Buscar

Biossegurança 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

84
Unidade III
Unidade III
7 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente é necessário que todos os objetos 
e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, além de contribuir com 
as condições de trabalho da equipe.
7.1 Limpeza
A limpeza é o processo que remove fisicamente a contaminação por micro‑organismos e material 
orgânico e é essencial para o sucesso da desinfecção e da esterilização. Tem como objetivos reduzir a 
carga bacteriana natural dos artigos, remover contaminantes orgânicos, inorgânicos e sujidades.
A limpeza é o primeiro passo para o processo de descontaminação. Consiste na remoção de toda 
matéria orgânica dos artigos utilizando água e detergente. Podem ser utilizados produtos enzimáticos, 
detergentes desencrostantes com tensoativos não iônicos.
7.1.1 Tipos de limpeza
Limpeza concorrente
A limpeza concorrente é aquela considerada geral, sendo realizada diariamente. Envolve pisos, 
sanitários, superfícies horizontais, troca de lixo e roupas e arrumação de maneira geral.
Artigo 22 – Os estabelecimentos de assistência odontológica devem 
apresentar, além das demais obrigatoriedades determinadas pela legislação 
municipal de edificações vigente, as seguintes condições referentes à área 
na qual serão realizados procedimentos odontológicos:
I) Iluminação que possibilite boa visibilidade, sem ofuscamentos ou sombras;
II) Ventilação que possibilite circulação e renovação de ar;
III) Revestimentos de pisos com material lavável e impermeável, que 
possibilite os processos de descontaminação e/ou limpeza, sem a presença 
de trincas ou descontinuidades;
IV) Paredes de alvenaria ou divisórias de cor clara, revestidas de material 
lavável e impermeável, que possibilite os processos de descontaminação e/
ou limpeza sem a presença de mofo ou descontinuidades;
85
BIOSSEGURANÇA
V) Forros de cor clara, sem presença de infiltrações, rachaduras ou mofo;
VI) Instalações hidráulicas e elétricas embutidas ou protegidas por calhas 
ou canaletas externas para que não haja depósitos de sujidades em sua 
extensão (BRASIL, 1999).
Limpeza operatória ou imediata
Essa limpeza deve ser realizada sempre que ocorrer uma sujidade imediata com matéria orgânica. 
Exemplo: sangue visível.
Deve ser realizada pela técnica spray‑wipe, que significa borrifar uma substância desinfectante, esfregar o 
local com papel toalha descartável e borrifar novamente a mesma substância, deixando secar naturalmente.
Para a desinfecção, podem ser utilizados os agentes: álcool 70% (ou 770 GL), compostos sintéticos 
do iodo, solução alcoólica de clorexidina (2 a 5% em álcool a 70%), compostos fenólicos ou hipoclorito 
de sódio (1%), de acordo com o material da superfície.
Limpeza de manutenção
A limpeza de manutenção exige vistoria contínua de pisos, banheiros, superfícies horizontais e lixos 
para garantir que tudo esteja em ordem.
Limpeza de superfícies fixas
Essa limpeza pode ser utilizada para o chão, paredes, bancadas e até mesmo equipamentos que 
permitam o contato com a água.
Para equipamentos, paredes e até mesmo bancadas, podemos utilizar a limpeza manual úmida, 
esfregando uma esponja, espuma ou pano umedecido em solução detergente e enxugar com outro 
pano umedecido em água limpa. Dessa maneira, tais superfícies não entram em contato com água 
abundante, não danificando suas estruturas.
Para a limpeza do chão, devemos realizar a limpeza manual úmida de chão. Para tanto, usamos dois 
mops (esfregão) diferentes: um para ensaboar, removendo as sujidades com o auxílio de um detergente 
tensoativo bactericida; e outro para enxaguar o chão, utilizando água limpa.
Quando for possível realizar a limpeza manual molhada no chão, podemos espalhar a água com 
detergente tensoativo, empurrando‑a para o ralo, e enxaguar o local várias vezes com água limpa. 
Esse tipo de limpeza é mais efetivo, pois remove mais sujidades do chão, porém só pode ser realizado 
em locais onde houver ralo, sem contar que o gasto com água é maior.
86
Unidade III
Para as áreas não críticas e descobertas, ou seja, que não sofrem contaminação, podemos realizar 
a limpeza a seco, com vassouras. Para as áreas não críticas cobertas, podemos utilizar o aspirador para 
auxiliar a remoção de sujidades.
Os materiais utilizados nas limpezas devem ser guardados e precisam ser separados por áreas.
Entre esses materiais, temos mops distintos para cada procedimento ou baldes, detergente neutro ABS 
aniônico, detergentes desencrostantes ou enzimáticos, desencrostantes, tensoativos, panos e vassouras.
7.1.2 Tipos de detergentes
Quando se realiza o processo de limpeza, precisamos saber quais substâncias devemos utilizar em 
cada caso. Para isso existem vários tipos de detergentes com características diferentes.
• Detergentes desencrostantes: detergentes enzimáticos de última geração, que removem desde 
gorduras até sujeiras impregnadas nos artigos (instrumentos). São utilizados apenas para limpeza 
de artigos, pois os objetos necessitam ficar submersos por algum tempo, e esse período pode 
variar de acordo com a marca do detergente.
• Detergentes surfactantes: preparações químicas que alteram a natureza das interfaces de 
contato. Diminuem a tensão superficial e facilitam a limpeza.
• Detergentes enzimáticos: substâncias que apresentam enzimas que catalisam o processo de 
decomposição dos debris orgânicos, facilitando a limpeza dos artigos. São atóxicos, não deixam 
resíduos e removem com segurança a matéria orgânica de instrumentos cirúrgicos. Como os 
detergentes desencrostantes, o instrumental deve ficar submerso durante um tempo para facilitar 
a remoção da sujidade presente.
• Detergente tensoativo sintético biodegradável: utilizado na limpeza doméstica, esse produto 
é formulado à base de sais alcalinos de ácidos graxos associados a outros tensoativos. É um 
produto da reação natural por saponificação de hidróxido de sódio ou potássio e uma gordura 
vegetal ou animal.
 Lembrete
Cada tipo de detergente possui uma indicação apropriada, e sempre é 
necessária a leitura das instruções encontradas no rótulo do material.
7.1.3 Limpeza dos instrumentais
A limpeza do instrumental é um passo muito importante antes do processo de desinfecção e/ou 
esterilização dos artigos. Essa limpeza deverá ser realizada utilizando um detergente enzimático ou 
desencrostante. Pode ser feita de duas maneiras:
87
BIOSSEGURANÇA
• Limpeza manual: utilizada com o auxílio de escova própria para limpeza e detergente enzimático 
ou desencrostante. Sugere‑se utilizar uma cuba com tampa para deixar o material submerso 
durante o tempo preconizada pelo fabricante, que pode variar de 15 a 30 minutos. Depois, é 
realizada a limpeza com o auxílio da escova. O profissional deve sempre usar EPIs, como gorro, 
máscara, óculos de proteção, avental e luvas de borracha grossas.
• Limpeza ultrassônica: realizada por cavitação. Por meio do aparelho de cuba ultrassônica, é 
realizada a agitação, e então a limpeza é feita por vácuo. Esse tipo de limpeza também requer 
detergentes específicos (os desencrostantes ou o enzimático). É a mais indicada para instrumentais.
Para ambos os métodos, é necessário realizar o preparo dos instrumentais da seguinte maneira:
1. Imersão prévia em detergente enzimático ou desencrostrante num período de 15 a 30 minutos.
2. Lavagem dos instrumentais.
3. O enxágue deverá ser realizado em água abundante e, preferencialmente, o último enxágue 
deverá ser feito com água destilada.
4. A secagem dos artigos deverá ser feita de maneira criteriosa, com o objetivo de evitar que a 
umidade comprometa a sua esterilização.
5. Inspeção do material, que todo o instrumental deve passar por um processo de inspeção 
sistemático e rigoroso, independentemente do processo utilizado (manual ou mecânico); 
nesse passo é que se deve observar a presença de sujidade, oxidação e a funcionalidade 
do instrumental.
• Sanitização: fase em que se utiliza uma substânciapara reduzir o número de micro‑organismos 
num local ou material até níveis aceitáveis pela legislação sanitária.
• Antissepsia: método no qual se impede a proliferação de micro‑organismos em tecidos vivos com 
o uso de substância químicas (os antissépticos) empregadas como bactericidas ou bacteriostáticos. 
É feita a inibição ou destruição de micro‑organismos na superfície de tecidos vivos. Uma mesma 
substância química, quando usada em objetos inanimados será chamada de desinfetante, mas 
quando usada em tecidos vivos, será chamada de antisséptico.
• Assepsia: procedimento em que se impede que determinado equipamento, objeto, medicamento, 
cosmético ou ambiente estéril venha a ser contaminado.
7.2 Desinfecção
Inativação de todas as formas vegetativas, com exceção de bactérias esporuladas. Pode ser obtida 
por processo químico, que deve ser escolhido em função das características do artigo.
