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Apostila UN1 GESTÃO

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Sistemas e Políticas 
em Saúde
Sistemas de Saúde
Modelos de Regulação
Nesta disciplina iremos apresentar e discutir o setor de saúde - público e privado - com foco na compreensão 
das principais características que o afetam. 
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Índice
Índice.............................................................................................................................
Abetura da Disciplina....................................................................................................
Apresentação da Unidade.............................................................................................
Principais Modelos de Saúde........................................................................................
1. Universalista.....................................................................................................
2. Seguro Social....................................................................................................
3. Seguros Privados..............................................................................................
4. Assistencialista.................................................................................................
Sistema de Saúde Brasileiro..........................................................................................
1. Sistema Único de Saúde e Saúde Suplementar .............................................
2. Níveis de Atenção à Saúde ..............................................................................
Regulação......................................................................................................................
Dimensões do Sistema de Saúde Brasileiro.................................................................
Financiamento do Sistema de Saúde...........................................................................
1. Modelos de Renumeração................................................................................
Conectando os Pontos..................................................................................................
Referências Bibliográficas.............................................................................................
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Bem-vindos à disciplina Sistemas e Políticas de Saúde
Assista ao vídeo, a seguir, apresentado pela gerente do Escritório Corporativo de Projetos do Einstein, 
Patricia Kinjo, para saber mais sobre a disciplina.
Ao final desta disciplina você estará apto a:
Abertura da Disciplina
Sistemas e Políticas de Saúde
https://player.vimeo.com/video/676268624?h=745f32c7b9
1 Compreender os principais conceitos do setor de saúde;
2 Entender as relações entre o setor público e privado;
3 Discutir os principais modelos de remuneração;
4 Analisar o mercado e competitividade;
5 Avaliar a dinâmica do setor e estabelecer os principais fatores que interferem o contexto setorial.
https://player.vimeo.com/video/676268624?h=745f32c7b9
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Apresentação da Unidade
Bem vindos à Unidade 1 - Sistema de Saúde e Modelos de Regulação no Setor de Saúde.
Nos últimos tempos, diversas foram as discussões sobre os desafios no setor de saúde e como este tema 
afeta a política pública de um país. Com a pandemia da Covid-19, esta discussão ganhou destaque e 
ratificou a importância de estudar, analisar, comparar e propor melhorias para que qualquer cidadão 
tenha acesso aos cuidados básicos de saúde. 
Você, como protagonista no setor de saúde, conhece os principais modelos de sistema de saúde do mundo? 
Quais são os seus desafios? Como se financiam? Como é a prestação de serviço? Como são regulados? 
E no Brasil? Quais são os desafios no setor privado (saúde suplementar) e no público? 
Ao final desta unidade você estará apto a:
Bons estudos!
No vídeo a seguir Dr Eliezer Silva, Diretor Superintendente da Medicina Diagnóstica e Ambulatorial do 
Einstein, comenta sobre a atuação do Einstein no Sistema Público.
1 Compreender os principais conceitos do setor de saúde;
2 Entender as relações entre o setor público e privado;
3 Discutir os principais modelos de remuneração.
Parcerias Einstein
https://player.vimeo.com/video/361820758
https://player.vimeo.com/video/361820758
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Principais Modelos de Saúde
Os sistemas de saúde são construções sociais que tem como principal objetivo assegurar uma prestação 
de serviço adequada perante a riscos sociais, tais como o de adoecer e necessitar de assistência. Desta 
forma, estes sistemas têm como compromisso primordial garantir o acesso aos bens e serviços disponíveis 
em cada sociedade para a manutenção e a recuperação da saúde dos indivíduos.
Há 04 principais modelos de saúde: universalista, seguro social, seguros privados e assistencialistas, e 
eles se diferenciam pela forma como são financiados, a gestão e como estes serviços são prestados. 
A seguir faremos um breve descritivo de suas principais características, bem como os desafios de cada um. 
O sistema de saúde é financiado e operacionalizado pelo Estado. Os hospitais e centros de saúde são 
construídos e mantidos pelos impostos e o acesso é universal à população, ou seja, todas as pessoas têm 
acesso aos serviços de saúde de que precisam, quando e onde precisam, sem barreiras financeiras. Inclui 
toda a gama de serviços essenciais de saúde, desde a promoção da saúde até a prevenção, tratamento, 
reabilitação e cuidados paliativos.
Os profissionais são contratados diretamente pelo Estado, e há modelos de pagamento pelo usuário e 
reembolso pelo Estado. Nesses modelos, pode haver algumas variações de serviços oferecidos e opções 
de pagamentos extras por níveis de atendimento.
Universalista
Atender os pacientes com conveniência e agilidade e distribuir as estruturas de forma igualitária e 
racional entre as diferentes regiões. Além disso, os incentivos para inovações são menores devido à baixa 
competição dos serviços. Pela universalidade do sistema, pode haver desequilíbrios por nem todos os 
usuários contribuírem financeiramente para a manutenção (ex.: estrangeiros, desempregados, etc.).
Principais Desafios
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Durante a Covid-19, ficou evidente a disparidade de atendimento entre as camadas da população. 
Aqueles que possuíam outras formas de financiar os serviços de saúde, o faziam, evitando aguardar a 
disponibilidade do sistema público de saúde. 
Isto posto, a Organização Mundial de Saúde – OMS divulgou que para tornar a saúde uma realidade para 
todos, é fundamental que os indivíduos e as comunidades tenham:
• acesso a serviços de saúde de alta qualidade para cuidar de sua própria saúde e da saúde de suas 
famílias; 
• equipes de saúde qualificadas que prestem cuidados de qualidade centrados nas pessoas;
• formuladores de políticas empenhados em investir na cobertura universal de saúde. 
De acordo com dados da OMS, antes mesmo da pandemia da Covid-19, mais de meio bilhão de pessoas 
foram empurradas para a pobreza extrema devido aos custos dos cuidados de saúde, ou seja, dispêndios 
com saúde que as pessoas precisaram pagar do próprio bolso. É bem provável que a pandemia piore esta 
situação. 
Desafio Covid-19
E o que se espera deste modelo?
