gitudinal. d) Onda 1: longitudinal; onda 2: transversal; onda 3: transversal. 4. (UEPB) Uma onda sísmica pode ser classifi cada como lon- gitudinal ou transversal. A respeito dessa classifi cação, analise as proposições a seguir e julgue (V ou F): ( ) Na onda longitudinal, a direção em que ocorre a vi- bração é igual à direção de propagação da onda. ( ) Na onda longitudinal, a direção em que ocorre a vibra- ção é diferente da direção de propagação da onda. ( ) Na onda transversal, a direção em que ocorre a vibra- ção é igual à direção de propagação da onda. ( ) Na onda transversal, a direção em que ocorre a vibra- ção é diferente da direção de propagação da onda. 5. (IFSP) Em 24 de agosto de 2016, a região central da Itália sofreu um terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter, causando a morte de 291 pessoas, pelo menos. Em geral, terremotos de magnitude acima de 3,87 causam grandes estragos e mortes. Assinale a alternativa que apresenta os fenômenos que causam os terremotos. a) Infl uência gravitacional da Lua. b) Eclipses solares. c) Deslizamentos de montanhas. d) Movimentos de placas tectônicas. e) Explosões solares. 6. (UFMG) Enquanto brinca, Gabriela produz uma onda transversal em uma corda esticada. Em certo instante, parte dessa corda tem a forma mostrada nesta fi gura: Direção de propagação da onda P A direção de propagação da onda na corda também está indicada na fi gura. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 31 9/19/18 8:07 AM 32 CAPÍTULO 2 Assinale a alternativa em que estão representados corre- tamente a direção e o sentido do deslocamento do ponto P da corda, no instante mostrado. a) Direção de propagação P b) Direção de propagação P c) Direção de propagação P d) Direção de propagação P 7. (UFMG) As ondas eletromagnéticas, ao contrário das on- das mecânicas, não precisam de um meio material para se propagar. Considere as seguintes ondas: som, ultrassom, ondas de rádio, micro-ondas e luz. Sobre essas ondas é correto afi rmar que: a) luz e micro-ondas são ondas eletromagnéticas e as ou- tras são ondas mecânicas. b) luz é onda eletromagnética e as outras são ondas me- cânicas. c) som é onda mecânica e as outras são ondas eletro- magnéticas. d) som e ultrassom são ondas mecânicas e as outras são ondas eletromagnéticas. 8. +Enem [H1] Ondas eletromagnéticas foram previstas por Maxwell e comprovadas experimentalmente por Hertz (fi m do século XIX). Essa descoberta revolucionou o mundo mo- derno, a partir do controle e aplicações desse tipo de onda. Quanto às suas propriedades, ondas eletromagnéticas: a) são ondas longitudinais que se propagam no vácuo e em meios materiais. b) são constituídas por variações dos campos magnético e elétrico no tempo.c) são ondas transversais que se propagam apenas em meios materiais. d) têm como exemplos: ondas de rádio, sonoras, micro- -ondas e raios X. e) são ondas mistas que se propagam no vácuo e nos meios materiais. Complementares Tarefa proposta 1 a 14 9. (Ufscar-SP) Nos itens a seguir, verifi que quais das proposições são corretas. (01) O som é constituído por ondas mecânicas longitudinais. (02) As ondas mecânicas propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos. (04) Uma onda sonora não se propaga no vácuo. (08) A luz muda a direção de sua propagação quando passa de um meio para outro com diferente índice de refração. (16) Tanto a luz quanto o som são ondas eletromagnéticas. Dê a soma dos números dos itens corretos. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 32 9/19/18 8:07 AM 33 FÍ S IC A 10. (Enem) Explosões solares emitem radiações eletromagné- ticas muito intensas e ejetam, para o espaço, partículas carregadas de alta energia, o que provoca efeitos danosos na Terra. O gráfi co a seguir mostra o tempo transcorrido desde a primeira detecção de uma explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de perturbação e seus res- pectivos efeitos na Terra. Escala de tempo das perturbações solares e seus efeitos Raios X Perturbação Efeito: primeiras alterações na ionosfera Perturbação Efeito: interferência de rádio Perturbação Perturbação Efeito: alteração na ionosfera polar Efeito: tempestade magnética Ondas de rádio Partículas de alta energia Plasma solar P e rt u rb a çã o 1 minuto 10 minutos 10 horas 1 dia 10 dias1 hora <www.sec.noaa.gov>. (Adaptado.) Considerando-se o gráfi co, é correto afi rmar que a pertur- bação por ondas de rádio geradas em uma explosão solar: a) dura mais que uma tempestade magnética. b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar. c) chega à Terra depois da perturbação por raios X. d) tem duração maior que a da perturbação por raios X. e) tem duração semelhante à da chegada à Terra de par- tículas de alta energia. 11. (UFC-CE) Analise as assertivas seguintes e assinale a alter- nativa correta. I. Elétrons em movimento vibratório podem fazer surgir ondas de rádio e ondas de luz. II. Ondas de rádio e ondas de luz são ondas eletro- magnéticas. III. Ondas de luz são ondas eletromagnéticas e ondas de rádio são mecânicas. a) Somente I é verdadeira. b) Somente II é verdadeira. c) Somente III é verdadeira. d) Somente I e II são verdadeiras. e) Somente I e III são verdadeiras. 12. (Udesc) Analise as proposições com relação às ondas ele- tromagnéticas e às ondas sonoras. I. As ondas eletromagnéticas podem se propagar no vácuo e as ondas sonoras necessitam de um meio material para se propagar. II. As ondas eletromagnéticas são ondas transversais e as ondas sonoras são ondas longitudinais. III. Ondas eletromagnéticas correspondem a oscila- ções de campos elétricos e de campos magnéti- cos perpendiculares entre si, enquanto as ondas sonoras correspondem a oscilações das partícu- las do meio material pelo qual as ondas sonoras se propagam. IV. As ondas eletromagnéticas sempre se propagam com velocidades menores do que as ondas sonoras. V. As ondas eletromagnéticas, correspondentes à visão humana, estão na faixa de frequências de 20 Hz a 20 000 Hz aproximadamente, e as ondas sono- ras, correspondentes à região da audição humana, estão na faixa de frequência 420 THz a 750 THz aproximadamente. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afi rmativas II, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afi rmativas III, IV e V são verdadeiras. c) Somente as afi rmativas II, IV e V são verdadeiras. d) Somente as afi rmativas I, III e V são verdadeiras. e) Somente as afi rmativas I, II e III são verdadeiras. Elementos de uma onda A forma mais comum de se representar uma onda é por meio de uma senoide, ou seja, uma fi gura que deriva do gráfi co da função seno. Voltando ao exemplo da onda em uma corda; considere uma pessoa que segura a extremidade de uma corda, longa e leve. Ao executar movimentos oscilatórios na vertical, uma onda se propagará pela corda, como mostra a fi gura. Crista Vale Vale Linha central da onda v Crista A A λ λ Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 33 9/19/18 8:07 AM 34 CAPÍTULO 2 Defi nem-se os seguintes elementos da onda: • Crista: são os pontos de máximo afastamento acima da linha central da onda. • Vale: são os pontos de máximo afastamento abaixo da linha central da onda. • Amplitude (A): corresponde à distância entre uma crista ou um vale até a linha central da onda. • Comprimento de onda (λ): corresponde à distância entre duas cristas ou dois vales sucessivos. Período e frequência são defi nidos como: • Período (T): é o intervalo de tempo para que uma onda completa (um comprimento de onda) passe por um ponto do meio. • Frequência (f): é o inverso do período, ou seja, corresponde ao número de ondas que passam por um ponto do meio por unidade de tempo. • Matematicamente, temos: 1 T = 1 f ou f = T 1 Equa•‹o fundamental da ondulat—ria Considerando-se uma onda que se propaga em determinado meio, com velocidade constante (v), para que ela percorra um deslocamento escalar igual a um comprimento de onda (λ), o intervalo de tempo é igual a um período (T). Assim: v = s t ∆ ∆ s v = T λ Sendo T = f 1 , temos: v = s t ∆ ∆ s v = 1 f λ s v = λ ⋅ f Analisando essa equação, podemos notar que para uma mesma velocidade de pro- pagação a frequência f e o comprimento de onda λ são inversamente proporcionais. Já para uma frequência fi xa, a velocidade de propagação v e o comprimento de onda λ são diretamente proporcionais. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado A leitura desse enunciado se resume às informações apresentadas no gráfi co e ao valor da velocidade de propagação da onda na corda. Observe que o eixo x apresenta a informação sobre a distância em cm, diferentemente da unidade utilizada para a velocidade. Lembre-se de ajustar as unidades de medida antes de qualquer cálculo. Identifi que no gráfi co a distância correspondente ao comprimento de onda (duas cristas consecutivas). (Uerj) Observe no diagrama o aspecto de uma onda que se propaga com velocidade de 0,48 m/s em uma corda: Calcule, em hertz, a frequência da fonte geradora da onda. Resolução Pela equação fundamental da ondulatória, temos: v = λ ⋅ f s s f = v λ s s f = 0, 48 0,08 s s f = 6,0 Hz Observação 1 Esses elementos defi nidos não são exclusivos para uma onda que se propaga em uma corda. Na verdade, eles poderão ser usados para analisar a propagação de qualquer onda. É importante notar que a velocidade de propagação de uma onda depende das características do meio em que ela se propaga. Por exemplo: No ar, o som se propaga com velocidade de, aproximadamente, 340 m/s e na água com 1 500 m/s. Já a frequência de uma onda sonora é determinada pela fonte que gera a onda. No caso da corda, se a pessoa levantar e abaixar a mão três vezes por segundo, por exemplo, as ondas geradas terão frequência de 3 Hz. R e p ro d u ç ã o / U E R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 34 9/19/18 8:07 AM 35 FÍ S IC A Atividades 13. (Fatec-SP) O padrão de forma de onda proveniente de um sinal eletrônico está representado na fi gura a seguir. 1 divisão = 1 ms 1 d iv is ã o = 5 0 0 m V Notando os valores para as divisões horizontal (1 ms) e vertical (500 mV), deve-se dizer quanto à amplitude A, ao período T e à frequência f da forma de onda que: a) A = 0,5 V; T = 4 ms; f = 250 Hz b) A = 1,0 V; T = 8 ms; f = 125 Hz c) A = 2,0 V; T = 2 ms; f = 500 Hz d) A = 2,0 V; T = 4 ms; f = 250 Hz e) A = 1,0 V; T = 4 ms; f = 250 Hz 14. Por um ponto de uma corda passam três comprimentos de onda no intervalo de tempo de 12 s. Calcule o período e a frequência da onda que se propaga na corda. 15. (Fuvest-SP) Um rádio receptor opera em duasmodalidades: uma AM cobre o intervalo de 550 kHz a 1 550 kHz e a outra, FM, de 88 MHz a 108 MHz. A velocidade das ondas eletromagnéticas vale 3 ⋅ 108 m/s. Quais, aproximadamen- te, o menor e o maior comprimento de onda que podem ser captados por esse rádio? a) 0,0018 m e 0,36 m b) 0,55 m e 108 m c) 2,8 m e 545 m d) 550 ⋅ 103 m e 1014 m e) 1,6 ⋅ 1014 m e 3,2 ⋅ 1016 m 16. Um navio quebrado a 6,8 km de um porto marítimo envia dois sinais de mesma frequência (1 700 Hz), sendo um deles pelo ar, com comprimento de onda de 20 cm, e o outro pela água, com comprimento de onda de 100 cm. Determine: a) a velocidade de propagação da onda no ar; b) a velocidade de propagação da onda na água; c) o intervalo de tempo entre as chegadas das duas ondas. 17. (Uerj) Sabe-se que, durante abalos sísmicos, a energia produzida se propaga em forma de ondas, em todas as direções pelo interior da Terra. Considere a ilustração a seguir, que representa a distância de 1 200 km entre o epicentro de um terremoto e uma estação sismológica. Nesse evento, duas ondas, P e S, propagaram-se com ve- locidades de 8 km/s e 5 km/s, respectivamente, no percur- so entre o epicentro e a estação. Estime, em segundos, a diferença de tempo entre a che- gada da onda P e a da onda S à estação sismológica. R e p ro d u ç ã o / U E R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 35 9/19/18 8:07 AM 36 CAPÍTULO 2 18. (PUC-RS) A lâmina de uma campainha elétrica imprime a uma corda esticada 60 vibrações por segundo. Se a velo- cidade de propagação das ondas na corda for de 12 m/s, então a distância λ entre duas cristas sucessivas, em metros, será de: λ a) 0,6 b) 0,5 c) 0,4 d) 0,3 e) 0,2 19. +Enem [H1] As fi bras ópticas têm muitas aplicações na medicina e nas comunicações. Na medicina, usam-se delgados feixes de fi bra como provas para examinar diversos ór- gãos internos, sem cirurgia. Nas comunicações, a taxa de transmissão de informações está relacionada com a frequência dos sinais. Um sistema de transmissão com frequências da luz, da ordem de 1014 Hz, pode transmitir informações a uma taxa muito maior que a da transmissão mediante ondas de rádio, que têm frequências da ordem de 106 Hz. TIPLER, Paul A. F’sica. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. v. 2. Com base nas informações contidas no texto e conside- rando que a velocidade da luz no interior de uma fi bra óptica é de 2 ⋅ 108 m/s, pode-se dizer que o comprimento de onda da luz, quando ela se propaga em uma fi bra óptica, é da ordem de: a) 2 ⋅ 10–6 m b) 2 ⋅ 10–3 m c) 1 ⋅ 100 m d) 5 ⋅ 103 m e) 5 ⋅ 106 m 20. (UPM-SP) Um forno micro-ondas possui um magnetron, gerador de ondas eletromagnéticas, cujo comprimento de onda é de 12,0 cm. Sabendo que a velocidade da luz no meio de propagação é 3,00 ⋅ 105 km/s, a frequência emitida por este gerador é: a) 0,25 ⋅ 108 Hz b) 3,60 ⋅ 108 Hz c) 4,00 ⋅ 108 Hz d) 0,25 ⋅ 1010 Hz e) 4,00 ⋅ 1010 Hz Complementares Tarefa proposta 15 a 32 21. (Ufal) Uma onda produzida numa corda se propaga com frequência de 25Hz. O gráfi co a seguir representa a corda em dado instante. 0,3 y (cm) Sentido de propagação –0,3 10 20 30 40 x (cm) Considere a situação apresentada e os dados do gráfi co para analisar as afi rmações que seguem. I. O período de propagação da onda na corda é 20 s. II. A amplitude da onda estabelecida na corda é de 6,0 cm. III. A velocidade de propagação da onda na corda é de 5,0 m/s. IV. A onda que se estabeleceu na corda é do tipo transversal. V. A onda que se estabeleceu na corda tem comprimen- to de onda de 10 cm. 22. (UPM-SP) Uma estação de rádio tem uma frequência de sintonização de 1 000 kHz. Sabendo que a velocidade da luz no meio de propagação é 3,00 ⋅ 105 km/s, o compri- mento de onda desta estação de rádio neste meio é: a) 0,30 cm b) 0,30 m c) 3,00 m d) 300 m e) 300 km 23. (Fuvest-SP) A fi gura representa uma onda harmônica transversal, que se propaga no sentido positivo do eixo x, em dois instantes de tempo: t = 3 s (linha cheia) e t = 7 s (linha tracejada). Dentre as alternativas, a que pode corresponder à veloci- dade de propagação dessa onda é: a) 0,14 m/s b) 0,25 m/s c) 0,33 m/s d) 1,00 m/s e) 2,00 m/s R e p ro d u ç ã o / F u v e s t- S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 36 9/19/18 8:07 AM 37 FÍ SI CA 24. (Enem) A passagem de uma quantidade adequada de corrente elétrica pelo fi lamento de uma lâmpada deixa-o incandescente, produzindo luz. O gráfi co a seguir mostra como a intensidade da luz emitida pela lâmpada está distri- buída no espectro eletromagnético, estendendo-se desde a região do ultravioleta (UV) até a região do infravermelho. 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 In te n si d ad e d a r a d ia çã o UV Visível Infravermelho (calor) Comprimento de onda (µm) A eficiência luminosa de uma lâmpada pode ser de- finida como a razão entre a quantidade de energia emitida na forma de luz visível e a quantidade total de energia gasta para o seu funcionamento. Admi- tindo-se que essas duas quantidades possam ser esti- madas, respectivamente, pela área abaixo da parte da curva correspondente à faixa de luz visível e pela área abaixo de toda a curva, a eficiência luminosa dessa lâmpada seria de aproximadamente: a) 10% b) 15% c) 25% d) 50% e) 75% Tarefa proposta 1. (UFPR) Ondas sonoras são: a) ondas longitudinais. b) ondas eletromagnéticas. c) ondas transversais. d) ondas que se propagam tanto no ar como no vácuo. e) ondas superfi ciais. 2. (UFMA) Um estudante de física vai passear na Lagoa da Jansen. Ao apreciar a superfície da água, ele percebe as ondas causadas pelo vento e resolve, então, classifi cá-las quanto à natureza e quanto à direção de propagação, respectivamente. Como resultado, ele encontrou que essas ondas são: a) mecânicas e tridimensionais b) eletromagnéticas e tridimensionais c) eletromagnéticas e bidimensionais d) mecânicas e bidimensionais e) mecânicas e unidimensionais 3. (Ufscar-SP) A diferença entre ondas mecânicas (como o som) e ondas eletromagnéticas (como a luz) consiste no fato de que: a) as ondas mecânicas se propagam no vácuo, mas as ondas eletromagnéticas, não. b) somente as ondas eletromagnéticas são longitudinais. c) somente as ondas mecânicas são transversais. d) somente as ondas eletromagnéticas transportam energia. e) somente as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo. 4. (IFCE) Em 1864, o físico escocês James Clerk Maxwell mostrou que uma carga elétrica oscilante produz dois campos variáveis, que se propagam simultaneamente pelo espaço: um campo elétrico E r e um campo mag- nético B r . À junção desses dois campos variáveis e pro- pagantes, damos o nome de onda eletromagnética. São exemplos de ondas eletromagnéticas a luz visível e as ondas de Rádio e de TV. Sobre a direção de propagação, as ondas eletromagnéticas são: a) transversais, pois a direção de propagação é simul- taneamente perpendicular às variações dos campos elétrico e magnético. b) longitudinais, pois a direção de propagação é simulta- neamente paralela às variações dos campos elétrico e magnético. c) transversais ou longitudinais, dependendo de como é feita a análise. d) transversais, pois a direção de propagação é paralela à variação do campo elétrico e perpendicular à variação do campo magnético. e) longitudinais, pois a direção de propagação é paralela à variação do campo magnético e perpendicular à va- riação do campo elétrico. 5. (Vunesp) Radares são emissores e receptores de ondas de rádio e têm aplicações, por exemplo, na determinação de velocidades de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonares são emissores e receptores de ondas sonoras, sendo utilizados no meio aquático para determinação da profundidade dos oceanos, localização de cardumes, dentre outras aplicações. Comparando-se as ondas emitidas pelos radarese pelos sonares, temos que: a) as ondas emitidas pelos radares são mecânicas e as ondas emitidas pelos sonares são eletromagnéticas. b) ambas as ondas exigem um meio material para se pro- pagarem e, quanto mais denso for esse meio, menores serão suas velocidades de propagação. c) as ondas de rádio têm oscilações longitudinais e as on- das sonoras têm oscilações transversais. d) as frequências de oscilação de ambas as ondas não dependem do meio em que se propagam. e) a velocidade de propagação das ondas dos radares pela atmosfera é menor do que a velocidade de pro- pagação das ondas dos sonares pela água. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 37 9/19/18 8:07 AM 38 CAPÍTULO 2 6. (Ucpel-RS) Em 2016, na cidade do Rio de Janeiro, foi rea- lizada a olimpíada no Brasil. Estima-se que a cerimônia de abertura dos XXXI Jogos Olímpicos de Verão, no estádio do Maracanã, foi assistida ao vivo pela televisão por mais de 4 bilhões de pessoas em todo mundo. Considerando seus conhecimentos em física, assinale a alternativa correta. a) Devido à tecnologia digital, que transforma a veloci- dade de propagação da onda eletromagnética em um valor infinito, não existe defasagem entre a transmis- são e a recepção da imagem. Dessa forma, o que assis- timos na televisão está acontecendo ao mesmo tempo no estádio. b) Embora a cobertura dos jogos esteja sendo feita em tempo real pelas emissoras, o que assistimos na te- levisão em certo instante já aconteceu e faz parte do passado para quem está presente no estádio, uma vez que o módulo da velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no ar e no vácuo é de alta mag- nitude, porém finita. c) A cobertura dos jogos é feita em tempo real pelas emissoras e tanto quem está no estádio, assistindo ao vivo, quanto quem assiste pela televisão, em casa, ob- serva as mesmas imagens ao mesmo tempo, devido ao fato de que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no ar e no vácuo ser infinita. d) A tecnologia digital, não transforma a velocidade de propagação da onda eletromagnética em um valor infinito, mas eleva este valor de tal maneira que não existe defasagem entre a transmissão e a recepção da imagem. Dessa forma, o que assisti- mos na televisão está acontecendo ao mesmo tem- po no estádio. e) Embora a velocidade de uma onda eletromagnética no ar e no vácuo seja finita, o que assistimos na tele- visão, em certo instante de tempo, é o que o espec- tador presente no estádio assiste no mesmo instante de tempo. 7. (UEPB) Em 12 de janeiro de 2010, aconteceu um grande terremoto catastrófico na região de Porto Príncipe, capital do Haiti. A tragédia causou grandes danos à capital haitia- na e a outros locais da região. Sendo a maioria de origem natural, os terremotos ou sismos são tremores causados por choques de placas subterrâneas que, quando se rom- pem, liberam energia através de ondas sísmicas, que se propagam tanto no interior como na superfície da Terra. A respeito dessas informações e de seus conhecimentos sobre a propagação de ondas, julgue (V ou F) as propo- sições a seguir: I. A onda sísmica é mecânica, pois transporta energia mecânica. II. A onda sísmica é eletromagnética, pois transporta energia eletromagnética. III. A onda sísmica é eletromagnética, pois necessita de um meio para se propagar. 8. (Uepa) Durante uma entrevista na indefectível rede in- ternacional de notícias CMM, o repórter entrevista um famoso astrônomo sobre a espetacular explosão de uma estrela supernova. Surpreendido pela descrição da magni- tude da explosão, o repórter comenta: “O estrondo deve ter sido enorme!”