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Unidade 3
Livro Didático Digital
Thiely Rodrigues Ott
Citologia e
Embriologia
Citologia e
Embriologia
Thiely Rodrigues Ott
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autora
THIELY RODRIGUES OTT
A AUTORA
Thiely Rodrigues Ott
Olá. Meu nome é Thiely Rodrigues Ott. Sou formada em Biomedicina,
com uma experiência técnico-profissional na área de Citopatologia e
Patologia Humana de mais de 8 anos de experiência, sou especialista
em Citopatologia e mestre em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia
Forense, atualmente desenvolvo minha tese de doutorado em Análise de
Tecnologias para a Saúde. Tive a oportunidade de trabalhar em hospitais
de grande, médio e pequeno porte e participei de projetos de pesquisa
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Fiocruz, onde
mantenho vínculos profissionais até hoje. Sou apaixonada pelo que faço
e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando
em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do
desenvolvimento de
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade
de se apresentar um
novo conceito;
NOTA:
quando forem
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações
escritas tiveram que
ser priorizadas para
você;
EXPLICANDO
MELHOR:
algo precisa ser
melhor explicado ou
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e
indagações lúdicas
sobre o tema em
estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS:
textos, referências
bibliográficas e links
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a
atenção sobre algo
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE:
se for preciso aces-
sar um ou mais sites
para fazer download,
assistir vídeos, ler
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso
se fazer um resumo
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES:
quando alguma
atividade de au-
toaprendizagem for
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma
competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo Como Funciona o Núcleo .................................... 12
Estrutura e Localização em Diferentes Células do Núcleo Interfásico ... 12
Função do Núcleo Interfásico ................................................................................................ 15
Componentes do Núcleo Interfásico ............................................................................... 15
Ultraestrutura do Envoltório Nuclear. ........................................................... 15
Matriz Nuclear ................................................................................................................ 16
Cromatima ......................................................................................................................... 17
Cromossomos................................................................................................................. 18
Nucléolo ............................................................................................................................ 20
Ciclo de Divisão Celular ...........................................................................23
Controle do Ciclo de Divisão Celular ................................................................................23
Interfase ..................................................................................................................................................25
Fase G1 .................................................................................................................................25
Fase S ....................................................................................................................................26
Fase G2 ................................................................................................................................26
Mitose ......................................................................................................................................................26
Fases da Mitose ................................................................................................................................28
Prófase .................................................................................................................................28
Prometáfase .....................................................................................................................28
Metáfase .............................................................................................................................28
Anáfase ................................................................................................................................28
Telófase ...............................................................................................................................29
Citocinese .............................................................................................................................................29
Meiose .....................................................................................................................................................29
Gametogênese ............................................................................................. 33
Fases da Gametogênese ...........................................................................................................34
Espermatogênese ..........................................................................................................................35
Espermatogônia ............................................................................................................35
Espermatócito Primário e Secundário ......................................................... 36
Espermátide .................................................................................................................... 36
Espermatozoide ........................................................................................................... 36
Oogênese ............................................................................................................................................. 36
Oogônias ............................................................................................................................37
Ovócito Primário e Ovócito Primário Maduro ..........................................37
Ovócito Secundário ................................................................................................... 38
Ovócito ................................................................................................................................ 39
Fertilização ....................................................................................................42
Clivagem do Blastocisto ............................................................................................................43
Implantação do Blastocisto .....................................................................................................43
Fases da Fertilização e Mecanismos da Fertilização ........................................... 46
Modificações Endometriais ..................................................................................................... 49
Mecanismos e Consequências da Implantação ..................................................... 50
Citologia e Embriologia 9
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
03
Citologia e Embriologia10
INTRODUÇÃO
Você sabiaque a área Citologia é uma das mais demandadas? Na
área da pesquisa e análises biológicas faltam profissionais qualificados
e experientes, sendo uma boa oportunidade de atuação e inserção no
mercado de trabalho. É na citologia que você conhecerá os principais
aspectos estruturais e funcionais das menores unidades vivas do nosso
organismo, atuando em instituições privadas e públicas de maneira
profissional ou acadêmica! Através da citologia o profissional poderá
trabalhar em análises clínicas, biologia molecular, genômica, citogenética
e reprodução humana! Essa disciplina fornecerá conhecimentos básicos
para o seu excelente desempenho acadêmico e atuação profissional! Ao
longo desta unidade letiva você vai ter a oportunidade de mergulhar neste
universo citológico!
Citologia e Embriologia 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a estrutura e função do núcleo interfásico e sua
localização em diferentes tipos de células. Conhecer a ultraestrutura do
envoltório nuclear e os componentes do núcleo: cromatina, cromossomos,
matriz nuclear e nucléolo;
2. Conhecer o ciclo e divisão celular, aprender sobre o controle do
ciclo celular e a definição de mitose, descrições das fases da mitose e
definição de meiose;
3. Compreender a gametogênese: definição, fases e particularidades
da espermatogênese e oogênese;
4. Conhecer os principais aspectos da fertilização, clivagem e
implantação do blastocisto: fases, mecanismos e consequências da
fertilização. Aprender sobre os blastocistos. Local de implantação e
modificações endometriais, mecanismos e consequências da implantação.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?
Ao trabalho!
Citologia e Embriologia12
Compreendendo Como Funciona o
Núcleo
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender
como é organizado o núcleo celular e seus componentes,
compreenderá as principais funções do núcleo e o
complexo processo de divisão e controle celular. Isso
será fundamental para a compreensão de conteúdos
multidisciplinares e futuramente para o exercício de
sua profissão com excelência. E então? Motivado para
desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!.
Estrutura e Localização em Diferentes
Células do Núcleo Interfásico
O núcleo é fundamental para as células eucarióticas, é nessa
estrutura que se encontram os ácidos nucleicos, ou seja, o código
genético, protegidos pelo envoltório nuclear. É no interior do núcleo
que acontece a duplicação do DNA e a transcrição dos RNAs (SKINNER;
JOHNSON, 2017).
Normalmente o núcleo posiciona-se no centro da célula e a sua
forma pode estar relacionada com o tipo de célula. O envoltório nuclear
é composto por suas membranas, uma externa e outra interna, sendo
compostas por proteínas distintas, delimitando, assim, um espaço
variável. A membrana interna desse envoltório encontra-se associada à
lâmina nuclear, sendo, assim, correlacionada com a cromatina (SKINNER;
JOHNSON, 2017).
Já a membrana externa do envoltório fica envolta à membrana
interna, sendo contínua com a membrana do retículo plasmático rugoso
(RE). Você se lembra de que o RE participa da síntese de proteínas? Pois
Citologia e Embriologia 13
então, assim como a membrana do RE, a membrana externa do núcleo
apresenta ribossomos, que estão trabalhando constantemente na síntese
de proteínas. Esse envoltório nuclear apresenta pequenas interrupções na
sua estrutura, formando, então, os poros nucleares (DICKINSON; NEELAM;
LELE, 2015).
Esses poros possuem número e possuem uma densidade extrema,
dependendo do tipo de célula e do seu metabolismo (KUNZLER, 2018).
No núcleo das células em interfase, encontramos a cromatina
compactada (heterocromatina), e se a cromatina encontra-se frouxa, nós
a denominamos como eucromatina. A cromatina é composta de DNA,
proteínas histônicas e não histônicas. No núcleo interfásico também são
visualizados os nucléolos, estes podem ter sua estrutura reticular ou
compacta e o seu tamanho e forma vão depender do estado funcional
da célula. A lâmina nuclear está inserida no núcleo, ela fica ancorada
às proteínas integrais da membrana interna do envoltório nuclear e
fortemente associada à cromatina. Essa lâmina nuclear é composta por
proteínas filamentosas intermediárias dos tipos A e B que se polimerizam
em uma rede bidimensional (STEPHENS et al., 2017).
Na estrutura do núcleo também se encontra uma matriz nuclear,
que forma uma rede de proteínas fibrogranulares, alicerçando o núcleo,
estando associada ao DNA durante os processos de duplicação e
auxiliando as histonas no processo de transcrição em eucariotos
(DICKINSON; NEELAM; LELE, 2015), observe a Figura 1.
Citologia e Embriologia14
Figura 1: Núcleo celular.
Legenda: Estrutura e componentes do núcleo.
Fonte: Sadava et al., 2009 (p. 78).
