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AVA 2 - Contabilidade Pública e Orçamento Público UVA 2022 - Nota 100

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA 
(20193300436) 
 
 
 
 
AVA 2 – CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO 
NOTAS EXPLICATICAS 
MCASP x Balanço Geral do Estado da Bahia 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
25 NOV 2022 
 
 2 
ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA 
(20193300436) 
 
 
 
 
 
 
 
AVA 2 – CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO 
NOTAS EXPLICATICAS 
MCASP x Balanço Geral do Estado da Bahia 2018 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Contabilidade Pública e 
Orçamento Público, apresentado como requisito 
para obtenção de nota da Avaliação 2 do curso de 
graduação de Ciências Contábeis à Universidade 
Veiga de Almeida (UVA). 
 
Orientadora: Marizane dos Santos Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
25 NOV 2022 
 3 
SUMÁRIO 
 
 
1. Enunciado ............................................................................................................. 4 
2. Elaboração do TD ................................................................................................. 4 
2.1 Introdução ............................................................................................................ 4 
2.2 Notas Explicativas ................................................................................................ 5 
3. Desenvolvimento .................................................................................................. 6 
Balanço Orçamentário ................................................................................................ 6 
Balanço Patrimonial .................................................................................................. 10 
4. Conclusão .......................................................................................................... 12 
5. Referências ........................................................................................................ 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
1. Enunciado 
As notas explicativas compõe o conjunto de demonstrativos que devem ser 
apresentados no setor público. As informações nelas contidas devem trazer mais 
clareza e entendimento a respeito dos valores apresentados nas DCASP. Diante da 
importância das notas explicativas ao conjunto das demonstrações contábeis do setor 
público, pede-se que, de posse das informações apresentadas no MCASP como 
indispensáveis para a composição das notas, se analisem as notas explicativas das 
demonstrações contábeis apresentadas no Balanço geral do estado 2018. Esse 
trabalho deverá ser realizado com as informações que estão disponíveis no MCASP, 
na Part V. Ao tratar de cada demonstrativo, o MCASP descreve um tópico específico 
sobre as NEs, elencando quais informações mínimas devem ser apresentadas. O 
aluno deve fazer uma espécie de checklist do que deve constar e do que realmente 
consta nas NEs do balanço geral do estado no exercício de 2018. Não apenas dizer 
se consta ou não, mas qualificar a informação que está ali apresentada, sugerindo, 
inclusive, novas formas de abordagem e/ou apresentação dos tópicos. Esse 
comparativo devera ser realizado apenas para as NEs ao balanço orçamentário e ao 
balanço patrimonial. 
2. Elaboração do TD 
2.1 INTRODUÇÃO 
O objetivo da contabilidade é analisar e controlar o patrimônio (conjunto de bens, 
direitos e obrigações) das entidades e fornecer informações úteis para seus usuários, 
auxiliando-os em suas tomadas de decisão. A contabilidade aplicada ao setor público, 
não atua de forma muito diferente, porém seu trabalho não visa o lucro mas tem como 
foco melhorar a gestão do patrimônio público e a elaboração adequada do orçamento 
público (LOA – Lei Orçamentária Anual 4.320/1964) e objetivo principal é prestar 
serviços para a sociedade focado no bem social. É voltado para as entidades do 1º 
setor, representado pelo Estado (administração pública), seus entes federativos - a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios - e outros órgãos públicos e 
instituições federais como prefeituras, autarquias, fundações públicas, entre outros. 
Em ambas contabilidades, privada e pública, os documentos oficiais, exigidos por lei, 
elaborados com o intuito de apresentar a situação patrimonial, econômica, financeira 
e orçamentária – no caso do setor público – são as demonstrações contábeis, que, de 
forma detalhada e padronizada (principalmente após convergência às normas 
 5 
internacionais de contabilidade), reúne todos os registros contábeis referente àquela 
empresa ou organização, durante o exercício que está sendo analisado. A LOA, e 
suas posteriores alterações: STN nº 438/2012; NBC T 16.6 e Lei complementar nº 
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF) - apresentam as DCASP, que são 
as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. São elas: 
• Balanço Orçamentário 
• Balanço Financeiro 
• Balanço Patrimonial 
• Demonstração das Variações Patrimoniais 
• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 
• Notas Explicativas 
Para aprofundarmos nosso conhecimento sobre as demonstrações contábeis 
aplicadas ao setor público, principalmente à respeito das Notas Explicativas, que é o 
foco desta atividade, iremos nos utilizar como guia o MCASP – Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Elaborado pela Secretaria do Tesouro 
Nacional (STN) o MCASP já está em sua 9º Edição (porém utilizaremos a 8ª edição) 
e é dividido em (cinco) V Partes, sendo a quinta sobre as demonstrações contábeis 
que é o nosso objeto de estudo. Com quase 500 páginas, ele fornece informações 
detalhadas sobre os principais conceitos contábeis e suas particularidades quando 
aplicado às entidades do 1º setor. O MCASP tem o principal objetivo de “ [...] colaborar 
com o processo de elaboração e execução do orçamento, além de contribuir para 
resgatar o objeto da contabilidade como ciência, que é o patrimônio. Com isso, a 
contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus 
usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos 
padrões internacionais, sob os enfoques orçamentário e patrimonial [...].” (TESOURO 
NACIONAL TRANSPARENTE, 2018). 
2.2 Notas Explicativas 
As Notas Explicativas (NEs) são informações complementares à respeito dos valores 
apresentados nas demonstrações contábeis. Elas auxiliam os usuários a terem uma 
melhor compreensão dos dados analisados. Apesar de atualmente entendermos sua 
importância, foi somente em 2008, com o intuito da convergência aos padrões 
internacionais de contabilidade, que o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), 
emitiu a NBC T 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, 
 6 
tornado sua apresentação obrigatória por lei. A Resolução CFC Nº 1.133/08 que 
aprova a NBC T 16.6 (R1) – Demonstrações Contábeis descreve as seguintes 
definições em seus parágrafos: 
 
