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Aula 6 - DCASP - Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Parte 1

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Disciplina: Contabilidade Pública
Aula 6: Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor
Público (DCASP) – Parte I
Apresentação
De uma forma geral, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público tem como objetivo fornecer aos seus usuários informações
sobre os resultados alcançados pela gestão patrimonial, orçamentária, econômica e �nanceira das entidades do setor
público, o que é feito por meio de relatórios denominados Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP).
Conhecer as DCASP é fundamental para a avaliação da gestão patrimonial, orçamentária, econômica e �nanceira das
entidades do Setor Público, na medida em que os principais objetivos dessas demonstrações são subsidiar o processo de
tomada de decisão, a adequada prestação de contas, a transparência da gestão �scal e o controle da sociedade sobre a
gestão pública.
Objetivos
Descrever o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP);
Reconhecer o PCASP como mecanismo de padronização dos registos contábeis e instrumento para elaboração e
consolidação das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP).
“Norma das normas”
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informações Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor
Público, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução nº 2016/NBCTSPEC
<//www.fazenda.mg.gov.br/governo/contadoria_geral/legislacao/tipolegisl/nbctspec.pdf> , de 23 de setembro de 2016, funciona
como uma espécie de “norma das normas”.
Ela estabelece os conceitos que devem ser aplicados no desenvolvimento das demais Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) e na elaboração e divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do
Setor Público (RCPG).
Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor
Público
Os RCPG postulam uma visão mais ampla do alcance e da utilização das informações contábeis e abarcam, além das
Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP), outras informações complementares, procurando atender às
necessidades dos diferentes usuários das informações contábeis.
Esses usuários precisam de informações que permitam avaliar algumas questões:
• Se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira e�ciente e e�caz;
• Quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros e até que ponto há restrições ou condições para a utilização
desses recursos;
• A extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em períodos futuros para pagar por serviços correntes,
tem mudado;
• Se a capacidade da entidade para prestar serviços melhorou ou piorou em comparação a exercícios anteriores.
 Fonte: Shutterstock
http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/contadoria_geral/legislacao/tipolegisl/nbctspec.pdf
Demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis retratam os efeitos �nanceiros e
não �nanceiros das transações e outros eventos ao agrupá-los
em classes amplas que compartilham características
econômicas comuns.

Essas classes amplas são denominadas elementos das
demonstrações contábeis e correspondem às estruturas
básicas a partir das quais as demonstrações contábeis são
elaboradas.

Essas estruturas fornecem um ponto inicial para reconhecer,
classi�car e agregar dados e atividades econômicas de
maneira a fornecer aos usuários informação que satisfaça aos
objetivos e atinja as características qualitativas da informação
contábil.
 Fonte: (NBCTSPEC, item 5.1, 2016).
As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) são relatórios elaborados pelas entidades públicas com base:
• Na Lei nº 4.320/1964 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm> ;
• No Decreto-Lei nº 200/1967 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm> ;
• No Decreto nº 93.872/1986 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D93872.htm> ;
• Na Lei Complementar nº 101/2000 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm> ;
• Na Lei nº 10.180/2001 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10180.htm> ;
• Nas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) <//portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Setor_P%C3%BAblico.pdf> ;
• No Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP)
<//www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/MCASP+7%C2%AA%20edi%C3%A7%C3%A3o+Vers%C3%A3o+Final.pdf/6e874adb-
44d7-490c-8967-b0acd3923f6d> ; e
• No Manual do Sistema Integrado de Administração Financeira <//manualsia�.tesouro.fazenda.gov.br> .
As demonstrações contábeis são elaboradas a partir de informações extraídas do SIAFI.
