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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
A ARTE NA EDUCAÇÃO 
Marcilia Lopes Tolfo
 Nova Andradina, Ms
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
A ARTE NA EDUCAÇÃO 
Marcilia Lopes Tolfo
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Arte da Centro Universitário UNIFAVENI, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em arte.
Nova Andradina, ms
2022
RESUMO
A Arte está relacionada com as sensações, um dos jeitos de expressar suas atividades, seus sentimentos e emoções por meio da pintura, música, dança escultura, cinema, teatro, dentre outros. Desenvolve a capacidades de admirar os valores estéticos, a cautela e a beleza. Instiga a usar sua competência criadora, a iniciativa no senso de individualidade e confiança na sabedoria ao experimentar, criar, julgar e avaliar. A arte é o elemento de amar, ver e sentir o belo como os nossos olhos veem e o coração sente, tem um poder transformador, dando autonomia para o educando para voos alongados ou talvez eternos, por essa causa que arte vai além de uma sala de aula tendo professor como mediador, direcionando, interagindo com o aluno. Depende muito da interação do orientar com o mediador ao estudante na exploração, nos entusiasmos para o ensino da arte, com o intuito de atingir o objetivo de ensinar a área de conhecimento no contexto curricular para uma aprendizagem significativa, levando o indivíduo para independência ou autonomia no seu modo de ver e encarar o mundo. 
Palavras-chave: Criatividade.Emoção.Arte.
ABSTRACT
Art is related to sensations, one of the ways to express their activities, their feelings and emotions through painting, music, dance, sculpture, cinema, theater, among others. It develops the ability to admire aesthetic values, caution and beauty. It urges you to use your creative competence, initiative in the sense of individuality and trust in wisdom when experimenting, creating, judging and evaluating. Art is the element of loving, seeing and feeling the beautiful as our eyes see and the heart feels, it has a transforming power, giving autonomy to the student for elongated or perhaps eternal flights, for this reason that art goes beyond a room class with the teacher as a mediator, directing, interacting with the student. It depends a lot on the interaction of the guide with the mediator to the student in the exploration, in the enthusiasm for the teaching of art, in order to achieve the objective of teaching the area of ​​knowledge in the curricular context for a meaningful learning, leading the individual to independence or autonomy. In their way of seeing and facing the world.		
KEY WORDS: Creativity, emotion and art.
Key words: Creativity.Emotion.Art.
INTRODUÇÃO
A motivação para sugerir o tema da pesquisa foi fundamentada na acuidade de abranger a respeito da disciplina de arte a situação escolar que envolve o educador de arte nas áreas de conhecimento, para que suceda uma aprendizagem expressiva.
A pesquisa está dividida em 2 capítulos para compreender a importância do ensino da arte na constituição do saber cultural do sujeito, fortalecendo o vínculo entre educador e educando, sendo sempre o professor o intermediário do conhecimento dessa aprendizagem.
O primeiro capítulo trata sobre a importância da arte e sua etimologia, fortalecendo o conteúdo com citações de autores renomados na área de pesquisa sobre arte, sendo abordado a seriedade da arte no ensino fundamental ressalvando os Parâmetros Curriculares Nacionais.
O segundo capítulo aborda a extensão da arte na vida do educando, tornando um ser pensante, reflexivo, criativo, crítico, intuitivo para viver em coletividade. Abrangendo que o professor é como o responsável pela mediação do saber artístico e sucessivo abordado no contexto escolar e na vida.
Por fim, este conceito, arte é uma disciplina que estuda o enriquecimento das demonstrações artísticas, a constituição e a transformação das formas, das maneiras, dos conceitos transmitidos através das obras de arte.
1.1 CONCEITO DA ARTE: DA PRÉ HISTÓRIA A CONTEMPORANEIDADE 
Quando se fala em arte, aparece diversos conceitos, mas na verdade a “palavra Arte”, segundo o dicionário vem a etimologia do latim ars, que significa literalmente técnica, habilidade natural ou adquirida ou a capacidade de fazer alguma coisa.
