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ANATOMIA HUMANA
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Daniel Vicentini de Oliveira
Anatomia Humana / OLIVEIRA, Daniel Vicentini de - Multivix, 2021
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2021 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 > Demócrito 14
 > Hipócrates 15
 > Andrea Vesalius 18
 > Desenhos anatômicos de Leonardo da Vinci 20
 > Sistema esquelético 24
 > Topografia do antebraço (membro superior) 25
 > Radiografia do pé 26
 > Termos anatômicos 31
UNIDADE 2
 > Ossos do neurocrânio 40
 > Ossos do crânio 41
 > Coluna vertebral 42
 > Coluna vertebral, costelas e pelve 44
 > Esqueleto apendicular 45
 > Ossos do membro superior 47
 > Ossos do carpo e metacarpo 48
 > Ossos do membro inferior 49
 > Disco Intervertebral. 52
 > Articulação sinovial 53
 > Tipos de Músculos 55
 > Partes do músculo esquelético 56
 > Músculo deltoide 59
 > Músculo bíceps braquial 60
 > Músculos anteriores do quadril e coxa e internos de coxa 61
 > Músculo gastrocnêmio 63
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 3
 > Anatomia do Coração 68
 > Vasos sanguíneos 71
 > Sistema linfático 74
 > Sistema respiratório 76
 > Anatomia cavidade nasal, faringe e laringe 80
 > Laringe, traqueia e brônquios principais 83
 > Troca gasosa no alvéolo 85
UNIDADE 4
 > Anatomia do sistema digestório 91
 > Anatomia da boca 92
 > Glândulas salivares maiores 94
 > Anatomia da língua 95
 > Anatomia do estômago 98
 > Pâncreas 101
 > Sistema endócrino 103
 > Produção hormonal de algumas glândulas 106
UNIDADE 5
 > Anatomia do sistema urinário 112
 > Anatomia do rim 113
 > Bexiga urinária masculina 116
 > Sistema reprodutor masculino 119
 > Sistema reprodutor feminino 119
 > Anatomia do testículo 120
 > Anatomia do pênis 123
 > Útero, ovários, tubas uterinas e vagina 125
 > Pudendo feminino 130
6
ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 6
 > Neurônio 136
 > Tipos de neurônios – conforme o número de prolongamentos 138
 > Células da Glia 139
 > Células da glia 142
 > Hemisférios cerebrais 143
 > Lobos cerebrais 145
 > Algumas estruturas do SNC 147
 > Algumas estruturas do SNC 150
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 9
1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 11
1.1 INTRODUÇÃO 11
1.2 A ANATOMIA HUMANA 11
1.3 O CORPO HUMANO 32
2 ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR 36
2.1 INTRODUÇÃO 36
2.2 SISTEMA ESQUELÉTICO 36
2.3 SISTEMA ARTICULAR 50
2.4 SISTEMA MUSCULAR 54
3 ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO 67
3.1 INTRODUÇÃO 67
3.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO CARDIOVASCULAR 67
3.3 SISTEMA CIRCULATÓRIO LINFÁTICO 72
3.4 SISTEMA RESPIRATÓRIO 75
4 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO 90
4.1 INTRODUÇÃO 90
4.2 SISTEMA DIGESTÓRIO 90
4.3 SISTEMA ENDÓCRINO 102
5 ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR 111
5.1 INTRODUÇÃO 111
5.2 SISTEMA URINÁRIO 111
5.3 SISTEMA REPRODUTOR 118
6 ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO 134
6.1 INTRODUÇÃO 134
6.2 INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO 134
6.3 SISTEMA NERVOSO CENTRAL 143
6.4 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 151
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina Anatomia tem o objetivo de compreender as principais estruturas 
anatômicas dos diversos sistemas orgânicos corporais.
Nesta disciplina, você irá adquirir um vasto conhecimento desta ciência bá-
sica para a área da saúde. Os conteúdos aqui presentes são abordados em 
cursos como Educação física, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Medicina, 
Psicologia, Terapia ocupacional, Odontologia, Biomedicina, Farmácia, Ciên-
cias Biológicas, dentre outros.
Na unidade 1, você irá conhecer a história da Anatomia Humana, da pré-his-
tória até a sua oficialização como ciência. Verá ainda sobre a divisão do corpo 
humano, a posição anatômica, os planos de delimitação do corpo humano, e 
muito mais. Na unidade 2, o foco será na anatomia do aparelho locomotor, ou 
seja, estudo dos ossos, articulações e músculos. A unidade 3 está dividida em 
sistema circulatório (sanguíneo e linfático) e respiratório. Na unidade 4, você 
estudará sobre a anatomia dos sistemas digestório e endócrino. Já na uni-
dade 5, conhecerá sobre as estruturas que fazem parte do sistema urinário e 
reprodutor masculino e feminino. Por fim, na unidade 6, você estudará sobre 
a anatomia do sistema nervoso.
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
> Compreender a 
ética na anatomia 
humana.
> Entender a posição 
anatômica, a divisão 
do corpo humano 
e os planos de 
delimitação do corpo 
humano.
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA 
HUMANA
1.1 INTRODUÇÃO
Esta unidade traz informações introdutórias a respeito da Anatomia Huma-
na, essa ciência que estuda a constituição dos seres humanos. A Anatomia 
Humana é a base de conhecimento para todos os estudantes das ciências da 
saúde e acompanha o(a) aluno(a) universitário(a) desde o primeiro ano até a 
plena formação acadêmica e desempenho das atividades laborais. Portanto, 
conhecer sua história é fundamental. Você irá conhecê-la nessa unidade.
Tudo na vida possui um começo e um desenvolvimento, mas nem sempre o 
fim. A Anatomia Humana apresenta um início recheado de histórias e persona-
gens históricos, que vão desde a existência do homem pré-históricoaté os dias 
de hoje. Desenhos em cavernas, as primeiras dissecações em animais e com-
paração animal com a anatomia do humano, descoberta de estruturas/órgãos, 
dentre outras conquistas, fazem parte da história da Anatomia Humana.
1.2 A ANATOMIA HUMANA
A Anatomia é a ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento dos se-
res vivo e se restringe ao estudo do homem. A palavra anatomia tem origem 
no grego (ana = partes; e tome = cortar). No grego antigo, a noção se prendia 
ao ato de retalhar. Já a palavra dissecar tem origem latina (dis = separar e se-
care = cortar), portanto significa cortar e separar em partes.
1.2.1 ÉTICA NA ANATOMIA HUMANA
Você conhece Karl Von Rokitansky? Ele foi um médico patologista, nasceu em 
19 de fevereiro de 1804, em Hradec Králóve, República Tcheca, e morreu em 28 
de julho de 1878, em Viena, na Áustria.
Karl desenvolveu o método de autópsia, ainda utilizado hoje em dia.
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ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ele foi o criador da famosa “Oração ao cadáver desconhecido”, uma reflexão 
ao respeito que devemos ter ao corpo já sem vida. Leia a oração a seguir:
Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, 
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, sorriu e sonhou 
os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado e 
sentiu saudades dos outros que partiram. Acalentou e esperou um amanhã 
feliz, e agora jaz (morto) na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado 
uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só DEUS o 
sabe, mas o destino inexorável (duro) deu-lhe o poder e a grandeza de servir 
a humanidade que por ele passou indiferente. Aqui é o lugar onde a morte 
se compraz (alegra) em socorrer a vida. Tu que tiveste teu corpo perturbado 
por nossas mãos ávidas de saber, e desvendar os mistérios do corpo humano, 
o nosso agradecimento e o nosso respeito (Karl Von Rokitansky 1804-1878) 
(DANGELO; FATTINI, 2012, p.10).
Nas aulas iniciais de Anatomia, é ético e interessante que os professores leiam 
essa oração, para que o aluno possa refletir sobre a falta de oportunidade que 
o dono do corpo a ser estudado teve e que a única forma que encontrou para 
colaborar com a humanidade foi se doar para o estudo.
Outra questão ética, dentro da anatomia humana, refere-se a prática dentro 
dos laboratórios. Existem normas de segurança e higiene das pessoas usuá-
rias no laboratório de anatomia: deve-se sempre utilizar calça comprida, jale-
co de manga longa e calçados fechados. Não se alimentar. Não fumar e/ou 
acender fósforo. Utilizar luvas descartáveis ao manusear o material cadavéri-
co. Utilizar máscaras, quando a pessoa for mais sensível ao formol. Não tirar 
fotos ou filmar dentro do laboratório.
Para conservação das peças cadavéricas e/ou do cadáver completo, geral-
mente é utilizado formol (formaldeído). Essa técnica é utilizada desde o sécu-
lo XIX, sendo de penetração tecidual rápida, com conservação por muito tem-
po (anos e até mesmo décadas). Porém, traz como desvantagem o odor forte 
capaz de irritar as mucosas dos olhos e nariz. É um material tóxico e volátil. O 
material cadavérico deve ser guardado em tanques com formol diluído a 10%.
Outro produto utilizado é a glicerina. Desde 1779, por Karl Schelle, o uso dessa 
substância gerou um impulso na preparação de peças anatômicas. A glice-
rina é um líquido incolor, claro e viscoso, que desidrata as estruturas, a qual 
se atribui a sua ação antisséptica. Tem a vantagem de não ter o odor forte do 
formol. Porém, preserva por menos tempo.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
1.3.1 HISTÓRIA DA ANATOMIA HUMANA
Você sabia que os primeiros esboços anatômicos foram observados no perío-
do paleolítico? Nas cavernas, foram deixados desenhos de animais e possíveis 
humanos. Esta pintura rupestre de alguns animais foi encontrada em caver-
nas na cidade de Santa Cruz, Patagônia, na Argentina.
O primeiro período da Anatomia Humana surgiu nos primórdios da civiliza-
ção quando o ser humano conhecido como Homo sapiens, termo latino de 
significado homem sábio, possuía características anatomicamente moder-
nas e originou-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comporta-
mento moderno há cerca de 50 mil anos. Nessa época, os homens primitivos 
já viviam em comunidade e a necessidade de comunicação era evidente.
O homem já era desenvolvido fisicamente para a produção da fala, daí veio 
também um significativo desenvolvimento da linguagem e, posteriormente, 
a fala. Esse desenvolvimento também se deve um pouco à intersecção de 
duas culturas (neandertal e Homo sapiens) e à necessidade de comunicação 
entre elas, pois, durante um tempo, ambos viveram na Terra. Antes da fala, o 
homem primitivo nos deixou outro legado: as pinturas rupestres realizadas na 
sua maioria nas paredes de cavernas e feitas com sangue de animais, argila e 
seiva de plantas.
A ciência Anatomia começava a dar seus 
primeiros passos já nos primórdios da his-
tória humana. O homem pré-histórico já 
observava em sua volta a existência de 
seres que apresentavam diferenças signi-
ficantes de seu corpo, e isso despertou o 
interesse por esses seres cujas diferenças 
visuais eram consideráveis. Nossos ances-
trais passaram a desenhar nas paredes 
das cavernas e a fazer esculturas das for-
mas que viam.
Saiba mais 
Caro estudante, entenda mais 
sobre a história da anatomia, 
clicando aqui. 
https://www.youtube.com/watch?v=IgrnbEIAP5M
14
ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Com isso, passaram a notar detalhes, que hoje nos permitem identificar as 
espécies de animais descritas. Essas representações indicam não somente 
que a pintura pré-histórica nasceu há muito tempo, mas também que o in-
teresse pelo conhecimento do corpo humano relacionava-se com a necessi-
dade de desenvolvimento de técnicas mais aprimoradas para caça e abate 
dos animais. Os primórdios do conhecimento anatômico determinavam os 
órgãos vitais para abater a caça e as formas mais fáceis e eficientes de retirar 
a carne do animal. Os seres humanos desse período também sabiam os locais 
mais vulneráveis em seus próprios corpos e os protegia mais adequadamen-
te, tornando-os menos vulneráveis ao ataque desses animais. A Anatomia é, 
possivelmente, a mais antiga ciência que pode ser relacionada à Medicina.
O estudo da Anatomia foi iniciado de maneira mais precisa pelos filósofos na 
Grécia antiga; eles foram, cientificamente, os primeiros a sentir a necessidade 
de se estudar o corpo humano para um melhor entendimento.
Entre os gregos eles, destaca-se Empédocles (480 a.C.), que realizou o estu-
do da anatomia fetal, considerando que a cabeça seria a primeira parte a se 
desenvolver no corpo humano. Ele era conhecedor do labirinto auditivo. De-
mócrito (460 a.C.) era considerado louco pela população, pois passava horas e 
dias em bosques, realizando dissecação de animais.
DEMÓCRITO
Fonte : Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos Demócrito. Ele está com roupa preta e marrom, com babado branco no 
pescoço. Ele está virado para direta, apontando para um globo mundial.
15
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
Porém, foi Hipócrates (460-377 a.C.), médico, o primeiro a dar descrições 
mais sistemáticas do corpo humano, baseadas em observações pessoais no 
vivo ou por deduções em animais inferiores. Ele é considerado o fundador da 
Anatomia.
HIPÓCRATES
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos Hipócrates. Ele está com roupa azul e um pano vermelho. Ele está 
voltado para frente, escrevendo em um papel.
Aristóteles (384-323 a.C.) também foi importante, pois estudou a Anatomia 
Animal Comparada. Porém, pelo que se sabe,não existe nenhum trabalho 
anatômico em humano descrito por ele. Ele influenciou a ciência médica, as 
ciências naturais e a filosofia por mais de 2000 anos. Aristóteles teria sugeri-
do que o coração era o centro das emoções. É considerado o pai da Zoologia, 
devido a um profundo estudo do reino animal, e fundou a escola Liceu com 
estudos voltados para a fauna e flora.
Seu pai, Nicômaco, era médico e talvez isso tenha influenciado seu interesse 
pela Biologia. Aristóteles estudou, com grande riqueza de detalhes, as estru-
turas anatômicas de mais de 500 espécies. Dentre suas contribuições, além 
de ter sido pioneiro na classificação de diferentes tipos de animais, o filóso-
fo grego criou eficientes métodos de análises comparativas, adotados até os 
dias, como o conceito de Anatomia Comparada.
16
ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Herófilo (300 a.C.) também merece destaque, tendo sido o verdadeiro funda-
dor da Anatomia Humana, pois fez estudos em encéfalos, meninges, olhos e 
intestinos. Nascido em Calcedônia, ficou conhecido como o primeiro anato-
mista da história. É considerado por muitos como o açougueiro de homens 
por sua prática cruel de estudar em vivos. Ele praticava vivissecção em crimi-
nosos da prisão real. Estima-se que ele esfolou vivo mais de 600 seres huma-
nos, muitas vezes em demonstrações públicas.
Após Herófilo, o estudo da Anatomia tornou-se mais descritivo do que es-
peculativo. Herófilo tornou-se o pai da anatomia humana, sendo o primeiro 
a dissecar cadáveres com o propósito de caracterizar o percurso da doença. 
Foi, talvez, o primeiro cientista que estudou sistematicamente a Anatomia 
Humana.
Pouco se sabe sobre a sua vida e seus escritos, mas seus livros sobre anatomia 
(três volumes) foram destruídos juntamente com a biblioteca de Alexandria. 
Além das descrições anatômicas, outra contribuição importante de Herófilo 
e Erasístrato, deixada na Faculdade de Alexandria, foi um par de esqueletos 
completos e montados. Esses esqueletos foram provavelmente os primeiros 
destinados para o estudo da osteologia. Esses ossos persistiram séculos du-
rante os quais serviram de referencial para gerações de médicos.
Erasístrato (280 a.C.) realizou estudos no coração e suas válvulas, estabelecen-
do teoria importante sobre o conteúdo dos vasos, segundo a qual nas artérias 
se encontra o ar vital (pneuma) e nas veias o líquido nutriente (sangue). Para 
interpretar perda de sangue através das artérias, ele considerava a existência 
de canais entre elas e as veias, o que explicava de maneira satisfatória uma 
hemorragia arterial.
O mais famoso dos anatomistas antigos foi, definitivamente, Galeno (124 a.C.). 
Depois de conhecer a doutrina aristotélica, aprendeu medicina e anatomia 
com Sátiro, em Pérgamo, e, com apenas 17 anos, concluiu seus estudos ini-
ciais como médico. Após estudar na Ásia Menor e na Grécia, Pérgamo retor-
nou à sua cidade como médico, possuindo notável conhecimento de anato-
mia humana. Ele escreveu, aproximadamente, 500 obras. Estudou mais em 
macacos do que em humano e, provavelmente, nunca tenha dissecado um 
cadáver humano.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANATOMIA HUMANA
Galeno foi o responsável em produzir vários textos que determinaram o co-
nhecimento médico e de anatomia por cerca de 1500 anos. Somente em 1543 
sua obra é refutada por Andreas Vesalius.
Galeno ainda dividiu os nervos espinhais 
conforme sua região. Os nervos cranianos 
foram divididos em sete partes: oculomo-
tor, óptico, trigêmeo, troclear, acústico, 
palatino, facial, vagal e hipoglosso.
No século XVI, surge o maior vulto da ana-
tomia, Andrea Vesalius. Ele nasceu em 1514, 
em Bruxelas, sendo descendente de uma 
quarta geração de médicos. 
Vesalius fez seus primeiros estudos em 
Louvain e, em 1534, frequentou a Univer-
sidade de Paris, tendo como mestre Sílvio. 
Apoiou-se também em Galeno.
A maioria das obras de Galeno se perdeu. Sabe-se, 
contudo, que ele investigou Anatomia, Fisiologia, 
Patologia, Sintomatologia e Terapêutica. Foi o mais 
destacado médico de seu tempo e o primeiro que 
conduziu pesquisas fisiológicas.
Para saber
Vesalius é considerado o pai 
da Anatomia Moderna, até os 
dias atuais.
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ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ANDREA VESALIUS
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer 
Na imagem temos Andrea Vesalius realizando um procedimento de dissecação em um 
corpo humano, deitado a sua frente. Vesalius está com roupa azul e amarela. Ao seu redor, 
temos outras pessoas.
Após estudar Anatomia com Galeno, reconheceu uma série de conceitos 
como conflitantes e imprecisos. Com a aprovação de seu mestre Sílvio, em Pa-
ris, começou a dissecar cadáveres, verificando vários erros interpretativos na 
obra de Galeno (até então, não tinha dissecado cadáveres). O grande mérito 
de Vesalius foi o de ilustrar suas obras, com a colaboração de diversos artistas 
da época. Na Basileia, em 1534, publicou a obra De humani corporis fabrica.
Vesalius teve alguns importantes contemporâneos: Bartolomeu, Eustáquio, 
Falópio e Realdo Colombo, seu sucessor na Universidade de Pádua. Após Ve-
salius, destacam-se Aranzio (1530-1589), que descreveu na circulação fetal o 
ducto arterioso e o forame oval; Varólio (1543-1578), que estudou o sistema 
nervoso, mostrando a origem encefálica de alguns nervos cranianos; Van 
der Spigel (1578-1625), que estudou o fígado detalhadamente; Willian Harvey 
(1578-1657), que reconheceu e descreveu a circulação do sangue; Aseli (1581-
1626), que descreveu os vasos quilíferos, contribuindo para o estudo da cir-
culação linfática; Malpighi (1628-1694), que descreveu a anatomia dos rins; 
19
MULTIVIX EAD
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ANATOMIA HUMANA
Winslow (1667-1760), que fez importantes estudos na Teratologia; Morgnani 
(1682-1771), que descreveu a anatomia da laringe, da bexiga e do reto; Bichat 
(1771-1802), que publicou um Tratado de Anatomia Geral Aplicada à Fisiologia; 
Scarpa (1747-1832), que realizou importantes estudos da parede abdominal; e 
Hyrtl (1810-1854), grande histologista, tendo aprofundado os estudos histoló-
gicos de órgãos do sistema digestório; dentre outros.
De acordo com Gomes et al. (2009) as mudanças materiais ocorridas na Eu-
ropa a partir do século XI resultaram em um movimento cultural que recebe 
o nome de Renascimento. Creio que você lembra dele nas aulas de História, 
correto? O Renascimento foi encarado como uma volta à rica cultura da gre-
ga e romana antigas. A arte tenta representar fielmente a natureza e, para 
isso, o artista deve estudar as ciências naturais, como a anatomia, para melhor 
representar o corpo. Começa-se, então, a prática da dissecação e suas repre-
sentações.
Dentre vários artistas, Leonardo da Vinci é o melhor da época, em que o artista 
e o cientista se fundem. É o primeiro artista a fazer dissecações e representá-
-las visualmente com maestria. 
Os artistas desse período trazem a ideia do ser humano valorizado, ressaltan-
do o corpo e exaltando o belo. Nesse período, surgem nomes importantes da 
arte como Leonardo da Vinci, relatado anteriormente, e Michelângelo (GO-
MES et al., 2009).
Leonardo da Vinci (1452-1519) começou um dos mais impressionantes levan-
tamentos de Anatomia para entender o funcionamento de órgãos, do esque-
leto, dos músculos e tendões. Essa é a história pouco conhecida do artista-
-anatomista italiano, que, além de pintor, escultor, músico, cientista, arquiteto, 
A Renascença foi um período marcado por uma 
intensa produção artística e pelo choque entre 
ideais humanistas e os dogmas da igreja.
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ANATOMIA HUMANA
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engenheiro e inventor, também atuou na Medicina.Ao longo de 15 anos, Le-
onardo desenhou órgãos e elementos dos sistemas anatomofuncionais do 
corpo humano em um estudo que começou pela leitura das obras de autores 
da Medicina pré-renascentista, como Galeno.
DESENHOS ANATÔMICOS DE LEONARDO DA VINCI
Fonte: Wikimedia Commons (2021). 
#PraCegoVer 
Na imagem temos um desenho embriológico feito por Leonardo da Vinci.
Ele também participou de dissecações do corpo humano e de diversos ani-
mais. Porém, jamais terminou e publicou a obra que, segundo pesquisadores, 
poderia ter revolucionado a medicina mais de 20 anos antes que o belga An-
dreas Vesalius publicasse seu livro De humani corporis fabrica, em 1543, obra 
que marca a fase inicial dos estudos modernos sobre Anatomia.
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ANATOMIA HUMANA
Leonardo da Vinci foi responsável por diversos estudos e desenhos do esque-
leto humano e dos ossos, dos músculos, nervos, coração, vasos sanguíneos, 
órgãos sexuais, além de outros órgãos internos. Foi ele que realizou um dos 
primeiros desenhos de um feto no útero, como você pode observar na figura 
acima.
Como um grande artista, ele observou e registrou os efeitos da idade e da 
emoção dos seres humanos sobre a fisiologia, principalmente os efeitos da 
raiva. Ele desenhou figuras importantes que tinham sinais de doença ou de-
formidades; animais diversos, dissecou aves, vacas, ursos, macacos e rãs, com-
parando com a anatomia dos seres humanos.
Com certeza, você se lembra da última 
ceia pintada por Leonardo, representan-
do Jesus e os discípulos antes da traição 
e posterior crucificação, além da “Mona 
Lisa”. Mas outras obras foram e são im-
portantes para a história da Anatomia, 
pois representam uma nova modalidade 
de representação das partes anatômicas 
jamais vistas até então. Das obras anatô-
micas, temos “O homem vitruviano”, que 
Da Vinci desenhou e acompanhava os es-
critos em um de seus diários.
No caso de estudar os seres pequenos 
morfologicamente ou as partes pequenas 
pertencentes à sua anatomia, o material deve 
permitir uma grande precisão. Para isso, empregam-
se bisturis, pinças de alta tecnologia, de ponta e 
tesouras com as duas pontas agudas e simétricas 
para um melhor manuseio do corpo em estudo.
Para saber
O Homem Vitruviano 
foi inspirado na obra De 
Architectura, de Marcus 
Vitruvius Pollio, um arquiteto 
romano.
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ANATOMIA HUMANA
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1.4.1 ÁREAS DE ESTUDO E NOMENCLATURA 
ANATÔMICA
A Anatomia estudada no cadáver é a base 
do conhecimento sobre o corpo humano, 
sendo o melhor meio para se ter informa-
ções sobre a estrutura do ser vivo. Porém, 
mesmo sem o cadáver, pode-se aprender 
muito com a observação, palpação ou es-
tudando anatomia de superfície.