NOTA:
DNA é o ácido desoxirribonucleico, um composto orgânico
cuja molécula contém as informações genéticas que
coordenam o desenvolvimento e funcionamento das
células dos organismos
NOTA:
RNA é o ácido ribonucleico, molécula responsável pela
síntese de proteínas
Citologia e Embriologia 15
Função do Núcleo Interfásico
O núcleo é fundamental para os processos celulares de um
organismo, é no núcleo que se armazenam as informações, obtêm-
se e traduzem-se as informações genéticas da célula. As informações
necessárias são hereditárias e se encontram no material genético, sendo
passadas de uma célula para todas as células-filhas durante o processo de
divisão celular, e essas informações são essenciais para todas as células
eucarióticas e precisam ser armazenadas de forma eficaz (KUNZLER,
2018).
O núcleo é a organela responsável por todas essas funções, é nele
que está localizado o DNA da célula e é nele que ocorre a transcrição do
DNA em RNA mensageiro, processo obrigatório para que ocorra a síntese
de proteínas e consequentemente a dinâmica de todos os processos
celulares (KUNZLER, 2018).
Componentes do Núcleo Interfásico
Ultraestrutura do Envoltório Nuclear.
O envoltório nuclear só é possível de ser visualizado através da
microscopia eletrônica, pois sua espessura está abaixo do poder de
resolução do microscópio óptico. Através do estudo da ultraestrutura
do envoltório nuclear é possível observar que ele é constituído por 2
membranas, limitando um espaço que mede de 10 a 50 nm (KUNZLER,
2018). A membrana interna demonstra em sua face interna um
espessamento chamado de lâmina, que é parte da matriz nuclear. A
membrana externa apresenta ribossomos na sua face citoplasmática. A
membrana externa do envoltório nuclear se conecta com o RE (SKINNER;
JOHNSON, 2017).
Como o envoltório nuclear não é contínuo, ele apresenta
interrupções, sendo denominadas de poros; estes poros são
uniformemente espaçados e estabelecem comunicação entre o núcleo
e o citoplasma. Os poros possuem sua forma redonda e seu diâmetro
oscila, são constituídos por um complexo de monômeros proteicos que
Citologia e Embriologia16
formam oito unidades associadas, limitando um canal. A quantidade de
poros é variável e depende do tipo de célula (KUNZLER, 2018). Os poros
podem estar presentes em cerca de 1,2 a 25% da área do envoltório
nuclear, com a finalidade de realizar essa troca de informações entre o
núcleo e o citoplasma ou vice-versa (PÉREZ-GARRASTACHU et al., 2017).
O núcleo precisa continuadamente importar proteínas do
citoplasma, proteínas como as polimerases do DNA e RNA. As proteínas
próprias do núcleo são sintetizadas no citoplasma com um sinal nuclear
específico, este sinal é constituído de porções de 4–8 aminoácidos, sendo
predominante a lisina e arginina, sendo aminoácidos de carga elétrica
positiva (KUNZLER, 2018).
Os poros reconhecem essas proteínas, fixa-as e as transportapara
dentro do núcleo por processo ativo, ou seja, esse processo consome
energia da célula. Esse sinal não é removido, depois que essa proteína
entra no núcleo é possível que haja uma reintrodução quando o envoltório
nuclear se desfaz após as fases mitóticas (KUNZLER, 2018).
O espaço ou cisterna perinuclear contém as mesmas proteínas nas
cisternas do RE, essa observação demonstra que o envoltório nuclear é
uma porção especializada do RE (KUNZLER,2018).
Matriz Nuclear
A matriz nuclear é uma estrutura fibrilar formada por um
endoesqueleto nuclear, equivalente ao citoesqueleto do citoplasma. É
através da matriz nuclear que os componentes do núcleo organizam-
se no espaço interno do núcleo e apoiam-se nas estruturas fibrilares da
matriz nuclear. Os componentes que formam a matriz nuclear são as
lâminas A, B e C (SKINNER; JOHNSON, 2017). Essas proteínas formam a
lâmina nuclear, que é uma rede com 10–20 nm de espessura, presa à
superfície interna do envoltório nuclear. Durante a mitose a fosforilação
temporária das moléculas de serina nas lâminas causa a desorganização
da lâmina nuclear. Quando o envoltório nuclear reconstitui-se após a
mitose, as lâminas desfosforiladas associam-se novamente para refazer a
lâmina nuclear (SKINNER; JOHNSON, 2017) .
Citologia e Embriologia 17
Cromatima
A palavra cromatina (croma=cor) é chamada assim, com exceção
dos nucléolos, pela sua característica, pois quando visualizado na
microscopia observa-se que uma porção do núcleo se cora. A cromatina
é constituída por desoxirribonucleoproteína, que se apresenta em vários
níveis de condensação (STEPHENS et al., 2017). A cromatina localiza-se
dentro do núcleo e o seu grau de condensação varia de um tipo celular
para o outro, além disso o mesmo tipo de célula pode apresentar vários
graus de condensação, de acordo com o estado metabólico da célula. A
cromatina pode ser classificada em heterocromatina, onde ela aparecerá
condensada no núcleo interfásico; e em eucromatina, apresentando-
se de forma difusa, “frouxa” no núcleo da célula (BAUMGARTNER et al.,
2018)but it is still prohibitive for many institutions and clinical settings. No
applied, cost-effective, and efficient technique has been introduced yet
aiming at research to assess the ploidy status of all 24 different human
chromosomes in interphases simultaneously, especially in single cells.
Here, we present the selection of human probe DNA and a technique
using multi-step fluorescence in situ hybridization (FISH.
Quando a cromatina está no estado de heterocromatina, ela acaba
impedindo que o DNA nela seja transcrito em RNA, tratando-se, portanto,
de porções inativas dos cromossomos. Podemos distinguir ainda a
heterocromatina em: heterocromatina constitutiva e a heterocromatina
facultativa (KUNZLER,2018).
A heterocromatina constitutiva é a porção permanentemente
condensada da cromatina, localiza-se nas extremidades dos cromossomos
e também perto do centrômero e nas regiões organizadoras do nucléolo.
Já a heterocromatina facultativa é a parte da heterocromatina que, num
mesmo organismo, apresenta-se de forma condensada em algumas
células. A heterocromatina não se transcreve, mas não é formada por
sequências simples de DA e pode apresentar-se em muitas células
na forma de eucromatina, com ampla atividade de transcrição gênica
(KUNZLER,2018).
A cromatina é constituída por unidades de repetições de associação
de histonas com DNA (MONTANARI, 2002).
Citologia e Embriologia18
Cromossomos
É no interior do nucléolo que o DNA se associa a proteínas para
formar um complexo fibroso denominado de cromatina. A cromatina
consiste em filamentos extremamente longos e finos. Antes da divisão da
célula, a cromatina se agrega para formar os cromossomos (FLORESCU;
THERIZOLS; ROSA, 2016)this link remains poorly investigated. Here, we
introduce a simple biophysical model where interphase chromosomes are
described in terms of the folding of chromatin sequences composed of
alternating blocks of fibers with different thicknesses and flexibilities, and
we use it to study the influence of sequence disorder on chromosome
behaviors in space and time. By employing extensive computer
simulations,we thus demonstrate that chromosomes undergo noticeable
conformational changes only on length-scales smaller than $10^5$
basepairs and time-scales shorter than a few seconds, and we suggest
there might exist effective upper bounds to the detection of chromosome
reorganization in eukaryotes. We prove the relevance of our framework
by modeling recent experimental FISH data on murine chromosomes.”,”
author”:[{“dropping-particle”:””,”family”:”Florescu”,”given”:”Ana Maria”,”non-
dropping-particle”:””,”parse-names”:false,”suffix”:””},{“dropping-particle”:
””,”family”:”Therizols”,”given”:”Pierre”,”non-dropping-particle”:””,”parse-na
mes”:false,”suffix”:””},{“dropping-particle”:””,”family”:”Rosa”,”given”:”Angel
o”,”non-dropping-particle”:””,”parse-names”:false,”suffix”:””}],”container-
title”:”PLoS Computational Biology”,”id”:”ITEM-1”,”issue”:”6”,”issued”:{“date-
parts”:[[“2016”]]},”page”:”1-21”,”title”:”Large Scale Chromosome Folding
Is Stable against Local Changes in Chromatin Structure”,”type”:”article-
j o u r n a l ”,” v o l u m e ” : ” 1 2 ” } ,” u r i s ” : [ “ h t t p : // w w w. m e n d e l e y . c o m /
documents/?uuid=bce3c65f-aa10-4c4b-b374-8fce818d8786”]}],”mendele
y”:{“formattedCitation”:”(FLORESCU; THERIZOLS; ROSA, 2016.