Parágrafo 39 – As notas explicativas são parte integrante das demonstrações 
contábeis. 
 
Parágrafo 40 – As informações contidas nas notas explicativas devem ser 
relevantes, complementares ou suplementares àquelas não suficientemente 
evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis. 
 
Parágrafo 41 – As notas explicativas incluem os critérios utilizados na 
elaboração das demonstrações contábeis, as informações de naturezas 
patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física, social e de 
desempenho e outros eventos não suficientemente evidenciados ou não 
constantes nas referidas demonstrações. 
 
Posteriormente, já em 2016, entrando em vigor em 2017, foi emitida a NBC TSP 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de informação contábil de 
propósito geral pelas Entidades do Setor Público. Ela serve como base para a 
elaboração das outras normas relevantes ao setor público e explica que as notas 
explicativas devem ser apresentadas de forma ordenada e sistemática,descrendo 
resumidamente as principais políticas contábeis utilizadas (princípios, normas, 
convenções, etc.) e individualizada pois irá variar de acordo com o item e a 
demonstração contábil analisada. 
3. DESENVOLVIMENTO 
Comparação entre: Itens Obrigatórios nas Notas Explicativas segundo o MCASP 
Parte V (em negrito) x Balanço Geral do Estado da Bahia de 2018 (sem negrito) 
 
