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CIÊNCIA DOS MATERIAIS I PROF: RICARDO HENRIQUES LEAL Email: rhleal@id.uff.br Carga Horária: 75 horas (Teórica: 60 hrs; Prática: 15 hrs) BIBLIOGRAFIA: 1) Ciência e Engenharia dos Materiais – Uma Introdução; William D. Callister Jr. e David G. Rethwisch, 8a edição, Editora LTC/GEN 2) Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais; L.H. Van Wlack AVALIAÇÃO: 2 Provas 3a Nota: 40% Prova, 30% Seminário, 30% Exercícios RESUMO DA EMENTA • Introdução • Revisão de Estrutura Cristalina • Difração de Raios X • Imperfeições Cristalinas • Difusão • Propriedades Mecânicas dos Metais • Mecanismos de Endurecimento • Fratura, Fadiga e Fluência • Diagramas de Fase • Transformação de Fases em Metais Propriedades Mecânicas dos Metais • Introdução • Conceitos de Tensão-Deformação • Deformação Elástica • Deformação Plástica Bibliografia: 1. Ciência e Engenharia dos Materiais – Uma Introdução, William D. Callister Jr. e David G. Rethwisch, 8a edição, Editora LTC/GEN Introdução • Materiais em serviço são submetidos a forças ou cargas (p.ex. alumínio em peças de avião, aços em peças de automóveis, aço ou cimento em pontes, aço em tubos transportando gases, etc..) • É fundamental conhecer as respostas desses materiais a essas forças ou cargas para garantir que a deformação não seja excessiva e que o material não frature em serviço • As principais propriedades mecânicas para o projeto de peças metálicas são: rigidez, resistência, dureza, ductililidade e tenacidade • As propriedades mecânicas são determinadas através de experimentos de laboratório que procuram reproduzir as condições de trabalhao da peça, incluindo a natureza da carga aplicada (tração, compressão ou cisalhamento, constante ou variável ao longo do tempo), a duração da sua aplicação (frações de segundo ou períodos de dias ou até anos) e também as condições ambientais, como, p.ex., a temperatura e atmosfera de operação da peça • Os experimentos laboratoriais e as especificações dos produtos são padronizados de acordo com normas internacionais e brasileiras – ASTM, DIN, JIS, NBR • Engenheiros de estruturas: determinar tensões e sua distribuição em elementos da estrutura • Engenheiros de materiais e metalúrgicos: produção e fabricação de materiais para atender às exigências de serviço previstas pelas análises de tensões Conceitos de Tensão e Deformação – Tipos de Cargas Conceitos de Tensão e Deformação – Ensaio de Tração Tensão de Engenharia: σ = F / Ao (N/m 2) onde F é a força aplicada e Ao a área inicial Obs: 1 Mpa = 106 N/m2 Deformação de Engenharia: ϵ = (li – lo) / lo = Δ l / lo onde li = C é o comprimento instantâneo e lo = Co é o comprimento inicial Conceitos de Tensão e Deformação – Ensaio de Compressão Tensão de Engenharia: σ = F / Ao (N/m 2) onde F é a força aplicada e Ao a área inicial Obs: 1 Mpa = 106 N/m2 Deformação de Engenharia: ϵ = (li – lo) / lo = Δ l / lo onde li = C é o comprimento instantâneo e Lo = Co é o comprimento inicial • Mesmas fórmulas do Ensaio de Tração, exceto que a força compressiva por convenção é negativa e o corpo de prova se contrai • Além disso li < lo e a deformação também é negativa • Os ensaios de tração são mais comuns e ensaios de compressão são realizados quando se deseja conhecer o comportamento do material submetido a deformações grandes e permanentes, ou seja, as que ocorre em algumas operações de fabricação ou quando o material é frágil sob tração Conceitos de Tensão e Deformação – Ensaio de Cisalhamento e de Torção τ = F / Ao é a tensão cisalhante, , onde F é a carga ou força imposta paralelamente às faces superior e inferior, cada uma delas com área Ao γ = tan (θ) é a deformação cisalhante Conceitos de Tensão e Deformação – Considerações Geométricas sobre Estado de Tensão Deformação Elástica – Comportamento Tensão-Deformação • Para a maioria dos metais submetidos a uma tensão de tração relativamente baixa, tensão e deformação são proporcionais entre si: σ = Eϵ • Essa expressão é conhecida como Lei de Hooke e é válida para Deformação Elástica; E é o Módulo de Elasticidade ou de Young, com unidades de tensão, GPa, para metais variando de 45 GPa para o Mg a 407 Gpa para o W. • Parâmetro E mede a Rigidez do material, ou seja, a resistência à