Os cromossomos foram descobertos no século XIX, como
estruturas em forma de cordão, que estavam presentes no núcleo das
células eucarióticas, tonando-se visíveis quando as células começavam
a se dividir. Durante o avanço da ciência, os pesquisadores descobriram
que os cromossomos continham DNA e proteínas, atualmente sabemos
que o DNA contém a informação hereditária das células, que as proteínas
Citologia e Embriologia 19
que constituem os cromossomos atuam principalmente na compactação
e no controle das moléculas de DNA (DIXON; GORKIN; REN, 2016).
Essas moléculas de DNA cabem facilmente no núcleo da célula,
mas depois do seu processo de replicação são divididas entre as duas
células-filhas a cada divisão celular. Existe uma dinâmica complexa de
compactação do DNA sendo realizada por proteínas especiais que se
ligam ao DNA e o dobram, impedindo que o DNA se torne num grande
emaranhado. O DNA é compactado de forma tão organizada e ordenada
que se torna acessível a todas as enzimas e outras proteínas necessárias
para a sua replicação, reparo e controle da expressão de seus genes
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2000).
Nos organismos eucarióticos, o DNA está distribuído em grupos
diferentes de cromossomos; no núcleo de células humanas, o DNA
está distribuído nos 23 ou 24 tipos diferentes de cromossomos. Cada
cromossomo é constituído de uma única e enorme molécula de DNA
em uma estrutura mais compacta; esse complexo de DNA e proteínas é
denominado de cromatina. Além das proteínas envolvidas no processo de
compactação do DNA, os cromossomos estão associados com diversas
proteínas envolvidas na replicação do DNA, reparo e expressão gênica
(DIXON; GORKIN; REN, 2016).
Com exceção das células germinativas que não possuem DNA
(espermatozoides e óvulos) e de células especializadas, como as hemácias,
cada célula humana contém duas cópias de cada cromossomo, uma será
herdada da mãe e a outra será herdada do pai. Os cromossomos paternos
e maternos de um par são denominados cromossomos homólogos. O
único par de cromossomos não homólogos é o dos cromossomos sexuais
nos homens, onde o cromossomo Y é herdado do pai e o cromossomo X
é herdado da mãe, as mulheres herdam cromossomo X do pai e da mãe
e não possuem o cromossomo Y. Quando analisamos os cromossomos,
podemos observar a presença de um conjunto de 46 cromossomos, essa
análise é denominada como cariótipo humano (BAUMGARTNER et al.,
2018)but it is still prohibitivefor many institutions and clinical settings. No
applied, cost-effective, and efficient technique has been introduced yet
aiming at research to assess the ploidy status of all 24 different human
Citologia e Embriologia20
chromosomes in interphases simultaneously, especially in single cells.
Here, we present the selection of human probe DNA and a technique
using multi-step fluorescence in situ hybridization (FISH.
A função mais importante dos cromossomos é a de possuir os
genes, a unidade funcional hereditária! Um gene é definido como
um segmento de DNA que contém as instruções para produzir uma
determinada proteína ou molécula de RNA que é codificada pelos genes
e subsequentemente usada para produzir uma proteína (JUNQUEIRA &
CARNEIRO, 2000).
Nucléolo
Os nucléolos são estruturas esféricas e densas que se coram
intensamente. Têm um diâmetro de 1 a 3 µm e localizam-se dentro
do núcleo. Podemos encontrar núcleos com dois ou mais nucléolos,
mas geralmente o nucléolo é único e estão associados a uma massa
de cromatina acoplada à sua periferia, ou seja, a cromatina associada
ao nucléolo (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2000). Quando observado ao
microscópio eletrônico, o nucléolo aparece como uma massa densa e
compacta, com suas cavidades cheias de cromatina, apresentando áreas
de grânulos e fibrilas. A parte fibrilar é constituída de DNA e a parte granular
é caracterizada por partículas precursoras das subunidades ribossômicas
(MONTANARI, 2002).
A diferença no tamanho dos nucléolos depende principalmente do
componente granular e da intensidade da síntese proteica que ocorre no
citoplasma (KUNZLER,2018).
RESUMINDO:
E então? Você conseguiu compreender a estrutura e
função do núcleo? Gostou dessa organela que possui
a função de conter a informação do código genético,
organizar e coordenar os processos celulares através dos
seus componentes internos? Agora, só para termos certeza
de que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Citologia e Embriologia 21
O núcleo é fundamental para os processos celulares de um
organismo, é no núcleo que se armazenam as informações, obtêm-se e
traduzem-se as informações genéticas da célula. O núcleo é composto
por: envoltório nuclear, matriz nuclear, cromatina, cromossomos e
nucléolo.
O envoltório nuclear é constituído por duas membranas externas
e internas, essa membrana não é contínua, formando, assim, pequenas
interrupções na sua forma, chamadas de poros, estes poros são
responsáveis pela passagem de proteínas do ambiente externo para
o interno e vice-versa. O núcleo possui a matriz nuclear, sua função é
parecida com a do citoesqueleto, ela possui como finalidade a sustentação
e organização espacial dos componentes internos do núcleo, importante
durante os processos de divisão celular.
Uma das funções do núcleo é o armazenamento e
propagação das informações genéticas. A cromatina é constituída de
desoxirribonucleoproteína e dependendo do estado metabólico da célula,
ela pode ser chamada de eucromatina (estado difuso) ou heterocromatina
(estado denso). Essa característica torna-se importante, pois a
heterocromatina não permite a leitura do DNA, já no estado de eucromatina,
isso torna-se possível, facilitando, assim, o processo de transcrição do
material genético. A cromatina agregada forma os cromossomos!
Nos organismos eucarióticos, o DNA está distribuído em grupos
diferentes de cromossomos, no núcleo de células humanas, o DNA
está distribuído nos 23 ou 24 tipos diferentes de cromossomos. Cada
cromossomo é constituído de uma única e enorme molécula de DNA em
uma estrutura mais compacta. Lembre-se — com exceção das células
germinativas, que não possuem DNA (espermatozoides e óvulos) e de
células especializadas, como as hemácias — de que cada célula humana
contém duas cópias de cada cromossomo, uma será herdada da mãe e a
outra será herdada do pai. A função mais importante dos cromossomos é
a de possuir os genes, a unidade funcional hereditária! Um gene é definido
como um segmento de DNA que contém as instruções para produzir uma
determinada proteína ou molécula de RNA que é codificada pelos genes
e subsequentemente usada para produzir uma proteína.
Citologia e Embriologia22
E, para finalizar, você pode compreender a função do nucléolo, o
nucléolo apresenta-se como uma massa densa e compacta, com suas
cavidades cheias de cromatina, apresentando áreas de grânulos e fibrilas.
A parte fibrilar é constituída de DNA e a parte granular é caracterizada por
partículas precursoras das subunidades ribossômicas, imagine um núcleo
dentro de outro núcleo! Agora, você é capaz de reconhecer essa estrutura
e suas inúmeras funções.
Espero que vocês tenham gostado! Agora vamos conhecer o ciclo
e processos de divisões celulares! Vamos em frente!
Citologia e Embriologia 23
Ciclo de Divisão Celular
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender
como funciona a divisão celular e o controle do ciclo de
divisão celular e as principais fases que compõem essa
divisão. Esse conteúdo é fundamental para a compreensão
de conteúdos multidisciplinares e futuramente para
o exercício de sua profissão com excelência. E então?
Motivado para desenvolver essa competência? Então
vamos lá. Avante!
Você já parou para pensar como uma célula se reproduz? Uma
célula se reproduz através de uma série de eventos, realizando uma
sequência coordenada de ações, na qual primeiramente ela duplica seu
conteúdo e então se divide em duas. É exatamente essa série de ações
coordenadas e organizadas em que a célula se duplica e se divide que
chamamos de ciclo celular.
De forma geral, o ciclo celular apresenta-se em duas etapas
principais: Interfase, fase mitótica e meiose, cada uma delas com subfases
que organizam os processos de controle do ciclo celular. Vamos aprender
detalhadamente cada uma delas?
Controle do Ciclo de Divisão Celular
A replicação, divisão do DNA e das organelas ocorre de forma
ordenada, devido à atuação de uma rede complexa de proteínas
reguladoras que fazem parte do sistema de controle do ciclo celular.
Este sistema garante que os processos mais importantes do ciclo celular,
como a replicação de DNA e mitose, ocorram de maneira eficiente, dessa
forma cada processo deve acabar antes que a próxima etapa aconteça,
para evitar possíveis erros, esse processo denomina-se retroalimentação
(KUNZLER,2018).
Citologia e Embriologia24
O DNA é replicado antes que o núcleo inicie sua divisão, ou seja,
a fase S deve preceder a fase M. Se a síntese de DNA é interrompida ou
desacelerada, a mitose e a divisão celular também ficarão atrasadas. Se o
DNA for danificado, o ciclo deve interromper-se em GI, S ou G2, para que
a célula possa reparar o dano antes que a replicação do DNA ocorra ou
antes que a fase M se inicie (KUNZLER,2018).