Na educação a arte é muito mais que um simples desenho, é também algo que tenha que envolve criatividades, sentimentos e emoções, antigamente os primórdios já se faziam os desenhos nas cavernas para expressar, utilizavam de materiais naturais como: terra, carvão, sangue, flores e entre outros, essa era uma forma de se comunicar naquela época. A arte esta relacionadas a modelos de invenções de um artista, onde parte dos seus sentimentos, percepção e da criação, com a finalidade de apresentar esse conhecimento há diferentes indivíduos, para cada ser humano a arte apresenta várias interpretações.
A arte está ligada a estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria a imagem ou o som, o homem cria a beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira. Na história da filosofia, testou-se definir a arte como instituição, expressão, projeção, sublimação, evasão e etc. (Wikipédia,2018).
Aparentemente a arte parece ser fácil, que não precisa ser especialista para identificar uma obra de arte, como por exemplo a “ Monalisa” de Leonardo Da Vinci, mas quando fala de definir o conceito de arte, então entende - se que não é uma tarefa fácil. Há varias respostas e explicações que confundi e é difícil ter uma definição que engloba o imenso mundo da arte.
Depois de exercer durante 40 anos a crítica de arte, devo dizer, como Mário de Andrade, que eu também não sei mais o que é arte. Jovens, somos muito afirmativos, mas à medida que amadurecemos as dúvidas aumentam e já não temos certeza de nada. (MORAIS, 1998, p. 12)
No contexto a arte tem um amplo universo no qual há inúmeras interpretações. No decorrer dos anos vem se transformando. De acordo com Ostrower (1987) as mais antigas manifestações artísticas datam a época das cavernas, (Figura 1) no qual desenhos de animais eram realizados nas paredes. Essas imagens pré-históricas configuram os animais como seus ancestrais.
Figura 1 – Pintura rupestre encontrada na Argélia ( África)
Fonte: https://www.todamateria.com.br/arte-rupestre/ 
Na pré-história o tema central da arte é a cultura que os povos determinavam na época. “O estilo pode ser comparado a uma lente, ao focalizar no “como” das formas certos significados - e, com isso, as interpretações possíveis. ” (OSTROWER, 1987 p. 294). Portanto o conceito de arte no período da pré-história tinha uma visão individual e cultural, com o objetivo de mostrar os valores daquela época.
Segundo Ostrower (1987, p. 312) “Os enfoques variam de acordo com a personalidade do artista nos contextos culturais onde já é possível a individualidade expressar-se e possivelmente ainda nas formas de maturidade de seu desenvolvimento artístico. ” Então os desenhos nas cavernas foram as primeiras manifestações artística.
Na idade média, essa época a arte teve uma grande influência da igreja católica, que está ligada a característica entre o cristianismo e a produção artística, que destacava o sobrenatural e a valorização do divino. A arte principal dessa época foi a gótica e a romântica, que faziam suas produções artística retornadas para a igreja, mosteiro, capelas e lugares sagrados. Havia uma diferença que era a arquitetura, ou seja, o jeito das construções era diferente uma da outra. Na arte moderna (Figura 2) as igrejas eram enormes e fortes.
Figura 2 – Coliseu , 68-79 a.C.
Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/de/Colosseo_2020.jpg/300px-Colosseo_2020.jpg 
Na Arte Gótica, (Figuras 3) as construções eram aprumadas, trocando o horizontal da Românica, as estruturas passaram a ser mais finas e leves.
Figura 3 – Catedral de Chartes. 1145
Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c5/20050921CathChartresB.jpg/250px-20050921CathChartresB.jpgNo período dos séculos XV e XVI nasceu o movimento cultural denominado Renascimento, que a interpretação científica do universo e o Humanismo predominava nas criações artísticas. Com isso a igreja e a religião deixaram de ser o foco das produções artísticas, onde o homem se tornou o principal personagem das obras artísticas. As características principais da pintura nesta época é o jogo de contrastes e a combinação de perspectivas e, assim, tornando-as mais reais. Um artista muito famoso do período, por se destacar com suas técnicas era Leonardo da Vinci, com suas maravilhosas e famosas obras, como “Monalisa” e a “Última ceia”.