deformação elástica: quanto maior o valor de E mais rígido o material, ou seja, menor a deformação elástica para uma mesma tensão aplicada Deformação Elástica – Comportamento Tensão-Deformação • Deformação Elástica não é permanente, e o material retorna à sua forma original quando a carga é liberada • Maioria dos materiais segue a lei de Hooke no regime elástico, porém para alguns (p. ex., ferro fundido cinzento, concreto e diversos polímeros) a curva tensão-deformação não é linear e o Módulo de Elasticidade é determinado pela tangente à curva em um ponto ou a secante entre dois pontos no regime elástico Deformação Elástica – Comportamento Tensão-Deformação • Em escala atômica, deformação elástica se daria por pequenas alterações no espaçamento interatômico e no estiramento das ligações interatômicas; potanto, a magnitude de E é uma medida da resistência à separação de átomos adjacentes, isto é, das forças de ligação interatômicas • Portanto, E é proporcional à inclinação da curva força interatômica x separação interatômica na posição do espaçamento de equilíbrio Deformação Elástica – Comportamento Tensão-Deformação • Imposição de tensões de compressão, cisalhamento ou torção também induz comportamento elástico sob baixos níveis de tensão; para tensões e deformações cisalhantes: τ = G.γ onde G é o Módulo de cisalhamento • Em geral, após a liberação da carga em regime elástico, o retorno à forma original não se dá instantaneamente, mas leva um tempo finito para que isso ocorra; esse comportamento elástico dependente do tempo é chamado Anelasticidade: para metais esse tempo é desprezível, mas para alguns polímeros sua magnitude é significativa, gerando o «comportamento viscoelástico» Módulo de Elasticidade diminui com a temperatura Deformação Elástica – Comportamento Tensão-Deformação Deformação Elástica – Propriedades Elásticas dos Materiais • Quando uma tensão trativa (ou compressiva) elástica é aplicada, além da deformação na direção da tensão, ocorrerá deformação também nas direções perpendiculares à mesma Deformação Elástica –Propriedades Elásticas dos Materiais • Um parâmetro denominado Coeficiente de Poisson, ν, é definido como a razão entre as deformações lateral e axial: • Para a grande maioria dos materiais ν é positivo, porém, para alguns polímeros denominados “auxéticos”, ν é negativo • Teoricamente, para materiais isotrópicos ν = 0,25 e o valor máximo, quando não haveria variação de volume, seria ν = 0,50; para a maioria dos metais ν varia entre 0,25 e 0,35 • Muitos materiais são anisotrópicos, o comportamento elástico varia com a direção cristalográfica e, nesse caso várias constantes elásticas são necessárias para caracterizar esses materiais; para materiais isotrópicos pelo menos 2 constantes são necessárias, já que para esses materiais: E = 2G(1 + ν) • Para a maioria dos materiais policristalinos a orientação dos grãos é aleatória e eles podem ser considerados isotrópicos; vidros cerâmicos inorgânicos também são isotrópicos Deformação Elástica – Propriedades Elásticas dos Materiais Deformação Elástica – Propriedades Elásticas dos Materiais Deformação Plástica • Para a maioria dos materiais metálicos, a deformação elástica ocorre apenas até cerca de 0,005; após esse valor ocorre uma deformação permanente, não recuperável, a Deformação Plástica • Sob o ponto de vista atômico, a deformação plástica corresponde à quebra de ligações entre os átomos vizinhos originais, seguida pela formação de ligações com novos vizinhos e eles não retornam às suas posições originais • O mecanismo dessa deformação é diferente para materiais cristalinos e amorfos: • Nos sólidos cristalinos a deformação é obtida porum processo de deslizamento, ou escorregamento, envolvendo o movimento de discordâncias • Nos sólidos não cristalinos (assim como nos líquidos), a deformação ocorre por um mecanismo de escoamento viscoso • A maioria das estruturas é projetada para que ocorra apenas deformação elástica em serviço; uma estrutura ou componente que tenha sido deformado plasticamente, ou que tenha sofrido alteração na sua forma, pode não funcionar como previsto • Portanto é importante conhecer o nível de tensão no qual tem início a deformação plástica (escoamento), o chamado Limite de Escoamento (LE), que é uma