Balanço Orçamentário 
a) Regime Orçamentário e o critério de classificação no orçamento aprovado - 
Consta (pg. 36, 39) – As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, 
foram elaboradas com base nas práticas contábeis aplicadas ao setor público, 
alicerçada na Lei 4.320/64 e suas alterações da Portaria STN 438/12 e da Lei 
Complementar nº 101/2000, e pelo aspecto orçamentário utiliza-se o regime misto: 
regime de caixa para as receitas (reconhecidas na arrecadação) e regime de 
competência para as despesas (reconhecidas no empenho). O orçamento para 2018 
foi aprovado com base no LOA nº 13.833/2018, estimando a receita e fixando a 
despesa de R$ 45.254.018.341,00. A escrituração contábil é feita através do Sistema 
 7 
Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado – FIPLAN, que tem 
como base as NBC TSP e no PCASP (Plano de Contas Aplicado ao Setor Público). 
b) Período a que se refere o orçamento - Consta (pg. 36) – O Balanço Orçamentário 
do Estado da Bahia apresenta as receitas e as despesas previstas e realizadas 
durante o exercício de 2018. 
c) Entidades Abrangidas - Consta (pg. 37) – São diversas as entidades envolvidas 
na administração pública deste orçamento. O Estado da Bahia e órgãos pertencentes 
aos 3 poderes: Poder Legislativo (ex.: assembleia geral); Poder judiciário (ex.: tribunal 
de justiça) e Poder Exercutivo (ex.: secretarias / fundações / autarquias como o 
DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito). Além do Ministério Público e a 
Defensoria Pública. 
d) Detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevante 
- Consta (pg. 53) – Nota 4 – Execução Orçamentária Intra OFSS (Orçamento Fiscal 
e da Seguridade Social – OFSS). As receitas intraorçamentárias das entidades 
pertencentes ao OFSS são aquelas que resultam de despesas de órgãos também 
pertencentes deste mesmo grupo, ex.: UNEB (Universidade do Estado da Bahia); 
HEMOBA (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia) e INEMA (Instituto do 
Meio Ambiente e Recursos Hídricos). O valor total das receitas intra-orçamnetárias, 
segundo a tabela da pg. 53, é de R$ 3.074.845.466,00. Já as despesas intra-
orçamentárias, que obedecem aos mesmos conceitos das receitas, aparecem no 
quadro seguinte, agrupada por poder, sendo o total de R$ 3.081.200.914,00. 
e) Detalhamento das despesas executadas por tipos de créditos (inicial, 
suplementar, especial e extraordinário) - Consta (pg. 51 - 52) –De acordo com a 
Lei nº 4.320/64, Título V – Dos créditos adicionais: 
Art. 40 – São créditos adicionais, as autorizações de despesa não 
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento. 
Art. 41 – Os créditos adicionais classificam-se em: 
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária 
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária especifica 
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em 
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública 
Art. 42 – Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e 
abertos por decreto executivo 
 8 
Art. 43 – A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida 
de exposição justificativa 
 