O sistema de controle do ciclo celular tem essa capacidade por
meio de mecanismos moleculares, chamados de pontos de verificação
ou pontos de checagem (KUNZLER,2018).
Existem três pontos principais de checagem. Na transição de
G1 para a fase S, as proteínas confirmam se o meio é favorável para a
proliferação antes da replicação do DNA. O segundo ponto de checagem
é na transição de G2 para a fase M, em que o sistema confirma que
não existem danos no DNA e que ele está totalmente replicado. E, para
finalizar, durante a mitose, a “maquinaria” garante que os cromossomos
duplicados estão devidamente ligados ao citoesqueleto, nesse caso, ao
fuso mitótico, antes que o fuso separe os cromossomos e os segregue
para as duas células-filhas (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2000). Podemos
imaginar que o principal mecanismo de controle celular consiste numa
série de eventos moleculares que “ligam/desligam” o ciclo celular,
observe a Figura 2.
Figura 2: Ciclo celular
Legenda: Fases do ciclo celular.
Fonte. @commons.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cell_Cycle-es.jpg?uselang=pt-brCitologia e Embriologia 25
O sistema de controle do ciclo celular regula os processos pela
ativação e pela inibição cíclicas das proteínas-chave e dos complexos
proteicos. Tal regulação é realizada pela fosforilação e desfosforilação
que controlam grupos específicos de proteínas-cinase (fosforilação) e
proteínas-fosfatase (desfosforilação).
Interfase
É na interfase que ocorre um período de alta atividade
metabólica, é nela que ocorre a duplicação do DNA e suas organelas e
consequentemente o crescimento da célula. A interfase é organizada em
três fases: G1, S e G2, (MONTANARI, 2010) observe a Figura 3.
Figura 3: Interfase.
Legenda: Fases da interfase.
Fonte: https://bit.ly/2IsM3uA
Fase G1
A fase G1 corresponde ao intervalo entre a fase mitótica e a fase
S. É a fase na qual a célula encontra-se metabolicamente ativa, é nessa
fase que há a duplicação de suas organelas e materiais citosólicos. A
replicação dos centrossomos também ocorre na fase G1 (KUNZLER,2018).
https://bit.ly/2IsM3uA
Citologia e Embriologia26
Fase S
A fase S, intervalo entre a fase G1 e G2, em geral dura 8 horas. É
nessa fase que ocorre a duplicação do DNA, resultando na formação de
duas células idênticas com o mesmo material genético (KUNZLER,2018).
Fase G2
Esta fase é correspondente ao intervalo entre a fase S e a fase
mitótica e dura em torno de 4 a 6 horas. Nessa fase, há continuidade do
crescimento celular, bem como a síntese de proteínas em preparação
para a divisão celular e finalização da replicação dos centrossomos
(KUNZLER,2018).
Mitose
É na fase mitótica que ocorre a mitose, ou seja, a divisão da célula
e a citocinese, a divisão citoplasmática. Os eventos que ocorrem durante
a mitose e a citocinese são visíveis ao microscópio, pois a cromatina
condensa-se em cromossomos distintos (MONTANARI, 2010).
A mitose ocorre em todas as células somáticas eucarióticas e
consiste na distribuição de dois conjuntos de cromossomos em dois
núcleos separados, resultando na divisão precisa das informações
genéticas. A mitose é um processo contínuo e é subdividida em cinco
etapas: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase, (MONTANARI,
2010) observe a Figura 4.
Citologia e Embriologia 27
Figura 4: Mitose.
Legenda: Fases da mitose.
Fonte: @commons.
NOTA:
São células somáticas, quaisquer células responsáveis pela
formação de tecidos e órgãos em órgãos multicelulares
Citologia e Embriologia28
Fases da Mitose
Prófase
Nesta etapa do processo, o envelope nuclear permanece intacto,
enquanto a cromatina é duplicada durante a fase S, que condensa
em estruturas cromossomais definidas, que são as cromátides. Os
cromossomos formam duas cromátides irmãs, conectadas por um
centrômero. Os cinetócoros são complexos de proteínas especializadas
que associam-se a cada cromátide. Os microtúbulos do fuso mitótico
vão se ligando a cada cinetócoro, à medida que os cromossomos são
separados na mitose. Os microtúbulos do citoplasma desmontam-se
e reorganizam-se na superfície do núcleo para formar o fuso mitótico.
Os pares de centríolos afastam-se pelo crescimento dos feixes de
microtúbulos que formam o fuso mitótico, o nucléolo e a organela dentro
do núcleo, onde os ribossomos são produzidos, se demonstram na
prófase (MONTANARI, 2010).
Prometáfase
O início da prometáfase é marcado pela desmontagem do envelope
nuclear. Os microtúbulos do fuso se ligam aos cinetócoros e os cromossomos
são “puxados” pelos microtúbulos do fuso (MONTANARI, 2010).
Metáfase
Na metáfase, há o alinhamento das cromátides na “linha equatorial”
do fuso, entre os dois polos. As cromátides então alinhadas, formam uma
placa denominada de placa metafásica. Durante essa etapa, as células
podem ser “pausadas”, quando os inibidores de microtúbulos são usados
(MONTANARI, 2010).
Anáfase
Nesta fase, os polos mitóticos são separados ainda mais, como
resultado do alongamento dos microtúbulos polares. Cada centrômero
divide-se em dois e os cinetócoros pareados se separam. As cromátides
irmãs migram em direção aos polos opostos do fuso (MONTANARI, 2010).
Citologia e Embriologia 29
Telófase
Finalizando a divisão nuclear, durante esta fase ocorre o desmonte
dos microtúbulos do cinetócoro e a dissociação do fuso mitótico. Os
envelopes nucleares se formam em torno de cada núcleo, contendo as
cromátides. As cromátides se descondensam em cromatina dispersa ou
heterocromatina e os nucléolos se formam novamente no núcleo das
células-filha (MONTANARI, 2010).
Citocinese
A citocinese consiste na divisão do citoplasma e das organelas da
célula em duas células idênticas. A citocinese inicia-se na fase final da
anáfase com a formação de um sulco de clivagem da membrana plasmática
e completa-se após a telófase, momento em que microscopicamente
observa-se o início de um “estrangulamento” na região central da célula
que está terminando sua divisão, resultando, então, na separação
completa da célula, o que caracteriza o fim da citocinese, porém em
algumas células podemos observar que a mitose ocorre sem a citocinese,
o que pode resultar em células com mais de um núcleo (KUNZLER, 2018).
Meiose
A meiose é o processo que reduz pela metade o número de
cromossomos, sendo a meiose a responsável pelo processo que origina
as células germinativas ou gametas, que contém a metade do número
de cromossomos característicos da espécie. A meiose consiste em duas
divisões da célula de forma consecutiva, com duplicação do DNA apenas
uma vez, no período S que precede a primeira divisão, o resultado dessa
dinâmica é que cada cromossomo representará duas cromátides irmãs
unidas por proteínas. A meiose I inicia com uma prófase I, neste momento
os cromossomos homólogos pareiam-se ao longo de sua extensão, esse
acontecimento é chamado de sinapse. Esse pareamento ocorre a partir
da prófase I e irá até o final da metáfase I (MONTANARI, 2010).
No momento em que os cromossomos são facilmente visualizados
pela microscopia, os dois homólogos já se encontram unidos, essa união
Citologia e Embriologia30
é realizada pelos telômeros, além disso, um grupo de proteínas especiais
podem formar um complexo sinaptonemal, que tem como finalidade
manter os cromossomos unidos (MONTANARI, 2010).
As quatro cromátides de cada par desses cromossomos formam
o que chamamos de tétrade ou bivalente. Agora complicou? Vamos
descomplicar! Imagine que nesse processo existem 46 cromossomos
em uma célula diploide humana. No início da meiose, existem 23 pares
homólogos de cromossomos, cada um com duas cromátides (isto é, 23
tétrades), para um total de 92 cromátides durante a prófase I (MONTANARI,
2010).
Ao longo da prófase I e metáfase I, a cromatina continua a enrolar-
se, num determinado estágio os cromossomos homólogos parecem
repelir-se, mas permanecem unidos por um tipo de ligação que assume
uma forma em cruz ou “X”, sendo conhecido como “quiasmas”. Sendo o
quiasma o responsável pela troca de material genético entre as cromátides
irmãs em cromossomos homólogos (KUNZLER,2018).
