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Infantil 
 
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Conteúdo programático: 
Introdução 
Crescimento e Desenvolvimento Infantil 
As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização 
Jogos e Brincadeiras Infantis 
Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos) 
Brinquedos Indicados para Cada Idade 
Contação de Histórias 
Noções de Nutrição e Dietética Infantil 
Problemas na Alimentação Infantil 
Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança 
Patologias Comuns na Infância 
Necessidades Infantis 
 
 
Introdução 
 
Cuidador é um profissional de qualidades especiais, expressas 
pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de 
doação. A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira 
de Ocupações – CBO sob o código 5162, que define o cuidador 
como alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por 
instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo 
bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, 
cultura, recreação e lazer da pessoa assistida". É a pessoa, da 
família ou da comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de 
qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar 
acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração. 
Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador 
ultrapassa o simples acompanhamento das atividades diárias dos 
indivíduos, sejam eles saudáveis, enfermos e/ou acamados, em 
situação de risco ou fragilidade, seja nos domicílios e/ou em 
qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário. 
O cuidador infantil tem a função de acompanhar o 
desenvolvimento global de crianças de 0 a 7 anos, observando as 
suas necessidades particulares e realizando as seguintes 
atividades: 
• Observar e compreender a dinâmica da criança e do contexto 
sociofamiliar, entendendo sua função e o papel de cada indivíduo 
envolvido para atuar de forma adequada a cada situação; 
• Intermediar a relação entre a mãe e a criança, comunicando-se 
adequadamente com ambas, mostrando interesse e 
disponibilidade e ajudando nas rotinas diárias, a fim de dar à mãe 
o suporte esperado; 
• Facilitar as relações da criança com o grupo e com o ambiente, 
atendendo às necessidades coletivas e singulares para permitir o 
pleno desenvolvimento individual; 
• Dar andamento às rotinas diárias, utilizando-se de práticas 
apropriadas visando à saúde e o bem-estar da criança. 
 
Crescimento e Desenvolvimento Infantil 
 
Atender as necessidades essenciais da criança é uma das formas 
de garantir o seu crescimento e desenvolvimento saudáveis. 
Dessa forma, saúde, amor, segurança e presença de novas 
experiências e estímulos, têm papel fundamental. 
Nos seis primeiros anos de vida a criança descobre o mundo que 
a rodeia, adquire as experiências básicas e elabora valores de 
referência. 
Entretanto, é sabido que, um número crescente de crianças vive 
em condições sanitárias, culturais e sociais deficientes, o que 
tende a afetar seu desenvolvimento, já que as oportunidades de 
recreação e estímulo são poucas, constituindo um grave 
impedimento para se alcançar suas potencialidades físicas, 
psicológicas e espirituais. 
Pais, educadores, atendentes de creches e todos que direta ou 
indiretamente cuidam da criança devem trabalhar para que ela 
tenha saúde e desenvolva-se integralmente. Nesta unidade 
abordaremos algumas informações básicas sobre: crescimento e 
desenvolvimento; fatores que influenciam o crescimento e 
desenvolvimento; parâmetros utilizados para acompanhar o 
crescimento e desenvolvimento infantil, enfim os fundamentos 
para atuação do cuidador infantil. 
Ao nascer, a criança não tem a percepção de todas as coisas que 
estão ao seu redor. Ela inicia sua relação com o mundo por meio 
de reflexos básicos. Executa o sugar, o movimento da língua, o 
engolir e o pegar. Utiliza seus sentidos vendo, ouvindo, provando, 
tocando, cheirando. Dessa forma vai gradualmente apropriando-
se do mundo a sua volta. O desenvolvimento da linguagem inicia-
se com o nascimento, com o primeiro choro. É um ato reflexo, 
porém logo a criança aprende a usá-lo como forma de expressão. 
A criança ao fazer barulho, consegue gratificar-se, ao chorar 
consegue alimento, a tagarelice lhe proporciona aprovação dos 
outros. Isto tudo fará com que ela aprenda que a linguagem é uma 
forma de interagir com o meio ambiente e as pessoas. Usar as 
mãos para explorar o mundo por meio dos atos de tocar, pegar e 
alcançar ajuda a criança a descobrir como sentir as pessoas e as 
coisas. Sente diferença entre um pano suave e um chocalho duro, 
uma barba áspera e uma pele lisa e macia. Assim, é necessário 
deixar à sua disposição objetos coloridos e brincadeiras para que 
ela possa fazer várias vezes. A criança goza e se beneficia com a 
repetição das ações dos demais. 
À medida que cresce a criança vai necessitando de mais 
experiências e de estímulos aprimorar o desenvolvimento dos seus 
sentidos. Tem que escutar, olhar e tocar toda uma variedade de 
coisas. Recebendo a necessária estimulação nos primeiros meses 
de vida, terá capacidade de começar a desenvolver um grande 
leque de respostas. A visão se desenvolverá através da ação de 
olhar, a audição, da capacidade de ouvir ou de escutar, seus 
movimentos descontraídos da mão se convertem em atos de 
pegar; inicia-se então o desenvolvimento de sua coordenação 
motora; olha para ver o que faz ruído, volta-se para a direção de 
onde vem barulhos e a voz das pessoas, etc. 
Fases do desenvolvimento infantil 
 
O conceito de desenvolvimento humano inclui todos os processos 
de mudança ocorridos nas interações estabelecidas num 
determinado contexto, levando em conta não somente os 
processos biológicos, mas também as mudanças sócio históricas 
ao longo tempo. Para entendermos melhor o desenvolvimento 
humano, é necessário considerar os ciclos de vida como 
fenômenos intrínsecos aos ciclos familiares e representados por 
estágios vivenciados pelos membros da família. 
Esses estágios são definidos também pelos papéis assumidos 
entre esses membros e pelas tarefas de desenvolvimento a serem 
cumpridas pelo grupo familiar. As escolhas e as decisões tomadas 
pelos indivíduos na composição de sua trajetória dependem tanto 
de fatores pessoais, quanto sociais, somados ainda aos padrões 
socioculturais, que exercem grande influência. Pelo fato de o 
indivíduo estar continuamente percebendo as similaridades e 
diferenças entre ele e os outros, a forma como constrói a si próprio 
está muito próximo à forma como ele constrói o outro, e vice-versa. 
Os estudos específicos sobre o desenvolvimento infantil entendem 
o comportamento do bebê e da criança como resultado da 
interação dos seguintes aspectos: biológico, social, afetivo e 
cognitivo. 
Desde a gravidez, a relação entre mãe e filho já compõe um 
espaço essencial no desenvolvimento da criança e da sua 
personalidade. O apego e a vinculação entre o bebê e os pais e, 
posteriormente, a construção dos laços afetivos sólidos com a 
família extensa, propiciam a formação de um indivíduo mais bem 
preparado para os desafios da vida. Uma criança com autonomia 
e boa autoestima consegue refletir e encontrar soluções utilizando 
suas competências e criatividade. 
Convém destacar que esse processo vai se ampliando por meio 
das trocas com o outro e com o meio alicerçado pelo afeto que 
envolve essas trocas. Mas o seu primeiro contato será sempre a 
família, sistema que fornece as bases para que o desenvolvimento 
humano aconteça de forma equilibrada. O mundo da imaginação, 
do concreto, das brincadeiras, dos símbolos, do imaginário, da 
fantasia, da realidade, do corpo, do movimento, do som, das 
sensações…tudo isso faz parte do universo infantil e desempenha 
um papel fundamental na construção da personalidade da criança. 
O nível de curiosidade e espontaneidade de uma criança dizmuito 
acerca da forma com que ela vê o mundo e se coloca nele. A partir 
do momento em que a criança trabalha junto com adultos e pares 
num ambiente seguro e estável, ela dá um passo em relação à sua 
autonomia e à sua autoconfiança. O espaço lúdico que apresenta 
desafios sem, no entanto, criar pressão para a sua resolução, cria 
uma atmosfera propícia para que ela se sinta à vontade para 
experimentar o mundo à sua volta e encontrar o suporte para as 
suas necessidades. 
Quando da espontaneidade infantil surgem soluções criativas, 
alcançamos a possibilidade de fazer parte, ao lado da família, de 
uma engrenagem maior em prol do crescimento de uma criança 
feliz. Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por 
grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos 
começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar 
consigo mesmos e com os outros. 
Para ajudar a compreender melhor o universo infantil, 
abordaremos cada fase/estágio por idade cronológica. 
Sensório-motor (Recém-Nascido, Lactente e Toddler) 
É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade 
da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo 
desenvolvimento mental. Nesta fase a criança explora o mundo 
através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar e provar os objetos. 
Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a 
aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos. A inteligência 
é essencialmente prática, baseando-se em exercícios de 
aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de fundo 
hereditário, que correspondem a tendências instintivas, como a 
nutrição. 
Faixa etária:0 a 3 meses 
No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se 
assustar com barulho inesperado. Passa boa parte do tempo 
dormindo. Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga 
algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele. 2º ao 3º 
mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os 
olhos e reconhece os pais. Abre e fecha as mãos, leva-as à boca 
e suga os dedos. Segura objetos com firmeza por certo tempo e 
consegue pegar objetos suspensos. 
Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se 
apresenta, como por exemplo, o constante e agudo. Com 
brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos 
de pernas, braços, sorri e dá gritinhos. 
Quando ouve a voz dos pais, o bebê virar a cabeça. Comunica-se 
através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal. Nesta fase, 
é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das 
atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da 
mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora. É importante 
que a rotina seja de forma razoavelmente metódica. 
aos 7 meses 
Fica na postura de bruços e se apoia nos antebraços quando quer 
ver o que está acontecendo ao seu redor. Rola de um lado para o 
outro. Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-
o de uma mão para outra e coloca-o na boca. Apresenta equilíbrio 
quando colocado sentado. 
Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva 
através da expressão facial. Nesta fase, alguns bebês podem 
demonstrar medo perante pessoas estranhas. Fica repetindo os 
seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor 
movimenta a cabeça na direção do som escutado. Para de chorar 
ao ouvir música. Sorri quando quer atenção do adulto. Formação 
do conceito de causa e efeito quando está explorando um 
brinquedo. 
8 a 11 meses 
Engatinha e se senta sem apoio. Consegue ficar em pé com apoio. 
Aponta para objetos ou pessoas. Pega pequenos objetos com o 
indicador e o polegar. 
Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções. Reconhece 
sua imagem no espelho e reage com euforia. Reclama quando é 
contrariado. 
Localiza a fonte sonora. Bate palmas, joga beijo e entende quando 
lhe dizem tchau. Começa a compreender o significado de alguns 
gestos. Balança a cabeça quando não quer alguma coisa. Fase do 
treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “nene”. 
1 a 2 anos 
 
