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DIREITO TRIBUTARIO

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Direito 
Tributário 
Conteúdos abordados: 
I. Tributos em Espécie 
II. Competência Tributária 
III. Princípios Tributários 
IV. Imunidades Tributárias 
V. Obrigação Tributária 
 
TRIBUTOS EM ESPÉCIE 
 
A) IMPOSTOS: 
 Esta espécie tributária não depende de 
contraprestação estatal específica. 
 O fato gerador será uma atividade do 
contribuinte. 
 A competência é privativa de cada ente 
federado. 
 Classificação: 
1. Real: A sua incidência não 
depende da riqueza do 
contribuinte. Exemplo: IPVA 
2. Pessoal: A sua incidência varia de 
acordo com a riqueza do 
contribuinte. Exemplo: IR 
 Alíquotas (valor que serve de base 
para calcular o imposto): 
1. Proporcional: A alíquota é fixa, 
varia apenas a base de cálculo. 
Exemplo: IPVA (a alíquota será a 
mesma, verificando-se o valor do 
bem para definir a base de 
cálculo). 
2. Progressiva: A alíquota varia em 
conjunto com a base de cálculo. 
Exemplo: IR 
Seletividade: A alíquota varia em relação à 
essencialidade do produto. 
 Imposto Extraordinário: A união poderá 
instituir na eminência ou no caso de guerra 
externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência 
tributária, as quais serão suprimidas 
gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação. É instituído por lei ordinária. 
 
B) TAXAS: 
 É uma espécie tributária vinculada. Isso 
significa que o seu fato gerador é uma 
atividade estatal. 
 Exige uma contraprestação. Ou seja, ao 
pagar uma taxa adquire-se o direito a algum 
serviço específico. 
 A competência é comum. 
 Observações: 
1. Taxa de Polícia: 
 Esta relacionada com o poder 
administrativo de polícia. 
 É toda taxa de fiscalização. 
 Há o exercício regular do poder de 
polícia, caso contrário, haverá uma 
cobrança inconstitucional. 
 Tem como beneficiários a 
coletividade. 
2. Taxa de Serviço: 
 Esta relacionada com a utilização 
efetiva ou potencial de um 
serviço público, específico e 
divisível. 
 Exemplo: Taxa de coleta de lixo –
mesmo que você não tenha o lixo 
para colocar na coleta, deve 
pagar, pois o serviço está sendo 
potencialmente colocado à 
disposição do contribuinte. – 
exceções: serviço de limpeza 
urbana e taxa de iluminação 
pública, pois são uti universi 
(caráter geral) e não podem ser 
remunerados por taxa. 
 Atenção! Aqui você deve se 
atentar se o serviço está sendo 
colocado está sendo prestado 
para a coletividade (uti universi) 
ou individualmente (uti singuli). 
 Lembre-se: As taxas não poderão 
ter base de cálculo própria de 
impostos. 
 Observação: É constitucional a 
adoção, no cálculo do valor da 
taxa, de um ou mais elementos 
 
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de base de cálculo próprio de 
determinado imposto, desde que 
não haja integral identidade 
entre uma base e outra. 
 
C) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: 
 Objetivo: Ressarcir os cofres públicos do 
montante gasto na obra pública, de 
acordo com a proporção da valorização 
aproveitado pelo particular. 
 Fato gerador: Valorização imobiliária 
decorrente de obra pública. 
 Observação: A cobrança será 
constitucional apenas quando houver 
valorização imobiliária. 
 A competência é comum. 
 O ente que realizou a obra será 
responsável pela cobrança. 
 A lei que institui a contribuição 
de melhoria deverá ser anterior 
às obras públicas realizadas. 
 
D) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: 
 A competência é exclusiva da União. 
 Só pode ser criado por Lei 
Complementar. 
 É um tributo de receita vinculada, ou 
seja, se foi criado para a guerra, só 
poderá ser utilizado para essa finalidade. 
 Hipóteses em que pode ser instituído: 
1. Calamidade pública, guerra 
externa ou sua iminência; 
2. Investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse 
nacional. 
 
E) CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL: 
 Contribuições sociais: 
 a União poderá instituir impostos 
e contribuições sociais não 
previstas na CF, tendo como 
requisitos a não cumulatividade e 
não poderão ter o mesmo fato 
gerador ou base de cálculo. 
 
Importante! TRIBUTOS RESERVADOS À LEI 
COMPLEMENTAR: 
1. Contribuição Social – Previdenciária Residual 
2. Empréstimo Compulsório 
3. Imposto sobre Grandes Fortunas 
4. Impostos Residuais 
Observação! Taxas não são reservadas à Lei 
Complementar, ou seja, podem ser 
instituídas por Lei Ordinária. Entretanto, se 
o ente federado quiser poder instituir por 
Lei Complementar. 
Lembre-se: O que cabe LO cabe LC, mas 
matéria reservada à LC não pode ser 
instituída por LO. E matéria reservada à LC, 
não pode ser feita por Medida Provisória. 
 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 Características: 
A) Indelegável: Cada ente 
federativo tem competência 
sobre um determinado 
tributo, não podendo delegar 
a outro. 
Atenção! É delegável apenas 
a capacidade ativa (fiscalizar 
e arrecadar). Só pode ser 
conferida a outra pessoa 
jurídica de direito público. 
Memorize! 
 Competência 
Tributária: Instituir 
impostos 
(indelegável). 
 Capacidade Tributária: 
Arrecadar impostos 
(delegável). 
 
B) Facultativo: O ente 
federativo poderá ou não 
estabelecer um tributo. 
C) Incaducável: Poderá exercer 
a sua competência a qualquer 
tempo. 
D) Inalterável: Lei 
infraconstitucional não pode 
alterar competência provinda 
da CF, apenas por emenda 
constitucional. 
 
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E) Irrenunciável: Não pode 
transferir a competência a 
outro ente. 
 
 Espécies Tributárias: 
1. Impostos: 
Competência Privativa ou 
Exclusiva 
 União: Imposto de Renda 
(IR); Imposto sobre 
Produtos Industrializados 
IPI); Imposto sobre 
Operação Financeira 
(IOF); Imposto Territorial 
Rural (ITR); Imposto sobre 
Importação (II); Imposto 
sobre Exportação (IE). 
 Estados: Imposto sobre 
Circulação de 
Mercadorias e Serviços 
(ICMS); Imposto sobre 
Propriedade de Veículo 
Automotor (IPVA); 
Imposto sobre 
Transmissão “Causa 
Mortis” e Doação 
(ITCMD). 
 Municípios: Imposto 
Predial Territorial Urbano 
(IPTU); Imposto de 
Transmissão “Inter Vivos” 
de Bens Imóveis (ITBI); 
Imposto sobre Serviços 
(ISS). 
2. Taxas e Contribuições de 
Melhoria 
Competência Comum (todos os 
entes podem instituir) 
3. Impostos Extraordinários no 
caso de guerra externa ou sua 
iminência 
Competência Exclusiva da União 
4. Empréstimos Compulsórios 
Competência Exclusiva da União. 
 
Atenção! Competência Residual: Permite a 
União, a instituição de outros impostos, não 
previstos na CF, desde que não sejam 
cumulativos e não tenham base de cálculo 
próprio dos impostos já discriminados. 
Serão instituídos por lei complementar. 
Atenção! Competência Cumulativa: Competem 
à União, em Território Federal, os impostos 
estaduais e, se o território não for dividido 
em municípios, cumulativamente, os 
impostos municipais; ao DF cabem os 
impostos municipais. 
 
