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Sustentabilidade e paisagismo

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Sustentabilidade e paisagismo
Apresentação
A concepção da natureza como fonte inesgotável de recursos é uma ideia há muito superada; o 
processo de industrialização e a ascensão da sociedade de consumo tornaram indispensável uma 
reflexão sobre a maneira como as sociedades utilizam os recursos naturais. Essa reflexão, 
inevitavelmente, teve um impacto considerável na construção civil, uma das indústrias que mais 
consome esses recursos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você reconhecerá o que qualifica um projeto como sustentável, 
além de identificar as características de um projeto sustentável. Por fim, analisará materiais e 
princípios que poderá aplicar em seus próprios projetos, a fim de otimizar o aproveitamento de 
recursos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar projetos sustentáveis e não sustentáveis.•
Caracterizar um projeto sustentável de paisagismo.•
Reconhecer materiais com princípios sustentáveis.•
Desafio
O paisagismo é mais uma das áreas da arquitetura e urbanismo que, atualmente, vêm prezando pela 
sustentabilidade. Essas áreas que lidam diretamente com a natureza e o meio ambiente devem ser 
projetadas com ainda maior atenção, tanto sob o ponto de vista da preservação ambiental quanto 
por seu caráter educativo. Afinal, um bom projeto sustentável acaba sendo uma forma de despertar 
na população a curiosidade e o desejo por ambientes que preservem a natureza.
A partir do exposto, responda:
a) Quais tipos de piso você usará na nova pavimentação? Por quê?
b) Quais argumentos você utilizará para garantir a manutenção da vegetação existente?
Infográfico
Utilizar espécies nativas ou adaptadas à região é uma das maiores estratégias de paisagismo 
sustentável, uma vez que as plantas necessitarão de menos irrigação, manutenção e uso de 
fertilizantes 
para se desenvolver. O Brasil é dos países com a flora mais diversa 
do planeta.
Neste Infográfico, você conhecerá as principais plantas ornamentais nativas do nosso país, que 
representam excelentes escolhas para projetos de paisagismo sustentável.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/28d0abe9-053e-465a-9068-af20926bd468/9b2b3b3c-c572-4505-8f64-41e70afd35a8.jpg
Conteúdo do livro
A sustentabilidade é um assunto cada vez mais pertinente, principalmente em projetos de 
arquitetura e paisagismo. É de se esperar que essa área, que pode ser responsável pela geração de 
grandes desequilíbrios ambientais, mas tem um grande potencial na luta pela preservação, seja 
pioneira na busca de soluções sustentáveis.
No capítulo Sustentabilidade e paisagismo, da obra Projetos de paisagismo e de construções rurais, 
base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as principais diretrizes do paisagismo 
sustentável, assunto muito discutido e atualizado nos últimos anos. Você também compreenderá 
esses conceitos por exemplos e reconhecerá materiais e práticas que serão muito úteis no 
desenvolvimento de projetos de paisagismo sustentável.
Boa leitura. 
PROJETOS DE 
PAISAGISMO E DE 
CONSTRUÇÕES 
RURAIS 
Anna Carolina Manfroi Galinatti
Sustentabilidade 
e paisagismo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Diferenciar projetos sustentáveis de não sustentáveis.
 Caracterizar um projeto sustentável de paisagismo.
 Reconhecer materiais com princípios sustentáveis.
Introdução
O crescimento das cidades e da população que nelas habitam tem tornado 
a discussão sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental cada 
vez mais pertinente. Uma vez que os recursos naturais não são infini-
tos, é esperado que qualquer projeto que impacte o ambiente natural, 
seja ele uma grande construção ou um paisagismo de pequena escala, 
desenvolva-se a partir de premissas sustentáveis, com uso de recursos, 
de técnicas e de materiais não agressivos à natureza. Sendo a construção 
civil uma das indústrias que mais consome recursos, é imprescindível que 
os profissionais da área otimizem seus projetos de forma a aproveitar 
melhor os recursos.
