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Direito ao próprio corpo: A prática de bodymodification UESC, 2021 Direito ao próprio corpo: A prática de bodymodification Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC FCH698 Metodologia de Pesquisa Professor: Miguel Vergara Membros: Gabrielle Oliveira Damásio, Geovana Santos de Arruda, Jorge Alberto Souza de Brito, Thaise Alves do Santos, Victoria Costa Cerqueira Sumário: 1.Bodymodification: o que é? 1.1 Definição 1.2 Exemplos 2.0 A tutela do próprio corpo 2.1 Bodymodification como um exercício de liberdade de expressão 2.2 A autonomia em frente à dignidade humana 2.3 O ordenamento jurídico sobre o bodymodification 3.0 Construção do estudo 3.1 Coleta de dados 3.2 Técnicas de pesquisa Bodymodification: O que é? A bodymodification é uma prática de modificação do corpo humano, que pode ser realizada por motivos estéticos, culturais e tradicionais, como forma de manifestação da personalidade. Tal processo existe na sociedade há milhares de anos, tendo manifestações encontradas, por exemplo na cultura dos chamados 'povos bárbaros', os vikings O QUE É: Tatuagens e piercings em qualquer parte do corpo, branding, cutting, implantes subcutâneos, escarificação e suspensão do corpo são alguns exemplos de tal prática EXEMPLOS: Conhecidos como “Diabão” e “Mulher Demônia”, o casal de Praia Grande - SP, têm o corpo quase todo coberto por tatuagens e outras modificações, que incluem chifres na testa e retirada do nariz. “DIABÃO” E “MULHER DEMÔNIA” Erik Sprague, praticante da body modification, tinha o desejo de se tornar um animal e, pra isso, bifurcou a própria língua, modelou os dentes, implantou silicones e realizou várias tatuagens e piercings pelo corpo. HOMEM-LAGARTO O personagem Erik, interpretado por Michael B. Jordan, realiza uma forma de bodymodification: a escarificação, técnica de produção de desenhos na pele através de cicatrizes realizadas por instrumentos cortantes. Fora da ficção tal prática é presente em diversas culturas, como a dos aborígenes australianos e algumas tribos africanas. FILME "PANTERA NEGRA" O-kee-pal, forma de auto tortura realizada através da suspensão em cerimônias religiosas nas tribos indígenas americanas. O-KEE-PAL <https://www.flickr.com/photos/wallyg/6164219773> <https://www.metropoles.com/brasil/diabao-defende-mulher-demonia-de-criticas-e-diz-que-se-sentem-felizes> <https://medodedentista.com.br/tag/homem-lagarto> https://www.flickr.com/photos/wallyg/6164219773 https://www.flickr.com/photos/wallyg/6164219773 https://www.metropoles.com/brasil/diabao-defende-mulher-demonia-de-criticas-e-diz-que-se-sentem-felizes https://medodedentista.com.br/tag/homem-lagarto https://medodedentista.com.br/tag/homem-lagarto https://youtu.be/ pEWzEvhrsjQ Bodymodification como um exercício de liberdade de expressão A bodymodification se caracteriza como uma realização individual, e como expressão da personalidade e identidade dos adeptos à prática. Todavia, até que ponto vai a tutela do próprio corpo na sua realizaçã? A autonomia em frente à dignidade humana A personalidade e a expressão da identidade devem ser respeitadas, por se tratarem de princípios fundamentais para a autodeterminação e autorregulamentação da pessoa. Ou seja, tendo em vista os valores e costumes que a mesma absorve do meio em que convive, é tido como forma de promover o livre desenvolvimento de liberdade para definir seus destinos. Todavia, quando este ato se torna radical a ponto de comprometer a própria saúde e dignidade do indivíduo não deve ser permitido. Aí surge a atuação do ordenamento jurídico. O ordenamento jurídico sobre o bodymodification Tendo em vista o que foi mencionado chega-se a conclusão de que quando o ato, inicialmente uma expressão de identidade, se torna um ato de violência à quem o pratica, esse deve ser limitado pelo poder da Constituição. O ordenamento jurídico, portanto, deve ser regulador de tais práticas impedindo sua realização, quando essas colocam em perigo a vida do indivíduo, colocando em questão os limites da autonomia e da liberdade pessoal. A construção do estudo A monografia utiliza-se de técnicas de coleta de dados de forma indireta e direta. No primeiro caso, faz o uso das pesquisas bibliográficas na medida em que a autora vale-se de estudos e opiniões de outros autores, além de recorrer à Constituição Federal para respaldar seu ponto de vista. Outrossim, a autora também utiliza da validação de técnicas diretas, através das observações de casos que servem para exemplificar e fundamentar o que a mesma defende, como é o exemplo da cirurgia de transgenitalização, dos casos do homem- tigre, homem lagarto, portadores de apotemnofilia, entre outros. Referência bibliográfica : ALVARENGA, L. Atos de disposição sobre o próprio corpo: o caso da bodymodification. Monografia (bacharelado em direito) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 59. 2010.2.
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