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Semiotécnica Pediátrica I

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Semiotécnica Pediátrica 
Anamnese: 
Identificação: nome, idade, data de nascimento, sexo, naturalidade, residência, nome do informante – grau de 
parentesco. 
Queixa principal: motivo principal que fez a mãe da criança ou outro responsável a trouxesse a consulta. 
Descrever utilizando os termos – mesmas palavras do paciente ou acompanhante. 
HDA: essa é a parte central da anamnese e deve conter as informações sobre a doença atual do paciente desde 
o inicio ate o momento presente. Cada sinal ou sintoma deverá ser descrito com toda a riqueza de detalhes. 
ISDA: sempre no sentido encéfalo - caudal. 
Historia fisiológica: apetite, sono, função urinaria, ritmo intestinal, ciclo menstrual, estado de animo, vontade de 
brincar, esportes. 
Historia gestacional: idade materna ao engravidar, exame realizado, intercorrências, medicamentos, 
tabagismo/drogas/etilismo. 
Parto e Período neonatal: local do parto, APGAR, idade gestacional ao nascer, peso/peso ao nascer, 
comprimento, PC/PT/Peso na alta, teste de olhinho, teste de coraçãozinho, teste da orelhinha, teste do pezinho, 
teste da linguinha, grupo sanguíneo, queda do coto umbilical. 
Alimentação: aleitamento materno exclusivo ate: , tempo de aleitamento materno total, idade de introdução de 
alimentação complementar, suplemento de ferro, suplemento de vitamina D, alimentação habitual. 
Vacinação: solicitar e verificar o calendário vacinal da criança e orientar as próximas vacinas, chamar a 
atenção para algum atraso vacinal e orientar a atualização do calendário. 
Desenvolvimento neuropsicomotor: questionar sobre cada setor (motor grosseiro, motor fino/adaptativa, 
linguagem e pessoa social) e checar a idade em que a criança vai adquirindo a habilidade de realizar 
determinada função (os principais marcos do desenvolvimento). Verificar se há atraso em algum setor. Podem 
ser usadas a escala de DNPM de Denver II ou outra escala como parâmetro. 
Historia patológica pregressa: doenças anteriores, cirurgias, acidentes, internações, alergia. 
Historia familiar: mãe (nome, idade, morbidade, ocupação, escolaridade, tabagismo, alcoolismo e drogas), pai 
(nome, idade, morbidade, ocupação, escolaridade, tabagismo, alcoolismo e drogas), irmão (algum irmão 
portador de doença?), doenças recorrentes em demais membros da família. 
Historia socioambiental: habitação (cômodos, banheiros, sol, humidade, poeira, poluição ambiental...), agua 
tratada, rede de esgoto, coleta de lixo, numero de pessoas na casa, renda mensal. 
 
Exame físico: 
O exame físico inicia-se desde o momento da entrada da criança no consultório, pela observação de sua 
marcha, postura, atitude, coloração da pele e mucosas, fácies, padrão respiratório... Outros aspectos podem 
ser observados nesse momento, tais como: a postura de quem traz a criança, de que maneira a conduz, como 
se relaciona com a criança. 
O exame deve ser realizado em um ambiente de confiança mutua. De preferencia a mãe ou responsável dispa a 
criança, e o exame sempre deve começar com a criança no colo da mãe para ganhar a confiança. 
Ectoscopia: estado geral (bom, regular, comprometido ou ruim, saudável ou enfermo),fácies, presença de má 
formação congênita, biótipo/conformação corpórea, atitude (passivo, ativo, hipoativo, posições características, 
movimentos significativos), estado psíquico (irritado, prostrado, obnubilado, sonolento, comatoso), estado de 
nutrição e hidratação, coloração da pele e mucosas, reação da criança aos pais, acompanhantes e medico, 
presença de edema, cor (pigmentação, cianose, palidez, icterícia), Vasos sanguíneos: Pulsos, alterações 
vasculares (telangiectasias, hemangiomas, circulação colateral, púrpura - petéquias e equimoses), erupções, 
dermografismo, , xantomas, nódulos subcutâneos, turgor e elasticidade, escamação, estrias, cicatrizes, estado 
de hidratação (umidade das mucosas, turgor e elasticidade, fontanelas, enoftalmia), edema, enfisema, unhas 
(cianose, palidez, pulsação capilar, coloração, estrias, infecção (paroníquia)), cabelos (distribuição, coloração, 
textura). 
Sinais vitais: temperatura, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, pulso, pressão arterial. A FR e a FC 
variam de acordo com a faixa etária. A pressão arterial na infância varia de acordo com o gênero, idade e 
altura da criança. Incluir também a avaliação da perfusão periférica (deverá ser menor ou igual a dois 
segundos) e a oximetria de pulso (em atendimentos de urgência/emergência). 
Exame físico segmentar: Iniciar com a palpação das cadeias de Linfonodos: Presença de linfadenomegalias, 
localização, tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor. 
Cabeça 
Crânio: posição, couro cabeludo, suturas, fontanelas, conformação anatômica do crânio, craniotabes. 
Face: conformação, paralisias (facial, trigêmeo), glândulas salivares (parótida, submaxilar,sublingual). 
Olhos: esclera, conjuntiva e córnea, exoftalmia, enoftalmia, tensão do globo ocular, estrabismo, movimentos 
oculares, nistagmo, pálpebras (ptose, infecções), pupilas (fotoreatividade, anisocoria), 
Orelhas: anomalias, posição, secreção, sensibilidade, otoscopia (conduto auditivo, membrana auditiva – 
triângulo luminoso, hiperemia, retração, abaulamento), mastóide, audição (função vestibular), 
Nariz: forma, batimento de asas do nariz, aspectos da mucosa, secreções, epistaxe, septo nasal, polipos, 
tumores, seios paranasais. 
 