Na meiose II, ocorre a separação das cromátides irmãs, sendo esse
processo semelhante à mitose, em cada um dos núcleos produzidos pela
meiose I, os cromossomos alinham-se na placa equatorial, na metáfase
II. Os centrômeros das cromátides irmãs separam-se e os cromossomos
filhos se movem para os polos, na anáfase II (KUNZLER,2018).
O resultado da meiose apresenta quatro núcleos, sendo todos
haploides, com um único conjunto de cromossomos não replicados,
resultando numa diversidade entre os quatro núcleos, observe a Figura 5.
Citologia e Embriologia 31
Figura 5: Meiose
Legenda: Fases da meiose.
Fonte: @commons.
NOTA:
Células haploides, são células que possuem apenas um
conjunto de cromossomos, enquanto as células diploides
possuem dois conjuntos de cromossomos
RESUMINDO:
E então? Você conseguiu compreender o complexo sistema
de controle e divisão celular? Agora, só para termoscerteza
de que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Primeiramente, foi demonstrado que o sistema de controle e divisão
celular é um sistema complexo e que tem por finalidade multiplicar o
material genético e dividi-lo em duas células iguais. Diante das diferentes
fases desse processo, os pesquisadores as classificaram como interfase,
Citologia e Embriologia32
mitose e meiose. Antes e durante essas fases responsáveis pela
duplicação e distribuição do material genético, a célula conta com um
aparato de proteínas e enzimas responsáveis pelo “controle de qualidade”
de cada fase, impedindo, assim, que uma célula defeituosa se propague.
Esse processo de reparo ocorre em três pontos específicos e chama-se
pontos de checagem.
A interfase é responsável pela duplicação do DNA e suas organelas
e consequentemente o crescimento da célula. A interfase é organizada
em três fases: G1, S e G2. A mitose ocorrerá em todas as células somáticas
dos organismos eucarióticos e é responsável pela distribuição dos dois
conjuntos de cromossomos em dois núcleos distintos, resultando na
divisão precisa das informações genéticas. A mitose é um processo
contínuo e é subdividida em cinco etapas: prófase, prometáfase, metáfase,
anáfase e telófase.
E, diferentemente da mitose, existe a meiose. A meiose é responsável
pela redução do número de cromossomos pela metade; durante esse
processo, nós temos a meiose I e meiose II. A meiose I inicia com uma
prófase I, nesse momento os cromossomos homólogos pareiam-se ao
longo de sua extensão, esse acontecimento é chamado de sinapse. Esse
pareamento ocorre a partir da prófase I e irá até o final da metáfase I.
Na meiose II, ocorre a separação das cromátides irmãs, sendo esse
processo semelhante à mitose, em cada um dos núcleos produzidos pela
meiose I, os cromossomos alinham-se na placa equatorial, na metáfase
II. Os centrômeros das cromátides irmãs separam-se e os cromossomos-
filhos se movem para os polos, na anáfase II. O resultado da meiose
apresenta quatro núcleos, sendo todos haploides, com um único conjunto
de cromossomos não replicados, resultando numa diversidade entre os
quatro núcleos.
Nesta fase da unidade, você é capaz de identificar e reconhecer o
processos de divisão e controle da célula e suas diferentes fases! Espero
que vocês tenham gostado, pois agora vamos iniciar a Embriologia! E
vamos em frente!
Citologia e Embriologia 33
Gametogênese
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender
como acontece a gametogênese e suas respectivas fases e
aprenderá as principais características da espermatogênese
e da oogênese. Isso será fundamental para a compreensão
do desenvolvimento humano que será abordado ao longo
da disciplina! E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!.
A gametogênese possui uma grande importância na área das
ciências biológicas, pois é o processo de formação e produção de
gametas nos seres vivos que se reproduzem de forma sexuada. O termo
gametogênese refere-se à formação dos gametas, nesse processo
são formadas as células germinativas especializadas, denominadas de
espermatozoides e ovócitos (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and
oocytes are in a state of meiotic and metabolic quiescence and require
reciprocal signals in order to undergo functional changes that lead to
competence for fertilization. First, the oocyte activates sperm by triggering
motility, chemoattraction, binding and the acrosome reaction, culminating
with the fusion of the two plasma membranes. At the end of this cascade of
events, collectively known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte
activation occurs, generating electrical, morphological and metabolic
modifications in the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this
review is to provide the current state of knowledge regarding the entire
process of gamete activation in selected specific animal models that have
contributed to our understanding of fertilization in mammals, including
humans. Here we describe in detail the reciprocal induction of the two
activation processes, the molecules involved and the mechanisms of
cell interaction and signal transduction that ultimately result in successful
embryo development and creation of a new individual. Search Methods:
We carried out a literature survey with no restrictions on publication date
(from the early 1950s to March 2016.
Citologia e Embriologia34
É no final do período embrionário, na oitava semana de
desenvolvimento, que observa-se que os testículos são constituídos de
cordões seminíferos, com as células germinativas primordiais e as células
de Sertoli, que possuem a função de sustentação. Além da função de
sustentação, as células de Sertoli secretam hormônios como o hormônio
antimülleriano (antimüllerian hormone — AMH), uma glicoproteína da
família do fator de crescimento transformante-β (transforming growth
factor-β – TGF-β), que elimina o desenvolvimento dos ductos de Müller,
precursores do trato reprodutor feminino. Por influência da gonadotrofina
coriônica humana (human chorionic gonadotropin — hCG), hormônio
proteico produzido pela placenta, semelhante ao hormônio luteinizante
(luteinizing hormone — LH), surgem, entre os cordões seminíferos,
as células de Leydig (ou células intersticiais), estas células secretam
testosterona, que induz a formação do sistema reprodutor masculino
(MONTANARI, 2010).
Após o parto, sem o suporte de hCG materno, há a degeneração das
células de Leydig. Nos anos pré-puberdade, há uma pequena produção de
andrógenos pela adrenal, e as células germinativas primordiais originam
as espermatogônias. Na puberdade, com o estímulo do LH da hipófise, há
uma nova onda de diferenciação de células de Leydig a partir de células
mesenquimais. Sob a influência da testosterona, a espermatogênese se
inicia (MONTANARI, 2010).
Fases da Gametogênese
No homem e nos machos de outras espécies, o processo de
formação dos gametas é denominado de espermatogênese e ocorre nas
gônadas masculinas ou nos testículos. Na mulher e nas fêmeas de outras
espécies esse processo é denominado de ovulogênese (oogênese) e
ocorre nas gônadas femininas ou nos ovários (MONTANARI, 2010). Vamos
conhecer as principais fases de cada processo?
Citologia e Embriologia 35
Espermatogênese
As fases da espermatogênese são classificadas da seguinte forma:
espermatogônia, espermatócito primário, espermatócito secundário,
espermátide e espermatozoide, que corresponde ao processo de
amadurecimento e funcionalização da célula (MONTANARI, 2010).
Espermatogônia
Na base do túbulo seminífero, existem várias populações de
células denominadas espermatogônias, podendo ser subdivididas em
espermatogônia do tipo A e B. As espermatogônias do tipo A são as
células-tronco, que consequentemente através das mitoses, duram até
a morte do indivíduo (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes
are in a state of meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal
signals in order to undergo functional changes that lead to competence
for fertilization. First, the oocyte activates sperm by triggering motility,
chemoattraction, binding and the acrosome reaction, culminating with
the fusion of the two plasma membranes. At the end of this cascade of
events, collectively known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte
activation occurs, generating electrical, morphological and metabolic
modifications in the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this
review is to provide the current state of knowledge regarding the entire
process of gamete activation in selected specific animal models that have
contributed to our understanding of fertilization in mammals, including
humans. Here we describe in detail the reciprocal induction of the two
activation processes, the molecules involved and themechanisms of
cell interaction and signal transduction that ultimately result in successful
embryo development and creation of a new individual. Search Methods:
We carried out a literature survey with no restrictions on publication date
(from the early 1950s to March 2016. Essas divisões mitóticas duram
cerca de 16 dias. As espermatogônias do tipo B são descendentes das
espermatogônias do tipo A, porém elas saem do ciclo de mitose e entram
na meiose (MONTANARI, 2010).
Citologia e Embriologia36
A espermatogônia do tipo B aumenta o seu tamanho e duplica
seu material genético durante a interfase, tornando-se o espermatócito
primário (MONTANARI, 2010).
Espermatócito Primário e Secundário
De cada espermatócito primário são originados dois espermatócitos
secundários. Eles realizam a segunda divisão meiótica de forma rápida,
levando em torno de 8 horas (KUNZLER,2018).
Espermátide
As espermátides são os espermatócitos secundários. Essas
espermátides diferenciam-se em espermatozoides, esse processo de
diferenciação morfológica é chamado de espermiogênese e dura em
média 24 dias (KUNZLER,2018).
