Buscar

TDE 3 - Solo fontes de energia - Guilherme Kapp

Prévia do material em texto

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS 
FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME KAPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TDE 2 – MICROBIOLOGIA: BIOLOGIA DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2022 
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS 
FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME KAPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TDE 2 – MICROBIOLOGIA: BIOLOGIA DO SOLO 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Microbiologia 
do 4º período do Curso de Agronomia do Centro de 
Ensino Superior dos Campos Gerais. 
 
Professor: André Luiz Oliveira de Francisco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2022
1. SUBSTRATO DE DESENVOLVIMENTO E FONTE DE ENERGIA 
 
 
O solo é o componente fundamental do ecossistema, além de ser o principal substrato 
utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação, fornece água, ar e 
nutrientes, fazendo com que as plantas se desenvolvam. Doran e Parkin (1994), 
enfatizaram sobre a qualidade do solo, pois ele tem capacidade de funcionar dentro dos 
limites do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade 
ambiental e promover a saúde de plantas e animais. 
O estudo científico do solo, a aquisição e disseminação de informações do papel 
que ele exerce na natureza e sua importância na vida do homem, são condições 
primordiais para sua proteção e conservação, isso ajuda na garantia da manutenção de 
meio ambiente sadio e autossustentável (TEIXEIRA; VIEIRA, 2013) 
No entanto, esse tópico é pouco estudado no ensino fundamental. A população 
em geral desconhece a importância do solo e os seres vivos que ajudam na sua 
formação, o que contribui para ampliar processos que levam à sua alteração e 
degradação. 
De maneira geral, os livros didáticos apresentam graves deficiências, presenciam 
definições equivocadas, para caracterizar os solos, não dão ênfase ao tratamento dos 
processos a qual os solos são submetidos desde a pedogênese até os processos de 
perdas da massa pedológica (SILVA et al, 2008). 
Temos como exemplo de abordagem sobre solo e os seres vivos, as minhocas 
que participam efetivamente, melhorando a composição do solo que habitam. Elas ao 
cavarem galerias pelos solos favorecem a passagem de ar e água no seu interior, 
tornando os solos mais porosos e facilitando a penetração das raízes das plantas no 
mesmo (FELICONIO, 2012). 
Ao se alimentarem da matéria orgânica no solo e de minerais, as minhocas 
também contribuem para aumentar a fertilidade dos campos cultivados. As minhocas 
digerem estas substâncias que são excretadas sob a forma de húmus ou 
vermicomposto, que é um rico fertilizante, inodoro, contendo micronutrientes (ferro, 
zinco, cloro, boro, molibdênio, cobre) e macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio). 
Sendo um poderoso fertilizante e contendo um PH neutro, o húmus, contribui para um 
crescimento rápido e vigoroso das plantas. E não causa nenhuma reação maléfica como 
envenenamento, queimaduras ou apodrecimento de plantas (MARTINEZ, 2013). 
Por essas razões que na agricultura orgânica todas as práticas de manejo de 
solos, águas, plantas e criação animal visam criar condições que beneficiem a vida 
presente nos solos. Este é considerado não um mero suporte físico, mas um 
ecossistema cheio de vida, no qual através de complexas interações, os organismos 
que lá vivem irão disponibilizar tudo o que a planta precisa: ar, água, espaço para raízes 
e nutrientes (PRIMAVESI, 2000; STEINER, 2000). Técnicas, como a adubação e o 
manejo do solo e das plantas silvestres na propriedade visam alimentar esse solo vivo. 
O solo é composto por uma mistura de minerais e matéria orgânica, porém 
encontram-se variações dos tipos de substratos, existem exemplares constituídos por 
uma menor quantidade tanto de minerais como resíduos orgânicos, isso faz com que o 
solo fique improprio para o plantio. Esse tipo de solo é muito comum de ser encontrado, 
com o processo de urbanização, e as construções exageradas, os solos tendem a se 
tornar menos férteis já que suas propriedades físicas e químicas se alteram com a 
mudança nesse ambiente. Por sua vez, solos que tem a presença de organismos são 
beneficiados já que esses indivíduos atuam como verdadeiros arados, afofando-o e o 
arejando, inclusive ao redor das raízes das plantas. 
Os canais construídos por organismos têm, ainda, a grande vantagem de 
possibilitar uma maior penetração dessas raízes no subsolo, melhorando o seu 
crescimento. Os solos em que não existam minhocas são mais compactados, mais 
duros e ressecados pelo sol, além de impermeáveis ou de mais difícil penetração da 
água. 
1. SUBSTRATO DE DESENVOLVIMENTO E FONTE DE ENERGIA 
 
