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Resumo de Geometria Sistemas lineares Eliminação de Gauss: Equações paramétricas da reta Equações simétricas da reta Espaços vetoriais Ver a definição de subespaço e como se mostra que um conjunto de vetores é um subespaço: SUBESPAÇOS VETORIAIS DEFINIÇÃO 2 - Sejam V um espaço vetorial e S um subconjunto não vazio de V. O subconjunto S é um subespaço vetorial de V se S é um espaço vetorial em relação à ● adição de vetores e ● à multiplicação por escalar definidas em V. A definição parece indicar que, para um subconjunto S ser subespaço vetorial de V, se deveria fazer a verificação, em S, dos oito axiomas de espaço vetorial relativos à adição e à multiplicação por escalar apresentados na Definição 1. Entretanto, como S é parte de V (que é espaço vetorial), não é necessária essa verificação. Por exemplo, o axioma da comutatividade da adição é válido para todos os vetores de V, ela valerá para todos os vetores de S. A seguir, as condições para um subconjunto S ser um subespaço vetorial de V Teorema 1 - Um subconjunto S, não-vazio, de um espaço vetorial V, é um subespaço vetorial de V se forem satisfeitas as seguintes condições: I. Para quaisquer u, v ∈ S, u + v ∈ S. II. Para quaisquer α ∈ R, u ∈ S, αu ∈ S. Exemplo 1 – Sejam V = IR² e S = {(x, y)/ x, y / y = 2x}. S é o conjunto de vetores do plano que tem a segunda coordenada igual ao dobro da primeira. Mostre que S é um subespaço vetorial de V. -SOLUÇÃO- Temos que mostrar que as duas propriedades (I) e (II) são satisfeitas para os elementos de S. Considere ∈ S e ∈ S. I. u + v = + = . II. . Portanto, as propriedades da adição de vetores e multiplicação por escalar são preservadas no conjunto S e assim, S é um subespaço vetorial de V. Geometricamente, S representa uma reta que passa pela origem. Ao tomarmos dois vetores u e v da reta, o vetor u + v e αu vão continuar sobre a reta. Por isso dizemos que as propriedades da adição de vetores e multiplicação por escalar são preservadas em S. O mesmo não ocorre quando a reta não passa pela origem. Exemplo 2 – Sejam V = IR² e S = {(x, y)/ x, y / y = 4 - 2x}. S é o conjunto de ponto da reta y = 4 – 2x. Mostre que S não é um subespaço vetorial de V. -SOLUÇÃO- Temos que mostrar que pelo menos uma das duas propriedades (I) e (II) não será satisfeita para os elementos de S. Ou seja, o vetor resultante cairá fora da reta. Considere ∈ S e ∈ S. I. u + v = + = , que não pertence a S. Aqui nem precisamos testar a condição (II), pois basta que uma condição não seja satisfeita para que o conjunto dado não seja um subespaço vetorial. Podemos mostrar que S não é um subespaço, dando um contraexemplo. Considere u = (1, 2) e v = (2, 0). Observe que u e v pertencem a S. ● u + v = (1, 2) + (2, 0) = (3, 2), que não pertence a S. Geometricamente: Observe que o vetor resultante u + v caiu fora da reta S, mostrando que a soma não é preservada. Portanto, S não é um subespaço. Exemplo 3 – Seja V o conjunto das matrizes 2 x 2, ou seja, e , ou seja, S é o conjunto de matrizes quadradas de ordem 2, cuja segunda linha é nula. Mostre que S é um subespaço de V. - Solução- Considere ● (I) , que pertence a S (manteve a segunda linha nula). ● (II) , que pertence a S (manteve a segunda linha nula). Logo, S é um subespaço de V. OBSERVAÇÕES 1. Todo espaço vetorial V ≠ {0} admite, pelo menos, dois subespaços: o conjunto {0}, chamado subespaço zero ou subespaço nulo e o próprio espaço vetorial V. Esses dois são os subespaços triviais de V. Os demais são denominados subespaços próprios de V. 2. Os subespaços triviais do IR², por exemplo, são {0, 0} e IR², enquanto os subespaços próprios são as retas que passam pela origem do sistema de referência. De modo análogo, os subespaços triviais do R³ são {0, 0, 0} e o R³, os subespaços próprios do R³ são as retas e os planos que passam pela origem do sistema de referência. Base de um espaço