A Anatomia pode ser dividida em grandes 
áreas: Anatomia Geral (sistêmica e topo-
gráfica), Anatomia Microscópica (histolo-
gia), Neuroanatomia (sistema nervoso) e 
Embriologia (desenvolvimento).
A Anatomia Sistêmica estuda a constitui-
ção geral de um sistema orgânico. Os sis-
temas estudados são esses abaixo:
Tegumentar
pele e seus anexos.
Esquelético
ossos e cartilagens.
Articular
articulações e seus anexos.
Muscular
músculos e seus anexos.
Para saber
Caro estudante, assista a este 
vídeo do professor Rogério 
Gozzi sobre como aprender 
anatomia de forma mais 
simples. Clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=CKgzFFgBsGw&t=255s
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ANATOMIA HUMANA
Nervoso
neurônios, nervos e órgãos do sistema nervoso.
Circulatório
sangue, linfa, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, coração e órgãos 
linfáticos.
Digestório
órgãos e glândulas do sistema digestório.
Urinário
rins, ureter, bexiga, uretra.
Respiratório
órgão da respiração.
Reprodutor
órgãos e glândulas sexuais masculinas e femininas.
Endócrino
glândulas e hormônios.
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SISTEMA ESQUELÉTICO
Crânio
Frontal
Mandíbula
Clavícula
Manúbrio
Escápula
Esterno
Costelas
Úmero
Ulna
Rádio
Pelve
Carpo
Metacarpo
Falanges
Fêmur
Patela
Tíbia
Fíbula
Tarso
Metatarso
Falanges
Vértebra 
cervical (I-VII)
Vértebra 
torácica (T I - T XII)
Vértebra 
lombar (L I - L V)
Sacro
Cóccix
Coluna vertebral
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um desenho do esqueleto humano, voltado para frente.
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ANATOMIA HUMANA
A Anatomia Topográfica também é denominada regional. Nela, estudam-se 
as seguintes regiões: cabeça, pescoço, tórax, abdome, pelve e períneo, dorso, 
membro superior e membro inferior. Veja que a Anatomia Topográfica não se 
tipifica um sistema anatômico em específico, mas se observam partes desses 
sistemas na região determinada.
TOPOGRAFIA DO ANTEBRAÇO (MEMBRO SUPERIOR)
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos dois antebraços direitos. O da direita está com a pele e algumas 
regiões pouca dissecadas. O da esquerda está totalmente dissecado, estando a mostra os 
músculos e vasos sanguíneos.
Você, com certeza, já tirou radiografia de alguma parte do corpo. O estudo 
desses métodos radiológicos é de responsabilidade da anatomia por ima-
gem. Destacam-se, dentre esses métodos, a tomografia computadorizada, 
ressonância magnética, cintilografia, ultrassonografia e PET scan. A radiolo-
gia, com a utilização dos raios X descobertos por W. Roentgen, permitiu a 
observação de estruturas esqueléticas, ossos e articulações no ser vivo. Mais 
tarde, foram introduzidas substâncias radiopacas ou radiotransparentes, que 
possibilitaram verificar não só a forma dos órgãos tubulares, como também 
alguns de seus aspectos funcionais puderam ser estudados.
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ANATOMIA HUMANA
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RADIOGRAFIA DO PÉ
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos a radiografia do pé direito.
A Anatomia Humana, quando comparada com a anatomia de outros animais 
(Anatomia Comparada), trouxe grande contribuição para o entendimento de 
forma e função entre espécies diferentes.
Vejamos agora sobre a nomenclatura 
anatômica. A nômina anatômica constitui 
o conjunto de termos empregados para 
indicar e descrever as partes do organis-
mo. É a base da linguagem anatômica. A 
nomenclatura anatômica oficial é escrita 
em latim, sendo adaptada ou vertida para 
o vernáculo de cada país. Ela é necessária 
para o correto entendimento entre todos 
os que se dedicam ao estudo das ciências 
básicas e das diversas áreas da saúde. Se-
gue abaixo alguns termos anatômicos:
Saiba mais 
Assista a uma super 
videoaula sobre a introdução 
da Anatomia Humana. 
Clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=9y7-Mk31sMo
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ANATOMIA HUMANA
Anterior (ventral)
próximo à frente do corpo.
Posterior (dorsal)
distante da frente do corpo.
Superior (cranial ou cefálico)
próximo à cabeça.
Inferior (caudal)
voltado em direção ao pé.
Medial
em direção ao plano mediano.
Lateral
mais distante do plano mediano.
Proximal
indica a origem.
Distal
mais afastado de sua origem.
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Intermédio
entre medial e lateral.
Superficial
posição junto ou próximo à superfície externa do corpo.
Interno
interior de um órgão ou de uma cavidade.
Externo
oposto a interno.
Ipsilateral (homolateral)
do mesmo lado do corpo.
Contralateral
do lado oposto do corpo.
Flexão
redução de um ângulo entre ossos ou partes corpóreas.
Extensão
o contrário de flexão.29
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ANATOMIA HUMANA
Abdução
movimento que se faz afastando parte do corpo para longe do plano 
mediano.
Adução
o contrário de abdução.
Oposição
movimento em que a polpa digital do polegar é colocada em contato 
com a polpa digital dos outros dedos.
Reposição
o contrário de oposição.
Protusão
posição mais anterior em que a mandíbula é deslocada de sua 
articulação.
Retrusão
o contrário de protusão.
Elevação
elevação de uma parte corpórea.
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Depressão
o contrário de elevação.
Circundução
movimento circular.
Rotação
girar para dentro ou para fora.
Eversão
movimento que faz a planta do pé para longe do plano mediano.
Inversão
o contrário de eversão.
Pronação
movimento em que a palma da mão se volta posteriormente.
Supinação
o contrário de pronação.
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ANATOMIA HUMANA
TERMOS ANATÔMICOS
Fonte : Adaptada de Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
 Na imagem temos dois desenhos de um corpo humano feminino. O da direita está voltado 
para frente, enquanto o da esquerda está voltado para direita. Há setas que indicam 
alguns termos anatômicos.
Para entender ainda mais sobre os planos 
anatômicos, assista à videoaula clicando aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=yIzz0iq3ZqA
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ANATOMIA HUMANA
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1.3 O CORPO HUMANO
1.3.1 A POSIÇÃO ANATÔMICA
Todas as descrições da Anatomia Humana vão se expressar em relação à posi-
ção anatômica, a qual é considerada da seguinte forma: homem em posição 
ereta, olhar fixo no horizonte, estando os braços juntos ao corpo, com as pal-
mas da mão voltadas para frente, pernas unidas e os pés voltados para frente.
Apesar de não ser uma postura habitual, trata-se de uma referência tanto 
para descrever as estruturas, como para definir os movimentos realizados 
pelo ser humano. Na figura anterior, veja a posição anatômica.
1.3.2 DIVISÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros. Essa divisão sim-
plificada pode ser detalhada, como visto na figura a seguir. A cabeça compre-
ende o crânio e a face; logo após, o pescoço une a cabeça ao tronco, o qual é 
subdividido em tórax, abdome e pelve. Os membros, tanto superiores quanto 
inferiores, possuem uma porção radicular e uma porção livre; para o membro 
superior, a parte radicular corresponde à fixação no ombro, e a parte livre cor-
responde a braço, antebraço e mão; para o membro inferior, a parte radicular 
é o quadril, e a parte livre, a coxa, a perna e o pé.
Assista à videoaula da professora Natalia Reineck 
sobre a posição anatômica e alguns termos de 
relação. Clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-b7uwc
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ANATOMIA HUMANA
1.3.3 PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO 
HUMANO
Para as descrições são considerados os planos em que o corpo humano é sec-
cionado: mediano (sagital mediano), sagital, coronal e transversal (horizontal).
Plano mediano
divide o corpo em duas metades por meio de um plano vertical 
imaginário, que passa pela sutura sagital. As metades esquerda e 
direita são denominadas antímeros.
Planos sagitais
são paralelos ao plano mediano; podem ser denominados também 
como paramedianos.
Plano frontal (coronal)
plano vertical imaginário, que passa em ângulo reto com o plano 
sagital mediano, correspondendo à sutura coronal do crânio, dividindo 
o corpo em partes anterior e posterior.
Planos transversais
situam-se em ângulos restos com os outros dois planos. Dividem o 
corpo em partes superior e inferior.
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ANATOMIA HUMANA
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CONCLUSÃO
A Anatomia Humana estuda a constituição do ser humano, suas partes, loca-
lizações e função. Você pôde perceber, nesta aula, que é uma disciplina robus-
ta, com termos, conceitos e definições bem específicas, importantes para o 
perfeito estudo dessa ciência presente em todos os cursos da área da saúde. 
Sem o conhecimento prévio e introdutório visto, não há como avançar no es-
tudo dos diversos sistemas anatômicos. Uma posição anatômica específica 
deve ser levada em consideração; uma oração criada como forma de respeito 
ao cadáver a ser estudado; uma nomenclatura correta para universalizar a co-
municação, estudo e pesquisa na área. Todas esses, e demais conteúdos, são 
importantes e devem ser considerados para o estudo da anatomia humana.
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ANATOMIA HUMANA
> Conhecer os 
ossos do esqueleto 
humano.
> Compreender a 
anatomia do sistema 
articular e muscular.
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ANATOMIA HUMANA
2 ANATOMIA DO APARELHO 
LOCOMOTOR
2.1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, como vai? Seja bem-vindo a segunda unidade da disciplina 
de Anatomia Humana. Nela, você estudará três sistemas que, por sinal, são os 
meus preferidos: o esquelético, o articular e o muscular.
Estes três sistemas, juntos, formam o que chamamos de aparelho locomotor, 
responsável pelo movimento humano, de forma geral. Pense comigo: esta-
mos em movimento em praticante todo o momento, seja para comer ou be-
ber algo, andar, correr, pular, dançar, praticar exercícios físicos etc. Portanto, 
preste bastante atenção em cada parte deste material e compreenda esses 
sistemas anatômicos.
Iniciaremos estudando o sistema esquelético e suas particularidades, ou seja, 
os tipos de ossos, suas funções e localizações. Depois, daremos sequência 
com o sistema articular e, principalmente, as articulações sinoviais, que são 
exatamente aquelas responsáveis por movimentar os ossos. Por fim, estuda-
remos sobre o sistema muscular, os músculos e seus anexos.
2.2 SISTEMA ESQUELÉTICO
Caro estudante, o sistema esquelético, juntamente com o articular e o mus-
cular, compõem o aparelho locomotor humano. O esquelético, em particular, 
é composto pelos ossos.
2.2.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA 
ESQUELÉTICO
Todos os ossos do corpo, no total de 206, formam o esqueleto humano. Cada 
osso individual é um órgão composto por vários tecidos diferentes que tra-
balham em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conectivos densos, tecido 
hemopoético, tecido adiposo e tecido nervoso. Assim, todo o arcabouço de 
ossos e suas cartilagens constitui o sistema esquelético.
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ANATOMIA HUMANA
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O sistema esquelético estuda o esqueleto e os ossos humanos. O tecido ós-
seo e o sistema esquelético realizam várias funções básicas. Observe a seguir 
quais são elas.
Suporte
O esqueleto sustenta os tecidos moles do corpo, proporcionando 
pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos 
esqueléticos.
Proteção
O esqueleto exerce função de proteção contra lesões para muitos 
órgãos internos.
Assistência ao movimento
Como a maior parte dos músculos esqueléticos está fixada aos ossos, 
os músculos acabam se contraindo e tracionando os ossos. Assim, 
trabalhando em conjunto, ossos e músculos produzem movimento.
Homeostasia mineral
O osso abriga, principalmente, cálcio e fósforo. E, diante da 
necessidade, o osso libera minerais no sangue, visando à manutenção 
dos equilíbrios minerais (homeostasia) e acaba distribuindo, também, 
os minerais para outras regiões do corpo.
Produção de eritrócitos
A medula óssea vermelha consiste em células sanguíneas em 
desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e macrófagos. Ela está́ 
presentenos ossos em desenvolvimento do feto e em alguns ossos 
adultos, como pelve, costelas, esterno, vértebras, crânio e extremidades 
dos ossos do braço e da coxa.
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ANATOMIA HUMANA
Armazenamento de triglicerídeos
A medula óssea amarela consiste, principalmente, em adipócitos que 
armazenam triglicerídeos.
Agora, conheça os tipos de ossos existentes no corpo humano. Os ossos do 
corpo humano podem ser categorizados em seis classes:
Longos
Os ossos longos são mais compridos que largos. Eles possuem 
partes específicas, como as epífises (extremidades) distal e proximal, 
e a diáfise (o corpo do osso longo). Entre a epífise e a diáfise, há a 
metáfise, uma cartilagem que assegura o crescimento ósseo. 
Curtos
Os ossos curtos apresentam quase o mesmo comprimento e largura., 
Como exemplo, há a patela e o tarso (que correspondem a alguns 
ossos do pé).
Planos
Os ossos planos são finos e têm formato de lâmina, como os ossos do 
crânio (frontal e parietal). Há um tecido esponjoso entre duas finas 
camadas de tecido compacto que formam os ossos do crânio, a díploe.
Irregulares
Os ossos irregulares apresentam formas complexas e não podem 
ser inseridos nos grupos anteriores. Um bom exemplo são nossas 
vértebras.
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ANATOMIA HUMANA
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Sesamoides
Ossos sesamoides estão inseridos no interior de tendões. Eles são 
encontrados na extremidade distal de longos ossos dos membros, 
onde os tendões cruzam, por exemplo, a patela, no joelho. Ossos 
sesamoides protegem os tendões do excesso de uso ao reduzir o atrito.
Pneumáticos
Ossos pneumáticos são ossos que, dotado de cavidades, possuem 
pequenos orifícios que permitem a passagem do ar chamado forames. 
Como exemplos, há o osso frontal, o maxilar superior, o etmoide, o 
esfenoide e o osso temporal.
Voltemos a falar sobre um tipo de osso, o osso longo. Os ossos longos pos-
suem duas extremidades (epífise) uma distal e uma proximal, separadas pelo 
corpo do osso, também chamado de diáfise. Externamente e também com 
mais prevalência na diáfise, o osso longo 
possui mais osso do tipo compacto, mais 
resistente. Já nas extremidades predomi-
na o chamado osso esponjoso.
Caro estudante, o esqueleto humano 
pode ser dividido em duas porções. Uma 
mediana, chamada de esqueleto axial, for-
mando o eixo do corpo, e composta pelos 
ossos da cabeça, do pescoço e do tronco 
(tórax, abdome e dorso). A outra, esquele-
to apendicular, forma os membros. Veja 
primeiro sobre o esqueleto axial.
2.2.2 ESQUELETO AXIAL
O esqueleto axial é formado pelos ossos organizados em torno do eixo longi-
tudinal do corpo humano. Inicia-se na cabeça e vai até o espaço entre os pés. 
Os ossos do crânio, ossículos da orelha, osso hioide, costelas, esterno e ossos 
da coluna vertebral, somando 80 ossos, fazem parte do esqueleto axial.
Saiba mais
Acesse o link e assista a 
videoaula sobre a anatomia 
do sistema esquelético.
https://www.youtube.com/watch?v=nfcSF2YoPLE&t=8s
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ANATOMIA HUMANA
CRÂNIO
O crânio (cabeça) é dividido em neurocrânio, formado pelos oito ossos que 
estão em contato com o encéfalo e viscerocrânio, formado por 14 ossos re-
lacionados com a face e que não têm contato com o encéfalo. Em neona-
tos (recém-nascidos) e crianças até dois 
anos, os ossos do crânio são separados 
pelos fontículos (fontanelas, ou no popu-
lar, “moleiras”).
O neurocrânio é formado por um (1) osso 
frontal, dois (2) parietais, dois (2) tempo-
rais, um (1) occipital, um (1) esfenoide e (1) 
etmoide. Já o viscerocrânio é formado por 
dois (2) ossos nasais, um (1) vômer, dois 
(2) palatinos, dois (2) zigomáticos, dois (2) 
maxilares, uma (1) mandíbula, dois (2) la-
crimais, duas (2) conchas nasais inferiores.
OSSOS DO NEUROCRÂNIO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um crânio com face para direita. Nele, há os ossos com cores diferentes. 
Em verde, o parietal, em azul escuro o temporal, em vermelho o esfenoide, em amarelo a 
fossa, em cinza o occipital, e em azul claro o frontal.
Saiba mais
 Acesse o link e assista à 
videoaula para aprender mais 
sobre os ossos do crânio.
https://www.youtube.com/watch?v=_bt4wrxVkbo&t=15s
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ANATOMIA HUMANA
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OSSOS DO CRÂNIO
Frontal
Parietal
Nasal
Lacrimal
Etmoide
Esfenoide
Occipital
Temporal
Zigomático
Maxila 
Mandíbula
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um crânio voltado para esquerda. Nele, há os ossos frontal, parietal, 
nasal, lacrimal, etmoide, esfenoide, occipital, temporal, zigomático, maxila e mandíbula.
OSSOS DO TRONCO – COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é uma estrutura formada por 33 vértebras, divididas em 
cinco regiões. São sete vértebras cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco 
sacrais (que formam o osso sacro) e quatro coccígeas (que formam o osso 
cóccix). Entre as vértebras cervicais torácicas e lombares, há o disco cartilagi-
noso intervertebral que funciona como um amortecedor (DANGELO; FATTINI, 
2012).
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ANATOMIA HUMANA
COLUNA VERTEBRAL
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos uma coluna vertebral em perfil. A região cervical está na cor marrom, a 
região torácica em azul, a lombar em amarelo, a sacral em verde, e a coccígea em roxo.
As vértebras são denominadas conforme a sua posição, utilizando-se a letra 
inicial da região que ocupa seguida do número de ordem; por exemplo: C4 
(quarta vértebra cervical), T12 (décima segunda vértebra torácica), L2 (segun-
da vértebra lombar). Por apresentarem características próprias, algumas vér-
tebras também são denominadas de modo particular, como no caso da C1 
(atlas) e C2 (áxis) (LAROSA, 2016).
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ANATOMIA HUMANA
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A 1ª e 2ª vértebras cervicais são consideradas atípicas e denominadas de atlas 
(refere-se a um titã grego que carregava o mundo/céu/globo nas costas e áxis 
(do latim, eixo), respectivamente. As cinco seguintes são consideradas típicas. 
Com exceção das duas primeiras vértebras da coluna, todas as demais pos-
suem as mesmas estruturas típicas. A atlas articula-se com o osso occipital, 
no crânio, sendo importante para flexão e extensão da cabeça. Já a áxis, por 
meio do seu processo odontoide (dente do áxis), atua no movimento de ro-
tação da cabeça, se articulando com a atlas e com terceira vértebra cervical.
A coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas, quando observada em 
uma vista lateral, como na figura anterior. A curvatura com concavidade para 
anterior é denominada lordose, enquanto a curvatura com concavidade para 
posterior é a cifose (LAROSA, 2016).
O sacro, na pessoa adulta, é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. É 
um osso triangular recurvo, com base superior e ápice inferior e concavidade 
anterior. Já o cóccix, é o resultado da fusão de três ou quatro vértebras coc-
cígeas, sendo um osso irregular, afilado, considerado o vestígio da cauda no 
extremo inferior da coluna vertebral.
OSSOS DO TRONCO – COSTELAS E ESTERNO 
(TÓRAX)
O tórax é uma região formada por 12 pares de costelas, sendo sete de costelas 
verdadeiras, já que estão ligadas diretamente ao osso esterno por meio de 
cartilagens próprias; três de costelas falsas, que se interligam em uma única 
cartilagem para se articularem com o esterno; e dois de costelas flutuantes, 
que não se articulam ao esterno. O tórax apresenta também o osso esterno, as 
cartilagens costais e as 12 vértebras torácicas (BECKER, 2018).
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ANATOMIA HUMANA
COLUNA VERTEBRAL, COSTELAS E PELVE
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um corpo humano masculino de costas. Há destaque apenas para as 
costelas, pelve e coluna vertebral.
As costelas são ossos arqueados, que se estendem de suas uniões cm a co-
luna vertebral à porção anterior da parede do tórax. Já o esterno é um osso 
localizado na linha mediana (plano mediano) do corpo, na parede anterior do 
tórax. Ele proporciona inserção anterior às costelas por meio das cartilagens 
costais. Ele é composto por três partes: manúbrio, corpo e processo xifoide.
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2.2.3 ESQUELETO APENDICULAR
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que fazem parte dos mem-
bros inferiores, superiores e os ossos que se conectam com os membros do 
esqueleto axial e possuem 126 ossos (BECKER, 2018).
ESQUELETO APENDICULAR
Pé
Mão
Membro
inferior
Cintura pélvica
Membro
superior
Cintura escapular
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um esqueleto humano de frente. Os ossos do crânio e do tronco estão 
na cor branca. Os ossos dos membros superiores e inferiores estão em rosa.
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OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
Os membros superiores são formados por quatro segmentos: cíngulo do 
membro superior e ossos do braço, do antebraço e da mão, que formam a 
parte livre. O cíngulo do membro superior liga a parte livre do membro supe-
rior ao esqueleto axial e é formado pela clavícula e pela escápula (DANGELO; 
FATINNI, 2012).
A escápula é um osso plano e triangular, situado na parte superior do dorso, 
que tem a função de estabilizar e auxiliar a movimentação dos ombros. Já a 
clavícula possui uma face superior, lisa e suas extremidades diferem: a medial, 
que se articula com o esterno, é globosa enquanto a lateral é achatada, e se 
articula com a escápula.
O braço é formado pelo osso úmero, que é um osso longo que se articula su-
periormente com a escápula, e inferiormente com os ossos do antebraço (o 
rádio e a ulna).
No antebraço, há os ossos ulna e rádio. A extremidade proximal da ulna asse-
melha-se a uma “chave inglesa” e seus acidentes principais podem ser me-
lhor identificados examinando-se o osso pela sua face lateral. O rádio, tam-
bém um osso longo, possui acidentes ósseos bem característicos também, 
como a sua cabeça (BECKER, 2018).
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OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
Clavícula
Escápula
Úmero
Rádio
Ulna
Carpo
Metacarpo
Falanges
Acrômio
Processo coracoide
Tubérculo maior do úmero
Cabeça do úmero
Tubérculo menor do úmero
Fossa coronoide
Fossa radial
Epicôndilo lateral
Capítulo
Cabeça do rádio
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um esqueleto humano do tronco e dos membros superiores. Os ossos 
dos membros superiores estão na cor amarela. Os do tronco, na cor branca.
A mão é formada pelos ossos do carpo, metacarpos e as falanges (proximal, 
média e distal). Ressalta-se que o primeiro dedo (polegar) só apresenta as 
falanges proximal e distal. Os oito ossos que constituem o carpo estão articu-
lados entre si e são mantidos em posição por fortes ligamentos. Dispõem-se 
em duas fileiras, proximal e distal. Na fileira proximal estão: escafoide, semilu-
nar, piramidal e pisiforme; na fileira distal estão: trapézio, trapezoide, capitato 
e hamato (GOSLING et al., 2019).
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OSSOS DO CARPO E METACARPO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos os ossos do metacarpo, em amarelo, e os do carpo, em roxo.
Os ossos do metacarpo são numerados de I a V tomando-se por base o lado 
radial (polegar). O II, III, IV e V podem ser considerados em conjunto. Todos 
eles apresentam uma base, um corpo e uma cabeça arredondada. As cabe-
ças articulam-se com as falanges proximais.
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
Os membros inferiores são formados pelo cíngulo do membro inferior e os-
sos da coxa, joelho, perna e pé. O cíngulo do membro inferior é composto 
pelo osso do quadril (osso ílio, ísquio e pú-
bis) e conecta a parte livre do membro ao 
esqueleto axial. A união dos dois ossos do 
quadril (direito e esquerdo), com o osso 
sacro e o cóccix forma a pelve (na popular 
“bacia”). Anteriormente, os ossos do qua-
dril unem-se na sínfise púbica. Posterior-
mente, com o sacro, formam a pelve (LA-
ROSA, 2016).
O fêmur é um osso longo, considerado o 
maior osso do corpo humano. Ele apre-
senta duas epífises (a proximal e a distal), 
e um corpo, também chamado de diáfise. 
