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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA (20193300436) AVA 2 – CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO NOTAS EXPLICATICAS MCASP x Balanço Geral do Estado da Bahia 2018 RIO DE JANEIRO - RJ 25 NOV 2022 2 ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA (20193300436) AVA 2 – CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO NOTAS EXPLICATICAS MCASP x Balanço Geral do Estado da Bahia 2018 Trabalho da disciplina de Contabilidade Pública e Orçamento Público, apresentado como requisito para obtenção de nota da Avaliação 2 do curso de graduação de Ciências Contábeis à Universidade Veiga de Almeida (UVA). Orientadora: Marizane dos Santos Brito RIO DE JANEIRO - RJ 25 NOV 2022 3 SUMÁRIO 1. Enunciado ............................................................................................................. 4 2. Elaboração do TD ................................................................................................. 4 2.1 Introdução ............................................................................................................ 4 2.2 Notas Explicativas ................................................................................................ 5 3. Desenvolvimento .................................................................................................. 6 Balanço Orçamentário ................................................................................................ 6 Balanço Patrimonial .................................................................................................. 10 4. Conclusão .......................................................................................................... 12 5. Referências ........................................................................................................ 13 4 1. Enunciado As notas explicativas compõe o conjunto de demonstrativos que devem ser apresentados no setor público. As informações nelas contidas devem trazer mais clareza e entendimento a respeito dos valores apresentados nas DCASP. Diante da importância das notas explicativas ao conjunto das demonstrações contábeis do setor público, pede-se que, de posse das informações apresentadas no MCASP como indispensáveis para a composição das notas, se analisem as notas explicativas das demonstrações contábeis apresentadas no Balanço geral do estado 2018. Esse trabalho deverá ser realizado com as informações que estão disponíveis no MCASP, na Part V. Ao tratar de cada demonstrativo, o MCASP descreve um tópico específico sobre as NEs, elencando quais informações mínimas devem ser apresentadas. O aluno deve fazer uma espécie de checklist do que deve constar e do que realmente consta nas NEs do balanço geral do estado no exercício de 2018. Não apenas dizer se consta ou não, mas qualificar a informação que está ali apresentada, sugerindo, inclusive, novas formas de abordagem e/ou apresentação dos tópicos. Esse comparativo devera ser realizado apenas para as NEs ao balanço orçamentário e ao balanço patrimonial. 2. Elaboração do TD 2.1 INTRODUÇÃO O objetivo da contabilidade é analisar e controlar o patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades e fornecer informações úteis para seus usuários, auxiliando-os em suas tomadas de decisão. A contabilidade aplicada ao setor público, não atua de forma muito diferente, porém seu trabalho não visa o lucro mas tem como foco melhorar a gestão do patrimônio público e a elaboração adequada do orçamento público (LOA – Lei Orçamentária Anual 4.320/1964) e objetivo principal é prestar serviços para a sociedade focado no bem social. É voltado para as entidades do 1º setor, representado pelo Estado (administração pública), seus entes federativos - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios - e outros órgãos públicos e instituições federais como prefeituras, autarquias, fundações públicas, entre outros. Em ambas contabilidades, privada e pública, os documentos oficiais, exigidos por lei, elaborados com o intuito de