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PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 1 Sopros Cardiovasculares Não podemos esquecer que a ausculta cardíaca é feita em três momentos Bulhas fisiológicas Bulhas acessórias Sopros Para compreendermos os sopros cardíacos primeiramente precisamos entender que o fluxo de sangue dentro do sistema cardíaco é organizado em camadas. Essa organização tem como objetivo aumentar a velocidade de trânsito e reduzir o atrito entre as partes sólidas – por ser organizado em camadas não há geração de som. A partir do momento que o fluxo sanguíneo perde a organização em camadas, ou seja, que ele fica desorganizado e entra em processo de turbilhão, o choque entre as partes sólidas do sangue faz com que exista a possibilidade de que o atrito entre as partículas gere um som. Quando há uma geração de som audível, chamamos esse som de sopro. O sopro pode acontecer dentro do coração por algum problema nas válvulas, por alteração do fluxo laminar no sistema arterial (por obstrução de artéria – um exemplo de sopro por obstrução de artéria é uma placa de ateroma na carótida, provocando desorganização do fluxo). No sistema venoso também podem acontecer sopros. Em qualquer ponto do sistema vascular a desorganização do fluxo em camadas gera um turbilhão, gerando um sopro. Mecanismos que podem gerar sopros Estenoses valvares ou vasculares É o mecanismo mais comum de geração de sopros. Uma válvula que deveria estar abrindo não está aberta – consequentemente, o sangue que deveria estar passando livremente agora possui um impedimento para o seu fluxo. Existe uma abertura menor para a passagem de sangue, o fluxo sanguíneo se desorganiza, turbilhona e gera um sopro. A estenose pode acontecer também em vasos. Exemplo: estenose de carótida por placa de ateroma. Comunicação entre câmaras de alta e baixa pressão Duas doenças congênitas são exemplos clássicos desse mecanismo de gênese de sopro: CIA (comunicação interatrial) e CIV (comunicação interventricular). O que acontece na CIA? Na CIA existe um furo no septo interatrial que permite a passagem de sangue entre os átrios. A tendência é que o sangue passe da câmara de maior pressão para a câmara de menor pressão. O átrio esquerdo possui maior pressão que o átrio direito, consequentemente, na CIA, o sangue sai do AE em direção ao AD. Quando o sangue passa pelo furo que existe no septo interatrial, por esse local ser um ponto de turbilhonamento, o fluxo sanguíneo se desorganiza e isso gera um sopro. O que acontece na CIV? Na CIV existe um furo no septo interventricular que permite a passagem de sangue entre os ventrículos. A tendência é que o sangue passe da câmara de maior pressão para a câmara de menor pressão. O ventrículo esquerdo possui maior pressão que o ventrículo direito, consequentemente, na CIV, o sangue sai do VE em direção ao VD. Quando o sangue passa pelo furo PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 2 que existe no septo interventricular, por esse local ser um ponto de turbilhonamento, o fluxo sanguíneo se desorganiza e isso gera um sopro. Contudo, se essa comunicação (furo) for muito grande, não vai ter sopro, pois o sangue consegue passar para o VD ainda organizado em camadas. Fístula arteriovenosa: é uma comunicação proposital entre uma artéria e uma veia. É muito realizado em pacientes com insuficiência renal que fazem diálise. Acontece a comunicação entre um ponto arterial (de alta pressão) e de veia (baixa pressão) – essa comunicação faz com que o sangue saia do ponto de alta pressão e vá para o ponto de baixa pressão, isso gera sopro. Regurgitação valvar Quando uma válvula não se fecha adequadamente. Fisiologicamente, o fluxo de sangue é um fluxo adiante e a válvula fechada não permite que esse sangue retorne para a câmara anterior. Quando a válvula não se fecha adequadamente acontece a volta do sangue no sentido ao contrário da válvula (ao contrário do sentido fisiológico) – essa válvula é regurgitante ou insuficiente. As insuficiências valvares geram sopro. Dilatação súbita pelo trajeto Muito comum em pacientes hipertensos de longa data – sopros de dilatação da aorta: quadros crônicos de HAS fazem com que a pressão alta dentro do sistema arterial deixe a artéria dilatada – podemos perceber isso durante a avaliação do precórdio, esse paciente apresenta pulsatilidade na fúrcula esternal – sinal que a aorta está dilatada. Esse quadro faz com que o sangue saia do VE com um diâmetro preexistente e caia em um vaso extremamente dilatado. A dilatação desorganiza o fluxo, que vira