Saiba mais
 Clique aqui para assistir a 
uma videoaula sobre os ossos 
do membro inferior
https://www.youtube.com/watch?v=fOvfMVLB-zQ
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O fêmur articula-se pela sua extremidade proximal com o osso do quadril e 
pela extremidade distal com a tíbia e a patela.
A tíbia e a fíbula são os ossos da perna e classificados como ossos longos. A 
patela está entre o fêmur e a tíbia e é classificada como um osso sesamoide, 
e possui forma triangular (GOSLING et al., 2019).
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
Fêmur
Patela
Tíbia
Fíbula
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos os ossos da pelve e do membro inferior (fêmur, patela, tíbia e fíbula) 
na cor amarela.
O pé possui ossos irregulares articulados entre si, chamados de ossos do tarso. 
Eles articulam-se com cinco ossos longos, os ossos do metatarso. Por sua vez, 
os ossos do metatarso articulam-se com as falanges dos dedos. O calcâneo, o 
tálus, o navicular, o cuboide e os três cuneiformes (medial, lateral e intermé-
dio) fazem parte do tarso. Os ossos do metatarso vão de I a V, e as falanges dos 
dedos compreendem a próxima, média e distal. Apenas o hálux (“dedão do 
pé”) não possui a falange média.
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2.3 SISTEMA ARTICULAR
Vejamos agora sobre o sistema articular, aquele composto pelas articulações 
e seus anexos.
2.3.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA ARTICULAR
Uma articulação anatômica é formada quando duas superfícies articulares 
ósseas, revestidas por cartilagem hialina, têm contato e, geralmente, movi-
mentam-se entre si. Com isso, os movimentos existentes em cada articulação 
são determinados pelo formato de suas superfícies articulares.
Para classificar as articulações de acordo 
com suas características estruturais e fun-
cionais, deve-se saber se os ossos estão 
conectados por tecido conjuntivo fibro-
so ou cartilagem, se articulam-se entre si 
dentro de uma cápsula articular e quais 
são os graus de mobilidade, variando de 
móvel, pouco móvel ou imóvel. Dessa for-
ma, podem ser classificadas em três gran-
des grupos: fibrosas, cartilaginosas e sino-
viais (DANGELO; FATTINI, 2012).
As articulações fibrosas apresentam mo-
bilidade reduzida por não terem uma ca-
vidade articular e os ossos se interpõem através de tecido conjuntivo fibroso. 
O espaçamento entre eles pode ser estreito ou largo e podem ser subdividas 
em três tipos: suturas, sindesmoses ou gonfoses.
Por serem estreitas e formadas por uma junção fibrosa, as suturas promovem 
proteção aos órgãos internos, e seu maior exemplo são as articulações entre 
os ossos do crânio. Apesar da mobilidade ser reduzida nesse tipo de articula-
ção, o tecido conjuntivo interposto proporciona pequeno grau de elasticidade 
ao crânio. Exceto pela mandíbula, toda estrutura óssea do crânio é unida por 
estruturas, as quais, juntamente com o tecido conectivo fibroso que as une 
contribuem na proteção do cérebro e na formaçãodo rosto.
Saiba mais
Saiba mais sobre os 
ossos do membro inferior, 
acesse o link!
https://www.youtube.com/watch?v=RsanA4Cb24Q&t=10s
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Quanto as sindesmoses, os ossos encontram-se afastados, mas unidos por 
uma estreita faixa de tecido conjuntivo fibroso (ligamentos) ou por uma ca-
mada de tecido denominada membrana 
interóssea. Como exemplos há ossos lon-
gos como os encontrados no antebraço e 
na perna. Ainda, as gonfoses são as jun-
ções fibrosas especializadas existentes 
entre as raízes dos dentes e seus receptá-
culos na mandíbula e no maxilar.
Nas articulações cartilaginosas os ossos 
não possuem cavidade articular e são uni-
dos por cartilagem hialina ou fibrocartila-
gem, o que permite sua classificação em 
sincondrose ou sínfise, respectivamente. 
Em ambas a mobilidade é reduzida.
A sincondrose pode ser permanente, como a articulação existente entre o es-
terno e as costelas, ou temporária, como ocorre durante o crescimento ósseo, 
onde a diáfise se une à epífise por meio de cartilagem hialina.
A fibrocartilagem é formada por diversos feixes de fibras colágenas o que jus-
tifica, em partes, as sínfises suportares maior resistência e força de tração e 
flexão. Podendo ser faixas estreitas ou largas, exemplos desse tipo de articu-
lação incluem a sínfise púbica e os discos intervertebrais que se interpõem 
entre os corpos das vértebras (GOSLING et al., 2019).
Saiba mais
Veja o vídeo sobre a 
anatomia do sistema 
articular. Clique aqui. 
https://www.youtube.com/watch?v=RsanA4Cb24Q&t=10s
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DISCO INTERVERTEBRAL.
núcleo
pulposo
ânulo fibroso
forame
intervertebral
corpo vertebral
vista lateral vista superior
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos duas peças ósseas. A da direta, em vista superior, uma vértebra com o 
disco intervertebral logo acima. A da esquerda, duas vértebras em perfil, com um disco 
intervertebral entre elas.
2.3.2 ARTICULAÇÃO SINOVIAL
Diferentemente de todos os outros tipos de articulações, as articulações sino-
viais possuem cavidade articular e não se unem por tecidos conjuntivos fibro-
sos ou cartilagem. Essa característica promove mobilidade, pois possibilita o 
deslizamento de uma superfície óssea contra a outra, uma vez que o meio de 
união entre os ossos nesse tipo de articulação é dado pela cápsula articular 
e a cavidade da articulação é preenchida por líquido sinovial que lubrifica a 
articulação. Dessa forma, sua estrutura é formada por cavidade articular (re-
coberta pela cartilagem articular), cápsula articular, membrana sinovial (que 
produz o líquido sinovial) e pelo líquido sinovial, os quais criam um espaço 
virtual que permite o deslizamento das partes ósseas com o mínimo de atrito 
e desgaste possível.
A cavidade articular dos ossos é recoberta pela cartilagem articular, uma fina 
camada de cartilagem hialina que promove proteção ao osso subjacente 
quando um movimento é realizado. Trata-se de um tecido não vascularizado 
e não inervado, sendo nutrido pelo líquido sinovial.
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ARTICULAÇÃO SINOVIAL
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos uma articulação sinovial com algumas de suas estruturas, como a 
membrana sinovial, a cápsula articular, a cavidade articular e a cartilagem articular.
Assim como a cápsula articular, os ligamentos têm o papel mecânico de 
manter a união dos ossos, impedindo movimentos indesejáveis e limitando 
a amplitude dos movimentos ao que é considerado normal. Trata-se de uma 
banda de tecido fibroso que une os ossos adjacentes e pode ser um espessa-
mento da cápsula, ser interno a ela, ou externo. Seu papel é passivo, pois não 
se contraem como ocorre com os músculos, sendo então inextensíveis. Dessa 
forma, dependendo da posição da articulação, os ligamentos ficam tensos ou 
relaxados (BECKER, 2018).
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Os ligamentos possuem sensibilidade proprioceptiva, pois possuem recep-
tores nervosos sensitivos que informam ao sistema nervoso central informa-
ções como velocidade, movimento, posição da articulação, estiramento e dor 
(CALAIS-GERMAIN, 2010).
Já as bolsas sinoviais (ou bursas) atuam como amortecedores em articulações 
sinoviais. São consideradas fendas presentes no tecido conjuntivo entre os 
músculos, tendões, ligamentos e ossos. Elas se constituem por sacos fecha-
dos de revestimento sinovial e possuem como objetivo facilitar o deslizamen-
to de músculo sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.
Entre as articulações sinoviais, algumas possuem entre as superfícies articu-
lares formações de fibrocartilagem denominadas discos e meniscos intra-ar-
ticulares que têm por objetivo melhorar a adaptação das superfícies ósseas, 
aumentando a congruência da articulação. Exemplos de discos interarticula-
res podem ser encontrados na articulação temporomandibular, enquanto os 
meniscos podem ser localizados na articulação do joelho.
2.4 SISTEMA MUSCULAR
Para finalizar o aparelho locomotor, vamos agora estudar sobre os músculos.
2.4.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA MUSCULAR
Os músculos são formados por conjuntos de células alongadas, que, devido 
às suas características morfológicas, são denominadas de fibras musculares. 
Dentre as propriedades das fibras musculares, encontram-se a contratilida-
de/relaxamento e a elasticidade, que possibilitam aos músculos, quando es-
timulados por um impulso nervoso motor, alterar a sua forma e encurtar-se, 
caracterizando a contração, e voltar à forma inicial quando cessar a estimu-
lação, caracterizando o relaxamento. Estrutural e funcionalmente podem-se 
identificar três tipos de músculos: músculo liso, músculo estriado cardíaco e 
músculo estriado esquelético. 
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TIPOS DE MÚSCULOS
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos três tipos de músculos, em uma vista histológica, ou seja, 
microscópica. Na esquerda o músculo esquelético, no centro o músculo liso, na direita o 
músculo cardíaco.
Músculo liso
encontrado nos órgãos internos (sistema digestório, respiratório, 
urinário, reprodutor e parede de vasos sanguíneos). Esse tipo de 
músculo não apresenta estrias ao microscópio e realiza movimentos 
lentos, que não estão sujeitos ao controle voluntário, ou seja, são 
involuntários.
Músculo estriado cardíaco
encontrado somente no coração. Esse tipo muscular, que revela um 
aspecto estriado ao microscópio, é de contração rápida e voluntária
Músculo estriado esquelético
encontrado unido aos ossos do esqueleto. Esse tipo de músculo realiza 
os movimentos rápidos e voluntários.
Vamos focar nos músculos estriados esqueléticos agora. Eles possuem duas 
partes: o ventre e o tendão. O ventre é a porção carnosa e contrátil, de cor ver-
melha, e é constituído por fibras musculares, que são células especializadas 
as quais se contraem sob estimulação nervosa, possibilitando a realização de 
movimentos.
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As fibras musculares estriadas esqueléticas que constituem o ventre, como 
todas as células do corpo, são delicadas, contudo, cabe a elas realizar trabalho 
que exige grande resistência, em função das reações a que são submetidas 
durante a contração muscular. Essa resistência é obtida graças a envoltórios 
de tecido conjuntivo que se associam aos músculos.
PARTES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos a representação de uma fibra muscular aumentada. Nela háo perimísio, 
o endomísio, o epimísio, o fascículo, o tendão e o osso.
Uma membrana de tecido conjuntivo denso, o epimísio, envolve o músculo 
todo; dela partem septos de tecido conjuntivo para o interior dos músculos, o 
que denominamos de perimísio. O perimísio envolve grupos de fibras mus-
culares formando os fascículos. Cada fibra muscular, por sua vez, é envolvida 
Caro estudante, sugiro a você que assista ao vídeo 
do professor Rogério Gozzi. Ele explica a diferença 
entre os músculos liso, estriado cardíaco e estriado 
esquelético. Clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=ChGAO-qi0z8
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por uma membrana delicada de tecido conjuntivo, o endomísio. O epimísio, 
perimísio e endomísio se prolongam além das fibras musculares e irão formar 
os tendões musculares (DANGELO; FATTINI, 2012).
A fáscia muscular é um anexo do músculo. Ela é uma lâmina de tecido con-
juntivo que está localizada envolvendo cada e todo o músculo. Dependendo 
da sua função, varia-se a espessura da fáscia muscular, de músculo para mús-
culos. Tem também como função auxiliar o músculo a exercer eficientemen-
te um trabalho de tração ao se contrair. Outra função desempenhada pelas 
fáscias é permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si.
Vejamos agora sobre o tendão. O tendão é branco e brilhante, rico em coláge-
no, e é a parte passiva do músculo. Muito resistente, fixa os músculos aos os-
sos, às cartilagens ou à pele. Quando o tendão é largo e plano, é denominado 
aponeurose. A maioria dos músculos possui dois tendões, localizando-se um 
em cada extremidade do ventre, contudo existem músculos constituídos por 
vários ventres intercalados por tendões. Há também músculos com mais de 
um tendão nas extremidades do ventre, como o músculo bíceps, que possui 
dois tendões proximais, e o músculo flexor superficial dos dedos, que possui 
vários tendões distais.
Os pontos de fixação do tendão do músculo no osso, na cartilagem, ou em 
outros órgãos, são denominados de origem e de inserção. Origem é ponto 
de fixação proximal, o ponto fixo, que não se desloca durante o movimento. 
Inserção é o ponto de fixação distal, o ponto móvel, que se desloca em direção 
à origem.
Quer um exemplo? O músculo braquial está preso anteriormente no úmero e 
na ulna, localizado atravessando a articulação do cotovelo. Na sua contração, 
ele realiza a flexão do antebraço (cotovelo). Sua extremidade umeral (ou pro-
ximal) é a origem e sua extremidade ulnar (ou distal), a inserção.
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2.4.2 MÚSCULOS DO TRONCO
Vamos iniciar pela parte posterior do tronco, o dorso. Os músculos do dorso, 
ou seja, da região posterior do tronco, estão dispostos em anteriores e poste-
riores. Fazem parte dos músculos anteriores pré-vertebrais os músculos do 
pescoço e os da parede posterior do abdome.
Os posteriores, pós-vertebrais, compreen-
dem diversos músculos. Mais superficial-
mente, estão o trapézio e o latíssimo do 
dorso; em posição média, estão o m. le-
vantador da escápula, os mm. romboide 
maior e menor, e os mm. serrátil posterior 
superior e serrátil posterior inferior; mais 
profundamente, situam-se os músculos 
do dorso propriamente dito ou pós-verte-
brais profundos (DANGELO; FATTINI, 2012).
No tórax, os mm. intercostais externos se 
estendem, em cada espaço intercostal, 
do ângulo do tubérculo costal à junção 
costocondral, formando a camada externa. São músculos responsáveis pela 
inspiração. Já os mm. intercostais internos formam a camada interna e se es-
tendem da extremidade medial dos espaços intercostais até o ângulo da cos-
tela. São músculos responsáveis pela expiração. 
Os músculos toracoapendiculares são o peitoral maior, o peitoral menor, o 
subclávio e o serrátil anterior, os quais fazem a conexão do membro superior 
com o esqueleto axial e se situam anteriormente.
O m. serrátil anterior vai da 1.ª a 8.ª costelas e fica parcialmente coberto pelo 
m. peitoral menor. Ele atua aproximando a escápula do tórax e elevando as 
costelas, o que faz dele um potente inspirador (BECKER, 2018).
Vejamos agora sobre os músculos abdominais. Três músculos laminares – o 
oblíquo externo (rotação do tronco), oblíquo interno (rotação do tronco) e o 
transverso do abdome (sustentação da coluna) – superpõem-se na parede 
anterolateral do abdome, com as fibras orientadas em sentido oposto ou pelo 
menos diferente.
Saiba mais
Clique aqui para ver um 
vídeo sobre os músculos do 
dorso. Clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=xe6v-w6Tal8
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O 2.º grupo de músculos da parede do abdome situa-se no plano mediano 
e está constituído pelo m. reto do abdome e pelo m. piramidal. O músculo 
reto do abdome é um músculo poligástrico, isto é, apresenta diversos ventres 
musculares. É um potente flexor do tronco.
2.4.3 MÚSCULOS DOS MEMBROS
Vamos iniciar pelos músculos do ombro, no membro superior. Todos os mús-
culos dessa região (deltoide, supraespinal, infraespinal, redondo menor, re-
dondo maior e subescapular) nascem no cíngulo do membro superior e se 
inserem no úmero. 
MÚSCULO DELTOIDE 
Fonte: Wikimedia Commons (2021)
#PraCegoVer
Na imagem temos um esqueleto humano, da cintura para cima, na cor branca. Em 
destaque, na cor vermelha, há o músculo deltoide, em ambos os lados.
Os músculos da região anterior do braço são o coracobraquial, o braquial e o 
bíceps braquial. A região posterior tem somente um músculo mais significa-
tivo, o tríceps braquial.
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MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos um esqueleto humano, da cintura para cima, na cor branca. Em 
destaque, na cor vermelha, há o músculo bíceps braquial, em ambos os lados.
No antebraço temos o m. pronador redondo, m. flexor radial do carpo, m. 
flexor ulnar do carpo, m. flexor superficial dos dedos, m. flexor profundo dos 
dedos, m. flexor longo do polegar, m. pronador quadrado, m. braquiorradial, 
mm. extensores radiais longo e curto do carpo, m. extensor ulnar do carpo, m. 
extensor dos dedos, m. supinador, m. abdutor longo do polegar, m. extensor 
do indicador e mm. extensores longos e curto do polegar. 
Vejamos agora sobre o membro inferior, iniciando pelos músculos da pelve. 
As paredes lateral e posterior da pelve são revestidas pelos mm. obturador 
interior, piriforme e coccígeo. O assoalho da pelve está revestido por múscu-
los que formam o chamado diafragma da pelve ou trígono anal. Essa lâmina 
muscular que oblitera a abertura inferior da pelve compreende o m. coccígeo 
e o m. levantador do ânus, muito mais importante. A cavidade pélvica situa-se 
superiormente ao diafragma da pelve; inferiormente a ele, situa-se o períneo. 
Comumente, divide-se o m. levantador do ânus em três partes: mm. pubo-
coccígeo, puborretal e iliococcígeo.
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Entre as fáscias superficial e a membrana do períneo, existe um espaço, com-
pletamente fechado, o espaço superficial do períneo. Três músculos ocupam 
o espaço superficial do períneo, também chamado de trígono urogenital: 
transverso superficial do períneo, isquiocavernoso e bulboesponjoso.
Os músculos da região anterior da coxa são o: iliopsoas, quadríceps femoral 
(formado pelo m. reto femoral e os mm. vasto lateral, intermédio e medial) e 
o sartório.
MÚSCULOS ANTERIORES DO QUADRIL E COXA E INTERNOS DE COXA
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos alguns músculos internos de coxa, anteriores de coxa e anteriores de 
quadril, todos na cor vermelha.
Os músculos da região medial dacoxa são o pectíneo, o grácil e os adutores 
longo, curto e magno. 
62
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ANATOMIA HUMANA
O m. glúteo máximo é o mais espesso e forte dos glúteos. 
O m. glúteo médio se origina no ílio, en-
tre as linhas glúteas anterior e posterior, 
e possui inserção na face lateral do tro-
cânter maior. Já o m. glúteo mínimo tem 
origem no ílio, entre as linhas glúteas infe-
rior e anterior, insere-se na borda anterior 
do trocânter maior. Tanto o glúteo médio 
quanto o mínimo atuam como abdutores 
e flexores do quadril. 
O m. tensor da fáscia lata origina-se na 
espinha ilíaca anterossuperior e no lábio 
externo da crista ilíaca e insere-se no trato 
iliotibial. É, principalmente, um flexor da 
coxa, atuando sinergicamente com o m. iliopsoas. Além disso, auxilia a rota-
ção medial da coxa e tensiona a fáscia lata. 
Os músculos da região posterior da coxa são conhecidos em conjunto como 
músculos do jarrete ou isquiotibiais, e cruzam, posteriormente, as articula-
ções coxofemoral e do joelho. São os m. bíceps femoral (com suas cabeças 
longa e curta), semitendíneo e semimembranáceo. 
Os músculos da região posterior da perna são divididos em superficiais e pro-
fundos. Os superficiais são o gastrocnêmio e o sóleo, que em conjunto for-
mam o tríceps sural, o qual determina a forma e o volume da panturrilha. 
Também o m. plantar tem posição superficial.
Saiba mais
Não se esqueça de assistir ao 
vídeo sobre os músculos do 
membro inferior. Clique aqui. 
https://www.youtube.com/watch?v=ChGAO-qi0z8
63
ANATOMIA HUMANA
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MÚSCULO GASTROCNÊMIO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos os dois músculos gastrocnêmio, um em cada parte posterior 
da perna, na cor vermelha.
Os músculos profundos são: o poplíteo, os 
flexores longos do hálux e dos dedos e o 
tibial posterior.
Somente dois músculos estão situados na 
região lateral da perna: os fibulares longo 
e curto.
Os músculos anteriores da perna agem 
sobre a articulação do tornozelo e as ar-
ticulações do tarso, resultando em movi-
mento do pé. São eles: m. tibial anterior, 
extensor longo do hálux, extensor longo 
dos dedos e fibular terceiro. 
Saiba mais
Veja o vídeo sobre os 
músculos da coxa.
https://www.youtube.com/watch?v=67qS5njUqM8.
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ANATOMIA HUMANA
CONCLUSÃO
Caro estudante, finalizamos aqui a unidade 2. Você pode perceber que sem 
o sistema esquelético, o ser humano seria incapaz de se sustentar em pé 
e sentado, e muito menos de caminhar. É um sistema anatômico robusto, 
composto por 206 ossos (no adulto), que possui funções vitais. Tratando-se 
de crânio e face, são 22 ossos que compõem o neurocrânio e o viscerocrânio. 
A coluna vertebral, formada por 33 vértebras, caracteriza-se como o pilar de 
sustentação do corpo humano.
Na inexistência das articulações, os ossos não poderiam ser conectados, e os 
músculos não teriam função de movimentação (contração / relaxamento), no 
caso das sinoviais. Estruturas complexas e dinâmicas formam as articulações, 
dando a elas capacidades de sustentação e/ou movimentação.
Vimos também que o sistema muscular é constituído pelo conjunto de mús-
culos localizados ao longo de nosso corpo. Existem 659 músculos no corpo 
humano, os quais representam em torno de 40 a 50% do peso corporal. Os 
músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos 
que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimen-
to ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organis-
mo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir e respirar, dentre outras possibilidades. 
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UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ANATOMIA HUMANA
> Compreender as 
estruturas que fazem 
parte do sistema 
circulatório.
> Estudar a 
anatomia do sistema 
respiratório.
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ANATOMIA HUMANA
3 ANATOMIA DO SISTEMA 
CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO
3.1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, como vai? Seja bem-vindo a terceira unidade da disciplina de 
Anatomia Humana. Nela, você estudará três sistemas: cardiovascular, linfático 
e respiratório. Vamos lá?
3.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO CARDIOVASCULAR
O sistema circulatório compreende o cardiovascular e o linfático. O sistema 
cardiovascular é composto pelo coração e os vasos, tendo como função a cir-
culação do sangue pelos tecidos do corpo para a oxigenação e a nutrição do 
organismo; pela coleta dos produtos do metabolismo celular (como o dióxi-
do de carbono para redistribuição ou eliminação); pela participação nos me-
canismos de defesa do corpo; manutenção da temperatura corporal; e pela 
distribuição de hormônios e via de administração de medicamentos. Vamos 
iniciar pelo coração?
3.2.1 CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular oco, contrátil, com formato de cone, com 
base superior e ápice inferior. Está localizado na cavidade torácica, entre os 
dois pulmões, superiormente ao músculo diafragma, posteriormente ao osso 
esterno e cartilagens costais, anteriormente ao esôfago e à coluna vertebral 
torácica, em um espaço denominado de mediastino. Na base do coração, es-
tão os vasos da base do coração, vasos sanguíneos venosos que entram nos 
átrios e artérias que saem dos ventrículos (DANGELO; FATTINI, 2012).
O coração apresenta quatro cavidades: átrios direito e esquerdo; e ventrículos 
direito e esquerdo. Internamente, os átrios estão separados entre si pelo septo 
interatrial e os ventrículos pelo septo interventricular. Assim, a comunicação 
entre as cavidades cardíacas se pelas valvas cardíacas. No lado direito, está a 
valva atrioventricular direita (tricúspide) e, no lado esquerdo, a valva atrioven-
tricular esquerda (bicúspide) (DANGELO; FATTINI, 2012).
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ANATOMIA DO CORAÇÃO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há o desenho de um coração humano e suas estruturas internas, e algumas 
externas. O coração está na cor vermelha clara. As veias estão em azul, enquanto as artérias 
em vermelho escuro.
Na superfície externa do coração, em cada um 
dos átrios há projeções denominadas aurículas, 
que amortecem o impacto do sangue que chega 
até eles. 