. Conhecendo-se o mecanismo de propagação de ondas sonoras, pode-se argumentar que o som: a) é detectado na Terra por ser uma onda elástica. b) não é detectado na Terra por ser uma onda mecânica. c) é detectado na Terra por radiotelescópios, por ser uma onda eletromagnética de baixa frequência. d) é detectado porque a onda eletromagnética transfor- ma-se em mecânica ao atingir a Terra. e) não é detectado na Terra por ser uma onda eletro- magnética. 9. (Fuvest-SP) Uma boia pode se deslocar livremente ao longo de uma haste vertical, fixada no fundo do mar. Na figura, a curva cheia representa uma onda no ins- tante t = 0 s, e a curva tracejada, a mesma onda no instante t = 0,2 s. Com a passagem dessa onda, a boia oscila. Boia Haste 0,5 m Nessa situação, o menor valor possível da velocidade da onda e o correspondente período de oscilação da boia valem: a) 2,5 m/s e 0,2 s b) 5,0 m/s e 0,4 s c) 0,5 m/s e 0,2 s d) 5,0 m/s e 0,8 s e) 2,5 m/s e 0,8 s 10. (UCS-RS) Um cenário que começa a preocupar os es- pecialistas em tecnologia é o limite que as fibras óticas apresentam para suportar o transporte de quantidades maiores de informação na forma de ondas eletromag- néticas, a fim de suportar a demanda da internet. Em essência, uma onda eletromagnética é caracteri- zada por: a) um campo elétrico constante no espaço e no tempo e um campo magnético que varia no tempo. b) campos elétrico e magnético se propagando no espaço assumindo valores máximos e mínimos periodicamente. c) um campo magnético constante no espaço e no tem- po e, um campo elétrico que varia no tempo. d) variações de pressão mecânica no material. e) oscilações longitudinais e transversais simultâneas do meio material. Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 38 9/19/18 8:07 AM 39 FÍ S IC A 11. +Enem [H1] As ondas formadas na superfície da água de lagos ou oceanos são originadas pela ação do vento, que cria forças de pressão e fricção causando perturbações que se propagam ao longo dessa superfície. Quanto à forma e à direção de propagação, essas ondas são: a) longitudinais e unidimensionais b) transversais e bidimensionais c) mistas e tridimensionais d) longitudinais e bidimensionais e) mistas e bidimensionais 12. (Ifsul-RS) Quem é o companheiro inseparável do gaúcho na lida do campo? O cachorro, que com seu latido, ajuda a manter o gado na tropa. Com base nessa afi rmação, preencha as lacunas da frase a seguir. As ondas sonoras são classifi cadas como ondas e as de maior têm menor . Os termos que preenchem correta e respectivamente o período acima são: a) longitudinais – frequência – comprimento de onda b) transversais – frequência – velocidade c) longitudinais – velocidade – comprimento de onda d) transversais – velocidade – frequência 13. (Ifsul-RS) Um menino chega à beira de um lago, joga uma pedra e observa a formação de ondas. Nessas ondas, a distância entre duas cristas sucessivas é chamada de: a) frequência b) elongação c) comprimento de onda d) velocidade da onda Texto para a pr—xima quest‹o: Na opinião de especialistas, a descoberta do mecanismo da autofagia, que levou ao Prêmio Nobel de Medicina 2016, pode contribuir para uma melhor compreensão de patologias, como as vinculadas ao envelhecimento. Na maioria das patolo- gias, a autofagia deve ser estimulada, como nas doenças neurodegenerativas, para eliminar os aglomerados de proteínas que se acumulam nas células enfermas. A tabela mostra, aproximadamente, as faixas de frequência de radiações eletromagnéticas e a fi gura da escala nanométrica mostra, entre outras, as dimensões de proteínas e de células do sangue. Faixas de frequência de radiações eletromagnéticas Radiação Micro-ondas Infravermelho Ultravioleta Raios X Raios gama Faixas de frequências 108 – 1011 1012 – 1014 1015 – 1016 1017 – 1019 1020 – 1022 Disponível em: <www.google.com.br/search?q=dimensões+de+proteínas+e+de+células>. Acesso em: 6 out. 2016. O liv e rS v e d /S h u tt e rs to ck R e p ro d u ç ã o / I fs u l- R S . Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 39 9/19/18 8:07 AM 40 CAPÍTULO 2 14. (EBMSP-BA) Considerando-se essas informações e saben- do-se que a velocidade de propagação da luz no ar é igual a 3,0 ⋅ 108 m/s, para que se observemproteínas e células sanguíneas, podem-se utilizar, respectivamente, as radiações: a) raios X e raios gama b) micro-ondas e raios X c) raios gama e micro-ondas d) ultravioleta e infravermelho e) infravermelho e micro-ondas 15. (UFU-MG) Quando ocorrem terremotos, dois tipos de onda se propagam pela Terra: as primárias e as secundárias. Devido a suas características físicas e ao meio onde se pro- pagam, possuem velocidades diferentes, o que permite, por exemplo, obter o local de onde foi desencadeado o tremor, chamado de epicentro. Considere uma situação em que ocorreu um terremoto e um aparelho detecta a passagem de uma onda primária às 18 h 42 min 20 s e de uma secundária às 18 h 44 min 00 s. A onda primária se propaga com velocidade constante de 8,0 km/s ao passo que a secundária se desloca com velocidade constante de 4,5 km/s. Com base em tais dados, estima-se que a distância do local onde estava o aparelho até o epicentro desse tremor é, aproximadamente, de: a) 800 km b) 350 km c) 1 250 km d) 1 030 km 16. (UPM-SP) A figura a seguir representa graficamente uma onda mecânica de 1 kHz que se propaga no ar. 85,00 cm Com relação a essa onda, é correto afirmar que: a) o comprimento de onda é 0,85 m. b) o comprimento de onda é 0,17 m. c) a amplitude é 0,85 m. d) a amplitude é 0,17 m. e) a velocidade de propagação da onda é 340 m/s. 17. (Enem) Um garoto que passeia de carro com seu pai pela cidade, ao ouvir o rádio, percebe que a sua estação de rádio preferida, a 94,9 FM, que opera na banda de fre- quência de megahertz, tem seu sinal de transmissão su- perposto pela transmissão de uma rádio pirata de mesma frequência que interfere no sinal da emissora do centro em algumas regiões da cidade. Considerando a situação apresentada, a rádio pirata interfere no sinal da rádio do centro em razão da: a) atenuação promovida pelo ar nas radiações emitidas. b) maior amplitude da radiação emitida pela estação do centro. c) diferença de intensidade entre as fontes emissoras de ondas. d) menor potência de transmissão das ondas da emis- sora pirata. e) semelhança dos comprimentos de onda das radiações emitidas. 18. (Unifor-CE) As ondas de superfícies formadas nos oceanos são originadas pela ação do vento, que, por transferir parte da sua energia para a água, cria forças de pressão e fricção, causando perturbação no equilíbrio dessas superfícies. Considerando uma embarcação ancorada em um porto e sujeita à ação de ondas periódicas de comprimento 8 metros, formadas pela ação do vento e que se propagam com velocidade de 1 m/s, é correto afirmar que: a) o período de oscilação do barco é de 1 8 s. b) a frequência de oscilação do barco é proporcional ao comprimento da onda. c) o período de oscilação do barco é decrescente, em caso de o movimento dele ser em sentido contrário ao de propagação das ondas. d) o período de oscilação do barco é constante, embora este se movimente em sentido contrário ao de propa- gação das ondas. e) a frequência de oscilação do barco é 8 Hz. 19. (UFC-CE) A figura a seguir representa a fotografia, tirada no tempo t = 0, de uma corda longa em que uma onda transversal se propaga com velocidade igual a 5,0 m/s. –10 0,50 1,0 Q P x (m) y (cm) 10 0 Podemos afirmar corretamente que a distância entre os pontos P e Q, situados sobre a corda, será mínima no tempo t igual a: a) 0,01 s b) 0,03 s c) 0,05 s d) 0,07 s e) 0,09 s S a m o t/ S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 40 9/19/18 8:07 AM 41 FÍ S IC A 20. (PUC-RJ) Uma onda eletromagnética com comprimento de onda de 500 nm se propaga em um meio cujo índice de refração é 1,5. Qual é a frequência da onda, nesse meio, em Hz? Considere a velocidade da luz no vácuo c = 3,0 ⋅ 108 m/s. a) 4,0 ⋅ 1014 b) 6,0 ⋅ 1014 c) 9,0 ⋅ 1014 d) 1,5 ⋅ 1015 e) 2,3 ⋅ 1015 21. (Enem) As notas musicais podem ser agrupadas de modo a formar um conjunto. Esse conjunto pode formar uma escala musical. Dentre as diversas escalas existentes, a mais difundida é a escala diatônica, que utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas notas estão organizadas em ordem crescente de alturas, sendo a nota dó a mais baixa e a nota si a mais alta. Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que tem menor: a) amplitude b) frequência c) velocidade d) intensidade e) comprimento de onda 22. (UPE) Um relógio inteligente utiliza fotopletismografia para medir a frequência cardíaca de seu usuário. Essa tecnologia consiste na emissão de luz de coloração esverdeada no braço do portador e na conseguinte medição, por fotossensores, da intensidade da luz re- fletida por sua pele. Quando o coração bate, o sangue flui, e a absorção da luz verde através da pele é maior. Entre batidas, a absorção é menor. Piscando a luz cen- tenas de vezes em um segundo, é possível calcular a frequência cardíaca. Suponha que, monitorando os resultados obtidos pelo relógio, um usuário tenha se deparado com o seguinte gráfi co de absorção da luz em função do tempo: Então, sua frequência cardíaca em batimentos por minuto (bpm) no momento da medida está melhor re- presentada na faixa entre: a) 15 e 50 bpm b) 55 e 65 bpm c) 70 e 85 bpm d) 90 e 100 bpm e) 105 e 155 bpm 23. (Vunesp) Uma corda elástica está inicialmente esticada e em repouso, com uma de suas extremidades fi xa em uma parede e a outra presa a um oscilador capaz de gerar ondas transversais nessa corda. A fi gura representa o perfi l de um trecho da corda em determinado instante posterior ao acionamento do oscilador e um ponto P que descreve um movimento harmônico vertical, indo desde um ponto mais baixo (vale da onda) até um mais alto (crista da onda). Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com ve- locidade constante de 10 m/s e que a frequência do osci- lador também é constante, a velocidade escalar média do ponto P, em m/s, quando ele vai de um vale até uma crista da onda no menor intervalo de tempo possível é igual a: a) 4 b) 8 c) 6 d) 10 e) 12 24. Estamos cercados de incontáveis radiações eletromagné- ticas, da radiofrequência de nossos celulares aos raios X e gama das radiografi as: 1010108 1012 1014 1018 1020 FrequênciaKHz MHz GHz Frequência extremamente baixa Ondas de rádio Micro-ondas Radiação infravermelha Radiação ultravioleta Frequência muito baixa L u z v is ív e l Raios X Raios gama 102100 104 106 1016 1024 10261022 Radiação ionizanteRadiação não ionizante Relativamente às radiações eletromagnéticas dispostas no espectro, podemos afi rmar: a) A radiação infravermelha tem alcance de poucos me- tros e, por isso, os televisores podem usar frequências próximas em seus controles remotos. b) Apenas as frequências maiores que 1018 Hz carac- terizam-se pela enorme capacidade de penetração e ionização. c) O uso dos raios X e raios gama baseia-se no fato de seu poder de penetração impedir sua interação com o fi lme em que a radiografi a se registra. d) O Sol somente emite radiação visível, e a infraverme- lha e a ultravioleta são devidas à interação da radiação solar com a atmosfera terrestre. e) Os fornos de micro-ondas usam radiação térmica con- centrada em seu interior, por isso terem portas de vi- dro não oferece risco aos usuários. R e p ro d u ç ã o / U P E , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U P E , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 41 9/19/18 8:07 AM 42 CAPÍTULO 2 25. (PUC-MG) Considere a figura a seguir, em que são repre- sentadas três ondas distintas. O deslocamento na horizon- tal se dá em 2,0 s, percorrendo 12,0 m. A B C 12,0 m É correto afirmar que: a) a amplitude de A é maior que a de B. b) o período de B é menor que o período de A. c) a frequência de B é menor que a frequência de C. d) a velocidade de C é menor que a velocidade de A. 26. (UFPE) A figura a seguir mostraesquematicamente as ondas na superfície da água de um lago, produzidas por uma fonte de frequência 6,0 Hz, localizada no ponto A. As linhas cheias correspondem às cristas, e as pontilhadas representam os vales em certo instante do tempo. A B 2,0 cm 60 cm Qual o intervalo de tempo, em segundos, para que uma frente de onda percorra a distância da onda até o ponto B, distante 60 cm? 27. (PUCC-SP) O som do rádio chega até nós codificado nas ondas eletromagnéticas emitidas pelas antenas das emissoras. Sabendo que 1 MHz é igual a 106 Hz e considerando a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no ar igual a 3,0 ⋅ 108 m/s, o com- primento de onda e o período das ondas emitidas por uma emissora de rádio que opera com frequência de 100 MHz são, respectivamente: a) 1,0 m e 1,0 ⋅ 10–8 s b) 1,0 m e 3,0 ⋅ 10–8 s c) 3,0 m e 1,0 ⋅ 10–6 s d) 3,0 m e 3,0 ⋅ 10–6 s e) 3,0 m e 1,0 ⋅ 10–8 s 28. (EBMSP-BA) No exame de ultrassom, um breve pulso sonoro é emitido por um transdutor constituído por um cristal piezoelétrico. Nesse cristal, um pulso elétrico provoca uma deformação mecânica na sua estrutura, que passa a vibrar, originando uma onda sonora – de modo análogo a um alto-falante. O pulso de ultrassom enviado através do corpo é parcialmente refletido nas diferentes estrutu- ras do corpo, diferenciando tumores, tecidos anômalos e bolsas contendo fluidos. O pulso é detectado de volta pelo mesmo transdutor, que transforma a onda sonora em um pulso elétrico, visualizado em um monitor de vídeo. PENTEADO, Paulo César Martins, Física: Conceitos e Aplicações; volume 2. São Paulo: Moderna, 1998, p. 434. Sabendo que a velocidade de propagação das ondas de ultrassom nos tecidos humanos é de 1 540 m/s e que pode ser detectada uma estrutura de dimensão igual a 1,5 mm, determine a frequência do pulso elétrico utiliza- do na formação da imagem no monitor de vídeo. 29. (Fuvest-SP) Ondas na superfície de líquidos têm velocidades que dependem da profundidade do líquido e da aceleração da gravidade, desde que se propaguem em águas rasas. O gráfico representa o módulo v da velocidade da onda em função da profundidade h da água. Uma onda no mar, onde a profundidade da água é 4,0 m, tem comprimento de onda igual a 50 m. Na posição em que a profundidade da água é 1,0 m, essa onda tem comprimento de onda, em m, aproximadamente igual a: a) 8 b) 12 c) 25 d) 35 e) 50 30. (Enem) Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami devastador, originado a partir de um terremoto na costa da Indonésia, atingiu diversos países da Ásia, matando quase 300 mil pessoas. O grau de devastação deveu-se, em boa parte, ao fato de as ondas de um tsunami serem extremamente longas, com comprimento de onda de cerca de 200 km. Isto é muito maior que a espessura da lâmina de líquido, d típica do Oceano Índico, que é de cerca de 4 km. Nes- sas condições, com boa aproximação, a sua velocidade de propagação toma-se dependente de d, obedecendo à relação v = g · d . Nessa expressão, g é a aceleração da gravidade, que pode ser tomada como 10 m/s2. SILVEIRA, F. L; VARRIALE, M. C. Propagação das ondas marítimas e dos tsunami. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, n. 2, 2005. (Adaptado.) Sabendo-se que o tsunami consiste em uma série de on- das sucessivas, qual é o valor mais próximo do intervalo de tempo entre duas ondas consecutivas? a) 1 min b) 3,6 min c) 17 min d) 60 min e) 216 min R e p ro d u ç ã o / F u v e s t- S P, 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 42 9/19/18 8:07 AM 43 FÍ S IC A 31. (Unicamp-SP) Considere que, de forma simplifi cada, a resolução máxima de um microscópio óptico é igual ao comprimento de onda da luz incidente no objeto a ser observado. Observando a célula representada na fi gura abaixo, e sabendo que o intervalo de frequências do espectro de luz visível está compreendido entre 4,0 ⋅ 1014 Hz e 7,5 ⋅ 1014 Hz, a menor estrutura celular que se poderia observar nesse microscópio de luz seria: (Se necessário, utilize c = 3 ⋅ 1018 m/s) Fonte: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/celulas-conheca-a-hitoria-de-sua-descoberta-e-entenda-sua-estrutura.htm. Acesso em: 25 out. 2016. (Adaptado.) a) o ribossomo b) o retículo endoplasmático c) a mitocôndria d) o cloroplasto 32. +Enem [H1] O primeiro Prêmio Nobel da história foi concedido em 1901 ao físico alemão Wilhelm C. Rontgen (1845-1923) pela descoberta dos raios X. Atualmente, esse tipo de radiação é amplamente usado na medicina diagnóstica e até mesmo na indústria. Sabe-se que os raios X são constituídos por ondas eletromagnéticas com comprimento de onda na faixa entre 0,01 nm e 10 nm. Sendo c = 3 ⋅ 108 m/s a velocidade da luz no vácuo, pode-se dizer que a ordem de grandeza da faixa de frequência dos raios X está entre: a) 104 Hz e 107 Hz b) 107 Hz e 1010 Hz c) 1010 Hz e 1013 Hz d) 1013 Hz e 1016 Hz e) 1016 Hz e 1019 Hz Vá em frente Leia MONTARARI, V., CUNHA; P. Nas ondas do som. São Paulo: Moderna, 2000. No livro, você conhecerá um pouco mais sobre ondas, com uma leitura agradável e interessante. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u • ‹ o / U n ic a m p -S P Et_EM_2_Cad8_Fis_c02_26a43.indd 43 9/19/18 8:07 AM ► Reconhecer os fenômenos da refl exão e refração de ondas. ► Analisar e avaliar as alterações no comprimento de onda e velocidade das ondas, no fenômeno da refração. ► Compreender e interpretar situações cotidianas que envolvem os fenômenos da refl exão e refração de ondas. ► Compreender e analisar o fenômeno da difração de ondas. ► Analisar e avaliar os efeitos da interferência de ondas. Principais conceitos que você vai aprender: ► Refl exão e refração de ondas ► Polarização de ondas ► Frente de ondas ► Difração ► Interferências construtiva e destrutiva OBJETIVOS DO CAPÍTULO S hutterstock / an yaivan o va 44 3 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS Grandes catástrofes mundiais estão ligadas a eventos naturais. Os terremotos, conhe- cidos como abalos sísmicos, têm como causas erupções vulcânicas, falhas geológicas e, principalmente, a movimentação das placas tectônicas do nosso planeta. Seus efeitos podem ser desde pequenos tremores até uma devastação total da região atingida. Para medir a magnitude desses tremores, utiliza-se a escala Richter ou escala de magnitude M. Tremores com magnitudes inferiores a 3,5 são registrados apenas por sismógrafos, já os superiores a 4,0 são sentidos por pessoas, e os que atingem valores superiores a 7,0 podem provocar uma grande destruição num raio de 100 km ao redor do epicentro. O tremor de maior magnitude já registrado foi de 9,5 e ocorreu no Chile em maio de 1960. N o geral, os tremores resultam em ondas mecânicas que se propagam na superfície e no interior do planeta. É no hipocentro que as ondas geradas iniciam sua propagação. Além desse ponto, considera-se o epicentro o ponto na superfície superior ao hipocentro. Entre aquelas que se propagam no interior do planeta, temos as ondas P (primárias), longitudinais, bastante rápidas (10 km/s) que se propagam nos sólidos e líquidos, mas que praticamente não causam nenhum dano. Já as ondas S (secundárias), transversais, propa- gam-se apenas nos sólidos e são mais lentas, porém, são de grandes intensidades e podem provocar danos signifi cativos. Na superfície, as ondas são mais lentas e percorrem enormes distâncias, sendo res- ponsáveis pela maior parte da destruição provocada por um terremoto. • Quando ondas são geradas sob as águas oceânicas, provocam deslocamento de gran- des volumes de água, gerando ondas gigantescas capazes de devastar regiões cos- teiras, os tsunamis. Um dos mais recentes e devastadores ocorreu em março de 2011 na costa japonesa. Entre as áreas de devastação, a Usina Nuclear de Fukushima foi atingida causando o pior acidente nuclear da história do Japão. Em quais regiões es- ses tsunamissão mais frequentes? As ondas originadas da movimentação das placas tectônicas têm a mesma amplitude das que atingem a região litorânea? v ch a l/ S h u tt e rs to ck S m a llc re a ti v e /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 44 9/19/18 8:07 AM 45 FÍ S IC A El ementos geométricos de uma onda O estudo analítico dos fenômenos ondulatórios requer a defi nição de elementos geo- métricos que defi nem a onda e permitem representá-la adequadamente. Considere um exemplo simples de uma onda gerada pela queda de uma pequena pedra na superfície de um lago. Como já vimos, nesse caso teremos ondas circulares que se propagam na super- fície da água, como mostra a fi gura. Frente de onda Raios de onda Linhas de onda (A) Ondas circulares na superfície da água e (B) sua representação geométrica. As cristas e os vales são representados por linhas denominadas linhas de onda, em que as cristas são representadas por linhas contínuas e os vales por linhas tracejadas ou espaços vazios entre as cristas. Com isso, deve-se notar que a distância entre duas linhas de onda consecutivas corresponde à metade do comprimento de onda 2 λ , visto que é a distância entre uma crista e um vale. Já a primeira linha de onda, que separa a região já perturbada da região ainda não perturbada, é denominada frente de onda. Para representar a propagação da onda, usa-se o raio de onda, que é uma linha orientada no sentido da propaga- ção e é perpendicular às linhas de onda. Refl exão de ondas Da mesma forma como ocorre com a luz, o fenômeno da refl exão também pode ocorrer com o som, com as ondas na água, as ondas em uma corda tensa ou qualquer outro tipo de onda. O eco é um exemplo notório de refl exão do som, que será estudado no próximo capítulo. Para descrever o fenômeno da refl exão ondulatória, vamos, inicialmente, considerar uma onda unidimensional, como uma onda gerada em uma das extremidades de uma corda e que se propaga por ela. Ao atingir a extremidade oposta da corda, a onda sofre re- flexão e retorna, passando a se movimentar no sentido oposto. Nesse caso, podem-se verificar duas situações: Reflexão de onda em extremidade fixa: ocorre inversão de fase. v v Extremidade fixa » quando a extremidade onde ocorre a reflexão é fixa, a onda retorna invertendo a fase, como mostra a figura. Reflexão de onda em extremidade livre: não ocorre inversão de fase. v v Extremidade livre È quando a extremidade onde ocorre a reflexão é livre, a onda retorna sem inverter a fase, como mostra a figura. BA K e a tt ik o rn /S h u tt e rs to c k Defi nição Linha de onda : região geométrica dos pontos que representam as cristas e os vales de uma onda. Frente de onda : linha de onda que separa a região já perturbada pela onda da região não perturbada. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 45 9/19/18 8:07 AM 46 CAPÍTULO 3 Para generalizar a descrição da refl exão para ondas bidimensionais e tridimensionais, considere uma onda plana de frequência f, comprimento de onda λ e que se propaga em um meio com velocidade v. Ao atingir uma superfície plana, ela sofre refl exão, retornando para o meio original, como mostra a fi gura. N RRRI i r Defi ne-se o ângulo de incidência i como o ângulo formado entre o raio de onda inci- dente RI e a reta normal N. Analogamente, o ângulo de refl exão r é defi nido como o ângulo formado entre o raio de onda refl etido RR e a mesma reta normal N. Pela lei da refl exão, a medida do ângulo de incidência é igual à do ângulo de refl exão. i = r Além disso, como a onda retorna para o mesmo meio de origem, não há alteração na velocidade de propagação. Lembrando que a frequência é determinada pela fonte ge- radora, ela também não se altera durante a refl exão. Consequentemente, pela equação fundamental da ondulatória (v = λ ⋅ f), o comprimento de onda também não será alterado. 1 Refra•‹o de ondas Da mesma forma que a luz, também podemos generalizar o fenômeno da refração para todo tipo de onda. Por exemplo, quando estamos mergulhando no fundo de uma piscina, podemos ouvir conversas, músicas ou barulhos que estão sendo produzidos fora da água. Nesse caso, os sons produzidos propagam-se do ar para água, sofrendo refração. Para descrevermos matematicamente a refração, considere uma onda plana de fre- quência f, comprimento de onda λ 1 e que se propaga em um meio 1 com velocidade v 1 . Ao atingir a superfície de separação com outro meio 2, a onda passa a se propagar nesse novo meio com velocidade v 2 e comprimento de onda λ 2 , como mostra a fi gura. No entan- to, a frequência f da onda não se altera, pois ela depende somente da fonte geradora. v 2 f i N RI RR v 1 f 1 λ 2 λ r Da mesma forma que na refl exão, defi ne-se o ângulo de incidência i como o ângulo formado entre o raio de onda incidente RI e a reta normal N. Já o ângulo de refração r é o ângulo entre o raio de onda refratado RR e a reta normal N. Podemos enunciar a lei da refra•‹o da seguinte forma: a razão entre os senos do ângulo de incidência (i) e do ângulo de refl exão (r) é igual à razão entre as velocidades da onda nos meios onde ocorre a inci- dência e onde ocorre a refração. 1 i r sen sen = v v 1 2 = 1 2 λ λ Atenção 1 Durante a refl exão de uma onda, a velocidade v de propagação, a frequência f da onda e o comprimento de onda λ não se alteram. Observação 1 Durante a refração de uma onda, a frequência da onda não se altera. Já a velocidade de propagação e o comprimento de onda se alteram de maneira proporcional. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 46 9/19/18 8:07 AM 47 FÍ S IC A Princípio de Huygens e difração de ondas Um dos pioneiros no estudo dos fenômenos ondulatórios foi o cientista holandês Christian Huygens (1629-1695). Uma de suas contribuições, conhecida hoje como prin- cípio de Huygens, permite determinar a forma e a posição de uma linha de onda num instante t . 0 qualquer, sabendo-se sua forma e posição no instante t 0 = 0. Segundo Huygens, cada ponto P de uma linha de onda, em dado instante t 1 , funciona como uma fonte pontual para gerar a onda subsequente no instante t 2 . t 1 . Com base no princípio de Huygens, podemos descrever um dos fenômenos mais inte- ressantes da ondulatória, a difração de ondas, ou a capacidade das ondas de contornar ou transpor obstáculos. Para se ter uma ideia da importância desse fenômeno, o físico inglês Thomas Young (1773-1829) comprovou que a luz tem caráter ondulatório, mostrando que um feixe luminoso pode sofrer difração e interferência. Na realidade, nos deparamos com esse fenômeno diariamente. Quando estamos dentro de casa e ouvimos uma pessoa que está do lado de fora nos chamar, somente conseguimos ouvir sua voz porque o som é uma onda e, portanto, sofre difração. Nesse caso, a onda sonora consegue penetrar pelas frestas das portas ou pelas jane- las e chegar até nossas orelhas. Da mesma forma, conseguimos captar um sinal de celular ou de rádio mesmo não estando próximo à antena transmissora, pois as ondas eletromagnéticas também sofrem difração, contornando prédios e casas até atingir nosso aparelho. Para ilustrar a difração de uma onda, considere um tanque contendo água, di- vidido em duas regiões e que se comunicam por uma fenda. Se batermos com uma régua na água em uma das regiões, geraremos ondas retas se propagam e atingem a fenda, passando a se propagar na outra região. No entanto, nota-se que as ondas contornam os cantos da fenda e se espalham, como se tivessem sido geradas por uma fonte puntiforme. Ondas planas Fenda Difração de ondas: ondas planas se espalham em ondas circulares ao atravessar a fenda. Mesmo sendo difícil de observar, a difração pode ocorrer até mesmo com a luz. O pro- blema é que o fenômeno da difração é mais evidente quando o comprimento de onda é da ordem das dimensões do obstáculo (ou da fenda).O som audível tem comprimento de onda entre 1,7 cm e 17 m e, portanto, pode contornar facilmente obstáculos como pessoas, muros, prédios ou frestas de portas. A luz, por sua vez, apresenta comprimento de onda da ordem de 10–7 m. Portanto, as ondas luminosas praticamente não sofrem difração em obstáculos com dimensões da ordem de centímetros ou metros. É por isso que na óptica geométrica a propagação da luz é considerada retilínea. Para fendas ou obstáculo de pequenas dimensões, no entanto, o fenômeno da difração da luz também é facilmente observado. 1 A N D R E W L A M B E R T P H O T O G R A P H Y /S c ie n c e P h o to L ib ra ry /L a ti n s to ck Cada ponto P de uma linha de onda, em dado instante t 1 , funciona como uma fonte pontual para gerar a onda subsequente no instante t 2 . t 1 . Fonte de ondas P t 2 t 1 Curiosidade 1 Podemos observar a difração da luz na superfície de um CD-ROM. Embora invisível aos nossos olhos, a superfície do CD (em que os dados são gravados) apresenta muitas ranhuras, as quais formam uma rede de refração (essas ranhuras podem ser observadas microscopicamente). A luz branca, ao atingir essa superfície, se dispersa e permite- -nos observar as cores visíveis do espectro. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 47 9/19/18 8:07 AM 48 CAPÍTULO 3 Polarização de ondas Quando uma onda transversal se propaga em uma corda esticada, os pontos da corda vibram numa direção perpendicular à de propagação da onda. No entanto, existem mui- tos planos diferentes nos quais os pontos podem oscilar perpendicularmente à direção de propagação da onda. Quando os pontos vibram num único plano, dizemos que a onda é polarizada. Quando a vibração ocorre em vários planos diferentes, a onda é não polari- zada, veja as fi guras. z y x z y x A B Exemplos de onda transversal polarizada (A) e não polarizada (B). Nas ondas polarizadas, os pontos do meio oscilam em um único plano e nas não polarizadas, os pontos oscilam em vários planos diferentes. Vamos considerar uma corda esticada e mantida na horizontal. Em certo instante, um pulso transversal plano é produzido na corda. Pulso antes de passar pela fenda vertical. Pulso depois de passar pela fenda vertical. Pulso antes de passar pela fenda horizontal. Depois de passar pela fenda horizontal, o pulso deixa de existir. A fenda passa a funcionar como uma espécie de filtro, não permitindo nenhuma oscilação que não esteja na direção da própria fenda. Se esse pulso for interceptado por uma fenda vertical, continuará se propagando normalmente, conforme mostra a sequência de figuras. Em uma próxima etapa, vamos considerar uma onda tridimensional passando por um polarizador. A onda tridimensional, depois de passar pelo polarizador, torna-se bidimensional, ou seja, sua vibração acontece em um plano. Colocando-se mais um polarizador, perpendicu- lar àquele já existente, a onda, que era inicialmente tridimen- sional, vai desaparecer por completo. Agora, para a mesma onda, vamos inclinar a fenda (a fenda na horizontal e o pulso vibrando na vertical). O pulso, após passar pela fenda, desaparece, conforme mostra a sequência de figuras. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 48 9/19/18 8:07 AM 49 FÍ S IC A Na prática, os polarizadores são muito usa- dos para a luz, visto que esta é uma onda transversal cujos campos, elétrico e magnético, podem vibrar em vá- rios planos diferentes. A polari- zação faz com que os campos vibrem apenas em determina- dos planos. Grande parte da luz refl etida por vidraças e poças de água é polarizada. Nesse caso, o uso de lentes polarizadoras podem elimi- nar refl exos indesejados, permitindo uma melhor visuali- zação dos objetos. 1 Por exemplo, muitos óculos escuros têm lentes polarizadoras que bloqueiam parte da luz incidente, permitindo ao usuário uma visualização mais confortável. N o rG a l/ S h u tt e rs to c k Lentes polarizadoras são comumente usadas por fotógrafos para “limpar” a imagem de refl exos indesejados. Atenção 1 Somente as ondas transversais podem ser polarizadas. Ondas longitudinais não sofrem polarização. Luz s Onda transversal s Pode ser polarizada Som s Onda longitudinal s Não pode ser polarizada Atividades 1. (UFF-RJ) A fi gura representa a propagação de dois pulsos em cordas idênticas e homogêneas. A extremidade es- querda da corda, na situação I, está fi xa na parede e, na situação II, está livre para deslizar, com atrito desprezível, ao longo de uma haste. Situação I Situação II Identifi que a opção em que estão mais bem representa- dos os pulsos refl etidos nas situações I e II: a) I II b) I II c) I II d) I II e) I II 2. A fi gura representa dois instantes de uma corda pela qual se propaga um pulso transversal com velocidade de 10 m/s. 3,0 m Instante 1 Instante 2 4,0 m a) A extremidade da corda no suporte é fi xa ou móvel? b) Qual é o intervalo de tempo decorrido entre os dois instantes mostrados na fi gura? 3. (EEAR-SP) No estudo de ondulatória, um dos fenômenos mais abordados é a refl exão de um pulso numa corda. Quando um pulso transversal propagando-se em uma corda devidamente tensionada encontra uma extremidade fi xa, o pulso retorna à mesma corda, em sentido contrário e com: a) inversão de fase. b) alteração no valor da frequência. c) alteração no valor do comprimento de onda. d) alteração no valor da velocidade de propagação. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 49 9/19/18 8:07 AM 50 CAPÍTULO 3 4. (Escola Naval-RJ) Analise a figura abaixo. A figura acima representa um pulso P que se propaga em uma corda I, de densidade linear µ I , em direção a uma corda II, de densidade linear µ II . O ponto Q é o ponto de junção das duas cordas. Sabendo que µ I > µ II , o perfil da corda logo após a passagem do pulso P pela junção Q é mais bem representado por: a) b) c) d) e) 5. +Enem [H1] Em relação às ondas mecânicas, é correto afirmar: a) no ar, todas as ondas mecânicas têm igual compri- mento de onda. b) a velocidade de uma onda mecânica no ar é próxima à velocidade da luz nesse meio. c) por resultarem de vibrações do meio na direção de sua propagação, as ondas mecânicas são ondas transversais. d) assim como as ondas eletromagnéticas, as ondas me- cânicas propagam-se no vácuo. e) assim como as ondas eletromagnéticas, as ondas me- cânicas também sofrem difração. 6. (UFPR) Quando aplicada na medicina, a ultrassonografia permite a obtenção de imagens de estruturas internas do corpo humano. Ondas de ultrassom são transmitidas ao interior do corpo. As ondas que retornam ao aparelho são transformadas em sinais elétricos, amplificadas, processa- das por computadores e visualizadas no monitor de vídeo. Essa modalidade de diagnóstico por imagem baseia-se no fenômeno físico denominado: a) ressonância b) reverberação c) reflexão d) polarização e) dispersão 7. (Vunesp) Considere um lago onde a velocidade de propa- gação das ondas na superfície não dependa do compri- mento de onda, mas apenas da profundidade. Essa relação pode ser dada por v = g d⋅ , em que g é a aceleração da gravidade e d é a profundidade. Duas regiões desse lago têm diferentes profundidades, como ilustrado na figura. 2,5 m 10 m Plataforma Plataforma Superf’cie do lago O fundo do lago é formado por extensas plataformas planas em dois níveis; um degrau separa uma região com 2,5 m de profundidade de outra com 10 m de profundidade. Uma onda plana, com comprimento de onda λ, forma-se na superfície da região rasa do lago e propaga-se para a direita, passando pelo desnível. Considerando que a onda em ambas as regiões possui mesma frequência, pode-se dizer que o comprimento de onda na região mais pro- funda é: a) 2 λ b) 2λ c) λ d) 3 2 λ e) 2 3 λ R e p ro d u ç ã o / E E A R -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd50 9/19/18 8:07 AM 51 FÍ SI CA 8. Uma onda mecânica de frequência 200 Hz e comprimento de onda 40 cm propaga-se em um meio (1) e passa para outro meio (2) diferente do primeiro. Os ângulos de inci- dência e refração são, respectivamente, 30° e 60°. Calcule: a) a velocidade da onda no meio 1; b) a velocidade da onda no meio 2; c) o comprimento de onda do meio 2. Complementares Tarefa proposta 1 a 14 9. (Vunesp) Com a atual crise no fornecimento de energia elétrica, uma boa maneira de economizar energia é substi- tuir as lâmpadas incandescentes, que têm um rendimento muito baixo, por lâmpadas fl uorescentes. Essas lâmpadas contêm gás neon puro ou misturado com argônio a baixa pressão e uma pequena quantidade de mercúrio líquido. Quando submetido a uma tensão elétrica, o gás ioniza- -se, baixando sua resistência elétrica e estabelecendo uma corrente elétrica no seu interior. O mercúrio, então, vapo- riza-se e as sucessivas colisões entre seus átomos e o neon fazem com que eles emitam radiação visível e ultravioleta. Essa última é absorvida pelo pó fl uorescente da camada interior do tubo, que o reemite na faixa da radiação visível. Esse é o motivo do alto rendimento e baixo consumo de energia dessas lâmpadas. a) Considere um feixe de radiação ultravioleta propagan- do-se no ar com uma velocidade de 3,0 ⋅ 108 m/s e frequência de 1,0 ⋅ 1015 Hz. Qual o comprimento de onda, no ar, dessa radiação? b) Ao atravessar, do vidro da lâmpada para o ar, o que ocorrerá (aumentará, diminuirá ou permanecerá inal- terada) com a velocidade de propagação, com a fre- quência e com o comprimento de onda do feixe de luz emergente em relação ao feixe que se propagava no interior do vidro? 10. Dois vizinhos conseguem conversar, mesmo separados por um muro de 3 metros de altura. Isso acontece porque a onda sonora, ao atingir o muro, sofre o fenômeno de: a) polarização b) interferência c) difração d) refl exão e) refração 11. A difração é um fenômeno que pode ser observado quando: a) o comprimento de onda é maior ou igual ao tamanho do obstáculo que irá contorná-lo. b) o comprimento de onda é muito menor que o tama- nho do obstáculo que irá contorná-lo. c) o comprimento de onda é muito maior que o tamanho da fenda que irá contorná-la. d) o comprimento de onda é muito menor que o tama- nho da fenda que irá contorná-la. e) o comprimento de onda tem exatamente a mesma medida do tamanho da fenda ou do obstáculo que irá contorná-lo. 12. (UFF-RJ) A velocidade de propagação de um tsunami em alto-mar pode ser calculada com a expressão v = g h⋅ , em que g é a aceleração da gravidade e h a profundidade local. A mesma expressão também se aplica à propagação de ondas num tanque de pequeno tamanho. Considere a situação mostrada no esquema, em que uma torneira goteja, a intervalos regulares, sobre o centro de um tanque que tem duas profundidades diferentes. Identifi que o es- quema que melhor representa as frentes de onda geradas pelo gotejamento. a) b) c) d) e) Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 51 9/19/18 8:07 AM 52 CAPÍTULO 3 Interferência de ondas A experiência de Thomas Young mostrou, em 1803, que a luz pode sofrer difração e inter- ferência, comprovando seu caráter ondulatório. Basicamente, a interferência de ondas ocorre quando duas ou mais ondas se propagando em um mesmo meio se encontram e se superpõem. Interferência de ondas unidimensionais Vamos, inicialmente, descrever a interferência, começando com um caso simples. Considere uma corda tensa na qual se propagam duas cristas de onda de amplitudes A 1 e A 2 em sentidos opostos, indo uma ao encontro da outra, como mostra a figura. vv A 1 A 2 Ao se sobreporem, ocorrerá uma interferência construtiva de forma que surgirá uma onda resultante de amplitude A = A 1 + A 2 , como mostra a fi gura a seguir. A Por sua vez, se tivéssemos uma crista e um vale (fases opostas), a sobreposição geraria uma interferência destrutiva e a onda resultante teria amplitude A = |A 1 – A 2 |, como mos- tra a fi gura a seguir. v A 2 A 1 v A Deve-se notar que, independentemente se ocorrer interferência construtiva ou des- trutiva, após a superposição, as ondas (cristas e/ou vales) continuarão se propagando nor- malmente com as mesma direções e amplitudes que tinham antes da superposição. Esse fato é chamado de princ’pio da independência das ondas. Interferência de ondas bi e tridimensionais Considere agora duas fontes de ondas F 1 e F 2 em pontos diferentes do espaço, emi- tindo ondas senoidais de mesma frequência f e comprimento de onda λ. Podem ser, por exemplo, duas pessoas batendo com o dedo no mesmo ritmo na superfície da água de uma piscina (meio bidimensional) ou dois alto-falantes emitindo notas musicais iguais no espaço (meio tridimensional). F o u a d A . S a a d /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 52 9/19/18 8:07 AM 53 FÍ S IC A Considere um ponto P desse meio que está a uma distância x 1 da fonte F 1 e a uma dis- tância x 2 da fonte F 2 , como mostra a fi gura. x 1 x 2 P F 1 F 2 Para determinar se nesse ponto P ocorrerá interferência construtiva ou destrutiva, de- ve-se comparar a diferença de percurso ∆x = |x 1 – x 2 | com o comprimento de onda λ. Para isso, defi ne-se um número n dado pela razão: n = x 2 λ ∆ A partir do valor de n, temos duas situações a serem analisadas: • fontes F 1 e F 2 emitindo ondas em concordância de fase: se n for igual a um número par w in- terferência construtiva, se n for igual a um número ímpar w interferência destrutiva • fontes F 1 e F 2 emitindo ondas em oposição de fase: se n for igual a um número par w inter- ferência destrutiva, se n for igual a um número ímpar w interferência construtiva Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que as posições das duas fontes e do primeiro mínimo, interligadas, formam um triângulo retângulo. Identifi que a distância da fonte F 2 em relação ao primeiro mínimo, recordando o teorema de Pitágoras. Lembre-se que para uma amplitude mínima corresponde uma interferência destrutiva. (UFPE) Duas fontes sonoras pontuais, F 1 e F 2 , separadas entre si de 4,0 m, emitem ondas em fase e na mesma frequência. x F 2 F 1 y 4,0 m Primeiro mínimo 3,0 m Um observador, se afastando lentamente da fonte F 1 , ao longo do eixo x, detecta o primei- ro mínimo de intensidade sonora, em razão da interferência das ondas geradas por F 1 e F 2 , na posição x = 3,0 m. Sabendo-se que a velocidade do som é 340 m/s, qual a frequência das ondas sonoras emitidas, em Hz? Resolução As distâncias entre as fontes e o ponto em que ocorre o primeiro mínimo são x 1 = 3 m e x 2 = 5 (teorema de Pitágoras). Portanto, a diferença de marcha é ∆x = 5 – 3 = 2 m. Para o primeiro mínimo (primeira interferência destrutiva), temos: λ ∆x 2 = n s 1 = 2 2 λ = 1 s 4 λ = 4 m Aplicando a equação fundamental da ondulatória, temos: v = λ ⋅ f s f = v λ s f = 340 4 s s f = 85 Hz Representação geométrica da superposição de ondas geradas por duas fontes F 1 e F 2 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 53 9/19/18 8:07 AM 54 CAPÍTULO 3 Contextualize Mesmo após a chegada dos fi lmes comerciais em ví- deo cassete, DVD e blu-ray, que podem ser assistidos em casas, ir ao cinema e encarar aquela telona ainda atrai muitos afi cionados por fi lmes. Mas continuar atraindo verdadeiras multidões para as salas de cinema requer levar para dentro delas a inovação. Com as produções em formato 3-D em alta e experiências sonoras cada vez mais reais, as salas proporcionam expe- riências incríveis. Para assistir a esses fi lmes em 3-D, existe a necessida- de do uso dos óculos 3-D que são fornecidos na entrada das salas. Eles são capazes de criar uma experiência de profundidade, que nos dá a impressão de fazermos parte das cenas. Embora os efeitosem três dimensões não sejam novi- dade, já que essa tecnologia uma vez havia sido utilizada nos cinemas na década de 1950, eles evoluíram signifi ca- tivamente. Na elaboração dos fi lmes atuais, cada imagem é projetada com uma polaridade diferente (às vezes com dois projeto- res simultâneos). Com o uso de óculos 3-D, altera-se o ângulo de cada uma das dimensões observadas. Esse efeito induz o cérebro a criar uma ilusão de profundidade, que potencializa a distância entre ambos, criando esse efeito conhecido como estereoscópica. Basicamente, os óculos 3-D são polarizados de duas formas: circular e linear. Na polarização circular, enquanto um olho recebe a imagem e a interpreta no sentido horário, o outro faz o mesmo processo no sentido anti-horário. Esse é o modelo mais utilizado no Brasil. Porém, esse tipo de polarização difi culta a visualização na maioria das TV LCD, pois como utilizam uma varredura progressiva no sentido vertical, requerem óculos com polarização linear. Óculos polarizados não são exclusivos para assistir aos fi lmes em 3-D. A polarização de lentes também é bastante usada em óculos de sol. Faça uma pesquisa rápida e responda: Por que a polarização é importante nos óculos de sol? Atividades 13. (Ufscar-SP) A fi gura mostra dois pulsos em uma corda ten- sionada no instante t = 0 s, propagando-se com velocidade de 2,0 m/s em sentidos opostos. 