Neste capítulo, vamos definir as premissas de um projeto de pai-
sagismo sustentável. Assim, serão apresentadas as características que 
projetos ambientalmente responsáveis devem apresentar, bem como 
os materiais e técnicas mais adequados.
1 Estratégias para projetos sustentáveis
A sustentabilidade é uma característica cada vez mais buscada nos projetos de 
arquitetura, sejam esses edifícios, casas ou jardins e parques. A consciência 
sobre a necessidade da preservação dos recursos naturais é, atualmente, um 
fator indiscutível nas sociedades ao redor do mundo.
No paisagismo, existem diversos dispositivos de projeto que os profissionais 
podem adotar para tornar seus espaços mais condizentes com essa consciência. 
Esses recursos podem estar ligados tanto à escolha de revestimentos ou de 
espécies vegetais quanto à proposição de jardins que permitam que a fauna 
nativa da região prospere. A seguir, vamos ver em detalhes alguns desses 
dispositivos e estratégias.
Economia de água
A água, como todos sabem, é um recurso essencial para a vida no planeta Terra. 
Para Sue Roaf (2014) são quatro os fatores que contribuem para a crescente 
importância da preservação da água: 
1. o desenvolvimento das populações mundiais; 
2. as mudanças climáticas; 
3. a crescente interferência do homem nos cursos naturais d’água; 
4. a poluição. 
Segundo a autora, em 1990, a Organização Mundial da Saúde estimou que 
1,23 bilhão de pessoas não tinham acesso à água potável, número que, segundo 
pesquisa citada por ela, aumentou desde então. “Adicione a isso o problema já 
crônico dos impactos devastadores das mudanças climáticas e os resultados podem 
ser catastróficos, mesmo nos países mais desenvolvidos” (ROAF, 2014, p. 200).
No paisagismo, a economia de água pode se dar de diversas maneiras, 
desde a escolha de materiais cuja fabricação utilize menos esse recurso até a 
especificação de espécies vegetais cuja manutenção demande menos irrigação. 
Além disso, o aproveitamento da água da chuva, com sistemas de retenção de 
água para uso posterior, tem capacidade de reduzir drasticamente o consumo 
de água da rede pública.
Atualmente, a preocupação com a preservação dos recursos fez fabricantes 
de materiais de construção se esforçarem para melhorar a eficiência de suas 
instalações, o que é refletido no consumo de água para a fabricação dos pro-
dutos. Geralmente, as empresas que tomam esses cuidados divulgam essas 
características nas propagandas e nos rótulos de seus produtos, facilitando a 
escolha por materiais cuja fabricação consuma menos água.
O jardim, porém, é a área onde o projeto de arquitetura realmente pode fazer 
uma grande diferença, visto que os projetos de paisagismo geralmente são cons-
truídos para durar vários anos, multiplicando o impacto das decisões de projeto. 
A maneira mais eficiente para reduzir o consumo de água na manutenção de 
Sustentabilidade e paisagismo2
jardins é optar por espécies vegetais nativas da região onde se está projetando, 
de forma que a necessidade de irrigação se reduz à quase zero, sendo necessária 
apenas para situações atípicas, como longos períodos de estiagem, quando se 
pode optar por utilizar água armazenada em reservatórios de água da chuva.
Calor
Os jardins, os parques e as praças são, geralmente, refúgios onde as tempera-
turas são consideravelmente mais baixas que em outros lugares, especialmente 
quando se trata de grandes cidades com ruas asfaltadas. Lamberts, Dutra e 
Pereira (2014) apontam que a radiação solar é a principal fonte de calor, mas 
que, felizmente, pode ser modulada com o uso correto de vegetação e outros 
dispositivos de sombra:
A vegetação é diferente de outras possíveis obstruções no bloqueio da radiação 
solar. As folhas árvores com folhas caducas, por exemplo, podem sombreara 
edificação no verão, enquanto que no inverno permitem a passagem do sol. Em 
locais arborizados, a vegetação pode interceptar entre 60 e 90% da radiação 
solar, causando uma redução substancial da temperatura na superfície do solo 
(LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, 2014, p. 112).