um turbilhão, aumentando o atrito entre as partículas e gera um sopro. Aneurisma da aorta: é uma dilatação mais exuberante. Pode ser uma dilatação da aorta ou um aneurisma – o diagnóstico é feito pela intensidade da dilatação. Aumento da velocidade de fluxo dentro do vaso ou do coração A válvula aórtica é a menor válvula que existe no organismo humano e se o fluxo for normal, ele vai ser laminas. Contudo, mesmo que a válvula aórtica esteja aberta e funcionando normalmente, se o fluxo for de sangue no coração for maior, vai gera um turbilhão e um sopro. O professor fez analogia com uma porta – se passa uma pessoa por vez na porta o fluxo acontece normalmente. Mas se eu aumento o número de pessoas que passam pela porta o fluxo deixa de seguir tranquilamente e acontece um turbilhão. Essa situação acontece em estados hiperdinâmicos – retorno de volume está aumentado. Febre, anemia, infecção. Jovens com sopros cardíacos e coração normal ou zumbidos venosos. PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 3 Como analisar um sopro? As seis perguntas a serem respondidas ao se auscultar um sopro: 1. Qual o epicentro do sopro? 2. Está na sístole ou na diástole? 3. É de cavidade esquerda ou direita? 4. Qual a sua irradiação? 5. Qual a sua intensidade? 6. Qual o seu comportamento com manobras? Qual o epicentro do sopro? O epicentro é o local no tórax que está mais próximo de onde o sopro se origina, é como se fosse o epicentro de um terremoto, exemplos: o sopro de estenose aórtica tem como epicentro o foco aórtico, o de insuficiência mitral o foco mitral, a insuficiência pulmonar o foco pulmonar, da estenose tricúspide no foco tricúspide, da CIV na região médio-esternal. Muitas vezes um sopro pode ser auscultado em vários pontos do precórdio. Isso significa que esse sopro irradia, contudo, não podemos esquecer que existe um ponto de origem para esse sopro – o epicentro. Epicentro = onde o sopro foi originado O epicentro é o local onde o sopro é mais alto. Exemplo: auscultando um paciente encontramos um sopro e, rastreando em todos os focos do precórdio, notamos o sopro está mais audível no foco aórtico convencional – foco relacionado com a válvula aórtica. Ouvimos o sopro em vários focos do precórdio, contudo, o foco em que esse sopro está mais alto é o foco aórtico – concluímos que há alteração na válvula aórtica. Existe duas possibilidades que de alteração que podem acontecer na válvula – estenose ou insuficiência. Sopro com epicentro no foco mitral – alteração na válvula mitral Sopro com epicentro no foco tricúspide – alteração na válvula tricúspide Está na sístole ou na diástole? Para responder esta pergunta você deve sempre palpar o pulso arterial, sem ele temos a mesma sensação de estar navegando sem bússola. Após descobrirmos o epicentro do sopro precisamos saber em qual fase do ciclo cardíaco esse sopro se encontra para definirmos se a alteração na válvula é uma estenose ou uma insuficiência cardíaca. Precisamos palpar o pulso carotídeo, achar quem é B1 e B2 (encontrar sístole e diástole) e encaixar o sopro que se ouve em uma das fases. SE O SOPRO ACONTECE ENTRE B1 E B2 ELE É UM SOPRO SISTÓLICO.SE O SOPRO ACONTECE DEPOIS DE B2 E ANTES DE B1 ELE É UM SOPRO DIASTÓLICO. Vamos imaginar a seguinte situação Estamos diante de um paciente que possui um sopro cardíaco O epicentro desse sopro é o foco mitral Esse sopro é de estenose ou de insuficiência mitral? Para diferenciar qual das duas lesões é preciso saber em qual fase do ciclo cardíaco o sopro está acontecendo. Supondo que o sopro desse paciente está na sístole... Já sabemos que o epicentro do sopro é o foco mitral. Diante disso, nosso raciocínio precisa ser voltado para o ciclo cardíaco, precisamos imaginar como a válvula mitral está se comportando durante a fase de sístole. A sístole é um momento de ejeção e, fisiologicamente, a válvula mitral encontra-se fechada. Se estamos ouvindo um sopro na válvula mitral durante a fase de sístole, isso significa que o funcionamento dessa válvula não está adequado durante esse momento do ciclo cardíaco, de modo que a válvula mitral não esteja fechada e haja fluxo passando por ela – se há fluxo passando pela válvula mitral em uma fase que ela deveria estar fechada = insuficiência mitral. PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 4 Supondo que o sopro desse paciente está na diástole... Já sabemos que o epicentro do sopro é o foco mitral. Diante disso, nosso raciocínio precisa ser voltado para o ciclo cardíaco, precisamos imaginar como a válvula mitral está se comportando durante a fase