1 cm 2 cm 7 cm 2 cm 1 cm v A confi guração da corda no instante t = 20 ms é: a) b) c) d) e) M o n k e y B u s in e s s I m a g e s /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 54 9/19/18 8:07 AM 55 FÍ S IC A 14. (Enem) Em viagens de avião, é solicitado aos passageiros o desligamento de todos os aparelhos cujo funcionamento envolva a emissão ou a recepção de ondas eletromagnéti- cas. O procedimento é usado para eliminar fontes de radia- ção que possam interferir nas comunicações via rádio dos pilotos com a torre de controle. A propriedade das ondas emitidas que justifi ca o procedimento adotado é o fato de: a) terem fases opostas. b) serem ambas audíveis. c) terem intensidades inversas. d) serem de mesma amplitude. e) terem frequências próximas. 15. (Escola Naval-RJ) Analise a fi gura abaixo. A fi gura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais (F 1 , F 2 , F 3 e F 4 , isotrópicas, uniformemente espaçadas de d = 0,2 m ao longo do eixo x. Um ponto P também é mostrado sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emi- tem ondas sonoras na frequência de 825 Hz com mesma amplitude A e mesma velocidade de propagação, 330 m/s. Suponha que, quando as ondas se propagam até P, suas amplitudes se mantêm praticamente constantes. Sendo assim a amplitude da onda resultante no ponto P é: a) zero b) A 4 c) A 2 d) A e) 2A 16. (Ifsul-RS) Para que haja interferência destrutiva total entre duas ondas de mesma frequência é necessário que elas possuam: a) mesma amplitude e estejam em oposição de fase. b) amplitudes diferentes e estejam em oposição de fase. c) mesma amplitude e estejam em concordância de fase. d) amplitudes diferentes e estejam em concordância de fase. 17. (UFU-MG) Um observador situado no ponto O da fi gura recebe ondas sonoras provenientes de duas fontes idên- ticas, F 1 e F 2 , que emitem, em oposição de fase, ondas de 2 metros de comprimento. Qual deve ser a distância mínima percorrida por F 1 na direção do observador para que este ouça a máxima intensidade? 30 m 30° F 1 F 2 O 34 m a) 1 m b) 2 m c) 3 m d) 4 m e) zero 18. (Uece) Uma onda sonora de 170 Hz se propaga no sentido norte-sul, com uma velocidade de 340 m/s. Nessa mesma região de propagação, há uma onda eletromagnética com comprimento de onda 2 ⋅ 106 µm viajando em sentido con- trário. Assim, é correto afi rmar-se que as duas ondas têm: a) mesmo comprimento de onda, e pode haver interfe- rência construtiva. b) mesmo comprimento de onda, e pode haver interfe- rência destrutiva. c) mesmo comprimento de onda, e não pode haver in- terferência. d) diferentes comprimentos de onda, e não pode haver interferência. R e p ro d u ç ã o / E s c o la . N a v a l- R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 55 9/19/18 8:07 AM 56 CAPÍTULO 3 Extremo fixo Extremo fixo A forma resultante da completa superposição desses pul- sos, após a primeira refl exão, é: a) b) c) d) e) 19. (UFRGS-RS) A fi gura a seguir representa dois pulsos pro- duzidos nas extremidades opostas de uma corda. Assinale a alternativa que melhor representa a situação da corda após o encontro dos dois pulsos. a) b) c) d) e) 20. +Enem [H1] Durante o trajeto até a escola, Anderson ouve o noticiário na frequência de rádio 96,8 MHz. Nos últimos dias, uma rádio pirata está transmitindo, na mesma frequência. Em alguns momentos, ambas as estações param de transmitir. Considerando a situação apresentada, o fenômeno que ocorre quando ambas as estações param de ser detectadas é: a) refl exão b) refração c) difração d) interferência construtiva e) interferência destrutiva Complementares Tarefa proposta 15 a 32 21. (Uece) Na fi gura a seguir, C é um anteparo e S 0 , S 1 e S 2 são fendas nos obstáculos A e B. Assinale a alternativa que contém os fenômenos ópticos esquematizados na fi gura. a) Refl exão e difração b) Difração e interferência c) Polarização e interferência d) Refl exão e interferência 22. (Uerj) Em uma corda de massa desprezível, esticada e fi xa nas duas extremidades, são produzidos, a partir do ponto médio, dois pulsos que se propagam, mantendo a forma e a velocidade constante, como mostra a fi gura a seguir: R e p ro d u ç ã o / U F R G S , 2 0 1 0 . R e p ro d u ç ã o / U e c e , 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 56 9/19/18 8:07 AM 57 FÍ SI CA 23. (FGV-SP) As fi guras a seguir representam uma foto e um esquema em que F 1 e F 2 são fontes de frentes de ondas mecânicas planas, coerentes e em fase, oscilando com a frequência de 4,0 Hz. As ondas produzidas propagam-se a uma velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D > 2,8 m e que P é um ponto vibrante de máxima amplitude. Nessas condições, o menor valor de D deve ser: a) 2,9 m b) 3,0 m c) 3,1 m d) 3,2 m e) 3,3 m 24. (Uece) A fi gura mostra dois alto-falantes, A e B, separados por uma distância de 2,0 m. Os alto-falantes estão emi- tindo ondas sonoras em fase e de frequência 0,68 kHz. O ponto P mostrado na fi gura está a uma distância de 1,5 m do alto-falante A e a uma distância x de, pelo me- nos, 1,5 m do alto-falante B. Supondo que a velocidade de propagação do som no ar é 340 m/s, a distância x mínima do alto-falante B ao ponto P para que esse ponto seja um ponto nodal (interferência destrutiva) é: P x 1,5 m A B a) 1,50 m b) 1,75 m c) 2,00 m d) 2,50 m Tarefa proposta 1. (Furg-RS) Quanto à refração e refl exão de ondas, pode-se afi rmar que uma propriedade comum a ambas as situações é que: a) a fase não pode variar porque a velocidade não varia. b) o comprimento de onda sempre diminui. c) a fase pode variar em razão da variação da frequência. d) o comprimento de onda se mantém constante. e) a frequência da onda se mantém constante. 2. (UFSJ-MG) Um gerador de ondas eletromagnéticas emite de um helicóptero ondas com uma frequência defi nida f. Considerando que o helicóptero está a uma altura tal que não provoca alterações na água contida em uma piscina e que no ar essas ondas de comprimento de onda λ viajam com a velocidade da luz no vácuo, é correto afi rmar que as ondas que penetrarem na água contida na piscina sofrerão alterações em: a) sua velocidade v e em sua frequência f. b) seu comprimento de onda λ e em sua frequência f. c) sua velocidade v e em seu comprimento de onda λ. d) sua velocidade v, em sua frequência f e em seu com- primento de onda λ. 3. +Enem [H1] O eco é o fenômeno queocorre quando um som emitido e seu refl exo em um anteparo são percebidos por uma pessoa com um intervalo de tempo que permite ao cérebro distingui-los como sons diferentes. Uma pessoa emite uma onda sonora em determinado meio e, após um intervalo de tempo escuta, também, o eco dessa onda emitida. Seja essa onda emitida com os seguintes parâmetros: comprimento de onda λ, frequência f e velocidade v e a onda refl etida que causa o eco terá: a) maior comprimento de onda e menor frequência que a onda emitida. b) menor comprimento de onda e menor frequência que a onda emitida. c) menor comprimento de onda e maior frequência que a onda emitida. d) maior comprimento de onda e maior frequência que a onda emitida. e) os mesmos valores para os parâmetros mencionados da onda emitida. 4. (Enem) Ao contrário dos rádios comuns (AM ou FM), em que uma única antena transmissora é capaz de alcançar toda a cidade, os celulares necessitam de várias antenas para cobrir um vasto território. No caso dos rádios FM, a frequência de transmissão está na faixa dos MHz (ondas de rádio), enquanto, para os celulares, a frequência está na casa dos GHz (micro-ondas). Quando comparado aos rádios comuns, o alcance de um celular é muito menor. Considerando-se as informações do texto, o fator que possibilita essa diferença entre propagação das ondas de rádio e as de micro-ondas é que as ondas de rádio são: a) facilmente absorvidas na camada da atmosfera supe- rior conhecida como ionosfera. b) capazes de contornar uma diversidade de obstáculos como árvores, edifícios e pequenas elevações. c) mais refratadas pela atmosfera terrestre, que apresen- ta maior índice de refração para as ondas de rádio. d) menos atenuadas por interferência, pois o número de aparelhos que usam ondas de rádio é menor. e) constituídas por pequenos comprimentos de onda que lhes conferem um alto poder de penetração em mate- riais de baixa densidade. R e p ro d u ç ã o / F G V -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 57 9/19/18 8:07 AM 58 CAPÍTULO 3 5. (EEAR-SP) Uma onda propagando-se em um meio material passa a propagar-se em outro meio cuja velocidade de propagação é maior do que a do meio anterior. Nesse caso, a onda, no novo meio tem: a) sua fase invertida. b) sua frequência aumentada. c) comprimento de onda maior. d) comprimento de onda menor. 6. (IFSC) Sabe-se que as ondas eletromagnéticas podem se propagar no vácuo enquanto que as ondas mecânicas necessitam de um meio material para se propagarem. O som, por exemplo, é uma onda mecânica longitudinal; já a luz é uma onda eletromagnética transversal. Com base em seus conhecimentos e nas informações apresentadas no texto acima, analise as afirmativas abai- xo e assinale a soma da(s) proposição(ões) correta(s). (01) O som se propaga mais rapidamente na madeira do que no ar. (02) O ultrassom é uma onda eletromagnética. (04) A velocidade do som é 3 ⋅ 108 m/s ou seja, 300 mil quilômetros por segundo. (08) O fenômeno do eco só ocorre com ondas transversais. (16) As cores que vemos são ondas eletromagnéticas visíveis. (32) A luz se propaga mais rapidamente na água do que no vácuo. Dê a soma dos números dos itens corretos. 7. (Famerp-SP) Dois pulsos transversais, 1 e 2, propagam-se por uma mesma corda elástica, em sentidos opostos, com velocidades escalares constantes e iguais, de módulos 60 cm/s. No instante t = 0 a corda apresenta-se com a configuração representada na figura 1. Após a superposição desses dois pulsos, a corda se apre- sentará com a configuração representada na figura 2. Considerando a superposição apenas desses dois pulsos, a configuração da corda será a representada na figura 2, pela primeira vez, no instante: a) 1,0 s b) 1,5 s c) 2,0 s d) 2,5 s e) 3,0 s 8. (Colégio Naval-RJ) Um certo submarino, através do seu sonar, emite ondas ultrassônicas de frequência 28 kHz, cuja configuração é apresentada na figura abaixo: Em uma missão, estando em repouso, esse submarino detectou um obstáculo à sua frente, medido pelo retorno do sinal do sonar 1,2 segundos após ter sido emitido. Para essa situação, pode-se afirmar que a velocidade da onda sonora nessa água e a distância em que se encontra o obstáculo valem, respectivamente: a) 340 m/s e 460 m b) 340 m/s e 680 m c) 340 m/s e 840 m d) 1 400 m/s e 680 m e) 1 400 m/s e 840 m 9. (Ufal) Alex encontra-se dentro de uma sala cujas paredes laterais e superior possuem isolamento acústico. A porta da sala para o exterior está aberta. Alex chama Bruno, que está fora da sala (veja figura). Pode-se afirmar que Bruno escuta Alex porque, ao passar pela porta, a onda sonora emitida por este sofre: Paredes com isolamento acústico Bruno Alex Porta Sala (vista de cima) a) polarização b) regularização c) fissão d) refração e) difração 10. (UEPG-PR) Quando uma pedra é jogada na água, é possí- vel observar que a perturbação que ela produz se propa- ga em toda a superfície livre da água por meio de ondas. O movimento ondulatório apresenta fenômenos tais como reflexão, refração, difração, polarização, entre outros. Sobre esses fenômenos ondulatórios, assinale o que for correto. (01) Uma onda, quando muda de velocidade ao passar de um meio para outro meio, pode sofrer reflexão e refração. (02) Ondas sonoras não sofrem o fenômeno de polarização. (04) A difração, através de uma fenda, somente é obser- vada quando a fenda é menor ou da mesma ordem de grandeza do comprimento de onda. (08) Em uma onda polarizada, todas as partículas do meio vibram em uma única direção perpendicular à direção de propagação da onda. (16) O fenômeno de difração ocorre quando uma onda con- torna um obstáculo que, parcialmente, a interrompe. Dê a soma dos números dos itens corretos. R e p ro d u ç ã o / F A M E R P -S P, 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / F A M E R P -S P, 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / C o lé g io N a v a l- R J , 2 0 1 6 .. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 58 9/19/18 8:07 AM 59 FÍ S IC A 11. (Vunesp) Uma onda plana de frequência f = 20 Hz, propa- gando-se com velocidade v 1 = 340 m/s no meio 1, refra- ta-se ao incidir na superfície de separação entre o meio 1 e o meio 2, como indicado na fi gura. Meio 1 Meio 245° 30° Sabendo-se que as frentes de onda plana incidente e refrata- da formam, com a superfície de separação, ângulos de 30° e 45° respectivamente, determine, usando a tabela seguinte: θ sen θ cos θ 30° 1 2 3 2 45° 2 2 2 2 60° 3 2 1 2 a) a velocidade v 2 da onda refratada no meio 2; b) o comprimento de onda λ 2 da onda refratada no meio 2. 12. (UFF-RJ) As fi guras a seguir mostram duas ondas eletro- magnéticas que se propagam do ar para dois materiais transparentes distintos, da mesma espessura d, e conti- nuam a se propagar no ar depois de atravessar esses dois materiais. As fi guras representam as distribuições espaciais dos campos elétricos em certo instante de tempo. A velo- cidade das duas ondas no ar é c = 3 ⋅ 108 m/s. Material 1 Material 2 A m p lit u d e A m p lit u d e 1 −1 0 1 −1 0 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 x (10−7 m) a) Determine o comprimento de onda e a frequência das ondas no ar. b) Determine os comprimentos de onda, as frequências e as velocidades das ondas nos dois meios transparentes e os respectivos índices de refração dos dois materiais. 13. (Udesc) Uma onda de rádio que se propaga no vácuo pos- sui uma frequência f e um comprimento de onda igual a 5,0 m. Quando ela penetra na água, a velocidade desta onda vale 2,1 ⋅ 108 m/s. Na água, a frequência e o com- primento de onda valem, respectivamente: a) 4,2 ⋅ 107 Hz, 1,5 m b) 6,0 ⋅ 107 Hz, 5,0 m c) 6,0 ⋅ 107 Hz, 3,5 m d) 4,2 ⋅ 107 Hz, 5,0 m e) 4,2 ⋅ 107 Hz, 3,5 m 14. (Uece) Um apontador laser, também conhecido como “laser pointer”, é direcionadonão perpendicularmente para a superfície da água de um tanque, com o líquido em repouso. O raio de luz monocromático incide sobre a superfície, sendo parcialmente refl etido e parcialmente refratado. Em relação ao raio incidente, o refratado muda: a) a frequência. b) o índice de refração. c) a velocidade de propagação. d) a densidade. 15. (Enem) Ao diminuir o tamanho de um orifício atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por intervalo de tempo, e próximo da situação de completo fechamento do orifício, verifi ca-se que a luz apresenta um comportamento como o ilustrado nas fi guras. Sabe-se que o som, dentro de suas particularidades, também pode se comportar dessa forma. Em qual das situações a seguir está representado o fenô- meno descrito no texto? a) Ao se esconder atrás de um muro, um menino ouve a conversa de seus colegas. b) Ao gritar diante de um desfi ladeiro, uma pessoa ouve a repetição do seu próprio grito. c) Ao encostar o ouvido no chão, um homem percebe o som de uma locomotiva antes de ouvi-lo pelo ar. d) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma pes- soa percebe o som mais agudo do que quando aquela se afasta. e) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora de ópera faz com que uma taça de cristal se despedace. R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 11 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 59 9/19/18 8:07 AM 60 CAPÍTULO 3 16. (UEM-PR) Um fio longo é constituído de duas partes dis- tintas, conforme mostra a figura. Uma delas tem densidade linear de 1 g/cm e o restante do fio tem densidade linear de 2 g/cm. Assinale o que for correto. (01) Quando um pulso transversal é gerado na parte menos densa, ele se propaga e, na junção, é to- talmente refletido sem ocorrer transmissão. (02) Se o pulso transversal é gerado na parte mais densa, ele se propaga e, na junção, é totalmente refletido sem haver transmissão. (04) Um pulso transversal viajando no meio menos den- so é refletido na junção com sua fase alterada. (08) Se um pulso transversal é gerado na parte mais densa, ele é refletido na junção sem ocorrer inversão de fase. (16) Independentemente do local (no fio) onde o pulso transversal é gerado, o pulso refratado não sofre in- versão de fase. Dê a soma dos números dos itens corretos. 17. (UPE) Próxima à superfície de um lago, uma fonte emite onda sonora de frequência 500 Hz e sofre refração na água. Admita que a velocidade de propagação da onda no ar seja igual a 300 m/s e, ao se propagar na água, sua velocidade é igual a 1 500 m/s. A razão entre os compri- mentos de onda no ar e na água vale aproximadamente: a) 1 3 b) 3 5 c) 3 d) 1 5 e) 1 18. (PUC-MG) A figura mostra uma onda que, ao se propagar no sentido da seta superior, atinge o anteparo A, onde há um orifício a, prosseguindo conforme indicam as setas inferiores. O meio de propagação é o mesmo, antes do anteparo (região I) e depois do anteparo (região II). Região I Região II Aa Sobre tal situação, é falso afirmar: a) o comprimento de onda na região I é maior que o comprimento de onda na região II. b) o fenômeno que ocorre na passagem da região I para a região II é a difração. c) o módulo da velocidade de propagação da onda na re- gião I é igual ao módulo da velocidade de propagação da onda na região II. d) o período da onda na região I é igual ao período da onda na região II. 19. (Ufes) A perturbação senoidal, representada na figura no instante t = 0, propaga-se da esquerda para a direita em uma corda presa rigidamente em sua extremidade direita. A velocidade de propagação da perturbação é de 3 m/s e não há dissipação de energia nesse processo. 1,5 m 2 m 2 m Assinale a alternativa contendo a figura que melhor re- presenta a perturbação após 1 s. a) 3 m 1 m b) 1,5 m 2 m c) d) 1,5 m 1 m e) 1,5 m 1 m R e p ro d u ç ã o / U E M -P R , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 60 9/19/18 8:07 AM 61 FÍ S IC A 20. (UFTM-MG) No imóvel representado, as paredes que delimitam os ambientes, bem como as portas e janelas, são isolantes acústicos. As portas externas e janelas estão fechadas e o ar em seu interior se encontra a uma tempe- ratura constante, podendo ser considerado homogêneo. Uma pessoa, junto à pia da cozinha, consegue conversar com outra, que se encontra no interior do quarto, com a porta totalmente aberta, uma vez que, para essa situa- ção, é possível ocorrer com as ondas sonoras, a: a) refl exão, apenas. b) difração, apenas. c) refl exão e a refração, apenas. d) refl exão e a difração, apenas. e) refl exão, a refração e a difração. 21. (ITA-SP) Considere as afi rmativas: I. Os fenômenos de interferência, difração e polarização ocorrem com todos os tipos de onda. II. Os fenômenos de interferência e difração ocorrem apenas com ondas transversais. III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenômeno de polarização, pois são ondas longitudinais. IV. Um polarizador transmite os componentes da luz in- cidente não polarizada, cujo vetor campo elétrico E é perpendicular à direção de transmissão do polarizador. Então, está(ão) correta(s): a) nenhuma das afi rmativas. b) apenas a afi rmativa I. c) apenas a afi rmativa II. d) apenas as afi rmativas I e II. e) apenas as afi rmativas I e IV. 22. (UFMG) Na fi gura I, estão representados os pulsos P e Q, que estão se propagando em uma corda e se aproximam um do outro com velocidades de mesmo módulo. 0 20 40 60 80 100 120 140 Figura I Pulso P Pulso Q 0 20 40 60 80 100 120 140 Figura II Pulso P, no instante t Com base na análise dessas informações, assinale a alter- nativa em que a forma da corda no instante t está corre- tamente representada: a) 0 20 40 60 80 100 120 140 b) 0 20 40 60 80 100 120 140 c) 0 20 40 60 80 100 120 140 d) 0 20 40 60 80 100 120 140 23. (FMP-RJ) Nas extremidades de uma corda vibrante de 80 cm de comprimento, são produzidos dois pulsos que se propagam em sentidos opostos. A velocidade de propagação de pulsos nesta corda é 10 cm/s. Nas duas fi guras a seguir, mostram-se imagens da corda em repouso (indicando pontos uniformemente distancia- dos sobre ela) e com os pulsos produzidos sobre ela no instante t = 0. R e p ro d u ç ã o / U F T M -M G , 2 0 1 0 . R e p ro d u ç ã o / F M P -R J Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 61 9/19/18 8:07 AM 62 CAPÍTULO 3 Cinco das oito configurações abaixo correspondem a imagens obtidas a partir da observação da propagação dos pulsos. 1 3 5 7 2 4 6 8 A sequência temporal das configurações que correspon- de ao perfil dos pulsos na corda é: a) 7 – 6 – 4 – 3 – 5 b) 2 – 7 – 3 – 8 – 6 c) 1 – 2 – 4 – 3 – 6 d) 1 – 2 – 7 – 6 – 3 e) 1 – 6 – 5 – 8 – 4 24. (UEL-PR) A figura a seguir representa uma área coberta pela radiação eletromagnética emitida por duas antenas. 1 2 3 4 Considerando que a radiação eletromagnética é uma onda e que, nesta questão, essa onda está represen- tada pelos semicírculos, cujas cristas são os traços cheios e os vales, os traços pontilhados, assinale a al- ternativa correta. a) No ponto 1, a amplitude resultante é mínima. b) No ponto 2, a amplitude resultante é máxima. c) No ponto 3, a amplitude resultante é metade do que a do ponto 1. d) No ponto 4, a amplitude resultante é nula. e) No ponto 2, a amplitude resultante é o dobro do que a do ponto 3. 