Se quiser mais atualizações sobre o Sistema Universal de 
Saúde, a OMS possui uma seção destinada para este tema. ACESSE O SITE
O sistema de saúde é financiado pelos contribuintes de um seguro obrigatório (indivíduos e 
empresas). Os contribuintes e os seus familiares são os únicos que têm direito à cobertura de saúde, e a 
operacionalização do sistema é feita por hospitais e centros de saúde públicos ou privados (empresas ou 
entidades filantrópicas reembolsados por esse seguro social). Exemplos de países que adotam modelos 
mais próximos de sistemas de seguro social: Alemanha e Argentina. 
Seguro Social
Atender os pacientes com conveniência e agilidade e distribuir as estruturas de forma igualitária e racional 
entre as diferentes regiões. É um modelo com maior segurança financeira do ponto de vista de “uso por 
quem paga”, mas, filosoficamente,há uma discussão ética sobre os critérios de inclusão no seguro e pode 
haver um desequilíbrio do mesmo modo que ocorre em sistemas previdenciários. 
Principais Desafios
https://www.who.int/health-topics/universal-health-coverage
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Uma das consequências da pandemia da Covid-19 foi o aumento da procura por planos de saúde, 
revertendo uma tendência de queda iniciada em 2015. De lá para cá, qualquer indício de crise ou 
estagnação econômica, as operadoras de saúde sentiam, em menor ou maior grau, a redução de número 
de beneficiários em sua carteira – nesta unidade, você terá acesso aos dados da evolução de número de 
beneficiários. Com a Covid-19 foi diferente, o número de beneficiários aumentou, o que representaria um 
indicador positivo para o sistema de saúde, no entanto, outro indicador também sofreu um aumento: 
a taxa de sinistralidade das operadoras, causando um grande impacto financeiro negativo ao sistema. 
Vale lembrar que a Covid-19 trouxe uma onda de internação de alta complexidade e estas representam 
maiores dispêndios financeiros para o sistema. 
Neste ínterim, para o Brasil não entrar em colapso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adiou 
a correção das mensalidades em 2020, no entanto, em 2021 os reajustes foram renegociados. 
Além disso, outros impactos importantes da Covid-19 para o sistema suplementar de saúde foram a 
revisão da cobertura dos planos, revisão dos prazos de atendimento – priorizando os casos de Covid-19 – 
e a viabilização do uso da telessaúde – tema que abordaremos nas próximas unidades. 
Representam uma mistura dos modelos anteriores, desde o desenvolvimento de métodos que comparem 
os prestadores e bonifique os que têm melhor desempenho e/ou onere os de pior desempenho, até a 
regulação equilibrada do sistema para que não haja prejuízo para provedores, planos ou para o paciente.
Desafio Covid-19
Principais desafios
O sistema de saúde é financiado por seguradoras privadas (possuem indivíduos e empresas em suas 
carteiras) ou por pacientes particulares, ficando o Estado longe do financiamento e da operacionalização 
do sistema, que é feita por hospitais e centros de saúde privados (empresas ou entidades filantrópicas). Os 
médicos são profissionais autônomos ou contratados por outras instituições privadas. O papel do Estado 
nesse modelo é apenas de regular o sistema para que não haja abusos ou desequilíbrios entre as diversas 
partes que interagem. 
Seguros Privados
Atender os pacientes com conveniência e agilidade e distribuir as estruturas de forma igualitária e racional 
entre as diferentes regiões. É um modelo com maior segurança financeira do ponto de vista de “uso por 
quem paga”, mas, filosoficamente, há uma discussão ética sobre os critérios de inclusão no seguro e pode 
haver um desequilíbrio do mesmo modo que ocorre em sistemas previdenciários. 
Principais Desafios
Nesse modelo, a saúde é um dever dos cidadãos, e não um direito. O Estado apenas se compromete com 
quem não tem condições de assumir a responsabilidade por sua própria saúde. A operacionalização pode 
ser feita pelo Estado como um prestador de serviço em níveis de atendimentos ou programas específicos, 
mas a tendência é ser prioritariamente privada. 
Assistencialista
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Sistema de Saúde Brasileiro
Os sistemas de saúde adotados no Brasil misturam dois modelos conceituais apresentados anteriormente: 
o modelo universalista, adotado pelo Sistema Único de Saúde – SUS (público), e o modelo de seguros 
privados no chamado Sistema de Saúde Suplementar (privado). 
Utilize a linha do tempo a seguir para compreender a evolução do nosso sistema: 
1970
Esse "sistema híbrido" tem sua origem embrionária na década de 1970 por meio do Movimento 
Sanitário.
1986
Na VIII Conferência Nacional de Saúde de 1986, o Movimento Sanitário sintetiza sua proposta de 
reforma política e do sistema de saúde na Reforma Sanitária. A Reforma Sanitária possui em sua 
base três aspectos principais:
• saúde como conceito abrangente;
• saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• instituição de um sistema único de saúde.
1987
Com o fim do governo militar e o momento de reconstrução democrática do país, em Julho de 
1987 esses aspectos começam a tomar corpo por meio do Decreto nº 94.657, que dispõe sobre a 
criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS no Estado.
1988
Os aspectos da Reforma Sanitária culminaram com a Constituição de 1988, que cria as bases 
para o Sistema Único de Saúde (como uma proposta igualitária e humanista). Além disso, os 
legisladores à época optam por permitir que o modelo universalista coexista com um modelo 
de seguro privado no intuito de garantir o financiamento e a operacionalização dos sistemas - 
saúde suplementar - de forma democrática e com garantia de ofertas de serviços.
1990
As Leis 8.080 e 8.142 de 1990 dispõe então sobre a criação do Sistema Único de Saúde e 
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serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da 
administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. 
É de sua competência: 
1. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
2. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
3. Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
4. Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
5. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
6. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
7. Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
8. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
Além disso, você deve ter visto na Constituição Federal de 1988 a referência à garantia do acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, correto? Mas o que quer dizer 
promoção, proteção e recuperação da saúde? 
estabelecem parâmetros para o controle social do sistema, dando ênfase ao aspecto de 
descentralização do sistema, delegando o controle sobre administrar seus recursos e suas 
próprias realidades aos municípios, definindo as responsabilidades dos entes federativos, mas 
mantendo uma coesão central.