Na Figura 1, você pode ver como uma árvore tem capacidade de bloquear 
a radiação solar ao mesmo tempo que permite a passagem de ar para resfriar 
o ambiente, ao contrário de uma edificação, que geralmente traz sombra, mas 
bloqueia os ventos.
Figura 1. Vegetação, sol e vento.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 83).
3Sustentabilidade e paisagismo
Além da temperatura, outros fatores, como a umidade relativa do ar, con-
tribuem para a percepção de conforto ambiental. Para isso, os arquitetos 
podem prever o uso de corpos hídricos, como lagos e espelhos d'água, para 
aumentar a umidade em regiões onde o clima é seco, contribuindo para um 
maior conforto. Na Figura 2, você pode ver um espelho d'água em brasília, 
região bastante seca.
Figura 2. SEBRAE Distrito Federal, por grupoSP + Luciano Margotto.
Fonte: Kon (2010, documento on-line).
Drenagem
O projeto de espaços abertos possibilita, aos arquitetos, especificar revesti-
mentos que constribuam para a drenagem das águas das chuvas, reduzindo 
os riscos de enchentes e de alagamentos nas grandes cidades. Existem, 
atualmente, materiais com capacidade de drenar grande quantidade da 
água da chuva que entre diretamente para o solo, reduzindo a necessidade 
de canalização. Na Figura 3, você pode ver dois exemplos desse tipo de 
piso: os blocos de pisograma, fabricados em concreto com espaço para 
que a vegetação nasça no solo, e os pisos intertravados drenantes, fa-
bricados com um espaçamento entre os elementos que permite passagem 
da água.
Sustentabilidade e paisagismo4
Figura 3. (a) Pisos intertravados e (b) pisograma.
Fonte: Braston ([201-?], documento on-line). 
Corredores de fauna
Por fi m, um aspecto muitas vezes negligenciado nos projetos de paisagismo é a 
fauna local, os animais (especialmente as aves) que habitam os ambientes urbanos. 
Uma solução para esse tipo de situação é a adoção de corredores ecológicos, ou 
corredores de fauna. Almeida (2020, p. 129) conceitua essa estratégia da seguinte 
maneira: “[...] corredores ecológicos constituídos por espaços protegidos ou rela-
tivamente conservados, necessários à interligação entre dois ou mais fragmentos 
naturais”. Ou seja, o paisagismo pode ser utilizado para criar ligações vegetais 
entre grandes áreas vegetadas, permitindo que a fauna se movimente naturalmente 
de um bolsão vegetado para outro, sem prejuízo para seus hábitos naturais.
Nesta seção, vimos existem diversos dispositivos que podem ser utilizados 
pelos projetistas para tornar os projetos mais sustentáveis tanto em relação ao 
5Sustentabilidade e paisagismo
clima e à economia de energia quanto em relação à preservação de espécies 
nativas de plantas e de animais. A seguir, veremos alguns projetos exemplares, 
nos quais princípios foram aplicados.
2 Projetos de paisagismo sustentáveis
O paisagismo tem diversas escalas, o que permite que os projetistas proponham 
intervenções com diferentes níveis de complexidade. Os projetos podem variam 
desde pequenos jardins em residências até parques com centenas ou milhares 
de hectares, demandando estratégias completamente diferentes.
A seguir, analisaremos alguns projetos de paisagismo em escalas e situações 
ambientais contrastantes para entendermos que não existe uma fórmula única 
para a criação de projetos paisagísticos sustentáveis, mas, sim, uma linha de 
pensamento que promove a preservação dos recursos naturais sem prejudicar 
as propriedades sensoriais dos espaços.
Casa Modico, por Atelier Branco
Essa casa, projetada na praia de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, 
utiliza vegetação adaptada ao local e elementos construtivos simples e naturais para 
reduzir drasticamente o impacto ambiental e a necessidade de manutenção do jardim. 
Na Figura 4, você pode observar como os arquitetos utilizaram vegetação que não 
necessita de regas e pedras locais em tons claros para minimizar a absorção do calor.
Figura 4. Casa Modico, por Atelier Branco.
Fonte: Cairoli (2019, documento on-line).