 
Boca e Garganta 
Palidez perioral. 
Lábios: (paralisias, fissuras, vesículas e pústulas, cor, edema). 
Boca: (odor, trisma, salivação). 
Dentes: (número, conservação, escovação, etc). 
Gengiva: (infecção, coloração, sangramento, cisto, hipertrofia). 
Mucosa oral: aspecto, coloração, monilíase, enantema, petéquias, ulcerações. 
Língua: papilas, cor, aspecto (geográfica, escrotal, framboesa), tamanho (macroglossia), cicatrizes, “lingua 
presa”, cisto, paralisia. 
Palato e Faringe: cor, sangramento, fenda, perfuração, palato ogival, úvula, faringe posterior, amígdalas 
(tamanho, coloração exudato...),epiglote. 
Laringe: voz, rouquidão, estridor. 
Pescoço: 
Tamanho, anomalias, esternocleidomastóideo, tireóide, traquéia, vasos, mobilidade e movimentos 
característicos. 
Torax 
Forma, simetria, tipos de respiração (abdominal, torácica. Exame das mamas: desenvolvimento, simetria, 
ginecomastia. 
Respiratório: freqüência respiratória, (taquipnéia, eupnéia, bradipnéia), amplitude (hiperpnénia), dispneia 
(esforço respiratório com utilização de musculatura acessória), tiragem intercostal, subcostal, retração 
esternal ou de fúrcula; percussão (macicês, hipersonoridade), verificar a expansibilidade torácica; ausculta: 
verificar a intensidade e distribuição do murmúrio vesicular, ruídos adventícios (estertores, roncos, 
crepitações, sibilos...). 
Cardiovascular: Ictus: localização, extensão, tipo, frêmito. Ausculta: Ritmo, FC,bulhas cardíacas, arritmias, 
sopros... 
Abdome 
Inspeção: forma, distensão, movimentos respiratórios, cicatriz umbilical, diastase de retos abdominais, veias e 
circulação colateral, peristalse. 
Ausculta: peristaltismo, borborigmo, meteorismo, sopros. 
Percussão e Palpação: parede abdominal (avaliar presença de hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, 
visceromegalias. 
Geniturinário e região perineal 
Lojas renais, palpação renal, punho percussão lombar. 
Meninos: forma do pênis, exposição da glande, localização da uretra, forma da bolsa escrotal. Testículos 
(tamanho, consistência, localização), hipospádia e epispádia, fimose (balanopostite), hidrocele, hérnia 
Meninas: tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e hímen. Conformação, corrimento 
(uretral, vaginal), corpos estranhos, sinéquia de pequenos lábios. 
Genitália, região perineal e ânus podem ser examinados no início do exame físico em lactentes, mas serão 
examinados por último nas crianças maiores. Na menina, a vulva e o intróito vaginal deverão ser examinados 
enquanto nos meninosé necessário verificar a presença de fimose e efetuar a palpação dos testículos na bolsa 
escrotal. 
Examinar também região glútea, ânus (fístulas, fissuras), prolapso retal, outras protrusões, (pólipos, etc). 
Dermatite perianal, anomalias congênitas anorretais. 
Locomotor 
Extremidades: Anomalias, tamanho dos membros, conformação, sensibilidade, temperatura, edema, 
deformidade, marcha, claudicação. 
Coluna vertebral: Cistos dermóides, fístulas, espinha bífida, tufos capilares, mobilidade, opistótono, postura, 
lordose, cifose, escoliose. 
Articulações: Temperatura, sensibilidade, edema, hiperemia, mobilidade, Sinal de Ortolani - (displasia coxo- 
femural), genu-valgo e genu-varo. 
Músculos: Trofia e tônus, sensibilidade, espasmo, paralisias e paresias. 
Neurológico 
Avaliação de nível de consciência, postura e atitude (já se observa enquanto conversa com a(o) acompanhante), 
marcha, equilíbrio, coordenação motora, tônus, força muscular e integridade dos pares cranianos, reflexos 
tendinosos. Nos recém-nascidos e lactentes jovens é importante a avaliação dos reflexos transitórios como 
parte do exame neurológico observando se sua presença, intensidade e simetria. Em crianças maiores os 
reflexos profundos serão obtidos com maior facilidade. Avaliar pupilas (isocoria e fotossensibilidade). 
Mensuração (antropometria) 
São obtidas medidas de peso, altura ou estatura, perímetro cefálico, perímetro torácico e Índice de Massa 
Corporal. Anotar os respectivos escores Z, consultando os gráficos de acordo com a faixa etária. A partir 
desses dados e utilizando os gráficos específicos, podemos avaliar o estado nutricional da criança. 
Peso: Utilizar balanças pediátricas (tipo “pesa bebê”) até 2 anos de idade (capacidade máxima de 16 Kg). Pesar 
o bebê sem roupa, sem fralda. Após esse limite utilizar a balança “tipo adulto” Pesar a criança maior com o 
mínimo deroupa possível e descalça. 
Comprimento/Altura: para crianças até 1 metro utilizar régua antropométrica graduada com uma extremidade 
fixa e uma móvel. A cabeça da criança deverá ser mantida pela mãe na extremidade fixa. O médico deverá então 
estender as pernas com uma das mãos sobre os joelhos da criança e com a outra mão, guiar a extremidade 
móvel da régua até a planta dos pés em ângulo reto. As crianças maiores de um metro deverão ser medidas em 
balança antropométrica ou régua vertical, na posição ereta, com os calcanhares próximos e a postura vertical 
alinhada. 
Perímetro Cefálico: a fita deverá passar pelas partes mais salientes do frontal e do occipital. Essa medida 
deverá ser aferida até dois anos de idade. 
Perímetro Torácico: na altura dos mamilos. Deve ser aferido principalmente no primeiro trimestre de vida ou 
em caso de suspeita de alteração torácica. 
Perímetro Abdominal: na altura da cicatriz umbilical. Tem importância em caso de sobrepeso ou obesidade ou 
patologia que cursam com aumento de volume abdominal. 
 
Desenvolvimento Neuropsicomotor 
 
Cérebro humano 
- 100 bilhões de neurônios; 
- Um numero ainda maior de células gliais; 
- Organizados em uma vasta rede de conexões sinápticas, estimadas em 100 trilhões; 
- Regulados por genes específicos, mas que podem ser afetados por fatores ambientais; 
- Crescimento e o desenvolvimento do cérebro. 
 
Organização neuronal 
Diferenciação neuronal e formação de padrões específicos de conexões – 5ª semana de gestação a 4 
anos/pós- natal. 
Morte neuronal e eliminação seletiva de sinapses – 2 a 16 + anos/pós-natal. 
Mielinização neuronal - 25ª de gestação a 20+ anos/pós-natal. 
- A bainha de melina da a informação mais rapidamente 
 
 
Plasticidade cerebral 
O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico que consiste na construção, aquisição e interação de novas 
habilidades. E estas habilidades são advindas da remodelação cerebral, conhecida como plasticidade cerebral. 
O desenvolvimento infantil e a plasticidade cerebral são maiores nos primeiros anos de vida. 
- No nascimento de uma criança é quase nenhuma. 
- Aos 7 anos de idade é muito grande. 
- Aos 15 anos de idade é grande mas não tanto quanto aos 7 anos. 
 
Avaliação do Desenvolvimento neuropsicomotor 
Criança: ser em desenvolvimento, passa de uma etapa para outra, cada uma tem diferentes dados semióticos. 
Exame neurológico: deve ser adequado para cada momento evolutivo. 
Avaliação do DNPM: conhecimento de cada etapa. 
 
Porque é importante estudar? 
Aumento de crianças com atraso do desenvolvimento (sobrevida de prematuros extremos, diminuição da 
mortalidade infantil). 
Quanto mais precoce o diagnostico, e a intervenção, menor será o impacto na vida da criança. 
Assistência preventiva = avaliação do desenvolvimento é essencial. 
 
 Crescimento X Desenvolvimento 
Crescimento significa aumento físico do corpo, O desenvolvimento é a capacidade do ser de 
medido em centímetros ou gramas; ele traduz realizar funções cada vez mais complexas; ele 
o aumento em tamanho e numero de células. corresponde a termos como maturação e 
diferenciação de células. 
 
Desenvolvimento: processo complexo estrutural e funcional associado ao crescimento, maturação e 
aprendizagem. Processo qualitativo. 
 Como medir? 
O perímetro cefálico: exame do crânio 
- medidas: Perímetro craniano; diâmetro bi auricular e diâmetro antero posterior. 
- 12cm em 12 meses. 
- o perímetro torácico ultrapassa o perímetro craniano por volta do quarto-quinto mês de vida. 
- inspeção, palpação, ausculta. 
 
Maneiras de avaliar o desenvolvimento 
-Historia 
-Exame neurológico 
-Escalas 
-Exame neurológico evolutivo 
Escala de Denver II: do nascimento aos 6 anos. Triagem (não é teste de QI ou preditor para habilidades futuras). 
Interessante usar em crianças aparentemente normais, quando há alguma suspeita de alterações e crianças 
em risco. Compara a criança com outras da mesma idade. 
Historia: sempre questionar – historia familiar; historia da gestação, do parto e do período neonatal; historia 
medica pós natal; contexto social e familiar; marcos do desenvolvimento. 
Marcos do desenvolvimento: “idades chave” – RN, lactente 3,6,9,12,18,24 meses; dos 3 aos 7 anos; após 
avaliação das funções corticais superiores + desempenho escolar. 
Avaliação neurológica: atitude; tônus; reflexos primitivos; equilíbrio estático e dinâmico; coordenação 
apendicular (dos membros); funções cerebrais superiores. 
 
Desenvolvimento no 1º ano de vida 
Estreita relação entre as funções que aparecem e desaparecem com a evolução estrutural do SNC 
(craniocaudal). 
Funções mais elementares vão paulatinamente sendo substituídas por funções hierarquicamente superiores. 
 