 
Trabalhos sobre o solo são de suma importância, agindo de forma a incentivar os 
alunos a darem mais atenção ao solo, criando um conceito de Educação Ambiental, 
onde os alunos agem como agentes transformadores do ambiente. O solo é componente 
essencial para o equilíbrio ecológico do planeta, ele se comporta como um purificador, 
drenando e reciclando expressivas quantidades de resíduos que podem se acumular, 
contaminar e poluir o ambiente. 
 
2 PH DO SOLO 
 
 
 
O pH do solo é sua medida de acidez e alcalinidade. Os níveis de pH variam de 0 a 14, 
sendo 7 neutros; abaixo de 7, ácido; e acima, alcalino. Quanto aos solos brasileiros, é 
ideal que sejam levemente ácidos, com faixa de pH em água entre 5,5 e 6,0 ou pH entre 
4,9 e 5,4 em CaCl₂ 0,01 M. Essa é uma regra geral, ressaltando-se que várias plantas 
têm se adaptado para valores fora dessa faixa, sendo necessário analisar cada caso. 
 
O principal problema do pH com valores menores que esses é o surgimento de Al3+ 
(alumínio na forma trocável), que causa toxidez às plantas, ocupa as cargas das argilas, 
impede que os cátions essenciais (como cálcio – Ca; magnésio – Mg; potássio - K) 
permaneçam no sistema. Quando o pH está entre as faixas citadas acima, todo o Al3+ 
do sistema é neutralizado, trazendo diversos benefícios às plantas, como a maior 
disponibilidade de Ca, Mg e K. 
 
A análise de solo indica, entre outros índices, o valor do pH, e, portanto, é essencial 
para a prática da calagem, que pode corrigir a acidez do solo. Essa redução de acidez 
promove o aumento da disponibilidade de fósforo e molibdênio, diminuindo a 
disponibilidade de micronutrientes metálicos, como manganês, ferro, zinco e cobre. Em 
síntese, os níveis de pH controlam vários processos químicos que acontecem no solo, 
especificamente a disponibilidade de nutrientes para a planta. Por isso é vital manter 
níveis adequados para que as plantas atinjam todo o seu potencial. 
3. NUTRIENTES DO SOLO 
 
 
 
 
Os micronutrientes são elementos essenciais usados pelas plantas em pequenas 
quantidades. Para a maioria dos micronutrientes, a absorção da cultura é inferior a 2,5 
kg por hectare. Um hectare é igual a 10 mil metros quadrados. Apesar dessa baixa 
necessidade, as funções críticas das plantas são limitadas se os micronutrientes 
estiverem indisponíveis, resultando em anormalidades, crescimento reduzido e menor 
rendimento das lavouras. 
Embora os macronutrientes, NPK, nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) serem os 
principais alimentos para as plantas, os micronutrientes estão fazendo a diferença na 
produtividade na lavoura. 
Entretanto devido aos rendimentos superiores, preços mais altos das commodities e 
custos maiores dos insumos agrícolas, os produtores estão revendo todas as barreiras 
potenciais para a produção - incluindo deficiências de micronutrientes para aumentar a 
produtividade. 
Os micronutrientes do solo são essenciais para o crescimento, floração e frutificação 
das culturas. Entenda quais são e como liberar esses micronutrientes no solo. 
O que são micronutrientes para o solo? 
Muitos conhecem os principais nutrientes do solo: nitrogênio, fósforo, potássio, 
magnésio, cálcio, enxofre. Eles são elementos importantespara a saúde das plantas, 
que são denominados também de macronutrientes. 
Contudo além deles há toda uma lista de micronutrientes necessários aos vegetais que 
são igualmente essenciais, em quantidades muito menores, para a saúde das plantas. 
Embora esses micronutrientes não sejam encontrados em grandes quantidades, não 
apenas asseguram um crescimento saudável, como também ajudam as culturas a 
combaterem as pragas e doenças. 
Os principais micronutrientes utilizados na agricultura são: zinco (Zn), cobre (Cu), ferro 
(Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), boro (B) e cloro (Cl) são os elementos 
considerados micronutrientes essenciais. Outros elementos, como o sódio (Na), cobalto 
(Co), silício (Si) e níquel (Ni), são considerados benéficos. 
A melhor maneira de manter o solo rico em micronutrientes é adicionar adubo orgânico 
ou adicionar os E.M (Microrganismos Eficientes). 
Esses seres vivos que entram em contato como o composto (folhas, aparas de plantas 
e restos de comida, por exemplo) já contêm várias quantidades de micronutrientes. A 
presença deles no composto garante que se devolva esses micronutrientes ao solo. 
Quais são os nutrientes para as plantas? 
Cada agricultura tem a demanda de um ou mais macro ou micronutrientes para a sua 
fase de desenvolvimento. 
3. NUTRIENTES DO SOLO 
 