Anda sem apoio. Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, 
subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio. Vira 
páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo). Gosta 
de rabiscar no papel. Sabe quando uma ilustração está de cabeça 
para baixo. 
Mostra senso de humor. Nesta fase, o bebê ainda não compreende 
as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando 
é o centro das atenções ou quando é elogiado. Quando está bravo, 
pode atirar objetos ou brinquedos. É possessivo. Prefere não 
compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o 
próprio nome. A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas. 
A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-
papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até 
três palavras como: “quer ver tevê”. Esta é a fase das perguntas: 
“que é isso?” Usa o próprio nome. Reconhece as partes do seu 
corpo e de outras pessoas. Apresenta atenção para histórias 
pequenas. 
Período Pré-operatório (dois a sete anos) – (Pré-escolar) 
Neste período, a Inteligência Simbólica e Intuitiva é também 
comumente apresentada. 
Inteligência Simbólica - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. 
Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento 
da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização etc. 
Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação 
é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a 
capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto 
numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, 
por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” 
(animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). 
A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos 
falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações 
dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não 
têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização 
é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança 
e os pares são constantemente trocados. Existem outras 
características do pensamento simbólico como por exemplo, o 
nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome 
ainda), super determinação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é 
“meu”, não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do 
outro), etc. 
Inteligência Intuitiva - dos 4 anos aos 7 anos -. Neste período já 
existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos 
porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo, não aceita a 
ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação. Distingue a fantasia 
do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu 
pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é 
capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto, incluir 
conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de 
flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma 
conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às 
palavras do companheiro. 
2 a 3 anos 
Tirar os sapatos. Chuta bola sem perder o equilíbrio. Gosta de 
dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas. 
Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas. 
Apresenta percepção de quem é. Mexe em tudo e faz mal criação, 
testa a autoridade tenta impor suas vontades. Prefere companhia 
para brincar. Gosta de participar dos serviços de casa, como por 
exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e 
surge o plural. As crianças nesta fase têm uma ótima 
compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta. Pergunta: 
"cadê", "O que", "onde". Fala de si mesma na 3a. pessoa. Chama 
familiares próximos pelo nome. 
3 a 4 anos 
Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto. 
Gosta de desenhar. Nesta fase já consegue segurar um lápis na 
posição correta. Consegue pedalar. 
Brinca com as outras crianças. Apresenta interesse pelos 
sentimentos das pessoas que estão ao seu redor,por exemplo, se 
perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo. 
Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações 
reais e pessoas próximas. Compreende a existência de regras 
gramaticais e tenta usá-las. É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual 
acaba por volta dos 3 anos e 6 meses. Compreende os conceitos 
de igual e diferente. É capaz de separar os brinquedos por 
tamanho e cor. Lembra e conta histórias. 
4 a 7 anos 
Consegue usar a tesoura, corta papel. Maior domínio no uso de 
talheres. Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está 
em movimento. 
Está mais sociável com as outras crianças. Se sente grande perto 
das crianças menores. Sente vontade de tomar as suas próprias 
decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, 
já fala muitas palavras. Expressa seus sentimentos e emprega 
verbos como “pensar” e “lembrar”. Também fala de coisas 
ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por 
exemplo: “e então”, “porque”, “mas” etc. Gosta de inventar e contar 
as próprias histórias. Consegue identificar algumas letras do 
alfabeto e números. 
 
As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização 
 
 
1. Pneumonia – As infecções respiratórias inferiores incluem não 
apenas as pneumonias bacterianas, mas também as pneumonias 
virais, como a bronquiolite. 
2. Diarreia– Acontecem com muita frequência nas crianças. 
Durante os primeiros anos de vida o sistema imunológico da 
criança é deficiente e, dessa forma, é muito comum 
microrganismos causarem infecções intestinais ou distúrbios 
gastrointestinais que podem ser simples ou sérios de acordo com 
o agente causador. 
3. Prematuridade e baixo peso ao nascer — Nascer antes do 
tempo (prematuridade) ou com peso baixo para a idade não 
costumam ser bem diferenciados em países com sistemas de 
saúde mal estruturados, daí a Organização Mundial da Saúde - 
OMS ter agrupado as duas condições. Elas predispõem o recém-
nascido a uma série de complicações, além da morte súbita. 
4. Infecções e outros problemas dos recém-nascidos — Quando 
um recém-nascido nasce doente, muitas vezes uma doença leva 
à outra, daí elas serem contadas em conjunto. Como quase todos 
os partos do Brasil são feitos numa maternidade, esses bebês 
ficam internados até estarem saudáveis o suficiente para ir para 
casa. 
5. Anomalias congênitas — Os defeitos de nascença podem até 
não ser comuns, mas infelizmente podem ser muito graves. 
Alguns, inclusive, podem ser prevenidos, como a anencefalia 
(criança que nasce sem o cérebro). 
6. Complicações do parto — A asfixia (falta de oxigênio) ou o 
trauma (acidentes) durante o parto são sempre um risco latente, e 
é por isso que a pessoa precisa de assistência obstétrica de 
qualidade. 
7. Asma– É uma doença comum no inverno devido o tempo frio. 
No entanto pode ocorrer em qualquer época do ano, caso a criança 
seja alérgica e tenha contato com o agente causador. Hoje em dia 
devido a poluição, industrialização etc., as crianças logo nos 
primeiros anos de vida começam a desenvolver alergias aos mais 
diversos fatores, como: poeira, pólen, ácaros, umidade, pelos de 
animais, alimentos e outros. 
8. Desnutrição proteico-calórica — Existem outros tipos de 
desnutrição, mas é nesse tipo que todo o mundo pensa quando se 
fala em desnutrição. Ocorre pela falta de nutrientes essenciais ao 
organismo. 
9. Depressão — Parece que não, mas as crianças e adolescentes 
também podem ter depressão. Vale apena lembrar que um dos 
fatores de risco para depressão é a história pessoal de abuso 
sexual. 
10. Cárie– É um acometimento que não causa risco a criança, 
porém provoca diversos problemas a saúde como: dor, infecção, 
deformidade, entre outros. 
Imunização – a melhor maneira de proteger a criança contra 
doenças que podem causar danos sérios: 
Vacinas 
Após o nascimento, ainda na maternidade ou hospital, o bebê será 
imunizado contra uma série de doenças. O calendário oficial de 
imunizações do Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunização), 
prevê que todas as crianças sejam vacinadas contra mais de 10 
tipos de infecções, incluindo uma série de doses de reforço. Todas 
essas vacinas são oferecidas gratuitamente em postos de saúde 
ou durante campanhas. 
Na primeira vacinação da criança, a mãe receberá a carteirinha de 
imunizações que apresenta todas as vacinas obrigatórias nos 
primeiros anos de vida e deve ser considerado como um 
documento da criança, tendo em vista que ali estão todas as 
informações de imunização. 
O cronograma de vacinação é a seguinte: 
Ao nascer A primeira dose da vacina contra a hepatite B costuma 
ser aplicada logo após o nascimento, e a vacina contra a 
tuberculose (BCG) geralmente antes da alta, se o bebê tem mais 
de 2 kg, ou então é aplicada ao longo do primeiro mês de vida. 
A hepatite B é uma inflamação no fígado causada por um vírus, 
transmitido por sangue ou secreções do corpo. 
A tuberculose é uma infecção que geralmente afeta os pulmões, 
mas pode também atingir outras partes do corpo. O chamado 
Mycobacterium tuberculoses ou bacilo de Koch é transmitido por 
gotículas de secreções respiratórias espalhadas no ar. A doença é 
mais comum em áreas de higiene mais precária e em locais de 
confinamento, como presídios e asilos para idosos. A vacina 
protege contra as formas graves da doença. 
Um mês 
A segunda dose da vacina contra a hepatite B pode ser aplicada 
30 dias após a primeira. 
 