88
Unidade III
Agentes químicos desinfetantes
Agora vamos destacar diversos tipos de agente químicos desinfetantes. Nem todos os materiais 
suportam temperaturas elevadas, podendo sofrer um processo de esterilização. Para esses casos, 
podemos utilizar produtos químicos para fazer a desinfecção, tomando muito cuidado na avaliação da 
compatibilidade química com os utensílios.
A desinfecção química acontece porque algumas substâncias têm a capacidade de danificar a 
parede celular.
A escolha de agente químico desinfetante deve ser feita baseando‑se nas propriedades ideais de um 
desinfetante: alta atividade biocida, efetividade na presença de matéria orgânica, baixa toxicidade, efeito 
residual, solubilidade em água e líquidos orgânicos, não ser corrosivo e não manchar. O desinfetante 
deve, ainda, ter as seguintes características: fácil uso, odor agradável, ser econômico, ser considerado 
desinfetante hospitalar para superfícies (efetivo contra Staphylococcus aureus, Salmonella chloreasius, 
Pseudomonas aeruginosa) ou desinfetante hospitalar para artigos (efetivo contra Staphylococcus 
aureus, Salmonella chloreasius, Pseudomonas aeruginosa; Micobacterium smegmatis; Micobacterium 
bovis; Tricophyton mentagophytes).
Dependendo da resistência do micro‑organismo a ser combatido, a desinfecção por produtos 
químicos pode ser dividida em três níveis: desinfetantes de baixa, intermediária e alta atividade biocida.
Desinfetantes de baixa atividade biocida não inativam o Mycobacterium tuberculosis, os vírus 
hidrofílicos, nem os esporos. São utilizados quando o objetivo é eliminar bactérias vegetativas, vírus 
médios ou lipídicos.
Um dos produtos mais comuns nesse processo é o quaternário de amônia, utilizado na limpeza de 
superfícies, paredes e mobiliários. Ele tem a vantagem de ser pouco tóxico para humanos, mas pode 
causar irritações na pele e atacar borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
Desinfetantes de intermediária atividade biocida inativam o Mycobacterium tuberculosis, as 
bactérias vegetativas, os vírus e fungos, porém não inativam os esporos. Exemplos: cloro, iodo e álcool.
O hipoclorito de sódio é apropriado para a desinfecção de superfícies e ambientes. A concentração 
ideal para esse fim é a de 1%. O hiploclorito possui atividade bactericida diminuída na presença de restos 
orgânicos. É corrosivo a alguns metais, razão pela qual não deve exceder o tempo de contato de 30 minutos. 
Exige enxágue abundante. A diluição de 1:5 de uma boa qualidade de água sanitária (5.25%) (1 parte de 
alvejante para 4 partes de água) resulta em hipoclorito de sódio a 1%, para uso em 24 horas.
O hipoclorito de sódio é amplamente recomendado como desinfetante de ambientes e superfícies. 
Alguns de seus produtos comerciais são: Virucid 1% e 5%; Clorolabor 2%; Virex 2%; e Cândida 5,25%.
Já os compostos fenólicos têm a vantagem de serem efetivos na presença de restos orgânicos, 
tornando‑os úteis quando a remoção completa de matéria orgânica é impossível ou não é prática. 
89
BIOSSEGURANÇA
Têm amplo espectro, são tuberculicidas, eficazes em metais, vidros, borrachas e plásticos. São registrados 
como desinfetantes de superfície e de imersão.
Os compostos fenólicos também são menos tóxicos que o glutaraldeído. Possuem as seguintes 
desvantagens: não são esporicidas; formam uma película cumulativa; devido ao seu alto poder de 
penetração, são extremamente agressivos à pele e também não são indicados para artigos que entrem 
em contato com as vias aéreas superiores, a menos que seja possível eliminar totalmente seu resíduo, o 
que é feito por meio de enxágue abundante ou do uso de álcool 70% (v/v). Isso se dá após o seu período 
de ação, que é de dez minutos para superfícies e de 30 minutos para imersão de artigos.
Outro antisséptico que destacamos é o iodo, que é o mais antigo para aplicação em pele e mucosa. 
Age na síntese de proteínas sais protéicos. Além do uso como antisséptico, pode ser utilizado em 
associação ao álcool para desinfecção de artigos. Possui ação antimicrobiana de largo espectro, inclusive 
contra bactérias gram‑negativas, Micobacterium tuberculosis, esporos, fungos e a maioria dos vírus.
Entretanto, o iodo colore superfícies, é irritante, alergênico, corrói metais, aço, pele e tecidos, além 
de produzir reação de hipersensibilidade. Devido a tais inconvenientes, foram criados os iodóforos, 
compostos liberadores de iodo cujo carreador é a povinilpirrlidona (PVPI).
Os iodóforos também têm amplo espectro antimicrobiano, mas são menos irritantes aos tecidos, 
menos alergênicos e têm ação prolongada após a aplicação. São amplamente usados na antissepsia de 
pele e mucosas, em contexto pré‑cirúrgico e de degermação das mãos.
São tuberculicidas em cinco a dez minutos de exposição, porém a água dura (rica em sais de 
Ca e Mg) pode inativá‑los. Seus nomes comerciais são: Povidine tópico, Povidine degermante, 
Poviderm e PVPI.
Outro desinfetante é o álcool, que é amplamente utilizado no âmbito hospitalar, principalmente o 
álcool etílico 70% (v/v). Seu mecanismo de ação é a desnaturação de proteínas. O seu uso é restrito por 
causa da falta de atividade esporicida e contra alguns vírus hidrofílicos (HVB, por exemplo), pela rápida 
evaporação e inabilidade de penetração em restos protéicos.
O álcool é irritante à pele quando deixado por período prolongado. Dessa forma, é recomendado 
para antissepsia, desinfecção de artigos e superfícies com tempo de exposição de dez minutos, 
sendo aconselhadas três aplicações intercaladas pela secagem natural. Não é recomendado para 
borrachas e plásticos.
As soluções de álcool iodado podem ser utilizadas em artigos, superfícies e bancadas. Após o tempo 
de exposição, deve‑se friccionar o álcool para evitar o efeito corrosivo, principalmente em metais.
Os desinfetantes de alta atividade biocida inativam os micro‑organismos citados anteriormente, 
inclusive esporos bacterianos. Exemplos: ácido peracético e óxido de etileno.
90
Unidade III
O ácido peracético tem atividade bactericida, fungicida, virucida e esporicida. Produz desnaturação 
proteica e alteração da parede celular. É efetivo na presença de matéria orgânica. Não promove resíduos 
tóxicos. Concentração: 0,001% a 0,02%.
7.3 Esterilização
A esterilização é a inativação de todos os micro‑organismos vivos, incluindo vírus, fungos, bactérias e 
esporos. Pode ser obtida por processo físico, físico‑químico ou químico. Os processos físico e físico‑químico 
são os mais indicados, pois garantem a destruição total de todas as formas de vida microbiana.
O processo químico deve ser utilizado somente quando não houver outro recurso, uma vez que, 
devido a inúmeras variáveis, não dá garantia total de esterilidade do material.
7.3.1 Métodos de esterilização
7.3.1.1 Processos físicos
A esterilização ocorre por meio da mudança no estado físico dos micro‑organismos, podendo ser 
feita por aumento de temperatura ou envolver radiação. São exemplos desses processos:
• Vapor saturado sob pressão (autoclave).
• Calor seco (estufa ou fornos de Pasteur).
• Radiação ionizante e não ionizante.
Vaporsaturado sob pressão (autoclave)
Processo que oferece maior segurança e economia, podendo ser realizado em autoclave convencional 
horizontal ou autoclave a alto vácuo.
A autoclave vertical é própria para laboratórios, não devendo ser utilizada para a esterilização de 
artigos médico‑cirúrgicos e odontológicos, pois os pacotes ficam superpostos, dificultando a drenagem 
do ar, retardando a penetração do vapor e não permitindo a secagem dos artigos, o que não garante a 
sua esterilização.
Para o funcionamento correto da autoclave, deve‑se seguir o manual de instruções do fabricante e 
observar os valores recomendados durante todo o ciclo de esterilização.
Para facilitar a penetração e circulação do vapor e eliminação do ar na autoclave convencional 
horizontal, deve‑se utilizar no máximo 80% da sua capacidade.
Devemos dispor os pacotes da seguinte maneira: os maiores ficam na parte inferior e os menores 
na parte superior do aparelho. Mantém‑se espaço de cerca de 3 centímetros entre eles, evitando que 
91
BIOSSEGURANÇA
encostem nas paredes da autoclave. Artigos como jarros e bacias devem ser colocados em posição que 
facilite a remoção do ar e escoamento do vapor.
O período de exposição varia de acordo com o artigo, o tipo de equipamento utilizado e a temperatura 
em que está regulado o aparelho.
