Buscar

Estratégia Saúde da Família (ESF)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estratégia Saúde da Família (ESF) 
 
 
Papel 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à 
reorganização da atenção básica no País, de acordo com 
os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo 
Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais 
como estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da atenção básica por favorecer uma 
reorientação do processo de trabalho com maior 
potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e 
fundamentos da atenção básica, de ampliar a 
resolutividade e impacto na situação de saúde das 
pessoas e coletividades, além de propiciar uma 
importante relação custo-efetividade. 
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o 
pilar central em que se alicerça a expansão, 
consolidação e qualificação da Política Nacional de 
Atenção Básica (PNAB), cujos princípios são: 
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados 
paliativos e vigilância em saúde. 
Para colocar em prática ações que possibilitem 
o alcance desses princípios, a ESF se baseia no trabalho 
de equipes multiprofissionais em um território adscrito. 
Essas são as equipes de Saúde da Família (eSF) 
vinculadas a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), 
também chamadas em alguns locais de USF (Unidade 
de Saúde da Família). 
Conhecido hoje como “Estratégia Saúde da 
Família”, o fato é que não se constitui somente como 
um programa. Inicialmente em 1994, surge como 
programas propostos pelo governo federal aos 
municípios para implementar a Atenção Primária. A 
Estratégia Saúde da Família tem como objetivo à 
reversão do modelo assistencial vigente, em que 
predomina o atendimento emergencial ao doente, na 
maioria das vezes em grandes hospitais. 
A família passa a ser o objeto de atenção, no 
ambiente em que vive, permitindo uma compreensão 
ampliada do processo saúde-doença. O programa inclui 
ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, 
reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. No 
âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a 
Estratégia Saúde da Família vai ao encontro dos debates 
e análises referentes ao processo de mudança do 
paradigma que orienta o modelo de Atenção à Saúde 
vigente e que vem sendo enfrentado, desde a década de 
1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais 
comprometidos com um novo modelo que valorize as 
ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das 
doenças e atenção integral às pessoas. 
No Brasil, a origem do PSF remonta à criação 
do Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(PACS) em 1991 como parte do processo de reforma do 
setor da saúde, desde a Constituição, com intenção de 
aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e 
incrementar as ações de prevenção e promoção da 
saúde. Em 1994, o Ministério da Saúde lançou o PSF 
como política nacional de Atenção Básica, com caráter 
organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo 
tradicional de assistência primária baseada em 
profissionais médicos especialistas focais. 
 
Estrutura básica 
Um ponto importante é o estabelecimento de 
uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da 
Família – eSF) composta por, no mínimo: (I) médico 
generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou 
médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro 
generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) 
auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes 
comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa 
composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-
dentista generalista ou especialista em Saúde da 
Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
É prevista, ainda, a implantação da Estratégia 
de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades 
Básicas de Saúde como uma possibilidade para a 
reorganização inicial da atenção básica com vistas à 
implantação gradual da ESF ou como uma forma de 
agregar os agentes comunitários a outras maneiras de 
organização da atenção básica. 
Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser 
responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a 
média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando 
critérios de equidade para essa definição. Recomenda-
se que o número de pessoas por equipe considere o grau 
de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo 
que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor 
deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. 
Dentro do território sob responsabilidade de 
uma eSF, cada ACS atua em uma determinada 
microárea (subdivisão do território), realizando, dentre 
outras tarefas, visitas domiciliares periódicas a seus 
moradores. Assim, o número desses profissionais 
dentro de cada eSF pode variar de acordo com o grau de 
vulnerabilidade das famílias daquele território, o qual é 
baseado em critérios demográficos, epidemiológicos e 
socioeconômicos, podendo haver um número máximo 
de 750 moradores dentro de cada microárea.

Continue navegando

Outros materiais