Dois meses 
Aos 2 meses, a criança toma a primeira dose da vacina 
tetravalente (DTP Hib.), contra difteria, tétano, coqueluche e 
infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo 
b. 
Toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite ou 
paralisia infantil (VOP, em gotinhas) e da vacina contra o rotavírus 
(VORH, em gotinhas), um vírus que causa diarreias severas. 
O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10-
valente, contra dez tipos da bactéria Streptococcus pneumonia e, 
causadora de diversas infecções, principalmente da meningite e 
da pneumonia. Essa vacina também foi incluída recentemente no 
calendário gratuito de vacinação. 
A difteria é uma infecção bacteriana que afeta principalmente a 
garganta, e suas complicações podem levar a problemas 
respiratórios, danos ao coração e ao sistema nervoso e, em casos 
mais extremos, até a morte. 
O tétano é causado por uma bactéria que entra no corpo através 
de ferimentos. Produz uma toxina que provoca enrijecimento 
muscular geral, causando dificuldade na deglutição e na 
respiração, podendo ser fatal. 
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, uma 
doença do aparelho respiratório, conhecida também como tosse 
comprida. É especialmente grave em bebês. A bactéria 
Haemophilus influenza e tipo b (Hib) é uma importante causadora 
de meningites e pneumonias em crianças pequenas. Em locais 
onde as crianças tomam as vacinas, a incidência cai 
vertiginosamente. 
O vírus da poliomielite ataca o tecido nervoso do cérebro e da 
medula espinhal e pode levar à paralisia, geralmente dos membros 
inferiores. Ele é transmitido através de fezes ou secreções de uma 
pessoa infectada, e se espalha em lugares onde a higiene é 
inadequada. Atualmente, a pólio está erradicada no Brasil, mas a 
vacina continua sendo necessária. 
Três meses 
No calendário oficial do governo, foi incluída aos 3 meses a 
vacinação contra o meningococo C, uma das principais bactérias 
causadoras de meningite. 
Quatro meses 
A partir dos 4 meses, o bebê recebe a segunda dose das seguintes 
vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra difteria, tétano, coqueluche 
e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo 
b), pólio (VOP) e rotavírus (VORH). 
Aos 4 meses, pelo calendário oficial do governo, é aplicada 
também a segunda dose da pneumocócica conjugada 10-valente. 
Cinco meses 
Com 5 meses, é aplicada a segunda dose da vacina 
meningocócica C conjugada. 
Seis meses 
Aos 6 meses, completa-se a série de 3 doses das vacinas iniciadas 
aos 2 meses:tetravalente (DTP Hib), contra difteria, tétano, 
coqueluche e hemófilos tipo B, mais pólio (VOP). Também já é o 
momento da terceira dose da vacina contra a hepatite B. O bebê 
também recebe a terceira dose da vacina pneumocócica 
conjugada 10-valente, pelo calendário do PNI. 
Nove meses 
Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças 
residentes em áreas consideradas de risco (região Norte, Centro-
Oeste, Estado do Maranhão, partes de Piauí, Bahia, São Paulo, 
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). 
Para as pessoas que moram nessas regiões ou pretendem visitá-
las, a vacina precisa ser reaplicada a cada dez anos, porém não 
deve administrada a gestantes nem a pessoas alérgicas a ovo. O 
melhor caminho é sempre conversar com um médico para 
esclarecer se seu filho e sua família precisam ou não ser 
imunizados. 
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, transmitida por 
mosquitos contaminados. No Brasil, sua forma urbana foi 
erradicada, mas a silvestre ainda persiste. Entre os principais 
sintomas da doença estão febres, dor de cabeça e no corpo, 
náusea, pele e olhos amarelados (icterícia) e hemorragias. 
Um ano de idade 
Aos 12 meses, os bebês são imunizados contra a rubéola, o 
sarampo e a caxumba com uma dose da vacina tríplice viral (SRC), 
e recebem a dose de reforço da vacina meningocócica C 
conjugada. Os que não tomaram a vacina contra o meningococo 
C durante o primeiro ano de vida recebem uma dose a partir de 12 
meses. Na rede pública essa vacina está disponível para os 
menores de 2 anos. 
A rubéola não costuma ser uma doença grave, mas sua forma 
congênita, transmitida para um bebê durante a gestação, pode ser 
bem mais séria, causando surdez, cegueira, problemas cardíacos 
e até danos cerebrais. 
O sarampo é altamente contagioso. No Brasil sua incidência caiu 
drasticamente devido ao sucesso da imunização, mas as pessoas 
podem pegar a doença fora do país e transmitir para quem não 
tiver sido vacinado. Seus principais sintomas são primeiramente 
prostração, febre, tosse, nariz escorrendo e dor nos olhos, 
seguidos pelo aparecimento de manchas na pele. As complicações 
são relativamente comuns, porque o sistema imunológico da 
criança fica muito fragilizado, e incluem pneumonia e infecções de 
ouvido. Em casos bem mais raros, as complicações podem afetar 
o sistema nervoso, causando, por exemplo, meningite ou 
encefalite. 
A caxumba é caracterizada por febre e inchaço na região das 
glândulas parótidas, que ficam à frente e embaixo das orelhas. 
Entre as complicações mais graves que pode provocar estão 
surdez, encefalite e, nos meninos, inflamação dos testículos, o que 
pode levar a problemas de fertilidade. 
Um ano e três meses 
A partir dessa idade, as crianças recebem as chamadas doses de 
reforço da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da 
pneumocócica. 
Quatro a seis anos 
Uma segunda dose de reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) 
-- contra difteria, tétano e coqueluche -- é dada às crianças com 
mais de 4 anos, assim como uma dose de reforço do tríplice viral 
(SRC) -- contra sarampo, rubéola e caxumba. 
A partir de 10 anos 
Para crianças que tomaram vacina contra a febre amarela no 
primeiro ano de vida, uma dose de reforço é dada com 10 anos 
(lembrando que esta vacina é válida por 10 anos e sempre terá 
que ser reaplicada após este intervalo de tempo). 
Outras vacinas 
Além das imunizações que já fazem parte do calendário oficial do 
Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os 
bebês também recebam outras vacinas já disponíveis no país, 
porém essas vacinas não são gratuitas e dependem das condições 
financeiras da família. 
São as seguintes: hepatite A; contra gripe (vírus influenza); contra 
catapora ou varicela. 
 
 
Jogos e Brincadeiras Infantis 
 
 
O que são jogos? O que é a brincadeira? O que está em jogo 
quando a criança brinca? A brincadeira é um processo de relações 
entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os 
adultos. O ato de brincar é muito importante para o 
desenvolvimento integral da criança. As crianças se relacionam de 
várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos. 
Os jogos e brincadeiras como atividades lúdicas tem sido 
valorizados e enfatizados como uma das condições fundamentais 
para o desenvolvimento motor, intelectual, social e emocional das 
crianças, sendo considerados, de maneira geral, como atividades 
espontâneas que propiciam prazer e se constituem, ao mesmo 
tempo, em um meio de expressão e de interação com os outros. 
Ao observarmos uma criança brincando, identificamos que nesta 
atividade ela coloca em funcionamento todas as suas 
capacidades, sejam elas motoras, cognitivas e socioemocionais, 
de maneira que elas se integram e produzem uma resposta 
adequada ao contexto que o brinquedo, a brincadeira ou jogo 
exigem. 
Piaget esclarece ainda que “... ao manifestar a conduta lúdica, a 
criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói 
conhecimentos”. (KISHIMOTO,2005. P.32) 
Na evolução das pesquisas sobre o jogo, brincar e o brinquedo no 
universo infantil, estes são apresentados sob as visões teóricas de 
Piaget e Vygotsky, que em seus conceitos atribuíram a atividade 
lúdica um importante papel para o desenvolvimento da criança. 
Piaget não atribui uma conceituação específica à brincadeira. 
Entendida como ação assimiladora, a brincadeira aparece como 
forma de expressão da conduta: livre, espontânea e prazerosa. 
Através da expressão que a criança incorpora quando inserida em 
uma atividade lúdica, ela se desenvolve, assimilando e 
transformando a sua realidade. Na teoria piagetiana encontra-se 
uma classificação dos jogos baseada na evolução das estruturas 
mentais, caracterizando três formas básicas de atividade lúdica, de 
acordo com a etapa do desenvolvimento: os jogos de exercícios, 
os jogos simbólicos e os jogos de regras. 
Piaget (1946) classificou os jogos infantis, distinguindo três tipos 
de estruturas – o exercício, o símbolo e a regra - as quais estão 
relacionadas às estruturas da inteligência, ou seja, o estágio 
sensório-motor caracterizado pelo jogo de exercício, o estágio pré-
operatório, pelo jogo simbólico; e o estágio operacional concreto, 
pelo jogo de regras. (BARRETO,2001) 
Já Vygotsky (1998) diferentemente de Piaget, considera que o 
desenvolvimento ocorre ao longo da vida através do processo 
interativo, ou seja, a criança usa as interações sociais como forma 
privilegiada de acesso a informações. Partindo da premissa acima 
e valorizando a forma peculiar de interação da infância que é 
primordialmente a atividade lúdica, é possível afirmar que os 
brinquedos, as brincadeiras e os jogos se relacionam com o 
processo de desenvolvimento e aprendizagem, e que eles são 
introduzidos já nas fases inicias do desenvolvimento da vida da 
criança: 
A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de 
brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser 
considerado uma atividade condutora que determina o 
desenvolvimento da criança (VYGOTSKY,1989,117) 
Na escola, o brincar pode ser uma prática eficaz na sala de aula, 
pois é uma atividade que possibilita a vivência de situações do 
cotidiano, provendo uma aprendizagem mais espontânea. 
No entanto, as manifestações lúdicas, isoladamente, não são 
suficientes para garantir eficiência para o desenvolvimento global 
da criança, caso não seja associado junto a elas um outro 
mediador de igual importância, que é o adulto, o professor, o 
companheiro ou qualquer pessoa que, de alguma forma, 
estabeleça uma relação de interação com ela. Dessa forma, a 
atividade lúdica é essencial para estimular a aprendizagem e o 
desenvolvimento social, cultural, físico, cognitivo e afetivo da 
criança. E que tal conhecermos mais sobre isso? 
As atividades que descrevemos na próxima lição podem ser 
utilizadas como brincadeiras, pequenos jogos, ou grandes jogos, 
adaptando-se as regras de acordo com as necessidadesdo grupo. 
Acreditamos, ainda, que toda atividade pode ser utilizada para 
várias faixas etárias, dependendo somente da forma como é 
utilizada por quem a conduz. O material a ser utilizado pode ser 
improvisado, pois sabemos que nem sempre temos materiais 
específicos disponíveis no local onde estamos trabalhando. A 
pessoa que vai conduzir a brincadeira, poderá a partir das 
atividades a seguir, criar muitas outras, basta apenas modificar 
detalhes e adaptá-las às circunstâncias em que se encontra. 
 
Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos) 
 
 
 
 
 
Bebês de 0 a 12 meses 
 
-Bebê que não se senta 
Converse com ele: Ao ouvir a sua voz, o som que mais o acalma no 
mundo, é uma verdadeira brincadeira. Fale bastante, conte o que 
está acontecendo a sua volta, explique o que está fazendo, 
trocando a fralda, dando banho, alimentando-o. Lógico que ele não 
entenderá o significado exato, mas captará seus bons 
sentimentos. 
 