Figura 4- Monalisa. Leonardo da Vinci. 1503
Fonte:https://lh3.googleusercontent.com/proxy/dVKBFZzcLE4saCPdbvmDrq2cimihGYglASwTRijXtHC4_5H8PFeqZFjTrJsfy7OyaOrjaHcbUnF3XlNYMZaMsJy4UQtkmrWEF3FfO1gIvZX9i5vPui6-f4_-DvV3aYkDfhyLqVJXw 
Figura 5 – Última ceia. Leonardo da Vinci, 1495
Fonte:https://static.todamateria.com.br/upload/ul/ti/ultima_ceia_da_vinci_1_694x250_c.jpg 
Nos séculos XIX e XX, não tinha muita diferença do contexto da Idade Média, a arte que se desenvolveu na Europa e depois na América do Norte, com duas fases: a Clássica e a Romântica. A clássica, segundo Argan (1999, p. 11) “está ligada à arte do mundo antigo greco-romano [...] e a relação do homem com a natureza é clara e positiva [...]” (Figura 8). 
Figura 6 – A morte de Marat. Jacques Louis David. 1793
Fonte: https://artout.com.br/wp-content/uploads/2019/01/A-morte-de-Marat-1.png 
A romântica está conectada “[...] à arte cristã da Idade Média e mais precisamente ao Românico e Gótico.” (ARGAN, 1999, p. 11). “[...] A natureza é uma força misteriosa, frequentemente hostil.” (p.11).
Nesse período os artistas começaram a ter mais liberdade em suas obras de arte, sempre buscando maneiras diferentes de representar suas criações artísticas. Então surgiu as vanguardas da arte moderna: o Fauvismo, Cubismo, Impressionismo, Expressionismo, Surrealismo, Dadaísmo entre outros, sendo eles, as ligações artísticas modernas, que segundo Proença (2006, p.182) “[...] cada qual a seu modo, expressaram as aflições e as esperanças de cada época” (Figura 7).
Figura 7 – Mae West. Salvador Dalí, 1934
Fonte:
https://images-na.ssl-images amazon.com/images/I/51jsN6nchFL._AC_.jpg 
No termino dos anos 50, começa o Dadaísmo (Figura 8), onde elenca várias tendências da arte no século XX. De acordo com Ostrower (1986, p.331): 
O movimento dadaísta não surgiu por questões estilísticas. Nem no fundo, se prendem a problemas da arte, ainda que as formas em que decorreram as manifestações fossem artísticas. O objetivo claro e imediato foi um protesto contra a Primeira Guerra Mundial, protesto contra uma cultura que se dizia civilizada e permitia a matança de milhões de inocentes em nome de elevados valores culturais.
Este movimento se fortaleceu com o ingresso de artista de várias áreas e suas criações tinham um impacto muito grande a racionalidade e o bom gosto da cultura ocidental. As obras eram feitas por montagens e colagens com ajustes feitos porventura. No Dadaísmo quem teve um destaque é Marcel Duchamp, ele buscou a coligar material de uso comum nas suas esculturas (Figura 8). Portanto nessa época o Dadaísmo inventou a arte da aberração. “A finalidade, como se dizia, era a de que todos se tornassem participantes e não permanecessem apenas espectadores passivos. ” (OSTOWER, 1987, p. 338). 
Figura 8 - A Fonte. Marcel Duchamp, 1917
Fonte: https://i1.wp.com/www.historiadasartes.com/wp-content/uploads/2017/10/m_A-Fonte.jpg?resize=423%2C450&ssl=1 
No meio dos anos 60 nasce a Arte Conceitual, que dominou a valorização do conceito e do método artístico é muito mais que um elemento a ser apreciado, as opiniões e os conceitos aproveitam a cor, a forma e a textura das obras. Já na década de 70 aparecem as arrumações, como uma das várias formas de lançar a arte dentro da Arte Conceitual, (Figura 9), que todo o espaço era possível a influência artística, intervenção que cria um espaço. 