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ANATOMIA HUMANA
As paredes do coração são constituídas por três camadas de tecidos com es-
pessuras diferentes:
Pericárdio
É a camada mais externa. Contribui para a fixação do coração nas 
estruturas vizinhas na cavidade torácica, e reveste também o início dos 
vasos da base do coração.
Miocárdio
É a camada média e mais espessa do coração, formado por músculo 
estriado cardíaco. Está presente tanto em átrios quanto em ventrículos 
em espessuras diferentes.
Endocárdio
É a camada mais interna. Reveste o interior de todas as câmaras 
cardíacas.
No interior das cavidades cardíacas, o miocárdio forma saliências irregulares, 
denominadas trabéculas cárneas. As que emergem das paredes atriais são 
denominadas músculos pectíneos e as 
das paredes ventriculares, os músculos 
papilares. Nos ápices desses pilares, pren-
dem-se as cordas tendíneas, filamentos 
delgados fixados em uma das extremida-
des aos músculos papilares e em outra a 
cada válvula das valvas atrioventriculares. 
A camada de tecido conjuntivo e células 
endoteliais (endotélio) que reveste o in-
terior das cavidades cardíacas e as super-
fíciesdas valvas do coração é o endocár-
dio, impermeável ao sangue e contínuo 
com o endotélio dos vasos sanguíneos 
(DANGELO; FATTINI, 2012).
Saiba mais
Caro estudante, clique 
no link e assista a uma 
videoaula sobre a anatomia 
do sistema cardiovascular.
https://www.youtube.com/watch?v=761HjdBB3FA
70
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3.2.2 VASOS SANGUÍNEOS
Os vasos sanguíneos representam uma série de tubos de diferentes diâme-
tros, formando extensa e complexa rede que se ramifica e se distribui por 
todos os tecidos do corpo, conduzindo o sangue. Basicamente, existem três 
tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. 
De modo geral, o sangue que circula pelas artérias possui maior concentração 
de oxigênio (sangue arterial), exceto o tronco pulmonar e suas ramificações 
que transportam sangue com maior concentração de dióxido de carbono 
(sangue venoso). De acordo com Moore, Dalley e Agur (2014), as artérias rea-
lizam a irrigação do corpo. As pequenas artérias são denominadas arteríolas.
As veias são vasos sanguíneos que conduzem o sangue de volta ao coração 
(retorno venoso), terminando nos átrios. Transportam sangue rico em dióxido 
de carbono, exceto as veias pulmonares, 
pois transportam sangue oxigenado dos 
pulmões para o átrio esquerdo do cora-
ção. As veias são mais numerosas do que 
as artérias e têm localização superficial 
ou profunda, variando o diâmetro em pe-
queno, médio e grande. As veias do corpo 
unem-se, sucessivamente, e formam as 
veias cavas superior e inferior e o seio co-
ronário, que desembocam no átrio direi-
to do coração, e as veias pulmonares, que 
desembocam no átrio esquerdo.
Saiba mais
Caro estudante, clique aqui 
e saiba mais sobre os vasos 
sanguíneos.
https://www.youtube.com/watch?v=yWZtY1grl6Q
71
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ANATOMIA HUMANA
VASOS SANGUÍNEOS
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há um esquema que mostra na cor vermelha as artérias, arteríolas e capilares 
arteriais. Na cor azul, mostra as veias, vênulas e capilares venosos.
Já nos capilares é possível a realização de trocas entre o sangue e os tecidos e 
vice-versa. Desse modo, o oxigênio do sangue passa para o tecido e o dióxido 
de carbono do tecido incorpora-se ao sangue. O mesmo acontece com os de-
mais compostos químicos presentes no sangue e nos tecidos.
3.2.3 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
O sangue percorre a rede de vasos sanguíneos por dois circuitos fechados 
diferentes, a pequena circulação ou circulação pulmonar, e a grande circula-
ção ou circulação sistêmica. Na circulação pulmonar, o trajeto percorrido pelo 
sangue venoso presente no átrio direito passa pelo ventrículo direito, tronco 
pulmonar, por meio das artérias pulmonares direita e esquerda conduzindo 
aos pulmões, as quais, após ramificações, originam os capilares sanguíneos 
que permitem a hematose – eliminação do dióxido de carbono e incorpora-
ção do oxigênio ao sangue. O sangue retorna ao átrio esquerdo pelas quatro 
veias pulmonares (LAROSA, 2016).
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A circulação sistêmica transporta sangue oxigenado para todos os tecidos do 
corpo e retorna com o sangue venoso dos tecidos para o átrio direito. Assim, o 
sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo pela aorta, que se ramifica pelo 
corpo, originando arteríolas e capilares que permitem as trocas entre o san-
gue e os tecidos. À medida que as trocas vão ocorrendo, os capilares unem-se 
gradativamente, formando vênulas e veias que retornam o sangue ao cora-
ção (LAROSA, 2016).
3.3 SISTEMA CIRCULATÓRIO LINFÁTICO
Agora vejamos outro sistema circulatório, o linfático. O sistema linfático com-
preende os órgãos responsáveis pela drenagem e filtração da linfa para a cir-
culação sanguínea, além de órgãos integrantes do sistema imune. É formado 
pelos capilares, vasos e ductos linfáticos, linfonodos, baço, timo e tonsilas.
3.3.1 LINFA E CAPILARES LINFÁTICOS
A linfa é o líquido de composição química semelhante à do plasma sanguíneo 
presente nos espaços intersticiais, resultante das trocas entre o sangue dos 
capilares e os tecidos. É drenada por uma rede de capilares e vasos linfáticos 
paralelos aos vasos sanguíneos. Inicia-se em capilares linfáticos.
Os capilares linfáticos são vasos de diminuto 
calibre de constituição semelhante à dos capilares 
sanguíneos. Iniciam-se como um tubo “cego” e por 
confluências formam vasos linfáticos.
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ANATOMIA HUMANA
Os vasos linfáticos do membro superior direito e das metades direita do tó-
rax, da cabeça e do pescoço, drenam a linfa para o ducto linfático direito, que 
desemboca na junção das veias subclávia direita e jugular interna direita. Já 
os vasos linfáticos do membro inferiores, pelve, abdome, membro superior 
esquerdo e metades esquerda do tórax, do pescoço e da cabeça drenam a 
linfa para o ducto torácico, que desemboca na junção das veias subclávia es-
querda e jugular interna esquerda (MIRANDA NETO, 2012).
3.3.2 BAÇO E TIMO
O baço é um órgão de formato oval do sistema linfático localizado na região 
superolateral esquerda da cavidade abdominal, inferiormente ao músculo 
diafragma, superior ao rim esquerdo, ao nível da 10ª costela relacionado com 
o processo imune entre outras funções (DANGELO; FATTINI, 2012).
O baço atua como reservatório de sangue, como 
local de destruição de hemácias velhas e de 
partículas estranhas, como local de maturação de 
linfócitos B, participa do sistema imune e no período 
fetal inicial produz células sanguíneas.
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SISTEMA LINFÁTICO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há o desenho de um corpo feminino, olhando para a direita. Há as indicações 
de estruturas do sistema linfático.
Já o timo é um órgão do sistema linfático e uma glândula endócrina encon-
trado na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno, sobre o coração. 
Produz os hormônios timosina e timopoitina e está relacionado com o siste-
ma imune (maturação dos linfócitos T).
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ANATOMIA HUMANA
3.3.3 TONSILAS
As tonsilas são pequenos órgãos do siste-
ma linfático, constituídas de tecido linfoi-
de e relacionadas com a defesa do orga-
nismo. Na região posterior da parte nasal 
da faringe, situa-se a tonsila faríngea; na 
parte nasal da faringe próxima ao óstio 
faríngeo da tuba auditiva, as tonsilas tu-
bárias; na fossa tonsilar do istmo da fauce, 
situam-se as tonsilas palatinas; e, na face 
superior da raiz da língua, posteriormen-
te ao sulco terminal estão as tonsilas lin-
guais (MIRANDA NETO, 2012).
3.4 SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos tubulares 
ocos e alveolares, localizados na cabeça, pescoço e cavidade torácica, respon-
sáveis pela respiração e fonação. 
Respiração
É o processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente, 
sendo dividida em duas fases: inspiração e expiração, nas quais 
ocorrem, respectivamente, a absorção pelo organismo de oxigênio 
(O2) e a eliminação de gás carbônico (CO2) resultante de oxidações 
celulares e trocas gasosas indiretas.
Fonação
Ocorre devido à variação da tensão das pregas vocais, na laringe, 
quando o ar expirado passa por meio delas e ressoa nas caixas de 
ressonância do sistema.
Saiba mais
Caro estudante, clique 
no link e assista a uma 
videoaula sobre a anatomia 
do sistema linfático. 
https://www.youtube.com/watch?v=7u2HltA4Bpo
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Asvias respiratórias são divididas em duas porções: condutora e respiratória. 
A porção condutora compreende as cavidades nasais, nasofaringe, laringe, 
traqueia, um par de brônquios principais.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há o desenho de um corpo masculino olhando para a direita. Há indicação de 
estruturas do sistema respiratório.
Já a porção respiratória localizada nos pulmões é a parte onde ocorrem as 
trocas gasosas e são constituídas por bronquíolos respiratórios, ductos alveo-
lares, sacos alveolares e alvéolos (MIRANDA NETO, 2012).
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3.4.1 NARIZ, CAVIDADE NASAL, FARINGE E 
LARINGE
O nariz é uma saliência pirâmide-triangular, ímpar, localizado medianamen-
te na face (viscerocrânio). Recobre a entrada da cavidade nasal, apresentando 
as seguintes partes: ápice, base, raiz, dorso, asas e aberturas denominadas 
narinas direita e esquerda.
Ápice
é a região inferior e livre do nariz. 
Raiz
é a região superior e fixa, e encontra-se entre os supercílios. 
Dorso
é a região entre o ápice e a raiz. 
Asas
são as regiões laterais do nariz. 
Narinas
comunicam a cavidade nasal na região do vestíbulo com o meio 
externo.
O vestíbulo do nariz (nasal) é uma pequena depressão, limitada pelas carti-
lagens do nariz, revestido internamente por pele que apresenta pelos bem 
desenvolvidos denominados vibrissas.
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O esqueleto do nariz constitui-se de uma parte óssea formada pelo osso na-
sal e pelo processo frontal da maxila, uma parte cartilagínea formada pelas 
cartilagens: do septo do nariz, alar maior, alares menores, lateral do nariz, e 
pelos músculos da mímica facial, que servem para dilatar as narinas durante 
as inspirações e comprimir o nariz durante as expirações. O septo nasal divi-
de a cavidade nasal em dois compartimentos, direito e esquerdo (DANGELO; 
FATTINI, 2012).
A cavidade nasal é uma escavação situada no interior do viscerocrânio, e 
apresenta duas aberturas: uma anterior, denominada abertura piriforme, 
identificável no esqueleto da face, na qual ocorre o nariz externo; e uma pos-
terior, denominada coana, que comunica a cavidade nasal com a parte nasal 
da faringe. 
Divide-se didaticamente em partes que formam suas quatro paredes. As pa-
redes laterais são bastante irregulares e complexas por apresentarem várias 
saliências e depressões. São formadas por partes dos ossos maxilares, palati-
nos, conchas nasais inferiores e etmoide. As saliências são denominadas con-
chas nasais superior e média, as quais fazem parte do osso etmoide, e concha 
nasal inferior, que é um osso independente (DANGELO; FATTINI, 2012).
Os espaços situados abaixo das conchas nasais, denominados meatos nasais, 
são em número de três: meato nasal superior, situado abaixo da concha nasal 
superior; meato nasal médio, situado abaixo da concha nasal média; e meato 
nasal inferior, situado abaixo da concha nasal inferior. No meato nasal mé-
dio, estão localizados os orifícios que comunicam a cavidade nasal com os 
seios paranasais. São eles: bolha etmoidal, que comunica essa cavidade com 
o osso etmoide por ser o local de abertura das células do grupo médio do seio 
etmoidal; hiato semilunar, que é uma abertura em forma de meia-lua, que 
O nariz é responsável pela filtração do ar feita 
pelas vibrissas; umidificação feita pelo muco 
secretado pelas glândulas presentes na mucosa 
e aquecimento do ar pelo contato com a mucosa 
altamente vascularizada da cavidade nasal.
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ANATOMIA HUMANA
comunica a cavidade nasal com as células do grupo anterior do seio etmoi-
dal e com o seio maxilar; e infundíbulo etmoidal, onde se abre o seio frontal. 
No meato nasal superior, está localizada a abertura das células etmoidais do 
grupo posterior. No meato nasal inferior, encontra-se o orifício de abertura do 
ducto lacrimonasal que comunica a cavidade nasal à cavidade da órbita. Aci-
ma e atrás da concha nasal superior, está localizado o recesso esfenoetmoidal, 
que comunica a cavidade nasal com o seio esfenoidal.
Agora, vamos falar sobre a faringe. A faringe é um hemitubo musculomem-
branoso afunilado, que se estende da boca até o esôfago, localizada no pesco-
ço, entre a base do crânio e a C6. Constitui uma via de entroncamento entre 
os sistemas digestório e respiratório. É dividida didaticamente em três partes: 
nasal, oral e laríngea. A maior parte do anel linfático é composta pelas tonsilas: 
faríngeas, tubárias, linguais e palatinas (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Os seios paranasais são cavidades existentes nos 
ossos pneumáticos localizados ao redor da cavidade 
nasal e que se comunicam com ela, abrindo-se 
ao nível dos meatos do nariz. Os seios paranasais 
contêm ar no seu interior e recebem o nome dos 
ossos nos quais estão localizados e, por isso, são 
denominados: seios frontais, seios maxilares, seios 
esfenoidais e seios etmoidais. Sua principal função é 
participar do aquecimento, umidificação e filtração 
do ar inspirado, sendo considerado um órgão erétil.
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ANATOMIA CAVIDADE NASAL, FARINGE E LARINGE
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há o a representação de uma cabeça humana pela metade, em um corte 
mediano, e as indicações de estruturas da cavidade nasal, faringe e laringe.
Continuando nas estruturas do sistema respiratório, temos a laringe. A laringe 
é um órgão ímpar, mediano, simétrico, musculocartilaginoso, localizado na 
parte mediana do pescoço na altura das vértebras cervicais inferiores, ante-
riormente à parte laríngea da faringe, com a qual se comunica por meio do 
ádito da laringe, e inferiormente se comunica com a traqueia por meio de sua 
continuidade com esse órgão, sendo maior no homem que na mulher.
A laringe funciona como uma válvula durante a deglutição, impedindo a en-
trada de alimentos nas vias aéreas inferiores. Mantém aberta a passagem de 
ar e participa da fonação (DANGELO; FATTINI, 2012).
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ANATOMIA HUMANA
Estruturalmente, o arcabouço da laringe é constituído por nove cartilagens, 
duas membranas, quatro ligamentos, duas articulações e sete músculos, re-
vestidos internamente por mucosa. As membranas e os ligamentos do órgão 
são responsáveis pela fixação das cartilagens ao osso hioide e/ou entre elas 
próprias, enquanto as articulações unem as cartilagens entre si, permitindo o 
movimento delas.
Durante a deglutição, ocorrem os movimentos verticais, em que a laringe se 
eleva na passagem do bolo alimentar da cavidade própria da boca para a fa-
ringe. Durante o canto, ela se eleva, provocando sons agudos, ou se deprime, 
provocando sons graves.
As cartilagens servem para fixação de membranas, músculos e do próprio 
órgão, sendo três cartilagens pares localizadas posteriormente na laringe: 
aritenoidea, corniculada e cuneiforme; e três cartilagens ímpares: tireoidea, 
cricoidea e epiglótica. As cartilagens tireoidea, cricoidea e aritenoidea são do 
tipo hialina, podendo sofrer sinostose com o avançar da idade. As demais são 
do tipo elástica.
Cartilagem tireoidea
Apresenta o formato de um “H”, formando um escudo anterolateral no 
órgão, denominado proeminência laríngea (vulgo “pomo de Adão”), 
palpável no vivente na região anterior do pescoço.
Cartilagem cricoidea
Possui formato de um anel de sinete e localiza-se na parte inferior da 
laringe abaixo da cartilagem tireóidea.
Cartilagem aritenoidea
Tem a forma de uma pirâmide de base inferior e apresenta importante 
papel na fixação do ligamento vocal e músculos, sendo que seus 
movimentosmodificam a tensão do ligamento vocal e amplitude da 
rima glótica.
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Cartilagem corniculada
Apresenta formato cônico e localiza-se sobre o ápice da cartilagem 
aritenoidea. Responsável por estender a cartilagem aritenoidea para 
cima e para trás.
Cartilagem cuneiforme
Possui formato circular e localiza-se à frente da cartilagem corniculada 
na prega ariepiglótica, a qual deve endurecer.
Cartilagem epiglótica
Tem o formato de uma folha de roseira (peciolada), sendo sua 
margem superior livre e inferiormente fixa na cartilagem tireoidea. 
Localiza-se no plano frontal, atrás da língua, à frente do ádito da 
laringe, que é a abertura do órgão, permitindo a passagem do ar, e, 
durante a deglutição, cobre o ádito da laringe para impedir a entrada 
de alimentos e corpos estranhos nas vias aéreas inferiores (traqueia, 
brônquios e pulmões).
As pregas vestibulares, vulgarmente conhecidas como cordas vocais falsas, 
são responsáveis pela proteção das pregas vocais. A rima do vestíbulo é o es-
paço entre as duas pregas vestibulares. As pregas vocais estendem-se da car-
tilagem tireoidea à cartilagem aritenoidea e controlam a corrente de ar que 
passa por meio da rima. A glote compreende as pregas vocais, juntamente 
com o espaço entre elas.
A rima da glote é uma fenda com cerca de 2,5 
cm no homem, que se abre durante a inspiração 
e se estreita na expiração, funcionando como um 
esfíncter na tosse ou espirro, devido à pressão 
abdominal exercida, e se fecha durante os atos de 
micção, defecação ou parto.
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ANATOMIA HUMANA
A laringe se fecha durante a deglutição, quando a epiglote (cartilagem epi-
glótica e seu revestimento mucoso) é empurrada para trás pela língua, des-
ce sobre o ádito da laringe e protege as vias respiratórias inferiores contra a 
entrada de alimentos. Durante a micção e a defecação há o fechamento das 
pregas vestibulares durante a fonação, em que as pregas vocais se aproxi-
mam ou se afastam.
3.4.2 TRAQUEIA E ÁRVORE BRÔNQUICA
A traqueia é uma víscera tubular oca, de aspecto cilíndrico, achatada postero-
anteriormente, que comunica a laringe com os brônquios, tendo cerca de 10 
a 11 cm de comprimento. Situa-se na região torácica mediana, no mediastino 
superior. É a continuação direta da laringe, estendendo-se da margem infe-
rior de 6ª vértebra cervical até a altura de 5ª vértebra torácica, onde se bifurca 
nos brônquios principais direito e esquerdo.
LARINGE, TRAQUEIA E BRÔNQUIOS PRINCIPAIS
LARINGE
TRAQUEIA
CARTILAGEM
TRAQUEAL LOCALIZAÇÃODA CARINA
BRÔNQUIOS
PRINCIPAIS
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem, há a laringe, seguida da traqueia e finalizando nos brônquios 
principais direito e esquerdo.
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ANATOMIA HUMANA
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A traqueia é responsável pela passagem de ar da laringe até os brônquios. 
Apresenta duas partes: cervical no pescoço e torácica no tórax. É constituída 
por 16 a 20 anéis com forma de “C” incompletos posteriormente constituí-
dos de cartilagem hialina e denominados cartilagens traqueais. Ligando uma 
cartilagem traqueal à outra, há o ligamento anular da traqueia, constituído de 
tecido conjuntivo (LAROSA, 2016).
Inferiormente, os brônquios terminam formando uma bifurcação, os brôn-
quios principais direito e esquerdo, como você pode ver na figura anterior. Ao 
nível da bifurcação, a última cartilagem traqueal forma uma projeção interna 
denominada carina da traqueia, a qual separa a traqueia em dois brônquios 
principais.
Os brônquios são dois condutos tubulares e ocos, direito e esquerdo que re-
sultam da bifurcação da traqueia e que continuam até o interior dos pulmões, 
onde suas ramificações formam a árvore bronquial. Estão localizados no me-
diastino superior no interior da cavidade torácica, e sua função é conduzir o ar 
desde a traqueia até o interior dos pulmões (DANGELO; FATTINI, 2012).
O brônquio principal direito é mais curto, apresentando cerca de 2,5 cm de 
comprimento, mais vertical, mais calibroso, mais próximo à traqueia e menos 
inclinado que o brônquio principal esquerdo. Ao penetrar no pulmão direito, 
divide-se dando origem aos três brônquios lobares, e esses se ramificam em 
10 brônquios segmentares e distribuem-se para unidades separadas e funcio-
nalmente independentes de tecido pulmonar, chamados segmentos bron-
copulmonares.
O brônquio principal esquerdo é mais longo, apresentando cerca de 5 cm de 
comprimento, mais oblíquo transversalmente e inclinado, mais distante da 
traqueia e menos calibroso que o brônquio principal direito. Ao penetrar no 
pulmão esquerdo, divide-se dando origem a dois brônquios lobares, e esses 
ramificam-se em nove brônquios segmentares, sendo distribuídos um para 
cada segmento broncopulmonar.
Os brônquios segmentares, por sua vez, continuam a se dividir repetidamen-
te até formar os bronquíolos. Esses são pouco calibrosos e também se divi-
dem muitas vezes, formando os bronquíolos terminais, cada um dos quais 
dá origem a diversos bronquíolos respiratórios. Esses se subdividem em vá-
rios ductos alveolares que terminam em diminutos sacos de paredes finas, os 
alvéolos pulmonares. Muitas vezes, diversos alvéolos pulmonares abrem-se 
numa câmara comum denominada saco alveolar.
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Nos alvéolos é que ocorre a troca de gases. São constituídos de espaços aére-
os que permitem a troca de gases entre o sangue e o ar. Para essa finalidade, 
os alvéolos são circundados por capilares, os quais apresentam uma grande 
proximidade com o ar inalado.
TROCA GASOSA NO ALVÉOLO
Alvéolo
entrada
saída
CO sai2 O entra2
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraCegoVer
Na imagem temos o processo de troca gasosa acontecendo entre o alvéolo 
pulmonar e um capilar sanguíneo.
Contamos com cerca de 150 a 250 milhões de 
alvéolos com uma área superficial aproximada de 
75 m².
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3.4.3 PULMÃO
Para finalizar, temos os pulmões. São ór-
gãos pares direito e esquerdo, sendo es-
senciais da respiração, visto que neles 
estão os alvéolos, responsáveis pela he-
matose. Estão situados nas partes laterais 
da cavidade torácica, de cada lado do co-
ração, superiormente ao músculo diafrag-
ma, limitada lateralmente pelas costelas e 
medialmente pelo mediastino.
Possuem formato cônico, apresentado 
um ápice dirigido para cima e levemen-
te arredondado; uma face diafragmática, 
que forma a base do órgão e encontra-se 
sobre o músculo diafragma, é larga e côn-
cava; uma face costal, convexa, voltada para as costelas, cartilagens costais e 
osso esterno, que deixam nessa face depressões denominadas impressões 
costais; uma face mediastinal, medial, quase plana, voltada para o mediastino 
e, consequentemente, para o coração, no centro da qual está uma depressão, 
o hilo do pulmão (DANGELO; FATTINI, 2012). 
O pulmão direito é maior, mais pesado, cerca de 625 gramas no adulto e 
mais próximo da traqueia. É dividido por duas fissuras: oblíqua e horizontal; 
e em três lobos: superior, médio e inferior. Esses lobos visíveis externamente 
são subdivididos internamente em unidades menores de tecido pulmonar, 
por traves de tecido conjuntivo, funcio-
nalmente independentes, denominadas 
segmentos broncopulmonares.
O pulmão esquerdo: é menor, mais leve, 
tem o peso mais ou menos de 565 gra-
mas no adulto e mais afastado da tra-
queia que o direito. É dividido pela fissura 
oblíqua em dois lobos: superior e inferior; 
sendo que o lobo superior apresenta uma 
expansão correspondente ao lobo médio 
do pulmão direito denominada língula do 
pulmão esquerdo.