Espermatozoide
Quando ocorre a finalização completa do processo de
espermiogênese, é observado que o excesso de citoplasma da célula
é perdido, dessa forma, os espermatozoides são liberados na luz dos
túbulos seminíferos, o que é denominado de espermiação. No ser humano
o processo de espermatogênese dura em média 64 dias(KUNZLER,2018).
Oogênese
Já na oogênese, podemos classificar o processo de funcionalização
e amadurecimento celular desta forma: ovogônias, ovócito primário,
ovócito primário maduro, ovócito secundário e ovócito, (TOSTI; MÉNÉZO,
2016)spermatozoa and oocytes are in a state of meiotic and metabolic
quiescence and require reciprocal signals in order to undergo functional
changes that lead to competence for fertilization. First, the oocyte activates
sperm by triggering motility, chemoattraction, binding and the acrosome
reaction, culminating with the fusion of the two plasma membranes. At the
end of this cascade of events, collectively known as sperm capacitation,
sperm-induced oocyte activation occurs, generating electrical,
Citologia e Embriologia 37
morphological and metabolic modifications in the oocyte. Objective
and Rationale: The aim of this review is to provide the current state of
knowledge regarding the entire process of gamete activation in selected
specific animal models that have contributed to our understanding of
fertilization in mammals, including humans. Here we describe in detail
the reciprocal induction of the two activation processes, the molecules
involved and the mechanisms of cell interaction and signal transduction
that ultimately result in successful embryo development and creation of a
new individual. Search Methods: We carried out a literature survey with no
restrictions on publication date (from the early 1950s to March 2016.
Oogônias
As oogônias surgem na vida intrauterina, sendo que ainda no
primeiro trimestre elas proliferam por mitose, e no segundo duplicam o
material genético na interfase, transformando-se em oócitos primários
(MONTANARI, 2010).
Ovócito Primário e Ovócito Primário Maduro
Esses oócitos entram na primeira divisão meiótica, mas a
interrompem logo no início, no diplóteno da prófase, por causa de uma
alta concentração de monofosfato de adenosina cíclica (AMPc), resultante
da produção pelo próprio oócito e pelas células vizinhas, as células
foliculares. A alta concentração de AMPc no oócito inativa o fator promotor
da maturação (MPF de maturation promoting factor), responsável pela
continuação da meiose (MONTANARI, 2010). Nesse período de suspensão
da prófase, favorecido pela quantidade duplicada do DNA, há um acúmulo
de RNAm e RNAr, que serão usados para a síntese de glicoproteínas que
compõem a zona pelúcida, um envoltório do gameta feminino; para a
produção de substâncias que são armazenadas nos grânulos corticais e
exocitadas na fertilização e para a tradução de proteínas necessárias no
início do desenvolvimento embrionário (MONTANARI, 2010).
Depois da puberdade, em cada ciclo menstrual, um oócito primário
retoma a meiose. Sob a influência do LH, as junções gap entre as células
foliculares e o oócito fecham-se, reduzindo a quantidade de AMPc e GMPc
Citologia e Embriologia38
transferidos para o oócito. A redução de GMPc ativa a enzima PDE3A, cuja
ação degrada o AMPc dentro do oócito. A concentração menor dessa
substância ativa o MPF, e a prófase prossegue (MONTANARI, 2010).
Ovócito Secundário
Com a conclusão da primeira meiose são formados o oócito
secundário e o primeiro corpúsculo polar. A citocinese assimétrica faz com
que o oócito secundário fique com a maior parte do citoplasma, organelas
e nutrientes para sustentar o início do desenvolvimento do embrião,
enquanto o corpúsculo polar é uma célula pequena, com o excesso
de material genético e que logo degenera. Geralmente só há liberação
do ovário (ovulação) de um oócito secundário. Se mais oócitos forem
liberados, quando fecundados, resultarão em gêmeos não idênticos. O
oócito secundário entra na segunda meiose, mas ela é interrompida na
metáfase (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of
meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order
to undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development and
creation of a new individual. Search Methods: We carried out a literature
survey with no restrictions on publication date (from the early 1950s to
March 2016. Com a entrada do espermatozoide, os níveis citoplasmáticos
de Ca2+ aumentam, ativando a proteína quinase. Essa enzima degrada
a ciclina do MPF, dando continuidade à divisão meiótica. O oócito
secundário termina a meiose, gerando, novamente por citocinese. O oócito
Citologia e Embriologia 39
secundário é viável por, no máximo, 24h. Se a fertilização não se realiza,
o oócito secundário sofre autólise e é reabsorvido pelo trato reprodutor
feminino (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of
meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order
to undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signaltransduction that ultimately result in successful embryo development and
creation of a new individual. Search Methods: We carried out a literature
survey with no restrictions on publication date (from the early 1950s to
March 2016.
Ovócito
O ovócito é a célula germinativa propriamente dita, são células
sexuais femininas produzidas nos ovários é o estágio em que o gameta
feminino é liberado do ovário, esse estágio varia conforme a espécie, as
mulheres ovulam o oócito secundário (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa
and oocytes are in a state of meiotic and metabolic quiescence and
require reciprocal signals in order to undergo functional changes that
lead to competence for fertilization. First, the oocyte activates sperm by
triggering motility, chemoattraction, binding and the acrosome reaction,
culminating with the fusion of the two plasma membranes. At the end of
this cascade of events, collectively known as sperm capacitation, sperm-
induced oocyte activation occurs, generating electrical, morphological
and metabolic modifications in the oocyte. Objective and Rationale: The
aim of this review is to provide the current state of knowledge regarding
Citologia e Embriologia40
the entire process of gamete activation in selected specific animal models
that have contributed to our understanding of fertilization in mammals,
including humans. Here we describe in detail the reciprocal induction of the
two activation processes, the molecules involved and the mechanisms of
cell interaction and signal transduction that ultimately result in successful
embryo development and creation of a new individual. Search Methods:
We carried out a literature survey with no restrictions on publication date
(from the early 1950s to March 2016.
VOCÊ SABIA?
Os cnidários, os ctenóforos e os ouriços-do-mar ovulam
óvulos; platelmintos, moluscos, muitos insetos, cadelas e
éguas liberam o oócito primário; os equinodermos, com
exceção dos ouriços-do-mar, os cordados inferiores, os
anfíbios, as aves e a maioria dos mamíferos ovulam o oócito
secundário
RESUMINDO:
E então? Você compreendeu a gametogênese em homens
e mulheres? Fascinante o processo de formação dos
gametas feminino e masculino! Mas agora, só para termos
certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo
deste capítulo, vamos recapitular tudo o que vimos.
A gametogênese é um processo fundamental para a formação dos
gametas nos seres vivos que se reproduzem de forma sexuada, é através
dela que obtemos as células germinativas funcionais, os espermatozoides
e ovócitos.
Para que o organismo consiga gerar as células germinativas, ele
passa por uma série de processos envolvendo células e hormônios
que de forma cronológica vão atuando no organismo. Os testículos
são responsáveis pela formação dos espermatozoides, é neles que
estão as células germinativas primordiais, estas células germinativas
Citologia e Embriologia 41
são sustentadas pelas células de Sertoli, que além da sustentação
possuem como finalidade a secreção de hormônios como o hormônio
antimülleriano (antimüllerian hormone — AMH), também nos testículos
vamos ter a formação das células de Leydig (ou células intersticiais),
estas células secretam testosterona, que induz a formação do sistema
reprodutor masculino. Na puberdade, com o estímulo do LH da
hipófise, há uma nova onda de diferenciação de células de Leydig a
partir de células mesenquimais. Sob a influência da testosterona, a
espermatogênese inicia. A espermatogênese é caracterizada mediante as
fases de amadurecimento da célula germinativa, em homens podemos
distingui-las em: espermatogônia, espermatócito primário, espermatócito
secundário, espermátide e espermatozoide. Em mulheres, chamamos
de oogênese e também pode-se distingui-las em: ovogônias, ovócito
primário, ovócito primário maduro, ovócito secundário e ovócito; sendo a
liberação do ovócito, a última etapa do processo da oogênese.
Agora você é capaz de reconhecer todos os processos que
envolvem a gametogênese. Espero que vocês tenham gostado! E vamos
em frente para a fertilização!
Citologia e Embriologia42
Fertilização
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender
como ocorre a clivagem do blastocisto, sua implementação,
as fases da fertilização, a dinâmica complexa dos
mecanismos que envolvem a fertilização e as respectivas
modificações endometriais que ocorrem após esses
processos. Isso será fundamental para a compreensão do
desenvolvimento humano que será abordado ao longo
da disciplina! E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!.