de diástole. A diástole é um momento de enchimento e, fisiologicamente, a válvula mitral encontra-se aberta. Se estamos ouvindo um sopro na válvula mitral durante a fase de diástole, isso significa que o funcionamento dessa válvula não está adequado durante esse momento do ciclo cardíaco, de modo que a válvula mitral não esteja aberta e o fluxo que deveria estar passando por ela não está transitando de maneira adequada – se há impedimento da passagem de fluxo pela válvula mitral em uma fase que ela deveria estar aberta e o fluxo deveria ser laminar = estenose mitral. Vamos imaginar a seguinte situação Estamos diante de um paciente que possui um sopro cardíaco O epicentro desse sopro é o foco aórtico convencional Esse sopro é de estenose ou de insuficiência aórtica? Para diferenciar qual das duas lesões é preciso saber em qual fase do ciclo cardíaco o sopro está acontecendo. Supondo que o sopro desse paciente está na sístole... Já sabemos que o epicentro do sopro é o foco aórtico. Diante disso, nosso raciocínio precisa ser voltado para o ciclo cardíaco, precisamos imaginar como a válvula aórtica está se comportando durante a fase de sístole. A sístole é um momento de ejeção e, fisiologicamente, a válvula aórtica encontra-se aberta. Se estamos ouvindo um sopro na válvula aórtica durante a fase de sístole, isso significa que o funcionamento dessa válvula não está adequado durante esse momento do ciclo cardíaco, de modo que a válvula aórtica não esteja aberta adequadamente e há impedimento de passagem de fluxo sanguíneo – o fluxo está turbilhonado e a válvula não está abrindo como deveria (está parcialmente aberta) = estenose aórtica. Supondo que o sopro desse paciente está na diástole... Já sabemos que o epicentro do sopro é o foco aórtico. Diante disso, nosso raciocínio precisa ser voltado para o ciclo cardíaco, precisamos imaginar como a válvula aórtica está se comportando durante a fase de diástole. A diástole é um momento de enchimento e, fisiologicamente, a válvula aórtica encontra-se fechada. Se estamos ouvindo um sopro na válvula aórtica durante a fase de diástole, isso significa que o funcionamento dessa válvula não está adequado durante esse momento do ciclo cardíaco, de modo que a válvula aórtica não esteja fechada e aconteça passagem de fluxo sanguíneo por essa válvula – regurgitação de sangue – gera um turbilhão = insuficiência aórtica. Sopro localizado próximo do foco aórtico acessório e do foco pulmonar Esses dois focos são próximos e muitas vezes podemos ter dúvida sobre o real epicentro do sopro. Precisamos utilizar uma manobra que diferencie um sopro de cavidade esquerda (foco aórtico acessório) de um sopro de cavidade direita (foco pulmonar). O mais fácil de se fazer é uma manobra que aumente o sopro de cavidade direita. Manobra de Rivero Carvallo Manobra utilizada para diferenciarmos um sopro de cavidade direita de um sopro de cavidade esquerda. Ao realizar essa manobra, há aumento do sopro de cavidade direita. PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 5 Pede para o paciente inspirar – a inspiração traz mais sangue para o coração direito – há mais sangue passando pelo coração direito. Não podemos esquecer que sopro é dependente de volume! Se na inspiração há mais volume chegando no coração direito, consequentemente, o som do sopro aumenta. Se o sopro é de cavidade direita – com a manobra de Rivero Carvallo ele aumenta (manobra de Rivero Carvallo +) Se o sopro é de cavidade esquerda – com a manobra de Rivero Carvallo ele diminui (manobra de Rivero Carvallo -) O sopro que estamos auscultando é aórtico (foco aórtico acessório) ou pulmonar? Quando realizamos a manobra de Rivero Carvallo quem aumenta é o sopro pulmonar! A MANOBRA DE RIVERO CARVALLO SERVE PARA AUMENTAR QUALQUER SOPRO DE CAVIDADE DIREITA EM QUALQUER VÁLVULA! TAMBÉM FUNCIONA PARA AUMENTAR B3 E B4 DE VD. Alguns sopros apresentam irradiação típica que acusa a origem da doença de base 1. Sopro na fúrcula esternal = dilatação na aorta ou estenose aórtica. Imaginando que estamos auscultando um paciente e observamos sopro na fúrcula esternal – dilatação da aorta (comum em pacientes hipertensos de longa data) e estenose aórtica. 2. Sopro na axila = somente a insuficiência mitral causa sopro na região da axila. 