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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO FORMAÇÃO DE GESTORES ESCOLARES Unidade 3 - Garantia do Direito à Aprendizagem MÓDULO II GESTÃO PEDAGÓGICA CADERNO DE ESTUDOS UNIDADE 3 2019 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Vice-governador do Estado de Minas Gerais Paulo Eduardo Rocha Brant Secretária de Estado de Educação Julia Figueiredo Goytacaz Sant'Anna Secretário de Estado Adjunto de Educação Edelves Rosa Luna Chefe de Gabinete Camila Barbosa Neves Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Geniana Guimarães Faria Elaboração Equipe Técnica da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Colaboração Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 1 de 39 | Sumário Sumário Unidade 3 - Garantia do Direito à Aprendizagem 3 3.1. Organização Curricular da Educação Básica 4 3.1.1. O Currículo Referência de Minas Gerais 4 O Processo de elaboração do Currículo Referência de Minas Gerais 5 A importância do Currículo 6 Os eixos estruturadores do Currículo Referência de Minas Gerais 7 Formação Continuada de Professores 8 As Competências Gerais no Currículo Referência de Minas Gerais 9 Competências Gerais da Educação Básica 9 Estruturação do Currículo Referência de Minas Gerais 11 3.1.2. Matriz Curricular 14 3.1.3. Plano de Trabalho Docente 16 3.2. Avaliação Educacional 17 3.2.1. Avaliações Internas e Externas da Aprendizagem 19 3.2.2. Elementos para elaboração e análise dos resultados das avaliações educacionais de larga escala 20 As Matrizes de Referência 20 Teoria de Resposta ao Item (TRI) 22 Teoria Clássica dos Testes (TCT) 22 Proficiência 23 Escala de Proficiência 23 Padrão de Desempenho 23 3.3. Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública - SIMAVE 24 3.3.1. Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) e Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb) 24 3.3.2. Programa de Gestão das Avaliações da Aprendizagem 26 3.3.3. como utilizar os resultados do Proalfa e Proeb 28 3.3.4. Outras Avaliações Externas 30 Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 30 Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) 32 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e outros Indicadores Educacionais 32 Conhecendo o IDEB da rede estadual 34 Existem outros indicadores educacionais além do IDEB? 36 Referências Bibliográficas 38 Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 2 de 39 | Sumário Unidade 3 - Garantia do Direito à Aprendizagem Prezado(a) Gestor(a), A unidade 3 deste curso trata-se da Garantia do Direito à Aprendizagem. E a escola tem como função auxiliar os estudantes a desenvolver competências e habilidades que garantam uma aprendizagem significativa em todos os componentes curriculares, dando-lhes condições para pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Estaremos abordando nesta unidade dois tópicos que estão diretamente ligados à garantia do direito à aprendizagem: a organização curricular e a avaliação educacional. Sobre a organização curricular destacamos: ● Concepção de Currículo; e ● O Currículo Referência de Minas Gerais: sua importância e processo de elaboração; os eixos estruturadores; as competências gerais e a sua estruturação. Outros pontos importantes abordados são a matriz curricular e o plano de trabalho docente, o que é e como ele se configura. E finalmente, o tópico Avaliação Educacional: o que é, os tipos de avaliação escolar e as avaliações interna e externa. Convidamos a você, Gestor(a), para conhecer mais detalhadamente a unidade que lhe ajudará a criar estratégias para a garantia de uma educação de qualidade e igualitária na sua unidade escolar. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 3 de 39 | Sumário 3.1. Organização Curricular da Educação Básica De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), o currículo da rede de ensino deve ser construído a partir de uma base nacional comum que considere competências e habilidades básicas no processo de aprendizagem, bem como princípios éticos, políticos e estéticos e princípios pedagógicos da identidade, diversidade, autonomia, da interdisciplinaridade e da contextualização, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Currículo na concepção de GUIOMAR (2014), é tudo aquilo que uma sociedade considera necessário que os alunos aprendam ao longo de sua escolaridade. Compreende o acúmulo de conhecimentos científicos, artísticos, tecnológicos, bem como os valores de um povo, desde que a reconstrução dos conhecimentos seja comprometida com a intervenção na realidade. Isto é, o aluno deve apropriar-se dos conhecimentos para aplicá-los em situações que demandam a intervenção humana, por essa razão o currículo deve estar centrado na aprendizagem e no resultado, entendido como aquilo que o aluno é capaz de saber e fazer. Por essa razão, é também denominado currículo referenciado em competências. Dessa forma, tempos e espaços escolares precisam ser planejados em função do currículo que, por sua vez, deve ser a materialização da vontade coletiva e uma expressão do projeto pedagógico da escola (Vasconcellos, 1995). 3.1.1. O Currículo Referência de Minas Gerais Na perspectiva de currículo referenciado em competências, o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), define, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 4 de 39 | Sumário modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Uma boa escola é aquela que promove a aprendizagem de todos os alunos e lhes assegura uma trajetória de sucesso. Isso ocorre quando, baseados no Currículo Referência de Minas Gerais, buscamos estratégias para o desenvolvimento de aprendizagens significativas que se valem dos princípios cognitivos dos componentes curriculares sem perder de vista os saberes dos estudantes mediados por habilidades socioemocionais. O Currículo Referência de Minas Gerais foi então construído de forma democrática e participativa e objetiva promover no Estado uma educação de qualidade pautada no respeito à diversidade e à inclusão por meio do desenvolvimento de competências e habilidades que contribuam para a formação integral dos estudantes. O Processo de elaboração do Currículo Referência de Minas Gerais O Currículo Referência de Minas Gerais foi elaborado a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), já prevista na Constituição Federal de 1988 (CF) no artigo 210 que apontava para a necessidade de se estabelecer conteúdos mínimos para o ensino fundamental de maneira a assegurar a formação básica comum e o respeito aos valores culturais e artísticos nacionais e regionais. Em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394 em seu artigo 26 ratificou o referido artigo da CF, estabelecendo que os currículos da Educação Infantil,Ensino Fundamental e Ensino Médio devem ter base nacional comum. E consequentemente em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) apresentou como estratégia, para o cumprimento de algumas de suas metas, a elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que começou a ser construída em 2015 e homologada em dezembro de 2017 para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, e em 2018 para o Ensino Médio. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 5 de 39 | Sumário A construção, portanto, do Currículo Referência de Minas Gerais é resultado do regime de colaboração estabelecido entre a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (UNDIME/MG). Para a elaboração do presente documento, além da Base Nacional Comum Curricular e legislações educacionais nacionais, foram também considerados e estudados os documentos curriculares já existentes nas redes estadual e municipais mineiras. O Currículo Referência de Minas Gerais foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) em dezembro de 2018, e foi normatizado pela Resolução CEE nº 470 de 27 de junho 2019. Implementado nas unidades escolares a partir de 2020. A importância do Currículo O Currículo Referência de Minas Gerais emerge como valioso campo para a apresentação das várias concepções de abordar o conhecimento escolar e, consequentemente, apresenta também qual tipo de sociedade se deseja construir, sendo que sua transmissão implica necessariamente na reconstrução do conhecimento como forma de empoderamento dos educandos. Logo, o ato de conhecer é dinâmico; é mais do que memorizar ou reter informações; é mais do que assimilar de um modo passivo um conhecimento previamente elaborado. Conhecer envolve, a reelaboração crítica, a reinterpretação ou recriação de informações e de conceitos. Desse modo, a aprendizagem pressupõe o envolvimento de outras pessoas e espaços que não se vinculam diretamente com a escola, é preciso estabelecer relação entre o aprendizado escolar e o aprendizado no trabalho e na comunidade. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 6 de 39 | Sumário Os eixos estruturadores do Currículo Referência de Minas Gerais De forma a garantir os direitos de aprendizagem de todos os estudantes, por meio do desenvolvimento das competências e habilidades e valorização das vivências, destacadas no documento, faz-se necessário compreender concepções e fundamentos básicos que norteiam o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), sendo eles: Sujeitos e seus tempos de vivência: Compreender e educar o bebê, a criança, o adolescente, o jovem e o adulto implica em situá-los no interior de uma família, de um grupo social, cujas experiências informam a construção de sua individualidade. Nesse contexto, o trabalho da escola deve humanizar esses sujeitos que se deparam com as diferentes fases da vida a cada tempo, compreendendo e valorizando a singularidade de cada um no ritmo e formas de aprender. Direito à aprendizagem: está previsto na Constituição Federal, no artigo 205 que considera a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. E também no artigo 206, no inciso I, que prevê a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola como um dos princípios do ensino. Educação Integral – Educação que contempla todas as dimensões do desenvolvimento humano: cognitiva, intelectual, acadêmica, além do desenvolvimento físico, social, emocional e cultural. Nessa perspectiva, o currículo não se limita apenas à organização rígida de conteúdos a serem ensinados e aprendidos, mas apresenta como e quais competências e habilidades, que traduzidas em direitos de aprendizagem, contribuem para a formação integral dos alunos. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 7 de 39 | Sumário Escola democrática e participativa: A escola deve articular-se a um projeto voltado para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. Uma proposta dessa natureza pressupõe o conhecimento do território, dos sujeitos e de suas experiências de vida construídas a partir do diálogo e da participação. Equidade: É pensada na perspectiva da justiça social. O Currículo prevê o que é essencial a todos os estudantes, os quais trazem conhecimentos diferentes provenientes da sua vivência anterior. Logo, a escola precisa de estar atenta e dar subsídios para que todos atinjam a equidade, apoiada em intervenções pedagógicas significativas, com estratégias de atendimento diferenciado, para garantir a efetiva aprendizagem dos alunos. Inclusão/Diversidade: São princípios/concepções que caminham juntos, pois garantem a equidade e permitem a valorização e o olhar atento para as especificidades de cada aluno, tornando a sala de aula um espaço rico para a formação integral. Formação Continuada de Professores: A transformação do sistema escolar passa, necessariamente, pela Formação Continuada de Professores. Ela é fundamental para que as crianças, adolescentes e adultos tenham, além do sucesso escolar, uma participação social efetiva e qualificada. Os gestores escolares têm enorme contribuição e responsabilidade nessa formação, no sentido de auxiliar o debate na escola sobre diferentes possibilidades formativas existentes e de empenhar-se na implementação das opções feitas pela coletividade. Avaliação da aprendizagem: No Currículo, o ato de avaliar é considerado como ponto de partida e de chegada de todo o trabalho pedagógico construído no cotidiano escolar. Dessa forma, a avaliação deve ser dinâmica, pois ela é que fornece as bases para novas decisões que vão se fazendo necessárias durante todo desenvolvimento do trabalho pedagógico. A avaliação, quando ocorre no espaço Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 8 de 39 | Sumário escolar, é definida como interna e quando avalia a rede ou redes de ensino é denominada externa ou sistêmica. As Competências Gerais no Currículo Referência de Minas Gerais O Currículo Referência de Minas Gerais, elaborado a partir da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), possui um papel importante para a garantia do direito à aprendizagem, assegurando assim que os estudantes desenvolvam competências, que se definem como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, com vistas ao pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Espera-se, portanto, que ao final da trajetória escolar, todo estudante desenvolva as competências gerais previstas para serem trabalhadas em todas as etapas da Educação Básica, bem como em todos os componentes curriculares, contribuindo assim para sua formação integral. Competências Gerais daEducação Básica 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 9 de 39 | Sumário 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 10 de 39 | Sumário saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Estruturação do Currículo Referência de Minas Gerais O documento está estruturado de modo a explicitar o que deve ser desenvolvido ao longo de toda a Educação Básica e em cada etapa de escolaridade, como expressão dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estudantes. Apresentaremos