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POTENCIAIS GRADUADOS Um evento de despolarização ou hiperpolarização pode produzir um potencial graduado, uma diminu- ta mudança no potencial da membrana que é proporcional ao tamanho do estímulo Assim, se apenas um ou dois canais se abrirem, o potencial graduado pode ser pequeno Se mais canais se abrirem, ele pode ser maior Ou seja, podem variar em amplitude e tamanho de acordo com a intensidade do estímulo Potenciais graduados não percorrem longas dis- tâncias ao longo da membrana neuronal, mas sim curtas distâncias, diminuindo conforme se espa- lham e eventualmente desaparecendo É um estímulo local que abre ou fecha canais li- gantes e mecano-dependentes, causando um desvio do potencial de membrana em repouso HiperpolarizaçãoHiperpolarizaçãoHiperpolarização Ocorre em decorrência de um influxo de cargas negativas ou um efluxo de cargas positivas Despolarização ou hipopolarizaçãoDespolarização ou hipopolarizaçãoDespolarização ou hipopolarização Influxo de cargas positivas e efluxo de cargas negativas SomaçãoSomaçãoSomação A agregação de potenciais graduados originados em pontos diferentes recebe o nome de soma- ção espacial (PEPS) A agregação de diversos pulsos na mesma sinap- se, em um mesmo espaço de tempo, recebe o nome de somação temporal Potencial de ação Um evento de despolarização suficientemente grande pode levar à formação de um potencial de ação São rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por to- da a membrana da fibra nervosa É um evento tudo-ou-nada: ele pode ou não ocor- rer, mas, quando ocorre, será sempre do mesmo tamanho Ou seja, não é proporcional ao estímulo É um impulso, gerado prinicpalmente pelo movi- mento do Na+ e do K+, que altera o potencial de membrana e atinge o limiar necessário para a despolarização Estímulo limiar: intenso o suficiente para atingir o limiar da célula (geralmente por volta de -55mV) Limiar para o início do potencial de ação: o au- mento do potencial de membrana precisa ser su- ficiente p gerar o feedback positivo Isso acontece quando o número de Na+ que en- tram na fibra fica maior que o número de K+ que saem dela Estímulo supralimiar: intensidade capaz de ultra- passar o limiar e gerar vários estímulos Príncipio tudo ou nada: quando um estímulo é mais intenso do que o limiar, sua amplitude ou tamanho não variam, ou seja, a intensidade não altera am- plitude do potencial Estímulo sublimiar: não é capaz de gerar potencial de ação Cada potencial de ação começa por uma altera- ção súbita do potencial de membrana normal ne- gativo para um potencial positivo, terminando com retorno quase tão rápido para o potencial negati- vo 111... Estágio de repousoEstágio de repousoEstágio de repouso É o potencial de repouso da membrana, antes do início do potencial de ação Diz-se que a membrana está polarizada durante esse estágio, em razão do potencial de membra- na de -90mV 111... Estágio de despolarizaçãoEstágio de despolarizaçãoEstágio de despolarização A membrana fica subitamente muito permeável aos íons sódio (quando um estímulo limiar ou su- pralimiar é recebido) Isso permite que grande número de Na+ se difun- da para o interior do axônio O potencial é aumentado rapidamente para valor positivo (aproximadamente +40mV), um processo chamado de despolarização 111... Estágio de repolarizaçãoEstágio de repolarizaçãoEstágio de repolarização Em alguns décimos de milésimos de segundo após a membrana ter ficado muito permeável aos Na+, os canais de sódio começam a se fechar e os ca- nais de potássio se abrem mais que o normal A rápida difusão de K+ para o exterior restabele- ce o potencial de repouso negativo da membrana A comporta inativada do canal de sódio só vai re- potenciais graduados e potencial de ação abrir quando o potencial de membrana retornar ou aproximar do potencial de repouso Não é possível para o canal de sódio voltar a abrir sem que a fibra nervosa seja primeiro re- polarizada Pós-hiperpolarizaçãoPós-hiperpolarizaçãoPós-hiperpolarização Os canais de sódio dependentes de voltagem per- manecem abertos um pouco mais do que o ne- cessário para trazer a membrana ao potencial de repouso Isso resulta no pós-potencial hiperpolarizante, no qual o potencial da membrana fica brevemente abaixo (mais negativo) do potencial de ação Os canais de potássio se fecham e o potencial da membrana se estabiliza no potencial de repouso Os canais de sódio retornam ao seu estado nor- mal (permanecem fechados, mas se tornam no- vamente responsivos à voltagem) O ciclo do potencial de ação pode então começar de novo Período refratárioPeríodo refratárioPeríodo refratário Uma célula excitável não consegue gerar outro potencial de ação em resposta a um estímulo limi- ar durante esse período Devido à inativação dos canais voltagem-depen- dentes de sódio (não conseguem ser abertos) O fechamento lendo dos canais de K+ também contribui ao dificultar a despolarização da mem- brana A condutância do K+ está elevada Absoluto: nenhum estímulo é capaz de gerar um potencial de ação Relativo: um estímulo muito intenso pode ativar al- guns canais em repouso e gerar um segundo po- tencial de ação O período refratário garante que um potencial de ação vai ser propagado apenas em direção ao axônio e não na direção contrária na porção do axônio que acabou de realizar o potencial de ação CondutânciaCondutânciaCondutância É a medida de permeabilidade da membrana aos íons Durante o período de repouso, a condutância pa- ra os K+ é cerca de 50 a 100x maior que a con- dutância para os Na+ Com o desencadeamento do potencial de ação, a condutância do sódio aumenta até 5000x Feedback positivoFeedback positivoFeedback positivo Primeiro, se a membrana da fibra nervosa per- mecener sem ser perturbada, nenhum potencial de ação ocorre Caso ocorra qualquer evento capaz de provocar o aumento do potencial de membrana de -90mV para O, a própria voltagem crescente causa a abertura de vários canais de sódio regulados pela voltagem Quanto mais íons sódio adentram a célula, mais canais de sódio voltagem-dependentes são ativa- dos Propagação do potencial de ação Um potencial de ação, provocado em qualquer parte da membrana excitável, em geral, excita as porções adjacentes da membrana, resultado na propagação do potencial de ação por toda ela Quando uma parte da membrana passa por um potencial de ação, muitos dos íons Na+ entram na célula por esse trecho Esses íons se espalham lateralmente por dentro da célula e podem despolarizar um fragmento de membrana vizinho, desencadeando a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem e levan- do o trecho vizinho a ter seu próprio potencial O potencial de ação é unidirecionalO potencial de ação é unidirecionalO potencial de ação é unidirecional O potencial de ação só pode viajar em uma dire- ção - do corpo celular para o terminal do axônio- Pois um remendo da membrana que sofreu um potencial de ação está no período refratário e não pode se submeter a outro Tem início na zona-gatilho do axônio e regenera- se várias vezes nas regiões adjacentes até que atinja o terminal axônico Quando o atinge o final do axônio, o estímulo induz a fusão das vesículas contendo neurotransmisso- res com a membrana, causando a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica (espaço entre neuronios) Os neurotransmissores podem se ligar a canais iônicos dependentes de ligantes na célula recep- tora e causar a despolarização dessa célula, fa- zendo com que ela realize seu próprio potencial de ação Retroalimentação positiva: quanto mais íons sódio adentram a célula, mais canais de sódio voltagem- dependentes são ativados
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