Qualidade do vapor
O vapor saturado seco é aquele que contém somente água no estado gasoso. Agrega tanta água 
quanto possível (umidade relativa de 100%). É a forma mais efetiva de vapor esterilizante.
O vapor saturado úmido (condensado) contém vapor saturado de forma excessiva devido à 
condensação. O excesso de água compromete a secagem da carga em processamento.
Os pacotes devem ser retirados da autoclave frios e secos para evitar que o vapor se condense na 
temperatura ambiente, contaminando os artigos.
A autoclave deve ser limpa diariamente com pano úmido e sabão neutro. A limpeza dos filtros e do 
purgador deve ser feita pelo técnico de manutenção especializado.
A esterilização por autoclave exige empacotamento com material permeável ao vapor, de preferência 
em embalagem dupla, para evitar contaminação.
A embalagem mais indicada é o papel grau cirúrgico (Figura 7), que é normatizado pela NBR 12.946 
(ABNT, 2000). Deve apresentar poro de 0,22 μ de diâmetro, porosidade mínima de 65 s a 105 s por 100 cm3 
de ar. Deve ser resistente ao calor, à tração e à perfuração, não podendo conter amido ou corantes.
O papel grau cirúrgico pode se apresentar com duas faces de papel ou com uma face de papel e uma 
de filme transparente.
É possível utilizar caixas metálicas perfuradas, porém elas devem ser recobertas por embalagens 
permeáveis ao vapor, tais como o papel grau cirúrgico.
Figura 22 – Carpule embalada em papel grau cirúrgico
92
Unidade III
Figura 23 – Caixa metálica perfurada em embalagem de papel grau cirúrgico
A validade da esterilização é de sete dias, a contar do dia em que o material foi esterilizado. 
Esse prazo é considerado para os artigos esterilizados por processo físico, de acordo com a Resolução 
SS‑374 (SÂO PAULO, 1995).
Calor seco (estufa ou fornos de Pasteur)
O calor gerado em estufa elétrica (forno de Pasteur) é de uso limitado, pois sua penetração e 
distribuição dentro da câmara não se faz de maneira uniforme. Além disso, o processo requer um tempo 
de exposição mais prolongado e altas temperaturas, o que é inadequado para certos materiais, tais como 
tecido e borrachas.
A estufa deve possuir um termômetro indicando a temperatura atingida no interior, um termostato 
responsável pela manutenção da temperatura desejada.
Para facilitar a condução do calor sem encostar as caixas na parede da estufa, nem encostar o bulbo do 
termômetro nas caixas, é preciso colocar as maiores nas prateleiras superiores e as menores nas inferiores.
Não é recomendado colocar grande quantidade de material dentro das caixas para não sobrecarregar 
o aparelho. Deve‑se seguir o manual de instruções do fabricante.
Não é indicado interromper o processo de esterilização com a abertura da porta. Se isso acontecer, o 
processo de esterilização será inadequado. Esse é um dos motivos pelos quais a Anvisa não recomenda 
o uso da estufa nos consultórios odontológicos como método de esterilização, pois não há garantia de 
que o processo não será interrompido.
Quando se compara o uso da autoclave e da estufa, observamos que é mais difícil de interromper o 
processo de esterilização na autoclave, pois o aparelho encontra‑se em alta temperatura e sob pressão, 
e o processo de esterilização é automatizado. 
Lembrando que para uma efetiva esterilização em autoclave é necessário aplicar uma temperatura 
de 121 oC por 15 a 30 minutos, dependendo de se o material está limpo ou sujo. Para medicamentos que 
não suportam 121 oC, pode‑se diminuir a temperatura para 115 oC e aumentar o tempo de exposição 
para 45 minutos.
93
BIOSSEGURANÇA
Em estufas de secagem e esterilização, conforme a temperatura utilizada, diferentes tempos são 
usados para se conseguir a esterilização, e em geral são elas: de 160 oC a 170 oC por 2 horas, de 140 oC 
por 3 horas e 40 minutos; ou ainda, 120 oC por 12 horas.
Outra desvantagem da estufa em relação à autoclave é a dificuldade de se fazer um controle biológico 
adequado, pois o Bacilus subtilis, micro‑organismo utilizado para a realização do teste de esterilidade, é 
de difícil obtenção. Além disso, o método de avaliação é mais caro do que o empregado para o controle 
biológico da autoclave, quando se utiliza o Bacillus estearoterphomilus.
Em estufa, as embalagens que suportam altas temperaturas, tais como caixas de alumínio fechadas, 
são as mais indicadas. As caixas de aço inoxidável, embora sejam aceitas como embalagens para a 
estufa, são menos recomendadas para o método. As lâminas de alumínio podem ser utilizadas para esse 
método de esterilização.
Em estufas, o tempo e temperatura inadequados, e a interrupção do ciclo com a abertura da porta 
são as principais causas de falhas no processo. A temperatura adequada deve ser observada com o uso 
do termômetro, e não apenas pela leitura do termostato, que pode estar desregulado.
O acondicionamento inadequado de material também é uma das causas do insucesso. As caixas 
metálicas não devem se tocar, tampouco tocar nas paredes da estufa; as maiores ficam em cima, e as 
menores embaixo.
Vejamos as principais falhas no processo de esterilização da estufa:
• Limpeza inadequada dos instrumentos.
• Temperatura real versus termostato.
• Interrupção do ciclo (abrir a porta).
• Tempo de exposição insuficiente.
• Volume e distribuição de material inadequados.
Radiação ionizante
A radiação ionizante modifica o DNA da célula microbiana, provocando lesões estruturais graves e a 
difusão de radicais livres. Nesse tipo de esterilização, é utilizada a radiação gama – cobalto 60, pois ele 
possui um alto poder de penetração, modificando o DNA das células dos micro‑organismos e gerando 
sua inativação.
Devido à sua dificuldade de operação e custo, esse tipo de esterilização é utilizado em materiais 
implantáveis em medicina e odontologia, por exemplo, os implantes dentários.
94
Unidade III
7.3.1.2 Processos físico‑químicos
Fazem parte dessa classificação de processos os tipos de esterilização que integram um meio físico 
(temperatura) com uma substância química. Assim, devido a um aumento ou diminuição de temperatura, 
a substância química auxiliará a inativação dos micro‑organismos. São exemplos desses processos: óxido 
de etileno e peróxido de hidrogênio. 
Óxido de etileno
É obtido por meio da ação combinada de um agente químico, o óxido de etileno (ETO.) e o calor na 
forma de vapor saturado sob pressão, gerado em autoclave. Seu uso é restrito a unidades hospitalares 
de grande porte devido ao custo das instalações e complexidade na operacionalização.
É necessário observar com rigor as disposições contidas na Portaria Interministerial 4 (BRASIL, 1991), 
as instruções do fabricante e a supervisão das técnicasde manejo dos equipamentos de segurança física 
e ambiental, além do uso da EPI, tais como luvas de proteção, óculos de proteção, máscara com filtro 
químico próprio para vapores orgânicos, botas e roupas de PVC.
Devemos saber que a exposição continuada ao ETO pode provocar irritação cutânea, anemia e 
vômito, além de ser carcinogênico e mutagênico.
Plasma de peróxido de hidrogênio
Outro meio de esterilização físico‑químico é o plasma de peróxido de oxigênio (H2O2), considerado o 
quarto estado da matéria: sólido, líquido, gás, plasma.
O plasma gerado a partir do peróxido de hidrogênio (água oxigenada) é constituído de radicais livres 
e de mais formas químicas altamente reativas, interagindo, assim, com as membranas celulares.
Como características, possui uma ação bactericida, esporicida, fungicida e virucida. Tempo de 
exposição para esterilização: 75 minutos à temperatura de 40 °C a 55 °C.
É utilizado para materiais e artigos termossensíveis, aparelhos elétricos, endoscópios e outros 
instrumentais médico‑hospitalares. É considerado atóxico, muito eficaz e possui alta penetrabilidade.
As fases do seu ciclo são: vácuo, injeção, difusão, plasma e a ventilação.
7.3.1.3 Processos químicos
Os processos químicos são utilizados apenas quando não podemos realizar a esterilização pelos 
métodos físicos ou físico‑químicos.
Eles podem ser empregados quando os materiais que necessitam de esterilização não podem sofrer 
drástica alteração de temperaturas.
95
BIOSSEGURANÇA
Para essa esterilização, o material (artigo) terá que ficar imerso em contato com a substância por 
determinado tempo, e isso será definido pelo fabricante.
O processo de esterilização química exige embalagem plástica com tampa. É preciso checar o tempo 
de esterilização, a validade do produto, a submersão total dos instrumentos, a limpeza e desinfecção 
prévia do material, assim como o fechamento do recipiente que contém o esterilizante.
 Observação
A falha de qualquer um desses itens invalida o processo. O uso de EPI é 
obrigatório, bem como o uso imediato do artigo processado.
São exemplos desses processos o ácido peracético e o glutaraldeído.