Cante: O bebê vai adorar ouvir sua voz e vai entender que a música 
é outra forma de comunicação. Relembre as cantigas de roda que 
sua mãe cantava para você na infância e suas atuais músicas 
preferidas. Vale tudo desde que você o faça com prazer. 
 
Faça caretas: Bebês adoram olhar rostos e vai adorar ver sua boca, 
seus olhos e suas mãos em movimentos diferentes. Mesmo que 
ele não demonstre grandes reações, como dar risadas, ficará 
entretido tentando entender. 
 
Mímicas: Fazer mímicas para ele também é uma forma de interação. 
O bebê vai, no mínimo, acha engraçado ver você se mexendo de 
forma diferente. 
 
Mostre objetos diferentes: Mostre a ele objetos como chocalhos, 
mordedores e móbiles e ensine como eles funcionam. Na frente do 
bebê, aperte, rode, agite o brinquedo várias vezes. Assim ele 
aprende como cada coisa funciona. Coloque o acessório perto 
para que ele tente segurar. Ainda é cedo para conseguir, mas as 
tentativas são válidas e irão ajudar no seu desenvolvimento motor. 
 
Mostre a paisagem: Bebês adoram janelas! Fique perto do vidro e 
mostre a paisagem lá fora, as gotas da chuva, o gato da vizinha, o 
cachorro que passeia na calçada, as flores, os carros e os aviões 
no céu. Com o tempo, o bebê vai apontar os dedinhos e até 
reconhecer alguns nomes. 
 
Brinque com sua voz: Em algumas conversas, faça vozes mais 
grossas e mais finas, fale rápido ou muito devagar, imite os sons 
dos animais. Talvez você consiga até algumas gargalhadas. 
Rode, pule: Segurando o bebê no colo, rode, leve na altura da sua 
cabeça e desça, pule. Eles vão adorar as novas sensações que 
esses movimentos proporcionam. Tome cuidado apenas para 
sempre deixar a coluna e o pescoço apoiados em seus braços. 
Nada de grandes malabarismos enquanto o bebê não estiver firme. 
 
Esconde-esconde: A tradicional brincadeira de "Cadê? Achou!" é 
sempre um sucesso. Esconda seu rosto com as mãos ou com um 
pedaço de pano e brinque bastante. Se o bebê não ficar irritado, 
vale também esconder o rostinho dele. Além de divertir, seu filho 
aprenderá que quando algo desaparece, não significa que deixa 
de existir. O objeto vai e volta. E isso vai ajudá-lo inclusive a 
aprender que você também vai e volta. 
 
Com os dedos: Outra brincadeira bem tradicional e simples, mas que 
muita gente esquece: finja que seus dedos são formiguinhas e vá 
"andando" pelo corpo do bebê. As risadinhas estão garantidas... 
 
Pisca-pisca: Use os olhos para piscar! Pisque devagar, depois 
rápido, revire os olhos, feche e abra em velocidades diferentes. Os 
bebês adoram ficar observando essas ações e com o tempo 
tentarão imitar. 
 
Bichinhos: Deixe o bebê perto de bichinhos de pelúcia de diferentes 
cores, formatos e texturas para ele conhecer novas sensações 
táteis e visuais. Encoste o ursinho nele e deixe que sua mãozinha 
o toque da forma como ele conseguir, por exemplo. 
 
Fantoches: Use os bichinhos também como um tipo de fantoche para 
conversar e cantar. Os bebês se divertem muito observando os 
brinquedos criarem vida. 
 
Rolar: Deite-se ao lado do bebê na cama ou no edredom e estimule 
os seus movimentos rolando seu corpinho, colocando-o de bruços. 
Aperte o colchão para seu corpo dar pulinhos, como se estivesse 
em uma cama elástica. Ele vai amar! 
 
Dançar: Dance com o bebê no colo. Faça isso ouvindo músicas 
diferentes para alternar movimentos mais rápidos e mais lentos. 
- Bebê já consegue ficar sentado e começa a engatinhar 
Com o bebê mais firme, as possibilidades aumentam. Seu ângulo 
de visão muda, ele será capaz de identificar brinquedos maiores e 
as atividades envolvendo movimentos ficam ainda mais 
interessantes. 
Aproxime os brinquedos: Colocar o bebê sentado no edredom com 
vários brinquedos em volta é sempre bom. Mas sente ao seu lado, 
mostre os brinquedos, ensine como eles funcionam. Procure 
colocar alguns objetos que cabem nas mãozinhas do bebê para 
ele segurar. Mas nada muito pequeno - o mais seguro é usar o 
tamanho de uma bola de pingue-pongue como referência. 
 
Jogar no chão: Sabe quando o bebê joga algo no chão milhões de 
vezes para você pegar? Pois é, trata-se de uma brincadeira. não 
perca a paciência ou tire o objeto da mão dele, achando que o 
objetivo é irritá-la. Para o bebê, é divertido fazer isso e, mais uma 
vez, ajuda a perceber que objetos e pessoas podem ir e voltar. 
 
Cabanas e túneis: Quando aprender a engatinhar, o bebê começará a 
explorar a casa. Os móveis se transformaram em brinquedos 
também. Participe da brincadeira montando cabaninhas e túneis 
para vocês passarem por baixo. Lençóis, cadeiras e sofás vão 
ajudar bastante. 
 
Empilhar de novo: Crianças pequenas adoram colocar coisas em 
caixas e com o seu bebê não será diferente. Deixe várias 
disponíveis para ele. Pode ser plástico ou aquela embalagem de 
algum produto que acabou. Ele vai encher com brinquedos, com 
colheres, CDs, roupas, qualquer coisa que estiver ao seu alcance. 
você pode brincar, tirando e colocando junto com ele. Mais uma 
vez, vale lembrar: cuidado com objetos e brinquedos que não 
sejam seguros - pequenos demais, que tenham pontas, que 
cortem etc. 
 
Caça ao brinquedo: Para diverti-lo e ajudar a fortalecer seus músculos 
da perna, coloque o bebê sentado em uma extremidade do sofá e 
fique com o brinquedo na outra. Ele vai tentar pegá-lo. Ou, se o 
bebê estiver no chão, tentará alcançar você e o brinquedo subindo 
no sofá. 
 
Rolar, apertar, explorar: Use os brinquedos para várias atividades: 
mexa em diferentes direções para a criança seguir com o olhar. 
Estimule o bebê a rolar, apertar e explorar o brinquedo. Mostre 
como ele funciona para a criança imitar. 
 
Pega-pega: Já dá para brincar de pega-pega! Se você falar e mostrar 
que está indo atrás dele, com certeza seu bebê vai desandar a 
engatinhar na direção contrária, rindo e tentando escapar. 
 
Alturas e obstáculos: Coloque diversas almofadas e travesseiros em 
cima de um edredom e deixe o bebê rolar para lá e para cá, 
explorando as alturas e os obstáculos que esses objetos 
proporcionam. Faça isso no chão - e não em cima da cama -, assim 
poderá brincar mais relaxada, sem se preocupar com que o bebê 
caia. 
 
Serra, serra, serrador...: Lembra do "serra, serra, serrador..."? Pois 
invista em todas as brincadeiras que seus pais faziam com você 
quando criança. Essa em particular, por causa dos movimentos, 
da sua atenção e da canção bacana, é uma das preferidas dos 
pequenos. 
 
Corrida Maluca: As cadeiras são uma delícia nessa fase e ajudam no 
processo de andar. Empurre com eles para mostrar como se faz. 
Com o tempo, vocês podem bolar até uma corrida maluca. 
 
-Crianças de 2 a 4 anos 
Um para mim, outro para você: Você pode usar praticamente qualquer 
coisa para fazer essa brincadeira: giz de cera, cereais em forma 
de argola, bloquinhos, peças de jogo. Dê uma pilha dos objetos 
para seu filho e peça a ele que os distribua: "Um para mim, um 
para você", colocando-os em dois pratos ou caixas. Depois que ele 
já estiver craque, você pode acrescentar uma terceira pessoa (ou 
pode ser um bichinho ouboneco) para que a criança aprenda a 
dividir as coisas em três. Crianças desta idade adoram se sentir no 
controle, e a brincadeira ajuda. 
 
Basquete dentro de casa: Use jornal velho ou papéis destinados à 
reciclagem para fazer bolas. A criança pode ajudar (ela vai adorar 
poder amassar os papéis à vontade, e ainda aproveita para 
exercitar a coordenação motora). Depois faça uma competição 
para ver quem consegue lançar a bola mais longe. Quando seu 
filho já estiver com prática, improvise um jogo de basquete: 
coloque uma caixa ou um cesto a cerca de um metro de distância 
e peça ao seu filho para tentar acertar. Além de ser divertida, essa 
brincadeira ajuda a desenvolver a coordenação entre os 
movimentos dos olhos e das mãos. Você pode também começar a 
marcar um placar, estimulando dessa forma a noção de 
quantidade. 
 
Piquenique com bonecos: Num dia normal, transforme a hora do lanche 
da tarde num gostoso piquenique. Você não precisa nem mesmo 
sair de casa: coloque uma toalha no chão da sala mesmo e arrume 
comidinhas fáceis de comer. Sugestões: sanduichinhos, palitinhos 
de cenoura, erva-doce ou salsão, ovos cozidos, pedaços de queijo. 
Convide alguns bonecos ou bichinhos de pelúcia da criança para 
se sentarem em torno da toalha e participarem do piquenique. Esta 
é uma ótima ideia para um dia de chuva, quando não dá nem para 
sonhar com um piquenique de verdade. Você pode pedir ao seu 
filho que imagine que está em um lugar diferente, com árvores, ou 
na praia. É uma atividade boa para estimular a imaginação de 
crianças nesta idade, e renderá um bom tempo de diversão. 
 