Papel das demonstrações contábeis
Na área pública, as demonstrações contábeis têm papel fundamental, na medida em que permitem, em relação às entidades
públicas:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D93872.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10180.htm
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Setor_P%C3%BAblico.pdf
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/MCASP+7%C2%AA%20edi%C3%A7%C3%A3o+Vers%C3%A3o+Final.pdf/6e874adb-44d7-490c-8967-b0acd3923f6d
http://manualsiafi.tesouro.fazenda.gov.br/
1 Evidenciar as situações orçamentária, �nanceira e patrimonial;
2 Evidenciar as variações patrimoniais;
3 Promover aaccountability ;1
1
Promover a transparência
da gestão das �nanças
públicas;
2 Subsidiar à tomada dedecisão;
3
Instrumentalizar o controle
social sobre as contas
públicas.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) de�niu demonstração contábil como: 

“A técnica contábil que evidencia, em período determinado, as informações sobre os
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e
física do patrimônio de entidades do setor público e suas mutações”.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
O art. 113 da Lei nº 4.320/1964, dentre outros aspectos, atribuiu competência ao Conselho Técnico de Economia e Finanças do
Ministério da Fazenda para atualizar os anexos à referida Lei.
Com a extinção deste Conselho, essa atribuição passou a ser exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por ser o órgão
central do Sistema de Contabilidade Federal, nos termos estabelecidos pelo inciso XXIV do art. 7º do Decreto nº 6.976/2009
<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6976.htm> :

Art. 7º Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal.... XXIV - exercer
as atribuições definidas pelo art. 113 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, a saber:
atender a consultas, coligir elementos, promover o intercâmbio de dados informativos,
expedir recomendações técnicas, quando solicitadas, e atualizar, sempre que julgar
conveniente, os anexos que integram aquela Lei.
Decreto nº 6.976/2009
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA273/aula6.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6976.htm
Atualização
Com base nesse dispositivo, as estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da Lei nº 4.320/1964 foram
atualizadas pela Portaria STN nº 438/2012.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO (DCASP) ANEXO DA LEI Nº 4.320/64
Balanço Orçamentário BO 12
Balanço Financeiro BF 13
Balanço Patrimonial BP 14
Demonstração das Variações Patrimoniais DVP 15
Demonstração dos Fluxos de Caixa DFC 18
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL 19
As alterações e inclusões nos anexos da Lei nº 4.320/1964 ocorreram em consonância com os novos padrões da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (CASP), de forma alinhada com o processo de convergência da Contabilidade Pública para padrões
internacionais, visando a suprir as necessidades de informações dos usuários, internos e externos.
A estrutura e as de�nições dos elementos que compõem as DCASP constam da Parte V da 8ª ediçãodo MCASP e devem ser
observadas pela União, pelos estados, pelos municípios e pelo Distrito Federal, de forma a permitir a análise e a consolidação das
contas públicas em âmbito nacional.
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao
Setor Público (DCASP)
As notas explicativas são consideradas parte integrante das DCASP para prestar informações adicionais com o objetivo de
facilitar a compreensão das demonstrações contábeis por parte dos seus diversos usuários, razão pela qual devem ser claras,
sintéticas e objetivas.
As notas explicativas englobam informações de qualquer natureza exigidas por lei, pelas normas contábeis e outras informações
relevantes, não su�cientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações.
Cada quadro ou item a que uma nota explicativa se aplique deve ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa.
Saiba mais
Segundo o MCASP, 8ª edição, a �m de facilitar a compreensão e a comparação das DCASP com as de outras entidades, sugere-se
que as notas explicativas sejam apresentadas em ordem. Leia o texto Ordem de apresentação das notas explicativas
<galeria/aula6/docs/Ordem.pdf> para saber mais.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA273/galeria/aula6/docs/Ordem.pdf
Balanço Orçamentário (BO)
Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usuários compararem a execução
orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto ao desempenho das entidades do setor público.
Tais informações instrumentalizam a prestação de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o
processo decisório relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes.
A elaboração de demonstrativo que apresenta e compara a execução do orçamento com o
orçamento previsto é o mecanismo normalmente utilizado para demonstrar a conformidade
com os requisitos legais relativos às �nanças públicas (NBCTSPEC, item 9, 2016).
O art. 102, da Lei nº 4.320/1964, estabelece que o Balanço Orçamentário deve demonstrar as receitas e despesas previstas em
confronto com as realizadas.
Composição do BO
O Balanço Orçamentário é composto por:
Clique nos botões para ver as informações.
Apresenta as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, classi�cadas por natureza.
Quadro Principal 
Contém informações referentes aos restos a pagar não processados inscritos até o exercício anterior e suas respectivas
fases de execução.
Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados 
Contém informações referentes aos restos a pagar processados inscritos até o exercício anterior nas respectivas fases de
execução. Deverão ser informados, também, os restos a pagar inscritos na condição de não processados que tenham sido
liquidados em exercício anterior. Ao �nal do exercício os saldos de restos a pagar não processados liquidados devem ser
transferidos para restos a pagar processados.
Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados 
Elementos das receitas e despesas
O Balanço Orçamentário deve apresentar as receitas e despesas com os seguintes elementos:
Receitas
Detalhadas por categoria econômica e origem,
especi�cando a previsão inicial, a previsão atualizada para
o exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde
ao excesso ou dé�cit de arrecadação. As receitas devem
ser informadas pelos valores líquidos das respectivas
deduções
Despesas
Detalhadas por categoria econômica e grupo de natureza
da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação
atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as
despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da
dotação. Adicionalmente, a classi�cação funcional
também deve ser utilizada complementarmente à
classi�cação por natureza.
Classes e grupos do PCASP
O Balanço Orçamentário é elaborado com a utilização das seguintes classes e grupos do Plano de Contas Aplicado ao Setor
Público (PCASP):
• Classe 5 (Orçamento Aprovado), Grupo 2 (Previsão da Receita e Fixação da Despesa);
• Classe 6 (Execução do Orçamento), Grupo 2 (Realização da Receita e Execução da Despesa).
Notas explicativas
O Balanço Orçamentário deve ser acompanhado de notas explicativas que divulguem, ao menos:
• O detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevante.
• O detalhamento das despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial e extraordinário).
• A utilização do superávit �nanceiro e da reabertura de créditos especiais e extraordinários, bem como suas in�uências no
resultado orçamentário.
• As atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas antes e após a data da publicação da LOA, que compõem a coluna
previsão inicial da receita orçamentária.
• O procedimento adotado em relação aos restos a pagar não processados liquidados.
• O detalhamento dos “recursos de exercícios anteriores” utilizados para �nanciar as despesas orçamentárias do exercício
corrente, destacando-se os recursos vinculados ao RPPS  e outros com destinação vinculada.2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA273/aula6.html
Particularidade do Balanço Orçamentário
Geralmente, no momento inicial da execução orçamentária existe equilíbrio entre a receita prevista e a dotação �xada.
No entanto, durante a execução do orçamento, se houver a utilização do superávit �nanceiro de exercícios anteriores para
abertura de créditos adicionais, ou a reabertura de créditos adicionais especiais ou extraordinários (autorizados até quatro meses
antes do encerramento do exercício anterior), o Balanço Orçamentário evidenciará uma situação de desequilíbrio entre a previsão
atualizada da receita e a dotação atualizada.
Mas porque ocorre essa situação de desequilíbrio?
Porque a utilização do superávit �nanceiro de exercícios
anteriores, como fonte de recursos para abertura de
créditos adicionais, não pode integrar a receita
orçamentária.
3 Pela reabertura de créditos adicionais porque esses
aumentam a dotação atualizada sem que seja necessária
nova arrecadação, pois essa já ocorreu.
Tanto o superávit �nanceiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais
especiais e extraordinários estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores,
do Balanço Orçamentário.
Para evidenciar de forma adequada a situação orçamentária e o equilíbrio entre a receita prevista e a despesa �xada, deve-se
somar os valores da linha Total e da linha Saldos de Exercícios Anteriores, constantes da coluna Previsão Atualizada, e confrontar
a soma obtida com o total da coluna Dotação Atualizada.

Recomenda-se a utilização de notas explicativas para esclarecimentos a respeito da
utilização do superávit financeiro e de reabertura de créditos especiais e extraordinários,
bem como suas influências no resultado orçamentário, de forma a possibilitar a correta
interpretação das informações.
(STN, 2017).