medida da sua resistência à deformação plástica: para metais varia desde 35 Mpa para um Al de baixa resistência até acima de 1400 Mpa para aços de alta resistência Deformação Plástica – Limite de Escoamento Material sem Limite de Escoamento definido Material com Limite de Escoamento definido Deformação Plástica – Resistência à Tração • Após o escoamento a tensão necessária para continuar a deformação plástica aumenta até um valor máximo, denominado Limite de Resistência à Tração (LRT); esse é o valor máximo de tensão suportado pelo material quando submetido à tração, a partir daí se a tensão aplicada for mantida ou aumentada ocorrerá fratura • Até o LRT a deformação está uniformemente distribuída por toda a região estreita do corpo de prova, mas nesse ponto se forma uma pequena estricção, ou pescoço e toda deformação subsequente, até a fratura, se concentra nesse pescoço • A Resistência à Fratura corresponde à tensão no ponto de ruptura • Os LRT’s podem variar desde cerca de 50 MPa para alumínio de baixa resistência até valores da ordem de 3000 MPa para aços de alta resistência • Normalmente em projetos de estruturas se utiliza como parâmetro o Limite de Escoamento, porque no momento em que o Limite de Resistência chega a ser aplicado a estrutura já sofreu deformação permanente significativa e, da mesma forma, não se usa o Limite à Fratura em projetos • Entretanto, diversos Processos de Fabricação de Produtos (p.ex. Forjamento, Laminação, Conformação de Chapas) envolve deformação plástica e o conhecimento de como se processa a deformação plástica e os seus parâmetros é fundamental para o projeto desses processos de fabricação Deformação Plástica – Resistência à Tração Deformação Plástica – Resistência à Tração Deformação Plástica – Resistência à Tração Deformação Plástica – Resistência à Tração Deformação Plástica – Resistência à Tração Deformação Plástica - Ductilidade • Ductilidade é a medida do grau de deformação plástica que foi suportada até a fratura • Material que só é capaz de sofrer deformação plástica muito pequena (em geral < 5%) ou mesmo nenhuma deformação plástica até a fratura é denominado frágil e pode ser arriscado utilizá-lo em diversas aplicações, em função do risco de rompimento prematuro • A ductilidade pode ser expressa tanto por um Alongamento Percentual (%AL) ou por Redução Percentual da Área (%RA) • Como uma proporção significativa da deformação plástica no momento da fratura está confinada à região do pescoço, a magnitude de %AL depende do comprimento do corpo de prova: quanto menor o valor de lo maior a fração do alongamento total devido ao pescoço e maior o valor de %AL; portanto, o valor de %AL deve ser sempre referenciado a um comprimento de corpo de prova • Os valores de %RA são independentes de Ao e lo e, em geral, diferentes de %AL • LE, LRT e Ductilidade, ao contrário de E, são sensíveis a deformação prévia, presença de impurezas e/ou qualquer tratamento térmico; LE e LRT diminuem ao passo que a Ductilidade em geral aumenta com o aumento da temperatura Deformação Plástica - Ductilidade Deformação Plástica - Resiliência • Resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia • A propriedade associada é o Módulo de Resiliência, Ur, que é a energia de deformação por unidade de volume necessária para tensionar o material desde um estado sem carga até o Limite de Escoamento • O Módulo de Resiliência para um material submetido a um ensaio de tração uniaxial é igual a área sob a curva tensão de engenharia x deformação de engenharia calculada até o escoamento • A unidade de Resiliência é J / m3 = N / m2 = Pa • Alta Resiliência é obtida com alto LE e baixo E (material para mola) onde assumindo uma região elástica linear: e, introduzindo a Lei de Hooke: Resiliência Deformação Plástica - Tenacidade • Tenacidade é um termo mecânico que pode ser usado sob vários contextos • Tenacidade à Fratura é uma propriedade indicativa da resistência de um material à fratura quando uma trinca, ou outro defeito concentrador de tensões está presente; como é praticamente impossível e caro fabricar materiais sem defeitos, a Tenacidade à Fratura é uma das principais propriedades considerada no uso de materiais estruturais • Tenacidade é também definida como a habilidade de um