Ácido peracético
Sua ação esterilizante se dá pela oxidação. O ácido peracético atua na parede celular e no interior da 
célula, danificando o sistema enzimático e destruindo o micro‑organismo.
O agente esterilizante é o ácido acético e o tempo de exposição para esterilização compreende de 30 
a 45 minutos à temperatura de 50 °C a 55 °C, que pode variar de acordo com a marca comercial.
O ácido peracético só deve ser utilizado em materiais e instrumentais para uso imediato. Ele não 
permite o acondicionamento e armazenamento, pois o material, ao ser retirado da imersão, não pode 
mais ser considerado esterilizado.
Glutaraldeído
Substância química que compreende a utilização de produtos do grupo dos aldeídos, 
glutaraldeídos e formaldeídos. Não é considerado um processo de primeira escolha devido à sua 
toxicidade, ao tempo prolongado de exposição e à necessidade de utilização imediata do artigo, 
uma vez que não pode ser armazenado.
Atualmente os órgãos de saúde não estão recomendando o uso do glutaraldeído devido à sua 
toxicidade e à possibilidade de ele não esterilizar alguns tipos de microbactérias.
Os artigos devem estar rigorosamente limpos, secos e desconectados (para permitir a ação do produto 
químico) e totalmente imersos na solução em recipiente de vidro ou plástico com tampa (recomenda‑se 
recipiente duplo perfurado e outro sem furo). Não se recomenda empregar metais diferentes devido à 
corrosão eletrolítica.
O tempo da exposição para o glutaraldeído é de dez horas. Independentemente do método 
escolhido, o processo de esterilização adequado só acontece quando se realiza a devida limpeza prévia 
96
Unidade III
e o acondicionamento ideal do instrumental. O material estéril deve ser armazenado em ambiente seco, 
limpo e fechado.
 Observação
Ao esterilizar os materiais, devemos saber se possuem resistência para 
o meio de esterilização escolhido, com o objetivo de prevenir a danificação 
do material.
7.3.1.4 Monitoramento do processo de esterilização
Como não é possível visualizar os micro‑organismos presentes nos materiais, o risco biológico se 
torna um problema, pois precisamos ter certeza de que o material está mesmo esterilizado. Dessa forma, 
é necessário o uso de testes para verificar se a esterilização foi eficiente.
O teste mais seguro é promover a cultura dos micro‑organismos, porém o procedimento leva dias 
para apresentar algum resultado. Devido à dificuldade, utiliza‑se a monitoração por intermédio de meios 
mecânicos, químicos e biológicos:
• Meios mecânicos: é realizada uma inspeção no equipamento para conferir seu funcionamento 
e observar se não há algum problema que possa comprometer a esterilização. Na estufa, é 
necessário observar o termostato e conferir sua temperatura real por meio de um termômetro. Já 
na autoclave devemos nos preocupar com as válvulas, os drenos, a borracha de vedação da porta, 
pois esses itens comprometem a esterilização e acabam por interromper o ciclo.
• Meios químicos: são integradores químicos, e normalmente são tiras indicadoras impregnadas 
com tinta termoquímica, que muda de coloração quando exposta à temperatura. As tintas 
podem ser utilizadas internamente nas embalagens colocadas sobre todos os produtos a serem 
esterilizados. Também podem ser usadas de maneira externa, podendo conter um integrador 
químico, que mudará de cor após o material ser esterilizado.
• Meios biológicos: os testes biológicos são culturas padronizadas de micro‑organismos 
comprovadamente resistentes a processos térmicos menos severos. Em geral, os esporos bacterianos 
são empregados nesses testes. Caso essa cultura sobreviva ao processo de esterilização, significa 
que houve uma falha no processo, e deve‑se identificar prontamente a causa da falha para que 
os próximos ciclos sejam efetivos.
Os testes biológicos mais utilizados são:
• Estufa: teste utilizando o esporo Bacillus subtilis.
• Autoclave: teste utilizando o Bacillus stearothermophilus.
97
BIOSSEGURANÇA
7.3.2 Classificação dos artigos
Os artigos na área de saúde devem ter um cuidado especial, pois em sua grande maioria podem propagar 
infecção cruzada entre os pacientes, os profissionais e até mesmo disseminá‑lo no meio ambiente.
Esses artigos podem ser classificados de acordo com sua severidade para propagar infecção em: 
artigos críticos, semicríticos e não críticos.
Artigos críticos 
São os instrumentos que penetram na pele e mucosa o suficiente para atingir o tecido subepitelial. 
São perfurocortantes, o que pode causar a ruptura da pele ou da mucosa. São considerados exemplos 
de artigos críticos: agulhas, lâminas de bisturi e sondas.
Quando os materiais considerados como críticos não forem capazes de passar pelo processo de 
esterilização, devem ser descartados após o uso, por exemplo, agulhas e lâminas de bisturi.
Figura 24 – Ilustração de uma agulha, classificada como artigo crítico
Artigos semicríticos 
São os materiais que entram em contato com a pele e mucosa, porém sem penetrá‑la, não atingindo 
o tecido subepitelial. Não possuem ponta ativa, pois as partes que entram em contato com pele e 
mucosa não são consideradas perfurocortantes. O condensador e a espátula de inserção são exemplos 
desses artigos.
Os materiais semicríticos também exigem cuidados. Sempre que for possível, devemos preconizar 
sua esterilização. Contudo, quando o material não permitir a esterilização devido à sua resistência ao 
processo, devemos realizar a desinfecção com um agente com alta atividade biocida, por exemplo, o 
ácido peracético.
98
Unidade III
Figura 25 – Exemplo de um material semicrítico: inalador
Artigos não críticos 
São considerados materiais ou instrumentos que não entram em contato com a pele ou mucosa, 
porém sofrem contaminação, podendo disseminar infecção cruzada.
Exemplos desses tipos de artigos são: bancadas, alças de refletores,comadres, papagaios, jarros, bacias, 
cubas, aparelhos de pressão, termômetros, assim como outras superfícies que, durante um atendimento 
hospitalar, são utilizadas e não entram em contato diretamente com a pele e a mucosa do paciente.
Por serem materiais não críticos, mas que ainda assim podem propagar infecção cruzada, temos de 
ter cuidados em relação à sua desinfeção, realizando‑a com agentes com, no mínimo, média atividade 
biocida. Alguns exemplos são: álcool etílico a 70% e hipoclorito de sódio a 1%.
Quadro 6 – Classificação de artigos na área da saúde
Críticos Esterilização
Semicríticos
Esterilização/desinfecção
Alta atividade biocida
Não críticos Desinfecção de média atividade biocida
Quadro 7 – Exemplos de artigos: críticos, semicríticos e não críticos
Artigos
Críticos Semicríticos Não críticos
Agulhas Endoscópios Cubas
Lâminas de bisturi Inaladores Termômetros
Implantes Nebulizador Esfignomanômetro
99
BIOSSEGURANÇA
 Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre esterilização, leia:
COSTA, L. F. V.; FREITAS, M. I. P. de. Reprocessamento de artigos críticos 
em unidades básicas de saúde: perfil do operador e ações envolvidas. 
Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, nov./dez. v. 62, n. 6, p. 811‑819, 
2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n6/a02v62n6.pdf. 
Acesso em: 12 nov. 2019.
FERREIRA V. T, A. et al.; O monitoramento de processos físicos de 
esterilização em hospitais do interior do estado de Goiás. Revista da Escola 
de Enfermagem da USP, v. 45, n. 3, p. 751‑757, jun. 2011. Disponível em: 
https://www.redalyc.org/pdf/3610/361033310029.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019.
HARUMI, Y. C.; et al. Processo de esterilização de instrumentais em 
estabelecimentos comerciais com serviços de manicures e pedicuros. 
Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 18‑22, jan./fev. 2014. 
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3070/307030418005.pdf. 
Acesso em: 12 nov. 2019.
7.4 Higienização e lavagem das mãos
As mãos são a nossa principal ferramenta de trabalho e na área da saúde elas têm um papel relevante. 
À medida que tocamos nos objetos e pacientes entramos em contato com uma enorme quantidade de 
micro‑organismos.
Nossa própria pele é um reservatório de microrganismos e, por contato direto ou indireto, nossas 
mãos são as responsáveis pela transferência desses micro‑organismos de uma superfície para outra.
Existem em nosso organismo as microbiotas ou floras residentes e a flora transitória. A microbiota 
que chamamos de residente é aquela que contém os microrganismos que colonizam nossa pele. Nas 
mãos, estão em maior concentração em torno e sob as unhas e entre os dedos, mas aparecem também 
em todo o restante da camada externa da pele e nos folículos pilosos.
A microbiota transitória é aquela em que os microorganismos são adquiridos no contato com 
os pacientes ou superfícies contaminadas e estão presentes na superfície da pele junto a gorduras e 
sujidades. Ela permanece na pele por um período e pode ser transferida ou eliminada com a lavagem 
das mãos.