25. (Enem) Um garoto que passeia de carro com seu pai pela ci- dade, ao ouvir o rádio, percebe que a sua estação de rádio preferida, a 94,9 FM, que opera na banda de frequência de megahertz, tem seu sinal de transmissão superposto pela trans- missão de uma rádio pirata de mesma frequência que interfere no sinal da emissora do centro em algumas regiões da cidade. Considerando a situação apresentada, a rádio pirata in- terfere no sinal da rádio pirata interfere no sinal da rádio do centro devido à: a) atenuaçãopromovida pelo ar nas radiações emitidas. b) maior amplitude da radiação emitida pela estação do centro. c) diferença de intensidade entre as fontes emissoras de ondas. d) menor potência de transmissão das ondas da emis- sora pirata. e) semelhança dos comprimentos de onda das radiações emitidas. 26. (UFRGS-RS) A figura I, abaixo, representa esquematica- mente o experimento de Young. A luz emitida pela fonte F ao passar por dois orifícios, dá origem a duas fontes de luz F 1 e F 2 , idênticas, produzindo um padrão de interferência no anteparo A. São franjas de interferência, compostas de faixas claras e escuras, decorrentes da superposição de ondas que chegam no anteparo. A figura II, abaixo, representa dois raios de luz que atin- gem o anteparo no ponto P. A onda oriunda do orifício F 1 percorre uma distância maior que a onda proveniente do orifício F 2 . A diferença entre as duas distâncias é ∆L. Assinale a alternativa que preenche corretamente as la- cunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. Se, no ponto P, há uma franja escura, a diferença ∆L deve ser igual a um número __________ de comprimentos de onda. No ponto central O, forma-se uma franja __________ de- corrente da interferência __________ das ondas. a) inteiro – escura – destrutiva b) inteiro – escura – construtiva c) inteiro – clara – construtiva d) semi-inteiro – escura – destrutiva e) semi-inteiro – clara – construtiva R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 8 . R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 8 . R e p ro d u ç ã o / F M P -R J Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 62 9/19/18 8:07 AM 63 FÍ S IC A 27. (UEM-PR) Sobre a natureza e a propagação de ondas, as- sinale o que for correto. (01) Se uma onda mecânica em um fi o se propaga de acordo com a função de onda y = 4 cos 2 (10 – 2 ) 2 π + π t x com x e y em centímetros e tem segundos, então a velocidade de propagação dessa onda é de 5π cm/s. (02) Admitindo-se que a rádio UEM-FM (emissora de rá- dio da Universidade Estadual de Maringá) opera em uma frequência de 106,9 MHz (1 MHz = 106 Hz) e que a velocidade de propagação das ondas de rádio é de 3 ⋅ 108 m/s, então o comprimento de onda na transmissão da UEM-FM será menor que 3 m. (04) Ondas sonoras podem apresentar refl exão, refra- ção, difração e interferência. (08) O princípio de Huygens estabelece que as frentes de onda (frentes primárias e secundárias) são sem- pre paralelas. (16) Uma diferença entre o comportamento das ondas transversais e longitudinais consiste no fato de que as longitudinais não produzem efeitos de interferência. Dê a soma dos números dos itens corretos. 28. (Enem) O trombone de Quincke é um dispositivo experi- mental utilizado para demonstrar o fenômeno da interfe- rência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras de determinada frequência na entrada do dispositivo. Essas ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e se encontram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser aumenta- do pelo deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso na saída. Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até que ele fi que como mostrado na fi gura, a intensidade do som na saída fi ca praticamente nula. Desta forma, conhecida a velocidade do som no interior do tubo (320 m/s) é possível determinar o valor da frequência do som produzido pela fonte. O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte sonora é: a) 3 200 b) 1 600 c) 800 d) 640 e) 400 29. (UEG-GO) Os recentes motins em presídios brasileiros chamaram a atenção de modo geral para a importância das telecomunicações na operação de estruturas orga- nizacionais. A necessidade de se impossibilitar qualquer tipo de comunicação, no caso de organizações crimino- sas, tornou-se patente. Embora existam muitos sistemas de comunicação móvel, o foco centrou-se em celulares, em virtude de suas pequenas dimensões físicas e da facilidade de aquisição e uso. Várias propostas foram colocadas para o bloqueio das ondas eletromagnéticas ou de rádio. A primeira delas consiste em envolver o presídio por uma “gaiola de Faraday”, ou seja, “em- brulhá-lo” com um material que seja bom condutor de eletricidade ligado à terra. Uma segunda proposta era utilizar um aparelho que gerasse ondas eletromag- néticas na mesma faixa de frequência utilizada pelas operadoras de telefonia móvel. Essas ondas seriam es- palhadas por meio de antenas, normalmente instaladas nos muros do presídio. Acerca das informações contidas no texto acima, julgue a validade das afi rmações a seguir. I. Uma “gaiola de Faraday” é uma blindagem elétri- ca, ou seja, uma superfície condutora que envolve uma dada região do espaço e que pode, em cer- tas situações, impedir a entrada de perturbações produzidas por campos elétricos e/ou magnéticos externos. II. A efi ciência da “gaiola de Faraday” depende do com- primento de onda das ondas eletromagnéticas da te- lefonia celular, pois isso defi nirá as dimensões da ma- lha utilizada em sua construção. III. A segunda proposta citada no texto é a geração de ondas nas mesmas frequências utilizadas pelas ope- radoras de telefonia móvel. Com isso, através de in- terferências destrutivas, compromete-se a comunica- ção entre a ERB (torre celular ou estação de rádio) e o telefone. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afi rmações I e II são verdadeiras. b) Apenas as afi rmações I e III são verdadeiras. c) Apenas as afi rmações II e III são verdadeiras. d) Todas as afi rmações são verdadeiras. R e p ro d u ç ã o / U E G -G O , 2 0 0 7. R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 63 9/19/18 8:07 AM 64 CAPÍTULO 3 30. (ITA-SP) A fi gura mostra dois alto-falantes alinhados e alimentados em fase por um amplifi cador de áudio na frequência de 170 Hz. Considere desprezível a variação da intensidade do som de cada um dos alto-falantes com a distância e que a velocidade do som é de 340 m/s. A maior distância entre dois máximos de intensidade da onda sonora formada entre os alto-falantes é igual a: a) 2 m b) 3 m c) 4 m d) 5 m e) 6 m 31. (Unicamp-SP) O módulo da velocidade do som no ar é de aproximadamente 330 m/s. Colocam-se dois alto-fa- lantes iguais, um defronte ao outro, distanciados 6,0 m, conforme a fi gura seguinte. Os alto-falantes são excitados simultaneamente por um mesmo amplifi cador com um sinal de frequência de 220 Hz. 6,0 m 220 Hz 220 Hz Pergunta-se: a) Qual é o comprimento de onda do som emitido pelos alto-falantes? b) Em que pontos do eixo, entre os dois alto-falantes, o som tem intensidade máxima? 32. (UFJ-MG) Sobre um ponto F 1 da superfície da água de um lago tranquilo, caem, sucessivamente, 40 pedras durante 2 minutos, formando ondas, cuja distância entre ventres consecutivos é de 8,0 cm, como mostra a fi gura I a seguir. a) Calcule a velocidade de propagação das ondas na su- perfície do lago. Figura I 8,0 cm F 1 b) Calcule a frequência da onda formada na superfície do lago. Figura II A 32 c m 3 2 c m 3 6 cm 36 cm 2 4 c m B F 1 F 2 c) Suponha agora que, em um outro ponto F 2 , distante 36 cm de F 1 , caem outras pedras de forma coerente (ao mesmo tempo) com F 1 , como mostra a fi gura (II). Nas posições A e B, mostradas na fi gura, ocorre interfe- rência construtiva ou destrutiva? Justifi que sua resposta. Vá em frente Acesse <http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/wave-interference>. Acesso em: 19 mai. 2018. No site, você pode observar interferências e difração de ondas mecânicas e eletromagnéticas por meio de simulações com gotas de água, som e luz. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / I TA -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c03_44a64.indd 64 9/19/18 8:07 AM ► Identifi car e analisar as características fi siológicas do som. ► Compreender e analisar fenômenos acústicos. ► Analisar o comportamento das ondas sonoras em tubos abertos e fechados. ► Compreender a medição da intensidade sonora por meio de escala específi ca. ► Analisar a avaliar as aplicações relacionadas ao efeito Doppler. Principais conceitos que você vai aprender: ► Frequência e amplitude sonora ► Eco, reverberação ► Ressonância ► Timbre ► Onda estacionária ► Harmônicos sonoros ► Tubos sonoros aberto e fechado ► Tubo de Kundt ► Efeito Doppler 65 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A A le n avlad /S h u tte rs to ck 4 ACÚSTICA Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de desenvolver e aperfeiçoar radares oceânicos com maior precisão de monitoramento para alvos distantes no mar, visto que se iniciava a Guerra Fria. Países como Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França, Canadá, Austrália e China, naquele momento, eram os detentores da tecnologia de rada- res OTH (Over The Horizon). Em 2014, uma empresa brasileira projetou e construiu o primeiro radar oceânico total- mente nacional, em parceria com a Universidade do Rio Grande do Sul. Com a grande extensão do litoral brasileiro, o OTH torna-se um equipamento essencial no monitoramento da zona econômica exclusiva (até 370 km da costa). Seu uso garante autono- mia no controle e na vigilância das fronteiras, dos espaços marítimo e aéreo de baixa altitude. Capaz de detectar uma embarcação a 370 km de distância, além da linha de visada, o equipamento utiliza o conceito surface-wave, que opera na faixa de alta frequência (HF). Além disso, o radar conta com um sistema específi co de técnicas de eliminação de inter- ferências, que proporciona uma confi ável e ampla cobertura da área marítima em tempo real, independentemente das condições meteorológicas ou do mar. De maneira diferente dos radares convencionais, o OTH emite ondas eletromagnéti- cas que se propagam perto da superfície do mar, acompanhando a curvatura do globo. Com o sistema de eliminação de interferências, ao receber o sinal refl etido pela embarca- ção, ele identifi ca essas ondas. Além da identifi cação e da localização de embarcações como vigilância das águas ter- ritoriais, o radar OTH permite o mapeamento das correntes marítimas e detecta perigos ambientais como tornados e tsunamis. O princípio de funcionamento se assemelha ao dos sonares, em que a medida do tem- po de ida e volta dos sinais transmitidos e refl etidos associados à velocidade das ondas permite a determinação das distâncias. Com esse desenvolvimento, o Brasil passa a fazer parte de um seleto grupo de nações com capacidade efetiva de monitorar suas águas. • Qual é a diferença entre sonares e radares? O que se pode dizer sobre as frequências emitidas por ambos? Neste capítulo, estudaremos fenômenos relacionados às ondas sonoras e como suas aplicações estão presentes em nosso cotidiano. S h a h n e w a z M a h m o o d /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 65 9/19/18 8:05 AM 66 CAPÍTULO 4 S om Quando um alto-falante toca uma música, o diafragma dele, também conhecido como pele ou cone, vibra e colide contra as moléculas do ar que estão em suas proximidades. Isso faz com que essas moléculas também passem a vibrar em torno de suas posições de equilíbrio. Com isso, elas colidem contra as moléculas vizinhas que, consequentemente, também passam a vibrar. Isso gera uma onda de compressão e rarefação das moléculas do ar capaz de transmitir a vibração de molécula para molécula, até o interior do ouvido de uma pessoa. Ondas sonoras Amplitude Comprimento de onda Comprimento de onda Moléculas de ar Rarefação Compressão Dentro da orelha, por sua vez, a vibração das moléculas faz com que elas colidam con- tra o tímpano, que é uma membrana fi na e fl exível, fazendo-o vibrar. Essa vibração é trans- mitida para células nervosas por pequenos ossos e transformadas em sinais elétricos que, por sua vez, são enviados para o cérebro, que os interpreta como o som. Ar Propagação Compressão Rarefação É importante destacar que, sendo uma onda mecânica, o som não pode se propagar no vácuo. Além disso, pelo fato de ser um fenômeno ondulatório, o som apresenta as ca- racterísticas elementares de uma onda como velocidade de propagação, amplitude, fre- quência e comprimento de onda. Velocidade do som A propagação do som ocorre por causa das colisões entre as moléculas que cons- tituem o meio de propagação. Com isso, pode-se concluir que, quanto mais próximas estiverem as moléculas que constituem o meio, mais fácil o som irá se propagar. De fato, verifi ca-se, experimentalmente, que o som se propaga mais rapidamente nos meios sóli- dos do que nos meios líquidos e mais rapidamente nos meios líquidos do que nos meios gasosos, como mostra a tabela, para alguns meios à temperatura de 20 °C. Material v som (m/s) Ar 343 Hélio 927 Etanol 1 160 Água 1 480 Ferro 5 130 Aço 5 960 Representação da propagação de uma onda sonora emitida por um alto-falante. Defi nição Som : onda mecânica e longitudinal de compressão e descompressão das moléculas que constituem o meio de propagação. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 66 9/19/18 8:05 AM 67 FÍ S IC A Nos meios gasosos, por exemplo, quanto maior a temperatura, maior é a velocidade do som. Isso porque quando a temperatura aumenta, há um aumento da agitação das partículas que constituem o gás, facilitando as colisões entre elas. Experimentalmente, verifi ca-se que a velocidade v do som em um meio gasoso é proporcional à raiz quadrada da temperatura absoluta T do gás, ou seja: v = k ⋅ T Em que k é uma constante que depende das características físicas do gás. Sendo as- sim, para que a velocidade do som duplique, a temperatura absoluta deve quadruplicar. Um dos principais cientistas que estudaram a propagação do som foi Ernst Mach (1838-1916). Em homenagem a ele, defi niu-se o termo número de Mach, que é muito usado em aviação de alta velocidade. Resumidamente, ele corresponde à razão entre a velocidade de um objeto que se desloca em um meio fl uido e a velocidade das ondas sonoras nesse meio. Por exemplo, um avião que viaja no ar com Mach 2, tem velocidade duas vezes maior do que a velocidade do som no ar. Avião militar gerando uma onda de choque ao ultrapassar a velocidade do som. Um fenômeno comum que está relacionado com a velocidade de propagação do som é o eco. Por ser uma onda, o som sofre refl exão ao atingir um obstáculo. Na refl exão, ocorre mudança na direção ou apenas no sentido de propagação, mas a velocidade, a frequência e o comprimento de onda não se alteram. A orelha do ser humano consegue distinguir sons em intervalos de tempo maior ou igual a 0,1 s. Nesse caso: • uma pessoa, ao emitir um som que se refl ete em um obstáculo e retorna em um interva- lo de tempo menor que 0,1 s, terá a impressão de que a duração do som foi prolongada, devido a múltiplas refl exões: é o fenômeno da reverberação. • se o som retornar à orelha em um intervalo de tempo maior ou igual a 0,1 s, ela conseguirá diferenciar o som de ida do de volta: esse fenômeno é chamado eco. v = ∆ ∆ s t s 340 = 0,1 ∆s s ∆s = 34 m Em 0,1 s, o som pode percorrer, com a velocidade de 340 m/s, uma distância de 34 m (ida e volta). Portanto, o eco somente ocorre quando o obstáculo está a uma distância aproximadamente maior ou igual a 17 m da pessoa (fonte da onda). A frequ•ncia do som De maneira geral, uma onda sonora é gerada por meio da vibração de algum objeto como o diafragma de um alto-falante, as cordas de um violão, as pregas vocais ou a pele de um tambor, que chamaremos de fonte de onda. C h ri s P a ry p a P h o to g ra p h y /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd67 9/19/18 8:05 AM 68 CAPÍTULO 4 A frequência f de vibração da fonte determina a frequência com que as moléculas do meio irão vibrar em torno de suas posições de equilíbrio que, como vimos, é medida em Hz, no Sistema Internacional. Por exemplo, se um diapasão produz uma onda sonora no ar de 440 Hz, signifi ca que as moléculas do ar vibram em torno de suas posições de equilíbrio 440 vezes por segundo. Dependendo da fonte, podem-se gerar ondas sonoras com frequências que variam numa grande faixa de valores. Por exemplo, as pregas vocais de um homem adulto podem gerar som com frequência entre 100 Hz e 200 Hz. Já aparelhos de diagnóstico de ultrassonografi a usam ondas sonoras com frequências superiores a 1 Mhz (106 Hz). O tímpano humano, por sua vez, é sensível para ondas sonoras com frequências na faixa entre 20 Hz e 20 000 Hz, apro- ximadamente. Em razão disso, denominamos ondas sonoras com frequências menores do que 20 Hz de infrassom e, com frequências maiores do que 20 000 Hz, de ultrassom. Já dentro da faixa do som audível, quanto maior a frequência de uma onda sonora, mais agudo será o som e quanto menor a frequência, mais grave o som. Essa característica que nos permite distinguir sons agudos de sons graves é chamada de altura do som. 0 20 20 000 Som grave Infrassom Som audível Ultrassom Som agudo f (Hz) Amplitude do som Vimos que a amplitude de uma onda é a distância entre uma crista ou um vale e o eixo de base da onda. No caso do som, que é uma onda longitudinal, a amplitude corresponde à distância máxima que uma partícula do meio se afasta de sua posição de equilíbrio du- rante sua oscilação. Essa amplitude, por sua vez, refl ete a quantidade de energia transpor- tada pela onda sonora, ou seja, quanto maior a amplitude de vibração das partículas do meio, mais energia essa onda transporta durante sua propagação. No caso do som audível, a quantidade de energia transportada pela onda sonora nos permite distinguir sons fracos de sons fortes. No entanto, deve-se tomar cuida- do para não confundir essas características com som alto e som baixo, pois estes estão relacionados com a frequência do som e permitem distinguir sons graves de sons agudos. 1 Intensidade do som Matematicamente, pode-se medir a energia transportada por uma onda por uma grandeza chamada intensidade, que é defi nida como a quantidade de energia que atra- vessa cada unidade de área do espaço por unidade de tempo. Considere, por exemplo, uma área A do espaço que é atravessada por uma onda. Em dado intervalo de tempo ∆t, a área é atravessada por certa quantidade de energia ∆E transportada pela onda, como mostra a fi gura. (Energia) ∆E (Área) ∆t (Tempo) A Defi ne-se a potência P como a razão entre a energia ∆E e o intervalo de tempo ∆t, ou seja: P = E t ∆ ∆ Vla dim ir A rnd t/ Sh utt ers toc k Um diapasão é um dispositivo capaz de emitir som com uma frequência bem defi nida e usado na afi nação de instrumentos musicais. Faixas de frequência de ondas sonoras para infrassom, som audível e ultrassom. Atenção 1 Quando ouvimos música em um aparelho de som, costumamos associar a altura do som com o volume do aparelho. Por exemplo, é comum ouvirmos a reclamação “Coloca mais baixo esse som!!”. No entanto, fi sicamente falando, som mais baixo signifi ca som mais grave e não com menor volume (intensidade). Da mesma forma, som mais alto signifi ca som mais agudo e não com maior volume (intensidade). Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 68 9/19/18 8:05 AM 69 FÍ S IC A No Sistema Internacional, é medida em J/s = W (watts). A intensidade I, por sua vez, é a razão entre a potência P e a área A. I = A P Considerando que, no Sistema Internacional, a potência é medida em watts (W) e a área em metros quadrados (m2), a intensidade I é medida em W/m2. Para uma fonte sonora puntual de potência P fonte , as ondas sonoras se propagarão pela superfície de ondas esféricas concêntricas com a fonte. Nesse caso, a intensidade I do som num ponto qualquer a uma distância r da fonte será dada por: I = r4 fonte 2π ⋅ P fo P já que a área de uma esfera de raio r é dada por 4π ⋅ r2. Nível sonoro Por meio de muitos experimentos realizados ao longo do tempo, verifi cou-se que a nossa sensação sonora não segue uma relação linear com a intensidade do som. Com isso, os cientis- tas defi niram uma nova grandeza, chamada de nível sonoro, que mede a intensidade do som, mas em escala logarítmica. Considere, por exemplo, que a orelha de uma pessoa receba uma onda sonora de intensidade I. O nível sonoro β que essa pessoa perceberá é defi nido como: β = log 10 I I 0 em que I 0 é o limiar de audição, ou seja, a intensidade sonora mínima capaz de sensibi- lizar o ouvido humano, e vale, aproximadamente, 10–12 W/m2. No Sistema Internacional, me- de-se nível sonoro em bel (B), em homenagem ao cientista escocês Alexander Graham Bell (1847-1922). No entanto, na prática, usa-se muito o submúltiplo decibel (dB), que correspon- de a 0,1 B. Nesse caso, para se obter o nível sonoro β em dB, pode-se usar a seguinte equação: β = 10 ⋅ log 10 0 I I A tabela mostra alguns exemplos de valores de nível sonoro. Alguns valores de nível sonoro Fonte sonora Nível sonoro (dB) Avião sonoro durante a decolagem a 20 metros / arma de fogo 130 − 140 Concerto de rock 110 Serra elétrica / furadeira pneumática 100 − 105 Tráfego pesado 80 Automóvel passando a 20 m 70 Conversação a 1 metro 60 Sala silenciosa 50 Área residencial à noite 40 Falar sussurrando 20 Timbre do som Quando falamos ou tocamos instrumentos musicais, as ondas geradas são formadas pela superposição de diversas ondas senoidais, denominadas harmônicos, com frequências que variam entre si em múltiplos inteiros. A onda resultante gerada terá uma frequência ca- racterística, mas poderá variar muito de forma dependendo do instrumento ou fonte que a gerou. É devida a essa diferença de forma que conseguimos identifi car se determinado som vem de um piano, um violão ou uma fl auta. Essa qualidade do som, que nos permite diferen- ciar sons de mesma frequência, mas emitidos por fontes diferentes, é chamada de timbre. Zheltyshev/Shutterstock Conseguimos diferenciar sons provenientes de diferentes instrumentos musicais por causa dos timbres sonoros característicos que eles emitem. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 69 9/19/18 8:05 AM 70 CAPÍTULO 4 Desenvolva H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife- rentes contextos. Atingir velocidades cada vez maiores signifi ca encur- tar distâncias. Pensando nisso e também nas questões de segurança, empresas de aviação de todo o mundo, aliadas aos desenvolvimentos tecnológicos e de materiais, conse- guiram construir aeronaves capazes de romper a barreira do som. O primeiro avião comercial a romper a barreira do som foi o Concorde. Ele iniciou suas operações em janeiro de 1976 e cobria o trecho de Londres a Nova York em 3 horas e meia, a uma velocidade de 1 775 km/h, podendo chegar a 2 179 km/h, ou seja Mach 2.04. Em 31 de maio de 2003, encerrou suas operações comerciais como um símbolo de inovação tec- nológica, design e luxo. Já na área militar, vários caças conseguem ir além das velocidades do Concorde. O Mig-31, de fabricação soviética, fez seu primeiro voo em 16 de setembro de 1975. Ele é considerado um avião plenamente supersônico e, em voo, atinge a velocidade máxima de Mach 3.2. Sabemos que a velocidade do som varia quando se propaga em diferentes materiais. Porém, essas velocidades, para um mesmo meio material, também podem sofrer variações. Os recordes de velocidade que as aeronaves citadas obtiveram estavam sujeitos às condições atmosféricas específi cas. Analisando as condições de temperatura, pesquise como elapode interferir no alcance dessas velocidades. Acrescente, como exemplo, outras aeronaves que também são consideradas su- persônicas. Crie uma tabela com os valores encontrados de temperatura e as velocidades do som no ar para cada valor. Monte uma apresentação em slides e acrescente a ela pequenos vídeos que mostram o momento em que algumas aero- naves rompem a barreira do som. O p a le v V y a ch e s la v /S h u tt e rs to ck N e ir fy /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 70 9/19/18 8:05 AM 71 FÍ S IC A Ondas estacionárias Como vimos, quando duas ou mais ondas se superpõem propagando-se em um mes- mo meio, elas podem se interferir construtivamente, somando as amplitudes das ondas, ou destrutivamente, subtraindo as amplitudes das ondas. Uma situação particular e muito importante é quando as ondas que se super- põem são idênticas, ou seja, têm o mesmo comprimento de onda e a mesma ampli- tude. Nesse caso, teremos um padrão de ondas denominado onda estacionária, no qual aparecem regiões que praticamente não oscilam e regiões que oscilam com amplitude aproximadamente igual ao dobro da amplitude de cada onda. Isso ocorre porque, em determinado ponto, haverá superposição de ondas em fase (crista com crista ou vale com vale), produzindo interferências construtivas, e em outros pontos haverá superposição de ondas em oposição de fase (crista com vale), gerando inter- ferências destrutivas. Para ilustrar a formação de uma onda estacionária, considere o caso de uma corda tensa na qual se propagam em sentidos opostos duas ondas idênticas, como mostra a figura. v AAAA AA v Após se superporem, será estabelecida uma onda estacionária, que é representada como na fi gura. 2A 2A Ventre Ventre Ventre Ventre Ventre Nó Nó Nó Nó Nó Nó 2 λ λ 2 A caracterização de uma onda estacionária é feita com base nos seguintes elementos: • Ventre: são os pontos que oscilam com máxima amplitude nos quais ocorreu interfe- rência construtiva. • Nó: são os pontos que praticamente não oscilam nos quais ocorreu interferência destrutiva. • Fuso: é a região compreendida entre dois nós consecutivos. Com base na defi nição desses elementos, temos as seguintes propriedades: 1 Onda estacionária em uma corda contendo quatro ventres e cinco n—s. Atenção 1 Dois ventres consecutivos oscilam em oposição de fase. A distância entre dois ventres ou entre dois nós consecutivos corresponde à metade do comprimento de onda 2 λ . Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 71 9/19/18 8:05 AM 72 CAPÍTULO 4 Corda s sonoras Quando tocamos a corda de um violão, são geradas ondas transversais que se propagam na corda. Ao atingirem as extremi- dades da corda em que estão, as ondas sofrem refl exões e passam a se superpor umas com as outras estabelecendo-se rapidamente uma onda estacionária. A vibração da corda faz as moléculas do ar ao seu redor vibra- rem, gerando uma onda sonora que se propaga no ar, atingindo nossas orelhas. A frequência da onda sonora gerada depende de vários fatores, tais como: velocidade de propagação das ondas na corda, o comprimento e a densidade linear da corda, bem como do harmônico que está sendo produzido. Veloci dade de uma onda numa corda tensa Considere uma corda de massa m e comprimento L tensionada por uma força de in- tensidade F, como mostra a fi gura. v m L F Produzindo-se uma onda transversal nessa corda, ela irá se propagar com uma veloci- dade v. Pode-se mostrar que essa velocidade é dada por: v = µ F em que µ é a densidade linear da corda dada por µ = m L . No Sistema Internacional, a força F deve ser medida em newton (N), a densidade li- near µ, em quilograma por metro (kg/m), e a velocidade v, em metros por segundo (m/s). Deve-se destacar que, quanto maior a força tensora F, maior será a velocidade de propa- gação v. Por sua vez, quanto maior for a densidade linear (µ) menor será a velocidade (v). Harm™nicos de uma corda Quando a corda sonora vibra, é estabelecido um conjunto de ondas estacionárias de- nominado harmônicos, cujas frequências são múltiplos inteiros da menor frequência que a corda pode vibrar, denominada de frequência fundamental. ¥ 1º harmônico (frequência fundamental) Uma corda sonora vibra na frequência fundamental (1º harmônico) quando é estabele- cida uma onda estacionária com apenas um fuso entre suas extremidades fi xas, como mostra a fi gura. Ventre L NóNó 1 λ 2 Ia n c u C ri s ti a n /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 72 9/19/18 8:05 AM 73 FÍ S IC A Nesse caso, o comprimento da corda corresponde à distância entre dois nós consecu- tivos, ou seja, meio comprimento de onda: 2 1 λ = L s λ 1 = 2 ⋅ L Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda- mental da ondulatória, temos: v = λ 1 ⋅ f 1 s v = 2L ⋅ f 1 s f1 = 2 v L • 2º harmônico Nesse caso, uma onda estacionária com dois fusos é estabelecida entre as extremida- des fi xas da corda, como mostra a fi gura. Ventre Ventre Nó Nó 2 2 λ 2 2 λ Nó L Portanto, o comprimento da corda corresponde ao comprimento de dois fusos. 2 ⋅ 2 2 λ = L s λ 2 = L Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda- mental da ondulatória, temos: v = λ 2 ⋅ f 2 s v = L ⋅ f 2 s f2 = v L • 3º harmônico Nesse caso, uma onda estacionária com três fusos é estabelecida entre as extremida- des fi xas da corda, como mostra a fi gura. Ventre VentreVentre Nó Nó Nó Nó 2 3 λ 2 3 λ 2 3 λ L O comprimento da corda corresponde ao comprimento de três fusos. 3 ⋅ 2 3 λ = L s λ 3 = 2 3 L Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda- mental da ondulatória, temos: v = λ 3 ⋅ f 3 s v = 2 3 L ⋅ f 3 s f 3 = 3 · 2 v L • Harmônico de ordem n Analisando os três primeiros harmônicos, pode-se generalizar para um harmônico de ordem n. λ n = 2 n ⋅ L (com n = 1; 2; 3...) f n = ⋅ ⋅ v L n 2 = n ⋅ f 1 (com n = 1; 2; 3; ...) Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 73 9/19/18 8:05 AM 74 CAPÍTULO 4 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que a referência ao som fundamental está associada ao 1º harmônico. Com isso, pode-se concluir que, para o comprimento de 40 cm, temos 2 λ (meio comprimento de onda). Verifi que as unidades antes de calcular a densidade linear da corda. Uma corda sonora tem comprimento de 40 cm e, ao ser tocada, emite som de frequência fundamental 270 Hz. Sendo a massa dessa corda de 0,36 g, calcule a força de tensão a que ela está submetida. Resolução A frequência do som fundamental nos permite calcular a velocidade da onda na corda. Assim, temos: f = v ⋅2 L s 270 ⋅ 2 ⋅ L = v s v = 216 m/s Para encontrar a força de tração, precisamos ainda da densidade linear da corda. Então: µ = m L = ⋅0,36 10 0, 4 –3 s µ = 9 ⋅ 10–4 kg/m Assim, pela equação de Taylor, temos: v = T µ s 216 = T ⋅9 10–4 s T = 2162 ⋅ 9 ⋅ 10–4 = 42 N Atividades 1. (PUC-RS) O eco é o fenômeno que ocorre quando um som emitido e seu refl exo, em um anteparo, são perce- bidos por uma pessoa com um intervalo de tempo que permite ao cérebro distingui-los como sons diferentes. Para que se perceba o eco de um som no ar, no qual a velocidade de propagação é de 340 m/s, é necessário que haja uma distância de 17,0 m entre a fonte e o anteparo. Na água, em que a velocidade de propagação do som é de 1 600 m/s, essa distância precisa ser de: a) 34,0 m b) 60,0 m c) 80,0 m d) 160,0 m e) 320,0 m 2. (Enem) A ultrassonografi a, também chamada de ecografi a, é uma técnica de geração de imagens muito usada em medicina. Ela se baseia na refl exão que ocorre quando um pulso de ultrassom, emitido pelo aparelho colocado em contato com a pele, atravessa a superfície que separa um órgão do ou- tro, produzindo ecos que podem ser captados de voltapelo aparelho. Para a observação de detalhes no interior do corpo, os pulsos sonoros emitidos têm frequências altíssimas, de até 30 MHz, ou seja, 30 milhões de oscilações a cada segundo. A determinação de distâncias entre órgãos do corpo humano feita com esse aparelho fundamenta-se em duas variáveis imprescindíveis: a) a intensidade do som produzido pelo aparelho e a fre- quência desses sons. b) a quantidade de luz usada para gerar as imagens no aparelho e a velocidade do som nos tecidos. c) a quantidade de pulsos emitidos pelo aparelho a cada segundo e a frequência dos sons emitidos pelo aparelho. d) a velocidade do som no interior dos tecidos e o tempo entre os ecos produzidos pelas superfícies dos órgãos. e) o tempo entre os ecos produzidos pelos órgãos e a quan- tidade de pulsos emitidos a cada segundo pelo aparelho. 3. (CPS-SP) Quem viaja para a Amazônia poderá ver o boto cor-de-rosa que, de acordo com famosa lenda local, se transforma em um belo e sedutor rapaz. Botos e golfi nhos são capazes de captar o refl exo de sons emitidos por eles mesmos, o que lhes permite a percep- ção do ambiente que os cerca, mesmo em águas escuras. O fenômeno ondulatório aplicado por esses animais é de- nominado: a) eco e utiliza ondas mecânicas. b) eco e utiliza ondas eletromagnéticas. c) radar e utiliza ondas elétricas. d) radar e utiliza ondas magnéticas. e) radar e utiliza ondas eletromagnéticas. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 74 9/19/18 8:05 AM 75 FÍ S IC A 7. (Unicamp-SP) Para a afi nação de um piano, usa-se um diapasão com frequência fundamental igual a 440 Hz, que é a frequência da nota “lá”. A curva contínua do gráfi co representa a onda sonora de 440 Hz do diapasão. 0 1 2 3 4 5 6 Tempo (10 –3 s) A m p lit u d e a) A nota “lá” de certo piano está desafi nada, e seu har- mônico fundamental está representado na curva tra- cejada do gráfi co. Obtenha a frequência da nota “lá” desafi nada. b) O comprimento dessa corda do piano é igual a 1,0 m, e sua densidade linear é igual a 5,0 ⋅ 10–2 g/cm. Calcule o aumento de tensão na corda necessário para que a nota “lá” seja afi nada. 4. (Enem) O sonar é um equipamento eletrônico que permite a localização de objetos e a medida de distâncias no fundo do mar, pela emissão de sinais sônicos e ultrassônicos e a recepção dos respectivos ecos. O fenômeno do eco cor- responde à refl exão de uma onda sonora por um objeto, a qual volta ao receptor pouco tempo depois de o som ser emitido. No caso do ser humano, o ouvido é capaz de distinguir sons separados por, no mínimo, 0,1 segundo. Considerando uma condição em que a velocidade do som no ar é 340 m/s, qual é a distância mínima a que uma pessoa deve estar de um anteparo refl etor para que se possa distinguir o eco do som emitido? a) 17 m b) 34 m c) 68 m d) 1 700 m e) 3 400 m 5. (EEAR-SP) Um professor de música esbraveja com seu dis- cípulo: “Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical emitida por uma viola e por um violino!”. A qualidade do som que permite essa distinção à que se refere o professor é a (o): a) altura b) timbre c) intensidade d) velocidade de propagação 6. (Uece) Uma corda de 60 cm em um violão, vibra a uma determinada frequência. É correto afi rmar que o maior comprimento de onda dessa vibração, em cm, é: a) 60 b) 120 c) 30 d) 240 Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 75 9/19/18 8:05 AM 76 CAPÍTULO 4 9. (ITA-SP) Uma banda de rock irradia uma potência em um nível de intensidade sonora igual a 70 decibéis. Para elevar esse nível a 120 decibéis, a potência irradiada deverá ser elevada de: a) 71% b) 171% c) 7 100% d) 9 999 900% e) 10 000 000% 10. (Udesc) A fi gura abaixo ilustra uma montagem experimen- tal para estudo de ondas estacionárias em cordas estica- das, retratando um dos harmônicos de onda estacionária possível de ser gerada pelo experimento. Para gerar ondas estacionárias, entre os pontos A e B, o experimento permite ajustes na tensão da corda (controle manual), e na frequência de perturbação periódica (con- trole via regulagem do motor). Considere a montagem experimental retratada na Fi- gura 4, o conhecimento sobre ondas estacionárias, e analise as proposições. I. As ondas estacionárias não são ondas de propagação, mas resultam da interferência entre as ondas inciden- tes (propagando-se de A para B) e das ondas refl eti- das pelo ponto fi xo B (propagando-se de B para A). Portanto, em determinadas condições de ajustes de frequência e tensão na corda, ocorrerá a ressonância e, consequentemente, a formação de harmônicos de onda estacionária. II. A densidade linear de massa da corda utilizada no ex- perimento não interfere na geração das ondas estacio- nárias, isto é, cordas mais espessas ou menos espessas, submetidas às mesmas condições de perturbação e ten- são, gerarão o mesmo harmônico de onda estacionária. III. Fixando a frequência de perturbação da corda, e partindo-se de um estado de ressonância, é possível atingir um harmônico superior apenas mediante o au- mento da tensão da corda. IV. Ondas estacionárias não são decorrentes de fenôme- nos de interferência e ressonância. Assinale a alternativa correta: a) Somente as afi rmativas II e IV são verdadeiras. b) Somente as afi rmativas III e IV são verdadeiras. c) Somente as afi rmativas I e III são verdadeiras. d) Somente as afi rmativas I, III e IV são verdadeiras. e) Somente a afi rmativa II é verdadeira. 11. (UFPR) Uma fi la de carros, igualmente espaçados, de ta- manhos e massas iguais, faz a travessia de uma ponte com velocidades iguais e constantes, conforme fi gura. Cada vez que um carro entra na ponte, o impacto do seu peso provo- ca nela uma perturbação em forma de um pulso de onda. Esse pulso se propaga com velocidade de módulo 10 m/s no sentido de A para B. Como resultado, a ponte oscila, formando uma onda estacionária com 3 ventres e 4 nós. A B Considerando que o fl uxo de carros produza na ponte uma oscilação de 1 Hz, assinale a alternativa correta para o comprimento da ponte. a) 10 m b) 15 m c) 20 m d) 30 m e) 45 m 12. (UFRGS-RS) A fi gura abaixo representa uma onda estacio- nária produzida em uma corda de comprimento L = 50 cm. Sabendo que o módulo da velocidade de propagação de ondas nessa corda é 40 m/s a frequência da onda é de: a) 40 Hz b) 60 Hz c) 80 Hz d) 100 Hz e) 120 Hz Complementares Tarefa proposta 1 a 21 8. +Enem [H1] Com o auxílio de seu professor, um aluno de um curso técnico resolveu fazer um experimento: acoplou um gerador de audiofrequência a um alto-falante. Ele aumentou a frequência do aparelho de 300 Hz para 19 000 Hz, e, então, notou que o som produzido fi cou: a) menos intenso/mais fraco. b) mais baixo ou grave. c) mais rico em harmônicos. d) mais alto/agudo. e) mais dissonante. R e p ro d u ç ã o / U d e s c , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 76 9/19/18 8:05 AM 77 FÍ S IC A Tubos sonoros Podemos aplicar o conceito de onda estacionária para descrever o som emitido por instrumentos de corda. Veremos agora que também podemos usar as ondas estacionárias para descrever os instrumentos de sopro, tais como fl auta, saxofone, trompete entre ou- tros. De forma geral, chamamos esses instrumentos de tubos sonoros. Os tubos sonoros são classificados em tubo aberto e tubo fechado. Em uma descrição simplificada, eles são constituídos por um cilindro oco com ambas as ex- tremidades abertas (tubo aberto) ou uma das extremidades aberta e a outra fechada (tubo fechado). Tubo aberto Tubo fechado O ar é colocado a vibrar de maneira conveniente em uma das extremidades abertas do tubo (pelo sopro, por exemplo), o que gera uma onda sonora estacionária no interior dele. Do mesmo modo como vimos para as cordas sonoras, dependendo da frequência de vibração do ar dentro do tubo, pode-se estabelecerdiferentes harmônicos. Tubo aberto Considere um tubo cilíndrico de comprimento L, aberto nas duas extremidades. Quando uma sonora estacionária é estabelecida nesse tubo, há a formação de ven- tres em ambas as extremidades e de um ou mais nós em seu interior, corresponden- do aos diferentes harmônicos. Sendo v a velocidade das ondas sonoras no interior do tubo, temos: • 1º harmônico (frequência fundamental) Ventre Ventre Nó 2 1 λ L 2 1 λ = L s λ 1 = 2 ⋅ L v = λ 1 ⋅ f 1 s v = 2L ⋅ f 1 s f1 = 2 v L • 2º harmônico Ventre Ventre Nó Ventre Nó 2 2 λ 2 2 λ L 2 ⋅ 2 2 λ = L s λ 2 = L v = λ 2 ⋅ f 2 s v = L ⋅ f 2 s f2 = v L A G C u e st a/ S h u tt e rs to ck Podemos aplicar o conceito de onda estacionária para descrever o som emitido por instrumentos de corda. Veremos agora que também podemos usar as ondas estacionárias para descrever os instrumentos de sopro, tais como fl auta, saxofone, trompete entre ou- tubo fechado. Em uma descrição simplificada, eles são constituídos por um cilindro oco com ambas as ex- tremidades abertas (tubo aberto) ou uma das extremidades aberta e a outra fechada oz g u r G u v e n c /S h u tt e rs to ck A fl auta andina e o saxofone são exemplos de instrumentos de sopro. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 77 9/19/18 8:05 AM 78 CAPÍTULO 4 • 3º harmônico Ventre VentreVentre Ventre Nó NóNó 2 3 λ 2 3 λ 2 3 λ L 3 ⋅ 2 3 λ = L s λ 3 = 2 3 L v = λ 3 ⋅ f 3 s v = 2 3 L ⋅ f 3 s f 3 = 3 · 2 v L • Harmônico de ordem n Analisando os três primeiros harmônicos, podemos generalizar para um harmônico de ordem n: λ n = L⋅2 n (n = 1; 2; 3; 4; ...) f n = n ⋅ 2 ⋅ v L (n = 1; 2; 3; 4; ...) Tubo fechado Considere agora que fechemos uma das extremidades do tubo anterior, obtendo um tubo fechado de comprimento L. Nesse caso, quando uma onda estacionária é estabelecida no tubo, há a formação de um ventre na extremidade aberta e de um nó na extremidade fechada. Curiosamente, ve- remos que no tubo fechado somente temos harmônicos ímpares. Sendo v a velocidade das ondas sonoras no interior do tubo, temos: • 1º harmônico (frequência fundamental) Ventre Nó 4 1 λ L 4 1 λ = L s λ 1 = 4 ⋅ L v = λ 1 ⋅ f 1 s v = 4 ⋅ L ⋅ f 1 s f 1 = 4 ⋅ v L • 3º harmônico Ventre Ventre Nó Nó 2 3 λ 4 3 λ L 2 3 λ + 4 3 λ = L s 3 4 3 λ⋅ = L s λ 3 = 4 3 ⋅L v = λ 3 ⋅ f 3 s v = 4 3 ⋅L ⋅ f 3 s f 3 = 3 ⋅ 4 ⋅ v L Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 78 9/19/18 8:05 AM 79 FÍ S IC A • 5º harmônico Ventre VentreVentre Nó Nó Nó 4 5 λ 2 5 λ 2 5 λ L 2 5 λ + 2 5 λ + 4 5 λ = L s 5 4 5 λ⋅ = L s λ 5 = 4 5 ⋅L v = λ 5 ⋅ f 5 s v = 4 5 ⋅L ⋅ f 5 s f 5 = 5 ⋅ 4 ⋅ v L • Harmônico de ordem n Analisando os três primeiros harmônicos, podemos generalizar para um harmônico de ordem n: λ n = L⋅4 n (n = 1; 3; 5; 7; ...) f n = n ⋅ 4 ⋅ v L (n = 1; 3; 5; 7; ...) 1 O tubo de Kundt Uma aplicação interessante das ondas estacionárias foi desenvolvida pelo físico ale- mão August Kundt (1839-1894). Ele elaborou um método para determinar a velocidade do som em meios gasosos e que pode ser facilmente reproduzida em laboratórios de Física. O aparato desenvolvido por Kundt consiste em um tubo de vidro transparente, em que uma das extremidades é fechada por êmbolo móvel e, na outra, adapta-se uma fonte sonora, capaz de emitir som com frequência f bem defi nida. O tubo é preenchido com o gás cuja velocidade do som deseja-se determinar. No chão do tubo, coloca-se farinha de cortiça, como mostra a fi gura (A). Após ligar a fonte, altera-se o comprimento do tubo, por meio do deslocamento do êmbolo, até que se obtenha a onda estacionária. Essa onda estacionária vai se formar quando a farinha de cortiça se acumu- lar em montículos nos pontos de nós, como mostra a fi gura (B). d Fonte sonora Êmbolo Fonte sonora Êmbolo Medindo a distância d (distância entre dois montículos de farinha de cortiça), temos: 2 λ = d s λ = 2 ⋅ d Sendo f a frequência da fonte de ondas, a velocidade das ondas no gás que preenche o tubo é: v = λ ⋅ f s v = 2 ⋅ d ⋅ f A B Observação 1 Tanto nas cordas, como nos tubos sonoros, a frequência do enésimo harmônico (harmônico de ordem n) é n vezes a frequência do primeiro harmônico. f n = n ⋅ f 1 Essa regra vale com a ressalva de que nos tubos fechados somente há harmônicos ímpares (n = 1, 3, 5, 7, …). Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 79 9/19/18 8:05 AM 80 CAPÍTULO 4 Efeito Doppler Um dos fenômenos ondulatórios mais curiosos e que tem grande importância cientí- fi ca e tecnológica é o efeito Doppler, que recebe esse nome em homenagem ao cientista austríaco Christian Doppler (1803-1853). Esse efeito se resume na alteração aparente da frequência de uma onda quando há um movimento relativo entre a fonte de onda e o receptor dessa onda. Uma aplicação cotidiana desse efeito é com os radares eletrônicos, usados para medir a velocidade dos veículos nas estradas e nas cidades. Quando uma ambulância ou um carro de polícia com a sirene ligada se aproxima de uma pessoa parada na calçada, ela percebe o som da sirene mais agudo. Quando o veículo se afasta, a pessoa percebe o som mais grave. Isso acontece porque, quando há uma aproximação relativa entre a fonte e o obser- vador, o comprimento de onda aparente é menor do que o real. Consequentemente, a fre- quência aparente do som que a pessoa receberá é maior do que a frequência real emitida pela fonte, o que signifi ca um som mais agudo. Quando há um afastamento, ocorre o con- trário: o comprimento de onda aparente é maior do que o real, e a frequência percebida pela pessoa é menor dando a sensação de um som mais grave. A B Para analisar matematicamente o efeito Doppler, considere uma ambulância F (fonte) deslocando-se com velocidade v f cuja sirene emite um som com frequência f fonte e uma pessoa O (observador) que se move com velocidade v o , como mostra a fi gura. v observ. f observ. f fonte v fonte O F + Sendo a velocidade do som v som , a frequência aparente f ap. do som que o observador receberá é dada por: f ap. = f fonte ⋅ som o som f ± ± v vsov vm ov vm o±v vm o±m ov v± v vsov vmv v±v v em que os sinais (+ ou –) das velocidades da fonte v f e do observador v o são defi nidos por meio de uma trajetória orientada positivamente do observador O para a fonte F, como indicado na fi gura. Sendo assim, pela equação anterior, temos: Observador v o . 0 v o , 0 Fonte v f . 0 v f , 0 • movimento relativo de aproximação entre fonte F e observador O s f ap. . f real • movimento relativo de afastamento entre fonte F e observador O s f ap. , f real G a ry B la k e le y /S h u tt e rs to ck Designua/Shutterstock Radares eletrônicos usam o efeito Doppler para medir a velocidade dos veículos nas estradas. Na fi gura A, o carro de polícia está em movimento. Com isso, a pessoa à frente do carro recebe ondas sonoras com comprimento de onda menor do que a pessoa que está atrás do carro. Já quando o carro está parado, fi gura B duas pessoas, uma à frente e outra atrás do carro, receberão sons com o mesmo comprimentos de onda. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 80 9/19/18 8:05 AM 81 FÍ SI CA E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia O rompimento da barreira do som por meio de aeronaves comerciais e militares já é fato. E não se trata apenas de romper, mas também de ir além dela algumas vezes. E se fosse possível rompermos a barreira que corresponde à velocidade da luz, no vácuo (300 000 km/s)? Especulações a esse respeito não faltam: viajar mais rápido do que a velocidade da luz nos faria voltar no tempo, ou seríamos capazes de nos teletransportar de um lugar para outro num piscar de olhos, como já visto em diversos fi lmes defi cção científi ca. Saindo do campo especulativo, Albert Einstein, um dos gigantes da Física moderna, afi rmava que a velocidade da luz é a mais alta conhecida e que é sempre a mesma, em qualquer lugar. Anteriormente às afi rmações de Einstein, os físicos Michelson e Morley, ao investigarem o deslocamento da Terra no éter, pensavam em obter velocidades maiores do que a da luz no vácuo. Pesquise sobre esse experimento e explore as consequências dele, caso fosse comprovada a existência dessas velocidades. Conexões Ultrassonografia A ultrassonografi a (ou ecografi a) é um método inócuo e relativamente barato de produzir, em tempo real, imagens das estruturas e órgãos do interior do corpo, mesmo em movimento. Como é um exame muito simples de ser realizado, costu- ma ser usado para fi ns preventivos, diagnósticos ou como acompanhamento de tratamentos. Pelo efeito Doppler, a ultrassonografi a permite também detectar o sentido e a velocidade da corrente sanguínea em determinado segmento do corpo. É o método ideal para examinar mulheres gestantes, durante o acompanhamento pré-natal, permitindo reconhecer o sexo do bebê antes do nascimento, bem como diagnosticar eventuais alterações morfológicas ou funcionais do feto, realizar inter- venções intrauterinas e prever as que serão necessárias após o nascimento. Entre outras grandes vantagens do exame de ultrassonografi a, estão a de tratar-se de um método não invasivo e sem usar radiação. As imagens geradas pelo ultrassom podem ser captadas em vídeo ou “congeladas” em fotografi as. Nas últimas décadas, tem havido tanto avanço tecnológico nessa área que hoje é possível analisar desde o cérebro até articulações de re- cém-nascidos. O exame de ultrassonografi a é totalmente indolor e não ocasiona nenhum incômodo. Consiste em fazer deslizar sobre a pele um pequeno aparelho chamado transdutor, que emite ondas sonoras de alta frequência (dois milhões a 20 milhões de hertz), inaudíveis pelo ouvido humano, que são captadas de volta sob a forma de eco. Como cada órgão e estrutura tecidual tem uma densidade específi ca, os tempos de retorno dos ecos devolvidos por eles são diferentes e são traduzidos na tela em tons variáveis de cinza, do branco ao preto, formando uma imagem captada por um computador. Disponível em: <www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/327345/ultrassonografi a+como+e+este+exame.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015. (Adaptado.) 1. De acordo com o texto, qual é o fenômeno físico que acontece com as ondas sonoras na ultrassonografi a? 2. Por que na ultrassonografi a de vasos sanguíneos é preciso usar o efeito Doppler? Fonte de ultrassom: transdutor Cabo do computador Ultrassom refletido pela região alvo: eco Ondas de ultrassom que chegam até a região alvo Atividades 13. Um pedaço de cano de PVC é usado como tubo sonoro aberto nas duas extremidades. O tubo ressoa no terceiro harmônico com frequência de 99 Hz. Calcule o compri- mento do tubo. (Dado: velocidade do som no ar: v = 330 m/s) 14. (Enem) Um dos modelos usados na caracterização dos sons ouvidos pelo ser humano baseia-se na hipóte- se de que ele funciona como um tubo ressonante. Nesse caso, os sons externos produzem uma variação de pressão do ar no interior do canal auditivo, fazendo a membrana (tímpano) vibrar. Esse modelo pressupõe que o sistema funciona de forma equivalente à pro- pagação de ondas sonoras em tubos com uma das extremidades fechadas pelo tímpano. As frequências que apresentam ressonância com o canal auditivo têm sua intensidade reforçada, enquanto outras podem ter sua intensidade atenuada. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 81 9/19/18 8:05 AM 82 CAPÍTULO 4 LTímpano Tímpano Canal auditivo Canal auditivo Considere que, no caso de ressonância, ocorra um nó sobre o tímpano e ocorra um ventre da onda na saí- da do canal auditivo, de comprimento L igual a 3,4 cm. Assumindo que a velocidade do som no ar (v) é igual a 340 m/s, a frequência do primeiro harmônico (frequência fundamental, n = 1) que se formaria no canal, ou seja, a frequência mais baixa que seria reforçada por uma resso- nância no canal auditivo, usando esse modelo, é: a) 0,025 kHz, valor que considera a frequência do pri- meiro harmônico como igual a L n v 4 ⋅ ⋅ e equipara a orelha a um tubo com ambas as extremidades abertas. b) 2,5 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a L n v 4 ⋅ ⋅ e equipara a orelha a um tubo com uma extremidade fechada. c) 10 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a L n v⋅ e equipara a orelha a um tubo com ambas as extremidades fechadas. d) 2 500 kHz, valor que expressa a frequência do pri- meiro harmônico como igual a, L n v⋅ aplicável à orelha humana. e) 10 000 kHz, valor que expressa a frequência do primei- ro harmônico como igual a, L n v⋅ aplicável à orelha e a tubo aberto e fechado. (Dados: L = 3,4 cm = 3,4 ⋅ 10-2 m; v = 340 m/s.) 15. (Vunesp) Um experimento foi feito com a fi nalidade de determinar a frequência de vibração de um diapasão. Um tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades foi parcialmente imerso em um recipiente com água e o diapasão vibrando foi colocado próximo ao topo desse tubo, conforme a fi gura 1. O comprimento L da coluna de ar dentro do tubo foi ajustado movendo-o verticalmente. Verifi cou-se que o menor valor de L, para o qual as ondas sonoras geradas pelo diapasão são reforçadas por resso- nância dentro do tubo, foi de 10 cm, conforme a fi gura 2. Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s, é correto afi rmar que a frequência de vibração do diapasão, em Hz é igual a: a) 425 b) 850 c) 1 360 d) 3 400 e) 1 700 16. Um diapasão vibra com frequência constante de 170 Hz na extremidade de um tubo aberto de ressonância que contém água. Sabendo que a velocidade do som no ar é de 340 m/s e que a água sai lentamente do tubo, calcule as distâncias entre a borda superior do tubo e o nível da água no momento em que ocorrer o primeiro e o segundo reforço sonoro. R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 82 9/19/18 8:05 AM 83 FÍ SI CA 17. +Enem [H1] Dois tubos sonoros abertos, ambos de com- primento L, ressoam formando ondas estacionárias em seu interior. O tubo A ressoa no harmônico N e o comprimento de onda vale 60 cm, o tubo B ressoa no harmônico N + 1 e o comprimento de onda vale 50 cm. Determine o valor de L. a) 150 cm b) 175 cm c) 200 cm d) 225 cm e) 250 cm 18. (UFRGS-RS) Existe uma possibilidade de mudar a frequên- cia de uma onda eletromagnética por simples refl exão. Se a superfície refl etora estiver em movimento de apro- ximação ou afastamento da fonte emissora, a onda refl etida terá, respectivamente, frequência maior ou menor do que a onda original. Esse fenômeno, utilizado pelos radares (RADAR é uma si- gla de origem inglesa: Radio Detection And Ranging ), é conhecido como efeito: a) Doppler b) Faraday c) Fotoelétrico d) Magnus e) Zeeman 19. (UFC-CE) Uma fonte fi xa emite uma onda sonora de fre- quência f. Uma pessoa se move em direção à fonte sonora com velocidade v 1 e percebe a onda sonora com frequên- cia f 1 . Se essa mesma pessoa se afastasse da fonte com velocidade v 2 , perceberia a onda sonora com frequência f 2 . Considerando a velocidade do som no ar, v s = 340 m/s, e v 1 = v 2 = 20 m/s, determine a razão f f 1 2 . 20. (UFJF-MG) Pedro é músico e estudante de Física. Certo dia, Pedro estava no alto de um palco afi nando seu violão. Ele usava um diapasão em Lá fundamental do piano que vibra com uma frequência de 440,00 Hz. Por um descuido, Pedro inadvertidamente deixou o diapasão cair. Ele, que tem um ouvido muito bom, percebeu que enquanto o diapasão caía, o som percebido se alterava para frequências dife- rentes daqueles 440,00 Hz, que ele estava ouvindo antes.Muito curioso Pedro resolveu determinar a frequência do diapasão percebido por ele, no instante imediatamente antes de o diapasão tocar o chão. Para isso, ele mediu a altura de queda em 1,80 m, e considerando a velocidade do som no ar como 330,0 m/s, ele chegou a um valor de: a) 438,15 Hz b) 432,14 Hz c) 332,12 Hz d) 330,00 Hz e) 324,10 Hz Complementares Tarefa proposta 22 a 32 21. (Unicamp-SP) Podemos medir a velocidade do som no ar de uma maneira relativamente simples. Um diapasão que vibra na frequência de 440 Hz é mantido junto à extremidade aberta de um recipiente cilíndrico conten- do água até certo nível. O nível da coluna de água no recipiente pode ser controlado por um sistema de tubos. Em determinadas condições de temperatura e pressão, observa-se um máximo na intensidade do som quando a coluna de ar acima da coluna de água mede 0,6 m. O efeito repete-se pela primeira vez quando a altura da coluna de ar atinge 1,0 m. Nessas condições, determine: a) o comprimento de onda do som produzido pelo diapasão; b) a velocidade do som no ar. 22. A distância entre dois acúmulos consecutivos de farinha de cortiça num tubo de Kundt é de 8 cm quando a fonte de on- das na extremidade do tubo vibra com frequência constante de 1 700 Hz. Calcule a velocidade de propagação da onda estacionária no gás contido no interior do tubo. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 83 9/19/18 8:06 AM 84 CAPÍTULO 4 23. (ITA-SP) Em queixa à polícia, um músico depõe ter sido quase atropelado por um carro, tendo distinguido o som em Mi da buzina na aproximação do carro e em Ré, no seu afastamento. Então, com base no fato de ser de 10 9 a relação das frequências v v Mi Ré , a perícia técnica conclui que a velocidade do carro, em km/h, deve ter sido aproxima- damente de: a) 64 b) 71 c) 83 d) 102 e) 130 24. (Enem) Leia o texto: Os radares comuns transmitem micro-ondas que re- fl etem na água, gelo e outras partículas na atmosfera. Podem, assim, indicar apenas o tamanho e a distân- cia das partículas, tais como gotas de chuva. O radar Doppler, além disso, é capaz de registrar a velocidade e a direção na qual as partículas se movimentam, for- necendo um quadro do fluxo de ventos em diferentes elevações. Nos Estados Unidos, a Nexrad, uma rede de 158 rada- res Doppler, montada na década de 1990 pela Diretoria Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), permite que o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) emita alertas so- bre situações do tempo potencialmente perigosas com um grau de certeza muito maior. O pulso da onda do radar, ao atingir uma gota de chuva, devolve uma pequena parte de sua energia em uma onda de retorno, que chega ao disco do radar antes que ele emita a onda seguinte. Os radares da Nexrad transmitem entre 860 e 1 300 pulsos por segun- do, na frequência de 3 000 MHz. FISCHETTI, M. Radar meteorológico: sinta o vento. Scientifi c American Brasil. São Paulo, n. 8, jan. 2003. No radar Doppler, a diferença entre as frequências emi- tidas e recebidas pelo radar é dada por ∆f = 2 v c r⋅ , em que v r é a velocidade relativa entre a fonte e o receptor, c = 3,0 ⋅ 108 m/s é a velocidade da onda eletromagnética e f 0 é a frequência emitida pela fonte. Qual é a velocida- de, em km/h, de uma chuva, para a qual se registra no radar Doppler uma diferença de frequência de 300 Hz? a) 1,5 km/h b) 5,4 km/h c) 15 km/h d) 54 km/h e) 108 km/h Tarefa proposta 1. (Ufscar-SP) Duas caixas acústicas, conectadas na mesma saída de um amplifi cador por meio de cabos de mesmo comprimento, foram usadas a céu aberto para animar uma festa junina. a) Sabendo-se que o tempo mínimo de percepção dis- tinta de dois sons pela orelha humana é de 0,1 s e que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, calcule a distância mínima entre as duas caixas para que uma pessoa posicionada ao lado de uma delas ouça distin- tamente o som produzido por ambas, tal qual ocorre com o eco. b) O comprimento de onda do som audível compreende uma faixa que se estende de 2 ⋅ 10–2 m a 20 m. Determine o valor da menor frequência sonora que uma pessoa pode ouvir. 2. +Enem [H1] Sabe-se que, há séculos, a Lua é objeto de estudo e observação. Suponha que houvesse ar entre a Terra e a Lua e você conseguisse dar um grito de tamanha intensidade que fosse capaz de escutar o eco de sua voz após o grito sofrer refl exão na Lua. Quanto tempo, em segundos, depois de gritar, você escutaria o eco de sua voz? (Dados: distância entre a Lua e a Terra: 374 000 km; velo- cidade do som no ar: 340 m/s) a) 1,7 ⋅ 106 s b) 2,8 ⋅ 107 s c) 1,2 ⋅ 108 s d) 1,5 ⋅ 106 s e) 2,2 ⋅ 106 s 3. (PUC-PR) A fi gura a seguir representa as ondas produzidas por um violino e um piano: Tempo (s) Sobre esses dois instrumentos, na situação mostrada na fi gura, é correto afi rmar: a) Os dois instrumentos estão tocando a mesma nota porque a frequência fundamental das duas ondas é a mesma. b) Os dois instrumentos não estão tocando a mesma nota porque as ondas têm formatos diferentes. c) Os dois instrumentos estão tocando a mesma nota, porém, a frequência fundamental das duas ondas é diferente. d) A frequência fundamental não está relacionada com a nota, mas com o timbre dos instrumentos. e) Todas as alternativas anteriores são falsas. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 84 9/19/18 8:06 AM 85 FÍ S IC A 4. (Acafe-SC) Durante um concerto, o violino e o violoncelo emitem o “lá fundamental”, cuja frequência é 440 Hz. Supondo-se que ambos os sons tenham a mesma intensida- de, é correto afi rmar que as sensações auditivas produzidas são diferentes quanto ao (à): a) comprimento de onda. b) altura do som. c) forma da onda. d) nível sonoro. e) velocidade da onda. 5. (EEAR-SP) Analisando a fi gura do gráfi co que representa três ondas sonoras produzidas pela mesma fonte, assinale a alternativa correta para os três casos representados. a) As frequências e as intensidades são iguais. b) As frequências e as intensidades são diferentes. c) As frequências são iguais, mas as intensidades são diferentes. d) As frequências são diferentes, mas as intensidades são iguais. 6. (FCMMG) A fi gura mostra uma haste vertical ligada a um alto-falante que oscila a 400 Hz ligado a uma corda que passa por uma roldana e é esticada por um peso, forman- do uma onda estacionária. Alterando-se gradativamente o número de vibrações da haste, a onda se desfaz e, em seguida, observa-se outra confi guração de uma nova onda estacionária, com menor comprimento de onda. Para que tal fato aconteça, a nova frequência do alto-falante será de: a) 200 Hz b) 300 Hz c) 500 Hz d) 600 Hz 7. (UFJF-MG) Consideremos uma corda fi xa nas suas extremida- des e sujeita a uma certa tensão. Se excitarmos um ponto desta corda por meio de um vibrador de frequência qualquer ou pela ação de uma excitação externa, toda a extensão da corda entra em vibração. É o que acontece, por exemplo, com as cordas de um violão. Existem certas frequências de excitação para as quais a amplitude de vibração é máxima. Estas frequências próprias da corda são chamadas modos normais de vibração. Além disto, formam-se ondas estacionárias exibindo um pa- drão semelhante àquele mostrado na fi gura 1a. Adaptado do roteiro de laboratório de Física 2. Departamento de Física – UFJF. Com base nestas informações, um estudante usou o laboratório didático de sua escola e montou o seguinte experimento: uma corda tem uma de suas extremidades presa a um diapasão elétrico que oscila com frequência constante e a outra extremidade passa por uma polia na extremidade de uma mesa e é presa a uma massa m pen- durada do lado de fora, conforme ilustrado na fi gura 1b. a) No primeiro experimento, foi usado um diapasão elétri- co de frequência constante f = 150 Hz. Ele fi xou a cor- da para um comprimento L = 80 cm. Nesta confi gura- ção obteve o padrão de oscilaçãoda corda formando 3 ventres, conforme a fi gura 1b. Nesse primeiro expe- rimento, qual a velocidade de propagação da onda? b) Para um segundo diapasão, de frequência desconhecida, foi realizada uma experiência variando a posição do diapa- são para obter comprimentos L diferentes. Para cada valor de L é possível alterar a massa M para obter um único ventre. Sabe-se que a velocidade de propagação da onda pode ser calculada pela expressão V = T D 1 2 , onde T é tensão na qual a corda está submetida e D é a densidade linear de massa da corda. Com essas informações, ele de- terminou, para cada comprimento L, qual a velocidade de propagação da onda na corda construindo um gráfi co L × v conforme o gráfi co a seguir. Com base neste gráfi co, en- contre a frequência desconhecida do segundo diapasão. F e re n c S ze le p c s e n y i/ S h u tt e rs to ck R e p ro d u ç ã o / U FJ F- M G , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U FJ F- M G , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / F C M -M G , 2 0 1 8 . R e p ro d u ç ã o / E E A R -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 85 9/19/18 8:06 AM 86 CAPÍTULO 4 8. (Uece) Considere um forno micro-ondas que opera na frequência de 2,45 GHz. O aparelho produz ondas eletro- magnéticas estacionárias no interior do forno. A distância de meio comprimento de onda, em cm, entre nodos do campo elétrico é aproximadamente: (Dado: considere a velocidade da luz no ar, c = 3 ⋅ 108 m/s.) a) 2,45 b) 12 c) 6 d) 4,9 9. (UFV-MG) A reflexão do som provoca um fenômeno mui- to conhecido denominado eco. Em uma comunidade, localizada perto de uma encosta, um grupo de crianças se diverte dando gritos, para, em seguida, ouvirem suas vozes novamente, em razão do eco. Sabendo-se que a velocidade do som, no local onde as crianças estão brin- cando, é de 1 224 km/h, assinale a alternativa que mostra a distância na qual elas devem se encontrar da parede para que ouçam o eco 1 s depois de emitido o som: a) 170 m b) 340 m c) 1 224 km d) 12,24 km 10. (UFG-GO) Um ferreiro molda uma peça metálica sobre uma bigorna (A) com marteladas a uma frequência constante de 2 Hz. Um estudante (B) pode ouvir os sons produzidos pelas marteladas, bem como os ecos provenientes da pa- rede (C), conforme ilustra a figura. Considerando-se o exposto, qual deve ser a menor distân- cia d, entre a bigorna e a parede, para que o estudante não ouça os ecos das marteladas? Dado: Velocidade do som no ar: 340 m/s a) 42 m b) 85 m c) 128 m d) 170 m e) 340 m 11. (UFG-GO) Em um artigo científico, publicado em 2010 na revista Conservation Biology, os autores relatam os resulta- dos da investigação do comportamento dos elefantes em regiões em que há exploração de petróleo. Nessas regiões, deflagram-se algumas explosões que são detectadas por esses animais. As patas dos elefantes são capazes de per- ceber ondas sísmicas e, com isso, eles conseguem manter- -se distantes das zonas de detonação. Considere que um elefante capte uma onda sísmica que se propaga a uma velocidade típica de 3,74 km/s. Quatro segundos depois, ele ouve o som da detonação de uma carga de dinamite. A que distância, aproximadamente, em metros, o ele- fante se encontrará do local em que a carga de dinamite foi detonada? (Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s) a) 13 600 b) 8 160 c) 1 496 d) 1 360 e) 1 247 12. (IME-RJ) Quando uma corda de violão é tocada, o compri- mento de onda da onda sonora produzida pela corda: a) é maior que o comprimento de onda da onda produzi- da na corda, já que a distância entre as moléculas do ar é maior que a distância entre os átomos da corda. b) é menor que o comprimento de onda da onda produ- zida na corda, já que a massa específica do ar é menor que a massa específica da corda. c) é igual ao comprimento de onda da onda produzida na corda, já que as frequências das duas ondas são iguais. d) pode ser maior ou menor que o comprimento de onda da onda produzida na corda, dependendo das veloci- dades de propagação da onda sonora e da onda pro- duzida na corda. e) pode ser maior ou menor que o comprimento de onda da onda produzida na corda, dependendo das frequên- cias da onda sonora e da onda produzida na corda. 