Nota 3: Os créditos adicionais resultam de: 1.Superávit Financeiro R$ 2.981.993.477; 
2.Excesso de Arrecadação R$ 2.400.791.552,00 (quando o Estado arrecada mais do 
que foi inicialmente previsto no mês); 3.Excesso de Convênios R$ 418.206.844,00 e 
4.Operações de Crédito R$ 55.855.722,00. Participações percentuais 1. 50,9%; 2. 
41,0%; 3. 7,1% e 4. 1,0%. A demonstração dos recursos provenientes de excesso de 
arrecadação de acordo com o poder apresentou o Poder Executivo com o maior valor 
R$ 2.345.662.787,00 e o Legislativo o menor R$ 2.000.000,00. 
f) Utilização do superávit financeiro e da reabertura de créditos especiais e 
extraordinários, bem como suas influências no resultado orçamentário - Consta 
(pg. 51 - 52) – Os créditos adicionais calculado foi de R$ 19.278.120.599,00. sendo 
somente R$ 5.856.847.596,00 que provocaram real diferença entre o valor do orçado 
inicialmente e o atual. Superávit Financeiro é a sobra de recursos dos exercícios 
anteriores; é o resultado positivo do confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo 
Financeiro apurado no BP do exercício anterior. Para 2018, o superávit foi de R$ 
2.981.993.447,00. Sendo: R$ 2.540.756.389,00 de recursos do Tesouro e R$ 
441.237.088 advindos de outras fontes. 
g) Atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas antes e após a data de 
publicação da LOA, que compõe a coluna Previsão Inicial da receita 
orçamentária - Consta (pg. 46 - 49) – Quadro das Receitas - 1.Receitas Correntes 
(tributária, de contribuições, patrimonial) 2.Receitas de Capital (operações de crédito, 
alienação de bens, amortização de empréstimos) 3.Operações de Crédito / 
Refinanciamento (operações de crédito internas e externas). A maioria das receitas 
previstas, e suas atualizações, apresentaram alteração razoável para mais e para 
menos em comparação ao realizado, ex.: orçamento inicial da Receita Corrente R$ 
39.032.198.110,00, atualizado 41.404.568.595,00, realizado R$ 41.419.980.106,00, 
saldo R$ 15.411.511,00. O subtotal das receitas orçamentárias, deu saldo final 
(negativo) - R$ 1.708.926.844,00. Nota 1: Resultado Orçamentário, p. 51, tabela 
comparativa dos resultados de 2017 e 2018, onde 2018 apresentou déficit de - R$ 
914.239.644,00, pois a receita realizada foi de R$ 42.802.509.221,00 e a despesa 
empenhada totalizou R$ 43.716.748.865,00. As despesas apresentaram maiores 
 9 
alterações, nota 2 – Alterações no Orçamento, p. 51 - Alterações na LOA tem 
orçamento inicial Despesa Corrente - gastos com pessoal e encargos / juros e 
encargos e outras despesas - R$ 39.725.045.928 e o atual R$ 43.871.445.306,00 
excedendo em R$ 4.146.399.378,00. As Despesas de Capital (investimentos, 
inversão financeira e amortização da dívida) tinham previsão R$ 4.821.672.413,00 e 
ficou R$ 6.566.770.630,00 alterando em R$ 1.745.098.218,00. 
h) Procedimento adotado em relação aos restos a pagar não processados 
liquidados, ou seja, se o ente transfere o saldo ao final do exercício para restos 
a pagar processado ou se mantém o controle dos restos a pagar não 
processados liquidados separadamente - Consta (pg. 55 - 56) – Restos a Pagar 
são despesas empenhadas e não pagas até 31/12. RP não processados liquidados, 
a liquidar ou em liquidação ainda está pendente de liquidação. O valor total do RP foi 
de R$ 981.050.273,00, sendo o RP não processados foi de R$ 618.354.515,00. 
i) O detalhamento dos “recursos de exercícios anteriores” utilizados para 
financiar as despesas orçamentárias do exercício corrente, destacando-se os 
recursos vinculados ao RPPS e outros com destinação vinculada - Consta (pg. 
50) – RPPS - Regime Próprio de Previdência Social e segundo o MCASP (2018, p. 
335), na seção 4.2.3 - Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores – RAEA – RPP 
“Os recursos do RPPS acumulados ao longo do tempo para pagamento de benefícios 
previdenciários formarão um superávit financeiro que será utilizado quando as receitas 
orçamentárias do exercício não forem suficientes para cobrir todos os benefícios 
devidos nos anos. [...] Ao se verificar a utilização desses recursos, os Balanços 
Orçamentários, tanto do ente quanto do RPPS, devem ser acompanhados de notas 
explicativas esclarecendo este fato.” No quadro das despesas orçamentárias (p. 50), 
verificamos que não foram orçadosvalores de reservas de RPPS, sendo seu 
orçamento inicial, orçamento atualizado e saldo ao final do exercício nulos. 
j) Conciliação com os valores dos fluxos de caixa líquidos das atividades 
operacionais, de investimento e de financiamento, apresentados na 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Consta (pg. 107-108) – A Demonstração do 
Fluxo de Caixa apresenta as entradas e saídas no caixa. Nota 2.8 - Notas à 
Demonstração dos Fluxos de Caixa o quadro é separado em - Operacionais, 
Investimentos e Financiamentos. Dado ao grande número de contas disponíveis em 
 10 
cada um dos tipos, irei conciliar alguns valores da DFC (pg. 107) x Quadro de Receitas 
e Despesas Orçamentárias (exercício 2018) (pg. 46 – 50) 
CONTA DFC Receitas e Despesas Orçamentárias 
ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Transferências Correntes 
Recebidas 
R$ 12.249.285.029,99 
(Ingresso) 
R$ 12.249.285.029,99 
(Receita Realizada) 
Juros e Encargos da Dívida R$ 765.074.271,00 (Desembolso) 
R$ 765.074.271,00 
(Despesa Paga) 
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 
Alienação de Bens R$ 33.620.366,00 (Ingresso) 
R$ 33.620.366,00 
(Receita Realizada) 
Amortização de Empréstimos e 
Financiamentos Concedidos 
R$ 156.550.638,00 
(Ingresso) 
156.550.638,47 
(Receita Realizada) 
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 
Transferências de Capital 
Recebidas 
R$ 546.230.189,00 
(Ingresso) 
R$ 546.230.189,00 
(Receita Realizada) 
Amortização / Refinanciamento 
de Dívidas 
R$ 776.975.690,00 
(Desembolso) 
R$ 776.975.690,00 
(Despesa Paga) 
 