material absorver energia e se deformar plasticamente antes de fraturar • Para carregamentos dinâmicos (elevadas taxas de deformação) e na presença de um entalhe, a Tenacidade ao Entalhe é determinada por meio de um Ensaio de Impacto • Para carregamento estáticos (pequena taxa de deformação), uma medida da tenacidade é a área sob a curva tensão x deformação até o ponto de fratura; as unidades são as mesmas da Resiliência (energia por unidade de volume, J /m3 ou N / m2 ou Pa; materiais tenazes têm boa combinação de resistência mecânica e ductilidade Tenacidade Deformação Plástica – Tensão e Deformação Verdadeira • Tensão e Deformação de Engenharia são calculadas a partir da área e comprimento originais do Corpo de Prova, porém, durante a deformação plástica, após o Limite de Escoamento, e, particularmente após o empescoçamento, essas dimensões são alteradas significativamente e valores de tensão e deformação a cada instante são diferentes dos valores de engenharia • Por exemplo, em uma curva tensão x deformação de engenharia a tensão cairia após o início do empescoçamento, o que não é correto, pois, com a redução de área a tensão na realidade cresce • Em alguns casos é mais interessante se trabalhar com uma curva tensão x deformação considerando a área e o comprimento do corpo de prova a cada instante; essa curva é denominada Tensão x Deformação Verdadeira • Tensão Verdadeira (σv ): é definida como a carga F dividida pela área da seção transversal instantânea Ai na qual a deformação está ocorrendo (após o empescoçamento será no pescoço) σv = F / Ai • Deformação Verdadeira (ϵv ): é definida através da expressão dϵ = dl / l , então; ϵv = ln (li / lo) • Se não ocorrer variação no volume durante a deformação: Aili = Aolo e nesse caso as tensões e deformações de engenharia e verdadeiras estão relacionadas de acordo com as expressões: σv = σ(1 + ϵ) e ϵV = ln (1 + ϵ) Deformação Plástica – Tensão e Deformação Verdadeira • Paralelamente à formação do pescoço no Ensaio de Tração, ocorre a introdução de um complexo estado de tensões no pescoço, que deixa de ser uniaxial; como consequência desse novo estado de tensão, a tensão axial é menor no pescoço do que a calculada a partir da carga aplicada e da área da seção reta do pescoço • O comportamento tensão x deformação na região plástica quando da aplicação de cargas compressivas, cisalhantes ou de torção é semelhanto àquele exibido no ensaio à tração • Contudo, no ensaio à compressão não haverá um valor máximo, uma vez que não há formação de pescoço e o modo de fratura será diferente do que ocorre na tração. Deformação Plástica – Tensão e Deformação Verdadeira • Para alguns metais e ligas a região da curva tensão x deformação verdadeira desde o início da deformação plástica até o ponto onde tem início o pescoço pode sera aproximada pela relação: σv = K.ϵ𝑣 𝑛 onde K e n são constantes, cujos valores irão variar de uma liga para outra e que tambémdependerão da condição do material, isto é, se ele foi deformado plasticamente, se foi tratado termicamente, etc.. • O parâmetro n é denominado coeficiente de encruamento e possui valor inferior à unidade Deformação Plástica – Tensão e Deformação Verdadeira Deformação Plástica – Tensão e Deformação Verdadeira Recuperação Elástica • Com a liberação da carga durante um ensaio de tração uma fração da deformação total é recuperada como deformação elástica • Durante o ciclo de descarregamento a curva percorre uma trajetória aproximadamente linear virtualmente paralela com inclinação igual ao Módulo de Elasticidade • Se a carga for reaplicada , a curva percorrerá a mesma trajetória linear porém na direção oposta ao do descarregamento e o escoamento se dará no mesmo nível de tensão que o descarregamento teve início • Também existirá uma recuperação da deformação associada à fratura Ensaio de Dureza • Dureza é uma propriedade mecânica que mede a resistência de um material a uma deformação plástica localizada, p.ex. uma pequena impresso ou um risco • As primeiras medidas de dureza foram baseadas em escala construída a partir da habilidade de um material riscar um mais macio, sendo criada a Escala Mohs, que varia do índice 1 para o talco até 10 para o diamante • Posteriormente se desenvolveram técnicas quantitativas