13. (UPE) Observa-se, na figura a seguir, uma corda fixa em suas extremidades na qual foi estabelecida uma onda es- tacionária. 1,0 cm 0,4 m Qualquer ponto da corda, com exceção dos nós, efetua 10 oscilações por segundo. A ordem de grandeza da velo- cidade das ondas que deram origem à onda estacionária, em m/s, vale: a) 102 b) 10–1 c) 101 d) 10–2 e) 100 14. (UFPR) Num estudo sobre ondas estacionárias, foi feita uma montagem na qual uma fina corda teve uma das suas extremidades presa numa parede e a outra num alto-fa- lante. Verificou-se que o comprimento da corda, desde a parede até o alto-falante, era de 1,20 m. O alto-falante foi conectado a um gerador de sinais, de maneira que havia a formação de uma onda estacionária quando o gerador emitia uma onda com frequência de 6 Hz conforme é mostrado na figura a seguir. Com base nessa figura, determine, apresentando os res- pectivos cálculos: a) O comprimento de onda da onda estacionária. b) A velocidade de propagação da onda na corda. 15. (UFPR) Sobre ondas sonoras, considere as seguintes infor- mações: I. Decibel (dB) é a unidade usada para medir a caracte- rística do som que é a sua altura. II. A frequência da onda ultrassônica é mais elevada do que a da onda sonora. R e p ro d u ç ã o / U F P R , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U F G -G O , 2 0 1 3 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 86 9/19/18 8:06 AM 87 FÍ S IC A III. Eco e reverberação são fenômenos relacionados à re- fl exão da onda sonora. Está correto apenas o que se afi rma em: a) I b) II c) III d) I e III e) II e III 16. (Vunesp) Defi ne-se a intensidade de uma onda (I) como potência transmitida por unidade de área disposta per- pendicularmente à direção de propagação da onda. Porém, essa defi nição não é adequada para medir nossa percepção de sons, pois nosso sistema auditivo não res- ponde de forma linear à intensidade das ondas incidentes, mas de forma logarítmica. Defi ne-se, então, nível sonoro (β) como β = 10 log 0 I I , sendo β dado em decibel (dB) e I 0 = 10–12 W/m2. Supondo que uma pessoa, posicionada de forma que a área de 6,0 ⋅ 10–5 m2 de um de seus tímpanos esteja per- pendicular à direção de propagação da onda, ouça um som contínuo de nível sonoro igual a 60 dB durante 5,0 s a quantidade de energia que atingiu seu tímpano nesse intervalo de tempo foi: a) 1,8 ⋅ 10–8 J b) 3,0 ⋅ 10–12 J c) 3,0 ⋅ 10–10 J d) 1,8 ⋅ 10–14 J e) 6,0 ⋅ 10–9 J 17. (UEPA) A velocidade de uma onda em uma corda tensio- nada pode ser expressa pela seguinte equação: v = F µ , em que F é a intensidade da força que atua na corda e µ é a sua densidade linear de massa, isto é, a razão entre a massa da corda e seu comprimento. Admita uma corda de massa igual a 200 g, de 1 m de comprimento, que vibra com frequência de 25 Hz, conforme indica a fi gura a seguir. Para essa situação, a intensidade da força que atua na corda é, em N, igual a: 1 m a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50 18. (UFPE) A fi gura mostra uma corda AB de comprimento L de um instrumento musical com ambas as extremidades fi xas. Mantendo-se a corda presa no ponto P, a uma dis- tância L 4 da extremidade A, a frequência fundamental da onda transversal produzida no trecho AP é igual a 294 Hz. Para obter um som mais grave, o instrumentista golpeia a corda no trecho maior, PB. Qual é a frequência funda- mental da onda nesse caso, em Hz? A B P L 4 L Ñ 19. (EFOMM-RJ) Na fi gura abaixo, uma corda é presa a um suporte e tensionada por um corpo esférico de 500 g, que se encontra totalmente imerso em um recipiente contendo água. Determine a velocidadecom que se propaga uma onda na corda. Considere a corda como um fi o ideal. (Dados: massa específi ca da água = 1 g/cm3; volume da esfera = 0,1 dm3; densidade da corda = 1,2 g/m; acelera- ção da gravidade = 10 m/s2.) a) 47,3 m/s b) 49 m/s c) 52,1 m/s d) 54,5 m/s e) 57,7 m/s 20. (EFOMM-RJ) Para ferver três litros de água para fazer uma sopa, Dona Marize mantém uma panela de 500 g suspen- sa sobre a fogueira, presa em um galho de árvores por um fi o de aço com 2 m de comprimento. Durante o processo de aquecimento, são gerados pulsos de 100 Hz em uma das extremidades do fi o. Esse processo é interrompido com a observação de um regime estacionário de terceiro har- mônico. Determine, aproximadamente, a massa de água restante na panela. (Dados: densidade linear do aço = 10–3 kg/m; aceleração da gravidade = 10 m/s2 e densidade da água = 1 kg/L.) a) 1,28 kg b) 1,58 kg c) 2,28 kg d) 2,58 kg e) 2,98 kg 21. (PUC-SP) Duas fontes harmônicas simples produzem pulsos transversais em cada uma das extremidades de um fi o de comprimento 125 cm homogêneo e de secção constante, de massa igual a 200 g e que está tracionado com uma for- ça de 64 N. Uma das fontes produz seu pulso ∆t segundos após o pulso produzido pela outra fonte. Considerando que o primeiro encontro desses pulsos se dá a 25 cm de uma das extremidades dessa corda, determine, em milis- segundos, o valor de ∆t. a) 37,5 b) 75,0 c) 375,0 d) 750,0 22. (UFG-GO) Durante a construção de uma estrada, o mo- tor de uma máquina compactadora de solo, similar a um bate-estaca, emite um som de 68 Hz na entrada de um túnel reto, que mede 30 m de comprimento. Um pedes- tre transitando pelo túnel percebe que uma onda sonora estacionária é formada no interior do túnel, notando a ocorrência de posições de alta intensidade sonora e pontos de silêncio (intensidade sonora nula). Dado que a velocida- de do som é de 340 m/s, quantos pontos de intensidade nula o pedestre vai contar ao atravessar o túnel? a) 6 b) 12 c) 13 d) 24 e) 25 R e p ro d u ç ã o / P U C -S P, 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / E F O M M -R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 87 9/19/18 8:06 AM 88 CAPÍTULO 4 23. (ITA-SP) Considere o modelo de flauta simplificado mostra- do na figura, aberta na sua extremidade D, dispondo de uma abertura em A (próxima à boca), um orifício em B e outro em C. Sendo AD = 34,00 cm, AB = BD, BC = CD e a velocidade do som de 340,0 m/s, as frequências esperadas nos casos: (i) somente o orifício C está fechado, e (ii) os orifícios B e C estão fechados, devem ser, respectivamente: A B C D Vista superior A B C Corte longitudinal D a) 2 000 Hz e 1 000 Hz b) 500 Hz e 1 000 Hz c) 1 000 Hz e 500 Hz d) 50 Hz e 100 Hz e) 10 Hz e 5 Hz 24. (Fuvest-SP) Um tubo aberto de comprimento L somente pode emitir som de frequência f n = n ⋅ 2L v (com n inteiro). Sendo v = 340 m/s e L = 1 m: a) Qual é a frequência do som fundamental emitido pelo tubo? b) Qual é o comprimento de onda correspondente a esse som? 25. (EFOMM-RJ) Uma corda ideal está atada a um diapasão que vibra com frequência f 1 e presa a um corpo de massa m = 2,5 kg, conforme a figura 1. A onda estacionária que se forma possui 6 ventres que formam 3,0 m de comprimento. Um diapasão de frequência f 2 é posto a vibrar na borda de um tubo com água, conforme a figura 2. O nível da água vai diminuindo e, na altura de 42,5 cm ocorre o primeiro aumento da intensidade sonora. Desprezando os atritos e considerando a roldana ideal, a razão entre as fre- quências f 2 e f 1 é de aproximadamente: Dado: densidade linear da corda = 250 g/m. a) 2,0 b) 4,0 c) 20,0 d) 40,0 e) 60,0 26. (Vunesp) Um aluno, com o intuito de produzir um equipamen- to para a feira de ciências de sua escola, selecionou três tubos de PVC de cores e comprimentos diferentes, para a confecção de tubos sonoros. Ao bater com a mão espalmada em uma das extremidades de cada um dos tubos, são produzidas ondas sonoras de diferentes frequências. A tabela a seguir associa a cor do tubo com a frequência sonora emitida por ele. Cor Vermelho Azul Roxo Frequência (Hz) 290 440 494 Podemos afirmar corretamente que os comprimentos dos tubos vermelho (L vermelho ), azul (L azul ) e roxo (L roxo ) guardam a seguinte relação entre si: a) L vermelho < L azul > L roxo b) L vermelho = L azul = L roxo c) L vermelho > L azul = L roxo d) L vermelho > L azul > L roxo e) L vermelho < L azul < L roxo 27. +Enem [H1] Considere dois tubos sonoros, um aberto e outro fechado, ambos do mesmo comprimento e situados no mesmo ambiente. Se o som de frequência fundamental emitido pelo tubo aberto tem comprimento de onda de 34 cm, qual o comprimento de onda, em centímetros, do som de frequência fundamental emitido pelo tubo fechado? a) 68 cm b) 65 cm c) 63 cm d) 60 cm e) 58 cm 28. (EBMSP-BA) O canal auditivo da figura representa o órgão de audição humano que mede, em média, cerca de 2,5 cm, de com- primento e que pode ser comparado a um tubo sonoro fechado, no qual a coluna de ar oscila com ventre de des- locamento na extremidade aberta e nó de deslocamento na extremidade fechada. Considerando-se que a velocidade de propagação do som no ar é igual a 340 m/s e que a coluna de ar oscila segundo um padrão estacionário fundamental no canal auditivo, pode-se afirmar – pela análise da figura associa- da aos conhecimentos da Física – que: a) o comprimento da onda sonora que se propaga no canal auditivo é igual a 2,5 cm. b) a frequência das ondas sonoras que atingem a membra- na timpânica é, aproximadamente, igual a 13 600,0 Hz c) a frequência fundamental de oscilação da coluna de ar no canal auditivo é igual a 340,0 Hz. d) a frequência de vibração da membrana timpânica pro- duzida pela oscilação da coluna de ar é igual a 3 400 Hz. e) a frequência do som transmitido ao cérebro por impul- sos elétricos é o dobro da frequência da vibração da membrana timpânica. R e p ro d u ç ã o / E B M S P -B A , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / E F O M M , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / E F O M M , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 88 9/19/18 8:06 AM 89 FÍ S IC A 29. (Fuvest-SP) Um alto-falante emitindo som com uma única frequência é colocado próximo à extremidade aberta de um tubo cilíndrico vertical preenchido com um líquido. Na base do tubo, há uma torneira que permite escoar lentamente o líquido, de modo que a altura da coluna de líquido varie uniformemente no tempo. Partindo-se do tubo completamente cheio com o líquido e considerando apenas a coluna de ar criada no tubo, observa-se que o primeiro máximo de intensidade do som ocorre quando a altura da coluna de líquido diminui 5 cm e que o segundo máximo ocorre um minuto após a torneira ter sido aberta. Determine: a) o módulo da velocidade v de diminuição da altura da coluna de líquido; b) a frequência f do som emitido pelo alto-falante. Sabendo que uma parcela da onda sonora pode se pro- pagar no líquido, determine: c) o comprimento de onda λ deste som no líquido; d) o menor comprimento L da coluna de líquido para que haja uma ressonância deste som no líquido. Note e adote: Velocidade do som no ar: v ar = 340 m/s. Velocidade do som no líquido: v líq. = 1 700 m/s. Considere a interface ar-líquido sempre plana. A ressonância em líquidos envolve a presença de nós na sua superfície. 30. (AFA-SP) Duas fontes sonoras 1 e 2, de massas desprezíveis, que emitem sons, respectivamente, de frequências f 1 = 570 Hz e f 2 = 390 Hz são colocadas em um sistema, em repouso, constituído por dois blocos, A e B, unidos por um fi o ideal e inextensível, de tal forma que uma mola ideal se encontra comprimida entre eles, como mostra a fi gura abaixo. A fonte sonora 1 está acoplada ao bloco A, de massa 2 m, e a fonte sonora 2 ao blocoB, de massa m. Um observador O, estacionário em relação ao solo, dis- para um mecanismo que rompe o fi o. Os blocos passam, então, a se mover, separados da mola, com velocidades constantes em relação ao solo, sendo que a velocidade do bloco B é de 80 m/s. Considere que não existam forças dissipativas, que a velo- cidade do som no local é constante e igual a 340 m/s que o ar se encontra em repouso em relação ao solo. Nessas condições, a razão entre as frequências sonoras percebidas pelo observador, devido ao movimento das fontes 2 e 1, respectivamente, é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 31. (IME-RJ) Uma onda plana de frequência f propaga-se com velocidade v horizontalmente para a direita. Um observa- dor em A desloca-se com velocidade constante u (u , v) no sentido indicado na fi gura. Sabendo que α é o ângulo entre a direção de propagação da onda e de deslocamento do observador, a frequência medida por ele é: u v A α a) u v + ⋅ α 1 cos ⋅ f b) u v ⋅ α 1 – cos ⋅ f c) f u f ⋅ α1 – cos d) 1 cos+ ⋅ α f u f e) cos 1 – α u v ⋅ f 32. (ITA-SP) Uma pessoa de 80,0 kg deixa-se cair verticalmente de uma ponte, amarrada a uma corda elástica de bungee jumping com 16,0 m de comprimento. Considere que a corda se esticará até 20,0 m de comprimento sob a ação do peso. Suponha que, em todo o trajeto, a pessoa toque continuamente uma vuvuzela, cuja frequência natural é de 235 Hz. Qual(is) é (são) a(s) distância(s) abaixo da ponte em que a pessoa se encontra para que um som de 225 Hz seja percebido por alguém parado sobre a ponte? a) 11,4 m b) 11,4 m e 14,4 m c) 11,4 m e 18,4 m d) 14,4 m e 18,4 m e) 11,4 m, 14,4 m e 18,4 m Vá em frente Leia OKUNO, E.; CALDAS, I.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo: Harbra, 1986. No capítulo 15 do livro, você encontrará uma abordagem interessante e abrangente sobre o som. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / A FA -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 89 9/19/18 8:06 AM 90 GabaritoGabaritoooGabarito Capítulo 1 Complementares 9. a) t (s) x (m) 0 0 1 2 2− 2 –4 3 2 2− 4 0 5 2 2+ 6 +4 7 2 2+ 8 0 b) π m/s 10. b 11. Soma = 14 (02 + 04 + 08) 12. a) 5,0 m b) 2,5 m/s c) x = 5 ⋅ cos t π + ⋅ 3 1 2 21. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 22. Soma = 14 (02 + 04 + 08) 23. d 24. e Tarefa proposta 1. c 2. d 3. c 4. a) 4 s; 0,25 Hz b) 1 s, 3 s e 5 s c) 1 s, 3 s e 5 s 5. c 6. F - V - V - V - V 7. d 8. b 9. b 10. c 11. a 12. d 13. a 14. Soma = 23 (01 + 02 + 04 + 16) 15. b 16. a) 5 ∙ 10–2 N/m b) 5 ∙ 103 m/s 17. c 18. Soma = 24 (08 + 16) 19. a 20. Soma = 3 (01 + 02) 21. d 22. d 23. c 24. d 25. a 26. d 27. a) 21 cm b) O relógio deverá ter uma altura total de 6,30 m, o que o tornaria inviável na prática. 12. a) 6 ⋅ 10–7 m e 5 ⋅ 1014 Hz b) λ 1 = 4,5 ⋅ 10–7 m; λ 2 = 3,6 ⋅ 10–7 m; f = 5 ⋅ 1014 Hz; v 1 = 2,25 ⋅ 108 m/s; v 2 = 1,8 ⋅ 108 m/s; n 1 H 1,3; n 2 = 1,7. 13. c 14. c 15. a 16. Soma = 28 (04 + 08 + 16) 17. d 18. a 19. a 20. d 21. a 22. d 23. d 24. b 25. e 26. e 27. Soma = 6 (02 + 04) 28. c 29. d 30. e 31. a) 1,5 m b) 0,75 m; 1,5 m; 2,25 m; 3,0 m; 3,75 m; 4,5 m e 5,25 m. 32. a) 2,67 cm/s b) 0,33 Hz c) Em A, destrutiva e, em B, con- trutiva. Capítulo 4 Complementares 9. d 10. b 11. b 12. e 21. a) 0,8 m b) 352 m/s 22. 272 m/s 23. a 24. d Tarefa proposta 1. a) 34 m b) 17 Hz 2. e 3. a 4. c 5. c 6. c 7. a) 80 m/s b) 75 Hz 8. c 9. a 10. b 11. c 12. d 13. c 14. a) 0,40 m b) 2,4 m/s 15. e 16. c 17. b 18. 98 Hz 19. e 20. a 21. a 22. b 23. c 24. a) 170 Hz b) 2 m 25. c 26. d 27. a 28. d 29. a) 0,25 cm/s b) 1 700 Hz c) 1 m d) 0,5 m 30. a 31. b 32. d 28. c 29. d 30. a) 4 ⋅ 1010 N/m b) 4 ⋅ 107 N 31. a) 4 b) 9,86 m/s2 32. d Capítulo 2 Complementares 9. Soma = 7 (01 + 02 + 04) 10. d 11. d 12. e 21. F – F – V – V – F 22. d 23. b 24. c Tarefa Proposta 1. a 2. d 3. e 4. a 5. d 6. b 7. V – F – F 8. b 9. e 10. b 11. e 12. a 13. c 14. d 15. d 16. e 17. e 18. c 19. c 20. a 21. e 22. e 23. b 24. a 25. c 26. 5 s 27. e 28. 1,02 MHz 29. c 30. c 31. b 32. e Capítulo 3 Complementares 9. a ) 3 ⋅ 10–7 m b) O ar tem menor índice de refra- ção que o vidro, portanto a velo- cidade aumentará. A frequência não é alterada por nenhum fe- nômeno, portanto, permanece- ra inalterada. O comprimento de onda e diretamente propor- cional à velocidade, portanto aumentará também. 10. c 11. a 12. c 21. b 22. d 23. e 24. b Tarefa proposta 1. e 2. c 3. e 4. b 5. c 6. Soma = 17 (01 + 16) 7. a 8. e 9. e 10. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) 11. a) 340 2 m/s b) 17 2 m Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 90 9/19/18 8:06 AM REVISÃO1-2 Nome: Data: Turma:Escola: 91 Física – Ondulatória Capítulo 1 – Movimento harmônico simples – MHS Capítulo 2 – Ondas H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife- rentes contextos. 1. (Uema) Em um determinado carro de 1,20 ⋅ 103 kg, os amortecedores estão estragados. Quando o motorista de 80 kg entra no carro, esse abaixa 2,50 cm. Considerando o carro e o motorista uma única massa, apoiada sobre uma mola ideal, a) justifi que o tipo de movimento, se harmônico simples ou amortecido. b) para um movimento harmônico simples, e, considerando o campo gravitacional com g = 10 m/s2, calcule o período e a frequência de oscilação. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 91 9/19/18 8:06 AM 9292 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 2. (Albert Einstein-SP) A placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico, utilizado para cultura de micro-organismos e constituída por duas partes: uma base e uma tampa. Em laboratórios de microbiologia e rotinas de bacteriologia, as placas de Petri são usadas para a identifi cação de micro-organismos. Num ensaio técnico, um laboratorista incide um feixe de luz monocromática de comprimento de onda igual a 600 nm que, propagando-se inicialmente no ar, incide sobre a base de uma placa de Petri, conforme esquematizado na fi gura abaixo. θ 30° 41° 49° 60° sen θ 0,50 0,66 0,75 0,87 Fonte: <www.blog.mcientifi ca.com.br>. Determine o índice de refração (n) do material da placa de Petri em relação ao ar, o comprimento (λ) e a frequência (f) da onda incidente enquanto atravessa a base da placa. a) 0,76; 790 nm; 5,0 ⋅ 1014 Hz b) 1,50; 400 nm; 5,0 ⋅ 1014 Hz c) 1,50; 600 nm; 3,3 ⋅ 1014 Hz d) 1,32; 400 nm; 7,5 ⋅ 1014 Hz n n 1 2 placa ar λplλλpl λ n n 1 ar 2 λ1 aλλ1 a⋅1 a⋅⋅1 a 1 600 10 1,5 –9 ⋅ ⋅600⋅ ⋅⋅ ⋅600 3 10 600 10 8 –9 3 1⋅⋅3 1 ⋅ R e p ro d u ç ã o / A lb e rt E in s te in -S P, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 92 9/19/18 8:06 AM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 93 Física – Ondulatória Capítulo 3 – Fenômenos ondulatórios Capítulo 4 – Acústica 3-4 H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife- rentes contextos. 1. Existem diversos fenômenos que podem ser observados nos movimentos ondulatórios. Entre eles, podemos destacar a refl exão e a interferência de ondas. Para ilustrá-los, considere dois pulsos curtos, A e B, com mesma amplitude, propagam-se em uma corda esticada com velocidade v = 1 m/s. No instante em que um cronômetro é acionado (t = 0),verifi ca-se que o perfi l da corda apresenta-se como na fi gura a seguir. Parede Extremidade fixa v 2 m 1 m v B A Considerando que não há perdas de energia durante a propagação dos pulsos, faça uma fi gura representando o perfi l da corda nos instantes t = 2 s e t = 4s. Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 93 9/19/18 8:06 AM 9494 H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife- rentes contextos. 2. De forma simplifi cada, a descrição de instrumentos musicais de sopro pode ser feita por um tubo cilíndrico oco dentro do qual, se gera uma onda sonora estacionária. Considere um tubo de comprimento L com as duas extremidades abertas, como mostra a fi gura (A). O som fundamental emitido por esse tubo tem frequência de 440 Hz, correspondendo à nota “lá”. (A) L (B) L Caso a extremidade de baixo do tubo seja fechada, como mostra a fi gura (B), qual será a frequência do som fundamental emitido por ele? f f feffefef chado afaaf berto v v 4 2 L L v 4L v 2L 1 2 f 440 feffefef chado 1 2 Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 94 9/19/18 8:06 AM 95 FÍ S IC A Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Autoavaliação Movimento harmônico simples – MHS 4 3 2 1 Compreende o signifi cado dos pontos de máxima e mínima elongação? 4 3 2 1 Consegue identifi car os pontos de velocidade máxima e velocidade nula no MHS? 4 3 2 1 Compreende o comportamento das energias cinética e potencial elástica, no MHS? Ondas 4 3 2 1 Compreende que uma onda é um perturbação que se propaga? 4 3 2 1 Consegue classifi car uma onda quanto à natureza e a forma de propagação? 4 3 2 1 Consegue utilizar a equação fundamental da ondulatória, relacionando o comprimento de onda, frequência e velocidade? Fenômenos ondulatórios 4 3 2 1 Consegue identifi car os fenômenos de refl exão e refração de uma onda? 4 3 2 1 Consegue relacionar fenômenos ondulatórios em situações cotidianas? 4 3 2 1 Compreende os fenômenos da difração e da interferência em ondas? Acústica 4 3 2 1 Compreende o que são ondas estacionárias? 4 3 2 1 Compreende que a diferenciação do som emitido por instrumentos musicais é feita pelo timbre e que a altura do som está relacionada à sua frequência? 4 3 2 1 Consegue identifi car harmônicos em cordas e tubos sonoros? Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 95 9/19/18 8:06 AM 96 Revise seu trabalho com este caderno. Com base na autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira e Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Catherine Saori Ishihara (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Denise Durand Kremer (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Tempo Composto – Monica de Souza, Catherine Bonesso, Maria Favoretto e Tamara Queiróz (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Mouses Sagiorato Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre : física : cadernos 1 a 12 : aluno / obra coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 1. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019. Bibliografi a. 1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato Luiz. 18-12934 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Ensino médio 530.7 2019 ISBN 978 85 5716 328 7 (AL) Código da obra 2150677 1a edição 1a impressão Impressão e acabamento Uma publicação 629060 Et_EM_2_Cad8_Fis_c04_65a96.indd 96 9/19/18 8:06 AM