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA273/aula6.html
 Fonte: Unplash.com
Balanço Financeiro (BF)
O Balanço Financeiro é composto por um único quadro que evidencia a movimentação �nanceira, demonstrando:
1. A receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte/destinação de recurso, discriminando as
ordinárias e as vinculadas (a discriminação por fonte/destinação de recurso permite evidenciar a origem e a aplicação dos
recursos �nanceiros referentes à receita e despesa orçamentárias);
2. Os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;
3. As transferências �nanceiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, destacando
os aportes de recursos para o RPPS;
4. O saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte.
O Balanço Financeiro possibilita a apuração do resultado �nanceiro do exercício. Este cálculo pode ser efetuado
de dois modos:
MODO 1
Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte
(-) Saldo em Espécie do Exercício Anterior
= Resultado Financeiro do Exercício
MODO 2
Receitas Orçamentárias
(+) Transferências Financeiras Recebidas
(+) Recebimentos Extraorçamentários
(-) Despesa Orçamentária(-) Transferências Financeiras Concedidas
(-) Pagamentos Extraorçamentários
= Resultado Financeiro do Exercício
Atenção
Não devemos confundir resultado �nanceiro do exercício com o superávit ou dé�cit �nanceiro do exercício apurado no Balanço
Patrimonial.
Nem sempre um resultado �nanceiro positivo é um indicador de equilíbrio �nanceiro, pois pode decorrer da elevação do
endividamento público.
Também uma variação negativa não signi�ca, necessariamente, mau desempenho, pois pode decorrer de uma redução no
endividamento. Portanto, a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço Patrimonial.
Classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)
O Balanço Financeiro é elaborado com a utilização das seguintes classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP):
• Classes 1 (Ativo) e 2 (Passivo) para os Recebimentos e Pagamentos Extraorçamentários de Depósitos Restituíveis e Valores
Vinculados, Saldo em Espécie do Exercício Anterior e Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte.
• Classe 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas) para as Transferências Financeiras Concedidas.
• Classe 4 (Variações Patrimoniais Aumentativas) para as Transferências Financeiras Recebidas.
• Classe 5 (Orçamento Aprovado) para a Inscrição de Restos a Pagar.
• Classe 6 (Execução do Orçamento) para a Receita Orçamentária, Despesa Orçamentária e Pagamento de Restos a Pagar.
Atenção
Como vimos, caso seja necessário, o Balanço Financeiro deve ser acompanhado de notas explicativas sobre:
• Operações que impactem signi�cativamente ou inter�ram na elaboração do Balanço Financeiro como, por exemplo, eventuais
ajustes relacionados às retenções e outras operações;
• O detalhamento das deduções da receita orçamentária por fonte/destinação de recursos.
 Fonte: Shutterstock
Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)
A DVP deve evidenciar:
1. As alterações ocorridas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária; e
2. O resultado patrimonial do exercício.
Ela é elaborada com a utilização de contas contábeis das seguintes Classes PCASP:
• Classe 3 (variações patrimoniais diminutivas – VPD);
• Classe 4 (variações patrimoniais aumentativas – VPA).
O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e
diminutivas.
Dois modelos de DVP
A DVP pode ser elaborada de acordo com um dos dois modelos:
Modelo Sintético
Facilita a visualização dos grandes grupos de variações
patrimoniais que compõem o resultado patrimonial.
Especi�ca apenas os grupos (2º nível de detalhamento do
PCASP), e é acompanhado de quadros anexos que
detalham sua composição.
Modelo Analítico
Detalha os subgrupos das variações patrimoniais em um
único quadro.
Esse modelo auxilia o recebimento das contas anuais por
meio do Sicon� para �ns de consolidação.
Saiba mais
A DVP permite a análise das alterações dos elementos patrimoniais e do desempenho da administração pública e tem função
semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do Setor Privado. 
No Setor Privado, a DRE apura o resultado em termos de lucro ou prejuízo líquido. Já no Setor Público, o resultado patrimonial não
é um indicador de desempenho, mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quantitativas dos
elementos patrimoniais.
Atividade
1. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que não representa uma Demonstração Contábil Aplicada ao Setor Público:
 Balanço Financeiro.
a) Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados.
b) Demonstração das Variações Patrimoniais.