 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
(principais) 
A) Princípio da Legalidade: 
Regra: Serão instituídos por Lei Ordinária 
Exceção: Lei Complementar. Hipóteses: 
 Impostos novos (fato gerador e base de 
calculo distintos da CF – competência 
residual) 
 Empréstimos Compulsórios 
 Novas Contribuições Sociais 
 Grandes Fortunas 
 É vedada a edição de Medida Provisória 
sobre matéria reservada à Lei 
Complementar. 
Atenção! Medida Provisória pode instituir ou 
majorar impostos, desde que observado os 
requisitos constitucionais de relevância e 
urgência. Só serve para aqueles que são 
instituídos por Lei Ordinária. 
Exceções à Legalidade: (Tributos que podem ser 
alterados por outro veículo que não seja a 
lei) 
 Impostos de Importação 
 Impostos de Exportação 
 Impostos de Produtos Industrializados 
 Impostos sobre Operações Financeiras 
 CIDE – Combustível 
 ICMS – Combustível 
 Podem ter as alíquotas alteradas por ato do 
Poder Executivo. Exemplo: Decreto ou 
Resoluçãoda CAMEX. 
Atenção! Essas alterações são apenas nas 
alíquotas. A base de cálculo só poderá ser 
atualizada, de forma não superior ao índice 
oficial de correção, pois o índice requer previsão 
legal. 
 Exceções ao Princípio da Legalidade: 
 
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 Dependem de lei: 
1. A instituição de tributos ou a sua 
extinção; 
2. A majoração de tributos ou a sua 
redução. Exceção: Alteração das 
alíquotas do II, IE, IPI, IOF, CIDE 
Combustível. 
 Equipara-se a majoração 
do tributo a modificação 
da sua base de cálculo 
que importe em torná-lo 
mais oneroso. 
 Não constitui majoração 
de tributo a atualização 
do valor monetário da 
respectiva base de 
cálculo. 
3. A definição do fato gerador da 
obrigação tributária principal. 
4. A fixação da alíquota do tributo e 
da sua base de cálculo. 
5. A cominação de penalidades para 
as ações ou omissões contrárias a 
seus dispositivos ou para outras 
infrações nela definidas. 
6. As hipóteses de exclusão, 
suspensão e extinção de créditos 
tributários ou de dispensa ou 
redução de penalidades. 
 Não dependem de lei: 
1. Fixação da data para pagamento 
de tributo. 
2. Regulamentação das obrigações 
acessórias (forma de declaração, 
escrituração, recolhimento, entre 
outros) 
3. Alteração das alíquotas do II, IE, 
IPI, IOF e do CIDE Combustível. 
 
B) Princípio da Igualdade ou Isonomia: 
 Proíbe discriminação entre pessoas 
equivalentes. 
 Capacidade contributiva: Pessoalidades 
 
C) Princípio da Irretroatividade 
 A lei não pode cobrar tributos com 
fato gerador anterior à lei que os 
criou, instituiu ou majorou. 
 Súmula 584, STF: Ao Imposto de 
Renda calculado sobre os 
rendimentos do ano base, aplica-se a 
lei vigente no exercício financeiro em 
que deve ser apresentada a 
declaração. – Ou seja, a lei deste ano 
pode alcançar os benefícios 
auferidos no ano passado. 
 
D) Princípio da Anterioridade 
É vedada à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios cobrar impostos: 
1. No mesmo exercício financeiro em 
que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou (anterioridade 
anual). 
2. Antes de decorridos 90 dias da data 
em que haja sido publicada a lei que 
as instituiu ou aumentou 
(anterioridade nonagesimal). 
Atenção! Não obedece a anterioridade (ou seja, 
pode ser imediato): 
1. Antecipação do vencimento; 
2. Atualização do tributo; 
3. Prorrogação da alíquota; 
4. Revogação da isenção; 
5. Redução ou extinção do tributo. 
 
Atenção! Súmula Vinculante 50 do STF: Norma 
legal que altera o prazo de recolhimento da 
obrigação tributária não se sujeita ao 
princípio da anterioridade. 
 Exceções às duas anterioridades (permitida 
a cobrança imediata): 
1. Imposto de Importação (II) 
2. Imposto de Exportação (IE) 
3. Imposto sobre Operação Financeira 
(IOF) 
4. Imposto Extraordinário de Guerra 
(IEG) 
5. Empréstimo Compulsório de Guerra 
ou Calamidade Pública (ECGC) 
 Exceções à Anterioridade Anual (cobrança 
depois de 90 dias) 
1. Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) 
2. CIDE - Combustível 
 