Sugerimos a leitura na íntegra das Leias nº 8.080 e 8.142, 
disponíveis na legislação do SUS, para ampliar seu 
conhecimento sobre o sistema de saúde brasileiro.
Mas, afinal, o que é o SUS – Sistema Único de Saúde no Brasil?
ACESSE AQUI
O objetivo é fomentar, cultivar e estimular, por intermédio de medidas gerais e inespecíficas, a 
saúde e a qualidade de vida das pessoas e das comunidades. Ter boas condições de vida, educação, 
atividade física, lazer, paz, alimentação, arte, cultura, diversão, entretenimento e ambiente saudável, 
entre outros.
Promoção da Saúde Proteção à Saúde Recuperação da Saúde
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/progestores/leg_sus.pdf
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O objetivo é reduzir ou eliminar riscos, por intermédio de medidas específicas como: vacinação, 
combate a insetos transmissores de doenças e distribuição de camisinhas para prevenção de doenças 
sexualmente transmissíveis, bem como controle da qualidade de água, alimentos, medicamentos e 
tecnologia médicas.
Promoção da Saúde Proteção à Saúde Recuperação da Saúde
Para cumprir este objetivo, se faz necessário um diagnóstico precoce, tratamento e limitação do 
dano para assim evitar complicações ou sequelas. As principais medidas adotadas são: atenção à 
saúde na comunidade e à assistência médica ambulatorial, hospitalar e domiciliar.
Promoção da Saúde Proteção à Saúde Recuperação da Saúde
Atualmente, o sistema híbrido causa algumas distorções deigualdade de acesso. Geralmente, os indivíduos 
que possuem planos de saúde recebem um nível de atendimento melhor, mais seguro e com maior 
agilidade do que as pessoas que têm acesso exclusivamente ao SUS. Qual a razão desta desigualdade no 
atendimento? Você verá na seção “Tamanho do Mercado de Saúde”. 
Além disso, o conceito de suplementariedade acaba se tornando mais próximo do conceito de 
complementariedade, afinal, uma das maiores fontes de receita das instituições privadas hoje é o SUS, 
que paga para entes privados prestarem saúde aos beneficiários do sistema público. 
O sistema de saúde brasileiro organiza-se em níveis de atenção à saúde (primário, secundário e terciário) 
para poder atender as demandas dos indivíduos de forma mais estruturada. 
A diferença entre os níveis se encontra, principalmente, nas estruturas físicas e nos diferentes perfis de 
morbidade (considerando também frequência e incidência das doenças) e complexidade atendidos. Para 
maior compreensão, confira a seguir o detalhamento de cada nível de atenção. 
Sistema Único de Saúde e Saúde Suplementar 
Níveis de Atenção à Saúde 
• Caracteriza-se por atender eventos mais simples e prevalentes. Normalmente acontece em estruturas 
mais simples, como postos de saúde, unidades básicas, enfermarias, consultórios e mesmo na 
própria casa do paciente, locais comunitários, asilos, entre outros; 
• Possui uma menor intensidade de incorporação tecnológica (com equipamentos mais simples, 
1) Nível de Atenção Primário
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• Caracteriza-se por atendimento a eventos e condições de maior complexidade, que exigem atenção 
de alta especialidade ou de múltiplas especialidades; 
• Acontece geralmente em centros hospitalares mais bem equipados, com centros cirúrgicos e 
estruturas de suportes mais preparados para atender à complicações, reabilitações e recuperações, 
como salas robóticas e unidades de tratamento intensivo;
• Os equipamentos utilizados exigem maior grau de incorporação tecnológica, como ressonâncias e 
tomografias, e equipamentos de detecção de câncer; 
• Os profissionais que trabalham nesse nível de serviço são especializados e treinados em 
procedimentos específicos, com mais divisões de tarefas. 
O modelo de divisão dos níveis de cuidado ainda não está bem compreendido no Brasil. O imaginário 
coletivo tende a prestigiar o nível terciário como sendo o mais importante, tendo em vista que a maior 
parte das condições é, segundo Jorge Solla e Arthur Chioro (2008), resolvida pela atenção primária, com 
mais de 80% da demanda, já o nível secundário é exigido por cerca de 15% das condições, enquanto o 
nível terciário é responsável por menos de 5% dos problemas de saúde. 
• É um nível de transição, caracterizado por atendimentos mais especializados do que o primário, 
com especialidades médicas como cardiologia, neurologia, ortopedia etc., e com média intensidade 
de aparelhamento tecnológico (equipamentos de diagnóstico mais sofisticados, como ultrassons e 
ecocardiogramas); 
• Nesse nível, são mais emblemáticas as estruturas de hospitais de pequeno porte, ambulatórios, 
AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) , clínicas, day clinics, unidades mais simples de internação 
e cirurgias de baixa complexidade;
• Os profissionais que trabalham nesse nível de atenção normalmente possuem um maior grau de 
especialização e sua principal função é resolver as demandas que são mais pontuais, mas ainda sem 
um nível de complexidade e morbidade tão alto. 
No modelo público brasileiro, há um sistema microrregional dos serviços de saúde que deve definir os 
parâmetros para organização regionalizada da atenção secundária. A organização da atenção secundária 
acontece em cada uma das microrregiões do Estado, concentrando hospitais que prestam assistência em 
especialidades básicas, ambulatórios eletivos, pacientes internados de baixa complexidade, entre outras 
funções de treinamento e algumas estruturas de urgência e emergência. 
como raio X, medidores analógicos, vacinas e materiais de coleta e procedimentos simples);
• Os profissionais que se dedicam a esse nível fazem o acompanhamento da saúde dos pacientes e/ou 
realizam procedimentos simples; normalmente, são enfermeiros, médicos clínicos gerais e médicos 
de família, além de profissionais multidisciplinares.
Em um sistema bem organizado, o nível primário deve ser a porta de entrada principal dos pacientes, e 
a navegação do paciente (triagem e referenciamento) deve acontecer nesse nível, além da elaboração de 
programas educativos e de promoção/prevenção a doenças. 