Figura 9 – Através. Cildo Meireles, 1983 – 1989
Fonte:https://lh3.googleusercontent.com/proxy/D1DenMI1a0JDieGOvoxuxAr1cv_DXc69S137B9OjqcE5SRRDO6rUnk0rRGS8jTW-qcIhr2dNKKZ0bKxJTNCkukgo8ck_m5rH03GsUX55Fvjdpsrt3aX0m-p9xYJH4d82YrzknP8Tw2yco9VWAQuuHQlxMHcnNnslHIOH8_P8_8GWhWuDEY-2UohnlNoZNL2OhQ 
 A Arte Conceitual, evita o estilo, do julgamento apenas estética da obra, desaparecem as espécies, e pegam a se fazer arte acoplando distintas técnicas, ou seja, a arte agora pode ser feita com diferentes materiais, até mesmo com o corpo.
 A Arte Contemporânea, incluída como a arte do atualmente, se diferencia por ser inovadora e compreensiva, e muitas vezes suas obras não proporcionam um esclarecimento intensa ao observador, o que razão, nos mesmos, muitas dúvidas e investigações. Segundo Canton: 23 [...] a arte contemporânea que surge na continuidade da era moderna se materializa a partir de uma negociação constante entre arte e vida, vida e arte. Nesse campo de forças, artistas contemporâneos buscam um sentido, mas o que finca seus valores e potencializa a arte contemporânea são as inter-relações entre as diferentes áreas do conhecimento. (2009, p.49). Para Cocchiarale, “o artista contemporâneo nos convoca para um jogo onde as regras não são lineares, mas desdobradas em redes de relações possíveis ou não de serem estabelecidas.” (2007, p. 14). Nesse significado a Arte Contemporânea procura uma afinidade com outros abalos artísticos, com a vida e traz à película assuntos que não são da favorável a arte. No espaço contemporâneo os conhecimentos e tecnologias são informados de forma ligeira, necessita muitas vezes de respostas complementadas, com a finalidade de promover a vida das pessoas. No entanto, tais facilidades encarregam com que a ampla maioria se acomode e abandone de procurar suas adequadas respostas. Por isso, quando essas pessoas se encontram com uma obra artística contemporânea, muitas vezes acham curioso, excêntrico e não gostam, pois habituadas a apresentar em mãos tudo finalizado, percebem problema em explanar aquilo que não está explícito. Segundo Cocchiarale (2007, p. 14), “o problema é que essas pessoas usam um único verbo: entender. Entender significa reduzir uma obra à esfera inteligível. Eu nunca ouvi ninguém dizer: eu não consegui sentir essa obra.” É respeitável lembrar que a obra de arte contemporânea se conclui no expectador, o entendimento da obra estar amarrado ao sentimento do mesmo no andamento em que está perante da produção, ou seja, em primeiro lugar o expectador necessitará conhecer a obra para, em seguida, procurar abranger. Para os artistas contemporâneos, pode-se obter a arte com qualquer material, seja ele, lixo, sucata, tinta, roupas, metais e até mesmo o corpo serve como encosto para fabricação, tornando-se acessíveis em suas preferências. De acordo com Cauquelin (2005, p. 127): O que encontramos atualmente no domínio da arte seria muito mais uma mistura de diversos elementos; os valores da arte moderna e os valores da arte que nós chamamos de contemporânea, sem estarem em conflito aberto, estão lado a lado, trocam suas fórmulas, constituindo então dispositivos complexos, instáveis, maleáveis, sempre em transformação. Faz-se necessário lembrar que a arte contemporânea como sendo a arte da atualidade traz consigo um universo de opções de criação, onde quase tudo se transforma em produção de arte, dificultando um conceito mais preciso sobre a mesma. No entanto, conforme Cauquelin “[...] a arte nascida das tecnologias de 24 comunicação segue seu caminho, mesmo que fora da sociedade bem pensante.”. (2005, p.158). Nesse sentido, mesmo parecendo fora da realidade em algumas situações, a arte contemporânea não deixa de ser arte, trazendo consigo ideias que instigam o expectador à entender o que o artista quis transmitir com sua obra. 
