Hemoterapia e Banco de Sangue

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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP 
 
 RELATÓRIODE AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
CURSO: BIOMEDICINA 
 
DISCIPLINA: HEMOTERAPIA E BANCO DE SANGUE 
 
RA: 0507729 POLO: APARECIDA 
 
DATA: 03/12/2021 
 
 
 
HEMOTERAPIA E BANCO DE SANGUE 
 
INTRODUÇÃO: 
 Este relatório visa relatar o contato com as experiências vivenciadas nas aulas práticas presenciais, sobre a matéria Hemoterapia e Banco de Sangue, estabelecendo uma relação mais próxima entre teoria e prática. As aulas foram ministradas pela professora Juliana Menara, na UNIP. 
 Na primeira aula discorreremos sobre o tema venopunção com sistema á vácuo, detalhando como essa coleta será feita, colhendo amostras de alunas participantes dessa aula. Explanaremos qual o local mais adequado para a punção venosa, sendo esse o primeiro passo para a coleta, uma das escolhas mais assertivas é a fossa cubital, onde se encontra um maior número de veias, dando um maior conforto, optando por uma dor mais amena ao paciente, contudo existem outros locais possíveis de fazer essa coleta. 
abordaremos sobre a hemoterapia, que é uma área da medicina relacionada com a obtenção do sangue e como esta irá ser administrada e suas atividades como, bancos de sangue, agências transfusionais, hemocentros, abordando também sobre a importância da doação de sangue. 
 A hemoterapia estuda os hemocomponentes, que são obtidos por meio de uma separação das substâncias do sangue, como: concentrado de hemácias, plaquetas e plasma; estuda também os hemoderivados, que são adquiridos á partir de processos industrializados para a obtenção de proteínas no sangue, como: fatores de coagulação, albumina e imunoglobulinas. 
 Na segunda aula explanaremos sobre tipagem sanguínea ABO, para estabelecer qual o tipo sanguíneo, estes são representados pelas letras A, B, AB e O, sendo representados por quatro tipos de hemácias (glóbulos vermelhos), A, B, ou AB, elas se diferenciam na existência ou não de determinados antígenos (substâncias que induzem o sistema imunológico a defender o organismo), que se escapam na superfície das células, formando os aglutinogênios, as pessoas que não possuem o antígeno A ou B nas hemácias possuem o anticorpo correspondente em seu soro. 
 A determinação dos grupos sanguíneos e do tipo RH são feitas com a realização de testes, utilizando amostras de sangue e soros específicos, havendo aglutinação, quer dizer que o soro, que contêm os anticorpos, aglutinou os antígenos presentes no sangue. A pessoa quando faz o teste de tipagem sanguínea e seu sangue aglutina com o soro Anti-A e Anti-Rh, significa que esta possui o antígeno A e o antígeno Rh, possuindo o sangue A positivo, se o sangue não aglutina nem com Anti-A, nem com Anti-B, nem com o Rh, significa que possui o sangue O negativo, assim ocorre na leitura de todos outros tipos sanguíneos e assim analisaremos todos os tipos citados nesse relatório. No sistema ABO, os aglutinogênios possíveis são A e B, sua presença ou ausência nas hemácias determinam os tipos sanguíneos A, B, AB ou O. 
 O fator Rh indica se o tipo sanguíneo é negativo ou positivo, sendo fator determinante a presença ou ausência de Rh, se a pessoa possuir o antígeno Rh, é Rh positivo, se não possuir o antígeno Rh, indica Rh negativo. 
 Saber a tipagem sanguínea é de suma importante em caso de uma transfusão de sangue, havendo a necessidade de saber quando há doação de sangue, em casos de cirurgia, e doação de órgãos, pois caso haja uma incompatibilidade, como na gravidez, onde a gestante possui o Rh – e o pai da criança possui Rh+, pode haver o risco da criança desenvolver eritroblastose fetal em um parto futuro. 
 Nos casos em que a gestante é Rh negativo e o pai da criança, Rh positivo; há o risco de desenvolvimento da eritroblastose fetal em um parto futuro. Assim, tal exame, que verifica o tipo sanguíneo da mãe (sistema ABO e fator Rh), é muito importante. 
 Na aula dois, com roteiro de número um, estudaremos sobre o teste de antiglobulina humana, coombs direto e indireto, o coombs direto de antiglobulina identifica a presença de anticorpos fixados sobre as hemácias, os anticorpos que cobrem as hemácias são identificados pela adição de anticorpos antigamaglobulina humana. O teste coombs indireto é um exame difundido para a detecção e identificação de anticorpos antieritrocitários. Na avaliação eritrocitária, é considerado o mais importante depois do sistema de grupo sanguíneo ABO. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
 
 Aula 1- roteiro 1- Venopunção com sistema à vácuo. Foi nos apresentado pela professora Juliana uma demonstração da coleta à vácuo, onde nos foi passados todos os passos, desde a seleção de tubos como a ordem corretas de usá-los, garrotear corretamente, higienizar, também à maneira correta da punção venosa, primeiramente em um braço de borracha, posteriormente praticamos a técnica uma nas outras. 
 