Saibamais
Caro estudante, clique 
no link e assista a uma 
videoaula sobre a anatomia 
do sistema respiratório. 
Saiba mais
Caro estudante, clique aqui 
e saiba mais sobre a 
anatomia do pulmão.
https://www.youtube.com/watch?v=6g_saSN-sbc
https://www.youtube.com/watch?v=SjnhTa176og
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CONCLUSÃO
Caro estudante, finalizamos aqui a Unidade 3. Nela podemos estudar sobre 
a anatomia das principais estruturas do sistema circulatório cardiovascular e 
linfático e do sistema respiratório. Se você pode perceber, são sistemas direta-
mente relacionados.
Vimos que o sistema circulatório compreende o coração, os vasos sanguíneos 
e o sistema linfático. A circulação do sangue permite o transporte e a distribui-
ção de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. 
O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser 
eliminados do corpo. Já o sistema linfático compreende os órgãos responsá-
veis pela drenagem e filtração da linfa para a circulação sanguínea, além de 
órgãos integrantes do sistema imune.
Por fim, estudamos que o sistema respiratório compreende um conjunto de 
órgãos tubulares ocos e alveolares, localizados na cabeça, pescoço e cavidade 
torácica, responsáveis pela respiração e fonação. Assim como todos os siste-
mas orgânicos, o sistema respiratório é vital para a sobrevivência e, juntamen-
te com o sistema circulatório cardiovascular, é responsável pela circulação 
pulmonar.
UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ANATOMIA HUMANA
> Conhecer a 
anatomia do sistema 
digestório;
> Compreender o 
sistema endócrino e 
sua anatomia.
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4 ANATOMIA DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO
4.1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, como vai? Seja bem-vindo a quarta unidade da disciplina de 
Anatomia Humana. Nela, você estudará dois sistemas: o digestório e endócrino. 
As estruturas que compõem esse sistema possuem, de forma geral, a função 
de digerir alimentos, absorver nutrientes essenciais para a vida e excretar o que 
não foi utilizado. A partir desse sistema, em conjunto com outros, somos capa-
zes de obter energia por meio dos alimentos que ingerimos dia a dia.
Já o sistema endócrino apresenta como atividade característica a produção 
de secreções denominadas hormônios, que são disponibilizados na circula-
ção sanguínea. Vamos lá?
4.2 SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório apresenta-se como um tubo de cerca de nove 
metros de comprimento, aberto nas extremidades por meio da boca e do 
ânus. É um sistema constituído pela boca, faringe, esôfago, estômago, intes-
tino delgado, intestino grosso e órgãos anexos: fígado e pâncreas. Veja na fi-
gura essas estruturas:
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ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Glândula parótida
Glândula sublingual
Glândula submandibular
Língua
Boca
Fígado
Duodeno
Intestino
delgado
Jejuno
Glândulas
salivares
Úvula
Ilío
Ducto
da bile
Palato
Dentes
Vesícula biliar
Esôfago
Faringe
Estômago
Pâncreas
Ducto
pancreático
Colo
descendente
Colo
sigmoide
Intestino
grosso
Colo
transverso
Colo
ascendente
Reto
Apêndice
Ânus
Fonte: Jmarchn, Wikimedia Commons (2016).
#PraCegoVer
Na imagem, há a representação das estruturas do sistema digestório: faringe, esôfago, 
estômago, pâncreas, ducto pancreático, intestino grosso, colo transverso colo ascendente, 
colo descendente, colo sigmoide, reto, ânus, ílio, apêndice, jejuno, duodeno, intestino 
delgado, ducto da bile, vesícula biliar, fígado, glândula parótida, glândula submandibular, 
glândula sublingual, glândulas salivares, dentes, língua, úvula, palato, boca.
Vamos entender melhor sobre a anatomia do 
sistema digestório? Clique aqui e saiba mais!
DG:
https://www.youtube.com/watch?v=IWeUXw_rNcU&t=8s
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4.2.1 BOCA, LÍNGUA E ESÔFAGO
Caro estudante, vamos iniciar pela parte externa da boca. Os lábios são duas 
pregas móveis, músculo-fibrosas, apresentando epitélio estratificado pavi-
mentoso queratinizado, que limitam a rima da boca, formando de cada lado 
a comissura labial. Na face sobre o lábio superior, medianamente há um sulco 
vertical raso denominado filtro, que termina em uma ligeira proeminência, o 
tubérculo do lábio superior. 
A face interna dos lábios é unida, no plano sagital mediano, à gengiva por uma 
prega de mucosa, denominada frênulo. O arcabouço dos lábios é o músculo or-
bicular da boca. As glândulas labiais estão situadas entre a mucosa e o músculo 
orbicular, cujos ductos abrem-se no vestíbulo (DANGELO; FATTINI, 2012).
A boca compreende uma porção externa menor, o vestíbulo (veja na figura), e 
uma porção interna maior, a cavidade própria da boca. O vestíbulo é o espaço 
limitado pelos lábios e as bochechas, externamente, e os dentes e gengivas, 
internamente. Já a cavidade própria da boca é limitada anterolateralmente 
pelos processos alveolares da mandíbula e maxila, dentes e gengivas. Comu-
nica-se posteriormente com a parte oral da faringe por meio de uma abertura 
denominada istmo das fauces (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
ANATOMIA DA BOCA
Palato
mole
Palato
duro
Vestíbulo
Úvula
Língua
Gengiva
Tonsila
Fonte: BruceBlaus, Wikimedia Commons (2014).
#PraCegoVer
Na imagem, há uma boca aberta e as representações de algumas partes anatômicas: palato 
mole, úvula, língua, gengiva, vestíbulo, tonsila, palato duro.
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O teto da cavidade oral é formado pelo palato duro e mole, enquanto o asso-
alho da boca é ocupado pela língua e outros tecidos moles (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014). Próxima aos dentes, a mucosa da face bucal das gengivas eleva-
-se em grandes papilas gengivais. O palato forma o teto da boca, sendo seus 
2/3 anteriores o palato duro e o 1/3 posterior o palato mole. Palato duro é uma 
estrutura óssea, formado pelos processos palatinos dos maxilares e pelas lâ-
minas horizontais dos ossos palatinos. No adulto, encontra-se ao nível da 1ª 
vértebra cervical. É recoberto pelo periósteo intimamente unido à mucosa. 
Apresenta uma rafe mediana que termina anteriormente na papila incisiva.
A mucosa da parte anterior é espessa, de cor pálida e enrugada; posterior-
mente, é fina, lisa e avermelhada e contém na sua metade posterior, entre a 
mucosa e o periósteo, numerosas glândulas salivares palatinas (DANGELO; 
FATTINI, 2012).
O sistema digestório também é composto de glândulas. As glândulas saliva-
res maiores são as parótidas, submandibulares e sublinguais, e as glândulas 
salivares menores são as labiais, bucais, palatinas, molares e linguais.
O homem apresenta duas dentições composta de 
dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares. 
A primeira dentição decídua (primária/leite) é 
formada por 20 dentes, enquanto a dentição 
permanente (secundária) é formada por 32 dentes. 
Esses órgãos são responsáveis pelos processos de 
cortar, roer, triturar, moer e mastigar os alimentos 
(DANGELO; FATTINI, 2012).
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ANATOMIA HUMANA
GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES
Glândula parótida
Glândula submandibularGlândula
sublingual
Fonte: Goran tek-en, Wikimedia Commons (2020).
#PraCegoVer
Na imagem, há a representação de parte de um rosto humano, virado para a esquerda. Há 
as glândulas parótida, submandibular e sublingual.A língua é um órgão músculo-mucoso, relacionado aos processos de masti-
gação, deglutição, fonação, sucção, gustação e tato. Localiza-se parte na ca-
vidade própria da boca e parte na faringe, apresentando ápice, corpo, raiz, 
dorso, margens laterais e face inferior. É constituída por quatro músculos ex-
trínsecos, responsáveis pelos movimentos do órgão, e quatro músculos, in-
trínsecos responsáveis por alterar sua forma (LAROSA, 2016).
Posteriormente, na margem lateral da língua, ocorrem as papilas folhadas; 
nas margens e ápice da língua, ocorrem as papilas fungiformes; e, na mucosa 
do dorso da língua, ocorrem as papilas filiformes e as papilas circunvaladas 
em número de seis a 12, dispostas em forma de “V”. Apresentam corpúsculos 
gustativos em maior número. As papilas circunvaladas constituem o limite 
entre as porções oral e faríngea da língua. Os botões gustativos são encontra-
dos nas papilas fungiformes, folhadas e circunvaladas. Aparecem como cor-
púsculos ovais de coloração pálida no epitélio (DANGELO; FATTINI, 2012).
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ANATOMIA DA LÍNGUA
Tonsilas linguais
Face dorsal
Papilas circunvaladas
Sulco mediano
Ápice
Borda lateral2/3 anterior
(parte móvel 
da língua)
Base da
língua
Fonte: Jmarchn, Wikimedia Commons (2019).
#PraCegoVer
Na imagem há uma língua e sua anatomia, destacando as tonsilas linguais, papilas 
circunvaladas, face dorsal, sulco mediano, borda lateral, ápice, 2/3 anterior (parte móvel da 
língua) e a base da língua.
Após a passagem pela boca, o alimento passará por um canal alimentar. O 
canal alimentar inicia-se na parte proximal do esôfago e vai até a parte dis-
tal do canal anal. É constituído por um tubo oco de diâmetro variado, o qual 
apresenta a mesma organização estrutural (GOSLING et al., 2019).
O esôfago é um órgão tubular, músculo-
-mucoso que liga a faringe ao estômago, 
com cerca de 25 cm de comprimento, 
iniciando no pescoço, na margem inferior 
da cartilagem cricoide ao nível da 6ª vér-
tebra cervical, posteriormente à traqueia, 
desce 33 em grande parte na frente e, 
muito próximo da coluna vertebral, no 
mediastino, atravessa o m. diafragma na 
altura da 10ª vértebra torácica e termina 
na cárdia do estômago ao nível de 12ª vér-
tebra torácica. 
Saiba mais
Caro estudante, sugiro a você 
que assista à videoaula sobre 
a anatomia do esôfago.
https://www.youtube.com/watch?v=bjKycrzveVU
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O esôfago transporta o bolo alimentar ao estômago, além de secretar 
muco, que auxilia no transporte. O bolo alimentar leva de cinco a 10 segundos 
para percorrê-lo. De acordo com Miranda Neto (2012), o esôfago apresenta 
três partes:
Cervical
Localizada anteriormente à traqueia.
Torácica
É a maior porção. Cruza posteriormente o arco aórtico e o brônquio 
principal esquerdo.
Abdominal
Após atravessar o músculo diafragma.
4.2.2 ESTÔMAGO, INTESTINO GROSSO E 
INTESTINO DELGADO
O estômago é a continuação direta do esôfago, sendo a porção mais dilatada 
do tubo digestório que recebe o alimento, ao qual acrescenta líquidos por ele 
secretado, mistura essa massa por ação muscular e, com sua ação química, 
transforma o conteúdo em uma massa semilíquida denominada quimo, que, 
juntamente com o muco, passa para o duodeno (GOSLING et al., 2019).
O estômago está localizado no abdome, nas regiões 
umbilical e epigástrica, anterior ao pâncreas e 
superiormente ao duodeno e à esquerda do fígado. 
É parcialmente coberto pelas costelas.
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Possui forma e capacidade variável de indivíduo para indivíduo, dependendo 
do biótipo, sendo que em indivíduos longilíneos assemelha-se a um “J” e em 
brevilíneos assemelha-se a um “U”, tendo capacidade entre 1300 e 1800 mL. 
Suas partes são:
Fundo
Compreende a curvatura superior do estômago. Juntamente com o 
corpo, produz o suco gástrico.
Cárdia
É uma parte de transição entre o esôfago e estômago. Na cárdia 
existem glândulas secretoras de muco.
Corpo
Está situado entre o antro pilórico e o fundo do estômago, 
compreendendo cerca de ⅔ do volume total do órgão.
Piloro
Está situado na porção inferior do estômago e se caracteriza por 
ser uma válvula muscular que comunica o estômago e o intestino 
delgado.
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ANATOMIA DO ESTÔMAGO
Cárdia
Fundo
Serosa
Corpo
Lúmen
Mucosa rugosa
Curvatura maiorAntro pilórico
Canal pilórico
Duodeno
Esfíncter
pilórico
Curvatura menor
Camada oblíqua
Camada circular
Camada longitudinal
Musculatura externa:
Esôfago
Fonte: CFCF, Wikimedia Commons (2013).
#PraCegoVer
Na imagem, há a o estômago humano e o destaque para algumas das suas estruturas 
anatômicas: cárdia, fundo, serosa, corpo, lúmen, mucosa rugosa, curvatura maior, antro 
pilórico, canal pilórico, duodeno, esfíncter pilórico, curvatura menor, camada oblíqua, 
camada circular, camada longitudinal, musculatura externa, esôfago.
Caro estudante, sugiro a você que acesse o link e 
assista à videoaula sobre a anatomia do estômago.
https://www.youtube.com/watch?v=-uGEDxYfTSY
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Continuando o estômago, temos o intestino delgado, que é um órgão tubu-
lar com pouco mais de sete metros, músculo membranáceo, localizado no 
interior da cavidade abdominal ocupando predominantemente as regiões 
umbilical, ilíaca direita e ilíaca esquerda. É o local onde a digestão é concluída 
e nele se processam as fases de decomposição dos alimentos e de absorção 
dos nutrientes. Isso é possível devido à presença das microvilosidades. É for-
mado por três partes: duodeno, jejuno e íleo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Já o intestino grosso estende-se da fossa ilíaca direita até o períneo, tem cerca 
de 1,5 metros e forma uma moldura em torno das alças intestinais. Respon-
sável pela absorção de água, formação e lubrificação das fezes. Apresenta o 
ceco, com o apêndice vermiforme que é um divertículo; e o colo ascendente, 
que se dobra para a direita através da flexura cólica direita, constituindo o colo 
transverso. Esse último, à esquerda, flexiona-se por meio da flexura cólica es-
querda, iniciando o colo descendente. Continua-se inferiormente com o colo 
sigmoide, e na cavidade pélvica com o reto. 
Os três ou quatro centímetros finais do reto recebem 
o nome de canal anal, abrindo-se para o meio externo 
através do ânus (DANGELO; FATTINI, 2012).
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4.2.3 FÍGADO E PÂNCREAS
O fígado é a maior e mais volumosa glândula do corpo humano. No adulto, 
pesa entre 1.400 e 1.800 gramas. De coloração marrom avermelhada, é alta-
mente vascularizado e friável. É um órgão vital, sendo essencial o funciona-
mento de pelo menos 1/3 dele. Exerce diversas funções, como: secretar a bile 
indispensável na digestão das gorduras, 
metabolizar as substâncias finais da di-
gestão, sintetizar, conjugar e transformar 
substâncias, armazenar e liberar glicose, 
ferro, cobre e vitaminas, além de hemato-
poiese (GOSLING et al., 2019).
Localiza-se na região superior do abdo-
me, logo abaixo do músculo diafragma, 
ocupando quase toda a extensão do hi-
pocôndrio direito, a maior parte da região 
epigástrica e parte do hipocôndrio es-
querdo (MIRANDA NETO, 2012).
O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral. A face diafragmática 
é anterossuperiora, lisa e convexa, não totalmente revestida por peritônio, ten-
do uma área nua, e apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, separados 
pelo ligamento falciforme. A face visceral é posteroinferior, côncava, divididaem quatro lobos (direito, quadrado, caudado e esquerdo). Apresenta a fossa da 
vesícula biliar, que a contém, e a fossa do ducto venoso, contendo o ligamento 
venoso do fígado, além da incisura do ligamento redondo (LAROSA, 2016).
A vesícula biliar é um reservatório músculo-membranáceo cônico que se aloja 
na fossa da vesícula biliar. É dividida em fundo, corpo e colo. As vias bilíferas 
extra-hepáticas dividem-se em via bilífera-diverticular, formada pela vesícula 
biliar e ducto cístico, e via bilífera principal, formada pelos ductos hepáticos di-
reito e esquerdo, ducto hepático comum e ducto colédoco, que se abre através 
da papila maior, na parte descendente do duodeno (DANGELO; FATTINI, 2012).
Já o pâncreas é uma glândula anfícrina, mole e achatada no sentido antero-
posterior, lobulada, rosa-acinzentada, apresentando de 12 a 14 centímetros de 
comprimento, e estende-se transversalmente na parede posterior do abdo-
me, retroperitonealmente, atrás do estômago, desde o duodeno até o baço, 
nas regiões epigástrica e hipocôndrio esquerdo.
Saiba mais
Clique aqui e assista a uma 
videoaula sobre a anatomia 
do fígado.
https://www.youtube.com/watch?v=-Znm93Z6j-Q
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PÂNCREAS
Ducto pancreático
Cauda do pâncreas
Duodeno
Cabeça do pâncreasDucto acessório
Ducto
biliar 
Fonte: BruceBlaus, Wikimedia Commons (2014).
#PraCegoVer
Na imagem há a o pâncreas humano, logo abaixo do fígado, com destaque para algumas 
de suas partes: ducto pancreático, cauda do pâncreas, duodeno, cabeça do pâncreas, 
ducto acessório e ducto biliar.
O pâncreas apresenta faces anterior e posterior. Sua parte endócrina deno-
mina-se ilhotas pancreáticas, que secretam hormônios (insulina, glucagon e 
somatostatina), liberados na corrente sanguínea. A parte exócrina, denomi-
nada ácinos pancreáticos, produz suco pancreático, que é conduzido através 
dos ductos pancreáticos principal e acessório para a parte descendente do 
duodeno. Divide-se em cabeça que se aloja no duodeno, corpo, colo e cauda 
presa ao baço (MIRANDA NETO, 2012).
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ANATOMIA HUMANA
4.3 SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam 
como atividade característica a produção de hormônios e outras substâncias. 
As glândulas endócrinas, também chamadas sem ducto ou glândulas de se-
creção interna, estão representadas por órgãos relativamente pouco volumo-
sos e localizados em regiões diversas do corpo. 
De acordo com Miranda Neto (2012), os hormônios são os mensageiros quí-
micos produzidos nas glândulas endócrinas cuja função, em última análise, 
é a homeostase, a manutenção de um meio interno sadio para fazer frente a 
um ambiente externo mutável e, por vezes, agressivo. Embora existam vários 
hormônios secretados por um outro tipo celular, cito a seguir as glândulas 
endócrinas: glândula pineal, glândula hipófise, glândula tireoide, glândulas 
paratireoides, timo, glândulas suprarrenais, ilhotas pancreáticas, ovários e tes-
tículos (gônadas).
Por não possuírem ducto ou ductos excretores, 
as glândulas endócrinas lançam seus respectivos 
produtos de secreção, hormônios ou substâncias 
químicas sintetizadas parcialmente ou totalmente 
por elas próprias, diretamente na corrente 
sanguínea (MIRANDA NETO, 2012).
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SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Pineal
Glândula Pituitária
Glândula
Tireoide
Glândula
Adrenais
Pâncreas
Glândula Paratireoide
Fonte: Nefronus, Wikimedia Commons (2020).
#PraCegoVer
Na imagem há dois corpos humanos, virados para a direita. Neles, há indicações das 
glândulas do sistema endócrino: glândula pituitária, paratireoide, tireoide, glândula 
adrenais e pâncreas.
As gônadas são órgãos nos quais os or-
ganismos produzem as células sexuais 
(gametas) necessárias para a reprodução 
humana. A gônada feminina é o ovário, 
e a masculina os testículos. Além da sua 
função reprodutiva, as gônadas são glân-
dulas do sistema endócrino, responsáveis 
pela produção de hormônios sexuais (tes-
tosterona, no homem; e progesterona, na 
mulher) (DANGELO; FATTINI, 2012). Por se 
tratar de órgãos reprodutores humanos, 
serão abordados em outra unidade.
Saiba mais
Acesse o link e assista a 
videoaula sobre o sistema 
endócrino.
https://www.youtube.com/watch?v=3z79gvXn-1M&t=5s
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4.3.1 HIPÓFISE E GLÂNDULA PINEAL
A hipófise tem cerca de um centímetro de diâmetro e pesa de 0,5 a 1,0 gra-
mas; encontra-se localizada abaixo do cérebro, rodeada pela sela turca do osso 
esfenoide e ligada ao hipotálamo pelo infundíbulo (DANGELO; FATTINI, 2012).
A íntima relação entre os sistemas endócrino e nervoso é especialmente evi-
dente no funcionamento da hipófise, em virtude de que quase todas as se-
creções da hipófise são controladas por sinais hormonais ou nervosos pro-
venientes do hipotálamo. Esse, por sua vez, recebe sinais de quase todas as 
fontes possíveis do sistema nervoso (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
A hipófise pode ser dividida em duas partes distintas: o lobo anterior da hipó-
fise, ou adenohipófise, e o lobo posterior da hipófise ou neuro-hipófise. A ade-
nohipófise é controlada por hormônios denominados hormônios hipotalâmi-
cos de liberação ou inibição, que são secretados pelo próprio hipotálamo e, 
posteriormente, transportados até a adenohipófise por pequenos vasos san-
guíneos. A neuro-hipófise é controlada por sinais nervosos que se originam 
no hipotálamo e terminam na neuro-hipófise.
Os hormônios secretados pela adenohipófise desempenham papéis relevan-
tes no controle de funções metabólicas em todo o organismo, e são: 
Hormônio do crescimento (GH)
Atua no crescimento físico do corpo humano e pelo crescimento celular. 
Corticotropina
Atua como neurotransmissor e mediador da resposta neuroendócrina, 
cardiovascular, autonômica e imunológica, desempenhando papel na 
resposta adaptativa e comportamental que ocorre durante períodos 
de estresse.
Tireotrofina
É o principal regulador hormonal da produção e secreção de 
hormônios tireóideos.
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Prolactina
Considerado o hormônio do leite humano, que, quando presente no 
sangue em alta dosagem, pode causar o bloqueio da menstruação, 
causando infertilidade.
Hormônio folículo-estimulante
Estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo desenvolvimento 
e maturação dos folículos ovarianos. Regula o crescimento, 
desenvolvimento, puberdade, reprodução e secreção de hormônios 
sexuais pelos testículos e ovários.
Hormônio luteinizante
Provoca a ovulação e a formação do corpo lúteo nos ovários e a 
produção de testosterona nos testículos.
Já a neuro-hipófise pode ser considerada como uma extensão anatômica e 
funcional do sistema nervoso, tendo, inclusive, a mesma origem embriológica 
do sistema nervoso. Secreta dois importantes hormônios: o hormônio anti-
diurético e o hormônio ocitocina (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
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PRODUÇÃO HORMONAL DE ALGUMAS GLÂNDULAS
Glândula pineal
Tireoide
Melatonina
Glândula pituitária
Hipotálamo 
Pituitária anterior
Hormônio do crescimento
Pituitária intermediária
Hormônio melanócito estimulante
Hormônio tireoestimulante
Hormônio adrenocorticotró�co
Hormônio liberador de tirotropina
Dopamina
Hormônio liberador de GH
Somatostina
Hormônio liberador de gonadotropina
Hormônio liberador de corticotropina
Ocitocina
Vasopressina
Triiodotironina 
Tiroxina
Hormônio luteinizante
Prolactina
Pituitária posterior
OcitocinaVasopressina
Ocitocina
Hormônio antidiurético
Fonte: Malus Catulus, Wikimedia Commons (2010).
#PraCegoVer
Na imagem há um corpo humano, virados para a esquerda. Neles, há indicações de 
algumas glândulas do sistema endócrino (pineal, pituitária, tireoide e hipotálamo) e os 
hormônios produzidos por elas.
A glândula pineal é um órgão mediano, ímpar, que se localiza numa depres-
são entre os colículos superiores, abaixo do esplênio do corpo caloso. No adul-
to, apresenta áreas calcificadas que permitem sua visualização radiológica. 
Trata-se de um órgão neuroendócrino relacionado com a regulação de um 
biorritmo, o ritmo do sistema endócrino. Além disso, nos mamíferos, tem ação 
inibidora sobre as gônadas. A glândula pineal contém melatonina, sintetizada 
a partir da serotonina, que é abundante (DANGELO; FATTINI, 2012).