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3. Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços - Combustível 
(ICMS) 
 Exceções à Anterioridade Nonagesimal 
(cobrança no próximo ano): 
1. Imposto de Renda (IR) 
2. Imposto sobre Propriedade de 
Veículo Automotor (IPVA) – Fixação 
da base de cálculo 
3. Imposto Predial Territorial Urbano 
(IPTU) – Fixação da base de cálculo 
 
E) Princípio do Não Confisco 
 Há efeito confiscatório quando 
ofensa à: 
1. Dignidade humana 
2. Prática profissional 
3. Livre iniciativa 
 
 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
 
 As imunidades tributárias estão 
relacionadas com os impostos. 
 
Atenção! 
Artigo 150, IV, da CF: Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
(...) 
VI – instituir impostos sobre: 
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros; 
b) Templos de qualquer culto; 
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos 
políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei; 
d) Livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão; 
e) Fonogramas e videofonogramas musicais 
produzidos no Brasil contendo obras 
musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros ou obras em geral, interpretadas 
por artistas brasileiros bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que 
os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a 
laser. 
 
 Observações! 
 A imunidade prevista na alínea “a” 
da lei supracitada, é chamada de 
imunidade recíproca, pois a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios não podem cobrar 
impostos sobre o patrimônio, renda 
ou serviços, um dos outros. 
 As autarquias e as fundações 
públicas também são imunes, desde 
que pratiquem atividade vinculada às 
suas finalidades essenciais. 
 Se autarquias e fundações 
explorarem atividades econômicas 
não há de se falar em imunidade, em 
razão do princípio da livre 
concorrência. 
 A Casa da Moeda também goza de 
imunidade tributária. 
 As empresas públicas que prestam 
serviço exclusivo e irrenunciável 
gozam de imunidade tributária de 
imposto sobre a renda, patrimônio e 
serviços. 
 Há decisões do STF que estendem a 
imunidade para sociedades de 
economia mista. 
 A Ordem dos Advogados no Brasil 
também possui imunidade tributária, 
relacionada às suas finalidades 
essenciais. Contudo, a Caixa de 
Assistência dos Advogados não está 
protegida pela imunidade tributária. 
 Os entes públicos não são imunes 
quando considerados como 
tomadores de serviços. 
 
Importante! É conferida imunidade tributária 
aos templos de qualquer culto. Isso 
abrange não apenas o prédio e a estrutura 
física, mas a própria atividade religiosa, que 
deve ser considerada como o conjunto de 
bens, rendas e serviços destinados à sua 
 
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manutenção. Além disso, as rendas obtidas 
por meio de aluguéis, inclusive imóveis 
utilizados por terceiros e sem finalidade 
religiosa, assim como estacionamentos 
explorados pela entidade religiosa. 
 
Atenção! Quanto à imunidade relacionada aos 
partidos políticos e fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e assistência 
social, é importante lembrar-se que as 
entidades sindicais dos empregadores não 
têm imunidade. 
 
Atenção! Quanto à imunidade dos livros, 
jornais e periódicos, isto é, a chamada 
imunidade cultural, esta alcança o ICMS, o 
IPI, o II e o IE. Contudo, haverá a incidência 
do imposto de renda sobre o valor das 
vendas dos livros e periódicos, bem como 
sobre o resultado obtido a partir da venda 
de espaços publicitários nas respectivas 
obras. 
 Os e-books passaram a ser considerados 
imunes, da mesma forma que os 
aparelhos exclusivamente destinados à 
sua leitura. 
 O papel destinado à impressão de livros 
e periódicos já sai da fábrica com 
destinação específica, ou seja, só pode 
ser utilizado para essa finalidade. 
 