Não pode cair no mar! Ou, numa variação mais bem-humorada ainda, não pode cair 
no mar de lama! Combine com seu filho que o chão da sala é o mar (ou mar de lama), 
e que vocês não podem cair nele. Espalhe algumas almofadas, tapetinhos ou papéis 
para servirem de "ilhas" para que vocês consigam passar de um lugar para o outro sem 
"molhar" o pé. É uma brincadeira divertida que colabora para o senso de equilíbrio e de 
consciência de espaço. Teste o caminho antes para ver ser não há perigo de a criança 
escorregar. 
 
Dia do vermelho: Escolha um dia e decrete que aquele é o Dia do Vermelho. Vista-se 
de vermelho, proponha a criança que se vista de vermelho também. Na hora de comer, 
ofereça macarrão com molho de tomate, salada de beterraba, morango de sobremesa, 
suco de goiaba... Invente alguma atividade para que a criança use giz de cera ou tinta 
vermelha, ou ainda massinha. No caminho para a escola, conte quantos carros 
vermelhos vocês encontram, ou quantas flores vermelhas. Esta é uma ideia divertida 
que ajuda seu filho a aprender as cores e a fazer relações, despertando a percepção 
visual para a cor em questão. Se a brincadeira pegar, vocês podem repetir outras vezes 
com outras cores. 
 
Bingo: Esta é uma brincadeira simples que você pode fazer com duas crianças 
pequenas, ou com seu filho e outro adulto, se não houver outra criança por perto. Use 
um jogo de memória simples. Divida as cartas ou peças iguais em duas pilhas (um 
pedaço do "par" em cada pilha). Fique com uma, embaralhe a outra e a dívida entre os 
dois participantes do jogo. Aí você vai sorteando as peças que ficaram com você, 
enquanto a criança confere se tem a peça igual ou não. As peças iguais vão sendo 
retiradas. Ganha quem ficar sem peças primeiro. É um jogo que ensina a noção de 
regras, de esperar a vez do outro, além da observação de detalhes e a noção de número 
e quantidade. 
 
Seu mestre mandou: Sim, a criança já tem idade para brincar de Seu mestre mandou! 
Você começa como o mestre. Dê comandos simples e os demonstre, como: "Seu mestre 
mandou colocar a mão na cabeça". Seu filho tem que imitar você. Vá fazendo coisas 
engraçadas: "Seu mestre mandou mostrar a língua", ou "Seu mestre mandou fazer a 
careta mais feia do mundo!". Para incrementar a brincadeira, dê alguns comandos sem 
dizer "Seu mestre mandou" antes, e aí seu filho não vai poder obedecer. É uma ótima 
maneira de exercitar a comunicação e a observação, e para ensinar o nome das partes 
do corpo. 
 
Está quente, está frio! Esconda um brinquedo do seu filho em algum lugar da sua casa, 
como na sala, e peça a ele que venha procurar. Se ele se aproximar do lugar do 
esconderijo, você diz que está esquentando. Se ele se afastar, diga que está esfriando. 
Caso ele comece a ficar impaciente, dê uma ajudinha. 
 
 
-Crianças de 5 a 7 anos 
Carrinho maluco: A criança que está à frente será o carrinho, a que está atrás, o 
motorista. Este "carro" se locomoverá da seguinte forma: quando o motorista colocar o 
seu dedo indicador na parte superior "das costas", do carro este irá andar para frente, 
e, ao retirar o dedo, o carro ficará parado. Para dobrar à direita ou à esquerda, basta 
colocar a mão no ombro direito ou esquerdo do carro. Para a ré, colocam-se as duas 
mãos, uma em cada “ombro" do carrinho. Depois, trocam-se as posições. 
 
O fotógrafo e o modelo: Uma criança será a fotógrafa, que deverá fotografar, de forma 
bem dinâmica, o modelo em várias situações (praticando esportes, na praia, na 
passarela, a escolha do próprio modelo etc.). Diga às crianças que tanto fotógrafo 
quanto modelo são muito criativos e de nível internacional. 
 
Pique-cola americano: O aluno pegador corre atrás dos demais; aqueles que forem 
pegos deverão ficar "colados", com as pernas afastadas. O pegador continua "colando" 
e os colegas que estiverem livres, deverão passar por baixo das pernas deles, salvando-
os. 
 
Eu estou assim: Dois círculos, um interno, outro externo. Os alunos do círculo interno 
ficarão com os olhos fechados, os do círculo externo irão "modelar" o corpo dos colegas, 
fazendo lindas poses. Depois, irão procurar um espaço e farão com o seu corpo a 
mesma pose que fizeram com o corpo do seu companheiro; estes, ao sinal do professor, 
abrirão os olhos e irão descobrir quem os "modelou". A seguir, trocam-se os círculos. 
Esta atividade é ótima! 
 
Caminho colorido: Com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças 
carimbem os pés, com tintas coloridas. 
 
Toca do coelho: Dispor bambolês no chão de forma que fiquem duas crianças em cada 
um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal, as crianças deverão trocar de toca, 
entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca. 
Veja também: 
 
 
Brinquedos Indicados para Cada Idade 
 
 
0 a 5 meses: Chocalhos, brinquedos musicais, mordedores, 
brinquedos de berço, móbiles, livrinhos de pano ou plástico, bolas 
com texturas diferentes para serem agarradas com as duas mãos. 
6 meses a 1 ano: Brinquedos flutuantes (patinhos de borracha que 
boiam na água), cubos que tenham guizos embutidos ou 
ilustrações, caixas ou brinquedos que se encaixam uns dentro dos 
outros, argolas empilháveis, brinquedos para martelar, empilhar e 
desmontar, brinquedos eletrônicos de aprendizado, mesa pequena 
com cadeirinhas na altura em que a criança possa alcançar os pés 
corretamente no chão, telefone de brinquedo, espelhos, 
brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar 
ou empurrar. 
 
1 a 2 anos: Brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos 
da visão, da audição e do tato), bonecas de tecido e bichos de 
pelúcia feitos de materiais atóxicos, livros e álbuns de fotografia 
com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos, brinquedos 
de empurrar ou puxar, brinquedos de montar e desmontar. Os 
brinquedos devem ter cores vivas e não podem ser tóxicos. 
 
2 a 3 anos: Bolas, muitos blocos de brinquedos para empilhá-los e 
colocá-los dentro de caixas, brinquedos de encaixar e desmontar, 
brinquedos musicais, carrinhos, bonecas, cavalinho de balanço, 
brinquedos para praia ou piscina, brinquedos de equilibrar um em 
cima do outro. Nesta idade deve-se ensinar a criança a organizar 
e recolher os brinquedos. 
 
3 a 4 anos: Triciclo, carrinho grande de puxar, aviões, trenzinhos, 
brinquedos infláveis, bolhas de sabão, caixas de areia com pás e 
cubos, cabaninhas, casas de bonecas, ferramentasde brinquedos, 
massinha de modelar, objetos domésticos, fantasias, máscaras, 
fantoches, instrumentos musicais de brinquedo como pandeiros, 
pianinhos, trombetas e tambores, brinquedos de montar e 
desmontar mais complicados, blocos de formas e tamanhos 
variados, jogos e quebra cabeças simples, lápis de cor e papel 
para desenhar (círculos, bonecos, enumerar os elementos de uma 
ilustração, colorir), livros com diferentes ilustrações e histórias 
alegres. 
 
4 a 6 anos: Esta é a fase do mundo imaginário, sua criatividade está 
se desenvolvendo. Os brinquedo nesta fase devem auxiliar a 
criança a entrar no mundo da fantasia, por exemplo: dinheirinho de 
brinquedo, caixa registradora, casas de boneca com móveis, 
telefone, cidadezinhas, circos, fazendas com animais, materiais de 
papelaria, postos de gasolina, meios de transporte (caminhões, 
automóveis e pistas, motos, aviões, trens elétricos, barcos e 
tratores), instrumentos musicais e eletrônicos, jogos. Nesta idade, 
a criança começa a sentir o que chamamos de medos infantis, 
como o medo do escuro, as bruxas, o bicho papão e outras coisas 
feias que impedem que a criança durma, desta forma 
recomendamos uma boneca ou um ursinho de pelúcia, que tem a 
função de ajudar as crianças a superarem esta fase. 
 
acima de 6 anos: Jogos de tabuleiro, bolinhas de gude, pipas, carros 
de corrida, trens elétricos, argila para modelar, pincel, brinquedos 
de mágica, artigos esportivos, bicicletas, patins, skate, jogos 
eletrônicos, de memória, videogames, patinetes, futebol de botão, 
laptops, brinquedos. 
 