Logo, a higienização das mãos é uma das ações mais importantes no controle de infecção cruzada. 
É preciso realizá‑la de maneira correta e com o auxílio de soluções antissépticas.
100
Unidade III
Primeiramente, deve‑se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem acumular 
micro‑organismos. Existem diferentes técnicas de higienização das mãos e elas podem variar de acordo 
com o objetivo ao qual se destina. A seguir, incluímos algumas das técnicas de higienização:
Higienização simples das mãos
Essa técnica tem como finalidade a remoção dos micro‑organismos que habitam nas camadas 
superficiais da pele (como o suor, a oleosidade e as células mortas), retirando a sujidade propícia à 
permanência e à proliferação de micro‑organismos.
Técnica de lavagem das mãos:
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar‑se na pia.
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície 
das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante..
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando‑as entre si.
4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e 
vice‑versa.
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com 
movimento de vai‑e‑vem, e vice‑versa.
7. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento circular, 
e vice‑versa.
8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada 
em concha, fazendo movimento circular, e vice‑versa.
9. Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, realizando movimento circular 
e vice‑versa.
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas 
com a torneira.
11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. 
No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.
101
BIOSSEGURANÇA
 Lembrete
Para realizar a lavagem das mãos é necessário que tenhamos disponíveis 
as instalações físicas, os equipamentos adequados e as substâncias ativas 
para o uso.
As instalações e os equipamentos incluem pias e lavatórios adequados, 
dispensadores para sabonete líquido, torneiras com fechamento automático 
e de preferência com sensores, toalheiros de toalhas de papel, lixeiras com 
tampa, de pedal ou com sensores.
Higienização antisséptica das mãos
Essa prática é igual à descrita anteriormente (higienização simples), porém substituindo o sabão por 
um antisséptico. Dessa forma, promove a remoção de sujeiras e micro‑organismos, bem como reduz a 
carga microbiana nas mãos.
 Saiba mais
Para saber sobre outras técnicas de higienização das mãos e para ver 
figuras ilustrando as técnicas, acesse: 
http://www.anvisa.gov.br
7.4.1 Antissépticos utilizados
A utilização de antissépticos promove a remoção das sujidades e a diminuição de micro‑organismos. 
Para a limpeza das mãos, podemos usar a mesma técnica da higienização simples, porém substituindo o 
sabão por um antisséptico recomendado.
Para empregá‑los corretamente, devemos fazer uma fricção antisséptica das mãos. Essa ação objetiva 
reduzir a carga microbiana, porém não remove totalmente a sujidade como no processo de higienização 
das mãos com sabonetes antissépticos.
A duração da antissepsia das mãos é de aproximadamente 20 a 30 segundos, tempo menor quando 
comparado à higiene das mãos.
Devido à importância da utilização dos antissépticos, o Ministério da Saúde recomenda para 
antissepsia das mãos as substâncias que possuem como princípio ativo:
• Solução alcoólica.
102
Unidade III
• Clorexidina a 2% ou 4%.
• Polivinil pirrolidona‑iodo (PVPI – solução aquosa, solução alcoólica, solução degermante, todas a 
10%, com 1% de iodo ativo); ou o iodo, na forma de solução alcoólica a 1% (álcool iodado);
• Triclosano.
• Permanganato de potássio.
• Soluções aquosas de sais de prata.
Para que sejam considerados efetivos e fazer um bom uso, os antissépticos necessitam ter alguns requisitos:
• Amplo espectro antimicrobiano.
• Ação rápida.
• Absorção não sistêmica.
• Não alergênico, irritante e/ou ressecante.
• Odor agradável.
• Baixo custo.
• Necessidade de obter dispensadores de pronto uso.
Álcool
Amplamente utilizado, o álcool não possui efeito residual, pois tem a ação rápida. Assim, sua eficácia 
depende do tempo de contato, do volume e da concentração e, dependendo do tamanho das mãos, é 
preciso maior quantidade da substância.
A desvantagens é que pode ressecar a pele e causar irritação ocular e de mucosa.
A forma mais encontrada é em gel, contendo emolientes. 
Compostos de iodo
O iodo é um agente bactericida e fungicida, e também pode ser considerado como um ativo contra 
vírus. O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0.5ou 1%.
Como vantagem, apresenta ação residual. Entretanto, em virtude da presença de substâncias 
alcalinas em matérias orgânicas, sua atividade é diminuída. Não é irritante e pode ser facilmente 
removível pela água.
103
BIOSSEGURANÇA
O iodóforo mais usado para a antissepsia das mãos é á solução detergente de PVPI a 10% (1% de 
iodo ativo), que é bactericida, fungicida e virucida.
Clorexidina
A solução de clorexidina é um germicida, do grupo das biguanidas, e age melhor contra bactérias 
gram‑positivas do que gram‑negativas e fungos.
Como vantagens, possui ação imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade 
e de fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvida pela pele íntegra.
As formulações para uso satisfatório são: solução de gluconato de clorhexidina a 0,5%, em álcool 
a 70%, e solução detergente não iônica de clorexidina a 4%, contendo 4% de álcool isopropílico ou 
álcool etílico.
Além da degermação das mãos, utilizando a concentração de 4%, a clorexidina possui outras 
aplicações clínicas:
• Antissepsia de pele e mucosa (concentração de 1 a 4%).
• Lavagem das mãos (associada a sabões).
• Antisséptico bucal (concentração a 0,2%).
• Enxaguatório bucal (concentração a 0,12%).
Triclosan
É um antisséptico usado em associação com sabões, detergentes e cosméticos, na concentração de 
0,5% a 2%.
Apresenta ação lenta e possui boa tolerância aos tecidos.
Nitrato de prata
A solução utilizada é a de nitrato de prata a 1%. Sua maior aplicação acontecia em mucosa ocular 
de recém‑nascidos, como profilaxia de conjuntivite. Contudo, essa solução está sendo substituída por 
PVPI ou colírio de clorexidina.
Permanganato de potássio
Agente oxidante antisséptico usado nas diluições de 1: 5.000 e 1: 2.000 para lavagem de feridas e 
mucosas em âmbito hospitalar.
104
Unidade III
7.5 Gerenciamento de resíduos
O gerenciamento de resíduos nos serviços da saúde é de fundamental importância. Todos os geradores 
devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de maneira a 
descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos.
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 306/2004 (ANVISA, 2004), são classificados 
como geradores de Resíduos de Serviço da Saúde (RSS):
• hospitais.
• Laboratórios analíticos de produtos para saúde.
• Necrotérios e funerárias.
• Serviços de medicina legal.
• Drogarias e farmácias (incluindo as de manipulação).
• Estabelecimentos de ensino e pesquisa da área da saúde.
• Clínicas e consultórios médicos e odontológicos.
O documento que deverá ser elaborado descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, 
incluindo as características e riscos. Contempla, também, os aspectos referentes à geração, segregação, 
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as 
ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Também é necessário elaborar ações específicas para situações de emergência e acidentes. Essas 
medidas são referentes aos processos de prevenção de saúde do trabalhador. Dessa forma, são 
importantes o desenvolvimento e a implantação de programas como:
• Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
• Comissões internas de Biossegurança e Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT).
• Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas a coleta, transporte e 
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde.
O manejo deve ser a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos, interna e externamente, desde 
a geração até a disposição final.
105
BIOSSEGURANÇA
A segregação consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com 
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
O objetivo no acondicionamento é embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes 
que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
A identificação compreende a tomada de medidas que permitam o reconhecimento dos resíduos 
contidos nos sacos e recipientes. Essa identificação deve estar posta nos sacos de acondicionamento, 
nos recipientes de coleta e transporte interno e externo, nos locais de armazenamento, em local de fácil 
visualização, de forma indelével, utilizando‑se símbolos, cores e frases, de acordo com a norma NBR 7500.
O transporte interno consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao 
armazenamento temporário ou externo, com a finalidade de apresentação para a coleta. Essa condução 
interna de resíduos deve ser realizada atendendo ao roteiro previamente definido e em horários não 
coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior 
fluxo de pessoas ou de atividades.
Após o transporte interno, deve‑se ter um local para armazenamento provisório, guardando 
temporariamente os recipientes que contêm os resíduos já acondicionados em local próximo aos pontos 
de geração. Isso é feito para agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre 
os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
O transporte e o tratamento dos resíduos do serviço da saúde são de responsabilidade das 
empresas terceirizadas.
O tratamento dos RSS envolve processos mecânicos, físicos, químicos ou biológicos e que alteram 
as características dos resíduos, visando à minimização do risco à saúde, à preservação da qualidade do 
meio ambiente, à segurança e à saúde do trabalhador.
Uma excelente maneira para proceder o tratamento é fazer a desinfecção química ou térmica 
(autoclavagem e incineração).
A disposição final consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente 
preparados para recebê‑los. Pela legislação brasileira, esse arranjo deve obedecer a critérios 
técnicos de construção e operação, para os quais é exigido licenciamento ambiental, seguindo a 
resolução Conama n. 237/97.