Balanço Patrimonial 
a) Créditos a Curto Prazo e a Longo Prazo - Consta (pg. 59) – A Nota 2 – Créditos 
(Curto e Longo Prazo) apresentam 2 quadros: Créditos de Curto Prazo - Créditos 
Tributários a Receber; Clientes; Créditos de Transferências a Receber; Empréstimos 
e Financiamentos Concedidos. Créditos a Longo Prazo - Créditos Tributários a 
Receber, Empréstimos e Financiamentos Concedidos; Dívida Ativa Tributária; 
Pagamentos da Dívida Ativa a apropriar; Dívida Ativa Não Tributária – Clientes e (-) 
Ajustes de Perdas. Pg. 59-68, Nota 2 - Créditos Tributário a Receber - utilizando o 
regime de competência, quando de curto prazo, reconhece as taxas arrecadadas pelo 
Tribunal de Justiça em R$ 2.538.718,81, enquanto que os de Longo Prazo mostram 
o parcelamento do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) sob a 
gestão da Secretaria da Fazenda – SEFAZ e da Diretoria da Arrecadação, Crédito 
Tributário e Controle – DARC. 
b) Imobilizado - Consta (pg. 74) – Na nota 11: Imobilizado são ativos que tem como 
objeto os bens móveis (Sistema de Administração Geral, Sistema de Comunicação, 
Sistema de Segurança, Sistema de Transporte, etc.) e os bens imóveis (edificações, 
terrenos, obras em andamento) designados a manutenção das atividades da 
entidade. Seus registros contábeis são feitos através do FIPLAN (Sistema Integrado 
de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia) de acordo com a 
 11 
Orientação Técnica SEFAZ nº 033/2013. No caso dos bens imóveis, anteriormente 
aos registros feitos no FIPLAN, são produzidos relatórios contábeis feitos no SIMOV 
– Sistema de Controle de Bens Imóveis, que são primordiais na Diretoria de 
Administração dos Bens Imóveis e tem a finalidade de demonstrar a situação contábil 
e financeira, quantitativa e qualitativamente ao término do exercício. 
c) Intangível - Consta (pg. 79) - Nota 12: Ativo Intangível é um bem não corpóreo, 
não tem corpo físico, não se pode vê-lo nem tocá-lo. Pg. 79 quadro Ativo Intangível / 
Amortizações lista os ativos intangíveis: Softwares; Marcas e Patentes Industriais; 
Direitos sobre Recursos Minerais; Pesquisa e Desenvolvimento. 
d) Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo e a 
Longo Prazo - Consta (pg. 80-83) – A Nota 13 – Passivos inicia com um tópico sobre 
as obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais, que tratam das obrigações 
de remuneração e benefícios, que o empregador tem em relação aos seus 
empregados. No primeiro quadro apresentado podemos ver as contas: Pessoal a 
Pagar do Exercício; Pessoal a Pagar de Exercício Anteriores; Precatório de Pessoal; 
Pessoal a Pagar Provisionado; Benefícios Previdenciários a Pagar; Benefícios 
Assistenciais a Pagar e Encargos Sociais a Pagar. Também são levantados dados em 
quadros específicos sobre o Precatório de Pessoal Circulante e Não-Circulante 
(precatórios são dívidas que os entes públicos tem com terceiros decorrentes de ação 
judicial ganha contra o governo federal); Benefícios Previdenciários a Pagar 
(obrigações pertencentes a aposentadoria, reformas e pensões) e Encargos Sociais 
a Pagar (FGTS, INSS, PIS PASEP, etc.) 
e) Provisões a Curto Prazo e a Longo Prazo, segregando as provisões para 
benefícios a empregados dos demais itens - Consta (pg. 94) – Nota 19 - Provisões 
apontam os passivos contingentes; obrigações presentes que podem ou não 
acontecer. Simulam uma reserva financeira para cobrir situações esperadas ou 
inesperadas em um período futuro. O quadro de Provisões inclui riscos trabalhistas, 
riscos cíveis; provisões Matemáticas Previdenciárias e outras provisões têm valores 
calculados em cima de probabilidades de ocorrência - provável de acordo com 
classificação da PGE (Procuradoria Geral do Estado) ou possível conforme o item 
10.3 do MCASP. 
 12 
f) Componentes do patrimônio líquido, segregando o capital integralizado, 
resultados acumulados e quaisquer reservas - Consta (pg. 98) – A Nota 2.5.2. 
Patrimônio Líquido – está dividida em: Nota 20 - Patrimônio e Capital Social R$ 
703.637.411,14 advindo do FUNDESE (Fundo de Desenvolvimento Econômico e 
Social do Estado da Bahia); Nota 21 – Reserva de Lucros R$ 472.557.750,70 e que 