 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
o Principal: Todos os temas que envolvam 
dinheiro (tributo, multas, juros) são 
objeto da obrigação tributária principal. 
o Acessória: Não se relaciona com 
dinheiro. São deveres instrumentais, que 
se relacionam com a obrigação de fazer. 
Exemplo: Escriturar livros. 
Importante! Não se aplica em tributário a 
máxima de que o “acessório segue o 
principal”, pois é possível a existência de 
obrigações acessórias mesmo quando não 
haja obrigação principal, como no caso das 
isenções e imunidades.1. Sujeito Passivo: É a pessoa que deverá 
assumir o ônus da obrigação tributária e 
pode ser tanto o contribuinte como o 
responsável. 
i. Contribuinte: A pessoa que praticou 
a conduta prevista em lei. 
ii. Responsável: Aquele que não 
praticou o fato, mas é chamado a 
assumir o ônus da obrigação. 
Atenção nesse artigo! 
Artigo 123 do CTN: Salvo disposições de 
lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade 
pelo pagamento de tributos, não podem 
ser opostas à Fazenda Pública, para 
modificar a definição legal do sujeito 
passivo das obrigações tributárias 
correspondentes. 
2. Capacidade Tributária: Todas as pessoas se 
submetem à incidência tributária. 
Atenção nesse artigo! 
Artigo 126 do CTN: A capacidade tributária 
passiva independe: 
i. da capacidade civil das pessoas 
naturais; 
ii. de achar-se a pessoa natural sujeita 
a medidas que importem privação 
ou limitação do exercício de 
atividades civis, comerciais ou 
profissionais, ou da administração 
direta de seus bens ou negócios; 
iii. de estar a pessoa jurídica 
regularmente constituída, bastando 
que configure uma unidade 
econômica ou profissional. 
3. Domicilio: 
Atenção nesse artigo! 
Artigo 127 do CTN: Na falta de eleição, pelo 
contribuinte ou responsável, de domicílio 
tributário, na forma da legislação aplicável, 
considera-se como tal: 
i. Quanto às pessoas naturais, a sua 
residência habitual, ou, sendo esta 
incerta ou desconhecida, o centro 
habitual de sua atividade. 
ii. Quanto às pessoas jurídicas de 
direito privado ou às firmas 
individuais, o lugar da sua sede, ou, 
 
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em relação aos atos ou fatos que 
derem origem à obrigação, o de cada 
estabelecimento. 
iii. Quanto às pessoas jurídicas de 
direito público, qualquer de suas 
repartições no território da entidade 
tributante. 
§1ª Quando não couber a aplicação 
das regras fixadas em qualquer dos 
incisos deste artigo, considerar-se-á 
como domicilio tributário do 
contribuinte ou responsável o lugar 
da situação dos bens ou da 
ocorrência dos atos ou fatos que 
deram origem à obrigação. 
§2ª A autoridade administrativa 
pode recusar o domicilio eleito, 
quando impossibilite ou dificulte a 
arrecadação ou a fiscalização do 
tributo, aplicando-se e então a regra 
do parágrafo anterior. 
4. Responsabilidade por Solidariedade: 
Normalmente decorre de um fenômeno de 
transferência, pelo qual o dever de cumprir 
a obrigação se desloca do contribuinte para 
o responsável. 
Atenção nesses artigos! 
Artigo 124 do CTN: São solidariamente 
obrigadas: 
i. As pessoas que tenham interesse em 
comum na situação que constitua o 
fato gerador da obrigação principal; 
ii. As pessoas expressamente 
designadas por lei. 
Parágrafo único: A solidariedade 
referida neste artigo não comporta 
benefício a outrem. 
Artigo 125 do CTN: Salvo disposição de lei 
em contrário, são os seguintes efeitos da 
solidariedade: 
i. O pagamento efetuado por um dos 
obrigados aproveita os demais; 
ii. A isenção ou remissão de crédito 
exonera todos os obrigados, salvo se 
outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo; 
iii. A interrupção da prescrição, em 
favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
5. Responsabilidade por Sucessão: Atribui-se 
ao sucessor a responsabilidade pelos 
tributos devidos pelo sucedido. Em tese, não 
se cuida de solidariedade, pois o sucedido 
desaparece e a obrigação tributária 
remanescente é transferida para o sucessor, 
que assume o bem, negócio ou atividade 
que ensejou a tributação. 
a) Responsabilidade dos adquirentes 
de imóveis: Quando alguém adquire 
a propriedade ou direitos relativos a 
imóveis de terceiros passa a 
responder pelos créditos tributários 
porventura existentes. 
b) Responsabilidade na aquisição de 
bens: Quando alguém adquire um 
bem ou se qualifica como remitente 
(pessoa que resgata bens de 
terceiros penhorados ou 
comprometidos), passa a responder 
pessoalmente pelos tributos 
relativos aos bens. 
c) Responsabilidade decorrente de 
reorganizações societárias: 
Exemplo: Incorporação: Uma 
empresa é adquirida por outra e 
desaparece, pois todo o seu 
patrimônio passa a integrar a 
incorporadora, que responderá pelos 
tributos, juros e eventuais multas 
punitivas devidas pela incorporadora 
até a data da operação. 
d) Responsabilidade pela aquisição de 
fundo de comércio: A regra é que o 
sucessor responde pelos débitos do 
sucedido. 
Contudo, a responsabilidade integral 
está condicionada ao fato do 
vendedor cessar completamente a 
exploração do negócio ou atividade. 
Caso o vendedor prossiga na 
atividade ou inicie outro negócio nos 
seis meses posteriores à alienação, o 
sucessor (adquirente) responderá 
subsidiariamente com o alienante. 
 