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4.3.2 GLÂNDULA TIREOIDE E GLÂNDULAS 
PARATIREOIDES
A glândula tireoide situa-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte 
da traqueia e da laringe. Tem a forma de um “H” ou de “U”, apresentando 
dois lobos, direito e esquerdo, unidos por uma fita variável de tecido glan-
dular, o istmo. Do istmo, eventualmente, sobe um prolongamento em for-
ma de cone, o lobo piramidal. A glândula 
varia de forma e tamanho e, em geral, é 
um pouco maior nas mulheres do que 
nos homens da mesma idade (DANGE-
LO; FATTINI, 2012).
A principal função da glândula tireoide é a 
regulação do metabolismo basal que en-
volve todas as partes do corpo, além de es-
tar associada ao fenômeno do crescimen-
to. As células da glândula tireoide captam 
o iodo na corrente sanguínea, onde está 
combinado com proteína, formando o io-
deto de proteína. Esse é armazenado no 
coloide dos folículos como tireoglobulina. 
Durante a secreção, enzimas proteolíticas fracionam a tireoglobulina arma-
zenada, liberando o hormônio tiroxina. A tiroxina penetra novamente nas cé-
lulas, dirige-se à sua extremidade oposta e é liberada na corrente sanguínea. 
Esse processo é estimulado pelo hormônio tireotrófico liberado pela parte 
distal da hipófise.
Já as glândulas paratireoides estão situadas, geralmente, na metade medial 
da face posterior de cada lobo da glândula tireoide. Seu número varia de dois a 
seis e cada uma delas mede, no máximo, seis milímetros de comprimento. São 
glândulas essenciais à vida porque regulam o metabolismo de cálcio, a partir 
da secreção do hormônio paratireoidiano (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Saiba mais
Caro estudante, vamos 
entender mais sobre a 
tireoide? Acesse o link para 
assistir a uma videoaula sobre 
este interessante assunto.
https://www.youtube.com/watch?v=RJeP3n5o2oc
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4.3.2 GLÂNDULAS SUPRARRENAIS, ILHOTAS 
PANCREÁTICAS E GÔNADAS 
As glândulas suprarrenais são glândulas bilaterais e estão localizadas sobre a 
parte medial do polo superior dos rins, em que podem ser facilmente visuali-
zadas. Sua porção central é a medula, correspondente a 90% da massa glan-
dular, e a periférica é o córtex, que corresponde a 10%. 
Do ponto de vista funcional, o córtex secreta hormônios esteroides derivados 
do colesterol, como o cortisol, córtico-esterona e aldosterona, e os andróge-
nos, como dehidroepiandrosterona e o sulfato, sendo essencial à vida (DAN-
GELO; FATTINI, 2012).
O cortisol e a córtico-esterona são glicocorticosteróides e regulam o metabo-
lismo dos glicídios. Os córtico-esteroides são ativos na resposta inflamatória, 
no crescimento do corpo e na reação imunitária. A aldosterona regula o equi-
líbrio hídrico e eletrolítico do corpo e é o principal hormônio mineralocorticoi-
de (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
A medula das glândulas suprarrenais faz parte do contingente cromafínico 
do corpo (assim chamadas porque, quando tratadas pelo ácido crômico ou 
cromatos, coloram-se em amarelo-escuro) e, desse modo, secreta as cateco-
laminas, norepinefrina e epinefrina. Assemelha-se, funcionalmente, à parte 
simpática da divisão autônoma do SN. É essa estrutura que, em momentos 
de pressão e estresse, secreta adrenalina e noradrenalina, lançando-as na cor-
rente sanguínea (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Veja agora sobre o pâncreas. O pâncreas, parte endócrina, é composto de 
aglomerações de células especiais denominadas ilhotas pancreáticas. Exis-
tem quatro tipos dessas células, e podem ser classificadas de acordo com sua 
secreção: células beta (produzem insulina e amilina), células alfa (produzem 
glucagon), células delta (produzem somatostatina) e células PP (produzem 
polipeptídeo pancreático) (DANGELO; FATTINI, 2012).
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ANATOMIA HUMANA
MULTIVIX EAD
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CONCLUSÃO
Caro estudante, finalizamos aqui a unidade 4. Vimos que a digestão se inicia na 
boca, onde o alimento é cortado, mastigado e triturado; em seguida, passa para 
faringe e pelo esôfago, que realizam deglutição e ingestão, respectivamente, 
indo para o estômago, onde ocorre uma grande transformação pela ação de 
enzimas e sucos gástricos, quebrando o alimento em partículas menores. 
Segue, então, para o intestino delgado, em que a digestão é finalizada, per-
mitindo o aproveitamento pelo organismo de substâncias alimentares que 
asseguram a manutenção de seus processos vitais, sendo que os resíduos vão 
ao intestino grosso para serem eliminados através do ânus.
Vimos também que o sistema endócrino é composto de glândulas endócri-
nas, responsáveis por secretar substâncias, no caso hormônios, que são lança-
das diretamente na corrente sanguínea. Conhecer e identificar essas estrutu-
ras é primordial para entender a função dos hormônios para a vida humana, 
assim como para a saúde de forma geral.
UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ANATOMIA HUMANA
> Compreender as 
estruturas que fazem 
parte do sistema 
urinário;
> Conhecer a 
anatomia do 
sistema reprodutor 
masculino e 
feminino.
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ANATOMIA HUMANA
5 ANATOMIA DO SISTEMA 
URINÁRIO E REPRODUTOR
5.1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, como vai? Seja bem-vindo a quinta unidade da disciplina de 
anatomia humana. Nela, você estudará dois sistemas: o urinário e o reprodu-
tor. O sistema urinário tem como funções a produção de urina, eliminação de 
urina e filtração das impurezas do sangue. É um sistema composto por dois 
rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra.
Já o sistema reprodutor masculino, existem células sexuais especializadas, os 
espermatozoides, além de glândulas que secretam hormônios importantes 
para a vida masculina, como os testículos, produzindo testosterona. Vale lem-
brar que o homem é fértil durante toda a sua vida sexual ativa, quando há o 
bom funcionamento das estruturas de seu sistema reprodutor.
Por fim, estudaremos sobre o sistema reprodutor feminino, responsável pelo 
processo de reprodução, juntamente com o masculino, porém, exerce fun-
ções isoladas de ovulação, fecundação, nidação, gestação e o parto. Vamos lá!
5.2 SISTEMA URINÁRIO
Fazem parte do sistema urinário os rins, a pelve renal, os ureteres, a bexiga e 
uretra. A função desse sistema é formar, coletar, transportar e eliminar a uri-
na para o meio externo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Veja na figura abaixo 
essas estruturas:
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ANATOMIA HUMANA
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ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO
Rim
Bexiga
Uretra
Próstata
Ureter
Fonte: BruceBlaus, Wikimedia Commons (2017).
#PraCegoVer
Na imagem, há um corpo humano masculino de frente, com destaque para as estruturas 
anatômicas do sistema urinário: rim, bexiga, uretra, próstata,ureter.
5.2.1 RINS
Os rins humanos são órgãos pares e possuem a forma de um grão de feijão. 
Na margem côncava dos rins observa-se uma região denominada de hilo re-
nal, que possui elementos vasculares, nervosos e a pelve renal.
Os rins ficam localizados na parte posterior da cavidade abdominal, na altura 
da cintura, um de cada lado da coluna vertebral. Nessa posição, estão protegi-
dos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura e de tecido 
conjuntivo que se adere ao rim denominado de cápsula fibrosa. Os envoltó-
rios do rim, além de proteção, funcionam também como elemento de fixação 
do rim na cavidade abdominal. Os rins se situam posteriormente ao peritônio, 
assim como os ureteres, sendo chamados de órgãos retroperitoneais (LARO-
SA, 2016; BECKER et al., 2018).
113
MULTIVIX EAD
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ANATOMIA HUMANA
Quando se corta o rim e o divide em uma parte anterior e uma posterior, 
conseguimos identificar internamente o córtex renal, uma região periférica; 
assim como a medula renal, uma região central. Na medula renal estão lo-
calizadas as pirâmides renais, áreas trian-
gulares entre as quais estão localizadas as 
colunas renais. 
Os ápices dessas pirâmides renais são 
chamados de papilas renais. Elas se pro-
jetam para os cálices renais menores, es-
truturas tubulares que se juntam para 
formar os cálices renais maiores. 
No córtex renal, nas pirâmides renais, es-
tão presentes os néfrons, estruturas visí-
veis ao microscópio. 
ANATOMIA DO RIM
Fonte: Manu5, Wikimedia Commons (2020).
#PraCegoVer
Na imagem, temos um rim direito. Há destaque para algumas estruturas: pirâmide renal, 
gordura perirrenal, fáscia renal, gordura pararrenal, papila renal, ureter, pelve renal, veia 
renal, artéria renal, córtex renal, cápsula renal.
Saiba mais
Caro estudante, veja esta 
videoaula a respeito dos rins.
https://www.youtube.com/watch?v=I9Rf2qf4rvs
114
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O néfron é uma das estruturas mais importantes do sistema urinário, presen-
tes nos rins, pois é nele que ocorrem a filtragem de sangue. Veja mais sobre o 
néfron a seguir.
Cada néfron é formado pelas estruturas denominadas de glomérulo renal, 
cápsula glomerular, e um túbulo com três regiões – o túbulo contorcido proxi-
mal, o mais próximo da cápsula e do glomérulo renal e bastante enovelado; o 
túbulo reto, segmento pouco mais fino que lembra a forma de uma letra “U” e 
o túbulo contorcido distal, que desemboca em um túbulo de diâmetro maior 
denominado de ducto coletor. Nos ductos coletores chegam cerca de cinco 
túbulos contorcidos distais, trazendo a urina formada nos néfrons. Os ductos 
coletores se abrem pelos forames papilares, na papila renal (DANGELO; FAT-
TINI, 2012; BECKER et al., 2018).
Estima-se que cada rim tenha cerca de um milhão 
dessas estruturas responsáveis pela filtragem do 
sangue e pela remoção das excreções.
O indivíduo nasce com o mesmo número de néfrons 
que terá na fase adulta, durante o crescimento 
ocorre hipertrofia dos néfrons. Quando os néfrons 
são lesados, eles podem ser substituídos.
115
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ANATOMIA HUMANA
Os rins filtram, diariamente, cerca de 200 litros de 
líquido, porém, devido ao processo de reabsorção, 
o volume eliminado na forma de urina é em torno 
de 1 a 2 litros diários, dependendo da ingestão 
de comida e bebida, além de fatores como a 
transpiração, vômitos ou diarreia que levam à sua 
produção diminuída.
Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário que é a filtração do 
sangue, em consequência, contribuem para outros fatores essenciais à vida, 
como a regulação da composição iônica do sangue, a manutenção da osmo-
laridade, a regulação do volume sanguíneo, a pressão arterial, o pH, os níveis 
de glicose, a liberação de hormônios e a excreção de resíduos metabólicos 
(DANGELO; FATTINI, 2012).
Pelas artérias renais, o sangue caminha até as arteríolas aferentes permitindo 
a circulação funcional do rim. Porém, o rim é um dos poucos locais do corpo 
em que os capilares glomerulares voltam a reunir-se originando as arteríolas 
eferentes que se ramificam originando capilares peritubulares e levam nu-
trientes para o parênquima renal, esse processo é denominado como circu-
lação nutritiva do rim. A urina recolhida pelos ductos coletores, que se abrem 
nos cálices renais menores e passam para os cálices maiores, flui para a pelve 
renal, uma estrutura em forma de funil, que continua com o ureter (MIRANDA 
NETO, 2012; BECKER et al., 2018).
116
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5.2.2 URETER
Os ureteres são tubos de conexão dos rins 
com a bexiga. São tubos pares que se co-
municam, acima, com a pelve renal; e infe-
riormente, abrem-se na bexiga urinária. Os 
ureteres medem cerca de 25 a 30 centíme-
tros com 6 milímetros de diâmetro. O trans-
porte da urina no seu interior ocorre pela 
ação da gravidade e também por ondas 
peristálticas que são contrações da muscu-
latura lisa que forma suas paredes (DANGE-
LO; FATTINI, 2012). Na figura anterior, você 
pode perceber um ureter saindo do rim.
5.2.3 BEXIGA URINÁRIA E URETRA
A bexiga urinária é considerada um órgão oco e possui formato de bolsa, é 
formada por músculo liso, na sua túnica média, o músculo detrusor da bexi-
ga. A contração desse músculo permite que a bexiga se esvazie. Quando ela 
está cheia, pode armazenar até um litro e meio de urina, porém 200 mL já são 
suficientes para iniciar o reflexo da micção.
BEXIGA URINÁRIA MASCULINA
Ureter Peritônio
Músculo detrusor
Submucosa
Mucosa
Tecido conectivo �broso
Óstio interno da uretra
Óstio externo da uretra
Esfíncter ureteral
Fundo da bexiga
Trígono
Próstata
Fonte: Arcadian, Wikimedia Commons (2006).
#PraCegoVer
Na imagem, temos uma bexiga urinária. Há destaque para as estruturas: ureter, peritônio, 
fundo da bexiga, esfíncter ureteral, trígono, próstata, óstio externo da uretra, óstio interno 
da uretral, tecido conectivo fibroso, mucosa, submucosa, músculo detrusor.
Saiba mais
Clique no link para conhecer 
mais sobre os ureteres.
https://www.youtube.com/watch?v=eRU_ekOGzQ4
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ANATOMIA HUMANA
A bexiga urinária está localizada na cavidade pélvica, posteriormente à sínfi-
se púbica. Nos homens, está anteriormente ao reto; enquanto nas mulheres 
está anteriormente à vagina e ao útero. Na região inferior da bexiga urinária 
masculina encontram-se a glândula próstata e na face posterior as glându-
las seminais, que serão abordadas no sistema reprodutor (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014).
Quando a bexiga está cheia, sua mucosa apresenta-se lisa, quando vazia 
mostra-se rugosa, exceto uma região de formato triangular, denominada de 
trígono da bexiga, que, independente, de a bexiga estar cheia ou vazia, estará 
sempre lisa. O trígono da bexiga é o local onde se abrem três orifícios, os ure-
teres direito e esquerdo, que trazem a urina para ser armazenada na bexiga 
urinária, e o início da uretra, local do óstio interno da uretra, onde se encontra 
o músculo esfíncter interno da uretra, formado pela condensação de fibras 
musculares lisas da parede da bexiga urinária, com controle involuntário so-
bre a micção (MIRANDA NETO, 2012; BECKER et al., 2018).
Já a uretra é um tubo terminal do sistema urinário que transporta a urina da 
bexiga para o exterior, e também é formada de músculo liso. Na mulher, mede 
em torno de quatro centímetros de comprimento, sendo exclusiva para pas-
sagem da urina, enquanto no homem, é maior, tem 20 centímetros, e além 
de conduzir a urina, também conduz o sêmen durante a ejaculação, embora 
isso não ocorra simultaneamente. A abertura ao final da uretra éo óstio exter-
no da uretra, que no homem localiza-se na glande do pênis e na mulher na 
região da vulva entre o clitóris e o óstio da vagina (LAROSA, 2016).
A uretra feminina situa-se posterior à sínfise púbica, e anteriormente à vagina; 
suas paredes encontram-se colabadas, exceto durante a passagem de urina. 
A uretra masculina é dividida em três partes. A parte prostática tem cerca de 
três a quatro centímetros de comprimento, atravessa a glândula próstata, e 
na sua parede posterior apresenta acidentes locais onde se abrem os dois 
ductos ejaculatórios, que lançam parte do sêmen nessa porção da uretra. A 
parte mais curta da uretra masculina é a membranácea (um centímetro), que 
atravessa o diafragma urogenital. A parte esponjosa tem, aproximadamente, 
15 centímetros, é a parte mais longa e está envolvida pelo corpo esponjoso 
do pênis, nela se abrem as glândulas bulbouretrais. Na parte final da uretra 
esponjosa existe uma dilatação denominada de fossa navicular, que antece-
de o óstio externo da uretra, localizada na glande do pênis (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014; BECKER et al., 2018).
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ANATOMIA HUMANA
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O controle de abertura e fechamento da uretra é realizado por meio de mús-
culos esfíncteres, o interno, conforme já descrito anteriormente, encontra-se 
ao nível da comunicação da uretra com a bexiga (óstio interno da uretra) e 
tem controle involuntário. Mais abaixo, quando a uretra atravessa a muscula-
tura do períneo, forma-se o músculo esfíncter externo, de constituição mus-
cular estriada esquelética e exerce um controle voluntário na abertura e fe-
chamento da uretra neste nível, fato que permite resistir à vontade de urinar 
até encontrar um local apropriado (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
No homem, a uretra tem como função a passagem do sêmen e da urina. 
Quando o pênis fica ereto, causa uma contração do músculo esfíncter interno 
da uretra. Isso impede que a urina e o sêmen se misturem.
5.3 SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor compreende órgãos responsáveis em produzir, trans-
portar e armazenaras células germinativas. Essas células são as responsáveis 
em dar origem aos gametas. O sistema reprodutor do homem é o masculino, 
e o da mulher o feminino.
5.3.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA 
REPRODUTOR
O sistema reprodutor masculino é composto pelos seguintes órgãos e estru-
turas: testículos, próstata, vias espermáticas e o pênis. O sistema reprodutor 
feminino é composto pelo útero, ovários, tubas uterinas, vagina e a vulva.
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ANATOMIA HUMANA
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Cólon sigmóide
Reto
Vesícula seminal
Ducto ejaculatório
Glândula bulbouretral
Ânus
Ducto deferente
Epidídimo
Testículo
Escroto
Bexiga
Osso púbis
Pênis
Corpo cavernoso
Glande
Prepúcio
Abertura uretral
Membrana perineal
Esfíncter uretral externo
Ligamento suspensório do pênis
Ligamento puboprostático
Fonte: Bibi Saint-Pol, Wikimedia Commons (2014).
#PraCegoVer
Na imagem, temos as estruturas relacionadas ao sistema reprodutor masculino: cólon 
sigmoide, reto, vesícula seminal, ducto ejaculatório, glândula bulbouretral, ânus, ducto 
deferente, epidídimo, testículo, escroto, abertura uretral, prepúcio, glande, corpo cavernoso, 
pênis, esfíncter uretral externo, membrana perineal, ligamento puboprostático, ligamento 
suspensório do pênis, osso púbis, bexiga.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
tubas uterinas
ovários
útero
cérvix
vagina
vulva
Fonte: Jmarchn, Wikimedia Commons (2020).
#PraCegoVer
Na imagem, temos as estruturas relacionadas ao sistema reprodutor feminino: tubas 
uterinas, ovários, útero, cérvix, vagina, vulva.
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ANATOMIA HUMANA
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5.3.2 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Vamos iniciar pelos testículos. O testículo é a gônada masculina e também 
uma glândula endócrina. Existem dois testículos que no homem adulto se 
alojam em uma estrutura chamada escroto. Esta é uma bolsa músculo mem-
branosa que mantém os testículos numa localização extra- corpórea, garan-
tindo temperatura menor do que a intra-abdominal. Apesar dessa localiza-
ção do testículo adulto, estes são formados no interior da cavidade abdominal 
próximo aos rins. Durante o desenvolvimento, os testículos se deslocam em 
direção à pelve, e próximo ao nascimento ou algumas semanas após, alojam-
-se no escroto (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; BECKER et al., 2018).
ANATOMIA DO TESTÍCULO
Entrada canal inguinal
Músculo cremáster
Túnica vaginal
Cabeça do epidídimo
Lobos da vesícula seminal
Septo da túnica albugínea
Túnica albugínea
Cauda do epidídimo
Túbulo reto
Rete testis
Ducto deferente
Corpo do epidídimo
Ducto eferente
Cordão espermático
Fonte: CFCF, Wikimedia Commons (2013).
#PraCegoVer
Na imagem, temos a o testículo humano e sua anatomia: cordão espermático, entrada 
canal inguinal, músculo cremáster, túnica vaginal, cabeça do epidídimo, lobos da vesícula 
seminal, septo da túnica albugínea, túnica albugínea, cauda do epidídimo, túbulo reto, rete 
testis, ducto deferente, corpo do epidídimo, ducto eferente.
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ANATOMIA HUMANA
O testículo é revestido por uma mem-
brana esbranquiçada denominada de 
túnica albugínea e que emite septos di-
vidindo o testículo em lóbulos do testí-
culo. Nos lóbulos do testículo existem os 
ductos seminíferos contorcidos, estrutu-
ras microscópicas em que se originam os 
espermatozoides. Também nos lóbulos 
testiculares estão as células intersticiais 
responsáveis pela produção do hormô-
nio sexual secundário, a testosterona. A 
produção desse hormônio, a partir da pu-
berdade, confere ao homem as caracte-
rísticas sexuais secundárias masculinas, como crescimento e distribuição de 
pelos, mudança de timbre da voz, aumento do pênis, produção de esperma-
tozoides entre outros (DANGELO; FATTINI, 2012).
O epidídimo é o próximo órgão por onde passam os espermatozoides. Ele é 
uma via de transporte de gameta. O epidídimo é formado por um tubo mi-
croscópico enovelado que está alojado no polo superior e na margem pos-
terior do testículo. No longo e sinuoso ducto do epidídimo, durante o trajeto 
do espermatozoide, algumas ocorrem mudanças morfológicas e funcionais 
nestes gametas, tornando-os maduros.
O formato do epidídimo lembra o de uma vírgula e por isso é dividido em 
cabeça, corpo e cauda. A cauda do epidídimo é contínua com a próxima via 
de transporte de gametas, o ducto deferente (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O ducto deferente é um tubo longo e fino, com aproximadamente 45 centí-
metros de comprimento e três milímetros de espessura que conduz os esper-
matozoides da cauda do epidídimo até o ducto ejaculatório. Ele possui parte 
escrotal (que está dentro do escroto), parte funicular (presente no funículo 
espermático), parte inguinal (na região inguinal) parte pélvica (presente no 
interior da pelve) e ampola do ducto deferente.
As paredes do ducto deferente possuem uma musculatura bem desenvol-
vida e inervada para que se contraiam, e transportem efetiva e rapidamente 
os espermatozoides em direção à ampola do ducto deferente. Lembro você, 
estudante, que parte deste trajeto é contra a gravidade (LAROSA, 2016).
Saiba mais
Clique no link. para conhecer 
mais sobre os testículos e 
outras estruturas do sistema 
reprodutor masculino.
https://www.youtube.com/watch?v=Dd3m78OMHwI&t=8s
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A glândula seminal é uma das glândulas anexas do sistema reprodutor no 
homem. É caracterizada como uma glândula exócrina a qual sua produção 
compõe aproximadamente 60% do volume do líquido seminal. O líquido se-
cretado por essa glândula ajuda na neutralização do ambiente ácido daure-
tra masculina e do trato genital feminino.
Existem duas glândulas seminais que se alojam inferiormente à bexiga uriná-
ria e são formadas por um tubo de, em média, 15 centímetros, enovelado so-
bre si mesmo. A porção terminal do tubo se junta ao ducto deferente forman-
do o ducto ejaculatório (também existem dois: um direito e um esquerdo). 
Esse tem cerca de dois centímetros de comprimento e penetra na glândula 
próstata. Abrem-se diretamente no interior da uretra prostática. Esse ducto 
conduz os espermatozoides vindos do ducto deferente juntamente com a 
secreção da glândula seminal (MIRANDA NETO, 2012).
A próstata é também uma glândula ímpar e mediana, e faz parte das glându-
las anexas ao sistema genital masculino. Está localizada abaixo da bexiga uri-
nária e é atravessada pela parte prostática da uretra. É uma glândula exócrina 
responsável por cerca de 30% do volume do líquido seminal. Sua secreção au-
xilia na manutenção da viabilidade dos espermatozoides por seu pH alcalino 
(MIRANDA NETO, 2012).