de forma sintetizada como o Currículo está organizado para as etapas da Educação Básica (Educação Infantil e Ensino Fundamental). Na Educação Infantil, os direitos de aprendizagem estão agrupados em campos de experiência que apresentam os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Enquanto no Ensino Fundamental está estruturado em áreas do conhecimento, componentes curriculares das etapas de Anos Iniciais e Finais, que por sua vez possuem competências específicas, unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 11 de 39 | Sumário Os componentes curriculares trazem habilidades específicas que expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. Cada habilidade é identificada no componente curricular por um código alfanumérico cuja composição é a seguinte: Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 12 de 39 | Sumário Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 13 de 39 | Sumário 3.1.2. Matriz Curricular A Matriz Curricular é um documento norteador que apresenta os componentes curriculares a serem ministrados em cada ano de escolaridade e a carga horária destinada a cada um. A Matriz Curricular do Ensino Fundamental da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais foi construída com base no Currículo Referência de Minas Gerais, homologado pelo Conselho Estadual de Educação em dezembro de 2018, normatizado pela Resolução CEE nº470/2019. Ela está organizada por áreas do conhecimento e seus respectivos componentes curriculares e contemplará a adequação da carga horária/módulo aula para cada um deles: ÁREAS DO CONHECIMENTO COMPONENTES CURRICULARES LINGUAGENS LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA INGLESA ARTE EDUCAÇÃO FÍSICA MATEMÁTICA MATEMÁTICA CIÊNCIAS DA NATUREZA CIÊNCIAS CIÊNCIAS HUMANAS GEOGRAFIA HISTÓRIA ENSINO RELIGIOSO ENSINO RELIGIOSO Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 14 de 39 | Sumário A Língua Inglesa, de oferta obrigatória nos anos finais do Ensino Fundamental, integra a matriz curricular juntamente com os demais componentes, não mais permanecendo separada em uma parte diversificada da matriz. O componente curricular Arte está contemplado para ser ministrado do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Ensino Religioso, presente na versão homologada da BNCC, também está contemplado no Currículo Referência de Minas Gerais e previsto em todos os anos do Ensino Fundamental. Para o desenvolvimento das habilidades do Currículo Referência de Minas Gerais, além da organização curricular por Áreas do Conhecimento e seus respectivos Componentes Curriculares, temas integradores também foram sistematizados na construção do documento mineiro em consonância com o disposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a saber: Direitos da Criança e do Adolescente; Educação para o Trânsito; Educação Ambiental; Educação Alimentar e Nutricional; Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso; Educação em Direitos Humanos; Educação das Relações Étnicos-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira, Africana e Indígena; Saúde; Vida Familiar e Social; Educação para o Consumo; Educação Financeira e Fiscal; Trabalho, Ciência e Tecnologia; Diversidade Cultural. Esses temas permeiam todos os componentes curriculares, por meio das habilidades, devendo, portanto, não serem considerados como uma parte específica da Matriz Curricular, mas como fortalecedores do trabalho interdisciplinar nas escolas. A Matriz Curricular para o Ensino Médio está orientada pela Resolução SEEnº 2842, de 13 de janeiro de 2016, que dispõe sobre a organização e distribuição da carga horária de seus componentes curriculares para toda rede estadual de educação. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 15 de 39 | Sumário O Currículo do Ensino Médio, até o momento, está orientado pela Resolução SEE nº 666 de 2 de abril de 2005, que definiu os Conteúdos Básicos Comuns (CBC) para o Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, pelo Ministério da Educação, em 14 de dezembro de 2018, cada rede de ensino deverá construir ou reescrever o currículo já adotado, conforme as orientações e modificações propostas na BNCC. Como Minas Gerais já possui o CBC, ele será reescrito em 2019. Elaborado o novo currículo, a próxima ação será a formação dos profissionais da educação para sua implementação nas escolas em 2020, e, adequação das práticas pedagógicas pelo corpo docente, no ano de 2021, no estado de Minas Gerais. 3.1.3. Plano de Trabalho Docente A materialização do currículo da escola na sala de aula é viabilizada pelo plano de aula de cada professor. Diante disso, é responsabilidade do gestor e do especialista da educação básica acompanharem a elaboração dos planos de ensino feitos pelos professores da escola, os quais definem a distribuição dos conteúdos, as metodologias e os instrumentos de avaliação a serem utilizados, além das habilidades a serem desenvolvidas ao longo do ano letivo. A construção do plano de trabalho docente precisa ser coerente com a identidade da escola e também garantir a todos os estudantes os seus direitos de aprendizagem previstos no Currículo e na BNCC. Nele devem estar elencadas as competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas (o que precisa ser ensinado e para que precisa ser ensinado). Assim, sua elaboração precisa considerar os resultados das avaliações diagnósticas, as deliberações do Conselho de Classe, os resultados das avaliações externas, o contexto de vida dos Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 16 de 39 | Sumário estudantes, suas necessidades e potencialidades. O(a) Gestor(a), juntamente com o Especialista de Educação Básica, precisa acompanhar a execução dos planos de ensino dos professores, verificando se a prática está realmente alinhada ao que foi planejado. Também é de competência do(a) Gestor(a) e do(a) Especialista avaliarem com toda a equipe o que foi ou não atingido e executado, replanejar as ações pedagógicas previstas no Projeto Político Pedagógico (PPP), definir novas estratégias de intervenção pedagógica, evitando o fracasso escolar e garantindo a aprendizagem de todos. A seguir, discutiremos como a prática pedagógica da escola pode ser subsidiada pela avaliação, garantindo um planejamento coerente e eficaz na escola. 3.2. Avaliação Educacional Luckesi (2011), afirma que para saber avaliar é preciso conhecer os conceitos teóricos sobre avaliação e o mais importante, aprender a prática da avaliação. Passar da teoria para a prática requer experimento, análise, compreensão e acima de tudo a busca de novas formas do saber fazer. Nesse sentido, torna-se relevante conceituar os tipos de avaliação, assim como suas formas de uso, para que os profissionais da educação possam compreender e refletir sobre os conceitos e também, sobre como avaliar na prática pedagógica. Segundo BLOOM e outros autores (1983), a avaliação da aprendizagem é categorizada em três tipos, sendo eles: avaliação diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação diagnóstica é aquela que deverá ser realizada no início do ano letivo, semestre, do curso ou na introdução de um novo conteúdo, tendo como objetivos a identificação de conhecimentos prévios da turma. Deve ser realizada durante todo o processo de ensino e de aprendizagem. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 17 de 39 | Sumário Ela instrumentaliza o professor para pôr em prática seu planejamento de forma a atender às características de seus alunos, pois informa sobre o que o estudante já sabe a respeito de determinado conteúdo. Favorece ainda momentos de tomada de decisão para possíveis reestruturações no plano de ensino. Desse modo, a avaliação diagnóstica visa a verificação cognitiva dos alunos, isto é, a existência, ou não, de aquisição de habilidades e conhecimentos pré-estabelecidos e identificação das causas de não aprendizagens, bem como os interesses e necessidades dos alunos. A avaliação formativa ou processual é realizada ao longo do processo, é contínua e dá subsídios ao professor para verificar se os objetivos foram alcançados, podendo interferir no que pode estar comprometendo a aprendizagem. Assim, são as paradas para monitorar os produtos e processos, alterar rotas, tomar consciência do que cada aluno ainda não sabe e buscar caminhos para avançar. Envolve a participação do aluno no processo de formação da capacidade de julgamento autônomo, consciente, a partir de critérios claros e compartilhados, de princípios de honestidade intelectual e espírito crítico. A avaliação somativa ou qualitativa visa classificar os resultados da aprendizagem alcançados pelos estudantes ao final do processo tendo a função de classificar o aluno e quantificar este processo avaliativo (HAYDT, 2008). Ressaltando que a avaliação somativa compreende a soma de vários instrumentos avaliativos que permitam as observações dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos ao final de um período de trabalho. Ela é a síntese de todas as informações sobre o aluno obtidas pelo professor, ou seja, o acompanhamento contínuo e sistemático do aluno. Segundo Luckesi (2011) “o ato de avaliar dedica-se a desvendar impasses e buscar soluções”. O autor ressalta que a avaliação por si mesma, sem uma ação intencional, torna-se vazia. Nesse sentido, a avaliação é o ponto inicial e contínuo para a tomada de decisão. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 18 de 39 | Sumário 3.2.1. Avaliações Internas e Externas da Aprendizagem As avaliações internas são aquelas que os professores desenvolvem no dia a dia das salas de aula, com o intuito de verificar a aprendizagem dos alunos em cada um dos componentes curriculares. Salientamos que ela também ocorre para a definição dos tempos e espaços pedagógicos necessários para organizar os conteúdos a serem trabalhados em cada etapa de ensino. As avaliações externas (sistêmicas) apresentadas como avaliações em larga escala, realizada por um agente externo à escola, das quais são exemplos o Programa de Avaliação da Alfabetização - PROALFA, o Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica - PROEB e o Sistema Nacional de Avaliação - SAEB. Essas avaliações externas são aplicadas de modo a mensurar o conhecimento dos alunos, estabelecendo uma comparação entre o desempenho esperado e o apresentado. Normalmente, são aplicadas de forma padronizada em todosou em um grande número de estudantes, abrangendo diferentes públicos, turmas e escolas. Permitem o diagnóstico, o monitoramento do sistema educacional, e também, podem subsidiar o trabalho dos profissionais da educação, tornando-se mais uma ferramenta para o acompanhamento e melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Quanto ao modelo, a avaliação externa pode ser amostral ou censitária. A avaliação censitária procura abranger toda ou a maior parte dos estudantes do período escolar a que se destina. Já o modelo amostral é aplicado para uma parcela, um grupo considerado estatisticamente representativo do conjunto de estudantes do ano escolar avaliado, a fim de que os dados obtidos e as análises feitas possam ser considerados válidos para o conjunto da população. Face à sua metodologia, a avaliação amostral permite diferentes análises de caráter global, mas não o tratamento de resultados individualizados. Já a modalidade censitária, embora Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 19 de 39 | Sumário também focalize a obtenção de dados amplos sobre o desempenho da população, permite identificar os dados do conjunto de estudantes avaliados e os de cada sujeito avaliado, em particular. 3.2.2. Elementos para elaboração e análise dos resultados das avaliações educacionais de larga escala As Matrizes de Referência Nas avaliações em larga escala, que se valem de testes padronizados, um dos pontos fundamentais é a definição das habilidades, competências ou tipo de conhecimento que se deseja transmitir à população selecionada. A definição desses conteúdos constitui as chamadas matrizes de referência dos testes, ou seja, aquilo que cai na prova. O termo Matriz de Referência é utilizado especificamente no contexto das avaliações em larga escala para indicar habilidades a serem avaliadas em cada etapa da escolarização e orientar a elaboração de itens de testes e provas, bem como a construção de escalas de proficiência que definem o quê e o quanto o aluno realiza no contexto da avaliação. Esse termo não deve ser confundido com o que se refere à “matriz curricular”, ou seja, com o currículo utilizado para a especificação dos diferentes componentes curriculares que precisam ser desenvolvidos pelo professor com seus estudantes ao longo de cada ano escolar. Embora ambas as definições se refiram a componentes curriculares e sinalizem habilidades que deveriam ser construídas em etapas específicas da escolaridade, há diferenças significativas nas suas finalidades. Enquanto a matriz curricular diz respeito ao conjunto de componentes curriculares a ser trabalhado ao longo de um ano letivo, a matriz de referência apresenta apenas o objeto da avaliação, uma vez que as habilidades selecionadas para a composição dos testes são aquelas que podem ser mensuradas por testes padronizados compostos, Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 20 de 39 | Sumário geralmente, por itens de múltipla escolha. Sendo apenas um recorte do que pode ser aferido por meio do tipo de instrumento utilizado na avaliação em larga escala, a matriz de referência não limita o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula e, portanto, não deve ser confundida com uma proposta curricular ou seja, com o Currículo. Propostas curriculares definem muitos outros aspectos necessários ao pleno desenvolvimento do estudante, que não se encontram na matriz de referência. Assim, a Matriz de Referência é um recorte do Currículo e é formada