3) Nível de Atenção Terciário 
2) Nível de Atenção Secundário 
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No sistema público brasileiro, a atenção terciária está estabelecida em polos macrorregionais, 
com um sistema de referência regulando o acesso.
Vale ainda ressaltar outras divisões que podem ocorrer transversalmente aos níveis de atendimento, 
conforme são detalhados a seguir: 
Procedimentos e Atendimentos Eletivos
Ocorrem de forma programada/agendada.
Atendimentos Emergenciais ou de Urgëncia
Ocorrem de forma imediata e muitas vezes exigem estruturas de atendimento 24 horas, por 
exemplo, casos agudos.
Cuidados Paliativos e Ambulatoriais
Paliativos: visam amenizar casos terminais;
Ambulatoriais: são focados em procedimentos de curta duração que exijam internações (como 
os hospitalares)
Hospitalares
Possuem grau de "hospitalidade" vinculado à internações.
Regulação
O braço responsável do governo responsável pelo monitoramento, controle e implementação de políticas 
de saúde é o Ministério da Saúde (MS). 
São assuntos de competência desse órgão:
• Política Nacional de Saúde;
• Coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde;
• Saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva, 
inclusive a dos trabalhadores e dos índios;
• Informações de saúde;
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Para tal, o Ministério organiza-se em Secretarias, que dividem as atribuições de responsabilidade do MS. 
São elas: 
• Secretaria Executiva – SE; 
• Secretaria de Atenção Primária à Saúde - SAPS; 
• Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – SCTIE; 
• Secretaria de Atenção Especializada à Saúde – SAES; 
• Gestão do Trabalho e Educação em Saúde – SGTES; 
• Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI; 
• Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS. 
• Insumos críticos para a saúde;
• Ações preventivas em geral, vigilância e controle sanitário de fronteiras e de portos marítimos, 
fluviais e aéreos;
• Vigilância de saúde, especialmente relacionada a drogas, medicamentos e alimentos;
• Pesquisa científica e tecnológica na área de saúde.
Essas especificações podem ser encontradas na íntegra no 
site do Ministério da Saúde.
Esses temas foram definidos pelo próprio Ministério da 
Saúde. Para ampliar o seu conhecimento sobre a regulação 
do sistema de saúde brasileiro, acesse o site e confira-os na 
íntegra.
ACESSE O SITE
ACESSE O SITE
https://www.gov.br/saude/pt-br
https://www.gov.br/saude/pt-br
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Assim, a ANS é responsável pelo monitoramento, controle e regulação das operadoras de planos de saúde, 
visando: 
• Estabelecer o rol de procedimentos obrigatórios; 
• Controle econômico financeiro; 
• A defesa da competição e do mercado e proteção do usuário; 
• Realizar avaliações técnico-operacionais e de qualidade das operadoras de planos de saúde privados; 
• Promover e desenvolver estudos de mercado e compilação de informações do setor; entre outros. 
“Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar 
à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas 
relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o 
desenvolvimento das ações de saúde no país”. 
ANS Quem Somos. Disponível em: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-
informacao/institucional/quem-somos-1 
No final de 2020, a ANS desenvolveu um Mapa Estratégico 2021 -2024 da instituição, no qual se preconizava 
os seguintes resultados institucionais:
• Garantir o acesso do beneficiário aos serviços de saúde suplementar;
•Promover ambiente regulatório que favoreça a concorrência e o desenvolvimento do setor de saúde 
suplementar;
• Induzir a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo setor de saúde suplementar;
• Zelar pela sustentabilidade e equilíbrio do setor de saúde suplementar.
Caso tenha interesse, acesse e veja o Mapa Estratégico 
completo.
DOCUMENTO
Criada pela Lei n° 9.961, de 2000, a Agência Nacional de Saúde (ANS) tem como missão: 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/quem-somos-1 
https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/quem-somos-1 
https://www.ans.gov.br/images/stories/A_ANS/Quem_somos/mapa-estrategico_2021-2024.pdf
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Dimensões do Sistema de Saúde Brasileiro
Nesta seção, você conhecerá as dimensões do sistema suplementar de saúde brasileiro, no qual 
apresentaremos alguns indicadores que são importantes para entender a evolução do setor de saúde e os 
seus impactos.
Em 2020, o setor de saúde movimentou cerca de R$ 692,9 bilhões no Brasil, o equivalente a cerca de 
9,3% do Produto Interno Bruto (PIB) total nacional. Esse número tem crescido ano a ano, levando 
governo e participantes a reformularem suas práticas através de planos de ações, de qualidade e também 
acreditações, visando a uma maior eficiência e menores desperdícios. 
Segundo Mankiw NG (2009) o PIB mede o total de despesas ou a renda total gerada dentro de uma economia 
(uma nação, um estado, um bloco econômico de países, etc.). É de fato a mesma coisa, pois cada real (R$) 
de renda de um vendedor é o mesmo real (R$) de despesa do comprador. 
Em sua definição, o PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços produzidos em um local em um 
dado período de tempo. 
Se o PIB de um país cresce, dizemos que a economia do país cresceu. É um indicativo de que as pessoas 
daquele país estão gerando mais riqueza. Assim sendo, o PIB é utilizado para comparar o desenvolvimento 
econômico entre os países. 
Quando aplicadas ao setor de saúde, as despesas somadas dos serviços (consultas, diárias de hospitais, 
cirurgias, aplicações de medicamentos, serviços de enfermagem, nutrição, fisioterapia etc.) e dos bens 
(medicamentos, materiais, leitos, construção de hospitais, clínicas etc.) formam o PIB da saúde de um 
país, que, junto aos PIBs de outros setores, constitui o PIB total do país, conforme mostra o gráfico a seguir.
Tamanho do Mercado de Saúde
Gráfico 1. Evolução do PIB Brasil e PIB Saúde
PIB Saúde e PIB Brasil
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
9,0%
7,5%
4,0%
1,9%
3,0%
0,5%
-3,5% -3,3%
1,3% 1,8% 1,1%
-4,1%
9,2% 9,5% 9,7%
10,0%
9,1% 9,0%
9,7% 9,3% 9,1% 9,3%
Gastos em Saúde (% do PIB) Variação do PIB Brasil
Fonte: Adaptado de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
15
Vocês já devem ter percebido que os gastos com saúde têm aumentado significativamente. Porém, vale 
ressaltar que, apesar destes gastos aumentarem ano após ano, nota-se uma relevante disparidade social. 