Ver como se mostra que um conjunto é uma base do espaço: Vimos anteriormente que se B for um conjunto LD, existe pelo menos um vetor “inútil”, que pode ser eliminado para tornar B menor e mais simples. O processo pode continuar até que B se torne LI. Se B é LI, e ainda consegue gerar V (Lembre-se que a eliminação de elementos LD de um conjunto gerador não modifica o conjunto gerado) é denominado base. Ou seja, o menor conjunto B de vetores geradores do espaço vetorial V é chamado de base de um espaço vetorial V, que é o conjunto gerador desse espaço V. É também a maneira mais simples de “resumir” o espaço V. DEFINIÇÃO 2 - Considerando o espaço vetorial V, finitamente gerado. Uma Base de V é um subconjunto finito B⊂V, para o qual se verificam as condições: (I) Os vetores de B são Linearmente Independentes (LI). (II) [B] = V, isto é, B é um gerador de V. O número de vetores de uma Base de V é chamado de Dimensão de V. Escreve-se: dim V = n. Exemplo – O conjunto de vetores B = { = (1, 1), = (-1, 0)} é uma base de IR². De fato, pois: (I) B é LI, pois + = (0, 0) (1, 1) + (-1, 0) = (0, 0) e assim, = = 0, que é a solução trivial. Portanto, B é LI. (II) B gera o IR², pois para todo (x, y) , (x, y) pode ser escrito como combinação linear de e . De fato: (x, y) = + (x, y) = (1, 1) + (-1, 0) e assim, = y e = y - x. Por exemplo, se (3, 5) , então tome = 5 e = 5 – 3 = 2. E neste caso, podemos contatar que o vetor (3, 5) pode ser escrito como combinação linear dos vetores de B. Vejamos: (1, 1) + (-1, 0) = 5(1, 1) + 2(-1, 0) = (5, 5) + (-2, 0) = (3, 5) EXERCÍCIOS 1- Determine o valor de “k" para que o conjunto {(1, 0, −1), (1, 1, 0), (k, 1, −1)} seja LI. 2- Determine “m” para que o conjunto {(2, −3, 2m), (1, 0, m+ 4), (−1, 3, m− 2)} seja L.I. 3- Mostre que (1, -1), (1, 2) e (2, 1) são linearmente dependentes. 4- Dados V = R² e v1 = (1, -1) , v2 = (1, 2) e v3 = (3, 6). (a) v1 e v2 são linearmente independentes? (b) v1,v2 e v3 são linearmente independentes? 5- Determine se os vetores dados são ou não linearmente independentes em R². (a) v1 = (2, 1) e v2 = (3, 2) (b) v1 = (-2, 1) , v2 = (1, 3) e v3 = (2, 4) 6- Calcule o valor de m e n para os vetores sejam LD u = (2, m, n) e v = (5, 10, 15). Resposta: m = 4 e n = 6 7- Calcule o valor de m para os vetores sejam LD u = (2, 1, 3) , v = (3, 1, 5) e w = (7, 3, m) Resposta: m = 11 8- Responda qual afirmação abaixo é correta em relação aos conjuntos de vetores ● Conjunto 1: u = (1, 3, 0); v = (2,-1, 1); w = (3, 2, 1) ● Conjunto 2: u = (3, 0, 2); v = (2, -1, 1); w = (5, 1, 0) ● Conjunto 3: u = (1, 3, 1); v = (2, -1, 1); w = (3, 2, 1) (a)Os vetores do conjunto 1 são LD e os vetores dos conjuntos 2 e 3 são LI. (b) Os vetores do conjunto 2 são LD e os vetores dos conjuntos 1 e 3 são LI. (c)Os vetores do conjunto 3 são LD e os vetores dos conjuntos 1 e 1 são LI. (d) Todos os vetores são LD. (e)Todos os vetores são LI. 9- Verificar se o conjunto A = {v1 = (1, 2), v2 = (3, 5)} gera o IR². 10- Mostrar que os vetores u = (1, 1, 1); v = (0, 1, 1); w = (0, 0, 1) geram o R³. 11- Determinar os subespaços do IR³ gerados pelos seguintes conjuntos: (a) A = {(2, -1, 3)} (b) A = {(-1, 3, 2), (2, -2, 1)} (c) A = {(1, 0, 1), (0, 1, 1), (-1, 1, 0)} (d) A = {(1, 1, 0), (1, 2, 1)} Respostas: (a) {(x, y, z) IR³/ x = -2y e z = -3y} (b) {(x, y, z) IR³/ 7x + 5y - 4z = 0} ou {(x, y, z) IR³/ } (c) {(x, y, z) IR³/ x + y - z = 0} ou {(x, y, z) IR³/ (z – y, y z), } (d) {(x, y, z) IR³/ x - y + z = 0} ou {(x, y, z) IR³/ (y – z, y z), } Matrizes e determinantes Toda matriz quadrada está associada a um número real ao qual damos o nome de determinante. É um operador matemático que transforma uma matriz em um número. Ou seja, podemos calcular o determinante de qualquer matriz desde que essa seja quadrada (mesmo número de linhas e de colunas). A RETA Resolve o sistema que dá: a = 7 e b =-5
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