por um conjunto de descritores que apresentam as habilidades esperadas (para desenvolvimento) dos estudantes, passíveis de medição por testes padronizados de desempenho. Por outro lado, enquanto a Matriz de Referência é parte dos componentes das avaliações da evolução da qualidade da Educação de redes e sistemas públicos de ensino, a matriz de ensino ou curricular apresenta importantes elementos para que o professor possa acompanhar o desenvolvimento dos estudantes, no contexto de sua turma e sala de aula, em relação a sua proposta de trabalho. Em termos de componentes, a matriz de referência das avaliações em larga escala reúne tópicos, temas ou eixos que agrupam um conjunto de habilidades afins especificadas por descritores. Os descritores orientam a elaboração dos itens dos testes das áreas de conhecimento e dos anos escolares abrangidos pela avaliação. As respostas dadas pelos estudantes a esses itens são apresentadas numa escala de proficiência que permitem verificar quais das habilidades previstas na matriz foram efetivamente desenvolvidas e os níveis de desempenho atingidos pelos estudantes. Os testes de desempenho escolar são constituídos por questões de múltipla escolha, denominadas itens, que são construídas segundo orientações pedagógicas e estatísticas. Neste caso, os itens do teste devem ser cuidadosamente pré-testados e analisados pedagogicamente por especialistas, para determinar se cada item está referido ao conjunto de conceitos ou habilidades previstas na matriz de referência. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 21 de 39 | Sumário As Matrizes do Proalfa e do Proeb têm como base as Matrizes de Referência para as avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Teoria de Resposta ao Item (TRI) O que nos possibilita afirmar, o que um estudante ou de um grupo de estudantes é capaz de realizar em relação a um conteúdo, a partir da sua proficiência? Como é possível dizer quais habilidades e competências ele já desenvolveu e quais ele ainda não desenvolveu? As respostas para essas perguntas estão na metodologia utilizada pelas avaliações em larga escala. Trata-se da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Essa metodologia nos permite colocar, em uma mesma escala (régua), os itens e as habilidades dos estudantes. A partir de pré-testes, define-se a proficiência dos itens e a dos estudantes também, o que possibilita alocá-los, conforme a sua proficiência, em um ponto da régua, em geral, numerada de 0 a 1000. A TRI, modelo matemático e estatístico, analisa e avalia os resultados obtidos pelos estudantes nos testes. Ela considera as habilidades e a dificuldade dos itens, o que permite comparar os testes realizados em diferentes anos. O princípio básico da TRI é o de que a probabilidade de acerto de um item depende do nível de domínio do aluno. Teoria Clássica dos Testes (TCT) O princípio básico dessa teoria é que, quanto mais acertos, maior o domínio. O foco, então, é a quantidade de acertos do aluno, o escore total. Estudantes submetidos a uma mesma prova ou a provas semelhantes (ditas paralelas) possuem seus resultados comparáveis, o que possibilita também comparações entre grupos. É a forma mais tradicional para avaliação, que se baseia em observar a quantidade de questões corretas dentre um conjunto total de questões. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 22 de 39 | Sumário Proficiência A medida do desempenho é a proficiência e ela está associada aos níveis dedomínio das habilidades avaliadas, ou seja, à capacidade demonstrada pelos estudantes para realizar as tarefas solicitadas a partir do seu conhecimento e aptidão em determinada área do conhecimento. Escala de Proficiência A Escala de Proficiência pode ser compreendida como uma espécie de régua em que são apresentados os resultados de um teste de larga escala. Nessa régua (escala) os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam as competências que foram desenvolvidas pelos estudantes. Ou seja, ao posicionarmos itens e estudantes nessa mesma escala, podemos obter informações importantes a respeito do desenvolvimento das habilidades avaliadas, as quais são essenciais para o sucesso dos estudantes em sua vida escolar e cidadã. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem. O objetivo da Escala de Proficiência é, portanto, traduzir medidas em diagnósticos qualitativos do desempenho escolar. Trata-se de um importante instrumento para a escola identificar as habilidades não desenvolvidas pelos estudantes em relação às disciplinas avaliadas e, a partir daí, planejar e executar ações mais precisas. Padrão de Desempenho Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 23 de 39 | Sumário projeções educacionais estabelecidas. Esses cortes dão origem ao Padrões de Desempenho, que apresentam o perfil de desempenho dos estudantes avaliados. 3.3. Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública - SIMAVE Nessa sessão você conhecerá um pouco mais sobre o Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (SIMAVE), além de conhecer quais os programas e avaliações da rede estadual que o compõem. 3.3.1. Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) e Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb) A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais - SEE/MG, desde 2000, instituiu o Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública - SIMAVE, coordenado pela Superintendência de Avaliação Educacional. O SIMAVE, uma política pública da SEE/MG, tem o propósito de fomentar mudanças em busca da melhoria da qualidade e equidade da educação. Na modalidade de avaliação externa, o SIMAVE é composto pelo Programa de Avaliação da Alfabetização (PROALFA) e pelo Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (PROEB). Nessa perspectiva, no que se refere à qualidade da educação, à eficácia e à equidade escolar, é importante articular as avaliações internas desenvolvidas pelas escolas com as avaliações externas do Proalfa e do Proeb, com o objetivo de subsidiar a (re)formulação do projeto pedagógico da escola e das políticas públicas educacionais. Os resultados das avaliações externas podem e devem ser utilizados como parte do processo de avaliação do projeto educacional de cada escola e fomentar a avaliação interna. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 24 de 39 | Sumário A seguir, vamos conhecer os principais programas e avaliações que compõem o SIMAVE. O Proalfa é uma avaliação anual e censitária para os estudantes do final do ciclo da alfabetização do Ensino Fundamental para avaliar o desempenho dos estudantes em procedimentos de Língua Portuguesa (Leitura e Escrita) e Matemática. O Proeb avalia competências expressas pelos estudantes do final de cada ciclo: Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio em Língua Portuguesa e Matemática. Nesse processo de avaliação externa, além da aplicação dos testes de desempenho de alfabetização e de Língua Portuguesa e Matemática para os estudantes da Educação Básica, também são aplicados questionários contextuais, com objetivo de obter dados sobre o nível socioeconômico e a trajetória escolar dos estudantes, o perfil dos professores, a infraestrutura da escola e as características da gestão escolar. A avaliação externa não acompanha o aluno individualmente. Daí ser essencial a avaliação interna, que permita saber o desempenho de cada um, e também analisar as práticas pedagógicas e as condições gerais da escola. É a articulação de todas essas informações que dará um retrato completo para gestores e docentes melhorarem o processo de ensino e garantirem o direito à aprendizagem de cada estudante. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 25 de 39 | Sumário 3.3.2. Programa de Gestão das Avaliações da Aprendizagem O Simave dispõe de um Programa de Gestão das Avaliações da Aprendizagem - Banco de Itens que auxilia o professor a realizar avaliações da aprendizagem. O Banco de Itens é formado por 108 mil itens dos quais é possível gerar provas e emitir relatórios de desempenho por turma. Entre a geração de provas disponíveis, estão as avaliações: Diagnóstica, Intermediária, Contínua - Múltipla Escolha, Contínua - Produção de Texto e Simulados Enem. A seguir, serão descritas cada uma delas: ● Avaliação Diagnóstica: disponibilizada no Banco de Itens no período de fevereiro a abril, tem por objetivo verificar as habilidades/competências do currículo de Língua Portuguesa e Matemática que os estudantes desenvolveram nos anos escolares anteriores, fornecendo, assim, dados diagnósticos da aprendizagem para subsidiar ações pedagógicas dos professores e da escola. ● Avaliação Intermediária: disponibilizada no final do mês de agosto, tem como finalidade proporcionar aos professores, informações necessárias para entender se os estudantes estão desenvolvendo conforme planejamento feito ou se serão necessários ajustes no planejamento e nas metodologias. ● Avaliação Contínua - Múltipla Escolha: destinada aos professores, para uso cotidiano em sua prática em sala de aula. Seus objetivos são acompanhar a evolução da aprendizagem dos estudantes, monitorar suas necessidades e orientar o planejamento contínuo das atividades didáticas, a fim de criar condições mais efetivas de aprendizagem. Deve ser realizada de acordo com o desenvolvimento e o sequenciamento dos conteúdos curriculares. Oferece aos professores itens de nível fácil, médio e difícil para a geração de provas Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 26 de 39 | Sumário online (que podem ser impressas) possibilitando gerar sua avaliação ou exercício e montá-los de acordo com os conteúdos e habilidades que o professor deseja avaliar especificamente naquele momento. ● Avaliação Contínua - Produção de Texto: são questões de Língua Portuguesa de caráter discursivo, em que a resposta é redigida em forma de texto escrito, construído coerentemente de acordo com uma proposta apresentada. Têm como foco a aprendizagem do aluno e o processo de ensino da produção de texto. Assim, se o aluno é um aprendiz, deve seravaliado em seu momento, de acordo com as habilidades projetadas para seu nível de escolaridade. Não é objetivo avaliar um texto em todos os seus aspectos, mas sim, com base em uma determinada habilidade, diagnosticar o que ele sabe ou ainda precisa saber a respeito de determinada capacidade. ● Simulados Enem: são um conjunto de provas – Banco de Itens –, disponibilizado no Sistema de Gestão das Avaliações da Aprendizagem, similares às aplicadas pelo Enem, nas quatro áreas de conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias, compostos por 45 questões cada área. Os professores podem utilizar os Simulados tanto, para familiarizar os estudantes com os instrumentos utilizados, quanto para orientar seus estudos e as ações pedagógicas nas áreas em que eles mais necessitarem. As provas são em formato bem próximo ao do Enem, sendo, parte delas, selecionadas das versões anteriores do Enem e parte constituída de questões originais, elaboradas com os mesmos critérios do Enem. Todas as avaliações podem ser aplicadas online ou impressa. Assim, após a aplicação e inserção das respostas dos estudantes de cada turma no sistema, automaticamente o professor tem acesso ao Mapa de Resultados e Gráfico com Percentual de Acertos por Descritor, permitindo a análise pedagógica dos mesmos. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 27 de 39 | Sumário 3.3.3. Como utilizar os resultados do Proalfa e Proeb O Simave fornece dados sobre a educação mineira e, além de diagnosticar a rede de ensino, no âmbito do estado, traz informações de desempenho e de contexto de cada escola. Dessa forma, apropriar-se dos resultados dos programas nos desafia a ir além do conhecimento da medida de desempenho da escola, da Superintendência Regional de Ensino e do estado. É preciso qualificar os dados, compreendê-los e refletir sobre como usá-los, num aspecto gerencial e pedagógico, em busca de uma melhoria da qualidade da educação ofertada. Para isso, a Secretaria de Estado de Educação disponibilizou no portal do Simave (simave.educacao.mg.gov.br) um passo a passo para auxiliar a escola na consulta e análise dos resultados. Dependendo da forma como são apresentados os resultados da avaliação, as informações podem permitir aos professores a compreensão sobre como os estudantes estão se apropriando das habilidades relacionadas aos diferentes componentes curriculares avaliados, o que pode colaborar para sua intervenção pedagógica no sentido de ajudá-los no desenvolvimento dessas aprendizagens. Além disso, por meio da escala de proficiência é possível conhecer a proficiência média da escola e, portanto, quais são as habilidades previstas na matriz de referência que o conjunto dos estudantes daquela escola demonstra ter desenvolvido efetivamente. Para isso, é preciso compreender como os resultados de proficiência do Proalfa e do Proeb são produzidos e o que eles significam. Em seguida, antes mesmo de observar os resultados da sua escola, você deve se perguntar quais são as informações que os compõem e como elas são disponibilizadas. - A primeira informação a ser observada é a taxa de participação em cada etapa avaliada. Uma participação significativa (a partir de 80% dos estudantes previstos) garante que os resultados da escola sejam representativos. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 28 de 39 | Sumário - Outro aspecto é a proficiência média da escola e sua aplicação na Escala Interativa. - Com a proficiência média da escola é possível verificar em qual Padrão de Desempenho (Baixo, Intermediário, Recomendado e Avançado) a escola se encontra. - A distribuição dos estudantes nos Padrões de Desempenho e sua evolução nas últimas avaliações consiste em análise cuidadosa dos níveis de equidade alcançados pela escola. Quando apropriada como instrumento de gestão, de orientação e promoção de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade do ensino, a avaliação externa possibilita aos gestores e às escolas confrontarem o que foi ensinado e aprendido com o que deveria ser, em relação às expectativas de aprendizagens. A análise dos dados de desempenho pelo Órgão Central, SRE, escolas e professores permite refletir sobre o trabalho desenvolvido, redirecionando metas e fundamentando ações de enfrentamento dos problemas identificados. Para que possam ser criadas as oportunidades de ações de intervenção pedagógica é necessário que a comunidade escolar tome conhecimento da importância e abrangência desse processo avaliativo. Nesse sentido, gestor, sua participação torna-se essencial, principalmente ao considerarmos dois aspectos fundamentais. O primeiro diz respeito à importância de sua prática gestora como prática de liderança na organização interna da escola, estruturação de suas metas e objetivos, administração do currículo e na criação de condições adequadas ao trabalho docente. Infere-se, daí, que as atitudes e tomadas de decisão do gestor escolar interferem nos resultados da escola. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 29 de 39 | Sumário O segundo aspecto refere-se à função social da escola, local privilegiado de ensino e aprendizagem contínuos. Isso implica em criar as estruturas necessárias para que a escola fortaleça seus espaços coletivos de aprendizagem, exigindo ação colegiada, cooperativa e reflexiva dos docentes e em processo de contínuo aperfeiçoamento. 3.3.4. Outras Avaliações Externas Nas últimas décadas, os governos federal, estaduais e municipais, e mesmo entidades privadas promoveram um crescimento do número de avaliações externas. O Brasil também se vale de algumas avaliações internacionais no intuito de estabelecer um diagnóstico da qualidade educacional brasileira por comparação com outros países. A participação do Brasil em avaliações educacionais internacionais, como o PISA (no âmbito da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE), reforçaram tecnicamente as equipes nacionais para a realização e entendimento dessas avaliações educacionais externas em larga escala. Vamos, a seguir, destacar algumas dessas avaliações. Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) O Sistema de Avaliação da Educação Básica é composto por um conjunto de avaliações externas em larga escala que permitem realizar o diagnóstico do sistema educacional brasileiro e de alguns fatores que possam interferir no desempenho dos estudantes, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino que é ofertado. O SAEB aplica dois tipos de instrumentos de coleta de dados: os cognitivos e os contextuais. Os instrumentos cognitivos são os testes de Língua Portuguesa e de Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 30 de 39 | Sumário Em 2019, todas as avaliações educacionais do Governo Federal passarão a ser identificadas pelo nome Saeb. As aplicações se concentraram nosanos ímpares e a divulgação dos resultados, nos anos pares. As condições de acesso e oferta das instituições de Educação Infantil passarão a ser avaliadas, através de questionários que serão respondidos por gestores das Secretarias de Educação, diretores escolares e professores. Mesmo com as alterações, o Sistema não perderá a comparabilidade entre edições. O foco desses testes encontra-se na leitura, quando se trata de Língua Portuguesa, e na resolução de problemas, no caso da Matemática. Os questionários contextuais são aplicados a estudantes, professores e diretores e levantam informações sobre o padrão de vida dos estudantes e suas famílias, dos professores, sobre as condições da escola, ou seja, sobre características e aspectos da vida escolar e social que podem interferir no desempenho acadêmico dos estudantes. São os chamados fatores associados, aos quais já nos referimos. A vinculação das informações dos questionários contextuais com os dados de desempenho dos estudantes permite detectar quais fatores intra e extraescolares influenciam, de forma positiva ou negativa, os resultados dos estudantes. Os resultados do SAEB são divulgados para o Brasil como um todo e desagregados por Região, Estado, Município, Escola, localização (capital, interior) e dependência administrativa (estadual, municipal, federal e particular). As análises dos resultados do SAEB são ainda realizadas levando-se em consideração o contexto do ensino. Os dados dos questionários contextuais constituem um rico material para análise e formulação de políticas educacionais. Eles identificam, além das características sociais que afetam positiva ou negativamente o desempenho dos estudantes, iniciativas sistêmicas – das várias redes – ou das escolas que aprofundam o aproveitamento dos estudantes e oferecem maior qualidade ao ensino. Nesse sentido, o SAEB oferece a todos um enorme painel da educação Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 31 de 39 | Sumário brasileira, proporcionando subsídios concretos para a adoção de políticas educacionais – locais, estaduais e nacionais – destinadas a aumentar a qualidade do ensino oferecido aos nossos estudantes. Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) O PISA é desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea. É uma avaliação aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa abrange as áreas de Leitura, Matemática e Ciências. As provas avaliam a capacidade do jovem de 15 anos de buscar, selecionar, interpretar, integrar e analisar informações de uma ampla gama de textos associados a situações que vão além da sala de aula. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e outros Indicadores Educacionais Os indicadores educacionais são instrumentos essenciais no processo da melhoria da qualidade da educação. Estes têm como objetivo monitorar os sistemas educacionais considerando os aspectos da gestão educacional, acesso, permanência, fluxo escolar e o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. Com o objetivo de afinar ainda mais a percepção a respeito do estado da educação brasileira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – criou em 2007 o Índice de Desenvolvimento da Educação Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 32 de 39 | Sumário Básica – IDEB. Trata-se de um índice nacional, ou seja, calculado para todas as regiões e a todas as redes escolares brasileiras. Destinado a medir o desenvolvimento educacional, o IDEB permite formular políticas públicas de educação e estratégias pedagógicas eficazes e equitativas. Considerado um dos principais indicadores da qualidade da educação básica, sintetiza em um produto, dois componentes para aferir a qualidade do ensino, o desempenho e o rendimento: O componente de Desempenho é calculado a partir das proficiências obtidas nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática padronizadas em uma escala que vai de 0 a 10. Já o componente de Rendimento é a média harmônica das taxas de aprovação do ciclo avaliado (Anos Iniciais, Anos Finais ou Ensino Médio) e está entre 0% e 100%. O resultado dessa fórmula é o IDEB, que varia entre 0 e 10. Esses dois componentes têm como objetivo equilibrar as duas dimensões. Assim, o resultado do IDEB cresce com a melhoria do desempenho dos estudantes (aprendizado) e com o aumento das taxas de aprovação. Mas, por que a combinação desses dois indicadores para um índice de desenvolvimento educacional? Por que não a utilização de outros indicadores? Índices educacionais como o IDEB são importantes por permitirem o monitoramento do sistema de ensino do país. Sua relevância, em termos de diagnóstico e norteamento de ações políticas focalizadas na melhoria do sistema educacional, está em: a) detectar escolas e/ou redes de ensino cujos estudantes apresentem baixo desempenho educacional; e b) monitorar a evolução temporal do desempenho dos estudantes dessas escolas e/ou redes de ensino. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 33 de 39 | Sumário Em que o diretor escolar deve se atentar para ter o IDEB da escola calculado? Para o IDEB da escola estadual ser calculado, é necessário que se siga as duas principais instruções: 1. Preencher constantemente o SIMADE. A partir dele, as informações de matrícula inicial e de rendimento dos estudantes são migradas para o Censo Escolar. 2. No SAEB, alcançar a taxa de participação mínima de 80% dos estudantes informados no Censo Escolar. Conhecendo o IDEB da rede estadual Na criação do IDEB, foram calculadas metas de melhoria da Educação. O Ministério da Educação (MEC) tem metas para cada uma das escolas e também para os municípios, estados e para a federação até o ano de 2021. Veja as metas e o IDEB da rede estadual: Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 34 de 39 | Sumário O site do Inep (inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/ideb/resultados) apresenta o IDEB para cada município brasileiro e para cada escola, permitindo o acompanhamento público da qualidade da educação por município, por rede de ensino e escola. Essa informação é crucial para todos os que trabalham com a educação e só foi possível porque o Brasil implantou sistemas de avaliação em larga escala, cujos resultados podem ser reunidos num índice como o IDEB. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 35 de 39 | Sumário Existem outros indicadores educacionais além do IDEB? O Inep disponibiliza indicadores educacionais que atribuem valor estatísticoà qualidade do ensino, atendo-se não somente ao desempenho dos estudantes, mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas. Exemplos: ● Média de estudantes por Turma ● Taxas de distorção idade-série ● Taxas de Rendimento ● Complexidade da Gestão da Escola ● Nível Socioeconômico ● Adequação da Formação Docente Ao longo de quase duas décadas, o Brasil desenvolveu importantes instrumentos de avaliação educacional. Não por acaso, esses programas surgiram simultaneamente ao esforço de universalização do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Mas o que mostram os resultados desses processos de avaliação em larga escala? Revelam que, se a universalização está a se tornar realidade, ainda enfrentamos o grande problema da qualidade da educação que é oferecida às crianças e aos jovens no Brasil. Esse desafio não é jogado para fora dos próprios processos de avaliação, como se eles se limitassem apenas a avaliar habilidades e depois jogassem toda a responsabilidade pela melhoria do ensino nas mãos de outros atores, como os professores e gestores educacionais. Disso resulta um duplo desafio para os programas de avaliação. Em primeiro lugar, eles devem ainda aperfeiçoar-se, no sentido de revelar com maior clareza as políticas e práticas que fazem diferença na qualidade do ensino. Isso é fundamental, se entendermos que a avaliação é um instrumento de melhoria da educação, e não apenas um modo de medir conhecimentos. Em segundo lugar, a avaliação deve Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 36 de 39 | Sumário tornar-se um instrumento normal do processo educacional, incorporada pelas equipes de gestores, pela direção das escolas e pelos professores, sem excetuar atores sociais interessados na educação. Para isso, é crucial, não apenas a divulgação dos resultados e das análises, mas a formação de todos para a utilização do material produzido pelas avaliações. Ao trazer para as suas práticas concretas as avaliações em larga escala e seus resultados, os professores e as equipes de direção estarão ampliando o horizonte com que trabalham com o objetivo de melhorar o ensino que oferecem. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 37 de 39 | Sumário Referências Bibliográficas BLOOM, Benjamim S. et. al. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1983. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 3ª versão homologada. Brasília, DF, 2017. BRASIL. Constituição Federal de 1998. Brasília/DF. _______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).Disponível em: <http://inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb>. 15/05/2019. ______.Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Nota Técnica: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/portal_ideb/o_que_e_o_ideb/Nota_Tecnica_n 1_concepcaoIDEB.pdf>. 15/05/2019. ______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Disponível em: Acesso em: 28 jun. 2018. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2011. MELLO, Guiomar Namo. Currículo da Educação Básica no Brasil: concepções políticas. São Paulo: set. 2014. MINAS GERAIS. Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (SIMAVE). Disponível em: <simave.educacao.mg.gov.br>. Acesso em 20 de maio de 2019. ______.Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Currículo Referência de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, 2018. São Paulo, set. 2014. ______.Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Avaliação Continuada. Apropriação e Utilização dos Resultados. 2009. Disponível em:<https://todospelaeducacao.org.br/conteudo/perguntas-e-respostas-o-que-e-o-ideb-e-par a-que-ele-serve>. 20/05/2019 ______. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Avaliação Externa.Disponível em:<http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/avaliacao-externa>.15/05/ 2019. NOVA ESCOLA. Avaliação Externa. Disponível em: <https://novaescola.org.br/avaliacao-externa-compreender-e-utilizar-resultados/>. Acesso em 15 de maio de 2019. VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995. Caderno de Estudos - Gestão de Pedagógica - Unidade 3 Página 38 de 39 | Sumário https://todospelaeducacao.org.br/conteudo/perguntas-e-respostas-o-que-e-o-ideb-e-para-que-ele-serve https://todospelaeducacao.org.br/conteudo/perguntas-e-respostas-o-que-e-o-ideb-e-para-que-ele-serve
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