O aterro sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo de forma 
segura e controlada, garantindo a preservação ambiental e a saúde pública.
106
Unidade III
7.5.1 Classificação dos resíduos de serviço da saúde
A NBR 12.808/97 dispõe sobre a classificação dos resíduos de serviço de saúde:
• Tipo A: resíduo biológico.
• Tipo B: resíduo químico.
• Tipo C: resíduo radioativo.
• Tipo D: resíduo comum.
• Tipo E: perfurocortantes.
7.5.1.1 Grupo A – resíduos biológicos
São os resíduos infectantes que apresentem risco biológico. Deverão ser acondicionados em sacos 
brancos leitosos e identificados com o símbolo de substância infectante (desenhado na cor preta).
Alguns exemplos desses resíduos são: gazes, algodões, campos utilizados em cirurgia, luvas, máscaras 
e aventais descartáveis.
Figura 26 – Exemplos de sacos identificados com o símbolo de substância infectante
7.5.1.2 Grupo B – substâncias químicas
São os resíduos contendo substância química que podem apresentar risco à saúde do profissional 
ou até mesmo um risco ao meio ambiente. Para efetuar a separação no momento do descarte, é preciso 
atentar‑se ao rótulo das substâncias e à sua simbologia.
Muitas substâncias químicas não devem ser descartadas em esgoto, devendo utilizar um coletor 
rígido com vedação na tampa, identificado por meio do símbolo de risco associado, com discriminação 
de substância química, bem como frases de risco.
Exemplos dessas substâncias são: produtos inflamáveis, corrosivos e tóxicos.
107
BIOSSEGURANÇA
7.5.1.3 Grupo C – resíduos radioativos
São os resíduos referentes a materiais resultantes de laboratórios de serviço de medicina nuclear, 
radioterapia e equipamentos que produzem raios X.
Eles devem ser descartados em contêineres de chumbopara posterior tratamento.
Os materiais para o descarte devem ser representados pelo símbolo internacional de presença de 
radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescidos 
da expressão “dejeto radioativo”.
Figura 27 – Identificação dos resíduos radioativos
7.5.1.4 Grupo D – resíduos comuns
São os resíduos que não apresentam risco biológico, por exemplo, papel de sanitários e restos de alimentos.
Devem ser acondicionados em sacos de cor diferente do grupo A (branco) para não haver confusão 
no momento da separação dos detritos.
Desse grupo fazem parte também os resíduos de coleta seletiva, que são identificados pelas 
seguintes cores:
• Azul: papéis.
• Amarelo: metais.
• Verde: vidros.
• Vermelho: plásticos.
• Marrom: resíduos orgânicos.
108
Unidade III
Figura 28 – Recipiente com símbolo de coleta seletiva
7.5.1.5 Grupo E – perfurocortantes
Fazem parte desse grupo todos os materiais considerados perfurocortantes. Para diminuir o risco de 
uma exposição acidental, devem ser acondicionados em recipientes exclusivos.
São exemplos: agulhas, ampolas de vidro, brocas, lâminas de bisturi e vidros quebrados.
As embalagens que deverão ser utilizadas são as caixas rígidas de papelão ou os coletores de plástico. 
Devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante constante na NBR 7500, com rótulos de 
fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição de resíduo perfurocortante e de 
indicação do risco que o resíduo apresenta.
Figura 29 – Recipientes coletores de materiais perfurocortantes
109
BIOSSEGURANÇA
8 CONSERVAÇÃO DE REAGENTES, INSUMOS, MEDICAMENTOS E 
PRODUTOS COSMÉTICOS
É de grande importância que nos atentemos aos cuidados de conservação dos produtos que serão 
utilizados tanto para a produção de medicamentos e cosméticos, como na maneira de armazená‑los 
e utilizá‑los no dia a dia.
Desse modo, os efeitos desejados desses produtos serão mantidos, e as alterações indesejáveis ou 
nocivas serão evitadas, assegurando que suas características estejam de acordo com suas especificações.
Diversos fatores são os responsáveis por essas alterações, e podem ser divididos em fatores extrínsecos 
e fatores intrínsecos.
8.1 Fatores extrínsecos causadores de alterações em produtos
8.1.1 Calor
Com o aumento da temperatura, ocorre aceleração das reações químicas, podendo causar essas alterações.
Na maioria das vezes, os reagentes, insumos, medicamentos e cosméticos não sofrem alterações 
em temperatura ambiente, a 25 ºC, mas em alguns casos é necessário que sejam armazenados em 
temperaturas mais baixas, por exemplo, quando se tratam de vacinas, soros, insulina, certos kits de 
análises clínicas e eventualmente kits cosméticos de tratamentos específicos.
Deve‑se tomar cuidado para que ao resfriar esses produtos não ocorram formações de cristais de 
gelo, porque, nesse caso, também haverá prejuízo às características iniciais do produto.
Uma maneira utilizada para evitar esse problema é a colocação de avisos sobre a temperatura correta 
de armazenagem nas bulas, frascos e embalagens do produto. Seguindo as orientações, a possibilidade 
de alteração será bem menor.
8.1.2 Luz
Muitos produtos e seus princípios ativos são fotossensíveis e nesse caso a incidência de luz acarretará 
alterações de suas características.
Medicamentos e cosméticos fotolábeis, como tinturas, produtos com vitamina B12, cloridrato de 
morfina, entre outros, devem ser resguardados da luz. Aqui também são importantes as orientações de 
armazenamento ao abrigo da luz, mas, principalmente, devem ser mantidos em frasco âmbar ou em 
embalagens que propiciem essa proteção.
110
Unidade III
8.1.3 Umidade
A presença de umidade pode provocar hidrólise dos componentes em certos produtos, por exemplo, 
quando há digoxina, benzodiazepínicos e ácido acetilsalicílico.
Para evitar esse problema são utilizados os sachês de sílica gel, armazenagem de certos produtos em 
dessecador e avisos de armazenagem em locais longe de umidade.
8.1.4 Agentes microbianos
Os reagentes, medicamentos e cosméticos estão expostos a diversos tipos de micro‑organismos que 
poderão contaminá‑los e alterar suas características, tornando‑os nocivos. As alterações podem 
ser perceptíveis, através da verificação de alteração da cor, do odor, do sabor, além da turvação 
ou do desprendimento de gases. No entanto, essas mudanças também podem ser imperceptíveis, 
nesse caso, o problema é ainda maior, porque o usuário poderá utilizar o produto sem saber que 
está contaminado.
Alguns exemplos comuns de contaminação são: bactérias, presentes em colírios e maquiagens; 
fungos em comprimidos, loções e cremes; algas (azuis e verdes) em água destilada ou em soluções 
diluídas para a produção de tônicos; e até mesmo bactérias e fungos nos próprios antissépticos.
Uma das maneiras de se evitar a contaminação é que o produto seja produzido com rígido controle 
de qualidade, além disso é necessária a obediência às orientações sobre tempo de validade e os cuidados 
com o manuseio. Por exemplo, não se deve deixar os frascos abertos por muito tempo; não se deve 
retirar os produtos com as mãos, mas com espátulas; não se deve misturar as espátulas e os pincéis de 
diferentes produtos ou frascos; e assim por diante.
8.1.5 Oxigênio (O2)
O oxigênio presente na atmosfera provoca a oxidação de alguns princípios ativos, alterando sua 
ação. Esse é o caso, por exemplo, da vitamina C, muito utilizada em cosméticos, em óleos etc. Por isso, 
evitar o contato com o ar é o recomendado.
8.1.6 Gás carbônico (CO2) 
O gás carbônico do ar pode penetrar e fixar‑se às substâncias. Por exemplo: água de cal, leite de 
magnésia, água destilada etc.
8.1.7 Natureza dos recipientes
Os recipientes em que acondicionamos os reagentes, insumos, medicamentos e cosméticos também 
podem ser os responsáveis por alterações em suas características.
111
BIOSSEGURANÇA
São eles:
• Vidro comum: pode liberar a sílica.
• Metal: são liberados vestígios de ferro (Fe) e cobre (Cu). Isso pode ser amenizado com revestimento 
com película plástica, no entanto, dependendo do plástico também poderá ser prejudicial.
• Plástico: liberam polímeros prejudiciais à saúde.
• Tampas e rolhas de borracha ou de cortiça: também liberam substâncias que vão alterar os 
produtos envazados.
Por isso, é importante que se utilizem materiais de qualidade, que liberem o mínimo possível de resíduos.
8.2 Fatores intrínsecos causadores de alterações em produtos
São eles:
• Interação entre os componentes da fórmula.
• Mudanças de pH (potencial de hidrogênio) alteram as características do produto. O pH é um índice 
que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio e é determinado pela concentração 
de íons de hidrogênio (H+) nesse meio.
• A água no interior do medicamento ou do cosmético (AH2O), chamada de atividade de água, 
também tem sua importância, pois quando essa atividade é alta a possibilidade de ocorrer a 
hidrólise é maior.