Sustentabilidade e paisagismo6
Essa casa, projetada para ser utilizada apenas como um refúgio de férias, 
integra perfeitamente o interior e o exterior. Observe, na Figura 5, como 
a interface entre a área fechada e o pátio é feita com uma calha com brita 
branca, aumentando a permeabilidade do solo. Fica claro, nessa imagem, 
como a vegetação escolhida pelos arquitetos é bem adaptada ao clima do 
Nordeste brasileiro.
Figura 5. Casa Modico - Atelier Branco
Fonte: Cairoli (2019, documento on-line).
Praça Eliane, por Hanazaki Paisagismo
Nesse projeto, feito para um jardim em um espaço comercial de São Paulo, os 
projetistas utilizaram espelhos d'água e espécies tropicais adaptadas ao clima 
paulista para criar um ambiente intimista e sombreado, onde a temperatura 
é regulada pela sombra das árvores e pela evaporação da água. Na Figura 6, 
você pode ver a mistura da água com a vegetação.
7Sustentabilidade e paisagismo
Figura 6. Praça Eliane, por Hanazaki Paisagismo.
Fonte: Seródio (2016, documento on-line).
O acesso a esse jardim é feito por um corredor coberto por um pergolado 
escuro, que filtra a luz direta. Na parede desse espaço, uma estrutura de parede 
verde foi utilizada, com aplicação de espécies bem adaptadas à sombra, como 
os pacovás. Na Figura 7, você pode ver como piso do caminho foi revestido 
com porcelanato, deixando uma zona permeável na periferia.
Figura 7. Praça Eliane, por Hanazaki Paisagismo.
Fonte: Seródio (2016, documento on-line).
Sustentabilidade e paisagismo8
Inhotim
Esse museu a céu aberto inaugurado em 2006 ocupa, atualmente, cerca de dois 
mil hectares de uma fazenda na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. A 
área foi projetada segundo orientações passadas por Roberto Burle Marx ainda 
nos anos 1990 e desenvolvida, inicialmente, por Carlos Luiz Orsini e, posterior-
mente, por uma equipe de paisagistas ligadas diretamente ao Instituto Inhotim.
O tamanho da área demanda soluções diversas de paisagismo, adaptando-se 
às solicitações dos artistas cujas obras estão expostas. Uma obra que demonstra 
a preocupação dos projetistas com a sustentabilidade é o Centro Educativo 
Burle Marx, construído sobre um lago e com um jardim em sua cobertura. Na 
Figura 8, você pode ver o caminho que passa por cima do edifício, coberto com 
água e vegetação. Essa solução melhora a performance térmica do interior, 
economizando energia e diminuindo a necessidade de impermeabilização.
Figura 8. Centro Educativo Burle Marx, por Arquitetos Associados.
Fonte: Coelho e Mansur (2009, documento on-line).
Além das galerias de exposição, o Inhotim é um dos mais importantes 
Jardins Botânicos do Brasil, plantando e preservando exemplares de espécies 
ameaçadas de extinção, como o Xaxim. As espécies cultivadas no jardim va-
riam entre exóticas e nativas da Mata Atlântica, com o cuidado para utilização 
de espécies adaptadas ao clima:
O Jardim Botânico Inhotim (JBI) mantém, propaga e propicia estudos com as 
espécies botânicas de seu acervo de aproximadamente 5.000 espécies, repre-
9Sustentabilidade e paisagismo
sentando mais de 28% das famílias botânicas conhecidas no planeta. A ênfase 
do trabalho do JBI é dada às espécies ameaçadas, à conservação de recursos 
genéticos e à disposição das espécies de forma paisagística. A introdução de 
espécies pouco conhecidas de forma paisagística é uma das estratégias utilizadas 
para divulgar e sensibilizar os visitantes sobre a importância da biodiversidade 
vegetal para a sobrevivência humana (INHOTIM, 2020, documento on-line).