Manifestações neurológicas 
Permanentes: são constantes e praticamente não modificam. Ex: reflexos incondicionados e sensibilidades 
primitivas. 
Reflexas transitórias: desaparecem com a evolução e somente reaparecem em situações patológicas. Ex: moro, 
magnus de kleijin. 
Evolutivas: manifestações reflexas automáticas que desaparecem com a evolução para dar lugar a mesma 
atividade, porem de caráter voluntario. Ex: sucção, preensão, apoio plantar, marcha reflexa. 
 
Recém Nascido 
Tono/reflexo profundos: hipertonia flexora dos 4 membros, hipotonia axial e hiper-reflexia profunda. 
Reflexos primitivos: todos estão presentes no RN a termo. Marca do funcionamento cerebral subcortical. 
Fisiológicos nos primeiros meses e após patológico. 
Funções cerebrais superiores: pode seguir objeto com os olhos, modulação sensitivo-sensorial, iniciando a 
corticalização. 
Sistema inferior (extrapiramidal): maturação precoce e ascendente, inicia na 24ª semana, responsável pelo 
tônus postural e reflexos arcaicos. 
Sistema superior (piramidal): maturação mais tardia e descendente, responsável pela motricidade. 
 
Reflexos 
Reflexos tônicos: são os primeiros a desaparecer,dão ao RN uma atitude assimétrica. 
- reflexo tonico cervical 
- reflexo da marcha 
- reflexo de reptação 
Reflexo de Moro: extensão e abdução dos membros superiores. 
Reflexo de voracidade: qualquer coisa que toca na bochecha ou perto da boca da criança faz ele virar a cabeça 
na direção do estimulo. 
Reflexo de preensão: o bebe pega forte em qualquer coisa que toca na palma dele, especialmente na região 
ulnar dela. 
Reflexo plantar: a excitação leve da planta do recém-nascido causa uma reflexão plantar dos dedos. 
Reflexo cutâneo plantar: no RN é extensor. 
 
Idade corrigida 
Lembrar que em bebes que nasceram prematuros, devemos utilizar idade corrigida ate os 2 anos. 
40 semanas – Idade gestacional (IG). 
3 meses 
Tono/reflexos profundos: Iniciando hipotonia fisiológica. 
Reflexos primitivos: Presentes: sucção, Moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo-plantar 
extensor – desapareceram: marcha reflexa, apoio plantar, reptação, tônico-cervical assimétrico . 
Equilíbrio estático: Firma o pescoço 
Equilíbrio dinâmico: Movimenta a cabeça. 
Coordenação apendicular: Junta as duas mãos na linha média. 
Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): fixa o olhar, sorri socialmente, atende ao som 
com procura da fonte emissora e usa vogais (gorjeio). 
2 meses: fixa olhar e sorri. 
3 meses: firma pescoço. 
 
6 meses 
Tono/reflexos profundos: Hipotonia fisiológica importante e reflexos profundos semelhantes ao adulto. 
Reflexos primitivos: Presentes: preensão plantar, cutâneo plantar extensor; Desapareceram: sucção, preensão 
palmar, moro, mão-boca. 
Equilíbrio estático: Senta com apoio, iniciando sem apoio. 
Equilíbrio dinâmico: Muda de decúbito. 
Coordenação apendicular: Retira pano do rosto, preensão voluntária. 
Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): Atende pelo nome, demonstra estranheza diante 
de desconhecidos, localiza o som lateralmente, usa vogais associadas a consoantes (lalação). 
2 meses: fixa olhar e sorri. 
3 meses: firma pescoço. 
5 meses: usa a mão / 6meses: começa a sentar. 
 
9 meses 
Tono/reflexos profundos: Hipotonia fisiológica em declínio. 
Reflexos primitivos: Presentes: preensão plantar e cutâneo plantar extensor em desaparecimento. 
Equilíbrio estático: Senta sem apoio e fica na posição de engatinhar. 
Equilíbrio dinâmico: engatinha e pode andar com apoio. 
Coordenação apendicular: Pega objetos em cada mão e troca, preensão manual de pinça superior em escada. 
Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): Localiza o som de forma indireta para cima e para 
baixo – Palavras silabas repetidas com significado (primeiras palavras) palavras- frase. 
2 meses: fixa olhar e sorri. 
3 meses: firma pescoço. 
5 meses: usa a mão, começa a sentar. 
9 meses: senta. 
 
12 meses 
Tono/reflexos profundos: semelhantes ao do adulto. 
Reflexos primitivos: Presentes: preensão plantar e cutâneo-plantar extensor em desaparecimento. 
Equilíbrio estático: em pé com apoio. 
Equilíbrio dinâmico: iniciando a marcha sem apoio. 
Coordenação apendicular: pinça superior individualizada. 
Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): Localiza a fonte sonora direto para baixo e 
indireta para cima, usa palavras corretamente e produz jargão. 
 
1° aniversario: caminhar, falar. 
2º Ano de vida 
 18 meses 24 meses 
Equilíbrio Estático Domina posição em pé Permanece em pé com pés juntos 
Equilíbrio Dinâmico Sobe escada com 
apoio 
Sobe e desce escada sem alternar os pés 
Coordenação das 
mãos 
Usa colher Torre 3 
cubos 
Garatuja retilínea 
Torre com 6 cubos Garatujas 
circulares Chuta a bola 
Linguagem Palavras frases 
Pelo menos 10 
palavras 
Frases com 2 + palavras 50 palavras 
Nomeia-se pelo prenome 
 
3 – 7 anos – Exame neurológico evolutivo 
Introduzido em 1972 por Lefèvre e colaboradores. 
São 101 provas, divididas em 11 itens: dominância lateral; tônus muscular e reflexos profundos; equilíbrio 
estático; equilíbrio dinâmico; coordenação apendicular; coordenação tronco-membros; sincinesias; atividade 
sensitiva sensorial e persistência motora. 
 
Desenho da figura humana 
 
Controle de Esfíncteres 
18 meses: controle vesical diurno iniciando. 
2 anos: controle vesical diurno em consolidação e iniciando o vesical noturno e anal. 
3-4 anos: controle vesical diurno e anal consolidados, vesical noturno em consolidação. 
5 anos: controle completo vesical e anal. 
 
Após 7 anos 
Aperfeiçoamento funções já existentes constituindo o aprendizado normal. 
Pode-se utilizar a avaliação das funções corticais (memoria, orientação, gnosias, praxias e linguagem), e o 
desempenho escolar. 
 
Trinômio 
 
 
Os sinais do desenvolvimento patológico 
Quais: 
-manutenção dos reflexos arcaicos além do tempo. 
-alterações do perímetro cefálico. 
-não aquisição ou regressão dos marcos de desenvolvimento. 
 
 
 
Atraso do DNPM 
Etiologia Tipo 
1. Genética (cromossômicas, EIM, malformações) 1. Predomínio motor (PC, hipotonia central, dças 
neuromusculares e ortopédicas) 
2. Pré natal (desnutrição, infecção, trauma) 2. Predomínio linguagem (hipoacusia, autismo) 
3. Perinatal (asfixia, tocotrauma) 3. Global (malformações, encefalopatias, 
cromossomopatias) 
4. Pós natal (infecção, desnutrição, TCE). 
 
Curva de Gauss 
Uma curva de Gauss (curva em forma de sino) é um gráfico de distribuição normal de um determinado conjunto 
de dados e representa uma função que possui propriedades peculiares. Este nome se deve à suposição que o 
cientista Gauss tenha sido a primeira pessoa a fazer uso de suas propriedades. 
Esta curva é definida por dois parâmetros: sua média (µ) e sua variância (σ²). Dessa forma, são possíveis 
infinitas curvas normais, ora variando a média, ora a sua variância. 
 