Contação de Histórias 
 
O ato de contar histórias proporciona recreação e prazer, mas é 
óbvio, nenhum conto resulta só nisso. Numa história bem contada, 
aprecia-se a beleza da língua bem articulada, o vocabulário, a 
postura, aprende-se a ouvir e a se concentrar, estimula-se a 
imaginação, abre-se caminho à leitura, aprende-se a compartilhar 
emoções, descobrem tradições culturais e tantas outras 
manifestações da vida íntima e social dos homens. 
O primeiro objetivo dos contos é lúdico, um elemento que não pode 
faltar. A fantasia tem uma força muito grande sobre os seres 
humanos, pois foi por meio das narrações orais que o homem 
experimentou compartilhar o prazer, sensações, alegria e beleza. 
Além disso, com a sequência narrativa, a criança começa a 
entender o mundo ao seu redor, a ideia de tempo, as relações 
sociais, a complexidade dos conflitos e a interpretação dos 
sentidos, o que facilitará e abrirá o caminho à leitura. O conto 
também é um elemento muito eficaz na educação informal, 
independente dos centros educacionais. 
Ler e contar histórias apresentam, na verdade, visões de mundo, 
de valores, dos conflitos humanos e sociais, da história do mundo 
em diferentes épocas e culturas. Isso permite a contemplação, a 
reflexão e a análise. Muitos educadores reclamam de não 
conseguirem manter a atenção das crianças durante uma 
contação de história, gerando assim uma frustração para eles e, 
por consequência, um desânimo para se atreverem a uma nova 
contação. 
Todos nós que trabalhamos ou convivemos com crianças sabemos 
desta inquietude natural de todas elas que estão sempre buscando 
encontrar ações que supram as necessidades cognitivas, suas 
curiosidades e as façam se deleitar em aprender e conhecer 
melhor o objeto, a ação, “o novo”. Isso também ocorre com os 
adultos com a diferença que, durante os anos, vamos aprendendo, 
muitas vezes contra a vontade, a ficar parados e prestar atenção 
em um fato que está ocorrendo ou na observação de um objeto 
que seja novo para o nosso intelecto. 
Para aqueles que se proponham a contar histórias para as crianças 
pequenas, procurem observar o seguinte: 
- Quanto menor a criança, menos poder de concentração terá; 
- Para crianças bem pequenas a ilustração, gesticulação, colorido, 
sonorização são os fatores que conseguem prender a atenção. 
- Crianças maiores seguem o ritmo da narrativa e a interação com 
a história ajuda muito manter a atenção delas; 
- Na hora de preparar uma contação para bebês, por exemplo, leve 
materiais coloridos, com texturas diferentes que eles possam 
tocar, sentir; leve objetos ou livros que produzam sons. 
- Atente para não cometer exageros na hora da contação com 
gesticulações excessivas, evitando assustar os bebês. Vá 
contando e testando a aceitação deles. 
- Histórias curtas faladas, lidas ou cantadas encantam os 
pequeninos e vão criando o hábito de ouvir e interagir na hora do 
conto. Crianças habituadas a ouvir histórias, desenvolvem mais a 
capacidade de atenção do que as outras. 
À medida que a criança vai tendo mais idade, você pode ir abrindo 
mão dos recursos visuais (gradativamente) e trabalhando mais 
com voz, corpo, como se estivesse em cena sem, contudo, 
esquecer que a ação proposta é uma contação de história. 
Não subestime as crianças e evite explicar as histórias. Deixe que 
a imaginação de cada uma as leve a embarcar no sonho que cada 
história propõe. 
A história será mais bem contada, quando o contador gostar da 
história que está narrando, por isso escolha boas histórias. Antes 
de contá-las, leia, releia, traga-as para dentro de si para que assim 
você possa vivenciá-las no momento da contação. 
 
 
Noções de Nutrição e Dietética Infantil 
 
 
Saúde é condição essencial a vida. A alimentação se constitui um 
fator determinante para se ter saúde. É sabido que a vida depende 
de um suprimento adequado de nutrientes apesar de não se 
constituir um fator único para a manutenção da vida. Portanto, a 
oferta adequada e com variedade suficiente de alimento são 
condições básicas e necessárias para atender o organismo. Assim 
sendo, cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica 
do homem e que deve ser ajustado as várias fases do 
desenvolvimento humano. 
Temos como objetivo reconhecer as necessidades nutricionais da 
criança das várias faixas etárias, descrever problemas na 
alimentação infantil a fim de contribuir para a promoção da nutrição 
infantil. 
Importância da Alimentação 
A alimentação é a base da vida, pois dela depende a saúde do ser 
humano. Se uma pessoa não se alimenta bem, ou se alimenta de 
maneira errada, o organismo enfraquece e as doenças aparecem. 
Muitas vezes, os problemas de saúde aparecem porque no 
organismo estão faltando os alimentos necessários para o seu 
bom funcionamento. 
Cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica do 
homem de extrema importância em sua vida. Saber alimentar-se 
de acordo com as suas necessidades, significa “comer para viver”. 
A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo, 
principalmente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar, 
estudar e divertir-se, sua aparência e sua longevidade. 
O problema alimentar depende de dois fatores fundamentais: 
capacidade aquisitiva para alimentação e educação alimentar. 
Finalidade da alimentação 
• Dar energia; 
• Oferecer nutrientes para os processos de crescimento e 
desenvolvimento da pessoa; 
• Entrada de água e eletrólitos para regular o meio interno do nosso 
organismo. Cada indivíduo tem exigências alimentares distintas, 
segundo característica do seu organismo. Têm-se assim as regras 
fundamentais da alimentação, o que implica dizer que devemos 
comer com quantidade, qualidade, harmonia e adequação. 
O indivíduo nas diferentes fases de sua vida, apresenta 
características específicas, que determinam necessidades 
nutritivas próprias a cada fase. É indispensável para o indivíduo ter 
um bom padrão nutricional, ajustado as várias fases do 
desenvolvimento humano, levando-se em conta o período rápido 
de crescimento e desenvolvimento, as mudanças psicológicas da 
adolescência, as exigências durante a gravidez, bem como na 
velhice. 
Classificação dos Alimentos 
Para que o organismo seja saudável, é necessário que a pessoa 
tenha uma alimentação equilibrada, pois cada alimento exerce 
uma função no corpo humano. De acordo com as funções que 
desempenham, os alimentos são classificadosem três grupos: 
• Construtores (proteínas) 
• Energéticos (carboidratos e gorduras) 
• Reguladores (vitaminas e sais minerais) 
Alimentação equilibrada é aquela que contém estes três 
elementos. Só uma alimentação equilibrada pode garantir bem-
estar físico e mental, além de boa disposição para o trabalho. 
Alimentos construtores são alimentos que contêm proteínas. Eles 
ajudam a formar, a “construir” o corpo. São responsáveis pela 
manutenção dos músculos, sangue, ossos, dentes, unhas, cabelos 
e órgãos como rins, cérebro, coração e fígado. A proteína é um 
elemento da maior importância no organismo. É necessária em 
qualquer idade e principalmente durante a infância, quando o 
corpo está em fase de crescimento. Pode-se saber se uma pessoa 
tem quantidade de proteínas suficiente no organismo observando-
se o seguinte: os cabelos estão bonitos, as unhas fortes e as 
feridas cicatrizam com rapidez. Alimentos que contêm proteínas de 
origem animal (carne, ovos, leite e derivados) e de origem vegetal 
(feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico). É necessário comer 
diariamente alimentos que contenham proteínas, porque o corpo 
humano não tem reserva de proteínas. A falta de proteínas no 
organismo constitui um sério problema para a saúde. 
Alimentos energéticos: aqueles que contêm carboidratos e 
gorduras. Produzem energia para que o indivíduo tenha ânimo, 
força e disposição para trabalhar, estudar, brincar, correr etc. Os 
carboidratos e gorduras são indispensáveis na composição do 
sistema nervoso e na formação das células. Nosso organismo 
consome energia o tempo todo. Um trabalhador braçal, por 
exemplo, gasta mais energia do que alguém que trabalha sentado. 
Mesmo assim, alimentos que contêm carboidratos e gorduras 
devem fazer parte da refeição de qualquer pessoa. 
Alimentos Reguladores: Minerais Alimentos reguladores são 
aqueles que contêm vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B) e sais 
minerais (cálcio, ferro e outros). Estes alimentos regulam as 
funções do corpo, como a digestão, a respiração, a circulação do 
sangue etc. Os alimentos reguladores são: frutas, hortaliças. As 
vitaminas não contêm em si nenhuma energia. Elas ajudam o ser 
humano a liberar energia dos alimentos. Isso significa que nós não 
podemos viver só de vitaminas, só de complementos. Elas podem 
atuar sozinhas, mas o que ocorre mais frequentemente é que 
atuam como constituintes de uma enzima. Por isso se diz que são 
coenzimas. As vitaminas diferem umas das outras do ponto de 
vista químico e cada uma delas desempenha um, ou vários papéis 
concretos. As vitaminas se apresentam sob duas formas: as 
vitaminas hidrossolúveis, quer se dissolvam na água: a vitamina C 
e todo complexo B, vão embora, por exemplo, na água da torneira 
quando lavamos os alimentos, ou na cocção quando jogamos a 
água fora. Isso explica por que, às vezes, os alimentos inicialmente 
ricos nessas vitaminas depois da lavagem, cozimentos, geladeira, 
não tem mais gosto e valor nenhum. As vitaminas lipossolúveis que 
se dissolvem nos corpos gordurosos: as vitaminas A, D, E, K, em 
geral menos frágeis. As vitaminas lipossolúveis se armazenam no 
fígado e nos tecidos adiposos que são utilizados na medida das 
necessidades do corpo. Contudo, a capacidade de 
armazenamento é limitada, e existe a possibilidade de intoxicação 
em doses excessivas. 
É através das gorduras e carboidratos que se extrai o mais alto 
grau de energia. Estes elementos são indispensáveis na 
composição do sistema nervoso e na formação das células. 
Alimentos com carboidratos (açúcar, melado, rapadura, mel, arroz, 
trigo, milho, batata, mandioca, farinhas em geral) e com gordura 
(manteiga, margarina, toucinho, óleo de milho, óleo de soja, óleo 
de algodão, banha, azeite de dendê). 
Todos os alimentos oriundos das diversas fontes (construtores, 
reguladores, energéticos) devem fazer parte da alimentação diária, 
devendo ter qualidade, quantidade, harmonia e adequação, para 
garantir ao indivíduo boa saúde. Para escolher de maneira correta 
os alimentos, existe uma regra prática conhecida como roda dos 
alimentos, onde é suficiente escolher pelo menos um alimento de 
cada grupo no almoço e no jantar para garantir os nutrientes de 
que nosso organismo precisa. O indivíduo nas diferentes fases de 
sua vida, apresenta características específicas, que determinam 
necessidades nutritivas próprias a cada fase. 
Daremos enfoque somente na alimentação do primeiro ano de vida 
até o período do escolar. 
Alimentação no primeiro ano de vida 
Aleitamento materno 
O leite humano é a dieta mais completa para o lactente, durante 
os primeiros seis meses de vida. É possível manter o leite materno, 
mesmo na ausência da mãe, pois é só retirar o leite e guardá-lo, 
mesmo fora da geladeira, por até 8 horas. Na geladeira, o leite 
pode ser mantido por um período de 24 horas e no freezer por 15 
dias. Na hora de dar o leite para a criança é só aquecê-lo em 
banho-maria. 
Amamentação 
É a forma natural de alimentar o recém-nascido. Requer atenção 
por parte dos profissionais de saúde, já que os índices de 
desmame precoce no Brasil ainda são bastante elevados. A 
criança deve ser alimentada exclusivamente no seio materno até 
os 6 meses de idade. Nesse período não é necessário nenhum tipo 
de complementação, nem mesmo água. O leite materno é um 
alimento completo que atende a todas as necessidades do 
organismo da criança e a protege contra infecções. 
O desmame 
Até os seis meses, o leite materno supre todas as necessidades 
nutricionais da criança. Por isso não é necessário dar nenhum 
outro tipo de alimento. Nem sequer é preciso dar água ou chá, 
porque o leite materno tem água suficiente para matar a sede do 
bebê. Quando o bebê só recebe o leite materno, diz-se que ele 
está em aleitamento materno exclusivo. Quando a criança 
completa seis meses de idade, ela vai precisar de outros alimentos, 
além do leite materno. Inicia-se assim, o desmame, quando o bebê 
começa a receber qualquer outro tipo de alimento, além do leite 
materno. 
O desmame deve ser feito aos poucos, à medida que novos 
alimentos vão sendo introduzidos. Deve-se utilizar colher ou copo 
ao introduzir os novos alimentos, ao invés de mamadeira. No 
período do desmame, diz-se que a criança está em aleitamento 
misto: com leite materno e outros alimentos. 
Cuidados importantes durante o desmame são: oferecer alimentos 
complementares somente após as mamadas, introduzir os 
alimentos de forma gradual, utilizar a colher para alimentar a 
criança, preparar e acondicionar higienicamente os alimentos, os 
ingredientes devem ser incorporados às receitas gradativamente 
de acordo com a idade da criança, ao oferecer os alimentos 
posicionar a criança de maneira ideal, evitando assim, engasgar. 
Durante o primeiro ano, inicia-se a formação dos hábitos 
alimentares da criança. Por isso, é importante oferecer os mais 
diversos tipos de alimentos e fazer uso moderado de açúcar, sal e 
condimentos no preparo das refeições. 
Alimentação artificial 
A alimentação artificial constitui um risco para a saúde da criança 
em função da má qualidade do leite e inadequado manejo da 
mamadeira. Entretanto em função de alguns obstáculos 
relacionados à mãe e a criança, tais como: inflamação da mama, 
desnutrição, dificuldade de sucção e deglutição, problemas 
psíquicos da mãe, uso de medicamentos pela mãe, que impedem 
a amamentação. 
Tipos: 
Leite fresco: utiliza normalmente o leite de vaca, que deve ser fervido 
mesmo que tenha sido pasteurizado; 
 