Na Figura 9, você pode ver as diversas escalas do paisagismo no Inho-
tim, desde o lago até as áreas com forração com gramíneas, passando pelos 
caminhos executados em pedras locais, a integração comas edificações e as 
áreas de preservação natural da Mata Atlântica, demonstrando o cuidado com 
a preservação dos recursos naturais.
Figura 9. Restaurante Oiticica, por Rizoma Arquitetura.
Fonte: Queiroga (2010, documento on-line).
As diferentes escalas do paisagismo trazem desafios e oportunidades distintas 
para os projetistas, que podem aproveitá-las em seus projetos. Na casa Modico, por 
exemplo, o clima e as condições de uso do jardim demandaram soluções de pouca 
manutenção; já no Inhotim, a escala gigantesca permitiu projetar com diversos 
níveis de intervenção, desde jardins intimistas até a mata nativa. A seguir, você 
verá materiais que trazem atributos sustentáveis a seus projetos.
3 Materiais com princípios sustentáveis
Como vimos anteriormente, o paisagismo não se limita à escolha de espécies 
vegetais para a criação de jardins. Os espaços externos acabam necessitando 
Sustentabilidade e paisagismo10
de pisos, de paredes e de outros elementos para possibilitar seu uso prolongado. 
É nesses materiais que o impacto ambiental pode ser maior.
A seguir, vamos explorar alguns tipos de materiais e produtos com proprie-
dades que colaboram para a sustentabilidade dos projetos, apresentando-os 
em categorias como pisos, paredes, elementos de jardinagem e manutenção.
Pisos
Os pisos podem interferir na sustentabilidade de um projeto de diversas ma-
neiras, seja pela impermeabilização do solo, que impede a penetração da água 
no lençol freático, seja pela absorção de raios solares, que gera o aquecimento 
do ambiente. Felizmente, existem diversos materiais que ajudam a mitigar 
essas questões.
Quanto à permeabilidade do solo, os pisos podem apresentar essa pro-
priedade de duas maneiras: aqueles que são vazados, permitindo a passagem 
da água e da vegetação por aberturas em sua geometria, e aqueles fabricados 
com materiais porosos, que apresentam superfícies praticamente lisas, mas 
permitem que a água passe pelas suas porosidades.
Na Figura 10, você pode ver como os pisos do tipo Megadreno podem ser 
usados como pavimentação de caminhos da mesma maneira como pedras ou 
outras placas monolíticas, sem prejuízo para a acessibilidade.
Figura 10. Piso Megadreno.
Fonte: Braston ([201-?], documento on-line).
11Sustentabilidade e paisagismo
Esse tipo de piso é produzido por vários fabricantes, tendo diversos aca-
bamentos, que podem ser escolhidos de acordo com o projeto paisagístico. Na 
Figura 11, você pode ver uma amostra da variedade de cores e de acabamentos 
disponíveis em um desses fabricantes.
Figura 11. Padrões de piso drenante.
Fonte: Braston ([201-?], documento on-line).
Os pisos que permitem a permeabilidade pelas aberturas nas peças e entre 
elas podem ter graus variados de abertura, tornando a trafegabilidade mais 
ou menos fácil. Os pisos do tipo concregrama são bastante utilizados em 
estacionamentos, por resistirem à carga dos veículos, mas podem ser um 
pouco desconfortáveis para caminhar. Veja, na Figura 12, um exemplo de 
aplicação desse piso.
Sustentabilidade e paisagismo12
Figura 12. Concregrama.
Fonte: Braston ([201-?], documento on-line).
Para facilitar a caminhada sobre essas superfícies, muitas vezes os paisagistas 
preenchem algumas das aberturas com cimento ou com peças especiais para isso, 
atribuindo maior acessibilidade aos projetos, como você pode ver na Figura 13, 
que mostra um caminho delimitado em uma grande superfície de concregrama.
Figura 13. Caminhos em concregrama.
Fonte: Braston ([201-?], documento on-line).
13Sustentabilidade e paisagismo
Além desses, o uso de pedras para pavimentação pode ser uma opção 
sustentável, uma vez que esses elementos podem ser instalados diretamente 
sobre o solo, sem a necessidade de contrapisos, o que permite que a água escoe 
e que plantas nasçam entre elas. Na Figura 14, você pode ver como o caminho 
que leva ao restaurante Oiticica, no Inhotim, foi pavimentado.