 
 
 
 
 
Genética e Ética em pediatria 
 
 
Aleitamento materno – Alimentação complementar 
Evita a mortalidade infantil. 
Passo 1: dar somente leite materno ate os 6 meses, sem oferecer água, chá ou qualquer outro alimento. 
Colostro: é o leite dos primeiros dias pós-parto, é ideal nos primeiros dias de vida, principalmente se o bebê for 
prematuro, pelo alto teor de proteína. O leite materno contém tudo que o bebê precisa até o 6º mês de vida, 
inclusive água, além de proteger contra infecções. O leite materno contém quantidade de água suficiente para 
as necessidades do bebê, mesmo em climas muito quentes. A oferta de água, chás ou qualquer outro alimento 
sólido ou líquido, aumenta a chance do bebê adoecer, além de substituir o volume de leite materno a ser 
ingerido, que é mais nutritivo. A criança que recebe outros alimentos além do leite materno, antes dos 6 meses, 
principalmente através de mamadeira, incluindo água e chás, pode adoecer mais e ficar desnutrida. A pega 
errada prejudica o esvaziamento total da mama, impedindo que o bebê mame o leite do final da mamada, que é 
rico em gordura e que dá maior saciedade. O tempo de esvaziamento da mama depende de cada bebê; existem 
aqueles que conseguem fazê-lo em poucos minutos e aqueles que o fazem em trinta minutos ou mais. A 
produção adequada de leite vai depender basicamente da sucção do bebê, da pega correta e da frequência de 
mamadas. A mãe que amamenta deve beber, no mínimo, dois litros de água pura diariamente e estimular o bebê 
a sugar corretamente e com mais frequência. 
Aumento da produção de leite: ingesta de bastante liquido e estimulação da mama. 
Fases do leite materno 
1º colostro: ate o quinto dia, é transparente ou amarelado, rico em proteínas e imunoglobulinas. 
2º leite de transição: sexto e decimo quinto dia, mais volumoso e contem menos proteínas, mais gordura e 
carboidratos. 
3º leite maduro: a partir do vigésimo dia, é consistente e esbranquiçado, contem gorduras e nutrientes. 
 
Aleitamentos 
Aleitamento materno exclusivo: somente leite materno (por sucção, ordenhado ou de bancode leite). 
Aleitamento materno predominante: leite materno + agua ou bebidas a base de água, suco de frutas, outros 
fluidos. 
Aleitamento materno complementado: leite materno + alimento solido ou semissólido, ou outro tipo de leite. 
Aleitamento materno misto ou parcial: leite materno + outros tipos de leite. 
 
Amamentação e formação facial do bebê 
- Toda a musculatura fácil é fortalecida durante os intervalos da sucção; 
- O crescimento inadequado da face, afeta a respiração, a respiração incorreta prejudica o sono, a memoria e a 
concentração; 
- Ao sugar a mama, o bebe favorece o crescimento da mandíbula, preparando-se para as próximas etapas do 
desenvolvimento. 
- A dinâmica da cadeira neuromuscular das estruturas ligadas a respiração, mastigação, deglutição e fonação 
depende da amamentação, todos os sistemas são interligados; 
- Ao mamar, a criança aprende a respirar, mastigar e deglutir de maneira adequada; 
- A posição da boca nos mamilos provoca a estimulação de pontos articulados responsáveis pela produção dos 
fonemas. 
 
Como amamentar – técnicas 
- Ponta do nariz encostada na mama. 
- Boca aberta como “boquinha de peixe” 
- Narina livre para a respiração. 
- Boa parte da aréola dentro da boca do bebe. 
- Mamilo flexível se acomoda na cavidade oral. 
- Bochecha enche quando suga o leite. 
- Lábio inferior virado para fora. 
- Queixo encostado na mama. 
- Barriga e tronco do bebe voltados para a mãe. 
- As mamadas são longas e as sugadas demoradas. 
 
 Mamada não doi 
 Bebe retira bem o leite do peito 
 Respira, mama e deglute. 
 
 
O bebe amamentado 
 
 
 
 
Importância do aleitamento materno 
 
- ↓ Mortalidade - Proteção diarreia 
- Proteção inf. Respiratória - ↓Chance de obesidade 
- ↓ Riscos de hipertensão, colesterol alto e diabetes. - ↓ Risco de alergias 
- Melhor nutrição - Contracepção 
- Efeito positivo na inteligência - Menor custo financeiro 
- Melhor desenvolvimento cavidade bucal - Promoção de vinculo afetivo 
- Proteção contra câncer de mama - Melhor qualidade de vida 
 
 
 
 
Diferenças dos leites 
 
 
 
2° Passo 
A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno ate os 2 
anos de idade ou mais. 
 A partir dos 6 meses, o organismo da criança já está preparado para receber alimentos diferentes do 
leite materno, que são chamados de alimentos complementares. 
 A alimentação complementar, como o nome diz, é para complementar o leite materno e não para 
substituí-lo. 
 A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual. O bebê tende a rejeitar as 
primeiras ofertas do(s) alimento(s), pois tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor. 
 No início, a quantidade de alimentos que a criança ingere é pequena e a mãe pode oferecer o peito após 
a refeição com os alimentos complementares. 
 Há crianças que se adaptam facilmente às novas etapas e aceitam muito bem os novos alimentos. 
 
 Quando introduzir a alimentação complementar, é importante que a criança receba água nos intervalos 
das refeições. 
 
 Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos ou mais, 
pois o leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças. 
 
3º Passo 
A partir dos 6 meses dar alimentos complementares três vezes ao dia se a criança receber leite materno, e 
cinco vezes ao dia se estiver desmamada. 
Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação 
das famílias. Complementa-se a oferta de leite materno com alimentos que são mais comuns à região e ao 
hábito alimentar da família. A introdução dos alimentos complementares deve ser feita com colher ou copo no 
caso da oferta de líquidos. Se a criança está mamando no peito, três refeições por dia com alimentos 
adequados são suficientes para garantir uma boa nutrição e crescimento, no primeiro ano de vida. No segundo 
ano de vida, devem ser acrescentados mais dois lanches, além das três refeições. Se a criança não está 
mamando no peito, deve receber cinco refeições por dia com alimentos complementares a partir do sexto mês. 
A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite 
materno reduz significativamente: por esse motivo a introdução de carnes e vísceras (fígado, rim, coração, 
moela de frango, etc.), Mesmo em pequena quantidade, é muito importante. 
 
4º Passo 
A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da 
criança. 
Crianças amamentadas no peito, em livre demanda, desenvolvem muito cedo a capacidade de auto-controle 
sobre a ingestão de alimentos, aprendendo a distinguir as sensações de saciedade após as refeições e de fome 
após períodos sem oferta de alimentos. É importante a mãe distinguir o desconforto da criança com fome de 
outras situações como: sede, sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas. Não se deve oferecer comida, ou 
insistir para que a criança coma, quando ela não está com fome. Oferecer a alimentação complementar 
regularmente, sem rigidez de horários, nos períodos que coincidem com o desejo de comer demonstrado pela 
criança. Após a oferta dos alimentos, a criança deve receber leite materno, caso demonstre que não está 
saciada. Oferecer três refeições complementares (no meio da manhã, no almoço, no meio da tarde) para 
crianças em aleitamento materno; para aquelas já desmamadas, adicionar mais duas refeições: no início da 
manhã e no início da noite. Não é aconselhável a prática de gratificação (prêmios) ou castigos para conseguir 
que a criança coma o que os pais acreditam que seja o necessário para ela. Algumas crianças precisam ser 
estimuladas a comer, nunca forçadas. 
 
 
5º Passo 
A alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e oferecida de colher, começa com consistência 
pastosa (papas/purês) e gradativamente, aumentar a consistência ate chegar a alimentação da família. 
No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados 
especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na 
panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos apenas em água suficiente para amaciá-los. Ao colocar os 
alimentos no prato, amasse-os bem com o garfo e a consistência deverá ter o aspecto pastoso (papa/purê). 
Não há necessidade de passar pela peneira e nem bater no liquidificador. A partir dos 8 meses, podem ser 
oferecidos os mesmos alimentos preparados para a família, desde que amassados, desfiados, picados ou 
cortados em pedaços pequenos. Sopas e comidas ralas/moles não fornecem energia suficiente para a criança. 
Deve-se evitar o uso da mamadeira, pois a mesma pode atrapalhar a amamentação e é a principal fonte de 
contaminação e transmissão de doenças. Recomenda-se o uso de copinhos para oferecer água ou outros 
líquidos; dar os alimentos semi-sólidos e sólidos com prato e com colher. 
 