A fertilização é uma série de fenômenos que consistem na
penetração do ovócito pelo gameta masculino, na fusão dos pronúcleos
dos gametas e na restauração do número de cromossomas próprios
da espécie. Para que a fertilização ocorra pressupõe-se que gametas
maduros foram transportados até o local adequado à fertilização; que
o espermatozoide completou sua maturação no epidídimo, que se
capacitou no trato reprodutor feminino, que foi capaz de penetrar os
envoltórios do gameta feminino e de atingir o seu citoplasma e que ativou
o ovócito. O ovócito ativado deve ser capaz, por sua vez, de promover
o desenvolvimento e fusão de pronúcleos de ambos os gametas; de
fazer o intercâmbio de cromossomas e de restaurar o número próprio
de cromossomas da espécie. Além disso, deve, também, ser capaz de
bloquear a entrada de novos espermatozoides (JARVIS, 2017)particularly
during the first weeks after fertilisation, with total prenatal losses of
70% and higher frequently claimed. However, the first external sign of
pregnancy occurs two weeks after fertilisation with a missed menstrual
period, and establishing the fate of embryos before this is challenging.
Calculations are additionally hampered by a lack of data on the efficiency
of fertilisation under natural conditions. Four distinct sources are used to
justify quantitative claims regarding embryo loss: (i.
Citologia e Embriologia 43
Clivagem do Blastocisto
Após a fertilização, a célula diploide que foi gerada (o zigoto),
sofre consecutivas divisões mitóticas, estas divisões ocorrem sem a fase
de crescimento da célula. Essas divisões consecutivas são chamadas
de clivagens e as células geradas pela clivagens são os blastômeros
(MONTANARI, 2010).
Implantação do Blastocisto
O blastocisto chega ao útero, onde a zona pelúcida começa a ser
dissolvida a partir do polo embrionário e inicia o processo de implantação
nas paredes do útero, que sofrem profundas modificações, particularmente
no endométrio, que passa a ser denominado de decídua. A princípio, há
uma adesão das células do pré-embrião às células do epitélio endometrial
(TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of meiotic
and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order to
undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development
and creation of a new individual. Search Methods: We carried out a
literature survey with norestrictions on publication date (from the early
1950s to March 2016. Esse contato desencadeia uma reação que leva
a camada trofoblástica do blastocisto a se diferenciar em uma camada
interna de proliferação ativa, denominada citotrofoblasto, e uma camada
externa, o sinciciotrofoblasto que inicia uma erosão do tecido materno.
Citologia e Embriologia44
Essa erosão ocorre ao mesmo tempo em que a estrutura embrionária
vai sendo levada para o interior da parede uterina, desencadeando
uma série de modificações no seu desenvolvimento, passando agora a
ser considerada como um embrião e não mais como um pré-embrião.
Essa etapa da implantação é considerada como a de penetração (TOSTI;
MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of meiotic and
metabolic quiescence and require reciprocal signals in order to undergo
functional changes that lead to competence for fertilization. First, the
oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction, binding
and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two plasma
membranes. At the end of this cascade of events, collectively known as
sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs, generating
electrical, morphological and metabolic modifications in the oocyte.
Objective and Rationale: The aim of this review is to provide the current
state of knowledge regarding the entire process of gamete activation in
selected specific animal models that have contributed to our understanding
of fertilization in mammals, including humans. Here we describe in detail
the reciprocal induction of the two activation processes, the molecules
involved and the mechanisms of cell interaction and signal transduction
that ultimately result in successful embryo development and creation of
a new individual. Search Methods: We carried out a literature survey with
no restrictions on publication date (from the early 1950s to March 2016.
Nela as células sinciciais se introduzem cada vez mais profundamente no
estroma, auxiliadas por enzimas proteolíticas, formando lacunas sinciciais
que se tornam contínuas com os capilares maternos, denominados
sinusoides. À medida que o trofoblasto continua causando a erosão dos
sinusoides, o sangue materno começa a fluir para o sistema trofoblástico,
estabelecendo-se uma circulação útero placentária definitiva. A fase final
da implantação é tida como inclusão quando a estrutura embrionária
aloja-se por completo no interior da parede decidual (MONTANARI, 2010).
Em condições normais, o blastocisto humano se implanta no endométrio,
na parede posterior e superior do corpo do útero, onde se fixa entre os
orifícios das glândulas. Em humanos, ao término da primeira semana, oitavo
dia do desenvolvimento, o blastocisto encontra-se parcialmente incluído
no estroma endometrial, completando a implantação no final da segunda
Citologia e Embriologia 45
semana. O estroma endometrial adjacente ao local de implantação é
edemaciado e muito vascularizado e as glândulas tortuosas e volumosas
secretam glicogênio e muco em abundância. Há evidências crescentes
da inter-relação dos tecidos fetais e maternos, necessária, principalmente
para a implantação e a manutenção da gestação (MONTANARI, 2010).
O sucesso da nidação requer a preparação precisa do blastocisto
e endométrio, o que é obtido através de comunicações e sinalizações
contínuas entre mães e concepto, mesmo antes do início da invasão do
trofoblasto (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state
of meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order
to undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development and
creation of a new individual. Search Methods: We carried out a literature
survey with no restrictions on publication date (from the early 1950s to
March 2016.
NOTA:
A nidação é o processo onde o zigoto desloca-se até o
útero e se fixa na sua parede interna
Citologia e Embriologia46
Fases da Fertilização e Mecanismos da
Fertilização
A fusão das membranas é promovida pela fertilina, uma glicoproteína
transmembrana do espermatozoide, com um domínio que se liga à
integrina da membrana do oócito e uma região extracelular hidrofóbica.
Com a fusão do espermatozoide no oócito, há o bloqueio à polispermia.
A fosfolipase C isoforma ζ (zeta), trazida pelo espermatozoide, hidrolisa o
fosfatidilinositol, lipídio da membrana, em diacilglicerol e 1,4,5-trifosfato
inositol (IP3) (MONTANARI, 2010). O diacilglicerol permanece na
membrana plasmática, onde ativa a bomba de Na+ /H+. Há uma troca de
Na+ extracelular por H+ intracelular, levando a um aumento do pH. O IP3 é
liberado da membrana e liga-se ao retículo endoplasmático, promovendo
a liberação de Ca2+ para o citoplasma. O aumento dos níveis citoplasmáticos
de Ca2+ provoca a exocitose dos grânulos corticais. A reação cortical é
o bloqueio definitivo à polispermia. Dos grânulos são liberados enzimas
e glicosaminoglicanos (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes
are in a state of meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal
signals in order to undergo functional changes that lead to competence
for fertilization. First, the oocyte activates sperm by triggering motility,
chemoattraction, binding and the acrosome reaction, culminating with
the fusion of the two plasma membranes. At the end of this cascade of
events, collectively known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte
activation occurs, generating electrical, morphological and metabolic
modifications in the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this
review is to provide the current state of knowledge regarding the entire
process of gamete activation in selected specific animal models that have
contributed to our understanding of fertilization in mammals, including
humans. Here we describe in detail the reciprocal induction of the two
activation processes, the molecules involved and the mechanisms of
cell interaction and signal transduction that ultimately result in successful
embryo development and creation of a new individual. Search Methods:
We carried out a literature survey with no restrictions on publication date
(from the early 1950s to March 2016.
Citologia e Embriologia 47
As enzimas hidrolisam os resíduos de açúcar da ZP3, impossibilitando
a ligação de outros espermatozoides, e clivam parcialmente a ZP2,
causando sua mudança conformacional, o que modifica a estrutura da
zona pelúcida e transforma-a na membrana hialina, de difícil penetração
(TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of meiotic
and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order to
undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generatingelectrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development and
creation of a new individual. Search Methods: We carried out a literature
survey with no restrictions on publication date (from the early 1950s to
March 2016.
Os glicosaminoglicanos, devido à sua carga negativa, atraem Na+,
que, por ser osmoticamente ativo, atrai água, afastando a membrana
hialina da membrana plasmática do oócito secundário. A onda de Ca2+
promovida pela entrada do espermatozoide resulta na ativação da
enzima CAMquinase II e na consequente degradação da ciclina do MPF.