Como veremos no gráfico a seguir, de um lado percebemos que o gasto privado (saúde suplementar + 
gastos particulares) representam 56,1% do dispêndio total, enquanto que a saúde pública representa 
43,9% (Governo Federal, Estadual e Municipal). 
Gráfico 2. Despesas com Saúde no Brasil - 2020 (R$ 692,9 bilhões)
Governo
Estadual
Saúde
Suplementar
Governo
Municipal
Gastos
Particulares
Governo
Federal
18,9%
31,2 %
10,6%
24,8%
14,5%
Governo
 Estadual
14,5%
Saúde 
Suplementar
31,2%Governo
Municipal
10,6%
Gastos
Particulares
24,8%
Governo
Federal
18,9%
Fonte: Adaptado de Agência Nacional de Hospitais Privados
Conforme você verá no item seguinte, a população de beneficiários da saúde suplementar não ultrapassa 
50 milhões de pessoas e considerando a população brasileira (acima de 200 milhões de pessoas), estamos 
tratando menos de 25% da população do Brasil com gastos privados. 
A ilustração a seguir demonstra essa disparidade social: se você comparar o gasto per capita na saúde 
suplementar, verá que este índice é comparável à países desenvolvidos, no entanto, quando analisa os dados 
da saúde pública, o gasto de R$ 1,8 mil per capita é comparável a patamares de países subdesenvolvidos. 
Qual é o problema por trás destes números? 
16
Imagem 1. Imagem esquemática da dimensão do Sistema de Saúde Brasileiro 
Fonte: Adaptado de IBGE e IESS
brasileiros
210M
Há mais de
$
+162M de pessoas são atendidas,majoritamente, pelo SUS 47,5M possuem algum tipode plano de saúde
R$8,1 mil/per capita no setor privado
(saúde suplementar + gastos particulares)
R$1,9mil/per capita no setor público
(Governo Federal, Estadual e Munucipal)
Os dados demonstram o 
desequilíbrio existente entre os dois 
tipos de serviços: público e privado
Outro indicador econômico que é bastante relevante no setor de saúde é a inflação médica. 
Inflação é o aumento sustentado dos preços médios (não apenas de produtos ou serviços pontuais) em 
uma economia durante determinado período de tempo. Esses aumentos de preço, quando súbitos, acabam 
por diminuir o poder de compra da população e, consequentemente, o acesso a serviços e produtos. No 
setor de saúde, os valores despendidos pela população, empresas e pelo governo em troca de serviços 
médicos são chamados de inflação médica. 
Aumento dos Gastos e Inflação Médica
Quando se comparam os valores da inflação médica com os índices de inflação tradicionais, é 
esperado que estejam em linha, ou seja, que apresentem patamares próximos de crescimento. 
Quando a inflação médica é descolada dos índices gerais de inflação, demonstra-se perda de acesso 
da população a serviços de saúde e uma pressão às fontes de financiamento (governo, operadoras 
de planos de saúde, empresas e mesmo o paciente particular).
17
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) utiliza a metodologia da Variação dos Custos Médico-
Hospitalares (VCMH) para comparar a inflação dos índices de consumidor e entender qual o comportamento 
dos gastos em saúde de uma população e entre países. 
O índice de Variação do Custo Médico-
Hospitalar do IESS – VCMH/IESS– expressa 
a variação do custo médico hospitalar per 
capita das operadoras de planos de saúde 
entre dois períodos consecutivos de 12 
meses cada.
Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
De acordo com o IESS, o índice VCMH “é uma média ponderada por padrão de plano (básico, intermediário, 
superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. 
O custo médico-hospitalar resulta do produto da frequência de utilização pelo preço dos serviços de 
saúde. Portanto, a variação do custo ou a VCMH, é a soma das variações dos preços e das frequências de 
utilização, mais os efeitos cruzados. Resulta, portanto, maior do que a soma das variações dos preços e 
das variações das quantidades. Dessa forma, se em um determinado período a frequência de utilização e 
o preço médio aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que a soma das variações isoladas de 
cada um desses fatores.”
O VCMH, quando comparado aos índices de inflação, mostra exatamente a discrepância da velocidade 
de aumento dos preços nos procedimentos médico-hospitalares em relação ao crescimento dos preços 
gerais no Brasil, conforme indicado no gráfico a seguir.
E como ele é calculado?
18
No Brasil, podemos ver que o índice de inflação médica chega a ser o dobro da inflação geral em alguns 
anos, causando um desequilíbrio na sinistralidade dos planos de saúde e nos gastos do sistema público. 
No longo prazo esse descasamento é insustentável. Outro ponto importante é que esse é um problema 
que acontece em diversos sistemas de saúde, não apenas o Brasil. Isso está ligado ao envelhecimento 
da população global de modo geral, a escassez de profissionais da saúde e ao encarecimento de 
procedimentos ligados ao mau uso de novas técnicas e tecnologias. 
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VCMH IPCA/IBGE
Nota: A variação do IPCA é calculada utilizando-se o índice médio de dose meses 
relativamente aos 12 meses anteriores.
Gráfico 3. Série histórica da VCMH/IESS e IPCA/IBGE
Fonte: Adaptado de https://www.iess.org.br/index.php/vcmh/23deg-vcmhiess .Acesso em 17 janeiro de 
2022.
Caso não conheça, trataremos deste assunto em nossa aula virtual que será online e gravada para futuras 
pesquisas.
Índices de inflação são cestas de produtos/serviços que são acompanhados em diversas cidades no país e 
em diversos pontos de venda/prestação de serviço. 
Os índices de inflação mais utilizados são: 
Qual é a principal crítica que há por trás do índice VCMH? 
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Mede o custo de vida para as famílias com renda de até 40 salários mínimos em diversas capitais 
no Brasil e é considerado o índice oficial de inflação do país por ser calculado pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
https://www.iess.org.br/index.php/vcmh/23deg-vcmhiess
19
Índice de Preços ao Consumido (IPC)
Mede o custo de vida de famílias com renda de até 20 salários mínimos na cidade de São Paulo, 
considerando sete categorias - habitação, alimentação, transportes, despesas pessoais, saúde, 
vestuário e educação. Tal cálculo é realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas 
da USP (FIPE/USP).
