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EVOLUÇÃO De Lamarck ao Neodarwinismo 1 INTRODUÇÃO As variedades de seres vivos em nosso planeta têm fascinado a humanidade ao longo da história. De acordo com as explicações científicas, essa enorme variedade de espécie é resultado de processos de transformação e adaptação, que constituem a evolução biológica. Fixismo X Evolucionismo Para os fixistas as espécies são fixas e imutáveis, enquanto que para os evolucionistas as espécies modificam-se ao longo do tempo. Sec. XVIII – cada espécie teria surgido de forma independente e permaneceria sempre com as mesmas características. Fósseis também não eram vistos por como evidências da evolução – espécies antigas foram extintas por catástrofes naturais e migração de novas espécies . FIXISMO I. Teoria de Lamarck: 1. Base: Uso e desuso dos órgãos: . Uso – desenvolvimento . Desuso – atrofia Transmissão dos caracteres adquiridos: . Transmitidas aos descendentes Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) LEI DO USO E DO DESUSO As partes do corpo extensivamente usadas por um organismo desenvolvem-se, e as que não são, atrofiam. Exemplo: Com o uso excessivo dos pés para nadar, o pato desenvolveu membranas entre os dedos. LEI DA TRANSMISSÃO DOS CARACTES ADQUIRIDOS As características que um organismo adquire ao longo da sua vida, pelo uso e desuso, são transmitidas à sua descendência. Exemplo: Os espinhos adquiridos pelos cactos durante sua evolução são transmitidos às gerações futuras 2. Exemplo: Crescimento do pescoço das girafas. . Forçavam o pescoço para alcançar as folhas nas árvores. . Crescimento do pescoço e transmissão aos descendentes. Lamarckismo em resumo: Modificação ambiental Necessidade de adaptação Novo comportamento Lei de uso e desuso Modificação no organismo Desenvolvimento ou atrofia de um órgão Lei da herança dos caracteres adquiridos Transmissão da característica aos descendentes 3. Falha: Os caracteres adquiridos não são transmitidas aos descendentes. Tribo Mursi na África – as crianças não nascem com este pecoço longo. Críticas ao Lamarckismo A lei do uso e desuso não é verdadeira em todas as situações e os órgãos desenvolvidos pelo uso sofrem regressão quando deixam de ser usados. As características adquiridas ao longo da vida por um ser vivo afetam apenas a sua parte somática, e não o material genético, ou seja, não são transmitidas à sua descendência. II. Teoria de Darwin: 1. Histórico: . Objetivo da viagem: levantamento cartográfico da América do Sul a bordo do navio H.M.S. Beagle. O roteiro do Beagle: . Inglaterra: 27/12/1831. . Ilhas Galápagos: 15/09/1835. . Salvador (Brasil): 29/02/1832. . Nova Zelândia: 19/12/1835. . Patagônia (Argentina): 01/12/1832. . África do Sul: 31/05/1836. . Falmouth (Inglaterra): 02/10/1836. Arquipélago dos Galápagos: Cada uma dessas ilhas apresentava um tipo particular de fauna e flora – iguanas marinhas e jabutis gigantes. Explicação para a fauna/flora de Galápagos: . Formação através de erupção a 800 Km do continente. . Plantas e animais vieram da América do Sul (daí a semelhança). . Pássaros voando. . Sementes através do vento. . Répteis em madeiras flutuando (1 a 2 semanas). . Sem anfíbios e mamíferos – não suportariam a travessia. . Seleção das espécies mais adaptadas as diferentes ilhas. As diferentes espécies de tentilhões (bicos adaptados à alimentação) Néctar e flores de cactos Insetos nas folhas Retirar insetos de árvores A obra de Darwin: “A origem das espécies” . Charles Darwin e Alfred Wallace formularam teorias semelhantes. . Apresentação na reunião da Linnean Society of London (1859). . Publicação da obra a origem das espécies (1859). 2. Base: . Seleção natural: os mais aptos são selecionados pelo ambiente e deixam muitos descendentes; os menos aptos são eliminados através da competição. Melanismo industrial na Inglaterra. . Antes da revolução industrial: (- ) mariposas escuras (+) mariposas claras . Depois da revolução industrial: . Poluição escureceu os troncos. . Mariposas claras mais predadas. . Escuras foram selecionadas. . Aumento da frequência gênica das escuras – Evolução. 3. Exemplo: Crescimento do pescoço das girafas. 4. Falha: . Não soube explicar a origem das variações individuais numa população e o modo de transmissão dessas carac- terísticas aos descendentes. III. Teoria Sintética da Evolução ou Neodarwinismo. SELEÇÃO NATURAL+GENÉTICA= NEODARWINISMO . População como unidade evolutiva. . Conjunto gênico. . Fatores evolutivos: - Mutação gênica, mutação cromossômica recombinação gênica e imigração. - Emigração e seleção natural. Aumento da V.G. Diminuição da V.G. . Seleção natural atuando. . Alteração da frequência gênica e genotípica Evolução V.G.: variabilidade genética (diferenças individuais numa população). Mutação (alteração do código genético) Recombinação genética (crossing-over e fecundação) Variabilidade Seleção Natural Adaptação da população Associação da teoria darwinista a conceitos de genética (explicação da origem da variabilidade entre os indivíduos). Formação de novas espécies normalmente, inicia-se com a separação em populações isoladas geograficamente, impedindo o fluxo gênico. Nas populações surgem mutações e ocorre ação da seleção natural. Surgem diferenças entre ambas. Isso culmina no isolamento reprodutivo formação de novas espécies. Especiação ESPECIAÇÃO Processo de formação de novas espécies. Depende de dois eventos: Isolamento geográfico Isolamento reprodutivo A diversidade de indivíduos de cada lado passa por seleção natural, mas em ambientes distintos e, dessa forma, leva a adaptações diferentes. O acúmulo de diferenças ocasiona isolamento reprodutivo mesmo na ausência da barreira geográfica, levando ao surgimento de duas espécies distintas. A população ancestral pode apresentar variações, mas constitui uma única espécie. A população separada por uma barreira geográfica que impede o fluxo gênico entre os organismos. As subpopulações acumulam diferenças genéticas ao longo do tempo por mutações e recombinações gênicas. Mecanismos responsáveis pelo isolamento reprodutivo Pré-zigóticos Isolamento estacional ou temporal Época de reprodução diferente Isolamento mecânico Diferenças anatômicas acentuadas Isolamento comportamental ou etológico comportamento sexual diferente Isolamento gamético Não há possibilidade de sobrevivência do gameta masculino dentro do organismo feminino Isolamento de habitat ou ecológico mesma área e habitat diferente Pós-zigóticos Inviabilidade do híbrido Não término do desenvolvimento embrionário (zigoto se forma, mas embrião morre) Esterilidade do híbrido Resulta entre a incompatibilidade entre os tipos e números de cromossomos Especiação sem isolamento geográfico Especiação Alopátrica : ocorre isolamento geográfico entre populações com um mesmo ancestral. Especiação Simpátrica não ocorre isolamento geográfico entre populações com um mesmo ancestral. os mecanismos envolvidos neste tipo de especiação ainda são pouco conhecidos. uma hipótese são os casos de seleção disruptiva, em que novas espécies podem surgir em uma mesma região geográfica Trigo Tabaco Batata Poliploides Evidências de evolução
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