A terceira glândula anexa ao sistema genital masculino é a glândula bulbou-
retral, se constitui a partir de um par, em que cada uma delas apresenta for-
mato arredondado, semelhante aos grãos de ervilha, e estão localizadas na 
espessura do períneo. Sua secreção lubrifica a uretra antes da ejaculação, pois, 
durante a excitação sexual, secretam um líquido alcalino com função lubrifi-
cante e que contribui para neutralizar o pH da uretra. Os ductos das glândulas 
bulbouretrais se abrem na parte esponjosa da uretra. A parte esponjosa da 
uretra atravessa o pênis, órgão copulador masculino (MOORE; DALLEY; AGUR, 
2014; BECKER et al., 2018).
O funículo espermático é o conjunto de estruturas 
que entram e saem do testículo: ducto deferente, 
artérias, veias, vasos linfáticos, nervos entre outros.
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ANATOMIA HUMANA
Os espermatozoides são transportados pelas três partes da uretra masculina, 
chegando a uma dilatação na porção terminal da parte esponjosa da uretra, 
chamada fossa navicular. Em seguida, transpõe o óstio externo da uretra dei-
xando o corpo masculino. A uretra masculina tem dupla função, permite a 
passagem de urina e de sêmen, em momentos diferentes, conforme já men-
cionado (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O pênis é um órgão cilíndrico fixado na região anterior do períneo e é dividido 
em três diferentes partes, raiz, corpo e glande dos pênis. A raiz do pênis é a 
parte fixa do órgão ao períneo; o corpo do pênis é a parte móvel; e a glande do 
pênis a parte dilatada na extremidade livre, em que se abre o óstio externo da 
uretra. O pênis é um órgão erétil constituído por três estruturas cilíndricas eré-
teis, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (DANGELO; FATTINI, 2012).
ANATOMIA DO PÊNIS
corpo cavernoso
artéria
cavernosa
veia dorsal
corpo
cavernoso
uretra
nervos
glande
Fonte: Kelly8~commonswiki, Wikimedia Commons (2006).
#PraCegoVer
Na imagem temos um pênis e suas estruturas anatômicas: corpo cavernoso, veia dorsal, 
artéria cavernosa, corpo cavernoso, uretra, nervos, glande. 
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ANATOMIA HUMANA
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Os corpos cavernosos são as principais estruturas do pênis, possuem uma es-
trutura trabeculada e uma artéria peniana. O sangue preenche rapidamente 
esses espaços promovendo o enrijecimento e, em consequência, a ereção do 
pênis. Após a ejaculação, os estímulos da inervação do sistema nervoso sim-
pático fazem a vasoconstrição arterial reduzindo o fluxo de sangue para os 
corpos cavernosos levando o pênis a voltar para o estado de flacidez (DANGE-
LO; FATTINI, 2012).
O corpo esponjoso do pênis é também uma estrutura cilíndrica percorrido em 
toda sua extensão pela parte esponjosa da uretra. Sua porção distal forma a 
glande do pênis que cobre a terminação dos corpos cavernosos. O contorno 
da glande é a coroa da glande, região especialmente inervada e relacionada ao 
prazer sexual masculino. A glande não se torna erétil nem enrijecida, facilitando 
a penetração do pênis na vagina da mulher (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
A parte livre do pênis é envolta por uma pele fina e deslizante que na região da 
glande se expande numa prega cutânea membranosa que a envolve, chama-
da prepúcio, que se fixa por meio do frênulo do prepúcio. Esta região da glande 
possui muitas glândulas sebáceas, chamadas glândulas prepuciais, que auxi-
liam na lubrificação durante a relação sexual (DANGELO; FATTINI, 2012).
Você não pode deixar de assistir a essa videoaula. 
É uma aula prática sobre a anatomia do sistema 
reprodutor masculino.
https://www.youtube.com/watch?v=M-ww6ubc3b4
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ANATOMIA HUMANA
5.3.3 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Vamos iniciar pelos ovários. Os ovários são as gônadas femininas, órgãos for-
madores de gametas femininos, os ovócitos. São também glândulas endócri-
nas, que produzem hormônios sexuais secundários que participam do desen-
volvimento das características de uma mulher adulta, como desenvolvimento 
de mamas, pelos pubianos, crescimento da vagina e útero e desenvolvimento 
de genitais externos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Os ovários se localizam na cavidade pélvica, inferiormente à tuba uterina, ao 
nível da bifurcação da artéria ilíaca comum. Ficam fixados ao útero a tuba e a 
cavidade pélvica, por meio de ligamentos. Essas estruturas são revestidas por 
um tecido semelhante ao que envolve os testículos, também chamado de 
túnica albugínea. No interior do ovário estão o córtex e a medula do ovário. A 
superfície do ovário apresenta-se lisa e brilhante até o período da puberdade. 
Desta época em diante, torna-se gradativamente rugosa devido à expulsão 
dos ovócitos (MIRANDA NETO, 2012).
ÚTERO, OVÁRIOS, TUBAS UTERINAS E VAGINA
tuba uterina
corpo lúteo
óvulo
ovário
útero
cérvix
óvulo
recém-descarregado
vagina
folículos se
desenvolvendo
ligamento suspensório do ovário
fímbrias
ligamento ovariano
ligamento redondo
ligamento largo
Fonte: Zealthy.in, Wikimedia Commons (2020).
#PraCegoVer
Na imagem temos algumas estruturas anatômicas do sistema reprodutor feminino: tuba 
uterina, corpo lúteo, óvulo, ovário, útero, cérvix, vagina, ligamento suspensório do ovário, 
fímbrias, ligamento ovariano, ligamento redondo, ligamento largo.
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ANATOMIA HUMANA
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As tubas uterinas são dois órgãos tubulares cilíndricos com, aproximadamen-
te,10 centímetros de comprimento. Elas possuem a função de captar o ovóci-
to na cavidade peritoneal e transportá-lo até o útero. Na tuba uterina ocorre 
a fecundação e o início das divisões celulares Essas tubas apresentam dois 
óstios em suas extremidades. Um deles se abre no útero, o óstio uterino da 
tuba. Distalmente abre-se no óstio abdominal da tuba uterina. Seu diâmetro 
é irregular e por isso possui diferentes regiões, são elas:
Parte uterina
pequena parte na parede do útero.
Istmo da tuba uterina
região mais afilada próximo ao útero.
Ampola da tuba uterina
uma região mais dilatada onde normalmente ocorre a fecundação.
Infundíbulo da tuba uterina
região terminal e distal da tuba, em formato de funil, com projeções 
chamadas fímbrias (MIRANDA NETO, 2012).
O útero é considerado um órgão muscular, oco, ímpar, que se localiza na ca-
vidade pélvica. A sua função é sediar a implantação e o amadurecimento do 
embrião, assim como participar do mecanismo do parto. Importante você 
saber que, quando não ocorre a implantação de um embrião, o útero será a 
fonte do fluxo menstrual. O tamanho e formato do útero assemelha-se a uma 
pera invertida. Ele é dividido em algumas regiões sendo:
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ANATOMIA HUMANA
Fundo doútero
região do útero localizada acima da implantação das tubas uterinas, é 
uma parte abaulada e que se desenvolve muito durante a gestação.
Corpo do útero
região mais volumosa do útero e que delimita a cavidade uterina.
Colo do útero
parte mais inferior e afunilada do útero, que se subdivide em: porção 
supravaginal do colo do útero, região que está localizada acima da 
vagina; porção vaginal do colo do útero, região que se projeta para 
o interior da vagina. Nessa porção está o óstio do útero, local de 
passagem do espermatozoide na fecundação, do concepto no parto e 
do fluído menstrual (MIRANDA NETO, 2012).
No interior da região do corpo está a cavi-
dade do útero com formato de uma fen-
da triangular. Ao nível do colo do útero, 
essa cavidade tem continuidade como 
o canal do colo do útero que se abre no 
óstio do útero ao nível do fundo da vagi-
na. A cavidade do útero permanece vazia, 
exceto quando se enche de sangue na 
menstruação e no momento do parto. 
Vale lembrar que o concepto não se aloja 
na cavidade do órgão, mas na parte de-
senvolvida da parede (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014).
O útero ocupa uma posição chamada de anteversão e anteflexão. Em suma, o 
fundo do útero é voltado para frente (anteversão) e o corpo do útero apresen-
ta uma angulação em relação à vagina (anteflexão). Para manter-se nesta po-
sição, o útero possui diversos ligamentos para sua fixação e posicionamento. 
Saiba mais
Acesse o link e entenda mais 
sobre a anatomia do sistema 
reprodutor feminino?
https://www.youtube.com/watch?v=ymNSJcVNkFY&t=29s
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ANATOMIA HUMANA
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Esses ligamentos o conectam com órgãos, músculos e ossos da pelve. Apesar 
dos ligamentos o útero apresenta certa mobilidade e sua posição pode variar 
de acordo com o estado funcional, por exemplo, a gravidez (DANGELO; FAT-
TINI, 2012).
O útero apresenta três camadas. A camada mais externa é chamada perimé-
trio, miométrio e endométrio:
Perimétrio
reveste o útero e é contínuo com o ligamento largo do útero, 
importante por conter vasos sanguíneos e participar da fixação do 
útero;
Miométrio
é a camada muscular, a camada mais espessa do útero formado por 
fibras musculares lisas;
Endométrio
é a camada mais interna do útero, é a mucosa que reveste a 
cavidade uterina. Durante a gestação aloja o concepto e seus anexos 
embrionários (MIRANDA NETO, 2012).
A vagina é o órgão copulador feminino, serve também de canal do parto e 
via de eliminação do fluido menstrual e secreções. É um tubo musculomem-
branoso de cerca de 10 centímetros de comprimento que se estende do colo 
do útero até o óstio vaginal em que se abre no vestíbulo da vagina parte do 
pudendo feminino (BECKER et al., 2018)
As paredes anterior e posterior deste órgão ficam colabadas tornando a cavi-
dade da vagina praticamente virtual, pois se dilata apenas por ocasião do ato 
sexual e do parto. A camada mais interna da vagina é a túnica mucosa que 
apresenta rugas vaginais. Nessa mucosa também existem glândulas produ-
toras de muco além de células que sintetizam glicogênio e gordura a partir 
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ANATOMIA HUMANA
do estímulo de hormônios, como o estrogênio. Esses compostos são utiliza-
dos para a sobrevivência da microbiota vaginal que dentre outras bactérias 
possui grande quantidade de lactobacilos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Comunicando a vagina com o meio externo temos o óstio vaginal. Ele está 
localizado no períneo, posteriormente ao óstio externo da uretra e anterior-
mente ao orifício anal. 
O pudendo feminino é a parte externa do sistema reprodutor feminino. Ele 
tem formato de uma abertura em fenda e é constituído de diversas estrutu-
ras. O monte púbico é a proeminência arredondada anteriormente à sínfise 
púbica, coberta de pele e pelo com acúmulo de gordura na tela subcutânea, 
após a puberdade ( DANGELO; FATTINI, 2012).
Você sabe o que é o hímen? É uma membrana 
bastante delicada, com pouca vascularização que 
está presente no óstio vaginal na mulher que ainda 
não teve relação sexual com coito,
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PUDENDO FEMININO
Monte
púbico
Clitóris
Vagina
Lábio menor
Lábio maior
Ânus
Abertura uretral
Fonte: Sshirly, Wikimedia Commons (2013).
#PraCegoVer
Na imagem temos estruturas anatômicas do pudendo feminino: monte púbico, clitóris, 
abertura uretral, vagina, ânus, lábio menor, lábio maior.
Os lábios maiores do pudendo são as duas pregas laterais dessa abertura em 
forma de fenda. Também contém tecido adiposo subcutâneo e pele com pe-
los. A junção anterior destes lábios maiores forma a comissura anterior dos 
lábios e a posterior a comissura posterior dos lábios. Na parte interna aos lá-
bios maiores estão os lábios menores do pudendo, duas pregas em forma de 
meia lua localizadas no períneo. Não possuem pelos e a pele é fina com gran-
de quantidade de glândulas sebáceas. Os lábios menores delimitam a região 
chamada de vestíbulo da vagina (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
131
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ANATOMIA HUMANA
O clitóris é considerado um órgão erétil. Assim como o pênis, ele possui raiz, 
corpo e uma glande recoberta pelo prepúcio do clitóris. Também possui cor-
po cavernoso, porém são dois que, assim como no pênis, se enrijecem na ex-
citação sexual.
O bulbo do vestíbulo é um órgão bilateral localizado profundamente aos lá-
bios maiores do pudendo e lateralmente ao óstio da vagina. São órgãos eré-
teis que homologamente correspondem ao corpo esponjoso do pênis. Tam-
bém são eréteis quando há excitação sexual (DANGELO; FATTINI, 2012).
As glândulas vestibulares maiores irão secretar um líquido que tem a função 
de lubrificar a vagina durante o ato sexual. É um líquido bastante viscoso. Já 
as glândulas vestibulares menores lançam a secreção no vestíbulo da vagina. 
Elas são pequenas glândulas mucosas. 
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ANATOMIA HUMANA
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CONCLUSÃO
Caro estudante, finalizamos aqui a unidade 5. Nessa unidade você estudou 
que o sistema urinário, composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e ure-
tra, possui função vital importante na filtragem do sangue (retirar impurezas), 
produção e excreção da urina. Você pôde perceber que os rins, principalmen-
te, possuem estrutura altamente complexa, vascularizada e importante para 
a vida. Outras estruturas, como ureteres e uretra, com anatomia mais simples, 
têm função apenas de transporte da urina. Já a bexiga, músculo liso (detru-
sor), é a estrutura que aloja a urina antes de sua excreção.
Estudamos que o sistema reprodutor masculino resulta de um conjunto de 
estruturas internas e externas que, em conjunto, possuem como principal 
função a produção e liberação do espermatozoide para possível reprodução. 
Além disso, algumas estruturas estão conectadas diretamente com o sistema 
urinário, como o pênis e uretra.
Por fim, estudamos o sistema reprodutor feminino. Na mulher, o óvulo é o ga-
meta responsável por tal função. Junto a ele, diversos órgãos femininos parti-
cipam o incrível processo de fertilização e reprodução humana.
UNIDADE 6
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ANATOMIA HUMANA
> Compreender a 
anatomia do sistema 
nervoso;
> Conhecer 
as estruturas 
anatômicas que 
fazem parte do 
sistema nervoso 
central e periférico.
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ANATOMIA HUMANA
6 ANATOMIA DO SISTEMA 
NERVOSO
6.1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, como vai? Seja bem-vindo a sexta e última unidade da disci-
plina deAnatomia Humana. Nela, você estudará sobre a anatomia do sistema 
nervoso, aquele responsável por coordenar e regular as atividades corporais 
de todos os sistemas por meio dos estímulos voluntários e involuntários rece-
bidos. Dentre essas atividades, encontram-se os movimentos, as sensações, 
os sentimentos e os comportamentos.
O estudo da anatomia do sistema nervoso, também chamado de “neuroana-
tomia”, é robusto, complexo, porém magnífico. O sistema nervoso é dividido 
em sistema nervoso central (SNC), composto por encéfalo e medula espinal; 
e sistema nervoso periférico (SNP), composto por nervos cranianos, nervos 
periféricos, terminações nervosas e gânglios. Vamos lá!
6.2 INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO
6.2.1 NEURÔNIOS
A unidade funcional do sistema nervoso (SN) e estrutural é o neurônio que 
tem função sensitiva, integradora e motora levando as informações do SNC. 
No cérebro humano, encontram-se bilhões de neurônios e sabemos que são 
produzidos ao longo das nossas vidas. Eles são células que têm a função de 
processar as informações de acordo com as suas sinapses, fazendo a comuni-
cação do SN com o corpo.
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Podemos fazer uma classificação quanto à sua função (DANGELO; FATTINI, 2012):
Neurônios sensitivos
recebem os estímulos internos e externos do corpo e transmite ao SNC;
Neurônios motores
captam as informações do SNC e passam para os músculos e 
glândulas corporais;
Neurônios integradores
estão no SNC e fazem conexão com os neurônios, entendendo os 
estímulos sensoriais.
Os neurônios possuem um corpo celular denominado de pericário e prolon-
gamentos citoplasmáticos denominados axônios e dendritos. Cada neurônio 
possui somente um axônio, que se caracteriza por ser o seu maior prolon-
gamento; geralmente próximo à sua terminação, o axônio emite pequenos 
ramos colaterais, que constituem a sua arborização terminal. Antes de emitir 
a arborização terminal (terminações nervosas), o axônio pode percorrer uma 
distância que varia de micrômeros a um metro ou mais.
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NEURÔNIO
dendrito
corpo celular
nódulo
de Ranvier
terminações nervosas
célula de Schwann
bainha de mielina
axônio
núcleo
Fonte: Dhp1080, Wikimedia Commons (2006).
#PraCegoVer
Na imagem, temos um neurônio e suas partes: dendrito, corpo celular, núcleo, axônio, 
nódulo de Ranvier, bainha de mielina, célula de Schwann, terminações nervosas.
Os dendritos são prolongamentos cur-
tos, que variam de um a milhares, depen-
dendo das características morfológicas 
do neurônio. Os axônios e os dendritos 
são denominados de fibras nervosas, en-
quanto alguns autores restringem o uso 
do termo “fibra nervosa” para designar o 
conjunto formado pelo axônio e seus en-
voltórios (MIRANDA NETO, 2012).
Saiba mais
Caro estudante, veja essa 
videoaula sobre os neurônios.
No SNC, os corpos celulares dos neurônios são 
encontrados em grande quantidade na substância 
cinzenta do encéfalo e da medula espinal, enquanto 
no SNP são encontrados em gânglios sensitivos e 
motores.
https://www.youtube.com/watch?v=n842DYUD5kE
137
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De acordo com o número de prolongamentos apresentados pelos neurônios, 
podem ser morfologicamente classificados, de acordo com Dangelo e Fattini 
(2012), em:
Neurônios pseudo-unipolares
são aqueles em que apenas um prolongamento parte do corpo celular, 
porém a seguir dividem-se em dois, assemelhando-se a um T, com 
um prolongamento periférico que se dirige para a periferia, onde se 
ramifica, originando terminações nervosas denominadas receptores, e 
um prolongamento central, que se dirige para o SNC. Funcionalmente, 
esses neurônios são classificados como sensitivos e seus corpos são 
encontrados nos gânglios sensitivos.
Neurônios multipolares
possuem um axônio e numerosos dendritos. Estes neurônios são 
encontrados em maior quantidade; funcionalmente, podem ser 
motores ou de associação.
Neurônios bipolares
são aqueles em que dois prolongamentos, um axônio e um dendrito, 
originam-se em polos distintos do corpo celular. Esses neurônios são 
sensitivos e seus corpos são encontrados na retina, na orelha interna e 
na mucosa olfatória.
Neurônios unipolares
são aqueles que possuem um prolongamento (axônio).
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TIPOS DE NEURÔNIOS – CONFORME O NÚMERO DE PROLONGAMENTOS
Fonte: Miguel Iglesias, Wikimedia Commons (2015).
#PraCegoVer
Na imagem temos quatro tipos de neurônios, conforme o número de prolongamentos: 
unipolar, bipolar, pseudo-unipolar e multipolar.
139
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6.2.2 CÉLULAS DA GLIA
Outras células constituintes do SN são as células gliais. No SNC, são iden-
tificados quatro tipos de células gliais: astrócitos, oligodendrócitos, células 
ependimárias e micróglia, que mantêm a capacidade proliferativa e, em ge-
ral, superam o número de neurônios, garantindo a sustentação estrutural 
e manutenção da condição local para a função neuronal (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014).
CÉLULAS DA GLIA
Micróglia
Astrócito
Células
ependimárias Oligodendrócitos
Fonte: CFCF, Wikimedia Commons (2016).
#PraCegoVer
Na imagem temos as células da glia: micróglia, astrócito, células ependimárias, 
oligodendrócitos.
Os astrócitos se caracterizam pela presença de numerosos prolongamentos 
citoplasmáticos, os quais podem emitir projeções chamadas pés perivascu-
lares que estabelecem contato com vasos sanguíneos. Possuem núcleo pe-
queno e citoplasma escasso. Estão presentes na substância branca e cinzenta 
(que veremos mais adiante).
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Os oligodendrócitos são menores que os as-
trócitos e estão distribuídos nas substâncias 
branca e cinzenta. Contêm menos prolon-
gamentos e menos ramificações do que os 
astrócitos. Possuem núcleo irregular inten-
samente corado, complexo de Golgi bem 
desenvolvido, além de numerosas mitocôn-
drias e microtúbulos. Seus prolongamentos 
envolvem os axônios formando a bainha de 
mielina no SNC, razão pela qual são contrá-
rias às células de Schwann do SNP.
As micróglias são pequenas células com numerosas e finas ramificações, 
núcleo reduzido e grande atividade fagocitária. São consideradas protetoras 
imunológicas do cérebro e da medula espinal.
As células ependimárias são cúbicas e formam um epitélio simples, que re-
veste a superfície interna dos ventrículos cerebrais e o canal central da medu-
la espinal. O domínio apical dessas células possui numerosas microprojeções 
e um ou mais cílios (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
No SNP, temos as células satélites e as células de Schwann. As células satélites 
localizam-se junto aos corpos celulares dos gânglios periféricos recém-forma-
dos. São células pequenas, achatadas, com núcleo escuro, heterocromático. 
As células de Schwann, também do SNP, formam uma bainha complexa em 
torno dos axônios, com exceção das porções terminais do axônio. São alonga-
das, com núcleo alongado, Golgi pouco desenvolvido e poucas mitocôndrias.
Saiba mais
Clique aqui e saiba mais 
sobre as células da glia.
A destruição da bainha de mielina pode gerar a 
esclerose múltipla, uma doença desmielinizante, 
que causa incapacidade significativa e progressiva 
na maioria dos indivíduos afetados, sendo a 
causa mais comum de incapacidade neurológica 
adquirida em adultos jovens.
https://www.youtube.com/watch?v=u2VGb9Gzs7A
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Importante que você saibaque a fibra nervosa é constituída de um axônio 
envolto por bainhas de mielina. Nas fibras nervosas mielínicas, as células de 
Schwann se enrolam formando várias dobras concêntricas em torno do axô-
nio e formam uma bainha de mielina análoga àquela dos oligodendrócitos 
no SNC. Nas fibras denominadas amielínicas, uma única célula de Schwann 
envolve vários axônios.
6.2.3 DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
Caro estudante, o SN é dividido em dois: o SNC e o SNP. Em sua divisão, é 
considerado anatomicamente que o SNC é aquele que está dentro do es-
queleto axial e o SNP é aquele que fica fora do esqueleto. Porém, não é uma 
divisão tão exata, pois ocorrem algumas conexões entre eles. O SNC recolhe 
inúmeros estímulos que são interpretados e memorizados para adaptação às 
condições internas e externas do corpo.
Sistema Nervoso Central
encéfalo e medula espinal.
Sistema Nervoso Periférico
nervos espinais, nervos cranianos e gânglios.
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CÉLULAS DA GLIA
Encéfalo
Medula espinal
Sistema nervoso
central (encéfalo e
medula espinal)
Fonte: Methoxyroxy~commonswiki, Wikimedia Commons (2005).
#PraCegoVer
Na imagem temos as estruturas que fazem parte do sistema nervoso central: encéfalo e 
medula espinal.
O SNC conta com partes muito importan-
tes: telencéfalo e diencéfalo no cérebro; 
mesencéfalo, ponte e bulbo no tronco 
encefálico; e o cerebelo. Essas três maio-
res partes citadas compõem o encéfalo. 
O encéfalo, em conjunto com a medula 
espinal, atua em processos inconscientes 
e de movimentos voluntários.
Saiba mais
Assista à videoaula 
a respeito da divisão do 
sistema nervoso.
https://www.youtube.com/watch?v=QwXYG96bzCI
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6.3 SISTEMA NERVOSO CENTRAL
6.3.1 ENCÉFALO
Agora, caro(a) aluno(a), convido-o(a) ao estudo macroscópico do encéfalo. Te-
remos como objetivo descrever as estruturas que fazem parte do encéfalo. 
Iniciaremos a abordagem pelo cérebro, passando para o cerebelo e finalizare-
mos pelo tronco encefálico.
O encéfalo regula processos inconscientes e coordena parte dos movimentos 
voluntários do ser humano, como o caminhar. É também local da consciên-
cia, o que permite a capacidade de pensar e aprender, assim como quando 
aprendemos a calcular.