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
Trata-se de uma cesta com outros índices de inflação (IPC, índice de construção civil e índice de 
preços ao atacado) e resulta em um dos índices mais utilizados no país, inclusive para reajustes 
de diversos preços praticados no mercado, como do aluguel. É medido pela Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) e possui grande credibilidade por não ter sua metodologia alterada com frequência.
Outro indicador importante para você pesquisar quando for analisar o sistema de saúde suplementar é 
a evolução de número de beneficiários. Este dado possibilita entender a expansão do mercado de saúde 
privado e como isso pode afetar o Sistema Único de Saúde, tema que abordaremos mais à frente. 
Evolução do Número de Beneficiários e Taxa de Desemprego 
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 20212020
47,8
46
44,9
42,6
49,4
50,4
49,3
47,9 47,4 47,3 47,1 47,6
48,7
Principais categorias
Individual ou Familiar: 8,9 milhões (18%)
Coletivo Empresarial: 33,4 milhões (69%)
Coletivo por adesão: 6,3 milhões (13%)
Beneficiários de planos privados de saúde (milhões)
Gráfico 4. Número de Beneficiários de Planos Privados de Saúde
Fonte: Adaptado de IESS
20
Para obter informações atualizadas do número de 
beneficiários, acesse IESS e entre na seção de Periódicos > 
NAB (Número de Acompanhamento de Beneficiários).
ACESSE O SITE
Analisando os dados desde 2009, você pode notar que o patamar mais alto de número de beneficiários 
ocorreu em 2014, período em que havia 50,4 milhões de pessoas com acesso ao sistema privado de saúde. 
De lá para cá, este número sofreu uma oscilação, girando em torno de 48 milhões de beneficiários. 
Outro ponto importante que vale ressaltar é que aproximadamente 70% dos beneficiários são provenientes 
de planos empresariais, ou seja, a empresa contrata um plano de saúde para seus colaboradores e estes 
passam a compor a carteira de alguma operadora/plano de saúde. Desta forma, conseguimos estabelecer 
uma correlação entre taxa de desemprego e número de beneficiários: se a taxa de desemprego aumenta 
significativamente, espera-se que haja uma redução no total de beneficiários, ainda que não seja de 
forma imediata. Aqueles que conseguem migrar para um plano de saúde individual ou familiar, passam a 
incorporar esta nova categoria, porém aqueles que não o fazem, passam a depender da infraestrutura do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
Diferente de outras crises econômicas que acometeram o país, esta crise se deu por razões sanitárias 
e que, portanto, um dos setores mais impactado foi o de saúde. Diversas foram as notícias da falta de 
suprimentos e de leitos no Brasil e no mundo, consequentemente, aqueles que perderam o emprego e 
ainda possuíam a oportunidade de contratar um plano individual ou familiar, o faziam para justamente 
não depender da disponibilidade do SUS. 
O número de beneficiários é dividido somente pelas categorias de contratação: 1. Individual ou Familiar, 2. 
Coletivo Empresarial, 3. Coletivo por Adesão, 4. Coletivo não identificado e 5. Não informado, no entanto, 
não conseguimos analisar se houve downgrade de beneficiários, por exemplo. 
Você pode estar neste momento se perguntando o motivo pelo qual a taxa 
de desemprego ter sido relativamente alta na pandemia, porém o número de 
beneficiários não obedecer a esta relação inversa, correto?
Qual é o ponto de atenção que você precisa ter ao avaliar a evolução de 
beneficiários?
http://www.iess.org.br/
21
Financiamento do Sistema de Saúde
O financiamento do sistema de saúde brasileiro se dá a partir de três fontes básicas: 
Os recursos provenientes dessas fontes destinados à saúde vão compor o PIB da saúde de um país. 
Como apontado anteriormente, o fato de o PIB da saúde crescer mais rapidamente que o PIB total indica 
que tratar a saúde das pessoas no país está ficando mais caro. Isso se deve ao aumento dos salários, 
à ampliação de estruturas e recursos humanos para atender a saúde em locais que tenham demanda 
reprimida, à incorporação de tecnologias, ao mau uso do financiamento da saúde (fraudes ou desperdícios), 
ao aumento dos gastos provocados pelo envelhecimento médio da população, entre outros.
A incorporação tecnológica está presente nas áreas de diagnóstico com novos sensores, equipamentos 
e dispositivos de medição de imagem e análises laboratoriais, e também em procedimentos cirúrgicos 
via robótica, próteses e instrumentos médicos de precisão. Para entender melhor o impacto dos custos 
da incorporação tecnológica na saúde, nos Estados Unidos, acredita-se que, a partir da década de 60, a 
incorporação tecnológica tenha sido responsável por até 48% do aumento dos dispêndios com saúde. 
O envelhecimento médio da população é outro fator apontado como oneroso aos sistemas de saúde pelo 
aumento da incidência de casos crônicos e consumo de insumos médicos e medicamentos. Outro fator 
importante em todos os sistemas é o desperdício. Entre fraudes, abusos, falhas na formação de preços, 
burocracias desnecessárias e utilização incorreta de recursos, uma boa porcentagem do financiamento da 
saúde se perde.
São, então, preocupações dos países manter os gastos com a saúde dentro de patamares aceitáveis de 
dispêndios, equilibrar para garantir o financiamento sustentável da saúde e não onerar demasiadamente 
nenhuma das fontes. 
Percebe-se que, no mundo todo, as despesas com a saúde têm crescido de forma muito acelerada, 
comprometendo grande parte do PIB dos países desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento, e 
colocando em risco esse financiamento. 
O grande desafio para o futuro do setor é encontrar maneiras de se financiar, seja aumentando a 
coparticipação (quando o segurado arca com uma parte do pagamento, o que gera um incentivo ao uso 
1 Os impostos e contribuições sociais, reguladas e controladas pelo Estado;
3 Por empresas que oferecem planos de saúde a seus empregados ou mesmo empresasque 
pagam diretamente aos prestadores de serviço.