6º Passo 
Oferecer a criança diferentes alimentos ao dia, uma alimentação variada é uma alimentação colorida. 
Desde cedo a criança deve acostumar-se a comer alimentos variados. Só uma alimentação variada evita a 
monotonia da dieta e garante a quantidade de ferro e vitaminas que a criança necessita, mantendo uma boa 
saúde e crescimento adequado. Ofereça duas frutas diferentes por dia; escolha a fruta da época. Faça a 
introdução de alimentos novos de maneira gradual, oferecendo apenas um alimento novo a cada refeição. O 
ferro dos alimentos é melhor absorvido quando a criança recebe, na mesma refeição carne e frutas ricas em 
vitamina C. Alimentos fontes de ferro: carne vermelha, fígado, rins, moela de frango, vegetais de folhas verde 
escuro, feijão, melado de cana, rapadura, inhame e batata doce. Alimentos fontes de vitamina C: laranja, limão, 
acerola, caju e goiaba.Sempre que possível escolha alimentos diferentes para o preparo das papas salgadas, 
variando o tipo, o sabor, o cheiro e a cor do alimento para cada refeição. A formação dos hábitos alimentares é 
muito importante e começa muito cedo. É comum a criança aceitar novos alimentos apenas após algumas 
tentativas, e não nas primeiras. O que pode parecer rejeição aos novos alimentos é resultado do processo 
natural da criança em conhecer novos sabores e texturas, e da própria evolução da maturação dos reflexos da 
criança. Os alimentos devem ser oferecidos separadamente, para que a criança aprenda a identificar as suas 
cores e sabores. Colocar as porções de cada alimento no prato, sem misturá-las. 
 
7° Passo 
Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 
 
As frutas e as hortaliças (legumes e verduras) são as principais fontes de vitaminas, minerais e f ibra. 
Normalmente, os alimentos do grupo dos vegetais são inicialmente pouco aceitos pelas crianças porque, em 
parte, a criança pequena aceita melhor os alimentos doces. Quando a criança recusa determinado alimento, 
deve-se oferecer novamente em outras refeições. Para que um novo alimento seja aceito pela criança, é 
necessário em média, 8 a 10 repetições, em momentos diferentes. No primeiro ano de vida, não é recomendado 
que os alimentos sejam muito misturados, porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e 
texturas. Deve ser oferecida uma fruta, uma hortaliça de cada vez, na forma de papa ou purê. Para temperar os 
alimentos, recomenda-se o uso de cebola, alho, pouco óleo, pouco sal e ervas (salsinha, cebolinha e coentro) 
quando a criança já senta à mesa, o exemplo do consumo dos alimentos pela família vai encorajar a criança a 
consumí-los. As refeições devem ser momentos tranqüilos e felizes. 
 
8º Passo 
Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros 
anos de vida, usar sal com moderação. 
 
É comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce; no entanto, a adição de açúcar é 
desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Até completar um ano de vida, a criança 
possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, enlatados e refrigerantes 
podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutritivo. 
Deve ser evitado o uso de alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras, que contenham gordura e 
sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais. A família deve ser orientada para não oferecer doces, 
sorvetes e refrigerantes para a criança pequena. É importante também, ler o rótulo dos alimentos infantis 
antes de comprá-los para evitar oferecer à criança alimentos que contenham aditivos e conservantes 
artificiais. Os alimentos muito condimentados também devem ser evitados como: pimenta, mostarda, catchup, 
temperos industrializados e outros. 
 
9º Passo 
Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o armazenamento e a conservação adequados. 
 
Quando a criança passa a receber a alimentação complementar aumenta a possibilidade de doenças diarréicas 
que constituem importante causa de adoecimento e morte, entre as crianças pequenas. Para uma alimentação 
saudável, deve-se usar alimentos frescos, maduros e em bom estado de conservação. Os alimentos oferecidos 
às crianças devem ser preparados pouco antes do consumo e nunca oferecer restos de uma refeição. Para 
evitar a contaminação dos alimentos e a transmissão de doenças, a pessoa responsável pelo preparo das 
refeições deve lavar bem as mãos e os alimentos, assim como os utensílios em que serão preparados e 
servidos. Os alimentos devem ser guardados em local fresco e protegidos de insetos e outros animais. 
Oferecer água limpa (tratada, filtrada ou fervida) para a criança beber. O mesmo cuidado deve ser observado 
em relação à água usada para preparar os alimentos. Lavar as mãos com água e sabão, toda vez que for 
preparar ou oferecer o alimento à criança. 
 
 
 
 
 
 
 
10º Passo 
Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus 
alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. 
 
As crianças doentes, em geral, têm menos apetite, ingerindo menos alimentos e gastando mais energia devido à 
febre. Por isso, devem ser estimuladas a se alimentarem, no entanto, não devem ser forçadas a comer. Se a 
criança estiver sendo amamentada exclusivamente no peito, aumentar a freqüência da oferta, várias vezes ao 
dia. O leite materno é o alimento que a criança aceita melhor. Para garantir uma melhor nutrição e hidratação 
da criança doente, aconselha-se oferecer os alimentos de sua preferência, sob a forma que a criança aceita 
melhor e aumentar a oferta de líquidos. Oferecer quantidades pequenas de alimentos por refeição, porém, com 
maior freqüência. Se a criança aceitar apenas um tipo de preparação, mantê-la até que se recupere. É 
importante sentar-se ao lado da criança na hora da refeição e ser mais flexível com horários e regras. Não 
forçar a criança a comer. Isso aumenta o estresse e diminui ainda mais o apetite. 
 
Método BLW 
É o método BLW, do inglês “baby led weaning” nessa “ nova estratégia para alimentar o bebe”, ele recebe a 
comida da família, na consistência habitual, e deve ser encorajado – ele mesmo- a pegar os alimentos e leva-los 
a boca. 
É o bebe que decide o que quer e quanto quer comer em cada refeição. 
 
Rotina alimentar 
 
Café da manhã: leite materno ou mamadeira; 
Lanche da manhã: purê de frutas com banana e maça; 
Almoço: purê de legumes com batata doce, abobora e couve-flor; 
Lanche da tarde: leite materno ou leite artificial; 
Jantar: mingau de trigo; 
Ceia: leite materno ou leite artificial. 
 
 
 
 
 
 
Febre em Pediatria 
Imunidade/Febre 
50% das consultas ambulatoriais; 
20% das consultas de urgência; 
10% dos pacientes hospitalares. 
 
Realizar ectoscopia: que é a primeira etapa do exame físico, como a criança se comporta ao pronto socorro. 
 
Centro termorregulador equilíbrio 
 
Aguda ate 7 dias 
- Localizada 
- Indeterminada ( avaliação do risco e da gravidade) 
Infecciosa (40 a 50%) De origem obscura ou desconhecida 
Não infecciosa Pós aplicação de vacina 
Por drogas Intoxicações exógenas 
Neoplasias (10%) Colagenosas (10 a 15%) 
Endócrinas Outras etiologias (10%) 
Doenças não identificadas 
 
- Variável - Comprometimento do estado geral 
- Irritabilidade - Prostração 
- Extremidades frias - Sudorese 
- Taquipneia e comprometimento do SNC - Delírio e tremores 
 
- Idade, 3meses: sepses, meningites, pneumonia... 
Fontanela abaulada (inchada): pressão intracraniana ou meningite. 
Fontanela encovada: desidratação. 
- temperatura corporal -caráter da febre (curva térmica) 
- estado da criança quando afebril - comprometimento da consciência 
- anamnese e exame físico - dados relevantes 
- petequias ou sufusões hemorrágicas - rigidez de nuca 
- alterações do sensório - deficiência respiratória 
- choro lamuriento - palidez 
 
- Hemograma leucócitos > 5000 ou <15000 bastões < 5% ou gran toxicas. 
- V.H.S acima de 30mm/h 
- Hemocultura 
- Analise de urina 
- RX de tórax 
- Punção lombar 
- Culturais localizados. 
 
