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FACULDADE IRECÊ-FAI CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE PRÁTICA HOSPITALAR I ERICLES OLIVEIRA Irecê -BA 2022 1. INTRODUÇÃO A aula prática na prática hospitalar veterinária proporciona aos discentes, de maneira geral, a aquisições de conhecimento e experiência auxiliando na resolutiva de problemas cotidianos que possam contribuir no desenvolvimento da carreira profissional. Ademais possibilita o aluno colocar em prática fundamentos teóricos adquiridos ao longo da graduação, as atividades desenvolvidas na clínica de pequenos animais podem-se acompanhar diversas consultas médicas variáveis, procedimentos ambulatoriais e procedimentos cirúrgicos. Consequentemente, aspectos como as etapas de anamnese são cruciais ao atendimento, visto que se identifica manifestações clinicas atuais direcionando ao médico veterinário a formulação de diagnóstico corretos, de maneira geral, a anamnese deve conter o motivo que o seu tutor o levou para o auxílio médico. O objetivo da aula prática foi demonstrar técnica de como realizar uma desobstrução uretral causadas por sedimentos em cães e gatos com o bloqueio do nervo pudendo utilizando lidocaína. 2. METODOLOGIA A aula prática foi desenvolvida na sala de anatomia topográfica da Faculdade Irecê – FAI, realizado dia 28/10/2020 das 19:50 às 22:00, com supervisão interna do Médico Veterinário Dr Maxuel Ferreira. Dando início a explicação, o professor Maxuel aborda sobre os principais problemas causadores de obstrução, dentre eles temos a espessura da parede da bexiga que podem causar sedimentos, que por sua vez resulta em obstrução da uretra, ocorrendo com mais frequência principalmente em cães e gatos que foram castrados precocemente, devido aos hormônios sexuais que são responsáveis pelo desenvolvimento do trato urinário. Outra forma de obstrução é devido aos cálculos urinários, onde a alimentação vai contribuir para resultar nesse quadro, além disso algumas sintomatologias se fazem presentes como a dificuldade de urinar, dor abdominal, apatia, e um animal sem se alimentar. A estabilização desses pacientes é de extrema importância, pois alguns compostos vão estar presos, como ureia e creatinina, com o acumulo de potássio nestes pacientes pode causar arritmias, hipercalemia, bradicardia, bradiarritmias, consequentemente haverá choque. Em contrapartida, é de fundamental realizar o controle de dor no paciente, onde consiste na cistocentese como forma de alivio facilitando a desobstrução, nessa técnica é utilizado o cateter amarelo, com posicionamento de 45°, introduzindo a agulha e fazendo a coleta da urina para a realização do exame de urinálise. Em felinos hipotenso e hipotérmico a primeira etapa consiste no aquecimento desse paciente e fluidoterapia de manutenção e em alguns casos glicose, para sedação utiliza-se morfina, metadona, butorfanol, quetamina ou propofol em doses baixas, e para esses fins é imprescindível dispor de uma fonte de oxigênio. Dessa forma, na prática foi utilizado um felino, sem raça definida, macho, castrado, sem alteração no exame físico, ademais realizou-se o MPA com Xilazina na dose de 0,2ml IM associado a Cetamina 5ml, com indução de Propofol 1ml IV, em seguida, após o efeito sedativo, o animal foi submetido a tricotomia do membro posterior direito para a colocação do acesso venoso para indução do soro fisiológico (cloreto de sódio) e de eletrocardiograma para avaliação da frequência e ritmo cardíaco, oximetria, temperatura e frequência respiratória através do monitor, vale ressaltar que para o procedimento adotado o animal foi posto na mesa em decúbito dorsal. Para o procedimento de desobstrução foi realizado a tricotomia na região do peniana e feito a assepsia com álcool, faz a retenção do prepúcio e na exposição do pênis, posteriormente foi introduzido o cateter n° 22 através do pênis do paciente e com auxílio da sonda n° 4 ir injetando soro para empurrar sedimentos para a bexiga, realiza- se a sedação através do bloqueio local (bloqueio do nervo pudendo 0,4 ml de lidocaína) facilitando a manipulação do pênis para o procedimento. 3. CONCLUSÃO Em suma, gatos machos são mais propensos à obstrução uretral porque a baixa ingestão de água e o manejo inadequado dão a eles uma chance maior de desenvolver urólitos que podem causar obstrução. Seu diagnostico é baseado através de exames complementares e histórico do paciente, um manejo inadequado pode causar grande possibilidade de urolitíase, seu tratamento consiste na administração de analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios. Desse modo, na prática hospitalar, podemos adquirir habilidades para o controle da dor, bem como a técnica de esvaziamento da bexiga, a quaç irá beneficiar ao animal no processo de desobstrução e na retirada da dor.
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