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Atenção! 
Súmula 554 do STJ: Na hipótese de 
sucessão empresarial, a 
responsabilidade da sucessora 
abrange não apenas os tributos 
devidos pela sucedida, mas também 
as multas moratórias ou punitivas 
referentes a fatos geradores 
ocorridos até a data da sucessão. 
6. Responsabilidade Expressa: 
Atenção nesse artigo! 
Artigo 134 do CTN: Nos casos de 
impossibilidade de exigência do cumprimento 
da obrigação principal pelo contribuinte, 
respondem solidariamente com este nos atos 
em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis: 
 I - os pais, pelos tributos devidos por seus 
filhos menores; 
 II - os tutores e curadores, pelos tributos 
devidos por seus tutelados ou curatelados; 
 III - os administradores de bens de 
terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
 IV - o inventariante, pelos tributos devidos 
pelo espólio; 
 V - o síndico e o comissário, pelos tributos 
devidos pela massa falida ou pelo 
concordatário; 
 VI - os tabeliães, escrivães e demais 
serventuários de ofício, pelos tributos devidos 
sobre os atos praticados por eles, ou perante 
eles, em razão do seu ofício; 
 VII - os sócios, no caso de liquidação de 
sociedade de pessoas. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo só 
se aplica, em matéria de penalidades, às de 
caráter moratório. 
7. Responsabilidade por Infrações: 
Atenção nesse artigo! 
Art. 137 do CTN: A responsabilidade é pessoal 
ao agente: 
 I - quanto às infrações conceituadas por lei 
como crimes ou contravenções, salvo quando 
praticadas no exercício regular de 
administração, mandato, função, cargo ou 
emprego, ou no cumprimento de ordem 
expressa emitida por quem de direito; 
 II - quanto às infrações em cuja definição o 
dolo específico do agente seja elementar; 
 III - quanto às infrações que decorram 
direta e exclusivamente de dolo específico: 
 a) das pessoas referidas no artigo 134, 
contra aquelas por quem respondem; 
 b) dos mandatários, prepostos ou 
empregados, contra seus mandantes, 
preponentes ou empregadores; 
 c) dos diretores, gerentes ou 
representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado, contra estas. 
8. Denúncia Espontânea: 
Atenção nesse artigo! 
 Art. 138 do CTN: A responsabilidade é excluída 
pela denúncia espontânea da infração, 
acompanhada, se for o caso, do pagamento do 
tributo devido e dos juros de mora, ou do 
depósito da importância arbitrada pela 
autoridade administrativa, quando o montante 
do tributo dependa de apuração. 
 Parágrafo único. Não se considera 
espontânea a denúncia apresentada após o 
início de qualquer procedimento administrativo 
ou medida de fiscalização, relacionados com a 
infração.

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