- Convulsão febril: simples (4%) 
- Desidratação 
- Sobrecarga metabólica em cardiopatia e pneumopata 
- Lesão direto do SNC: Temp – 41,7 
- Medidas gerais 
Ambiente e hidratação 
- Medidas antitérmicas 
Física e drogas 
- Acetaminofen – paracetamol 
10 a 15mg/KG 4 a 6h 
- AAS – aspirina 
10 a 15mg/KG 4 a 6h 
- Dipirona 
10 a 25mg/kg 4 a 6h 
- Ibuprofeno 
5 a 10mg/kg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento Puberal 
 
Crescimento 
- Variável 
- É o resultado da maturação óssea, três períodos de crescimento:Entre 1 e 3 anos (primeira infância); 
Entre 4 e 8 anos (segunda infância); 
Entre 9 e 17 anos (puberdade). 
 
Desaceleração do crescimento 
Ocorre a partir do primeiro ano de vida e vai ate o inicio da puberdade. 
A criança cresce progressivamente menos centímetros por ano ate os 3 anos passando por um período de 
crescimento mais estável entre 5 e 10 anos seguido de um segundo período de desaceleração ate inicio da 
puberdade (curva de velocidade de crescimento). 
 
Estádio puberal nas meninas 
Primeiro sinal é o desaparecimento de botão mamaria (telarca), seguido de aparecimento de pelos pubianos 
(pubarca) e por ultimo a primeira menstruação (menarca). Inicia-se entre os 8 e 13 anos. 
 
Estadio puberal nos meninos 
O primeiro sinal é o crescimento dos testículos seguido de crescimento peniano e de pelos (pubarca). Inicia-se 
entre os 9 e 14 anos. 
 
Como acompanhar o desenvolvimento 
- Graficos de crescimento; 
- Avaliando estatura e peso durante toda a fase de crescimento; 
- Avaliar índice de massa corporal (IMC); 
- Observar idade de inicio de caracteres sexuais secundários. 
Graficos de crescimento 
- Registro do padrão de crescimento de uma população; 
- Linha central indica a media; 
- Diferente para os sexos; 
- Compara a altura da criança com a altura da população como um todo. 
 
Porque toda criança deve ter um gráfico de crescimento 
- Para comparar a sua altura com a da população geral; 
- Identificar crianças de risco para doenças genéticas, hormonais ou sobrepeso; 
- Identificar precocemente mudanças de canal de crescimento ou de peso. 
 
O que influencia o crescimento 
- Atividade física 
- Sono ( hormônio GH (hormônio do crescimento) é liberado durante o sono profundo; 
- Doenças crônicas; 
- Nutrição. 
 
Como calcular o canal de crescimento de uma criança 
Calcular canal de crescimento com estatura final alvo; 
Meninas: soma das estaturas dos pais menos 13 dividido por 2; 
Meninos: soma das estaturas dos pais mais 13 divididos por 2; 
O canal de crescimento estará mais ou menos 8 centímetros da estatura alvo. 
 
Canal de crescimento 
Identifica o potencial genético de crescimento da criança; 
Dará uma previsão da altura final da criança, que dependendo de fatores ambientais poderá ou não ser atingida. 
 
Como usar o IMC 
É recomendado para screening (não diagnostico) de sobre peso e baixo ganho ponderal (desnutrição). O 
percentil 85 é usado como parâmetro para identificar crianças em risco de sobre peso. 
 
Como calcular o índice de massa corporal (IMC) 
IMC= peso em KG + altura em metros 
 
Prevenção de acidentes: 
Os acidentes ou traumas não intencionais, correspondem a um grupo de situações em que a pessoa acaba por 
sofrer algum dano físico e/ou psíquico, por um trauma independente da ação direta de um outro. 
Cada espaço da casa e cada equipamento pode ter um risco a ser reconhecido e eliminado, como as tomadas de 
luz, que devem ser protegidas para evitar os choques e queimaduras, as janelas, precisam ter telas para evitar 
as quedas, a lavanderia e os acúmulos de águas, mesmo em baldes ou bacias, que podem resultar em 
afogamento das crianças pequenas... É preciso ainda lembrar que a cozinha é onde ocorre a maioria das 
queimaduras de crianças. 
Do nascimento a quatro meses de vida: 
A maioria dos acidentes nessa faixa etária, quando o bebê é totalmente dependente do adulto cuidador e passivo 
quanto à sua movimentação, acontece por algum descuido ou distração de pais ou responsáveis. 
Queimaduras: 
 Cuidado com a água do banho! Se for usar banheira ou baldes e bacias, coloque primeiro a água fria, 
depois a quente para atingir a temperatura corporal – 36ºC. Mexa bem a água, experimente a 
temperatura com a região de antebraço (pele mais sensível, como é a do bebê), 
 O leite materno é sempre o alimento ideal para o bebê! Mas, se precisar dar outro tipo de leite ou 
alimento, se recomendado por pediatra, lembre sempre de chacoalhar bem a mamadeira para 
uniformizar o calor e testar a temperatura na região interna de antebraço antes de oferecer ao bebê. 
Nunca deixe um bebê mamando sozinho, nunca o alimente no berço ou deitado em carrinho – ele pode 
engasgar, aspirar e sufocar, 
 Se for usar chupetas, elas como as mamadeiras precisam ser esterilizadas. Cuidem em esvaziar a 
água quente que fica em seu interior antes do uso, 
 Nunca manipulem líquidos ou substâncias quentes com o bebê no colo, 
 Não cozinhe com o bebê no colo! Fogão e criança não combinam! A cozinha não é espaço para 
crianças de baixa idade. 
 
 
Traumas por impacto: 
 Os móbiles são bons estímulos para o bebê, inicialmente com sons suaves e com algum movimento, 
para despertar a sua atenção. Mas, devem estar bem fixados no berço ou carrinho, feitos de material 
leve e não soltarem peças, para que não caiam sobre a criança, 
 No carro, o bebê sempre deve estar na cadeirinha apropriada à sua idade e peso, fixada no banco de 
trás, voltada para a traseira do carro. Se o bebê chorar, estacione e somente depois o retire da 
cadeirinha. Nunca tente acalmá-lo voltando-se para trás, enquanto estiver dirigindo. São segundos de 
desatenção que podem causar uma colisão e traumatismos de todas as intensidades, 
 Cuidado com o acesso de outras crianças pequenas ao bebê. Elas podem querer oferecer brinquedos 
ou objetos a ele e, jogá-los no interior do berço ou carrinho, atingindo o bebê. Ou ainda, tentar pegar o 
bebê ao colo, como veem o adulto fazer, 
 Nunca deixe uma criança cuidando de outra criança. 
 