Assim, o oócito completa a segunda meiose, transformando-se em óvulo
e liberando o segundo corpúsculo polar. Os núcleos dos gametas são
denominados pronúcleos. Com a substituição das protaminas pelas
histonas acumuladas no citoplasma do oócito, o material genético do
espermatozoide se descondensa. Os envoltórios nucleares desintegram-
se e os cromossomos pareiam-se (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa
and oocytes are in a state of meiotic and metabolic quiescence and
require reciprocal signals in order to undergo functional changes that
Citologia e Embriologia48
lead to competence for fertilization. First, the oocyte activates sperm by
triggering motility, chemoattraction, binding and the acrosome reaction,
culminating with the fusion of the two plasma membranes. At the end of
this cascade of events, collectively known as sperm capacitation, sperm-
induced oocyte activation occurs, generating electrical, morphological
and metabolic modifications in the oocyte. Objective and Rationale: The
aim of this review is to provide the current state of knowledge regarding
the entire process of gamete activation in selected specific animal models
that have contributed to our understanding of fertilization in mammals,
including humans. Here we describe in detail the reciprocal induction of the
two activation processes, the molecules involved and the mechanisms of
cell interaction and signal transduction that ultimately result in successful
embryo development and creation of a new individual. Search Methods:
We carried out a literature survey with no restrictions on publication date
(from the early 1950s to March 2016.
Tem-se uma célula diploide, o zigoto. O espermatozoide pode
contribuir com o(s) centríolo(s) para organizar o fuso mitótico do zigoto.
As outras organelas do espermatozoide, como as mitocôndrias, são
degradadas. Ainda durante a espermatogênese, nos estágios de
espermatócito secundário e de espermátide redonda, proteínas da
membrana interna da mitocôndria (prohibitin) são marcadas com ubiquitina
para sofrerem proteólise (MONTANARI, 2010).
Mas, durante a passagem pelo epidídimo, os epítopos com ubiquitina
são mascarados por ligações cruzadas de pontes dissulfeto. Os epitopos são
expostos, após a fertilização, pela redução das pontes dissulfeto, induzida
pela glutationa do citoplasma do ovo, e as mitocôndrias de origem paterna
são destruídas até o estágio de embrião com oito células. Essa destruição
parece ser uma vantagem evolutiva, porque as mitocôndrias paternas e o
seu DNA podem ser afetados por espécies reativas de oxigênio durante a
espermatogênese e a fertilização. A etapa final da fertilização é a ativação
do metabolismo do zigoto. O aumento intracelular de Ca2+ e do pH ativam
a NAD-quinase e o transporte de K+ e aminoácidos, respectivamente. A
síntese de DNA, RNA e proteínas, as reações metabólicas e a divisão celular
são retomadas (MONTANARI, 2010).
Citologia e Embriologia 49
Modificações Endometriais
Com o processo de implantação, o endométrio sofre uma reação
decidual. Os fibroblastos diferenciam-se nas células deciduais, tornam-
se poliploides, com uma ampla capacidade de síntese e acumulo de
glicogênio e lipídeos, sendo esse acumulo necessário para a nutrição do
embrião (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of
meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order
to undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development
and creation of a new individual. Search Methods: We carried out a
literature survey with no restrictions on publication date (from the early
1950s to March 2016. O endométrio adquire uma forma poliédrica que
estabelece comunicações através das junções GAP e pelas junções
de adesão, essas células deciduais ficam justapostas em torno do
embrião. O epitélio do endométrio será reconstituído no 12º dia, onde
cobrirá todo o embrião, então diferentemente de como a maioria pensa,
o embrião se desenvolverá dentro da parede do útero e não na luz do
órgão (TOSTI; MÉNÉZO, 2016)spermatozoa and oocytes are in a state of
meiotic and metabolic quiescence and require reciprocal signals in order
to undergo functional changes that lead to competence for fertilization.
First, the oocyte activates sperm by triggering motility, chemoattraction,
binding and the acrosome reaction, culminating with the fusion of the two
plasma membranes. At the end of this cascade of events, collectively
Citologia e Embriologia50
known as sperm capacitation, sperm-induced oocyte activation occurs,
generating electrical, morphological and metabolic modifications in
the oocyte. Objective and Rationale: The aim of this review is to provide
the current state of knowledge regarding the entire process of gamete
activation in selected specific animal models that have contributed to our
understanding of fertilization in mammals, including humans. Here we
describe in detail the reciprocal induction of the two activation processes,
the molecules involved and the mechanisms of cell interaction and signal
transduction that ultimately result in successful embryo development and
creation of a new individual. Search Methods: We carried out a literature
survey with no restrictions on publication date (from the early 1950s to
March 2016.
Mecanismos e Consequências da
Implantação
Comumente a implantação ocorre na parede do útero, no entanto,
se for muito próximo do canal cervical (placenta prévia), exige-se repouso
da gestante, porque pode ocorrer a separação prematura da placenta,
ocasionando numa hemorragia e consequentemente morte do feto por
falta de oxigenação (MONTANARI, 2010).
A implantação também pode ocorrer fora do útero, na tuba uterina
ou na cavidade abdominal, chama-se de gravidez ectópica. A gravidez
tubária é a mais comum dentre as duas citadas, ela pode ser ocasionada
por obstrução da tuba por processos inflamatórios ou, ainda, por
aderências devido àendometriose ou até mesmo a processos cirúrgicos
anteriores à gravidez. Neste caso, até a oitava semana de gestação, devido
ao crescimento embrionário, a tuba rompe-se, o que provoca hemorragia
e pode ser fatal (MONTANARI, 2010).
Quando ocorre uma gravidez ectópica na região abdominal,
normalmente, ocorrerá na bolsa retouterina ou bolsa de Douglas, essa
região é uma prega do peritônio entre o reto e o útero; nesse caso,
quando o feto não é retirado, ele pode calcificar, formando o litopédio.
Esse tipo de implantação nos órgãos abdominais e no mesentério pode
Citologia e Embriologia 51
causar sangramento intraperitoneal, sendo de alto risco de morte materna
(MONTANARI, 2010).
RESUMINDO:
Então chegamos ao final da unidade III! Você conseguiu
compreender a complexa dinâmica dos processos de
fertilização? Ficou difícil de entender o desenvolvimento
dos gametas em embriões? Pois então vamos rever este
capítulo e resumir tudo o que vimos!
A fertilização é uma série de fenômenos que consistem na penetração
do ovócito pelo gameta masculino, na fusão dos pronúcleos dos gametas
e na restauração do número de cromossomas próprios da espécie. Para
que ocorra a fertilização completa é necessário que o gameta sobreviva
a todos os processos, como clivagem, implantação e as próprias fases
da fertilização num todo. É na clivagem que o zigoto diploide e sofrerá
constantes divisões mitóticas; as células oriundas dessas clivagens são
denominadas de blastômeros. O processo de implantação requer que
o blastocisto chegue ao útero, iniciando o processo de implantação nas
paredes do útero, que sofrem profundas modificações, particularmente
no endométrio, que passa a ser denominado de decídua, causando uma
erosão no tecido materno.
Durante as fases da fertilização, nós teremos a ação de enzimas e
proteínas que regularão todo o processo até que o epitélio do endométrio
seja reconstituído, onde cobrirá todo o embrião! Caso ocorra algum
problema durante o processo, como clivagens de forma inadequada,
implantações em locais atípicos como parede abdominal ou a gravidez
tubária, além de não serem passíveis com o desenvolvimento do feto,
ocorre o risco de morte materna.
Agora você é capaz de compreender os processos de clivagem,
implantação e fertilização com suas respectivas modificações
endometriais. Espero que vocês tenham aproveitado e gostado! Essas
informações são essenciais para o seu desenvolvimento acadêmico e
profissional!
Bons estudos!
Citologia e Embriologia52
REFERÊNCIAS
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[revisão técnica : Lucimar Filot da Silva Brum, Mônica Magdalena Descalzo
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Thiely Rodrigues Ott
Citologia e EmbriologiaCitologia e Embriologia
Thiely Rodrigues Ott
Compreendendo Como Funciona o Núcleo
Estrutura e Localização em Diferentes Células do Núcleo Interfásico
Função do Núcleo Interfásico
Componentes do Núcleo Interfásico
Ultraestrutura do Envoltório Nuclear.
Matriz Nuclear
Cromatima
Cromossomos
Nucléolo
Ciclo de Divisão Celular
Controle do Ciclo de Divisão Celular
Interfase
Fase G1
Fase S
Fase G2
Mitose
Fases da Mitose
Prófase
Prometáfase
Metáfase
Anáfase
Telófase
Citocinese
Meiose
Gametogênese
Fases da Gametogênese
Espermatogênese
Espermatogônia
Espermatócito Primário e Secundário
Espermátide
Espermatozoide
Oogênese
Oogônias
Ovócito Primário e Ovócito Primário Maduro
Ovócito Secundário
Ovócito
Fertilização
Clivagem do Blastocisto
Implantação do Blastocisto
Fases da Fertilização e Mecanismos da Fertilização
Modificações Endometriais
Mecanismos e Consequências da Implantação