apresentar a situação patrimonial, econômica, financeira e orçamentária – no caso do setor público – são as demonstrações contábeis, que, de forma detalhada e padronizada (principalmente após convergência às normas 5 internacionais de contabilidade), reúne todos os registros contábeis referente àquela empresa ou organização, durante o exercício que está sendo analisado. A LOA, e suas posteriores alterações: STN nº 438/2012; NBC T 16.6 e Lei complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF) - apresentam as DCASP, que são as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. São elas: • Balanço Orçamentário • Balanço Financeiro • Balanço Patrimonial • Demonstração das Variações Patrimoniais • Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • Notas Explicativas Para aprofundarmos nosso conhecimento sobre as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, principalmente à respeito das Notas Explicativas, que é o foco desta atividade, iremos nos utilizar como guia o MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) o MCASP já está em sua 9º Edição (porém utilizaremos a 8ª edição) e é dividido em (cinco) V Partes, sendo a quinta sobre as demonstrações contábeis que é o nosso objeto de estudo. Com quase 500 páginas, ele fornece informações detalhadas sobre os principais conceitos contábeis e suas particularidades quando aplicado às entidades do 1º setor. O MCASP tem o principal objetivo de “ [...] colaborar com o processo de elaboração e execução do orçamento, além de contribuir para resgatar o objeto da contabilidade como ciência, que é o patrimônio. Com isso, a contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais, sob os enfoques orçamentário e patrimonial [...].” (TESOURO NACIONAL TRANSPARENTE, 2018). 2.2 Notas Explicativas As Notas Explicativas (NEs) são informações complementares à respeito dos valores apresentados nas demonstrações contábeis. Elas auxiliam os usuários a terem uma melhor compreensão dos dados analisados. Apesar de atualmente entendermos sua importância, foi somente em 2008, com o intuito da convergência aos padrões internacionais de contabilidade, que o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), emitiu a NBC T 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, 6 tornado sua apresentação obrigatória por lei. A Resolução CFC Nº 1.133/08 que aprova a NBC T 16.6 (R1) – Demonstrações Contábeis descreve as seguintes definições em seus parágrafos: Parágrafo 39 – As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Parágrafo 40 – As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes, complementares ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis. Parágrafo 41 – As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis, as informações de naturezas patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física, social e de desempenho e outros eventos não suficientemente evidenciados ou não constantes nas referidas demonstrações. Posteriormente, já em 2016, entrando em vigor em 2017, foi emitida a NBC TSP Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de informação contábil de propósito geral pelas Entidades do Setor Público. Ela serve como base para a elaboração das outras normas relevantes ao setor público e explica que as notas explicativas devem ser apresentadas de forma ordenada e sistemática,descrendo resumidamente as principais políticas contábeis utilizadas (princípios, normas, convenções, etc.) e individualizada pois irá variar de acordo com o item e a demonstração contábil analisada. 