Afogamentos: 
 Nunca deixe seu bebê sozinho na banheira, 
 Cuidado quando for virá-lo para lavar suas costas – preste atenção para que o rosto do bebê não 
encoste na água e ele aspire essa água. 
Quedas: 
 Nunca deixe o bebê sob os cuidados de outra criança. Caso o irmãozinho ou outra criança queira 
pegar o bebê no colo, oriente, ensine, proteja, para que isso aconteça apenas com um adulto 
segurando também, 
 Sempre que o bebê estiver no bebê conforto ou cadeirinhas, deve estar com o cinto de segurança e 
com a alça travada, 
 Se você estiver carregando o bebê ao colo, nas escadas e degraus, apoie-se sempre no corrimão. 
Evite pisos lisos, molhados ou escorregadios. 
Aspiração e sufocação: 
 Nunca use correntes ou cordões no pescoço do bebê, 
 Se usar chupeta, os prendedores à roupa do bebê são os mais adequados e sempre com um cordão 
curto, 
 Nunca deixe o bebê mamando sozinho, se for indispensável usar mamadeiras, 
 No carrinho ou berço, use cobertas e cobertores proporcionais ao tamanho do bebê. Nunca use 
mantas de tecidos pesados, ou maiores que o tamanho do berço, pois podem dificultar ou mesmo 
impedir a respiração do bebê, 
 Mantenha sempre o bebê protegido das ações de crianças maiores. Elas podem, por exemplo, querer 
dividir seu alimento com o bebê, colocando pedaços na boca do pequeno. 
 
De 5 a 12 meses de idade: 
A partir do quarto ao quinto mês de vida, o bebê já reconhece as suas mãos e vai passar a utilizá-las, indo atrás 
dos objetos que lhe chamarem a atenção e tentar levá-los à boca. Também começam a ter maior capacidade 
motora e vão aprender a se virar. Depois a rolar, a engatinhar e alguns a andar. 
Quedas: 
 Nunca deixe o bebê sozinho no trocador ou em locais altos, como na cama. Essa costuma ser a 
primeira queda do bebê e, por ter ele uma cabecinha bastante volumosa em relação ao resto do 
corpo, ela chegará primeiro ao chão, podendo causar traumatismos cranianos e encefálicos graves. 
Para estimular o desenvolvimento, o chão protegido com algum colchonete fino é o melhor lugar, 
 O bebê começa controlar seus movimentos de braços e pernas e pode aprender a sentar. Nessa 
época, um reflexo, de hiperextensão posterior faz com que ele, sem desejo disso, se jogue para trás e 
bata a cabecinha no chão. Por isso, o uso de almofadas e a presença do adulto cuidador são 
fundamentais para a sua segurança, 
Não o deixe em sofás ou cadeira, como se fosse um apoio para aprender a sentar. O bebê não vai 
ficar parado e as quedas podem acontecer. Brincar no chão protegido lhe dará muito mais espaço 
para se mover e desenvolver suas conquistas motoras, 
 O berço deve estar em local ventilado, com altura das grades superior ao tamanho do bebê em pé até 
as axilas. As grades devem ter uma distância máxima de 7cm, para evitar que a cabecinha do bebê ou 
outra parte de seu corpo passe por ela e fique presa, 
 Cuidado com degraus e escadas. Quando o bebê começa engatinhar, vai tentar ir a todos os lugares da 
casa e dos espaços em que estiver. As escadas devem ser protegidas com barreiras fixas, como 
portões e grades, nas duas extremidades, 
 O andador não deve ser usado, nunca, em nenhuma idade. Tanto ele prejudica o desenvolvimento e o 
andar da criança, como tem sido causa de graves acidentes com traumatismos cranianos 
significativos! 
 Queimaduras: 
 O bebê vai crescer querendo explorar o mundo à sua volta, imitando sempre o adulto. Assim, com o 
desenvolvimento psicomotor, não se tem apenas o risco de derrubar líquidos quentes no bebê, mas 
também por ele tentar pegar o que o adulto tem na mão. Por isso, os cuidados precisam ser 
redobrados! 
 A cozinha é o lugar de maior risco para queimaduras e outros acidentes domésticos, como cortes, 
lacerações e intoxicações. Deveria ser também proibida e seu acesso impedido por portão. A porta do 
forno quente é muito atraente para os bebês que podem querer se apoiar nela, ou se enxergar, 
 É mais prudente sempre usar as bocas de trás do fogão, especialmente para os líquidos mais quentes, 
frituras e panelas abertas. Nunca deixem os cabos de panelas para fora do fogão, 
 Fogueiras, churrasqueiras, braseiros e fogos de artifício não são coisas para se deixar acessíveis às 
crianças de nenhuma idade, 
 Nunca manipule substâncias inflamáveis com o bebê no colo ou por perto. 
 Não tenha produtos tóxicos, inflamáveis, nem cáusticos em casa. Não tenha álcool acima de 45 graus 
em casa, 
 Lembre que também a exposição ao sol por tempo prolongado ou em horários depois das 10 horas da 
manhã e antes das 16:00, além dos efeitos do calor e de desidratação, pode determinar queimaduras 
importantes. 
Choques elétricos: 
 Todas as tomadas elétricas da casa, acessíveis ao bebê e depois à criança, devem estar protegidas, 
 Não deixem fios elétricos e extensões ao alcance da criança. Nunca mantenha fios elétricos 
desencapados em uso. Colocar um fio ligado a uma tomada na boca, como o bebê vai fazer com tudo 
que encontrar, causa choque elétrico, com risco até de morte, podendo ainda determinar queimadura 
gravíssima, pela transformação da energia em calor. 
 Afogamentos: 
 A lavanderia deve ser proibida ao bebê. Uma pequena coleção de água, de 2,5 cm de altura, mesmo 
num balde ou bacia pode causar o afogamento – não os deixe acessíveis ao bebê, 
 Nunca deixe o bebê sozinho perto ou em piscinas, praias ou outros lugares com coleções de água, 
ainda que naturais. Mesmo com o uso de proteção com coletes salva vidas (nunca boias ou outros 
equipamentos), o bebê deve estar seguro por um adulto cuidador atento. 
 Evite o uso de brinquedos que boiam na água com a criança em seu interior, pois podem virar e a 
criança ficará submersa. Mesmo uma criança maior, de 4 a 5 anos, não consegue desvirá-los, 
 As piscinas ou coleções de água domésticas devem ter cerca de bloqueio em toda sua volta, acima de 
150 cm de altura, com portão mantido com trava de segurança. 
Traumas diversos: 
 Evite que o bebê tenha contato com brinquedos ou objetos pesados, que pode deixar cair sobre si, 
 Escolha bem os brinquedos que oferece ao bebê, que sejam de material atóxico, macio, sem bordas 
cortantes ou ponteagudas, 
 Teste os brinquedos e verifique que não soltem peças pequenas, que o bebê poderá aspirar e sufocar, 
 Não deixe toalhas ou tecidos pendentes nas mesas, pois o bebê poderá tentar se apoiar neles (ele não 
reconhece a diferença de um pano pendurado e uma parede) e puxar tudo que está em cima da mesa 
ou do móvel por cima dele, 
 Não deixe produtos de limpeza, produtos tóxicos, ou cáusticos, ou ainda qualquer medicação ao 
alcance do bebê, 
 Cuidado com animais, mesmo considerados domésticos. As atitudes do bebê e a invasão do território 
considerado pelo animal como seu, pode desencadear ataques e grandes lesões no bebê. 
 