8.3 Recursos específicos para minimizar as alterações
Além dos recursos já citados anteriormente, existem alguns recursos mais específicos que devem 
ser citados.
8.3.1 Estabilizantes
Os estabilizantes são divididos em estabilizantes, físicos e químicos.
• Estabilizantes físicos: os estabilizantes físicos têm o papel de manter o aspecto físico do 
medicamento ou cosmético. São do tipo espessantes, que asseguram a viscosidade dos produtos; 
corantes, que protegem a cor; flavorizantes, que são responsáveis pelo odor; e edulcorantes, 
responsáveis pelo sabor doce.
• Estabilizantes químicos: são utilizados antioxidantes, para evitar que ocorra a oxidação; por 
exemplo, o metabissulfito de Na e o alfa tocoferol (vitamina E) que evita a rancificação de óleos 
112
Unidade III
e gorduras. Muito importante também são os estabilizadores de pH, através do uso dos tampões. 
Os tampões podem ser tampões ácidos, formados por ácidos e sais fracos e tampões básicos, 
formados por bases e saisfracos.
8.3.2 Conservantes
Os conservantes impedem ou diminuem a contaminação por agentes microbianos.
Alguns exemplos são:
• Benzoato de sódio.
• Ácido benzoico.
• Uso de pH baixo.
• Alta concentração de açúcar.
• Álcool a 20%.
• Glicerina a 15%.
8.3.3 Liofilização
Técnica de desidratação na qual os produtos são submetidos a baixas temperaturas até o 
congelamento, em seguida, é realizada a secagem pelo processo de sublimação a vácuo (sob pressão 
reduzida), desse modo, a água que no congelamento estava no estado sólido vai diretamente para o 
estado gasoso.
Sem a água, os produtos conservam‑se por muito mais tempo, pois os microrganismos são eliminados 
e a oxidação é evitada.
A substância resultante da liofilização é chamada de liófilo, que então terá grande afinidade 
por água.
 Resumo
Estudamos a importância de se conhecer as precauções universais 
relacionadas à limpeza, desinfecção, esterilização, lavagem e higienização. 
Esses conhecimentos estendem‑se desde os tipos de limpeza, com os 
diferentes detergentes utilizados para cada caso específico, passando pela 
desinfeção até chegar à esterilização.
113
BIOSSEGURANÇA
Vale ressaltar que se deve priorizar a esterilização por meio de métodos 
físicos e físico‑químicos, mas, quando não for possível, pode‑se utilizar o 
método químico.
Ressaltamos, ainda, que devemos respeitar a classificação dos artigos 
na área de saúde, pois eles podem propagar infecção cruzada para os 
pacientes, para os profissionais e até mesmo para o meio ambiente. Essa 
classificação consiste em: artigos críticos, semicríticos e não críticos.
A higienização e a lavagem das mãos é algo que não se pode desprezar, 
pois nossa pele é um reservatório de microorganismos e, por contato direto 
ou indireto, nossas mãos são as responsáveis pela transferência desses 
microorganismos de uma superfície para outra.
Todas as pessoas devem lavar as mãos, mas principalmente os 
profissionais da saúde que estão diariamente em contato com pacientes.
A lavagem das mãos é a ação mais importante para a prevenção e 
controle das infecções. É uma medida simples, segura e que salva vidas.
Além disso, não podemos esquecer da importância do uso correto e 
do armazenamento dos produtos que são utilizados cotidianamente para 
o atendimento de nossos clientes. Portanto, é imprescindível que sejam 
utilizados produtos dentro do prazo de validade, e que sejam manuseados e 
armazenados corretamente. Assim, as chances de ocorrer algum problema 
serão bem menores.
 Exercícios
Questão 1. Com relação à higienização das mãos na estética e cosmética, afirma‑se que:
A) A higienização das mãos com álcool deve ser escolhida sempre que houver umidade ou sujidade 
visível nas mãos.
B) A higienização que antecede procedimentos estéticos deve ser sempre realizada com água e sabão 
para eliminar a microbiota transitória das mãos da profissional.
C) Os princípios ativos, aceitos pelo Ministério da Saúde, para a antissepsia das mãos são o álcool a 
70%, a clorexidina e o glutaraldeído, a 2%.
D) O sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser, preferencialmente, sólido, podendo ser 
aplicados sabões e detergentes destinados ao uso em objetos e superfícies.
114
Unidade III
E) O profissional, antes de iniciar qualquer técnica de higienização das mãos, deve retirar relógio, 
pulseiras e anéis, devendo as unhas ser mantidas aparadas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a higienização antisséptica das mãos com álcool deve ser realizada antes de tocar o 
paciente; antes de realizar procedimento limpo/asséptico; após risco de exposição a fluidos corporais; 
após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a higienização que antecede procedimentos estéticos deve ser sempre realizada com 
água e sabão ou com antissépticos, com a finalidade da remoção dos microrganismos que habitam 
nas camadas superficiais da pele (como o suor, a oleosidade e as células mortas), retirando a sujidade 
propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: os princípios ativos, aceitos pelo Ministério da Saúde, para a antissepsia das mãos são: 
a solução alcoólica, a clorexidina a 2 ou 4%, o triclosano, o permanganato de potássio e as soluções 
aquosas de sais de prata.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser líquido ou espuma.
E) Alternativa correta.
Justificativa: deve‑se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem 
acumular microrganismos.
Questão 2. (Fafipa 2014) Cosméticos são produtos para uso externo, destinados à proteção 
ou ao embelezamento de diferentes partes do corpo. Para garantia da qualidade e segurança na 
utilização destes medicamentos, são preconizadas uma série de testes que devem ser realizados 
para cada produto. Ante o exposto, assinale a alternativa correta:
A) Para avaliação da estabilidade de cosméticos, podem ser utilizados, além dos parâmetros organolépticos 
(por exemplo: cor e sabor), os parâmetros físico‑químicos (por exemplo: pH e viscosidade).
115
BIOSSEGURANÇA
B) A água no interior do cosmético não tem muita importância, pois quando essa atividade é baixa 
a possibilidade de ocorrer a hidrólise é maior.
C) Todo cosmético deve ser testado quanto à viscosidade para determinar, entre outros fatores, a 
espalhabilidade do produto.
D) Os conservantes não impedem ou reduzem a contaminação por agentes microbianos.
E) Liofilização é uma técnica usada em produtos cosméticos para mantê‑los bastante úmidos para 
ajudar na sua conservação por um prazo maior, permitindo a oxidação.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: os estabilizantes podem ser físicos, cujo papel é manter o aspecto físico do cosmético, 
sendo espessantes, corantes ou flavorizantes ou químicos, com antioxidantes, tais como o metabissulfito 
de Na e o alfa tocoferol (vitamina E), que evita a rancificação de óleos e gorduras e estabilizadores de pH.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a água no interior do cosmético, chamada de atividade de água, também tem sua 
importância, pois quando essa atividade é alta a possibilidade de ocorrer a hidrólise é maior.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o espalhamento do produto é garantido pelos compostos químicos.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: os conservantes impedem ou diminuem a contaminação por agentes microbianos.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: liofilização é uma técnica que tira a água, para melhor conservação do produto, pois os 
microrganismos são eliminados e a oxidação é evitada. A substância resultante da liofilização é chamada 
de liófilo, que então terá grande afinidade por água.
116
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1 
MAYHALL, C. G. Hospital Epidemiology and Infection Control. 2. ed. Lippincott Williams & Wilkins: 
Filadélfia, 1999.
Figura 3
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 15.
Figura 4
ABNT. NBR 7.500: segurança nos andaimes. Rio de Janeiro, ago. 1990.
Figura 5
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 19.
Figura 6
ABNT. NBR 6.494: Segurança nos andaimes. Rio de Janeiro, 1990. p. 8.
Figura 9
ANVISA. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores da saúde. 
Brasília, 2009. p. 39. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/48b0da004745
88939240d63fbc4c6735/tecnovigilanca_cartilha_protecao_respiratoria.pdf?MOD=AJPERES. Acesso 
em: 11 mai. 2015.
Figura 10
ANVISA. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores da saúde. 
Brasília, 2009. p. 39. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/48b0da004745
88939240d63fbc4c6735/tecnovigilanca_cartilha_protecao_respiratoria.pdf?MOD=AJPERES. Acesso 
em: 11 mai. 2015.Figura 18
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 30.
Figura 19
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 30.
117
Figura 20
EXTINGUISHER‑88282_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2013/03/01/19/23/
extinguisher‑88282_960_720.jpg. Acesso em: 20 dez. 2019.
Figura 24
14055475983ZW0R.JPG. Disponível em: http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/
DodgertonSkillhause/07/l/14055475983zw0r.jpg. Acesso em: 5 mai. 2015.
Figura 26
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Manual Básico de combate a incêndio. 2. ed. 
