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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PEDRO MANOEL ROCHA MEDRADO SUEMYLLY PEREIRA SOUSA YAN DE CASTRO ALVES VICTOR CONVERSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA AULA PRÁTICA No 5 MEDIÇÃO DA RIGIDEZ DIELÉTRICA DO ÓLEO ISOLANTE PARA TRANSFORMADORES DE FORÇA Palmas - TO 26 de abril de 2022 PEDRO MANOEL ROCHA MEDRADO SUEMYLLY PEREIRA SOUSA YAN DE CASTRO ALVES VICTOR CONVERSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA AULA PRÁTICA No 5 MEDIÇÃO DA RIGIDEZ DIELÉTRICA DO ÓLEO ISOLANTE PARA TRANSFORMADORES DE FORÇA Relatório de aula prática submetido à disci- plina de Conversão de Energia Elétrica, Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Fede- ral do Tocantins, como requisito parcial para obtenção de nota e aprovação. Orientador: Prof. Me. Adelício Maximiliano Palmas - TO 26 de abril de 2022 Sumário 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2 Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2.1 Coleta do óleo isolante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2.2 Ajuste dos eletrodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2.3 Elevação da tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2.4 Ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 4 ANÁLISE DE SEGURANÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 6 QUESTÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 6.1 Quais são os objetivos deste ensaio? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 6.2 Quais são os valores mínimos da rigidez dielétrica do óleo isolante para transformadores de força, de acordo com as Normas? . . . . . 10 7 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3 1 INTRODUÇÃO Um transformador de força ou simplesmente transformador é um dispositivo que converte, por meio da ação de um campo magnético, a energia elétrica em corrente alternada de uma dada frequência e tensão em energia elétrica em corrente alternada de mesma frequência, mas outro nível de tensão. O transformador consiste em pelo menos dois enrolamentos (bobinas), em torno de um núcleo comum de material ferromagnético. Em um transformador o enrolamento ligado à fonte de energia é denominado de bobina do primário e o enrolamento conectado às cargas é denominada de bobina do secundário. Por simplicidade utiliza-se em algumas situações apenas os termos primário e secundário. Não há conexão elétrica entre os fios das bobinas. A única conexão é devida ao fluxo magnético comum presente dentro do núcleo. O transformador é constituído basicamente por seus acessórios - tanque de aço carbono, buchas do lado de alta tensão e buchas do lado de baixa tensão, suporte para instalação no poste - e sua parte ativa - núcleo ferromagnético, acessórios e seus enro- lamentos primário e secundário. A parte ativa de um transformador corresponde à parte efetivamente funcional do equipamento. O transformador possui dois tanques, sendo denominados de tanque principal e tanque de expansão. O tanque principal do transformador é a parte que abriga o núcleo do transformador e o fluido isolante, conectada aos radiadores para circulação do fluido e troca de calor com meio externo. Essa peça deve ser capaz de suportar altas pressões e esforços mecânicos conforme a potência do equipamento. Já o tanque de expansão, também chamado de conservador de óleo, é a peça responsável pelo recebimento de óleo quando este se expande em virtude do aquecimento interno. O conservador de óleo realiza a compensação necessária em virtude desta expansão, sendo utilizado, em geral, em unidades com potência superior a 2.000 kVA. Todos os transformadores de potência acima de 20 kVA e tensão acima de 6 kV são construídos de maneira a trabalhar imersos em óleos isolantes. São encontrados óleos de quatro tipos: animal, vegetal, mineral e sintético. Os animais e vegetais não servem para uso em transformadores, pois mudam facilmente suas composições químicas e alteram suas propriedades físicas. Os sintéticos também não são usados devido a sua tendência em se polimerizar, alterando suas propriedades físicas. Assim, os óleos usados em transformadores correspondem aos minerais, que são obtidos da refinação do petróleo. Esses óleos podem ser conseguidos com uma grande gama de variação em suas propriedades físicas. O óleo é usado com o objetivo de atender a duas finalidades: garantir um perfeito isolamento entre os componentes do transformador e dissipar para o exterior o calor proveniente do efeito Joule nos enrolamentos, assim como do núcleo. Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente às duas condições acima, ele deve ser testado e apresentar Capítulo 1. INTRODUÇÃO 4 boas condições de trabalho. Um dos testes ao qual o óleo é submetido é o ensaio da rigidez dielétrica. A rigidez dielétrica é o máximo valor de campo elétrico que pode ser aplicado a um material dielétrico sem que este perca suas propriedades isolantes. O óleo apresenta alta rigidez dielétrica se possuir baixo teor de água e baixo teor de partículas contaminantes. Água e partículas sólidas em níveis elevados tendem a migrar para regiões de tensão elétrica elevada e reduzir dramaticamente a rigidez dielétrica. Portanto, a rigidez dielétrica indica a presença de contaminantes. Um baixo valor da rigidez dielétrica pode indicar que uma ou ambas estão presentes. Entretanto, uma alta rigidez dielétrica não indica necessariamente a ausência de todos os contaminantes. Dentre os vários métodos de ensaio e formato de eletrodos padronizados, os mais comumente utilizados são o ASTM-D-877 de eletrodos em forma de disco plano e o ASTM- D-1816 de eletrodos em forma de calota esférica. O ensaio segundo a norma ASTM-D-877 é mais indicado para teste de recepção de óleo novo por ser pouco sensível a presença de água. É também empregado para acompanhamento em equipamentos de tensão igual ou inferior a 138 kV. O ensaio segundo a norma ASTM-D-1816 é recomendado para acompanhamento em equipamentos de tensão superior a 138 kV, ou para controle da qualidade do óleo nos processos de secagem final para aplicação. A comissão eletrotécnica internacional adotou, segundo sua norma IEC 156 o método de eletrodos de calota , idêntico ao da norma ASTM-D-1816. Os procedimentos mais utilizados no Brasil incluem o uso de eletrodos e respectivos espaçamentos em milímetros de formatos ASTM (ou ANSI ou ABNT) e VDE. Independente- mente do tipo de teste a ser executado, é importante que a cuba e os eletrodos estejam bem limpos e secos antes do enchimento do óleo. 5 2 OBJETIVO • Determinar o valor da rigidez dielétrica do óleo isolante. 6 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais • 01 Medidor de rigidez dielétrica; • Amostra de óleo isolante. 3.2 Métodos 3.2.1 Coleta do óleo isolante O óleo usado no experimento já estava coletado e dado como tal. Entretanto, alguns procedimentos devem ser tomados ao coletar o óleo. O ideal é o óleo ser coletado já na cuba de ensaio do medidor. Ele deverá provir dos registros inferiores dos tanques, sendo necessário deixar escorrer até lavar as impurezas depositadas nos mesmos. O óleo de tambores deverá ser extraído por bomba ou por gravidade. Também deixando escorrer uma quantidade suficiente para lavar as mangueiras e a bomba. Esse óleo escorrido pode ser armazenado para sofrer processo de regeneração. Após lavados os pontos de coleta, o óleo deverá ser colhido diretamente na cuba ou em frascos previamente lavados tomando-se os seguintes cuidados: a) Lavar por, pelo menos,duas vezes a cuba ou frasco com o óleo a ser ensaiado; b) Tentar manejar o registro ou a bomba de modo a colher o óleo sem bolha de ar; c) Colher o óleo na cuba até o nível indicado; d) Colher o óleo em frasco cujo conteúdo permita efetuar a lavagem da cuba ( aproximadamente um litro). 3.2.2 Ajuste dos eletrodos O ajuste dos eletrodos foi conforme norma ASTM-D-877, ou seja, 2,54 mm. 3.2.3 Elevação da tensão A elevação de tensão deu-se de forma automática, segundo a norma ASTM-D-877. 3.2.4 Ensaio Após colhido óleo na cuba conforme 3.2.1, verificou-se se não existiam bolhas de ar, principalmente entre os eletrodos e deixou-se descansar por aproximadamente dois a três minutos. Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 7 Colocou-se a cuba no instrumento fechando-a, uma vez que, se a tampa não estiver corretamente fechada o instrumento não iniciará o ensaio . Em seguida, limpou-se a cuba. Zerou-se também o variador de tensão de modo a se iniciar o ensaio. A leitura da rigidez dielétrica do óleo foi anotada no momento em que o aparelho travava a leitura. Após a abertura do arco e anotada a leitura da rigidez dielétrica, voltou-se o variador de tensão ao zero, aguardou-se dois minutos e repetiu-se o ensaio por mais cinco vezes, sempre aguardando 2 minutos entre ensaios. Considerou-se a rigidez dielétrica do óleo a média dos cinco ensaios. 