Crianças maiores de um ano ate 4 anos de idade: 
O desenvolvimento neuropsicomotor vai dar à criança maior possibilidade de observação do mundo adulto e a 
capacidade de tentar imitar o que vê as pessoas fazerem à sua volta. Os lugares mais altos e especialmente 
aqueles fora de sua linha de visão serão objetos de pesquisa e, logo ela vai tentar escalar os móveis, utensílios, 
janelas e sacadas. Será capaz de empurrar cadeiras, brinquedos e objetos para tentar subir e alcançar 
novidades que a interessaram. Assim, somam-se aos cuidados anteriores a prevenção de: 
Quedas: 
 Com a possibilidade do andar, todos os ambientes serão explorados pela criança, que nunca deve ficar 
sozinha, nem sob a guarda de outra criança, 
 Coloque telas nas janelas, sacadas e vãos desprotegidos, como laterais de escadas. Não deixe objetos, 
cadeiras, sofás e outros apoios próximos desses lugares de risco, 
 Cuidado com superfícies molhadas e escorregadias que provocam o desequilíbrio e as quedas. O 
banheiro, pisos em geral e calçadas em volta de piscinas que estejam molhados devem ser proibidos 
para brincadeiras, 
 Escolha bem os brinquedos de locomoção, como triciclos, patinetes e skates, que tenham uma base 
segura e não tombem com facilidade, e que suportem o peso da criança. Devem ser utilizados em 
locais apropriados, nunca em via pública, e, sempre com os equipamentos de segurança, como 
capacete, joelheiras, tornozeleiras e cotoveleiras. 
 Cuidado com as camas tipo beliche – não oferecem segurança em nenhuma idade. Mesmo com 
proteção nas laterais, não é indicada nos primeiros anos de vida e, para as crianças maiores, além da 
necessidade de proteção lateral, a cama de cima não deve ser mais alta que a altura da criança, 
 Nunca deixe a criança sozinha, sem um adulto cuidador atento a ela, 
 Para andar a pé com a criança em vias públicas, leve-a no colo, ou no carrinho adequado à idade, com 
cinto de segurança, ou ainda, se maiores, bem seguras pela mão, 
 Atravesse as ruas sempre pela faixa de segurança, de preferência em semáforos, ou, se em 
autopistas e estradas, se existentes, por passarelas, 
 Mantenha produtos de limpeza e medicamentos em lugares altos e longe do alcance da criança e do 
adolescente, 
 Não tenha em casa álcool, produtos inflamáveis, tóxicos, cáusticos ou que possam causar 
envenenamentos, 
 Medicamentos devem ser armazenados em lugares inacessíveis pela criança. Nunca os deixe em 
bolsas ou prateleiras. Medicação psicoativa precisa de um cuidado ainda maior. Caso necessitem de 
qualquer tipo de medicação, evitem guardá-la, manuseá-la ou toma-la sob a visão da criança. 
 
Crianças de 5 a 11 anos 
Nessa etapa de desenvolvimento muitas mudanças vão ocorrer com a criança, tanto pelo crescimento físico, 
como intelectual e psíquico. Sua capacidade física e de desafiar o mundo adulto para se igualar a ele, ou 
demonstrar suas possibilidades de decisões exigem dos pais uma atenção muito especial. Portanto, devemos 
lembrar sempre que o modelo de certo e errado que queremos dar às nossas crianças e, como medidas de 
proteção, além das já apontadas, é preciso prevenir: 
Quedas: 
 A exploração de lugares além da casa pode se tornar intensa e as quedas de muros, lajes, árvores e 
brinquedos em parques é comum. A orientação e supervisão dos responsáveis é fundamental, 
 Os brinquedos de locomoção vão se transformando e, seja de bicicleta, patinetes, “skate” ou outros, 
os equipamentos de segurança como jáenumerados – capacete, cotoveleira, joelheira e tornozeleira 
– devem ser condição de uso do brinquedo, independentemente do local, trecho ou tempo de uso, 
 O uso do celular ou outras telas do mundo virtual não pode ser permitido quando em vias públicas, ou 
quando a criança está em movimento, pelo desvio de atenção que desencadeia. É preciso lembrar que 
o uso das telas nessa idade não deve exceder uma hora ao dia e não pode servir de companhia ou 
terceirização do cuidar. 
 Atropelamentos e acidentes com veículos automotores: 
 Os números de atropelamentos aumentam muito de número nessa faixa etária e, é preciso lembrar 
que até os doze anos, a criança não tem bom discernimento de perigo, nem bem desenvolvido o senso 
de distância de objetos, especialmente em movimento, como no atravessar de uma rua. A maioria dos 
atropelamentos acontece perto da casa da criança, ou da escola ou ainda em lugares conhecidos, 
onde ela e seus responsáveis costumam ficar mais distraídos. Por isso, antes dos 12 anos a criança 
não deve andar desacompanhada de um adulto cuidador, 
 Como passageira de veículos automotores, a criança deve ir no banco de trás do carro, em cadeira 
apropriada à sua idade, tamanho e peso, mantida protegida com o cinto de segurança do veículo, 
preferencialmente de três pontos, 
 Para as crianças maiores de 7 a 8 anos, dependendo de sua altura, o assento elevador – booster – 
pode ser suficiente, com o uso do cinto de segurança de três pontos, 
 As leis do trânsito devem ser respeitadas pelo adulto que dirige o veículo, pois é dele a 
responsabilidade da vida e bem estar dos outros ocupantes. Da mesma forma é sua responsabilidade 
o ensinamento à criança da obrigatoriedade de seguir as normas de segurança, para a proteção de 
todos, 
 O uso de bicicletas, patinetes e skates devem acontecer em áreas protegidas e, sempre com 
equipamentos de segurança. A supervisão do adulto sempre deve ser mantida. 
Afogamentos: 
 É uma das maiores causas de mortes acidentais nessa faixa etária e é preciso lembrar que a diversão 
que envolva atividades aquáticas deve acontecer sempre com a presença e olhar atento do adulto 
cuidador e com os equipamentos de segurança, como o colete salva-vidas, 
 As atividades aquáticas em grupos podem impossibilitar a supervisão e proteção de todos. Da mesma 
forma, festas e reuniões com vários adultos e crianças são de maiores risco, pois um pode confiar 
que o outro estaria cuidando e, os afogamentos acontecem, 
 Cuidem sempre das crianças que estejam na água, pois mesmo se tratando de crianças que sabem 
nadar, o risco de afogamento não desaparece, 
 Grande atenção deve ser dada em parques aquáticos e brinquedos radicais, onde além do risco de 
afogamentos, se somam os perigos de quedas e traumas por impacto 
 
Adolescente de 12 a 19 anos 
Na adolescência a autonomia do ir e vir aumenta, mas ainda é preciso lembrar que, especialmente nos 
primeiros anos da adolescência, a insegurança, a indecisão e a necessidade de se unir a grupos e a procurar 
destaques entre esses é uma constante. Nessa faixa etária, os acidentes de fora do ambiente doméstico tomam 
maior proporção, no trânsito, os afogamentos, as quedas, queimaduras e, os com armas de fogo, especialmente 
quando se soma a utilização de álcool e drogas. Fundamental discutir com estes indivíduos o autocuidado, a 
autoestima e os riscos aos quais estão expostos. 
Com a evolução da tecnologia e equipamentos, tem-se hoje uma oferta muito extensa de novas brincadeiras e 
esportes, e, novos riscos. Além de toda prevenção já apresentada, é preciso atenção em: 
1- Esportes radicais: é preciso sempre se assegurar que os equipamentos e local onde vão ser 
utilizados sejam realmente seguros e testados pelas normas nacionais de segurança. 
2- Qualquer esporte só deve ser praticado com os equipamentos de segurança, como o 
capacete e protetores de membros na bicicleta, patins, skates e carrinhos de corrida. 
3- Cuidado com os jogos e desafios da internet. Muitos apresentados como jogos, acabam por 
ser desafios produzidos com intuito perverso, com riscos gravíssimos de danos físicos e até 
mesmo de morte, como o desafio do desmaio, da aspiração de canela, de pimenta, do 
desodorante... O uso da internet precisa sempre ser supervisionado, para que não se 
acrescente aos riscos do mundo real, os do mundo virtual. São muitas as consequências do 
uso exagerado. 
4- Não permita o manuseio pelo adolescente de substâncias que lhe possam causar danos, 
como produtos tóxicos, cáusticos, inflamáveis, pesticidas ou venenos. 
5- Não permita o acesso do adolescente a qualquer tipo de arma, branca ou de fogo. 
6- Mantenha toda e qualquer medicação fora de seu alcance sempre. 
Conclusões: Acidentes são evitáveis na maioria dos casos, e, com medidas simples! Na primeira infância, a 
proteção é passiva, isto é, o adulto cuidador precisa saber dos riscos que estão à volta da criança e 
adolescente, bem como da capacidade física e mental de cada idade a vir, para que possa lhes oferecer um 
ambiente saudável e protegido, antes que algo de mal aconteça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágios do desenvolvimento - Tanner

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