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DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO O que é conhecimento? Sujeito (cognoscente): pessoa capaz de obter o conhecimento; Objeto (cognoscível): é o que se pode conhecer; Imagem: é o entendimento do objeto pelo sujeito. Como aprendemos? É o que adquirimos e usamos desde pequeno. Conhecimento Objetivo Conhecimento Subjetivo Conhecimento Tácito Os fatos só existem quando percebidos pelos sentidos. Os fatos são vistos a partir do mundo interior de cada um. No processo de interação para conhecer. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO Contribuições de Jean Piaget Pioneiro no estudo da inteligência infantil 1896-1980 Sua visão do desenvolvimento é interacionista. O conhecimento é uma construção. Fatores imprescindíveis ao desenvolvimento: a) a maturação das estruturas biológicas herdadas – sensoriais e neurológicas – que amadurecerão com o meio ambiente; b) a experiência com os objetos; e c) a experiência com as pessoas. A aprendizagem se processa através do contato do ser humano com o meio ambiente e essa relação é a responsável pelo desenvolvimento de novas estruturas cognitivas. Conhecimento não é uma cópia da realidade; não é observar fazendo cópia metal do objeto ou evento, mas atuar sobre ele, modificar, transformar e compreender o processo dessa transformação. Estágio (fases ou períodos) de desenvolvimento Estágio sensório-motor (0-18/24 meses): a inteligência surge neste estágio através das percepções (sensório) e das ações (motor) Estágio pré-operatório (2-6/7 anos): o pensamento infantil constrói a função simbólica, a representação que modifica as condutas práticas do estágio anterior; a criança ganha a possibilidade de representação mental, adquire a capacidade de pensar sobre fatos e objetos que não estão presentes no ambiente imediato, e assim vence os limites do aqui e agora. Estágio operatório concreto (7-11/12 anos): coincide com a entrada da criança no Ensino Fundamental; a criança raciocina de forma coerente; há a construção da capacidade da interiorização de suas ações, por meio da qual consegue realizar as operações mentalmente. Estágio operatório formal (12 anos em diante): o sujeito apresenta capacidade de abstração, elaboração de teorias e hipóteses; o adolescente reconstrói o próprio pensamento e efetiva relações de causa e efeito a partir de hipóteses, esquema hipotético dedutivo. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO Contribuições de Lev Vygotsky Planos genéticos de desenvolvimento 1896-1934 Opôs-se à compreensão do desenvolvimento humano com base na ciência natural, processos sensoriais e reflexos. Almejou apresentar e compreender o homem de maneira integrada, ou seja, o ser humano (biológico), mente (psicológico) e social (cultural) Amparou suas ideias sobre aprendizagem e desenvolvimento em uma perspectiva sócio-histórico- cultural, opondo-se às ideias tecnicistas de aprendizagem e desenvolvimento humano O comportamento e o funcionamento mental humano devem ser estudados em quatro diferentes planos genéticos: o plano da filogênese – relativo à história da espécie humana; trata-se da identificação de características históricas essencialmente relacionadas à evolução da espécie. o plano da ontogênese – relacionado à história do indivíduo na espécie, do nascimento à morte; termo cunhado para descrever a história do indivíduo dentro da espécie humana. o plano da sociogênese – relacionado à história dos distintos grupos sociais e de suas respectivas culturas. o plano da microgênese – referente à história, relativamente de curto prazo, da formação de cada processo psicológico específico; referente, também à configuração única das experiências vividas por cada indivíduo em sua própria história singular.. No domínio ontogenético, que se refere ao desenvolvimento pessoal, podem-se distinguir dois planos de desenvolvimento: A linha natural do desenvolvimento determinada pelas características biológicas da espécie, transmitidas geneticamente e que em determinados aspectos fazem sua aparição de acordo com um calendário maturativo comum. A linha cultural do desenvolvimento por meio da linguagem e de outros elementos simbólicos; aquisição das funções psicológicas superiores, genuinamente humanas. É por meio da linguagem que desenvolvemos a capacidade de representar a realidade, os significados e as representações de mundo historicamente produzido. Internalização Nesse processo, ocorre a passagem, a transição do social para o individual. É a reconstrução de um nível interpsicológico para uma operação intrapsicológica. Nível de Desenvolvimento Real (NDR): Aquilo que o aprendiz já possui internalizado em seu repertório de conhecimento, ou seja, aquilo que ele já sabe, é determinado pelas competências e capacidades do indivíduo para resolver situações problemáticas de maneira independente Nível de Desenvolvimento Potencial (NDP): Caracteriza-se como as possibilidades de realização de tarefas e ações com a ajuda e a colaboração de alguém mais experiente. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): É um preceito interativo que se organiza como estrutura de apoio que possibilita ao sujeito avanços em relação às competências; é na interação que criamos espaço para a organização de novas competências A importância do ato educativo e do papel do professor na proposição de situações de aprendizagem ficam evidentes. A intervenção do professor reveste-se, então, de um novo sentido. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO Contribuições de Henri Wallon 1879-1962 Acreditava que no curso do desenvolvimento, adquirimos, perdemos e readquirimos habilidades, ressignificando e interiorizando conhecimentos já adquiridos, assim como novos conhecimentos Em sua obra. Ele destacou a afetividade e o movimento como molas propulsoras para o desenvolvimento da inteligência e consequentemente da aprendizagem infantil. Atendeu crianças com deficiência e combatentes de guerra nas duas grandes guerras, acreditando em suas potencialidades para a aprendizagem e recuperação de traumas. Principais obras: - Evolução psicológica da criança (2007). - Psicologia e educação da infância (1981). - Origens do pensamento na criança (1989). O desenvolvimento humano como um processo pelo qual o indivíduo é transferido de uma completa imersão social, na qual ele não se diferencia do meio, para um estado no qual ele pode efetivamente distinguir-se do meio, avançando em seu processo de individuação e internalização de conteúdos sociais para a formação de processos interpsíquicos e intrapsíquicos Quatro campos funcionais para a aprendizagem Movimento (caráter motor): Destacado como a principal forma de interação da criança com o meio ambiente durante a primeira infância; por meio do movimento, a criança experimenta as primeiras emoções. Movimento e emoção são indissociáveis no curso do desenvolvimento e da aprendizagem. Afetividade (caráter afetivo): Instrumental – ação executada a partir de uma motivação inicial para alcançar um objetivo imediato. Expressivos – função comunicativa que se forma a partir da interação com o meio e se manifesta de dentro para fora do indivíduo e é usualmente associada a outros indivíduos ou é usada para uma estruturação do pensamento do próprio movimentador. Inteligência (caráter cognitivo): Raciocínio simbólico – possibilidade pensar sobre um objeto na ausência dele. Linguagem – aquisição de habilidades linguísticas propriamente ditas. À medida que o raciocínio simbólico se desenvolve, a linguagem se expande quantitativa e qualitativamente. Formação do eu (pessoa): Gerencia osdemais campos e é o responsável pelo desenvolvimento da identidade e da consciência; é a possibilidade que o indivíduo possui de modificar opiniões, crenças, etc., reposicionando-se diante das próprias convicções ao longo da vida. Estágios de desenvolvimento ESTÁGIO IMPULSIVO EMOCIONAL (0 A 1 ANO): estágio predominantemente afetivo, no qual as emoções são o principal instrumento de interação com o meio; o movimento, como campo funcional, ainda não está totalmente desenvolvido, mas em processo de maturação e desenvolvimento, são um tanto desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento infantil permite que a criança evolua da desordem gestual às emoções diferenciadas. ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO (1 ANO E 3 MESES A 3 ANOS): fase em que a inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos; inteligência dividida entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida pela imitação e a apropriação da linguagem (a partir de aproximadamente dois anos); os pensamentos se projetam em atos motores. ESTÁGIO DO PERSONALISMO (3 A 6 ANOS): período crucial para a formação da personalidade do indivíduo e da autoconsciência; predominância afetiva no sujeito; surgimento da crise negativista: a criança opõe-se sistematicamente ao adulto como forma de se auto afirmar; observamos também uma fase de imitação motora e social. ESTÁGIO CATEGORIAL (DE 6 A 11 ANOS): acentuada predominância da inteligência sobre as emoções; desenvolvimento das capacidades de memória e atenção voluntárias, ou seja, por desejo consciente da criança; é neste estágio que se forma as categorias mentais: conceitos abstratos abarcam vários conceitos sem se prender a nenhum deles; o poder de abstração da mente da criança é consideravelmente amplificado. ESTÁGIO ADOLESCÊNCIA (A PARTIR DOS 11 ANOS): associado às transformações físicas e psicológicas na adolescência; estágio caracteristicamente afetivo, no qual o indivíduo passa por uma série de conflitos; os grandes marcos deste estágio são a busca de autoafirmação e o desenvolvimento da sexualidade.
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