3. DESENVOLVIMENTO Comparação entre: Itens Obrigatórios nas Notas Explicativas segundo o MCASP Parte V (em negrito) x Balanço Geral do Estado da Bahia de 2018 (sem negrito) Balanço Orçamentário a) Regime Orçamentário e o critério de classificação no orçamento aprovado - Consta (pg. 36, 39) – As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, foram elaboradas com base nas práticas contábeis aplicadas ao setor público, alicerçada na Lei 4.320/64 e suas alterações da Portaria STN 438/12 e da Lei Complementar nº 101/2000, e pelo aspecto orçamentário utiliza-se o regime misto: regime de caixa para as receitas (reconhecidas na arrecadação) e regime de competência para as despesas (reconhecidas no empenho). O orçamento para 2018 foi aprovado com base no LOA nº 13.833/2018, estimando a receita e fixando a despesa de R$ 45.254.018.341,00. A escrituração contábil é feita através do Sistema 7 Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado – FIPLAN, que tem como base as NBC TSP e no PCASP (Plano de Contas Aplicado ao Setor Público). b) Período a que se refere o orçamento - Consta (pg. 36) – O Balanço Orçamentário do Estado da Bahia apresenta as receitas e as despesas previstas e realizadas durante o exercício de 2018. c) Entidades Abrangidas - Consta (pg. 37) – São diversas as entidades envolvidas na administração pública deste orçamento. O Estado da Bahia e órgãos pertencentes aos 3 poderes: Poder Legislativo (ex.: assembleia geral); Poder judiciário (ex.: tribunal de justiça) e Poder Exercutivo (ex.: secretarias / fundações / autarquias como o DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito). Além do Ministério Público e a Defensoria Pública. d) Detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevante - Consta (pg. 53) – Nota 4 – Execução Orçamentária Intra OFSS (Orçamento Fiscal e da Seguridade Social – OFSS). As receitas intraorçamentárias das entidades pertencentes ao OFSS são aquelas que resultam de despesas de órgãos também pertencentes deste mesmo grupo, ex.: UNEB (Universidade do Estado da Bahia); HEMOBA (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia) e INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos). O valor total das receitas intra-orçamnetárias, segundo a tabela da pg. 53, é de R$ 3.074.845.466,00. Já as despesas intra- orçamentárias, que obedecem aos mesmos conceitos das receitas, aparecem no quadro seguinte, agrupada por poder, sendo o total de R$ 3.081.200.914,00. e) Detalhamento das despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial e extraordinário) - Consta (pg. 51 - 52) –De acordo com a Lei nº 4.320/64, Título V – Dos créditos adicionais: Art. 40 – São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento. Art. 41 – Os créditos adicionais classificam-se em: I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária especifica III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública Art. 42 – Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo 8 Art. 43 – A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa Nota 3: Os créditos adicionais resultam de: 1.Superávit Financeiro R$ 2.981.993.477; 2.Excesso de Arrecadação R$ 2.400.791.552,00 (quando o Estado arrecada mais do que foi inicialmente previsto no mês); 3.Excesso de Convênios R$ 418.206.844,00 e 4.Operações de Crédito R$ 55.855.722,00. Participações percentuais 1. 50,9%; 2. 41,0%; 3. 7,1% e 4. 1,0%. A demonstração dos recursos provenientes de excesso de arrecadação de acordo com o poder apresentou o Poder Executivo com o maior valor R$ 2.345.662.787,00 e o Legislativo o menor R$ 2.000.000,00. f) Utilização do superávit financeiro e da reabertura de créditos especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado orçamentário - Consta (pg. 51 - 52) – Os créditos adicionais calculado foi de R$ 19.278.120.599,00. sendo somente R$ 5.856.847.596,00 que provocaram real diferença entre o valor do orçado inicialmente e o atual. Superávit Financeiro é a sobra de recursos dos exercícios anteriores; é o resultado positivo do confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro apurado no BP do exercício anterior. Para 2018, o superávit foi de R$ 2.981.993.447,00. Sendo: R$ 2.540.756.389,00 de recursos do Tesouro e R$ 441.237.088 advindos de outras fontes. g) Atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas antes e após a data de publicação da LOA, que compõe a coluna Previsão Inicial da receita orçamentária - Consta (pg. 46 - 49) – Quadro das Receitas - 1.Receitas Correntes (tributária, de contribuições, patrimonial) 2.Receitas de Capital (operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos) 