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Crimes hediondos e Abuso de autoridade

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Sumário
1.Crimes Hediondos. Lei nº 8.072/90	2
2.Abuso de autoridade. Lei nº 4.898/1965	5
2.1. Crimes em espécie	6
2.2. Sanções	7
2.3. Processo Penal	8
1.Crimes Hediondos. Lei nº 8.072/90
Um crime é considerado hediondo porque é considerado muito grave, repugnante, aviltante.
Os crimes hediondos estão no topo da pirâmide da desvaloração axiológica criminal. São crimes que causam mais aversão à sociedade.
XLIII – A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
A prática de tortura o tráfico de drogas e o terrorismo são mencionados especificamente pela constituição. Esses três são considerados crimes equiparados a hediondos.
Os crimes hediondos e os crimes equiparados a hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
Art. 2º - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I. Anistia, Graça e Indulto.
II. Fiança.
A graça, o indulto e a anistia são formas de extinção da punibilidade.
 Anistia: É o ato do poder legislativo por meio do qual se extinguem as consequências de um fato que em tese seria punível e, como resultado, qualquer processo sobre ele.
Graça: É concedida a pessoa determinada, enquanto o Indulto tem caráter coletivo. Ambos podem ser concedidos por ato do Presidente da República.
Art. 1º - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:
I. Homicídio (art.121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado.
II. Latrocínio.
III. Extorsão qualificada pela morte.
IV. Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada.
V. Estupro.
VI. Estupro de vulnerável.
VII-B. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
VIII. Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.
I-A. Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas contra autoridade ou agente público e seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau.
	
CRIMES HEDIONDOS
	
CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDOS
	
- Homicídio por grupo de extermínio ou qualificado.
- Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte quando praticado contra autoridades ou agente das forças armadas e polícias.
- Latrocínio.
- Extorsão qualificada pela morte.
- Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada.
- Estupro simples e de vulnerável.
- Epidemia com resultado morte.
- Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
- Genocídio.
- Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.
	
- TORTURA.
- TRÁFICO DE DROGAS.
- TERRORISMO.
Art. 2º - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I. Anistia, Graça e Indulto.
II. Fiança.
§1º - A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado
§2º - A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previsto neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 da pena, se reincidente.
É possível a progressão de regime do condenado por crime hediondo, sendo possível quando se der o cumprimento de 2/5 da pena, se primário, ou de 3/5, se reincidente. A lei dos crimes hediondos determina que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. 
Art. 8º - Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do código penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
O art. 288 diz a respeito ao crime de associação criminosa. Quando a associação criminosa tiver por objeto a prática de crimes hediondos ou equiparados a hediondos, haverá aumento de pena: Reclusão de 1 a 3 anos é a pena cominada, enquanto, neste artigo, será reclusão de 3 a 6 anos.
O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá pena reduzida de um a dois terços.
É uma espécie de “delação premiada” aqui chamada de traição benéfica. A delação premiada só ocorre quando houver associação criminosa, formada especificamente para fim de cometer crimes hediondos ou equiparados.
	DELAÇÃO PREMIADA NOS CRIMES HEDIONDOS.
TRAIÇÃO BENÉFICA.
	- Apenas quando houver Associação Criminosa formada especificamente para a prática de crimes hediondos ou equiparados a hediondos.
	- O participante ou associado da associação criminosa ou bando precisa denunciá-la às autoridades, possibilitando seu desmantelamento.
	- A pena será reduzida de um a dois terços.
2.Abuso de autoridade. Lei nº 4.898/1965
Art. 5º - Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
O crime de abuso de autoridade é um atentado contra as liberdades e garantias do cidadão. A constituição confere a qualquer pessoa, na qualidade de garantia individual, o direito de petição contra o abuso de poder.
Art. 1º - O Direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei.
O objeto da lei não é apenas a responsabilidade penal do servidor público que cometer abuso, mas também a responsabilidade civil e a administrativa.
Art. 2º - O Direito de representação será exercido por meio de petição:
I. Dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção.
II. Dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do faro constitutivo do abuso de autoridade, com todas suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
O direito de representação contra o abuso de autoridade pode ser exercido por qualquer pessoa. Além disso, não é necessária a assistência do advogado. A petição deve ser dirigida a duas autoridades diferentes: A autoridade superior aquela que cometeu o abuso. Outra é o Ministério Público que detém competência constitucional para apurar crimes e promover ação penal contra os culpados.
Os elementos formais que devem estar presentes na representação são os seguintes:
- Exposição dos fatos
- Qualificação do acusado
- Rol de testemunhas
2.1. Crimes em espécie
	
ABUSO DE AUTORIDADE – CONDUTAS TÍPICAS
	
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
	
À Liberdade de locomoção.
À inviolabilidade do domicílio.
Ao sigilo da correspondência.
À liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício do culto religioso.
À liberdade de associação.
Aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto.
Ao direito de reunião.
À incolumidade física do indivíduo.
Aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
	
Art. 4º. Constitui também abuso de autoridade:
	Ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual.
Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento.
Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente prisão ou detenção de qualquer pessoa.
Deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada.
Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança.
Cobrar o carcereiroou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa.
Recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida.
Ato lesivo da honra ou do patrimônio.
Prolongar a execução de prisão temporária ou de medida de segurança.
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
2.2. Sanções
A lei do abuso de autoridade traz a possibilidade da aplicação de sanções administrativas, civis e penais.
	
ABUSODE AUTORIDADE – SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
	
Advertência – Apenas verbal.
	
Repreensão – Por escrito.
	
Suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 5 a 180, com perda de vencimentos e vantagens.
	
Destituição de função – Deixa de exercer a função de confiança ou cargo em comissão. Equivalente à demissão.
	
Demissão – É a penalidade mais gravosa. Perda de vínculo do servidor com a administração pública.
	
Demissão, a bem do serviço público.
	
ABUSO DE AUTORIDADE – SANÇÕES PENAIS
Essas penas podem ser aplicadas alternada ou cumulativamente
	
Multa de cem a cinco mil cruzeiros
	
Detenção
	
Perda do Cargo
	
Pena autônoma ou acessória – Abuso de autoridade cometido por policial civil ou militar
2.3. Processo Penal
Art. 12 – A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
Art. 13 – Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas (48h), denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e julgamento.
§1º - A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.
A ação penal é pública incondicionada, não sendo necessário que haja inquérito policial e nem representação da vítima.
Caso haja representação da vítima, a denúncia deve ser apresentada no prazo de 48h.
Art. 14 – Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
a) Promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas.
b) Requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer as verificações necessárias.
Art. 17 – Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
 §1º - No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente, dentro de cinco dias.
§2º - A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da segunda via da representação e da denúncia. 
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