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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Tipagem sanguínea – Sistema ABO Luiza Carolina Ferreira da Silva Tayla Rebeca dos Santos Souza Rio Branco, Acre 2023 1. INTRODUÇÃO Para determinar o grupo sanguíneo de uma pessoa, é realizada um exame chamado tipagem sanguínea para confirmar qual tipo de sangue, seus derivados e o fator Rh. A análise é feita com uma amostra de sangue, o que é muito importante porque as pessoas dos grupos A, B e O desenvolvem rapidamente anticorpos que causam reações graves em caso de transfusões de sangue incompatíveis. Assim, o sangue também expressa aglutininas de acordo com o grupo sanguíneo. O tipo A expressa anti-B, o tipo B expressa anti-A, o tipo O expressa anti- A e anti-B e o tipo AB não expressa aglutinina, portanto o tipo O negativo é conhecido como doador universal e tipo AB. positivo como um receptor universal. Essa classificação negativa ou positiva se deve à presença ou ausência da proteína D nas hemácias chamada de fator Rh, ou seja, quem é Rh positivo é porque tem a proteína D e quem é Rh negativo não possui. A tipagem sanguínea é realizada como procedimento de rotina nos serviços de hemoterapia, assim como outros testes imuno-hematológicos para qualificar o sangue do doador para garantir a eficácia terapêutica e a segurança de futuras doações. A tipagem sanguínea ABO foi inicialmente realizada em imagens microscópicas limpas. Atualmente, os testes de aglutinação são realizados usando métodos mais precisos, e métodos mais recentes podem ser usados em microplacas escavadas, tubos de ensaio ou centrifugação em gel. O mesmo se aplica ao fator Rh, que é determinado por centrifugação em microplacas gravadas ou em tubos de ensaio. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é identificar os tipos sanguíneos (genética do sistema ABO e do fator Rh), a reação de aglutinação e a relação entre antígenos e anticorpos. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais utilizados na prática • Jaleco; • Luvas de látex; • Papel A4; • Caneta; • Soro anti-A; • Soro anti-B; • Soro anti-D (anti-Rh); • Lâmina; • Palito de dente; • Lanceta; • Algodão; • Álcool; • Caixa para descarte de lixo biológico; 2.2 Métodos Inicialmente foi organizado o material de coleta e análise sanguínea, seguindo as normas de ética e biossegurança. Utilizamos a folha A4 e caneta para anotar o que estaria na lâmina (Figura 1). Após a assepsia, o dedo do voluntário foi perfurado pela lanceta (Figura 2) e quatro gotas de sangue foram colocadas na lâmina de vidro (Figura 3), já em uso das luvas de látex, para não obter riscos de contaminação, foram adicionadas gotas dos soros anti-A, anti-B e anti-D respectivamente em cada gota de sangue (Figura 4, 5 e 6) e realizada uma mistura com o palito de dente, após instantes foram observados a presença ou ausência de aglutinação nas lâminas (Figura 7). Figura 1: Anotações do controle, e Figura 2: Dedo sendo perfurado pela dos soros para identificação das gotas lanceta. de sangue. Figura 3: Foram colocadas quatro Figura 4: Foi adicionado o Anti-A. gotas de sangue na lâmina. Figura 5: Foi adicionado o Anti-B. Figura 6: Foi adicionado o Anti-D (Anti- Rh). Figura 7: Depois da mistura, lâminas em observação para presença ou ausência de aglutinação. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para entender todo o processo de identificação da tipagem sanguínea é necessário entender que nesse passo a passo irão ocorrer algumas situações. A primeira delas é o processo de aglutinação do sangue que é a reação que gera a aglomeração de pequenos coágulos, isso irá ocorrer por conta da aglutinina, que é uma substância do sangue responsável por unir moléculas individuais formando uma massa, essa substância reage como um anticorpo que em contato com o aglutinogênio vai reconhecê-lo como uma espécie de antígeno e vai combatê-lo por ser estranho ao corpo, nesse caso aqui, o que será estranho ao corpo são os aglutinogênios que naturalmente já estão presentes em nossas hemácias, variando de pessoa para pessoa, por exemplo, quando o antígeno do tipo A está ausente nas hemácias de um ser humano, ele possui aglutininas anti-A; quando o antígeno do tipo B está ausente, a pessoa possui aglutininas anti-B; no sangue do tipo O, a pessoa possui tanto aglutininas anti-A, como a anti-B; já no sangue do tipo AB, a pessoa não possui nenhuma aglutinina. No caso desse teste realizado iremos perceber a ausência ou a presença de aglutinações. Os anticorpos utilizados serão: • Anti A • Anti B • Anti D Para especificar como acontece: caso haja aglutinação para anti-A e anti-B, significa que o sangue é AB, no caso de não aglutinar na presença dos dois, significa que o sangue é O. Teste I - Tayla No primeiro teste, levando em consideração o objetivo do experimento, foi observado que houve reação do sangue com o anti-D, que seria o referente ao fator Rh, então se houve essa reação somente no anti-D, isso demonstra que o tipo sanguíneo seria O+, pois como já foi explicado, o tipo sanguíneo O tem anti-A e anti- B o que fez com que nenhum desses reagissem. Figura 8: Resultado de teste de tipagem sanguínea tipo O+. Teste II – Luiza No segundo teste realizado, obtivemos o resultado de um A+, tira-se essa conclusão a partir do conhecimento de que esse tipo sanguíneo tem aglutininas anti- A, portanto confirmou-se essa informação a partir da observação da aglutinação que ocorreu com o sangue no anti-A e no anti-D, o que veio a confirmar o fator Rh positivo. Figura 9: Resultado de teste de tipagem sanguínea tipo A+. 4. CONCLUSÃO O sangue é uma parte de função importante no organismo, que não pode estar em falta e possui diferentes tipos, podendo ser dividido em sistema ABO e fator Rh. Se uma pessoa recebe um tipo de sangue diferente do seu pode existir a incompatibilidade entre os tipos sanguíneos, as hemácias recebidas irão se aglutinar, a ponto de formarem aglomerados maiores e mais compactos, impedindo a circulação do sangue e levando à morte do indivíduo, devido à isso é importante destacar a necessidade do conhecimento de sua tipagem sanguínea. Portanto, os indivíduos que por forças maiores como doenças, cirurgias ou acidentes tiveram uma elevada perda de sangue, precisam o repor, sendo necessária a transfusão. Para que haja uma transfusão segura, é necessária a certificação do tipo sanguíneo que se apresenta tanto o paciente quanto o doador, para não ocorrer a incompatibilidade, que como foi visto é uma resposta imunológica do sangue ao sangue diferente inserido, podendo ocasionar em anemia, insuficiência renal, parada cardíaca, dentre outras patologias. 5. REFERÊNCIAS DIGIAMPETRI, Edson. Transfusões e Grupos Sanguíneos. 1. ed. Sorocaba. 2021. 101-105 p. v. 21. Disponível em: <https://periodicos.uniso.br/reu/article/view/4353/4030> Educação, Hexag; O QUE SÃO AGLUTINOGÊNIOS E AGLUTININAS?; disponível em: https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/biologia/o-que-sao/aglutinogenios-e- aglutininas/
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