 
 
 Fomos à sala de coleta, separamos somente o tubo roxo, sem aditivos, para que assim fosse possível fazer o teste de tipagem sanguínea, enroscamos a agulha no adaptador, sem remover a capa protetora de plástico na agulha, sentimos a veia apalpando-a, para escolher seria a melhor opção, colocamos o garrote e fizemos a antissepsia no local, em um movimento único de cima para baixo, com algodão umedecido em álcool 70%. Fizemos a punção em uma angulação compatível com a profundidade de cada veia, o bisel da agulha voltado para cima, introduzimos o tubo à vácuo no adaptador e aguardamos o enchimento do tubo à vácuo até seu limite. 
 Fotos tiradas em sala de aula 
 
Descartamos as agulhas, as seringas nos recipientes apropriados para perfuro cortante. 
 Cada aluna fez este processo da coleta à vácuo, alguns apresentaram certa dificuldade quanto a essa coleta com tubos à vácuo, por ser a primeira vez a realização deste procedimento, alguns a dificuldade foi em encontrar a veia, outros em amarrar o garrote no braço, mas todos passaram por essa prática. Aula 1 Roteiro 2- Nessa aula tivemos como objetivo realizar a tipagem sanguínea das colegas que fizemos a coleta anteriormente, nessa aula foi possível aprender a realização do teste, aprofundando mais no conhecimento do sistema ABO e do fator Rh, lemos a bula detalhadamente seguindo suas instruções. 
 Pingamos uma gota de anticorpo Anti-A, Anti-B e Anti-D, separadamente em 50ml de sangue, fizemos a observação da presença ou ausência de aglutinação, a olho nu. Neste resultado mostrado na figura abaixo, não houve aglutinação em nenhum dos dois soros, mas houve aglutinação do soro Anti-D, então tivemos o resultado O+, como mostram as fotos abaixo, tirado as em sala. 
 
 
 
 Resultado do teste O+ 
 
 
Aula 1- Roteiro 3- Vimos a classificação do fator Rh, se dá em Rh+, quando as hemácias se aglutinam, enquanto aquelas que não se aglutinam Rh-. A importância de reconhecer o fator Rh, em um dos momentos é na transfusão sanguínea, devido a uma pessoa com Rh- não deve entrar em contato com uma de Rh+, pois se isso ocorrer o corpo tentará destruir as substâncias não conhecidas presente no sangue recebido. Vimos também que existe o risco durante a gravidez devido a incompatibilidade, pois se porventura a mulher com o Rh- grávida de um o bebê com Rh+, as hemácias do bebê serão vistas como agente estranho, podendo ser destruídas pelo sistema de defesa da mãe, conhecida como eritroblastose fetal, podendo causar a morte do bebê antes ou após o nascimento. 
 Nesse resultado tivemos a aglutinação no soro Anti-A e houve aglutinação do soro Anti-D, então o resultado como ilustra a figura abaixo, foi A+ 
 
 Resultado do teste A+Na aula 2- Roteiro 1- Preparamos uma uma suspensão de hemácias a 3% em 30 ml, adicionamos em um tubo de 50ml, na bula teríamos de lavar três vezes em uma solução fisiológica, mas fizemos uma vez, porque era somente uma demonstração, adicionamos duas gotas do soro do Coombs. 
 
 
 
Misturamos e centrifugamos a 3.500 rpm a 20 segundos, como ilustra as fotos abaixo. 
 
 
 Desprezamos o sobredante com cuidado para deixar o “botão”de hemácias no fundo do tubo. O resultado foi reagente controle negativo. 
 
 
 
 Coombs indireto- Preparamos uma suspensão de hemácias a 5%, em um tubo, adicionamos 100ml da suspensão e duas gotas do soro, misturamos e encubamos à 37º por 45 minutos, lavamos as hemácias com a solução salina. Adicionamos duas gotas de soro coombs (anti-globulina humana), misturamos e 
centrifugamos a 3.500rpm, por 20 minutos. 
Procedemos a leitura e o resultado foi positivo, como vemos na foto abaixo tirada em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
HEMOCENTRO DE RIBEIRÃO PRETO. Manual de Qualidade. Revisão 8. 
Aprovado em 12 abr. 2012. 
 
JUNQUEIRA PC. O essencial da Transfusão de Sangue. ADREI. São Paulo, 1979. 
 
LANGHI JÚNIOR, D.; BORDIN, J.; COVAS, D. T. Hemoterapia: fundamentos e prática. São Paulo: Atheneu, 2007.