Ao trabalhar arte a pessoa se dedica em expressar a beleza da natureza que se encontra ao seu redor ou até mesmo a natureza morta que inspira uma criação de uma linda obra dearte.
Segundo Aristóteles, definiu a arte como uma imitação da realidade, mas Bergson ou Proust a veem como forte sensação de vigor da condição irregular intrínseca à realidade, Kent considera que a arte é uma manifestação, uma “satisfação de desinteressada”.
De acordo com os filósofos acima e com romantismo, vitalismo, fenomenologia, marxismo, surgem também outras e novas interpretações de “arte”. 
Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente.
 
Na educação a arte procura ampliar o conhecimento do sujeito de múltiplos formatos que esta dominadas na vida das pessoas em muitos aspectos como a religião, ciências da humanidade, podendo se comunicar e expressar por meio das representações artísticas. As diversas formas de perceber, apreciar e produzir a arte em diferentes linguagens, nós podemos descobrir e redescobrir a nossa e a cultura universal.
De acordo com Ferraz e Fusari (1999, p.19):
A arte constitui de modo específico de manifestação da atividade criativa do ser humano, ao interagirem com o mundo em que vivem, ou se conhecerem e ao conhece-lo.
 Por meio da arte o sujeito tem um apreciar e um conhecimento sobre o mundo distinguido, conseguindo contemplar a obra e a representação cultural de um povo. É o que confirma Da Vinci e Lispector:
A arte diz o indivisível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível. 
A arte não é pureza, é purificação, não é liberdade é libertação. (Da Vinci; Lispector)
 Nas citações acimas, os dois autores confirmam que o estudo da arte vai além de uma sala de aula, tem um sentido e um conceito amplo e infinito, como conhecimento imprescindível na formação plena do cidadão.
Necessita ser respeitado todas as distintas formas de arte e tudo que a submerge, sendo compreendendo artes plásticas, música, escultura, arquitetura, dança, artes visuais, artes gráficas, artes cênicas entre outras.
Assim, a arte é forma de propagar emoções, criatividade, anseios e ideias dos seres humanos na realidade de uma cultura, de conceber a formosura e a linguagem significativa de um povo, volvendo serem pensantes nas habilidades das revelações artísticas, divulgando assim a realidade e a veracidade do coração do criador.
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria, o conceito ou o som, o homem cria formosura ao se encorajar por dar esclarecimento ao mundo material ou imaterial que o impõe. Na biografia da filosofia tentou se determinar a arte como discernimento, expressão, projeção, sublimação, evasão, etc. Aristóteles definiu a arte como uma imitação da realidade, mas Bergson ou Proust a veem como a exacerbação da condição atípica inerente à realidade. Kant considera que a arte é uma manifestação que produz uma "satisfação desinteressada".
De acordo com o Romantismo, Vitalismo, Fenomenologia, Marxismo, surgem também outras e novas interpretações de "arte". A dificuldade de definir arte está na sua direta relação e dependência com a conjuntura histórica e cultural que a fazem surgir. Isso acontece porque quando um estilo é criado e estabilizado, ele quebra com os sistemas e códigos estabelecidos.
Arte é um termo que vem do latim, e constitui técnica/habilidade. A definição de arte varia de acordo com a época e a cultura, por ser arte rupestre, artesanato, arte da ciência, da religião e da tecnologia. Presentemente, arte é usada como a atividade artística ou o produto da atividade artística. A arte é uma criação humana com valores estéticos, como beleza, equilíbrio, harmonia, que representam um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras.
Para os povos primitivos, a arte, a religião e a ciência andavam juntas na figura, e originalmente a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades. Para os gregos, havia a arte de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios.
A arte é um automático do ser humano e muitas vezes representa a sua condição social e particular de ser pensante.