2 Através das famílias, pelo pagamento de serviços diretos (particulares), pela contratação de 
seguros e coparticipações;
Nos EUA, estima-se que desperdícios sejam responsáveis por até 30% dos gastos totais com saúde, 
o que, em termos absolutos, representa cerca de R$ 3 trilhões em desperdícios.
22
mais consciente do sistema, evitando abusos e desperdícios) dos segurados (no caso de sistemas privados), 
mas, principalmente, procurando meios de gerar uma medicina de maior valor, incentivando médicos e 
prestadores de serviço a focar no desfecho (resultado) e na eficiência operacional dos procedimentos, e 
não na receita proveniente do procedimento em si. 
Um modelo que tem se mostrado bastante efetivo é o de parcerias entre os setores da economia para 
diversos fins, como transportes, infraestrutura, construções e saúde. 
Um dos modelos de sucesso são as entidades do terceiro setor, sem fins lucrativos, que fazem a gestão 
completa de instituições de saúde, que abrangem tanto hospitais e prontos-socorros como centros de 
medicina diagnóstica. Até postos ambulatoriais e unidades básicas de saúde podem ser construídos e 
operados por esses modelos, sendo remunerados por um valor pré-acordado ligado a metas de execução. 
Uma parceria público-privada acontece quando um ente privado ou do terceiro setor (Filantrópico, 
Organização não Governamental, Organização Social de Saúde) executa um projeto de cunho social 
e é remunerado pelo Estado para isso. Para montar esse projeto, há a formulação de um edital e uma 
disputa de licitação entre entidades interessadas, com critérios de qualidade, sustentabilidade financeira 
e idoneidade pré-estabelecidos.
Por serem entes privados na gestão e na contratação de recursos, têm mais agilidade na operação do que 
um ente público e conseguem apresentar resultados custo-efetivos mais favoráveis à população. 
O ponto negativo desse modelo é ser ele passível de corrupções, contratos mal formulados e conflitos de 
interesse, que podem colocar a operação dos serviços de saúde em jogo. No entanto, até agora o modelo 
tem se mostrado bastante vantajoso, dando flexibilidade para as secretarias de saúde adequarem os 
orçamentos. 
Parcerias Público-Privadas – PPP 
Antes de iniciar o estudo sobre os principais modelos de remuneração existentes no mundo, é importante 
abordamos o tema do Triple Aim (ou Tripla Meta, em português), cujo objetivo principal é entregar valor 
ao paciente. Esta metodologia foi criada pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI) e pressupõe 
três frentes de desenvolvimento que, se forem bem trabalhadas, levarão as instituições a praticar uma 
medicina baseada em valor. Essas três frentes (alvos) são: 
Modelos de Remuneração
VALOR
CUSTO-EFETIVIDADEEFETIVIDADE
EFICIÊNCIA
Custo por
Paciente
Saúde Populacional
Experiência
no Cuidado
Figura 2. Triple Aim
Fonte: Adaptado de IHI
23
1 Experiência do cuidado, foco na qualidade, segurança e eficiência dos serviços são fatores que 
asseguram uma melhor experiência do paciente.
Questão-chave: a experiência que o paciente teve no sistema de saúde foi boa? 
3 Abordagem populacional: a partir de experiências bem-sucedidas, escalonar os resultados 
para parcelas maiores da população por meio de estratégias de atendimento ajustadas às 
especificidades dos diversos grupos
Questão-chave: o investimento em saúde populacional (prevenção e atenção primária) é o 
adequado para evitar que o paciente recorra aos cuidados de média e alta complexidade? 
2 Redução do custo per capita dos serviços de saúde: foco na melhoria contínua e no conhecimento 
científico para garantir a eficácia da aplicação dos recursos.
Questão-chave: o tratamento/cuidado foi adequado ao menor custo possível? 
Compreender o Triple Aim é importante para contextualizar o cenário em que os modelos de 
remuneração, que apresentaremos a seguir, são inseridos com o objetivo de maximizar o valor ao 
paciente.
Recentemente, incluiu-se a pertinência do cuidado na equação de geração de valor na saúde. 
A principal razão desta inclusão se dá pela lógica de que ao avaliar se um determinado cuidado em saúde 
leva valor para o paciente, muitas vezes uma análise primordial não é feita: aquele cuidado era pertinente, 
ainda que o desfecho e os custos tenham sido os mais adequados? 
Valor = Pertinência do Cuidado x Desfechos/Custos 
Vamos ver um exemplo: 
Um paciente necessita de uma cirurgia ortopédica no joelho. Ele escolhe o melhor cirurgião do Brasil para 
garantir o melhor desfecho ao menor custo possível. No entanto, apesar da cirurgia ter sido um sucesso, 
ela não era fundamental, ou seja, não era pertinente ao seu cuidado. 
Não sendo pertinente, muito provavelmente a experiência do paciente com o seu cuidado não foi a melhor, 
pois a cirurgia era desnecessária, colocando-o sob repouso no período pós-operatório. 
Mas, e que é valor na saúde? 
24
Modelo mais comum utilizado no Brasil e em diversos outros países, o fee-for-service (FFS) é um método 
de pagamento em que médicos e outros prestadores de serviços de saúde são pagos separadamente 
por cada item de serviço, sendo assim, quanto maior o número de itens utilizados, maior será a conta 
encaminhada para a operadora de saúde, independentemente do resultado.
Desta forma, o escopo de risco assumido pelo prestador de serviço é pequeno, bem como o grau de 
complexidade, uma vez que já estamos acostumados com este tipo de atuação.
O modelo proposto pelos pesquisadores Porter e Teisberg (2013), o chamado modelo baseado em valor 
(Value Based Health Care Delivery) propõe que a remuneração aos provedores de saúde seja baseada não 
na característica ou quantidade dos procedimentos (fee-for-service ou pagamento por serviço), mas no 
desfecho ou resultado alcançado pelo paciente, ou seja, por gerar valor ao sistema(fee-for-value). Essa 
mudança na filosofia de pagamento precisa ser acordada e assumida entre todos os atores do sistema.