para medida da dureza, nas quais um pequeno penetrador é forçado contra a superfície do material a ser testado, sob condições controladas de carga e taxa de aplicação, e a profundidade ou o tamanho da impressão é medida e relacionada a um número de dureza • As medidas de dureza são relativas e deve-se tomar cuidado ao comparar valores determinados por técnicas diferentes • Os ensaios de dureza são mais comuns que os outros ensaios mecânicos: • São simples e baratos • Ensaio não destrutivo • Com frequência outras propriedades podem ser estimadas a partir da dureza Ensaio de Dureza Rockwell • Obtida a partir de combinações possíveis de vários penetradores e diferentes cargas, permitindo o ensaio de virtualmente todas as ligas metálicas e alguns polímeros, sendo o ensaio de dureza mais comum • Penetradores esféricos de aço endurecido com diâmetros de 1/16, 1/8, ¼ e ½ polegada e um penetrador cônico de diamante (Brale) usado para materiais mais duros • Número de dureza é determinado pela diferença na profundidade de penetração resultante da aplicação inicialmente de uma carga menor seguida da aplicação de uma carga principal maior • Dois tipos de Dureza Rockwell em função das cargas aplicadas: • Ensaio Rockwell: carga menor de 10 kg e cargas principais de 60, 100 e 150 kg • Rockwell Superficial: carga menor de 3 kg e cargas principais de 15, 30 e 45 kg • As combinações de cargas e penetradores são identificadas por letras, p.ex, 80 HRB, dureza 80 na escala Rockwell B e 60 HR30W, dureza de 60 na escala 30W • Valores de dureza em uma certa escala que passem de 100 ou fiquem abaixo de 20 são imprecisos e devem ser medidos em uma outra escala; superfície deve ser lisa e plana • Espessura do corpo de prova deve ser pelo menos 10 vezes maior que a profundidade da impressão e deve ser dado um espaçamento de pelo menos 3 diâmetros de impressão entre dois centros de impresso ou entre um centro e a borda Ensaio de Dureza Rockwell Ensaio de Dureza Brinell • Obtida a partir da medição do diâmetro resultante da marca de um penetrador esférico de aço duro ou de carbeto de tungstênio de 10 mm de diâmetro • Cargas padrão variam entre 500 e 3000 kg, em intervalos de 500 kg, sendo mantidas constantes por um tempo especificado entre 10 e 30 s • O diâmetro é medido com um microscópio especial de baixo aumento e convertido no número de dureza por meio de um gráfico ou fórmula • O número de dureza Brinell é tanto uma função da magnitude da carga e do diâmetro medido e a escala é única, sendo denominada HB • Requisitos de espessura do material, de distância mínima entre impressões e distância da borda e de qualidade da superfície são as mesma da Dureza Rockwell e é adicionalmente necessário uma impressão bem definida Ensaio de Dureza Ensaios de Microdureza Knoop e Vickers • Penetrador de diamante muito pequeno e de formato piramidal é forçado contra superfície do corpo de prova • Cargas variando entre 1 e 1000 g • Dimensões da penetração resultante são medidas e convertidas em números de dureza através de fórmulas específicas para cada uma das escalas, que também leva em conta a carga aplicada • Ambos os ensaios são adequados para determinação da dureza em regiões pequenas e selecionadas dos materiais, sendo que o método Knoop é aplicado para ensaios em materiais frágeis, tais como os cerâmicos • OBS: Existem outros ensaios de dureza de aplicações mais específicas, tais como: microdureza ultrasônica, ensaios de dureza dinâmica (escleroscópica), ensaios com durômetro (para materiais plásticos e elastoméricos) e ensaios de dureza ao risco Conversão de Dureza e Correlação Dureza-LRT • Como a dureza não é uma propriedade bem definida do material, dependendo da técnica empregada, não existe um sistema de conversão abrangente. • Os dados de conversão existentes foram obtidos experimentalmente, sendo dependentes do tipo e características do material e, portanto, devem ser usados com cuidado • Dureza e LRT são indicadores da resistência de um metal à deformação plástica e, portanto são aproximadamente proporcionais para o aço, ferro fundido e latão, mas o mesmo não se observa para outros materiais • Para o aço, como regra geral: LRT (Mpa) = 3,45 x HB Ensaio de Dureza
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