Leite em pó: tem a vantagem do fácil armazenamento e de ter 
recebido tratamento descontaminante. Os cuidados especiais 
referem-se à qualidade da água e preparo; 
 
Leite vegetal: o mais comum é o leite de soja. Empregado para 
crianças com síndromes diarreias ou para lactente alérgico ao leite 
de vaca. Neste caso, igualmente importantes são a qualidade da 
água e a técnica de preparo. 
 
Ocorrendo a impossibilidade do aleitamento materno, são pontos 
essenciais de orientação: 
•Seguir rigorosamente a prescrição médica, do nutricionista ou 
enfermeiro, quanto ao tipo de leite, diluição e acréscimos, se for o 
caso (açúcar, farinha). 
• Lavar com água e sabão o local de preparo, as mãos e todo 
material usado no preparo da mamadeira, ou seja: copos, 
colheres, vasilhames, a mamadeira e o bico. 
• Ferver mamadeira e bicos, durante vinte minutos. Enxaguar com 
água fervente os demais utensílios previamente lavados com água 
e sabão. 
• Ferver a água utilizada no preparo da mamadeira e para beber 
durante vinte minutos. 
• Manter as mamadeiras protegidas e em locais limpos. 
• Utilizar bicos com furos de tamanho apropriado; 
• Lavar com água e sabão a mamadeira logo após seu uso. 
• Pode-se também preparar várias mamadeiras de uma só vez, 
onde todos os passos acima devem ser respeitados seguido, além 
do mais, a cada refeição, deve-se aquecer a mamadeira em 
banho-maria e ajustar o bico. 
Métodos de administração de mamadeiras 
• Verificar as condições de higiene e vestuário da criança, trocar 
se necessário; 
• Lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão; 
• Conferir o tipo e a quantidade, o tamanho do furo do bico e a 
temperatura do leite. A última pode ser verificada, colocando gotas 
de leite sobre o punho do administrador; 
• Levar a criança ao colo sempre que possível. Ter à mão uma 
fralda ou similar, para uso em caso de regurgitação ou vômito. 
Incentivar para que o bebê segure a mamadeira com as próprias 
mãos, tão logo seu desenvolvimento lhe permitir; 
• Manter a mamadeira em um ângulo que encha completamente o 
bico com o líquido. Se a criança demonstrar cansaço ou agitação 
retirar periodicamente o bico da mamadeira da boca; 
• Fazer a criança arrotar; 
• Se for bebê ou estiver acamada, deitá-la de lado; 
• Fazer anotações nas fichas da criança referindo: quantidade 
ingerida, ocorrência, se a aceitação foi espontânea ou estimulada 
e outras ocorrências. 
a) Diluições 
 
 
Mingau: fazer somente com leite integral (1 colher de chá para 100 
ml de leite). Pode acrescentar arrozina, cremogema, maisena, 
mucilon. Além da alimentação, é necessário que o bebê seja 
colocado ao sol, no máximo até às 10 horas. Esse procedimento é 
para o aproveitamento da vitamina D, que só ocorre sob a ação 
dos raios solares. 
Alimentação no período de 12-36 meses de idade 
A alimentação neste período já inclui todos os grupos de alimentos, 
a maioria das crianças já come da mesma comida que é preparada 
para os outros. As carnes e vegetais frescos, de difícil mastigação, 
devem ser picados em pequenos pedaços. É preferível servir 
pequenas porções de alimentos de alto valor nutritivo, uma vez que 
ele se desinteressa quando vê o prato cheio. Seu apetite e suas 
preferências alimentares são muito irregulares, onde é frequente 
períodos de boa alimentação e os de alimentação precária. 
A introdução, em cada refeição, de pelo menos três itens dos 
quatro grupos básicos de alimentos é uma medida que contribui 
para o desenvolvimento de hábitos alimentares equilibrados e para 
variar as preferências em relação ao paladar. Alimenta-se sozinho 
com uso das mãos e de colher. Quando for necessário ajudá-lo, 
use outra colher, permitindo que ele continue o treino de alimentar-
se. As refeições devem seguir um horário regular, para favorecer 
tanto os aspectos nutricionais quanto os de formação de hábito. 
Alimentação do pré-escolar 
O pré-escolar alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar alimentos 
rígidos (carnes) e para descascar frutas. As necessidades 
nutricionais são semelhantes ao período anterior, entretanto, deve-
se respeitar suas preferências alimentares, sem, contudo, 
descuidar do valor nutricional da dieta. Neste período a criança 
começa a adquirir hábitos alimentares dos outros, mostrando-se 
disposta a provar alimentos novos. Vale enfatizar, que a criança de 
3 – 4 anos dificilmente consegue permanecer sentada durante toda 
refeição, já a criança de 5 anos está geralmente pronta para o 
aspecto social do ato de alimentar-se. 
Alimentação do escolar 
A criança come geralmente aquilo que a família ou o que come na 
creche, então, a qualidade de sua dieta depende essencialmente 
dos padrões alimentares da família e da creche. Entretanto, ele 
adquire gosto para uma variedade crescente de alimentos. 
Todavia, a influência dos meios de comunicação e a tentação de 
provar uma imensa variedade de alimentos não nutritivos, o que 
leva a criança a sentir-se satisfeita com alimentos que não 
favorecem o crescimento. A educação nutricional pode e deve ser 
integrada neste período. 
 