O modelo, apesar de teórico, começa a se tornar realidade em diversos sistemas de saúde por meio de:
• Ações pontuais como os “empacotamentos” de procedimentos (bundles, que são procedimentos 
cobrados uniformemente por um pacote, sem considerar diversidades de materiais ou técnicas, por 
exemplo);
• Mudanças macro em sistemas como o americano (a incidência do Affordable Care ou Obamacare, 
que regula parte do sistema a receber por desfecho). 
Vamos citar alguns exemplos de modelos de transição do fee-for-service para o fee-for-value e em nossa 
aula virtual, debateremos um pouco mais sobre estes modelos.
Modelo Fee-For-Service 
Modelo Fee-For-Value
Há um incentivo para a superutilização, pois quanto maior a utilização por parte do prestador, maior será 
a sua receita, em contrapartida, maior será o custo da operadora de saúde – a taxa de sinistralidade que 
veremos a seguir.
Qual é o problema deste modelo?
Figura 3. Comparação entre os modelos de remuneração
Fonte: Figura elaborada pelo autor
25
As diárias globais e os pacotes – o mais comum são os pacotes cirúrgicos – já fazem parte do sistema de 
saúde brasileiro.
No caso da diária global, a operadora paga um valor fixo pela diária, independente da condição clínica do 
paciente ou do que é utilizado em seu cuidado.
Já para os pacotes são criados valores únicos para um determinado cuidado. Veja um exemplo: no caso de 
um pacote para uma cirurgia de joelho, a operadora irá pagar um valor fechado e o prestador de serviço 
fica livre para fazer as escolhas dos itens necessários (quantidade de diárias, materiais e medicamentos) 
para aquela condição. 
Qual é o ponto de atenção nestes dois casos?
Para as diárias globais, lembre-se que as cobranças são feitas pelo tempo de internação, portanto quanto 
maior o tempo de internação, maior será o faturamento do prestador de serviço.
Para os pacotes, o prestador de serviço recebe um valor fechado, portanto, o nível de controle dos itens 
utilizados é muito maior, no entanto,ele não possui incentivo para medir o desfecho, uma vez que o 
período pós-alta não está coberto pelo valor inicial. Outro ponto importante mencionar aqui é que há o 
risco do prestador de serviço dar alta para o paciente mais cedo, antes do tempo adequado.
O bundle se assemelha ao pacote cirúrgico visto anteriormente, no entanto a principal diferença entre eles 
é que agora o prestador de serviço passa a ser responsável também por um período pós-alta previamente 
negociado.
Vamos retomar o caso da cirurgia de joelho. Se o paciente tiver alguma complicação, no pós-alta, referente 
à sua cirurgia e ainda está dentro do prazo do período pós-alta, o prestador continua sendo responsável 
por este paciente e não recebe nenhum pagamento adicional da operadora de saúde.
Isso representa um risco maior para o prestador de serviço, portanto, a negociação com a operadora 
provavelmente será diferenciada. Outro ponto importante é que o risco de dar alta antecipada o paciente, 
como vimos no modelo anterior, é minimizado, uma vez que há um período de “garantia” no pós-alta.
Bundle
Pacotes/Diárias Globais
Neste modelo, a operadora paga um preço fechado por um determinado período – geralmente o mais 
comum é um ano – e o prestador de serviço é responsável por uma carteira de pacientes/clientes, sendo 
assim, tudo aquilo que o paciente precisar do sistema de saúde, este prestador fará o cuidado – consultas, 
cirurgias, internações etc. – sem nenhum pagamento adicional. 
Qual é o ponto de atenção neste caso?
O prestador de serviço necessita um prévio planejamento para atender esta carteira, dentro do orçamento 
acordado previamente e garantir que não haverá nenhum tipo de tratamento insuficiente.
Orçamento Global
26
O capitation é mais visto na atenção primária e já é utilizado no Brasil. E como funciona? A cobrança é feita 
por pessoa mensalmente, no qual são definidos os escopos de atendimento que o prestador de serviço 
oferecerá.
Do ponto de vista de atenção básica, que são casos mais simples, a previsibilidade é razoavelmente alta. 
No entanto, o desafio é levar este tipo de modelo para casos de média e alta complexidade em que a 
variabilidade é muito maior
Capitation
Modelo comum nos Estados Unidos, no qual a ACO é responsável por uma carteira de pacientes e fica 
responsável por ter uma rede que presta serviços desde a atenção primária, internação, medicina 
diagnóstica dentre outros.
E como funciona o pagamento?
A ACO cobra da operadora de serviço/fonte pagadora por meio do fee-for-service, no entanto os gastos 
são comparados com anos anteriores da carteira. Se ela gastar menos do que era previsto, esta diferença 
retorna para a ACO, uma espécie de bonificação pelo controle de custos. Por outro lado, se ela gastar mais 
do que era previsto, a ACO devolve a diferença para a operadora de saúde/fonte pagadora.
Accountable Care Organization (ACO)
Conectando os Pontos
O sistema de saúde brasileiro carrega conceitos de um sistema universal e de seguros, havendo para isso 
uma regulação do setor privado pelo Ministério da Saúde por meio de sua agência ANS. Os principais 
desafios desse modelo híbrido encontram-se no desequilíbrio de recursos destinados entre os setores 
e, consequentemente, nos índices de qualidade alcançados. Além disso, os incentivos econômicos do 
modelo estabelecido acabam por promover super utilizações e má gestão dos recursos no setor privado, 
implicando também em uma pressão na inflação e no PIB nacional. 
Os custos da saúde no Brasil têm aumentado historicamente, alcançando cerca de 10% do PIB nos últimos 
anos. Os altos investimentos em tecnologia, aliado aos desperdícios, super utilizações e o aumento da 
inflação médica fazem pressão ao financiamento tanto do sistema público quanto do sistema suplementar 
no Brasil. 
Novas formas de precificação como o fee-for-value e modelos mais efetivos como o Triple Aim surgem 
como movimentos para tentar equilibrar o sistema e oferecer o cuidado adequado à necessidade, sem 
desperdícios e com geração de valor a todos os envolvidos, ou seja, sistemas, operadoras, pacientes e 
provedores. 
27
Referências Bibliográficas
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em 03 Fev 2022]. 684 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/progestores/leg_
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