 
Quem trabalha com olericultura, hortaliças folhosas, o principal nutriente utilizado é o 
Nitrogênio (N). Enquanto para a produção de café, os micronutrientes como Boro (B) e 
Zinco (Zn) são os que mais limitam a produção do cafeeiro. 
Entretanto é importante consultar um técnico para orientar quais são os nutrientes e 
micronutrientes essenciais em cada fase da cultura. 
Existem 16 elementos essenciais para o crescimento das plantas cultivadas. 
* Fornecidos pela água e pelo ar: carbono, hidrogênio e oxigênio. 
* Macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio. 
* Nutrientes secundários: cálcio, magnésio, enxofre. 
* Micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio 
(Mo) e zinco (Zn). 
Os 7 micronutrientes são suficientes para atender às necessidades das culturas na 
maioria dos solos. 
No entanto, alguns solos arenosos e outros solos de baixa matéria orgânica são 
naturalmente deficientes em micronutrientes, e solos com pH alto podem tornar alguns 
micronutrientes menos disponíveis e, portanto, deficientes. 
Devido às complexas reações químicas no solo, a disponibilidade de micronutrientes é 
controlada pelo equilíbrio entre a solução do solo, a matéria orgânica do solo, os locais 
de troca de cátions e os compostos insolúveis. 
A acidez ou alcalinidade do solo tem um grande efeito sobre o empacotamento dos 
micronutrientes ou a sua disponibilidade para as plantas. Eles estão mais disponíveis 
em solos ácidos e muitas vezes não estão disponíveis em pH alto. 
Por isso se escuta muito o assunto fazer calagem, é jogar calcário no solo e esperar 3 
meses para reagir antes e iniciar a plantação de alguma cultura. 
Como aplicar micronutriente no solo? 
Como já foi explicado anteriormente, a melhor maneira de disponibilizar no solo é 
através das matérias orgânicas, como restos de culturas anteriores, estrume bovino ou 
compostagem, além dos E.M. A quantidade e o tipo de matéria orgânica utilizado 
depende do que está sendo plantado. 
No entanto, muitos produtores preferem fertilizantes inorgânicos, também conhecido 
como fertilizante químico, como sais inorgânicos e complexos com agentes quelantes 
sintéticos, que imitam as propriedades da matéria orgânica com a vantagem de um 
controle maior sobre os resultados da adubação. 
Uma das principais desvantagens do fertilizante inorgânico é o desastre ambiental 
mudando drasticamente a composição química do solo. Além de deixar o solo mais 
podre e dependente de sempre utilizar o fertilizante inorgânico, pois diminui a presença 
de organismos vivos e oxigênio. 
3. NUTRIENTES DO SOLO 
 
 
Por outro lado, os fertilizantes orgânicos, como o uso de E.M (Microrganismos 
Eficientes), tem como objetivo nutrir a vida no solo, deixando sadio. Solo sadio cria seu 
próprio macronutrientes e micronutrientes, deixando a planta mais forte e resistente a 
pragas e doenças. 
Enquanto estes processos levam mais tempo para serem construídos comparado com 
o uso de químicos. Os fertilizantes sintéticos são mais rápido para liberar os nutrientes 
no solo.

Continue navegando