3.Operações de Crédito / Refinanciamento (operações de crédito internas e externas). A maioria das receitas previstas, e suas atualizações, apresentaram alteração razoável para mais e para menos em comparação ao realizado, ex.: orçamento inicial da Receita Corrente R$ 39.032.198.110,00, atualizado 41.404.568.595,00, realizado R$ 41.419.980.106,00, saldo R$ 15.411.511,00. O subtotal das receitas orçamentárias, deu saldo final (negativo) - R$ 1.708.926.844,00. Nota 1: Resultado Orçamentário, p. 51, tabela comparativa dos resultados de 2017 e 2018, onde 2018 apresentou déficit de - R$ 914.239.644,00, pois a receita realizada foi de R$ 42.802.509.221,00 e a despesa empenhada totalizou R$ 43.716.748.865,00. As despesas apresentaram maiores 9 alterações, nota 2 – Alterações no Orçamento, p. 51 - Alterações na LOA tem orçamento inicial Despesa Corrente - gastos com pessoal e encargos / juros e encargos e outras despesas - R$ 39.725.045.928 e o atual R$ 43.871.445.306,00 excedendo em R$ 4.146.399.378,00. As Despesas de Capital (investimentos, inversão financeira e amortização da dívida) tinham previsão R$ 4.821.672.413,00 e ficou R$ 6.566.770.630,00 alterando em R$ 1.745.098.218,00. h) Procedimento adotado em relação aos restos a pagar não processados liquidados, ou seja, se o ente transfere o saldo ao final do exercício para restos a pagar processado ou se mantém o controle dos restos a pagar não processados liquidados separadamente - Consta (pg. 55 - 56) – Restos a Pagar são despesas empenhadas e não pagas até 31/12. RP não processados liquidados, a liquidar ou em liquidação ainda está pendente de liquidação. O valor total do RP foi de R$ 981.050.273,00, sendo o RP não processados foi de R$ 618.354.515,00. i) O detalhamento dos “recursos de exercícios anteriores” utilizados para financiar as despesas orçamentárias do exercício corrente, destacando-se os recursos vinculados ao RPPS e outros com destinação vinculada - Consta (pg. 50) – RPPS - Regime Próprio de Previdência Social e segundo o MCASP (2018, p. 335), na seção 4.2.3 - Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores – RAEA – RPP “Os recursos do RPPS acumulados ao longo do tempo para pagamento de benefícios previdenciários formarão um superávit financeiro que será utilizado quando as receitas orçamentárias do exercício não forem suficientes para cobrir todos os benefícios devidos nos anos. [...] Ao se verificar a utilização desses recursos, os Balanços Orçamentários, tanto do ente quanto do RPPS, devem ser acompanhados de notas explicativas esclarecendo este fato.” No quadro das despesas orçamentárias (p. 50), verificamos que não foram orçadosvalores de reservas de RPPS, sendo seu orçamento inicial, orçamento atualizado e saldo ao final do exercício nulos. j) Conciliação com os valores dos fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, de investimento e de financiamento, apresentados na Demonstração dos Fluxos de Caixa - Consta (pg. 107-108) – A Demonstração do Fluxo de Caixa apresenta as entradas e saídas no caixa. Nota 2.8 - Notas à Demonstração dos Fluxos de Caixa o quadro é separado em - Operacionais, Investimentos e Financiamentos. Dado ao grande número de contas disponíveis em 10 cada um dos tipos, irei conciliar alguns valores da DFC (pg. 107) x Quadro de Receitas e Despesas Orçamentárias (exercício 2018) (pg. 46 – 50) CONTA DFC Receitas e Despesas Orçamentárias ATIVIDADES OPERACIONAIS Transferências Correntes Recebidas R$ 12.249.285.029,99 (Ingresso) R$ 12.249.285.029,99 (Receita Realizada) Juros e Encargos da Dívida R$ 765.074.271,00 (Desembolso) R$ 765.074.271,00 (Despesa Paga) ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Alienação de Bens R$ 33.620.366,00 (Ingresso) R$ 33.620.366,00 (Receita Realizada) Amortização de Empréstimos e Financiamentos Concedidos R$ 156.550.638,00 (Ingresso) 156.550.638,47 (Receita Realizada) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Transferências de Capital Recebidas R$ 546.230.189,00 (Ingresso) R$ 546.230.189,00 (Receita Realizada) Amortização / Refinanciamento de Dívidas R$ 776.975.690,00 (Desembolso) R$ 776.975.690,00 (Despesa Paga) Balanço Patrimonial a) Créditos a Curto Prazo e a Longo Prazo - Consta (pg. 59) – A Nota 2 – Créditos (Curto e Longo Prazo) apresentam 2 quadros: Créditos de Curto Prazo - Créditos Tributários a Receber; Clientes; Créditos de Transferências a Receber; Empréstimos e Financiamentos Concedidos. Créditos a Longo Prazo - Créditos Tributários a Receber, Empréstimos e Financiamentos Concedidos; Dívida Ativa Tributária; Pagamentos da Dívida Ativa a apropriar; Dívida Ativa Não Tributária – Clientes e (-) Ajustes de Perdas. Pg. 59-68, Nota 2 - Créditos Tributário a Receber - utilizando o regime de competência, quando de curto prazo, reconhece as taxas arrecadadas pelo Tribunal de Justiça em R$ 2.538.718,81, enquanto que os de Longo Prazo mostram o parcelamento do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) sob a gestão da Secretaria da Fazenda – SEFAZ e da Diretoria da Arrecadação, Crédito Tributário e Controle – DARC. b) Imobilizado - Consta (pg. 74) – Na nota 11: Imobilizado são ativos que tem como objeto os bens móveis (Sistema de Administração Geral, Sistema de Comunicação, Sistema de Segurança, Sistema de Transporte, etc.) e os bens imóveis (edificações, terrenos, obras em andamento) designados a manutenção das atividades da entidade. Seus registros contábeis são feitos através do FIPLAN (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia) de acordo com a 11 Orientação Técnica SEFAZ nº 033/2013. No caso dos bens imóveis, anteriormente aos registros feitos no FIPLAN, são produzidos relatórios contábeis feitos no SIMOV – Sistema de Controle de Bens Imóveis, que são primordiais na Diretoria de Administração dos Bens Imóveis e tem a finalidade de demonstrar a situação contábil e financeira, quantitativa e qualitativamente ao término do exercício. c) Intangível - Consta (pg. 79) - Nota 12: Ativo Intangível é um bem não corpóreo, não tem corpo físico, não se pode vê-lo nem tocá-lo. Pg. 79 quadro Ativo Intangível / Amortizações lista os ativos intangíveis: Softwares; Marcas e Patentes Industriais; Direitos sobre Recursos Minerais; Pesquisa e Desenvolvimento. d) Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo e a Longo Prazo - Consta (pg. 80-83) – A Nota 13 – Passivos inicia com um tópico sobre as obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais, que tratam das obrigações de remuneração e benefícios, que o empregador tem em relação aos seus empregados. No primeiro quadro apresentado podemos ver as contas: Pessoal a Pagar do Exercício; Pessoal a Pagar de Exercício Anteriores; Precatório de Pessoal; Pessoal a Pagar Provisionado; Benefícios Previdenciários a Pagar; Benefícios Assistenciais a Pagar e Encargos Sociais a Pagar. Também são levantados dados em quadros específicos sobre o Precatório de Pessoal Circulante e Não-Circulante (precatórios são dívidas que os entes públicos tem com terceiros decorrentes de ação judicial ganha contra o governo federal); Benefícios Previdenciários a Pagar (obrigações pertencentes a aposentadoria, reformas e pensões) e Encargos Sociais a Pagar (FGTS, INSS, PIS PASEP, etc.) e) Provisões a Curto Prazo e a Longo Prazo, segregando as provisões para benefícios a empregados dos demais itens - Consta (pg. 94) – Nota 19 - Provisões apontam os passivos contingentes; obrigações presentes que podem ou não acontecer. Simulam uma reserva financeira para cobrir situações esperadas ou inesperadas em um período futuro. O quadro de Provisões inclui riscos trabalhistas, riscos cíveis; provisões Matemáticas Previdenciárias e outras provisões têm valores calculados em cima de probabilidades de ocorrência - provável de acordo com classificação da PGE (Procuradoria Geral do Estado) ou possível conforme o item 10.3 do MCASP. 