Figura 14. Acesso ao restaurante Oiticica, por Rizoma Arquitetura.
Fonte: Queiroga (2010, documento on-line).
Paredes
Quando é preciso fazer alguma contenção de terreno, as soluções mais sus-
tentáveis são aquelas que mantêm as características do terreno, sem grandes 
modifi cações. Nesses casos, uma das tecnologias mais simples e efetivas é o 
uso de gabiões, gaiolas metálicas preenchidas com pedras. Esses elementos 
garantem a integridade estrutural e permitem que as plantas, a água e até 
alguns insetos sigam suas tendências naturais.
Na Figura 15, você pode ver uma estrutura de contenção executada em gabi-
ões. Observe como a altura é vencida com duas paredes, evitando uma grande 
superfície construída, o que prejudicaria estética e estruturalmente a solução.
Sustentabilidade e paisagismo14
Figura 15. Contenção com gabiões.
Fonte: Cre8 design/Shutterstock.com.
Jardinagem e manutenção
Muitos jardins são delimitados por divisores de plantas, elementos plásticos 
que evitam que uma espécie se propague por toda a área. Esse é um modo de 
reduzir a necessidade de manutenção manual das plantas, mas pode representar 
um poluente a mais nas obras. Para evitar isso, deve-se preferir divisores 
fabricados em materiais reciclados ou biodegradáveis.
Para a manutenção dos jardins, como você sabe, um dos maiores gastos é 
com irrigação. Inicialmente, deve-se preferir espécies nativas da região, que, 
normalmente, necessitam de menos regas, economizando água. Caso seja 
necessário irrigar as plantas para mantê-las vivas, o mais recomendado é a 
adoção de um sistema de irrigação automatizado, calibrado para entregar 
a quantidade suficiente de água sem que haja desperdícios. 
Atualmente, existem diversos tipos de sistemas de irrigação, adaptados 
para diferentes escalas. Para grandes áreas, o sistema mais recomendado é 
do tipo aspersor, que pulveriza água sobre a vegetação, como você pode ver 
na Figura 16.
15Sustentabilidade e paisagismo
Figura 16. Irrigação por aspersão.
Fonte: Stepanenko Lera/Shutterstock.com.
Por jogar água no ar, os aspersores acabam desperdiçando bastante água. 
Para uma rega mais controlada, pode ser utilizado o sistema de gotejamento. 
No entanto, esse sistema é recomendado para pequenas áreas, por exigir o 
uso de mangueiras que chegam diretamente na planta a ser irrigada, como 
você pode ver na Figura 17.
Figura 17. Irrigação por gotejamento.
Fonte: Floki/Shutterstock.com.
Sustentabilidade e paisagismo16
Neste capítulo, vimos que o paisagismo é um espaço de atuação dos ar-
quitetos que permite realizar intervenções no espaço aberto, melhorando a 
qualidade de vida nas cidades. Por isso, os projetos de paisagismo podem 
ser uma grande oportunidade para que essas intervenções tenham impacto 
ambiental positivo, tanto pela diminuição do calor na cidade quanto pela 
economia de recursos em suas construção e manutenção.
ALMEIDA, A.; SANTOS, F. Corredores Ecológicos e Passagens de Fauna: Estratégias 
de Manutenção da Biodiversidade no Parque Estadual do Juquery-Sp a partir da 
Biogeografia da Conservação. Boletim Paulista de Geografia, n. 103, p. 123-147, 2020. 
Disponível em: https://www.agb.org.br/publicacoes/index.php/boletim-paulista/
article/viewFile/1980/1623. Acesso em: 25 out. 2020.
BRASTON. Pisograma. [201-?]. 1 fotografia. Disponível em: https://www.archdaily.com.
br/catalog/br/products/9615/pisograma-braston. Acesso em: 25 out. 2020.