O encéfalo é formado pelas estruturas presentes dentro do crânio, ou seja, 
pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico, localizados na cavidade craniana. 
Uma grande quantidade de neurônios (100 bilhões) e de neuroglia (1 trilhão) 
formam o encéfalo. Seu peso é de aproximadamente 1,400 kg.
A maior parte do encéfalo é composta pelo cérebro, sendo formado pelo te-
lencéfalo e diencéfalo. No homem adulto, o cérebro é constituído por dois 
hemisférios: o direito e o esquerdo (divididos pela fissura longitudinal do cére-
bro). O diencéfalo é envolvido integralmente pelo cérebro, tendo em vista seu 
extenso desenvolvimento.
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Fonte: LUMINR, Wikimedia Commons (2018).
#PraCegoVer
Na imagem temos um cérebro, colorido, e seus dois hemisférios – direito e esquerdo.
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Na superfície externa do cérebro, é possível observar as fissuras e os sulcos 
que servem como referência para a subdivisão dos hemisférios cerebrais em 
regiões menores, isto é, em lobos e giros. De maneira simplificada, os giros são 
as protuberâncias do cérebro e os sulcos são fendas que delimitam os giros.
Cada um dos hemisférios cerebrais é dividido em cinco lobos (frontal, parietal, 
temporal, occipital, insular), pelos sulcos. Os lobos foram nomeados de acordo 
com os ossos do crânio em que se encontram, ou seja, o lobo frontal relacio-
na-se com o osso frontal, o lobo temporal com o osso temporal, o lobo occipi-
tal com o osso occipital e o lobo parietal com os ossos parietais. Mas e o lobo 
insular? Esse não possui relação com nenhum osso.
O lobo frontal é o maior de todos. Ele participa de algumas funções intelec-
tuais, como raciocínio, planejamento do futuro, pensamento abstrato, com-
portamento sexual e agressivo. Além de ser responsável pela seletividade do 
processo de atenção, memória, linguagem e coordenação dos movimentos 
voluntários, fala expressiva, personalidade e impulso. Também é responsável 
por manter a interação entre diversos tipos de estímulos de informações ao 
mesmo tempo e, posteriormente, resgatar tal informação de acordo com as 
próximas exigências das ações intelectuais (MIRANDA NETO, 2012).
O lobo temporal possui relação com a audição, olfato, linguagem, memória, 
comportamento emocional (raiva, hostilidade), comportamento sexual e or-
denação do pensamento. Não devemos nos esquecer de que o lobo temporal 
do hemisfério dominante está relacionado com a interpretação dos significa-
dos complexos das experiências sensoriais e pelo estado da consciência. Tam-
bém é responsável pelo padrão básico determinado culturalmente, definin-
do o que representa ser do sexo feminino 
ou masculino em uma dada sociedade. 
Nesse lobo, também acontece a discrimi-
nação integrada dos estímulos sensitivos 
que vieram das áreas auditivas secundá-
rias, visuais e somatossensoriais, o que 
possibilita o reconhecimento de forma 
consciente das experiências vivenciadas e 
a seleção de quais informações formarão 
a memória.
Saiba mais
Clica aqui e assista a 
esta videoaula sobre 
anatomia do encéfalo.
https://www.youtube.com/watch?v=fAOFdMd7NAs
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No lobo parietal, há regiões que recebem e interpretam os impulsos relacio-
nados a algumas sensações, como dor, tato, pressão, temperatura, proprio-
cepção e paladar. Também está associado ao uso de símbolos como meio de 
comunicação e a fala receptiva. Participa da confirmação dos movimentos 
já realizados e da decisão de quais movimentos deverão ser realizados para 
concluir seu objetivo.
Já o lobo occipital está direcionado para a visão. Nele, encontra-se o córtex vi-
sual e o córtex de associação visual. Ele também realiza atividades associadas 
aos lobos parietal e temporal, no que diz respeito aos movimentos de segui-
mento optocinético e fixação dos olhos. Proporciona funções complexas de 
reconhecimento, associação visual, revisualização, visão das cores, do tama-
nho e formato dos objetos, bem como de orientação visual.
Por fim, o lobo insular está associado à percepção e geração de respostas 
emocionais, mas também apresenta grandes conexões com quase todas as 
regiões do cérebro (devido sua localização), por meio dos fascículos. Tal fato 
justifica as relações do lobo insular com a linguagem, funções neurovegetati-
vas e o córtex motor suplementar.
LOBOS CEREBRAIS
lobo frontal
lobo occipital
lobo parietal
lobo temporal
Fonte: UWCTransferBot, Wikimedia Commons (2013).
#PraCegoVer
Na imagem temos os lobos cerebrais em cores diferentes. Em azul, o lobo frontal; em 
amarelo, o lobo parietal; em rosa, o lobo occipital; e em verde, o lobo temporal.
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Vamos agora estudar sobre o diencéfalo. Ele é composto pelas seguintes es-
truturas: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. É encoberto pelo te-
lencéfalo, que você estudou anteriormente, sendo localizado medialmente, e 
forma, portanto, o núcleo central do encéfalo.
Sua atuação ocorre por meio do sistema nervoso autônomo, pois coordena as 
atividades de vida vegetativa, como a fome, o sono, a temperatura e a sede, 
além da motricidade, comportamento emocional e sensibilidade.
Iniciamos pelo tálamo. Ele possui um formato oval, com quatro centímetros 
de comprimento, sendo composto principalmente de massas de substância 
cinzenta organizadaem núcleos, os quais são pontos de transmissão dos im-
pulsos sensitivos que chegam de outras regiões do SNC ao córtex cerebral 
(MIRANDA NETO, 2012).
Já o hipotálamo é considerado uma estrutura muito pequena, com um cen-
tímetro quadrado. Ocupa uma posição anterior no diencéfalo. Podemos di-
zer que quase todas as vísceras do nosso corpo dependem do hipotálamo 
para alguns aspectos de controle. Ele possui diversas funções, como regular 
a homeostase, controlar a divisão do sistema nervoso autônomo e funções 
viscerais, regulando o sistema nervoso parassimpático, participar do sistema 
límbico, estando envolvido nas emoções e resposta de raiva, regular o apetite, 
pois representa o centro de saciedade do encéfalo, regular a temperatura e 
sede, regular a lactação, produzindo ocitocina, regular a resposta ao stress, 
regular a função cardiorrespiratória, produzir dopamina, que inibe a secreção 
de prolactina, produzir β-endorfinas, controlar a liberação de hormônios da 
adenohipófise, produzir vasopressina, controlar o ritmo circadiano, por influ-
ência da glândula pineal.
O subtálamo é uma pequena estrutura localizada na face posterior do dien-
céfalo na região de passagem para o mesencéfalo. Acima do subtálamo, en-
contra-se o tálamo. Ele possui estruturas não endócrinas e endócrinas. A glân-
dula pineal é a porção endócrina que mais se destaca. É uma região vinculada 
com o sistema límbico, controlando, portanto, o comportamento emocional.
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ALGUMAS ESTRUTURAS DO SNC
Cérebro
Hipotálamo
Glândula pituitária
Cerebelo
Tronco encefálico
Medula espinal
Fonte: BruceBlaus, Wikimedia Commons (2016).
#PraCegoVer
Na imagem temos algumas estruturas do sistema nervoso central: cerebelo, tronco 
encefálico, medula espinal, glândula pituitária, hipotálamo e cérebro.
Agora, estudemos sobre o cerebelo. Ele está localizado na fossa craniana pos-
terior, atrás da ponte e do bulbo. O cerebelo se junta bilateralmente ao tronco 
encefálico por meio de três pedúnculos cerebelares, que possuem todas as 
fibras nervosas aferentes e eferentes que possuem relação com ele.
Para você ter uma ideia, a proporção do peso do 
cerebelo para o cérebro de um adulto é por volta 
de 1:10; já em crianças essa proporção é de 1:20. Se 
o córtex cerebelar adulto fosse desenrolado, seria 
praticamente a metade do córtex cerebral. O nome 
de cerebelo, que significa em latim pequeno cérebro.
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O cerebelo é composto por dois hemisférios e compõe uma parte considerá-
vel do circuito que une as áreas sensoriais às áreas motoras do encéfalo, além 
de suas funções na coordenação dos movimentos. Proporciona ajustes du-
rante os movimentos que servem de base para a precisão e exatidão, além de 
possuir grande participação no aprendizado motor e na modificação reflexa. 
Eles controlam a tensão muscular e articular bem como a visão e equilíbrio.
Após uma revisão e aprofundamento sobre as estruturas que compreendem 
o telencéfalo, diencéfalo e cerebelo, chegou a hora de falarmos sobre o tronco 
encefálico. O tronco encefálico é essencial para a vida do homem, pois estão 
presentes os centros que ajudam a manter o organismo, como o centro res-
piratório e o centro vasomotor, que mantém a atividade reflexa da respiração 
e regula o tônus da parede dos vasos sanguíneos respectivamente. Ele é for-
mado pela ponte, bulbo e mesencéfalo.
Ele possui basicamente três funções, recebe informação sensorial das regiões 
cranianas e comanda a musculatura da cabeça. As raízes motoras e sensitivas 
dos nervos cranianos entram e saem do tronco encefálico. Parecido com a 
medula espinal, o tronco encefálico serve como caminho para passagem de 
informação, já que os tratos ascendentes sensoriais e descendentes motores 
o percorrem. Os núcleos do tronco encefálico ajudam nas funções motoras e 
sensitivas específicas.
O tronco encefálico é constituído por uma rede de neurônios complexa, a for-
mação reticular, que se amplia por todo seu comprimento e se prolonga infe-
riormente com sua correspondente espinal. Os neurônios da formação reticu-
lar recebem e integram estímulos que chegam do córtex, do hipotálamo, do 
tálamo, do cerebelo e da medula espinal. A formação reticular do tronco en-
cefálico opera nos mecanismos de ativação do córtex, na regulação do sono, 
no processo de atenção e na integração de reflexos.
Caro estudante, veja essa videoaula sobre as 
alterações neurológicas com o passar da idade, ou 
seja, com o envelhecimento. É do meu canal no 
Youtube.
https://www.youtube.com/watch?v=3bXsi9hxmYc&t=14s
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6.3.2 MEDULA ESPINAL
A medula espinal tem o formato cilíndrico e segue um trajeto pela coluna ver-
tebral, mas não totalmente até o final. Ela inicia na cervical (na vértebra atlas) 
e termina em vértebras lombares. Sua medida se dá por volta de 45 cm.
A medula é de grande importância, sendo composta por células nervosas res-
ponsáveis pelos atos involuntários, além de ser um veículo que conduz im-
pulsos nervosos, estabelecendo a conexão do sistema nervoso com o corpo. A 
outra função é proteger o corpo de algum evento de periculosidade por meio 
do reflexo, avisando-o de maneira rápida para que ocorra reação ao evento 
(LAROSA, 2016).
O limite superior da medula é feito pelo bulbo, aproximadamente na altura 
do forame magno, e seu limite inferior no adulto está ao nível da segunda 
vértebra lombar. A parte final da medula espinal se estreita e forma um cone, 
conhecido como cone medular, que continua como um delgado filamento 
meníngeo, chamado de filamento terminal. O filamento terminal é um fila-
mento composto de tecido conjuntivo, que se estende até o dorso da primei-
ra vértebra do cóccix. A espessura da medula é ligeiramente maior que um 
lápis na maior parte do seu comprimento.
A medula possui dois papéis importantes: ela envia os impulsos nervosos para 
o encéfalo, bem como do encéfalo, e também traduz de forma limitada as 
informações sensitivas, gerando ações reflexas estereotipadas, os reflexos es-
pinais, que não recebem intervenção dos centros superiores do encéfalo. Por 
isso, a medula espinal é muito mais do que um mero transmissor passivo de 
impulsos nervosos. Havendo necessidade, ela assume funções no lugar do 
encéfalo, por meio dos atos reflexos.
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ALGUMAS ESTRUTURAS DO SNC
 
Substância cinzenta
Canal central
Substância branca
Raiz dorsal do nervo espinal
Raiz ventral do nervo espinal
Fonte: Was a bee, Wikimedia Commons (2009).
#PraCegoVer
Na imagem temos parte da medula espinal e algumas de suas estruturas: substância 
cinzenta, substância branca, canal central, raiz dorsal e ventral do nervo espinal.
A medula espinal recebe fibras nervosas aferentes primárias dos receptores 
distribuídos nas estruturas somáticas e viscerais. Dela partem fibras nervosas 
eferentes para os músculos esqueléticos.
Os corpos dos neurônios pré-ganglionares estão na medula espinal e são res-
ponsáveis pela inervação simpática do miocárdio e músculos lisos, das glân-
dulas, e também pela inervação parassimpática dos músculos lisos do final 
do intestino grosso, dos órgãos pélvicos e do tecido erétil da genitália externa. 
No final da medula, o grupo de raízes nervosas da 
região lombar e sacral é chamado de cauda equina, 
devido a sua semelhança com um rabo de cavalo.
151
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Na substância branca na medula, as fibras nervosas se juntam em tratos (fei-
xes principais) de acordo com a direção que os impulsos nervosos são en-
viadose com os tipos de sinais que são transmitidos e respondidos (como 
temperatura e dor). Certos tratos se unem e repassam a informação entre 
alguns pares locais de nervos espinais, sem mandar fibras para o encéfalo. A 
substância cinzenta é organizada em colunas.
6.3.3 SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA
No SNC, encontram-se áreas claras, denominadas de substância branca, 
constituídas por fibras nervosas mielínicas e neuroglia, sendo a mielina res-
ponsável pela aparência esbranquiçada. E há áreas escuras, denominadas de 
substância cinzenta, onde se encontram corpos de neurônios, fibras amielíni-
cas e neuroglia.
Há também áreas que intercalam o cinza e o branco, denominadas de subs-
tância reticular, constituídas de corpos de neurônios e axônios misturados en-
tre si, com aparência de rede. No encéfalo, a substância cinzenta pode estar 
localizada na periferia, formando uma casca denominada córtex, ou contida 
na substância branca, caso em que é denominada de núcleo nervoso. Na me-
dula espinal, a substância cinzenta tem o aspecto da letra “H”, circundado 
pela substância branca.
6.4 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
6.4.1 NERVOS
Os nervos são cordões esbranquiçados que se conectam ao SNC, formados 
por fibras nervosas (axônios). Apresentam uma organização interna defini-
da por envoltórios de tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é revestida pela 
bainha de mielina e/ou neurilema, sobre a qual ocorre o revestimento deno-
minado endoneuro. Várias fibras, cada uma com seu respectivo endoneuro, 
estão agrupadas em feixes nervosos, que, por sua vez, recebem o envoltório 
denominado perineuro. Por fim, para formar o nervo, todos os feixes são re-
vestidos pelo epineuro.
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Os revestimentos conjuntivos sustentam e protegem as fibras nervosas; gra-
ças a esses revestimentos é que os nervos são resistentes e elásticos. Através 
do perineuro e do epineuro passam vasos sanguíneos e linfáticos que vascu-
larizam o nervo. Uma compreensão prolongada do nervo pode levar ao blo-
queio da circulação sanguínea (isquemia), o que pode lesar as fibras nervosas. 
É interessante notar que os nervos são vascularizados, mas não são inervados. 
Isso quer dizer que, quando se estimula diretamente o nervo, ou quando é 
lesado, o indivíduo terá a sensação de que o estímulo ou a lesão ocorreu na 
região de inervação, como numa área de pele que pode estar muito longe do 
local onde se está estimulando diretamente o nervo (MIRANDA NETO, 2012).
Os nervos podem ser classificados funcionalmente como sensitivo, motor 
e misto. Apesar de estarem em continuidade anatômica e funcional com o 
SNC, são considerados como parte do SNP, por se projetarem para fora do 
canal vertebral ou da caixa craniana. Os que se conectam diretamente ao en-
céfalo são chamados de nervos cranianos, enquanto os que se conectam di-
retamente à medula espinal são chamados de nervos espinais.
O nervo é considerado sensitivo quando suas fibras conduzem impulsos ner-
vosos da periferia para o SNC; é motor quando suas fibras conduzem impul-
sos do SNC para a periferia; e misto quando apresenta fibras que conduzem 
impulsos nos dois sentidos. No corpo humano, são encontrados 12 pares de 
nervos cranianos (fazem conexão com o encéfalo) e 31 pares de nervos espi-
nais (fazem conexão com a medula espinal) 
6.4.2 NERVOS CRANIANOS
Quanto aos nervos cranianos, suas principais funções estão relacionadas no 
quadro a seguir:
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Par craniano
Origem aparente no 
encéfalo
Origem aparente no 
crânio
Funções
I - Olfatório Bulbo olfatório
Lâmina crivosa – 
etmoide
Olfato
II – Óptico Quiasma óptico Canal óptico Visão
III – Oculomotor Pedúnculo cerebral Fissura orbital superior
Movimento dos olhos e 
das pupilas
IV – Troclear Véu medular superior Fissura orbital superior Movimento dos olhos
V – Trigêmeo
Entre a ponte e o 
pedúnculo cerebelar 
médio
Fissura orbital 
superior (oftálmico), 
forame redondo 
(maxilar) e forame oval 
(mandibular)
Sensibilidade da face, 
maxilar e mandibular, 
e dos 2/3 anteriores 
da língua. Inerva os 
músculos da mastigação.
VI – Abducente Sulco bulbo-pontino Fissura orbital superior
Movimento lateral dos 
olhos.
VII – Facial
Idem, lateralmente ao 
VI
Forame estilomastoideo
Paladar dos 2/3 anteriores 
da língua. Inerva todos os 
músculos da mímica.
VIII – Vestíbulo-coclear
Idem, lateralmente ao 
VII
Penetra no osso 
temporal pelo meato 
acústico interno
Equilíbrio e audição.
IX – Glossofaríngeo
Sulco lateral posterior-
bulbo
Forame jugular
Sensibilidade e paladar 
no 1/3 posterior da língua. 
Deglutição.
X – Vago
Idem, caudalmente 
ao IX
Forame jugular
Inervação aferente 
visceral. Deglutição, 
fonação (fala) e inervação 
parassimpática das 
vísceras torácicas e 
abdominais.
XI – Acessório
Sulco lateral posterior 
do bulbo e medula
Forame jugular Movimentos do pescoço.
XII – Hipoglosso
Sulco lateral anterior – 
bulbo
Canal do Hipoglosso Movimentos da língua.
Fonte: Adaptado de Dangelo e Fattini (2012).
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6.4.3 NERVOS ESPINAIS
Os nervos espinais ou raquidianos são aqueles que fazem conexão com a me-
dula espinal. São responsáveis pela inervação do tronco, dos membros su-
periores e partes da cabeça, estando distribuídos em 31 pares, mantendo a 
conexão com a medula, e saem da coluna vertebral através de forames in-
tervertebrais. Eles são formados por uma raiz dorsal e outra ventral (MOORE; 
DALLEY; AGUR, 2014).
A divisão dos nervos espinais ou raqui-
dianos tem o seguinte formato:
• oito pares de nervos cervicais;
• doze pares de nervos torácicos;
• cinco pares de nervos lombares;
• cinco pares de nervos sacrais;
• um par de nervos coccígeos.
Saiba mais
Acesse aqui e assista à 
videoaula sobre os nervos 
espinais.
https://www.youtube.com/watch?v=09zBgKhBxgw
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CONCLUSÃO
Caro estudante, finalizamos aqui a unidade 6. Você pode compreender que o 
SN é composto por estruturas que permitem o funcionamento do organismo, 
bem como sua interação com o meio que o cerca. É através dele que toma-
mos consciência do que está ocorrendo à nossa volta, por meio dos diversos 
tipos de sensações, desenvolvemos o raciocínio, a memória e geramos uma 
resposta ao estímulo que foi recebido.
Vale ressaltar que a unidade anátomo funcional do SN é o neurônio, uma 
célula altamente especializada, responsável por captar o estímulo, transfor-
mando-o em impulso nervoso, passando essa informação de um neurônio ao 
outro por meio de um processo chamado sinapse, fazendo com que chegue 
até o SNC, para que possa ser percebida e, enfim, gerar uma resposta a esse 
estímulo que foi captado.
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APRENDA todos os músculos do membro inferior em 10 minutos. [S. I.: s. n.], 2020. 1 vídeo 
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DIFICULDADE em aprender os músculos da coxa? Você vai se arrepender de não assistir esse 
vídeo. [S. I.: s. n.], 2020. 1 vídeo (8min06s). Publicado pelo canal Anatomia Fácil com Rogério Gozzi. 
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ELES estudavam Anatomia em condições mínimas. Qual é a sua desculpa? [S. I.: s. n.], 2020. 1 ví-
deo (15min). Publicado pelo canal Anatomia Fácil com Rogério Gozzi. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=IgrnbEIAP5M. Acesso em: 28 maio 2021.
https://www.youtube.com/watch?v=3bXsi9hxmYc&t=14s
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https://www.youtube.com/watch?v=IgrnbEIAP5M
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https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-b7uwc
https://www.youtube.com/watch?v=Of2-euhSZ74&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=Of2-euhSZ74&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=09zBgKhBxgw
https://www.youtube.com/watch?v=QwXYG96bzCI
https://www.youtube.com/watch?v=u2VGb9Gzs7A
https://www.youtube.com/watch?v=u2VGb9Gzs7A
http://youtube.com/watch?v=fOvfMVLB-zQ
http://youtube.com/watch?v=fOvfMVLB-zQ
https://www.youtube.com/watch?v=761HjdBB3FA
https://www.youtube.com/watch?v=761HjdBB3FA
https://www.youtube.com/watch?v=yWZtY1grl6Q
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SISTEMA digestório 08 - esôfago (anatomia) - Vídeo-aula. [S. I.: s. n.], 2016. 1 vídeo (10min). Publi-
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SISTEMA digestório 1/5: introdução, funções, órgãos e histologia | Anatomia e etc. [S. I.: s. n.], 2018. 
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SISTEMA nervoso 2/6: anatomia do encéfalo e estruturas de proteção | anatomia e etc. [S. I.: s. n.], 
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SISTEMA reprodutor masculino | Anatomia etc. [S. I.: s. n.], 2019. 1 vídeo (6min). Publicado pelo 
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SISTEMA respiratório – 1/6: Introdução I Anatomia e etc. [S. I.: s. n.], 2017. 1 vídeo (4min). Publica-
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TIREÓIDE e paratireóides: sistema endócrino. [S. I.: s. n.], 2018. 1 vídeo (11min). Publicado 
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VÍDEO aula 150 | anatomia humana | sistema digestório • fígado: anatomia funcional e funções 
gerais. [S. I.: s. n.], 2017. 1 vídeo (34min). Publicado pelo Anatomia Fácil com Rogério Gozzi. Dispo-
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https://www.youtube.com/watch?v=9y7-Mk31sMo
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https://www.youtube.com/watch?v=-Znm93Z6j-Q
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	Sistema esquelético
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	Partes do músculo esquelético
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	Neurônio
	Tipos de neurônios – conforme o número de prolongamentos
	Células da Glia
	Células da glia
	Hemisférios cerebrais
	Lobos cerebrais
	Algumas estruturas do SNC
	Algumas estruturas do SNC
	Apresentação da disciplina
	1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA
	1.1 INTRODUÇÃO
	1.2 A ANATOMIA HUMANA
	1.3 O CORPO HUMANO
	2 ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR
	2.1 INTRODUÇÃO
	2.2 SISTEMA ESQUELÉTICO
	2.3 SISTEMA ARTICULAR
	2.4 SISTEMA MUSCULAR
	3 ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO
	3.1 INTRODUÇÃO
	3.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO CARDIOVASCULAR
	3.3 SISTEMA CIRCULATÓRIO LINFÁTICO
	3.4 SISTEMA RESPIRATÓRIO
	4 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO
	4.1 INTRODUÇÃO
	4.2 SISTEMA DIGESTÓRIO
	4.3 SISTEMA ENDÓCRINO
	5 ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
	5.1 INTRODUÇÃO
	5.2 SISTEMA URINÁRIO
	5.3 SISTEMA REPRODUTOR
	6 ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO
	6.1 INTRODUÇÃO
	6.2 INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO
	6.3 SISTEMA NERVOSO CENTRAL
	6.4 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

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