Na história da arte entende - se que é uma ciência que analisa as agitações artísticos, as distantes mudanças na valorização estética, as obras de arte e os artistas. Esta análise é feita de acordo com a vertente social, política e religiosa da época que é estudada. Várias outras ciências servem de auxílio para a história da arte, como a numismática, paleografia, história, arqueologia etc.
Com a história da arte pode se aprender um pouco sobre o ser humano através a evolução das diversas expressões e manifestações artísticas.
1.2 A EDUCAÇÃO DA ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL
De acordo com o Parâmetro Curricular Nacional (1997, p.39), o ensino da arte para ensino fundamental afirma que no perpassar desse período o educando poderá desenvolver sua competência estética e artística nas diversas modalidades da área de arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro).
 Sendo trabalhado o individual ou coletivo para que haja sucesso no futuro, onde devolva habilidades de descobrir, apreciar os valores estéticos, como a inciativa no senso de individualidade e confiança no seu discernimento ao experimentar, criar, julgar e avaliar bens artísticos culturais de diferentes povos, desde os primórdios até os dias atuais.
A arte veio da Europa no ano de 1816, tinha como intuito ensinar o desenho e a cópia do desenho, não era tradicional no país, vinha sendo apresentada de forma fragmentada e não era exigida a parte teórica, sendo valorizada somente a parte prática nas primeiras escolar que nelas foram abordadas o ensino da arte.
E o que confirma a Lei nº 5.692/71:
Ficou determinada que a disciplina de educação artística abordasse conteúdos de música, teatro, dança e artes plásticas de 1° e 2° graus, onde a figura do professor único deveria dominar todos esses linguagens de forma competente. No entanto, muitas vezes eram formados em cursos de (2 anos). Na escola, eles trabalhavam na concepção tecnicista, onde a arte era centrada nas técnicas e habilidades, de modo que o aluno deveria ter domínio de vários materiais, os quais seriam utilizados na sua expressão artística, que era de forma espontânea, sem compromisso com o conhecimento de linguagem artísticas.
As atividades abordadas no ensino da arte, oferece aos educandos um currículo escolar completo, pois abrange várias para que os mesmos consigam à aprender e se desenvolver tendo a oportunidade de expressar seus próprios sentimentos.
A arte na educação, tem como intuito fundamental o ensino da cultura e de artistas que se dedicaram suas vidas produzindo arte, para o conhecimento dos educandos no processo de ensino-aprendizagem sendo ligada a todas as áreas.
A educação em arte propícia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dá sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quando na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. (PCN, 1997, p.15)
De acordo com relatado na citação acima, o ensino da arte colabora para que crie e construa pensamentos artísticos desenvolvendo a criatividade e imaginação, fortalecendo e auxiliando o que lhe foi ensinado, Inter disciplinando nas áreas de conhecimento. A arte na educação não é estudada isoladamente, mas sim para complementar e auxiliar as demais disciplinas, favorecendo o desenvolvimento mútuo do educando, e contribuir para uma aprendizagem significativa.
Quanto mais o aprendiza a oportunidade de re-significar o mundo por meio da especificidade da linguagem da arte, mas poder de percepção sensível, memória significativa, imaginação terá para formar consciência de si mesmo e do mundo. Desvelar/ampliar,com termos interligadas são ações auto-impulsionam como pelo instigadores para poetizar, fruir, conceituar e conhecer arte elaborando sempre novas relações com o já sabido. (MARTINS, 1998).
Quanto mais o educando tiver contato com o ensino arte, terá mais autonomia, organização e desenvolve o seu cognitivo onde conseguirá devolver a segurança e confiança de si mesmo e do mundo que o cerca. Eles buscam na arte uma maneira separar as experiências vividas e suas emoções, nesse momento que eles podem deixar a imaginação fruir e criar obras de sua própria autoria e melhorando o seu conhecimento, podendo a obra como um simples desenho.
E o que confirma o Parâmetro Curricular Nacional (1997, p.30)
A emoção e movimento, a imaginação dá forma e densidade á experiência de perceber, sentir e pensar, criando imagens internas que se combinam para representar essa experiência.