BRASTON. Piso intertravado — Bloquetes maciços ou permeáveis. [201-?]. 1 fotografia. Dis-
ponível em: https://www.archdaily.com.br/catalog/br/products/9637/piso-intertravado-
-bloquetes-macicos-ou-permeaveis-braston. Acesso em: 25 out. 2020.
BRASTON. Piso Megadreno Granili Acabamento Klasse. [201-?].1 fotografia. Disponível 
em: https://www.archdaily.com.br/catalog/br/products/9635/piso-megadreno-granili-
-acabamento-klasse-braston. Acesso em: 25 out. 2020. 
BRASTON. Piso Megadreno Granili Acabamento Levigado. [201-?].1 fotografia. Disponível 
em: https://www.archdaily.com.br/catalog/br/products/9636/piso-megadreno-granili-
-acabamento-levigado-braston. Acessoem: 25 out. 2020.
CAIROLI, F. Casa Modico / Atelier Branco Arquitetura. 2019. 1 fotografia. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/943907/casa-modico-atelier-branco-arquitetura. 
Acesso em: 25 out. 2020.
COELHO, M.; MANSUR, D. Centro Educativo Burle Marx / Arquitetos Associados. 2009. 1 
fotografia. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-18858/centro-educativo-
-burle-marx-arquitetos-associados. Acesso em: 25 out. 2020.
KON, N. Sede do SEBRAE / gruposp + Luciano Margotto. 2010. 1 fotografia. Disponível 
em: https://www.archdaily.com.br/br/01-402/sede-do-sebrae-gruposp. Acesso em: 
25 out. 2020.
INHOTIM. Jardim Botânico. [2020]. Disponível em: https://www.inhotim.org.br/inhotim/
jardim-botanico/jardim-botanico/. Acesso em: 25 out. 2020.
17Sustentabilidade e paisagismo
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência Energética na Arquitetura. 3. ed. Rio 
de Janeiro: ELETROBRAS/PROCEL, 2014. Disponível em: http://www.labeee.ufsc.br/
sites/default/files/apostilas/eficiencia_energetica_na_arquitetura.pdf. Acesso em: 
25 out. 2020.
QUEIROGA, H. Restaurante Oiticica / Rizoma Arquitetura. 2010. 1 fotografia. Disponível 
em: https://www.archdaily.com.br/br/01-34999/restaurante-oiticica-rizoma-arquitetura. 
Acesso em: 25 out. 2020.
ROAF, S. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. Porto Alegre: Bookman, 2014.
SERÓDIO, Y. Praça Eliane / Hanazaki Paisagismo. 2016. 1 fotografia. Disponível em: ht-
tps://www.archdaily.com.br/br/938507/praca-eliane-hanazaki-paisagismo. Acesso 
em: 25 out. 2020.
Sustentabilidade e paisagismo18
Dica do professor
Você sabia que mais de 70% da superfície da Terra é composta de água, um dos elementos mais 
abundantes e essenciais em nosso planeta? Apesar disso, os projetos de paisagismo nem sempre 
aproveitam todo o seu potencial, costumando se limitar a usá-lo de forma decorativa ou em objetos 
inanimados. Existe, porém, uma forma muito interessante de introduzir o uso da água no 
paisagismo, pelas chamadas piscinas biológicas.
Na Dica do Professor, você conhecerá o conceito de biopiscinas, entenderá como esse sistema de 
uso de água funciona e qual é sua importância e contribuição para o paisagismo sustentável.
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Exercícios
1) A água é um recurso natural essencial para a vida na Terra e um componente indispensável 
nos projetos de paisagismo. Observe as afirmações abaixo e as preencha com V para 
verdadeiro e F para falso.
( ) A crescente interferência dos seres humanos nos cursos naturais de água torna premente 
a discussão sobre a preservação desse recurso.
( ) Em função do crescente acesso a bens de consumo e recursos naturais, uma parcela 
muito pequena da população mundial não tem acesso à água potável. 
( ) Na disciplina de Paisagismo, a preocupação sobre o uso da água vai além da escolha de 
sistemas de irrigação, entrando no mérito da escolha de materiais que utilizam esse recurso.