assim como a conta da Nota 20, contém valores que originalmente pertenciam a conta 
de Superávit ou Déficit e foram transferidos pelo FUNDESE; Nota 22 – Resultados 
Acumulados (saldos obtidos no decorrer do exercício) total em 2018 superavitário de 
R$ 37.675.933.150,68 resultante da equação VPA (variações aumentativas) – VPD 
(variações diminutivas) e Nota 23 – Ajustes de Exercícios Anteriores (erros / correções 
de dados e informações contábeis de períodos anteriores mas que precisam ser 
ajustados na primeira elaboração das demonstrações após autorização). O quadro 
apresentado nas pgs. 98 e 99 - Principais Movimentações de Ajustes de Exercícios 
Anteriores, podemos citar o DETRAN e a SEFAZ como órgãos que tiveram valores 
corrigidos no exercício 2018. 
g) Políticas contábeis relevantes que tenham reflexos no patrimônio como as 
politicas de depreciação, amortização e exaustão - Consta (pg. 74 - 79) – 
Depreciação, Amortização e Exaustão é a perda de valor do ativo no tempo. A 
depreciação afeta os bens materiais, a amortização os imateriais e financeiros e a 
exaustão os recursos naturais esgotáveis (ex.: bosques e florestas) que sofrem 
exploração. Nota 11 – Imobilizado - bens móveis e imóveis sofrem depreciação, 
calculados pelo método Linear (o valor da depreciação se mantêm igual a cada ano). 
Na pg. 77 os quadros de depreciação dos bens móveis e imóveis - bens Móveis e 
Utensílios, previsão de vida útil de 10 anos e sofrem depreciação de 10% a.a. Nota 
12 – Ativo Intangível – sofrem amortização acumulada (total das amortizações até o 
momento) – marcas, direitos e patentes, calculado também no método linear, no total 
de R$ 10.061.898,37, sendo relativos à exaustão das reservas da CBPM (Companhia 
Baiana de Pesquisa Mineral). 
4. CONCLUSÃO 
Podemos perceber que diversos itens de Notas Explicativas foram abordados pelo 
documento oficial do Balanço Geral do Estado da Bahia para o exercício de 2018, 
inclusive todos aqueles classificados como “principais” pelo MCASP. Aprendemos 
também que o resultado final do exercício, previamente prevista pelo LOA apresentou 
 13 
saldo negativo, ou seja, o resultado orçamentário (gasto total – receita total) foi 
deficitário, gastando-se mais do que foi arrecadado.Uma das maiores desvantagens 
deste cenário é a alta da inflação (aumento dos preços) decorrente do aumento da 
disponibilidade de dinheiro circulando, solicitado pelo governo, dentro do país que 
pode retardar e dificultar o crescimento econômico. 
5. REFERÊNCIAS 
BAHIA (Estado). Demonstrações Contábeis Consolidadas do Estado – Exercício 
2018. Salvador: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, 2019. p. 36 – 108. 
Disponível em: < https:// www.sefaz.ba.gov.br/administracao/ >. Acesso em 19 nov 
2022 
BRASIL. Lei Federal nº 4320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de 
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balancos da União, 
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em: < https://www. 
planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm >. Acesso em 22 nov 2022 
CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO, Unidade IV. Material da 
disciplina fornecido na plataforma virtual UVA. 
REIS, T. Notas explicativas: o que são essas informações contábeis das 
empresas. Suno Artigos, 2018. Disponível em: < https://www.suno.com.br/artigos/ 
notas-explicativas/ >. Acesso em 22 nov 2022 
_______. Resolução CFC nº 1.133/08. Aprova a NBC T 16.6 – Demonstrações 
Contábeis. Brasília, 21 de novembro de 2008. Disponível em: < http://www.fazenda. 
mg.gov.br/governo/contadoria_geral/ >. Acesso em 22 nov 2022 
STN. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), publicado 
pela MCASP, 2021, 9. ed. Disponível em: < https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/>. 
Acesso em 18 nov 2022 
ZORRO, C. Coluna Futuros Fiscal: Princípios existem (Norma Brasileira de 
Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual. Gran Cursos Online, 2017. 
Disponível em: < https://blog.grancursosonline.com.br/coluna-futuro-fiscal >. Acesso 
em 20 nov 2022

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