Aprendizagem da arte é formada por um conjunto de diferentes de tipos de conhecimentos, que tem fundamentos a construção do indivíduo sendo que a escola contribui na preparação deles para a vida, ensinado valores étnicos e sociais, valorizando o que educando tem melhor e fortalecendo suas potencialidades. 
 A escola enquanto instituição/espaço construtivo é potencialmente necessária à ampliação do conhecimento e das diversas leituras prováveis de mundo, porém, hoje, a não mais Educação Artística e nem mesmo a Arte-Educação, e sim o ensino de Arte, apesar das mudanças na nomenclatura e na perspectiva metodológica, mantém-se em discussão, buscando/visando não só a manutenção e a garantia do seu reconhecimento, seu espaço e a sua vigência no currículo escolar brasileiro, como também e de forma incisiva, a sua sobrevivência e desenvoltura na prática escolar. (Apostila fundamentos do ensino da arte na educação, 2016 p.03)
 
Apesar da mudança da nomenclatura, a arte cada dia mais busca seu reconhecimento e estabilização no currículo escolar brasileiro, na procura de restabelecer e garantir seu espaço na educação.
Em muitas escolas o pensamento sobre a arte é que essa área de conhecimento decoração, fazer evento, enfeitar o espaço escolar e trabalhar as datas comemorativas esquecendo a verdadeiro propósito do ensino de arte, não sendo considerada como disciplina mas como uma atividade de recreação, arte tem ser vista e comtemplada como uma cultura.
2.0 O ENSINO DA ARTE E EDUCANDO
Aproximar-se o ensino da arte nos anos iniciais do ensino fundamental envolve inúmeros educandos, um ensino que envolve o despertar para a imaginação e criatividade deles, favorecendo seu crescimento mútuo “É brincando, desenhando e imaginando que se aprende.”
O propósito desse ensino, é que os alunos busquem ir além de um caderno e de uma sala de aula, que possam aprender e realizar tanto o conceito da arte como o deixar a criatividade fruir, não é necessário trabalhar somente o desenho, mas também pode ser estudado por meio de um texto, pesquisa, gravura entre outros, desenvolvendo assim seu intelecto.
E o que confirma Read (1954, p. 30): 
[...] deve compreender –se desde o começo que tenho presente não é simplesmente a ‘educação artística’ como tão, que deveria denominar-se mais apropriadamente educação visual ou plástica,: a teoria que enunciarei abarca todos os modos de expressão individual, literária e poética(verbal) não menos que musical e aditiva, e forma enfoque integral da realidade que deveria denominar-se educação estética, a educação desses sentimentos sobre os quais se funda a consciência e, última instância, a inteligência e o juízo do indivíduo humano.
O autor afirma que a educação em arte não é somente artística deve levar em consideração individual de cada aluno, pois ninguém é igual ao outro, valorizando o que os educandos tem de melhor para oferecer ao ensino- aprendizagem.
Esse processo auxilia no desenvolvimento do potencial do educando, sendo utilizando diferentes recursos para aquisição do conhecimento, facilita e capacita os mesmos para realizarem diversas atividades fortalecendo o crescimento pessoal do aluno.
Para o autor no ensino da arte contempla 3 atividades: a auto expressão, a observação e a apreciação. Essas atividades compreende a necessidade do indivíduo de comunicar seus pensamentos aos outros indivíduos, sendo gravado na memória suas impressões para posteriormente ter um conceito sobre mundo.
2.1 O PROFESSOR MEDIADOR DO CONHECIMENTO
O Educador tem papel fundamental no ensino da arte e na formação do indivíduo, tendo como prioridade o trabalho em sala de aula, visto como é nesse espaço que ocorre a aprendizagem, fortalecendo a relação professor e aluno e a troca de experiências em um ensino de qualidade, uma aprendizagem significativa.
Nesse ambiente escolar que o professor irá mediar, criar e auxiliar o conhecimento na aprendizagem do indivíduo, tendo como metas e objetivos para executar e avaliar esse ensino, possibilitando desafios e situações novas ao seu educando, para que o educando tenha conhecimento da cultura a sua volta e a cultura universal.