Problemas na Alimentação Infantil 
 
• Alergias nutricionais; 
• Distúrbios nutricionais; 
• Cólicas abdominais; 
• Diarreia, constipação; 
• Gases; 
• Regurgitação. 
Alergias nutricionais 
Intolerância ao leite, a mais comum é alergia ao leite de vaca. Em 
geral, surge dentro dos primeiros dois meses de vida, após a 
introdução do leite de vaca, pode apresentar vômitos, diarreia, 
cólicas e outros sintomas. A confirmação do problema ocorre após 
suspensão do leite e o desaparecimento desses sintomas. Neste 
caso, deve-se substituir o leite e em algumas situações a criança 
pode vir a tolerar o leite de vaca por volta dos dois anos de idade. 
Vale ressaltar que, todos os produtos derivados do leite também 
devem ser evitados. 
Distúrbios nutricionais 
Desnutrição: é um termo geral que se refere à nutrição inadequada 
ou deficiente. Pode manifestar- se como: subnutrição, 
supernutrição (obesidade ou Hipervitaminose). Temos ainda, 
anemia ferropriva e as deficiências vitamínicas. Os estados mais 
graves de desnutrição envolvem as deficiências proteicas e 
calóricas, o kwashiorkor e o marasmo. 
Os principais distúrbios vitamínicos presente em nosso meio são: 
deficiência de vitamina A, complexo B, C e D. O principal 
tratamento consiste na reposição de vitaminas. Temos ainda 
deficiência de ferro, um tipo mais comum de anemia em nosso 
meio, aparecendo entre 6 a 12 meses de vida, preferencialmente 
em crianças que recebem leite de vaca. 
A subnutrição infantil se apresenta como um dos maiores 
problemas de saúde pública no nosso país, especialmente no 
Nordeste. É agravada pela anemia, verminose, falta de vitamina, 
desmame precoce, cárie dentária, infecções e doenças diarreicas 
no primeiro ano de vida. 
Na desnutrição calórico-proteica, causada pela ingestão deficiente 
de calorias e, por vezes, de proteínas, agravada por episódios de 
diarreia e outras infecções. Crianças com este tipo de desnutrição, 
apresentam falhas no crescimento e predisposição a doenças 
infecciosas. Temos Kwashirokor e o Marasmo. O tratamento 
consiste no fornecimento de uma dieta rica em proteínas de alto 
valor e/ou carboidratos, vitaminas e sais minerais. 
Cólicas abdominais 
São descritas como dor ou cãibras abdominais, que se manifestam 
por choro alto e retração das pernas sobre o abdome. A cólica 
desaparece espontaneamente, em geral por volta dos três meses 
de vida, embora nunca se deva garantir que isso ocorrerá, já que 
o problema pode persistir por muito mais tempo. 
Causas: alimentação rápida e excessiva, deglutição de ar, técnica 
de alimentação inadequada etc. Pode-se tentar aliviar as cólicas, 
tais como: colocar o lactente de bruços sobre uma tolha aquecida, 
massagear o abdome, fazer arrotar e manter a criança sentada 
após as refeições ou de lado, mudar frequentemente a posição do 
lactente. 
Diarreia e constipação 
Problema de diarreia na criança merece atenção especial, portanto 
será abordado em separado mais à frente. Constipação: 
dificuldade ou desconforto ao tentar evacuar. Importante identificar 
se a criança está fazendo uso de alguma dieta, medicamento que 
estejam causando este problema. Deve-se oferecer mais líquidos, 
suspensão de alimentos constipantes, às vezes introduzir açúcar 
ou mel na mamadeira resolve a situação. Evitar uso de laxantes. 
Gases 
O abdômen apresenta-se distendido. Neste caso deve-se 
identificar a causa, fazer exercícios e posicionaro bebê 
adequadamente no berço (decúbito ventral). 
Regurgitação 
É o retorno de pequenas quantidades de alimento após a 
alimentação constitui ocorrência comum durante o primeiro ano de 
vida. Nestes casos, é possível reduzi-la através de medidas 
simples, como colocar a criança para arrotar após a alimentação, 
movimentação mínima da criança, antes e durante a refeição, e 
seu posicionamento de lado com a cabeça ligeiramente elevada, 
após a amamentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança 
 
 
Higiene significa limpeza; asseio; inter-relação entre o homem e o 
meio ambiente, no sentido da preservação da saúde. Existem 
vários tipos de higienização, a individual (banho, cabelos, unhas e 
mãos, boca, dentes e vestuário), coletiva (saneamento básico, 
água, esgoto, lixo, vetores), a mental (equilíbrio, costumes morais 
e sociais), do trabalho (riscos físicos, químicos e biológicos), e 
ambiental (limpeza de moveis, utensílios e estrutura). 
Profilaxia é a aplicação de meios que tendem evitar doenças ou 
contágios. As medidas profiláticas interrompem a interação entre o 
agente causador da doença e o organismo. Alguns exemplos de 
doenças sujeitas a profilaxia são peste bubônica, hepatite, 
verminoses, DSTs, infecções hospitalares. 
Higiene e profilaxia estão intimamente ligadas, pois a higienização, 
em todas as suas formas, evita a transmissão e/ou contágio por 
agentes infectocontagiosos, logo é uma medida profilática. 
Biossegurança, segundo a Comissão de Biossegurança em 
Saúde, do Ministério da Saúde, é a condição de segurança 
alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, 
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que 
possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o 
ambiente. 
Infecção: Penetração, alojamento, multiplicação e desenvolvimento 
de microrganismos patogênicos no corpo de um hospedeiro, 
provocando reações orgânicas patológicas. 
Período de Incubação: Intervalo de tempo entre o início da infecção e 
o aparecimento do primeiro sintoma ou sinal da doença. 
 
Noções de Higiene 
A higiene é o aspecto mais importante da manutenção da saúde. 
Relaciona-se ao comportamento pessoal, familiar, coletivo, cultural 
e é dependente de ações governamentais. 
A limpeza e a higiene são, hoje, um diferencial nos serviços de 
saúde. 
a) Limpeza: Consiste na remoção de sujidade visível e por 
conseguinte na retirada de sua carga microbiana. 
b) Descontaminação: Medidas adotadas para assegurar que a 
manipulação de um instrumento médico seja inócua, ao reduzir a 
contaminação por microrganismos. 
c) Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana, 
incluindo os esporos bacterianos, que são as formas mais 
resistentes. O aquecimento é o método mais comum usado para a 
esterilização. 
d) Desinfecção: Controle voltado para a destruição de micro-
organismos nocivos. Refere-se à destruição de patógenos 
vegetativos (não-formadores de esporos). Reduz ou inibe o 
crescimento, mas não esteriliza necessariamente. 
e) Assepsia: Conjunto de medidas adotadas para impedir a 
introdução de agentes patogênicos no organismo. 
Normas universais de Biossegurança 
Todos os profissionais de saúde devem adotar normas anti-
infecciosas quando houver possibilidade de contato com sangue, 
outras substâncias corporais, mucosa e pele não íntegra. As 
normas se baseiam em 03 fundamentos: 
• Lavagem das mãos; 
• Uso de EPI; 
• Evitar acidentes com perfurocortantes. 
Importância da higiene na saúde da criança 
Os cuidados prestados ao nosso corpo. A pele é a nossa primeira 
proteção contra as doenças, ela só funcionará se estiver limpa, 
livre de poeiras, células mortas e germes. O banho tem esta tarefa, 
de retirar os obstáculos, além de proporcionar relaxamento. Ele 
deve ser completo, limpando todas as partes do corpo. Na higiene 
individual, abordaremos inicialmente a higiene do recém-nascido, 
no período de 12 a 36 meses, período pré-escolar e escolar. De 
acordo com cada faixa etária tem-se alguns cuidados peculiares 
nestes períodos, que são importantes considerá-los no cuidado 
com a criança. 
Higiene do recém-nascido e do lactente 
Os recém-nascidos são frágeis, estando sujeitos a infecções. Por 
isso, é preciso tomar cuidados em relação às condições de higiene 
da própria criança e do ambiente. O banho é muito importante para 
a higiene do bebê, além de ser refrescante e prazeroso. Para 
realizar o banho, inicialmente prepare e reúna o material: 
recipiente com água, sabonete, toalha, fralda de pano e peças do 
vestuário. No recém-nascido, o banho poderá ser dado na 
banheira, bacia ou pia limpa. A temperatura da água deve ser 
morna, o que é experimentado colocando o braço dentro da água. 
Uma posição confortável e segura durante o banho deve ser 
mantida. Em nenhum momento se pode deixar uma criança 
sozinha no banho, mesmo quando for capaz de sentar-se sem 
apoio. Permita que a criança brinque com a água e outros objetos, 
bem como movimente suas pernas e braços, tornando o banho um 
momento agradável. Inicie lavando o rosto apenas com água, 
limpando os olhos, narinas e orelhas. Lave os cabelos e o couro 
cabeludo com sabonete. Se houver crostas em um desses locais, 
passe óleo antes do banho e remova as que se desprenderem ao 
lavar e secar a área. Continue lavando o tronco e os membros. 
Realize a higiene da genitália de ambos os sexos no sentido de 
cima para baixo. Então, vire o bebê de costas, e complete a 
lavagem. 
O coto umbilical deve ser limpo com um sabão suave e água 
durante o banho, e secando-o cuidadosamente a seguir. O uso de 
um cotonete com álcool pode ser usado, pois promove o 
ressecamento. Ao retirar da água e transportar a criança, segure-
a junto ao seu corpo. Enxugue todas as partes do corpo do bebê 
suavemente. Vista-o com roupas adequadas à temperatura 
ambiente. As trocas de fraldas devem ser realizadas sempre que 
o bebê urina ou evacuar. Remova os resíduos de fezes, urina e 
creme ou pomada que estiverem aderidos à pele, lavando com 
água e, quando necessário, com sabonete. Seque bem e coloque 
outra fralda limpa. 
Para a higiene oral, resíduos de leite ou alimentos na boca e na 
língua podem ser removidos usando fralda ou gaze limpas e 
úmidas, com o intuito de evitar o sapinho (placas esbranquiçadas 
na parte interna dos lábios e bochecha ou na língua, causada por 
monília). 
A partir do aparecimento dos primeiros dentes inicia-se a 
escovação, o que é importante tanto para a limpeza quanto para a 
formação de hábito. A escova deve ser pequena e macia. Não é 
recomendado o uso de creme dental, uma vez que a criança vai 
ingeri-lo. 
Realizar curativo do coto umbilical 
O curativo do coto umbilical é feito diariamente após o banho ou 
sempre que estiver molhado de urina ou sujo de fezes. Tem por 
objetivo promover a cicatrização, por meio da mumificação e evitar 
a contaminação local. É importante atentar a qualquer 
anormalidade, como presença de sangramento, secreção 
purulenta, hiperemia, edema e odor fétido. 
Material necessário: frasco com álcool a 70%, cotonete e gaze. O 
curativo consiste na limpeza da base do coto com o cotonete 
embebido em álcool, fazendo movimentos suaves e circulares. 
Higiene no período de 12 a 36 meses de idade 
Nesta fase, deve-se dar especial atenção à higiene dentária, pois 
se completa a dentição. Os dentes devem ser escovados 
diariamente e após as refeições ou quando comer doces, 
chocolates etc. Para uma adequada higiene oral, todas as faces 
do dente devem ser escovadas, assim como a língua. A escova de 
dente deve ser macia e de tamanho pequeno possibilita a limpeza 
sem ferir a criança. 
Higiene no período do pré-escolar e escolar 
Nestes períodos as crianças são capazes de tomar banho 
sozinhas, porém resiste e, às vezes, finge ter se lavado, apenas 
molhando os cabelos. O mesmo ocorre com relação a escovação 
dos dentes. Assim sendo, convém reforçar a importância da 
higiene corporal e dentária, ser firme ao ordenar

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