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa.
d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
2. O art. 113 da Lei nº 4.320/1964, dentre outros aspectos, atribuiu competência ao Conselho Técnico de Economia e Finanças do
Ministério da Fazenda para atualizar os anexos à referida Lei. Com a extinção desse Conselho, que órgão exerce atualmente essa
função?
a) Secretaria de Orçamento Federal.
b) Secretarial Federal de Controle.
c) Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Secretaria de Fazenda.
e) Secretaria de Contabilidade e Finanças.
3. Quanto à frase “As notas explicativas são consideradas parte integrante das DCASP e visam a prestar informações adicionais
com o objetivo de facilitar a compreensão das demonstrações contábeis por parte dos seus diversos usuários, razão pela qual
devem ser claras, sintéticas e objetivas”, podemos a�rmar que:
a) Está errada, pois as notas explicativas não são consideradas parte integrante das demonstrações.
b) Está errada, pois as notas explicativas devem explicar detalhadamente cada item das demonstrações e, portanto, não podem ser
sintéticas.
c) Está errada, pois as notas explicativas se aplicam apenas ao balanço patrimonial e não as demais DCASP.
d) Está correta, pois as notas explicativas são consideradas parte integrante das demonstrações e as demais afirmativas da sentença
também são verdadeiras.
e) Está correta, pois de se aplicarem apenas ao balanço patrimonial, as notas explicativas, em casos excepcionais, podem ser aplicadas as
demais DCASP.
4. A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciam as alterações ocorridas no patrimônio, resultantes ou
independentes da execução orçamentária e o resultado patrimonial do exercício e pode ser elaborada de acordo com um dos dois
modelos:
a) Modelo Sintético e Modelo Analítico.
b) Modelo Orçamentário e Modelo Patrimonial.
c) Modelo Simples e Modelo Completo.
d) Modelo Direto e Modelo Indireto.
e) Modelo Individual e Modelo Consolidado.
5. Sobre a frase “Nem sempre um resultado �nanceiro positivo é um indicador de equilíbrio �nanceiro.” é correto a�rmar que:
a) Está errada, pois se o resultado financeiro é positivo houve lucro.
b) Está correta, pois o resultado positivo pode decorrer da elevação do endividamento público.
c) Está errada, pois se o resultado financeiro é positivo as contas estão em equilíbrio.
d) Está correta, pois o resultado positivo pode decorrer de lucros acumulados.
e) Está errada, pois se o resultado financeiro é positivo não pode haver dívida.
Notas
Accountability 1
É um termo da língua inglesa, sem tradução precisa para o português, que remete à ideia de prestar contas de uma forma que
permita o efetivo controle e avaliação por parte das diferentes instâncias de controle, não só da estrutura do Estado, mas também
mediante o controle pela imprensa, pelas organizações e associações da sociedade civil e pelos próprios cidadãos.
RPPS 2
A Previdência Social no Brasil é composta por três regimes: Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), instituído por entidades
públicas; Regime Geral de Previdência Social (RGPS), operado pelo INSS e Regime de Previdência Complementar, operado por
Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar.
Superávit �nanceiro 3
O superávit �nanceiro não é receita do exercício em curso, pois já foi considerada como tal em exercício anterior, mas as
despesas executadas por conta dessas receitas são do exercício em curso, pois não foram empenhadas no exercício anterior.
Referências
BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de �nanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão �scal e dá outras providências. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm
<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm> . Acesso em: 31 Jan. 2019.
______. Lei nº 4.320, de 17 de Março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União dos Estados dos Municípios e do Distrito Federal Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4320.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4320.htm> . Acesso em: 31 Jan. 2019.
______. STN, Secretaria do Tesouro Nacional; MF, Ministério da Fazenda. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
8.ed. Brasil: 2018. Disponível em://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp <//www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp> . Acesso em:
2019 jan. 2019
CFC, Conselho Federal de Contabilidade. Normas brasileiras de contabilidade: NBC TSP. Disponíveis em:
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/ <https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/> .
Acesso em: 31 Jan. 2019.
BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Aplicada ao Setor Público: abordagem simples e objetiva. São Paulo: Atlas, 2014.
Próxima aula
Estruturas do Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
Explore mais
Na Parte V da 8ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público <//www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp> (pág.
401) você encontrará informações o�ciais detalhadas acerca das DCASP. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4320.htm
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp

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