( ) Ecológica e economicamente, o aproveitamento de água não faz sentido para 
construções residenciais.
A sequência que preenche corretamente as lacunas é a seguinte:
A) V - V - V - F.
B) V - V - F - F.
C) V - F - F - F.
D) F - F - V - V.
E) V - F - V - F.
2) A gestão do calor é um componente essencial na construção de espaços de qualidade. Para 
que um ambiente seja considerado agradável, não pode ser muito quente e nem muito frio. 
Sobre o calor e seu impacto no ambiente construído, pode-se afirmar o seguinte:
A) Parques e praças, geralmente, têm uma média de temperatura acima dos demais ambientes 
urbanos.
B) A principal fonte de calor em ambientes urbanos é gerada pela temperatura dos usuários 
desses locais.
C) A radiação solar pode ser bloqueada por elementos como vegetação, mas não modulada.
D) Árvores com folhas caducas mantêm as folhas durante todo o ano, mantendo 
constante proteção contra os raios solares.
E) A temperatura não é o único fator a contribuir no conforto térmico. Fatores como a umidade 
relativa do ar contribuem para a sensação de desconforto.
3) Um projeto de paisagismo deve atender às necessidades de quem o contratou. Além disso, 
há uma série de requisitos implícitos, como adequação ao clima e uma preocupação com o 
ambiente no qual será inserido. Observe as informações a seguir sobre o projeto de 
paisagismo:
I - Paisagismo é uma disciplina subordinada ao Urbanismo. Por isso, quando se fala de 
projeto de paisagismo nos limita a grandes intervenções urbanas, como praças e parques.
II - Além de elementos vegetais, projetistas podem utilizar outros elementos naturais, como 
a água, e não naturais, como revestimentos industrializados, em suas composições.
III - O projeto de paisagismo também pode resolver problemas de arquitetura, promovendo 
a habitabilidade das edificações por materiais que regulam a temperatura dentro dos 
edifícios.
Estão corretas as seguintes assertivas:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II.
E) II e III.
Os elementos não vegetais do paisagismo podem ser responsáveis por grande parte do seu 
impacto no ambiente; por isso, é necessário escolher materiais que colaborem com 
a sustentabilidade do projeto. Considere as seguintes afirmações:
I - Pisos permeáveis são contraindicados para uso em áreas externas.
II - O piso concregrama, embora muito indicado para áreas externas, é pouco resistente para 
o tráfego intenso.
4) 
III - As pedras são materiais muito indicados para pisos de jardins, por não necessitarem de 
contrapiso.
Estão corretas:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II.
E) II e III.
5) A manutenção de um jardim pode representar um grande gasto econômico e energético nos 
projetos, sendo a irrigação um dos processos que exige mais cuidado, uma vez que pode se 
tornar pouco sustentável. Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes 
afirmações:
( ) Para que não haja necessidade de rega constante, é indicado o uso de plantas exóticas.
( ) O sistema de irrigação aspersor pulveriza água sobre a vegetação e é indicado para 
grandes áreas, como gramados.
( ) O gotejamento é um sistema recomendado para pequenas áreas, por exigir o uso de 
mangueiras. 
Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas.
A) V - V - V.
B) F - F - F.
C) V - F - F.
D) F - V - V.
E) F - V - F.
Na prática
Um bom projeto de paisagismo sustentável pode ser facilmente identificado pelos usuários e servir 
como fonte propagadora de conhecimento. O uso de estratégias sustentáveis faz muito sentido em 
intervenções de paisagismo e urbanismo em grandes cidades, nas quais a crescente urbanização 
pode trazer consequências negativas ao ambiente natural.
Neste Na Prática, você conhecerá o projeto de um espaço aberto de sustentabilidade, a Praça 
Victor Civita, no qual diversas premissas ecologicamente corretas serviram como base para a 
criação de um ambiente de lazer interativo e educativo para os usuários.
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https://www.archdaily.com.br/br/929158/olson-kundig-projeta-primeiro-centro-de-compostagem-humana-do-mundo
https://www.temsustentavel.com.br/pisos-permeaveis-economia-design/
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.188/5907

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