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Diabetes Mellitus.docx

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS
UNIDAS - FMU
Camila Fernandez Garcia - 5980818;
Gabriel Miranda Moraes Joubert - 7300061;
Karen Ribeiro Silva - 6907355;
Stefanie Moraes de Jesus - 6634188
DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS
SÃO PAULO
2022
SUMÁRIO
1. DEFINIÇÃO………………………………………………………………
2. ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO……………………………………….
3. EPIDEMIOLOGIA………………………….…………….……….……..
4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS…………………………………………
5. DIAGNÓSTICO………………………………………………………….
6. TRATAMENTO…………………………………………………………..
7. REFERÊNCIAS……………………………………………………….....
1. DEFINIÇÃO
A diabetes mellitus é uma síndrome que compreende várias doenças de diferentes
etiologias que têm por característica a deficiência absoluta ou relativa de insulina
(hipoinsulinemia) causando hiperglicemia, se manifesta de forma diferente em cães e gatos,
bem como seu tratamento.
A insulina é um hormônio produzido e secretado pelas células β do pâncreas
endócrino, mediante a concentração de glicose no sangue, que tem como função aumentar a
absorção dela pelas células.
Essa síndrome pode se manifestar de três maneiras, do tipo 1 onde o paciente é
insulinodependente; do tipo 2, não insulinodependente e o transitório, como por exemplo em
casos de castração, em que esse quadro pode ser revertido. Em cães, ocorre a prevalência do
tipo 1 e em gatos, 50% dos pacientes são do tipo 2 e 20% transitória.
2. ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO (CÃES E GATOS)
Por se tratar de uma síndrome, a DM pode ser causada por diferentes doenças de
etiologias diferentes, relacionadas com a hipoinsulinemia. Uma doença com importante fator
de risco para o desenvolvimento de DM é o Hiperadrenocorticismo, devido aos altos níveis de
glicocorticóides que inibem a insulina. Nos cães podem surgir através de pancreopatias,
hereditariedade, obesidade, endocrinopatias e estresse. Já em gatos, através da amiloidose de
ilhota pancreática, obesidade, pancreatite crônica, acromegalia, uso excessivo de
medicamentos que aumentam a resistência à insulina (como os glicocorticóides). Desta
forma, ela se manifesta de três maneiras: Tipo 1 (DM insulinodependentes), Tipo 2 (DM não
insulinodependente) e transitória (condição rara em cães).
A DMID (do tipo 1) é caracterizada pela necessidade do controle da glicemia com
insulina de forma exógena, para prevenir a cetoacidose diabética. Apresenta maior
prevalência em cães, acometendo mais as fêmeas e idosos, porém também pode ocorrer em
cães jovens e machos. Causa perda de função irreversível das células β, tendo necessidade de
insulinoterapia para o resto da vida na grande maioria dos casos.
A DMNID (do tipo 2) é uma afecção que combina a baixa secreção de insulina devido
a perda da função das células β e a resistência insulínica, resultado do efeito de
glicotoxicidade causado pela hiperglicemia crônica. Há uma predisposição sexual, racial, de
peso e idade, sendo os felinos machos, animais idosos, obesos e castrados mais acometidos.
Pode ser reversível após a correção da hiperglicemia.
O DM transitório é caracterizado pela mudança do estado diabético, onde o animal
inicialmente possui diabetes assintomático, que se torna clínico quando o pâncreas é
estressado por alguns desses fatores: distúrbio inflamatório, infeccioso, neoplásico, hormonal
ou drogas que causam resistência insulínica. E após o tratamento inicial com insulinoterapia e
o controle dos distúrbios concomitantes, pode-se observar o retorno da função das células β e
da insulina (remissão do diabetes).
3. EPIDEMIOLOGIA DE CÃES E GATOS
O diabetes mellitus tem sido cada vez mais frequente nas rotinas clínicas devido à
maior sobrevida dos animais, ao maior cuidado dos tutores com a saúde deles, maior noção do
assunto através de pesquisas e estudos e também da mudança nutricional desses animais de
companhia juntamente com seus tutores.
Em cães, o DM pode estar relacionado a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais e
imunológicos. É de maior ocorrência em raças como Poodle, Labrador, Pinscher, Husky
Siberiano, Pug, Samoieda; em Golden Retriever, Collie, Boxer é de baixo risco e, a doença se
mostra extremamente rara em filhotes. As causas da ocorrência de DM estão relacionadas ao
histórico de alimentação desequilibrada e excessiva e à maior oferta de petiscos, que levam ao
sobrepeso do animal, bem como à falta de exercícios físicos.
Em gatos, a ocorrência se mostra semelhante à dos cães, sendo que as raças mais
acometidas são a Siamesa e mestiços de Siameses e Birmanês, segundo estudos realizados no
Brasil e na Austrália.