3. Sopro na clavícula esquerda = persistência do canal arterial. É comum neonatologistas pesquisarem esse sopro em recém-nascidos. As manobras que ajudam a desvendar os sopros A. Ficar sentado e em pé: aumenta a resistência periférica e cai o retorno venoso. B. Hand Grip test: aumenta a resistência periférica. São manobras diferentes que apresentam a mesma finalidade. Sempre que o paciente está deitado e queremos aumentar ou diminuir um sopro de cavidade esquerda, podemos aumentar a resistência vascular periférica. Isso só funciona em sopros de cavidade esquerda – a RVP está relacionada com a aorta (relacionada com o VE). Há dois sopros que auscultamos na cavidade esquerda e podem gerar confusão para diagnóstico Insuficiência mitral: acontece na sístole Estenose aórtica: acontece na sístole Como diferenciar esses sopros? Fazendo as duas manobras que aumentam a RVP. Toda vez que o VE vai gerar uma força para ejetar, essa força precisa ser maior do que as duas seguintes barreiras que o ventrículo vai encontrar para efetuar a ejeção: 1. Válvula 2. RVP – é uma força contrária à ejeção, de modo que, para o ventrículo realizar a ejeção, ele precise fazer uma força maior que a RVP. Em condições normais, a força do ventrículo é maior do que essas suas forças contrárias. A proposta com a manobras A e B é aumentar a RVP, ou seja, aumentar a força contrária à ejeção do ventrículo. Com essas manobras, avaliamos o que acontecemos com os sopros – que pode ser de estenose aórtica ou insuficiência mitral (são dois sopros sistólicos de cavidade esquerda). O sopro sistólico que estou ouvindo é aórtico ou mitral? Se estivermos na dúvida, devemos realizar as manobras. Pensando em sopro de estenose aórtica... Realizando a manobra e aumentando a RVP acontece redução no volume ejetado. Como o sopro é dependente de volume e o ventrículo ejeta menos, o sopro de estenose aórtica fica diminuído (é um sopro dependendo de volume passando pela válvula aórtica). Sopro aórtico – DIMINUI COM A MANOBRA. Pensando em sopro de insuficiênciamitral... O ventrículo está ejetando e há duas vias de saída de sangue: Via 1: via fisiológica – do ventrículo para a aorta Via 2: via patológica – do ventrículo para o átrio Quando há aumento da RVP pela execução da manobra, é como se dificultasse a saída de sangue pela via 1 (afinal, reduz a ejeção de sangue). Ao fazer isso, mais sangue passa pela via 2 – aumenta o sopro. Sopro mitral – AUMENTA COM A MANOBRA. PAPM III Letícia Iglesias Jejesky Med 106 6 C. Cócoras: aumenta o retorno venoso. Muitas vezes queremos aumentar o sopro, para isso que as manobra de cócoras serve – clarear a informação. Em pacientes idosos essa manobra não é a melhor opção. A intensidade do sopro A intensidade de um sopro é avaliada em uma classificação de cruzes em +6 Grau I+/6+ = audível somente com muita atenção Grau II+/6+ = discreto porém audível Grau III+/+6 = moderado porém sem frêmito À partir de +++/+6 todos os sopros tem frêmitos Grau IV+/+6 = somente audível com esteto totalmente acoplado na pele Grau V+/+6 = audível com esteto em contato parcial Grau VI+/+6 = audível sem que o esteto esteja em contato com a pele, próximo. A INTENSIDADE DO SOPRO NÃO TEM RELAÇÃO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA! O QUE TEM RELAÇÃO COM A GRAVIDADE DO SOPRO É A HISTÓRIA CLÍNICA. Sopros que vão de um até três não possui frêmito. Se o sopro tem frêmito, ele é quatro, cinco ou seis. Sopro I – muito discreto; escuta até mesmo com dificuldade. Sopro II – ele é leve, mas assim que coloca o esteto já escuta. Sopro III – não tem frêmito, é moderado. Sopro IV – tem frêmito e é audível com o esteto totalmente colado com a parede torácica Sopro V – tem frêmito e é audível com o esteto em contato parcial com a parede torácica (parcialmente descolado) Sopro VI – tem frêmito e é audível sem que o esteto esteja em contato com a parede torácico, mas está próximo dela. Exemplo: sopro da fístula arteriovenosa. Sopro inocente Sopro comum em crianças que frequentemente leva os pediatras a encaminhá-las aos cardiologistas. São sopros sistólicos na maioria das vezes, audível em torno do foco aórtico acessório que ocorrem por aumento de volume e velocidade no sangue pela válvula aórtica e diminuem com o ato de ficar em pé. Sopro em criança pode ser fisiológico? Não podemos esquecer que a válvula aórtica é a menor válvula do corpo humano. Na criança a proporção de volume circulante é maior do que no adulto. Portanto, há mais sangue passando por uma válvula passando – isso gera um sopro que normalmente é um sopro aórtico – é chamado de sopro inocente. Existe alguma manobra para definirmos se esse sopro é ou não fisiológico? Colocar a criança de pé, pois isso reduz retorno venoso. Falta a parte de descrição do sopro, mas não está no slide que ele disponibilizou no AVA.
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