A sala de aula é o local mais importante da escola. É o espaço de comunhão. Um lugar sagrado. Tudo mais existe em função da sala de aula. A biblioteca, o refeitório, a cantina, as áreas de recreação, as quadras de esporte, as salas de multimeios, a secretaria, a direção, tudo está a serviço do sucesso na sala de aula.( 20 de maio 2018)
 O ambiente tem em sala de aula deverá ser aproveitado ao máximo não ficando restrito a ele, podendo explorar outros espaços escolares para auxiliar na aprendizagem.
O cenário da sala de aula precisa ser levado sério, pois o lugar que o educando encontra leva o mesmo a despertar a novos saberes, sendo que o educador de arte poderá interagir com o professor regente podendo de forma criativa oferecer novas possibilidades e novos conhecimento no contexto escolar.
O conhecimento de mundo que se faz por mediação da escola é necessariamente filtrado pela ferramenta verbal- de preferência em sua forma escrita[...]. Investidos no papel e da função de educadores em arte, uma nova dimensão acrescenta-se para nós: a da construção sensível de nossa competência para mediar outros olhares encaminhá-los a auto compreensão e à compreensão do mundo e seus mistérios. (BUORO, 2002, p.59)
Durante o tempo o ensino da arte vem sendo desvalorizado, deixando de ser uma área de conhecimento para torna-se um acessório decorativo, acabando com o verdadeiro sentido do ensino, que é a formação crítico do cidadão capaz de pensar o saberes artísticos.
O trabalho com arte na escola tem uma amplitude limitada, mas ainda assim há possibilidades dessa ação educativa ser quantitativa e qualitativamente bem feita. Para isso, seu professor precisa encontrar condições aperfeiçoa-se continuadamente tanto em saberes artísticos e sua história quanto em saberes sobre a organização e o desenvolvimento do trabalho de educação em arte. (FERRAZ, 1993 p.16).
O educador na citação acima busca novas metodologias e deve valorizar seu ensino, defendendo o que é importante para o ensino da arte e não perdendo sua proposta educacional, fortalecendo o conhecimento artístico e histórico no processo de ensino aprendizagem.
Portanto, a escola deve valorizar o educador e o ensino da arte par que possam reformularem o conceito para enriquecer o currículo do educando, tendo como foco de saberes históricos e culturais. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste artigo cientifico, conclui-se que “arte na educação integral da criança” explica que é essencial o ensino da área de conhecimento da arte para o educando, seja composto de uma visão sobre ao mundo que o cercam, fortalecendo a sua cultura e cultura universal.
 A importância do ensino da arte na formação do cidadão, como ser pensante e crítico na sociedade capaz de se expressar, descobrir, criar e apreciar as diferentes linguagens da arte dentro do contexto escolar.
E de grande valia interdisciplinar e perpassar nas áreas de conhecimentos, é destacado a importância do educador neste contextocomo mediador, educador e educando sendo aliados para atingirem o objetivo de uma aprendizagem significativa.
Durante a evolução da história da arte na educação, seu conceito mudou, antes era trabalhada fragmentada e com nenhuma relação com a teoria, hoje sendo explorado a visão do educando para compreender e refletir sobre os acontecimentos e sobre o saber artístico, utilizando a criatividade como processo de aprendizagem.
Portanto, a influência a que arte na educação interagem como indivíduo são inquestionáveis, seja para aquisição de conhecimento como para formação de saberes do educando no processo de ensino /aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBILOGRÁFICAS
BIASOLI, A formação do professor de arte. Ensino das artes: construindo caminhos. Campinas,1999, p.136-7.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Arte. Brasília; MEC; 1997.
BUORO, Olhos que pintam. Ensino das artes: construindo caminhos. Campinas, 2002 p.59.
COLOTO, Daniela Cristina. Revista conteúdo. Disponível em: www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/vewfile/35/34 Acesso em: 27 de agosto de 2016.
FERRAZ & FUSARI, Metodologia do ensino da arte. Ensino das artes: construindo caminhos. Campinas, 1993, p.16.
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