4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A queixa principal relatada pelos proprietários de cães com diabetes mellitus foi
poliúria, polidipsia, catarata, polifagia e perda de peso:
● Poliúria/glicosúria: a hiperglicemia leva ao aumento da reabsorção renal acarretando a
diurese osmótica (aumento da produção de urina pelos rins na tentativa de eliminar
glicose em excesso no sangue);
● Polidipsia: compensatória a poliúria;
● Catarata: sinal tardio, aparece em cerca de 2 meses;
● Polifagia: a redução da glicose no centro da saciedade resulta em falta de inibição do
centro da fome;
● Perda de peso: a escassez de glicose intracelular leva ao aumento do catabolismo
lipídico e proteico, causando perda de peso e atrofia muscular.
Em alguns casos, o principal relato do proprietário de gatos pode ser a alteração
locomotora devido a neuropatia diabética.
As complicações mais comuns são a hipoglicemia iatrogênica (causada pela
administração excessiva de insulina), cataratas, a persistência dos sintomas de PU, PD, PF e
PP, infecções bacterianas principalmente no trato urinário (a glicose na urina torna-se um
meio de cultura para bactérias), pancreatite, cetoacidose, lipidose hepática e neuropatia
periférica (gatos).
5. DIAGNÓSTICO
Para diagnosticar um o diabetes mellitus, é necessário associar as manifestações
clínicas clássicas (Poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso) com a hiperglicemia
persistente (mesmo após jejum) e glicosúria. A mensuração da glicemia pode ser realizada por
um sensor portátil, e a glicosúria pode ser mensurada utilizando tiras com reagentes de urina.
Para se diferenciar a hiperglicemia induzida por outros fatores como o estresse (muito comum
em gatos) pode ser realizada a mensuração da concentração de frutosamina.
É necessário realizar uma avaliação do estado geral de saúde do animal diagnosticado
com DM para identificar qualquer doença que possa estar causando a intolerância à glicose.,
como o hiperadrenocorticismo, cistite bacteriana, pancreatite etc. A avaliação laboratorial
mínima inclui hemograma (tipicamente normal. Na presença de pancreatite ou infecção pode
apresentar leucocitose por neutrofilia), painel bioquímico sérico (podemos encontrar
hiperglicemia, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, aumento da atividade da alanino
aminotransferase e da fosfatase alcalina), urinálise (podemos encontrar glicosúria, cetonúria,
proteinúria), urocultura (bacteriúria), mensuração de imunorreatividade sérica da tripsina e do
tripsinogênio.
6. TRATAMENTO
O tratamento do DM tem como finalidade eliminar os sinais clínicos provocados pela
hiperglicemia e diminuir a possibilidade de complicações. O controle glicêmico é realizado
através de insulinoterapia, manejo nutricional, exercícios físicos e acarbose. Sendo necessário
também o monitoramento contínuo da glicose através de um glicosímetro portátil.
A insulinoterapia consiste na etapa inicial do tratamento para reposição dos níveis
basais de insulina no sangue, reduzindo a hiperglicemia e a toxicidade, pois bloqueia a
cetogênese por meio da inibição de ácidos graxos livres no sangue. As insulinas disponíveis
são a de ação intermediária (NPH), insulina lenta, insulina Glargina e Detemir, administradas
em casos de tratamento a longo prazo por possuírem maior tempo de duração.
O manejo nutricional é feito corrigindo as práticas alimentares quanto aos horários da
alimentação e o conteúdo nutricional e calóricocom o objetivo de prevenir a obesidade e
reduzir os níveis de glicose no sangue. Quanto ao conteúdo nutricional, visamos a
alimentação com maiores volumes de fibras por serem carboidratos de lenta absorção,
evitando a hiperglicemia.
Em gatos, o tratamento varia de acordo com o DM diagnosticado, também pode ser
tratado com insulinoterapia, manejo nutricional e realização de atividades físicas. O manejo
nutricional consiste basicamente na restrição do aporte calórico (em gatos obesos), podendo
ser utilizado diferentes composições dietéticas para cada caso em específico (como a
recuperação do peso perdido).
O exercício físico tem por finalidade a perda de peso e a eliminação da resistência
insulínica induzida pela obesidade. A rotina diária com exercícios físicos também tem efeito
hipoglicemiante.
REFERÊNCIAS
SANTORO, N. A. Diabetes Mellitus em Cão. 2009. 61f. Monografia (graduação em
Medicina Veterinária) – FMU, São Paulo.
JERICÓ, Márcia M.; KOGIKA, Márcia M.; NETO, João Pedro de A. Tratado de Medicina
Interna de Cães e Gatos 2 Vol.. Rio de Janeiro: Roca - Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN
978-85-277-2667-2. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2667-2/. Acesso em: 02 nov.
2022.

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