8 4 ANÁLISE DE SEGURANÇA O primeiro cuidado é a verificação de que todos estivessem com roupas adequadas e calçados fechados com uma boa isolação, para assim diminuir a hipótese de choque elétrico. Em relação ao ambiente em que seria realizado o experimento, o chão do laboratório é emborrachado, também para prevenir choques elétricos. Além disso, os equipamentos foram verificados previamente enquanto desenergiza- dos. Confeririu-se se a bancada estava energizada ou desenergizada e, antes de energizar o equipamento, o professor foi chamado para conferir. 9 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos estão dispostos na Tabela 1. Tabela 1 – Tabela 1: Rigidez dielétrica do óleo. 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 26,6 21,5 22,2 19,8 29,2 Média das leituras: 23,86 kV Própria O valor considerado ideal, de acordo coma literatura e normas, seria um valor acima de 35 kV. Isto significa que o óleo testado não se encontra dentro das especificações. Uma possível causa seria a presença de água e partículas sólidas em níveis elevados, o que tende a migrar para regiões de tensão elétrica elevada e reduzir dramaticamente a rigidez dielétrica. Portanto, a rigidez dielétrica baixa indica a presença de contaminantes. 10 6 QUESTÕES 6.1 Quais são os objetivos deste ensaio? Determinar o valor da rigidez dielétrica do óleo isolante. 6.2 Quais são os valores mínimos da rigidez dielétrica do óleo isolante para trans- formadores de força, de acordo com as Normas? 35 kV 11 7 CONCLUSÃO Por meio deste ensaio realizado em laboratório, foi possível realizar o ensaio de rigidez dielétrica do óleo e constatar que o mesmo não se encontrava em condições ideais de isolação. Assim, através dos valores obtidos, foi possível examinar a integridade do óleo isolante. Onde o seu estado pode ser classificador como não ideal. Pelos dados experimentais, o óleo está 31,83% fora do mínimo exigido, ou seja, não é recomendado seu uso. 12 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Harison Araujo; BRITO, Mikely Pereira. COMISSIONAMENTO DE TRANS- FORMADORES DE FORÇA: DO PROJETO À ENTRADA EM OPERAÇÃO. 2010. 65 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2010. Disponível em: https://mecanica.ufes.br/sites/engenhariamecanica.ufes.br/file s/field/anexo/mikely_pereira_harison_araujo.pdf. Acesso em: 26 abr. 2022. Alves, André Luíz et al. O transformador: teoria, construção e análise do rendi- mento. Revista Brasileira de Ensino de Física [online]. 2022, v. 44 [Acessado 26 Abril 2022] , e20210413. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2021-0413>. Epub 28 Jan 2022. ISSN 1806-9126. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2021-0413. Oliveira, José Carlos de, 1947. Transformadores : teoria e ensaios / José Carlos de Oliveira, João Roberto Cago, José Policarpo G. de Abreu. – São Paulo : Edgard Bllicher; Itajuba, MG. - : Escola Federal de Engenharia, 1984. PAULINO, Marcelo Eduardo de Carvalho. Ensaios de resistência de isolamento e de rigidez dielétrica. 2022. Disponível em: https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/upload s/2014/08/ed-102_Fasciculo_Cap-VII-Manutencao-de-transformadores.pdf. Acesso em: 26 abr. 2022. SILVA, Lucas Fortuna Nunes da. Aspectos construtivos de transformadores trifásicos para redes aéreas de distribuição. 2015. Disponível em: http://200.145.241. 20/Home/departamentos/engenhariaeletrica/lqee1668/boletim-10.pdf. Acesso em: 26 abr. 2022. Folha de rosto Sumário INTRODUÇÃO OBJETIVO MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Métodos Coleta do óleo isolante Ajuste dos eletrodos Elevação da tensão Ensaio ANÁLISE DE SEGURANÇA RESULTADOS E DISCUSSÃO QUESTÕES Quais são os objetivos deste ensaio? Quais são os valores mínimos da rigidez dielétrica do óleo isolante para transformadores de força, de acordo com as Normas? CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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