12 f) Componentes do patrimônio líquido, segregando o capital integralizado, resultados acumulados e quaisquer reservas - Consta (pg. 98) – A Nota 2.5.2. Patrimônio Líquido – está dividida em: Nota 20 - Patrimônio e Capital Social R$ 703.637.411,14 advindo do FUNDESE (Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado da Bahia); Nota 21 – Reserva de Lucros R$ 472.557.750,70 e que assim como a conta da Nota 20, contém valores que originalmente pertenciam a conta de Superávit ou Déficit e foram transferidos pelo FUNDESE; Nota 22 – Resultados Acumulados (saldos obtidos no decorrer do exercício) total em 2018 superavitário de R$ 37.675.933.150,68 resultante da equação VPA (variações aumentativas) – VPD (variações diminutivas) e Nota 23 – Ajustes de Exercícios Anteriores (erros / correções de dados e informações contábeis de períodos anteriores mas que precisam ser ajustados na primeira elaboração das demonstrações após autorização). O quadro apresentado nas pgs. 98 e 99 - Principais Movimentações de Ajustes de Exercícios Anteriores, podemos citar o DETRAN e a SEFAZ como órgãos que tiveram valores corrigidos no exercício 2018. g) Políticas contábeis relevantes que tenham reflexos no patrimônio como as politicas de depreciação, amortização e exaustão - Consta (pg. 74 - 79) – Depreciação, Amortização e Exaustão é a perda de valor do ativo no tempo. A depreciação afeta os bens materiais, a amortização os imateriais e financeiros e a exaustão os recursos naturais esgotáveis (ex.: bosques e florestas) que sofrem exploração. Nota 11 – Imobilizado - bens móveis e imóveis sofrem depreciação, calculados pelo método Linear (o valor da depreciação se mantêm igual a cada ano). Na pg. 77 os quadros de depreciação dos bens móveis e imóveis - bens Móveis e Utensílios, previsão de vida útil de 10 anos e sofrem depreciação de 10% a.a. Nota 12 – Ativo Intangível – sofrem amortização acumulada (total das amortizações até o momento) – marcas, direitos e patentes, calculado também no método linear, no total de R$ 10.061.898,37, sendo relativos à exaustão das reservas da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral). 4. CONCLUSÃO Podemos perceber que diversos itens de Notas Explicativas foram abordados pelo documento oficial do Balanço Geral do Estado da Bahia para o exercício de 2018, inclusive todos aqueles classificados como “principais” pelo MCASP. Aprendemos também que o resultado final do exercício, previamente prevista pelo LOA apresentou 13 saldo negativo, ou seja, o resultado orçamentário (gasto total – receita total) foi deficitário, gastando-se mais do que foi arrecadado.Uma das maiores desvantagens deste cenário é a alta da inflação (aumento dos preços) decorrente do aumento da disponibilidade de dinheiro circulando, solicitado pelo governo, dentro do país que pode retardar e dificultar o crescimento econômico. 5. REFERÊNCIAS BAHIA (Estado). Demonstrações Contábeis Consolidadas do Estado – Exercício 2018. Salvador: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, 2019. p. 36 – 108. Disponível em: < https:// www.sefaz.ba.gov.br/administracao/ >. Acesso em 19 nov 2022 BRASIL. Lei Federal nº 4320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balancos da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em: < https://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm >. Acesso em 22 nov 2022 CONTABILIDADE PÚBLICA E ORÇAMENTO PÚBLICO, Unidade IV. Material da disciplina fornecido na plataforma virtual UVA. REIS, T. Notas explicativas: o que são essas informações contábeis das empresas. Suno Artigos, 2018. Disponível em: < https://www.suno.com.br/artigos/ notas-explicativas/ >. Acesso em 22 nov 2022 _______. Resolução CFC nº 1.133/08. Aprova a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis. Brasília, 21 de novembro de 2008. Disponível em: < http://www.fazenda. mg.gov.br/governo/contadoria_geral/ >. Acesso em 22 nov 2022 STN. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), publicado pela MCASP, 2021, 9. ed. Disponível em: < https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/>. Acesso em 18 nov 2022 ZORRO, C. Coluna Futuros Fiscal: Princípios existem (Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual. Gran Cursos Online, 2017. Disponível em: < https://blog.grancursosonline.com.br/coluna-futuro-fiscal >. Acesso em 20 nov 2022
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