Importância do Petróleo para o Desenvolvimento e Soberania Nacional

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Importância do Petróleo para o Desenvolvimento e Soberania Nacional 
A notória importância do petróleo no atual estilo de vida do homem deve-se a diversos fatores que 
influenciaram a expansão da indústria. Alguns destes fatores são: o preço baixo do petróleo e seus derivados, 
quando comparado aos lucros, exceto em momentos de crises; a disponibilidade de exploração (até o 
momento), aliada à facilidade de logística ou armazenamento do produto; e a vasta aplicabilidade após o 
refino no estilo de vida moderno. 
A forte influência do petróleo na geopolítica mundial pôde ser fortemente notada durante a segunda 
guerra mundial, onde os países com abundância de óleo demonstravam vantagens de confronto. Nas 
operações dos exércitos investia-se na mecanização, necessitando de combustíveis e lubrificantes. 
Operações de ataques a refinarias de petróleo foram utilizadas como estratégia na segunda guerra mundial, a 
exemplo disso cabe citar o bombardeio dos aliados à refinaria Ploesti, que fornecia petróleo aos alemães. 
Ainda no contexto mundial, uma marcante guerra ocasionada pelas disputas de poder influenciadas 
pelo petróleo, foi a primeira Guerra do Golfo em 1991, desencadeada pela invasão do Iraque no Kuwait. O 
Iraque invadiu o Kuwait, alegando responsabilidade do baixo preço de venda do barril de petróleo, uma das 
causas deve-se também ao fato do governo do Iraque, na época liderado por Saddam Hussein, se recusava a 
pagar dívidas externas. Além disso, o Iraque acusava o Kuwait de roubar suas reservas de petróleo situadas 
entre os dois países. Após uma operação com cooperações internacionais, o Iraque foi derrotado, no entanto, 
enquanto se retiravam do Kuwait incendiaram cerca de 700 poços de petróleo, causando um desastre 
ambiental e econômico. Nota-se através desse exemplo como o petróleo afeta a geopolítica mundial e a 
soberania das nações. 
O primeiro artigo da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 determina a soberania 
como primeiro fundamento da República, e em parágrafo único diz ainda que “todo o poder emana do 
povo...”, portanto a soberania é um direito do povo. Sendo o petróleo um recurso indispensável para o poder 
econômico, social e político do país, consequentemente a administração do petróleo deve ser feita de modo a 
beneficiar a nação brasileira. A Constituição ainda representa um marco no desenvolvimento da indústria de 
refino, já que, no artigo 177 aponta o deve da União de garantir a refinação do petróleo nacional ou 
internacional e o fornecimento dos derivados de petróleo no território brasileiro. 
No Brasil, a criação da Petrobras em 1953 e garantia de monopólio estatal foi um dos pontos 
marcante na história do petróleo brasileiro, pois indicava o início de participação do país no cenário do 
mercado mundial. Para além, após a criação da refinaria Landulpho Alves, o Brasil iniciou a industrialização 
no setor, pretendendo substituir as importações pela produção nacional, sendo um marco no 
desenvolvimento do país. 
Após a quebra de monopólio do petróleo em 1995, a Lei 9.478 de 1997 estabelece as diretrizes sobre 
a política energética nacional, sendo determinados os objetivos no primeiro artigo. Destacam-se alguns 
diretamente relacionados com o desenvolvimento e soberania nacional, como: preservar o interesse nacional, 
promover o desenvolvimento, ampliar o mercado de trabalho, valorizar os recursos energéticos, proteger os 
interesses do consumidor e proteger o meio ambiente. 
O Brasil destacou-se em tecnologia offshore (alto mar) e em 2006 descobriu o pré-sal, uma das 
descobertas mundiais mais importantes no setor nos últimos anos. Com essa descoberta, foi alterado o marco 
regulatório, garantindo a soberania nacional em um momento onde empresas estrangeiras cobiçavam a posse 
das reservas recém-descobertas no Brasil. O novo marco regulatório atuou por leis, dentre elas a Lei 12.351 
de 2010, na qual no artigo 1° dispõe a exploração e produção de petróleo, também cria o fundo social, 
vinculado à presidência para aplicabilidade em desenvolvimento social, educacional, tecnológico e 
ambiental. Também atuou através da Lei 12.304, onde uma nova estatal foi criada, a Pré-Sal Petróleo S.A., 
Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural, vinculado ao Ministério de Minas e 
Energia. 
Recentes acontecimentos preocupam o desenvolvimento industrial no Brasil. Em 2009, por 
influência do governo brasileiro, foi assinado o Termo de Compromisso de Cessação (TCC), determinando a 
venda de oito refinarias brasileiras. Um dos contratos de venda das refinarias foi assinado no ano de 2021, 
segundo a Agência Brasil, a venda da refinaria de Landulpho Alves e seus ativos logísticos foram feitos para 
a Mubadala Capital, empresa dos Emirados Árabes Unidos. A RLAM foi a primeira refinaria nacional de 
petróleo do do país. 
O petróleo desempenha um forte papel na geopolítica mundial atual, e estima-se que continuará a 
representar este papel durante as próximas décadas. Um país que domina as fases da cadeia produtiva do 
petróleo – exploração, produção, transporte, processamento, distribuição e venda de produto –, é um país 
com grande influencia politica mundial e desenvolvimento nacional, garantindo que o setor petrolífero seja 
um patrimônio com benefícios aos cidadãos. Para além, ressalta-se a necessidade de políticas ambientais às 
reservas nacionais, para que os interesses nacionais estejam aliados à preservação dos patrimônios naturais 
do país. 
Considerações finais 
Por conseguinte, o panorama do petróleo no mundo e no Brasil pôde ser analisado através de dados 
estatísticos de anuários, e com isto comprovou-se a dominância da indústria do petróleo nos últimos anos, 
como fonte energética do atual estilo de vida da humanidade, até mesmo no ano de 2020 na crise pandêmica. 
As reservas petrolíferas e as empresas exploradoras de grande porte, como a Petrobras brasileira, e também 
de pequeno e médio porte apresentam-se influenciadoras do desenvolvimento econômico, tecnólogo e social 
do país.