Brasília: 2009. Disponível em: file:///C:/Users/Unip/Downloads/combate_incendiomodulo_1.pdf. Acesso 
em: 8 jun. 2015. (Adaptada).
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
BACKDRAFT. Dir. Ron Howard. Estados Unidos: Imagine Films Entertainment, 1991. 137 minutos.
OS TEMPOS modernos. Dir. Charles Chaplin. Estados Unidos: Charles Chaplin Productions, 1936. 87 minutos.
Textuais
ABERGO. O que é ergonomia. Disponível em: http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_
ergonomia. Acesso em: 10 dez. 2019.
ABNT. NBR 7.500: identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento 
de produtos. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT. NBR 12.808: resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro: 1993. Disponível em: http://
wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/NBR‑12808‑1993‑Res%C3%ADduos‑de‑servi%C3%A7os‑de‑
sa%C3%BAde.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019.
ABNT. NBR 12.946: papel grau cirúrgico para fabricação de embalagens de artigos odonto‑médico‑
hospitalares a serem esterilizados a vapor saturado sob pressão ou por radiação. Rio de Janeiro: 2000. 
Disponível em: http://www.arjowiggins.com.br/downloads/arquivos/medicals_norma_abnt.pdf. Acesso 
em: 3 jun. 2015.
ABNT. NBR 14725‑3: produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Parte 
3: rotulagem. Rio de Janeiro, 2012a.
ABNT. NBR 14725‑4: produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Parte 
4: ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). Rio de Janeiro, 2012b.
118
ABNT. ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro: 2008. Disponível em: 
http://www.fasi.edu.br/files/biblioteca/NBR_iso9001.pdf. Acesso em: 8 jun. 2015.
ANDRADE, A.; PINTO, S. C.; OLIVEIRA, R. S. Animais de laboratório: criação e experimentação. Rio de 
Janeiro: Fiocruz, 2002.
ANVISA. Quadro 1: resumo dos níveis de biossegurança recomendados para agentes infecciosos. 
Brasília: 2000. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_
praticas/modulo1/image/quadro1b.jpg. Acesso em: 10 dez. 2019.
ANVISA. RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Brasília: 2004. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.
br/wps/wcm/connect/10d6dd00474597439fb6df3fbc4c6735/RDC+N%C2%BA+306,+DE+7+DE+DEZE
MBRO+DE+2004.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em: 10 dez. 2019.
BARBOSA, L. G. Fisioterapia preventiva nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho – 
Dorts: a fisioterapia do trabalho aplicada. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2009.
BARSANO, P. R. et al. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da saúde. São Paulo: Érica, 2014.
BINSFELD, P. C. (org.). Biossegurança em biotecnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
BOSSOLAN, N. R. S. Biossegurança em biotérios e em biotecnologia industrial. São Carlos: 2011. 
Disponível em: http://www.ifsc.usp.br/~ilanacamargo/Biosseg/aula4.pdf. Acesso em: 8 mai. 2015.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, de 5 de outubro 
de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso 
em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Decreto n. 39.093, de 30 de abril de 1956. Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.jusbrasil.
com.br/legislacao/116520/decreto‑39093‑56. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Decreto n. 66.183, de 5 de fevereiro de 1970. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov. 
br/ccivil_03/decreto/1970‑1979/D66183.htm#art6. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Decreto n. 96.044, de 18 de maio de 1988. Brasília: 1988. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm. Acesso em: 9 mai. 2015.
BRASIL. Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho. 
Portaria n. 5, de 17 de agosto de 1992. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 ago. 1992.
BRASIL. Instrução Normativa INSS n. 98, de 5 de dezembro de 2003. Aprova norma técnica sobre 
lesões por esforços repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). 
Brasília: 2003. Disponível em: http://www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2003/Legislacao/
ininss98‑52‑2003.htm. Acesso em: 12 mai. 2015.
119
BRASIL. Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das 
Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus 
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília: 1981. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Lei n. 9.017, de 30 de março de 1995. Altera a NT sobre a organização de centro de material 
e noções de esterilização. Brasília: 1995. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/legis.asp?te_
codigo=9&as_codigo=42&origem=gt. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Lei n. 11.105, de 24 de março de 2005. Brasília: 2005. Disponível em: http://www.anbio.org.br/
site/files/palestras/Compndio_de_Biossegurana‑_Legislao.pdf. Acesso em: 15 mai. 2019.
BRASIL. Lei n. 11.794, de 8 de outubro de 2008. Dispõe sobre os procedimentos para o uso científico 
de animais. Brasília: 2008. Disponível em: http://www2.ib.usp.br/IB/files/Lei_11794.pdf. Acesso em: 
11 mai. 2015.
BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Aprova Norma Técnica sobre Distúrbios 
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho ‑ Dort. Ordem de Serviço INSS/DSS Nº 606, de 5 agosto de 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de procedimentos 
para os serviços de saúde. Brasília: 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
doencas_relacionadas_trabalho1.pdf. Acesso em: 2 jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução Anvisa, RDC n. 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre 
Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Publicada no DOU, 16 set. 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução Anvisa, RDC n. 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre 
o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos 
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em 
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Publicada no DOU, 6 nov. 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução Conama n. 6, de 31 de agosto de 1993. Estabelece prazo para os 
fabricantes e empresas de importação de veículos automotores disporem de procedimentos e infraestrutura 
para a divulgação sistemática, ao público em geral, das recomendações e especificações de calibração, 
regulagem e manutenção do motor, dos sistemas de alimentação de combustível, de ignição, de carga elétrica, 
de partida, de arrefecimento, de escapamento e, sempre que aplicável, dos componentes de sistemas de 
controle de emissão de gases, partículas e ruído. Publicada no DOU n. 250, 1 out. 1993, p. 21.533‑4.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução Conama n. 237, de 22 de dezembro de 1997. Regulamenta os 
aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente. Publicada 
no DOU n. 247, 22 dez. 1997, p. 30.841‑30.843.
120
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução Conama n. 275, de 25 de abril de 2001. Estabelececódigo de 
cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Publicada no DOU n. 117, 19 jun. 2001, p. 80.
BRASIL. Ministério da Saúde. Classificação de riscos dos agentes biológicos. Brasília: Editora do 
Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico. 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos 
para os serviços de saúde. Brasília: 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
doencas_relacionadas_trabalho1.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre 
o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: 2004. 
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0306_07_12_2004.
pdf/95eac678‑d441‑4033‑a5ab‑f0276d56aaa6. Acesso em: 28 ago. 2019.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução Conama n. 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe 
sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. 
Brasília: 2005. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462. 
Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e da Administração. Portaria n. 5, de 17 de agosto de 1992. Brasília: 
1992. Disponível em: ftp://ftp.feq.ufu.br/Luis/Seguran%E7a/Aula%20POS‑Mec‑2008/SIAR‑03‑06‑
2008/Mapa%20de%20Riscos/PORTARIA%20DNSST%20N%BA%205,%20DE%2017%20DE%20
AGOSTO%20DE%201992.PDF. Acesso em: 2 jun. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Portaria Interministerial n. 4, de 31 de julho de 
1991. Brasília: 1991. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEA004
4907FFC/p_19910731_04.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(Cipa). Portaria SIT n. 247, de 12 de julho de 2011. Brasília: 2011d. Disponível em: http://portal.mte.gov.
br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI). 
Portaria SIT n. 292, de 8 de dezembro de 2011. Brasília: 2011e. Disponível em: http://portal.mte.gov.
br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR 06%20(atualizada)%202010.pdf. Acesso 
em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 9 – Programa de Prevenção dos Riscos 
Ambientais. Portaria MTE n. 1.471, de 24 de setembro de 2014. Brasília: 2014. Disponível em: http://
portal.mte.gov.br/data/files/FF80808148EC2E5E014961B76D3533A2/NR 09%20%28atualizada%20
2014%29%20II.pdf . Acesso em: 10 dez. 2019.
121
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Portaria 
SIT n. 203, de 28 de janeiro de 2011. Brasília: 2011c. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/
FF8080812C12AA70012C13BA879A7EFC/p_19890921_3275.pdf. Acesso em: 8 mai. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 17 – Ergonomia. Portaria GM n. 13, de 21 de 
junho de 2007. Brasília: 2007. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914 
E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf. Acesso em: 10 mai. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 23 – proteção contra incêndios. Portaria GM 
n. 221, de 6 de maio de 2011. Brasília: 2011a. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C81
6A2E7311D1012FE5B554845302/nr_23_atualizada_2011.pdf. Acesso em: 10 mai. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços 
de Saúde. Portaria GM n. 1.748, de 30 de agosto de 2011. Brasília: 2011b. Disponível em: http://portal.
mte.gov.br/data/files/8A7C816A350AC8820135161931EE29A3/NR 32%20%28atualizada%202011%29.
pdf. Acesso em: 9 mai. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Portaria n. 25, de 29 de dezembro de 1994. Brasília: 
1994. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEA44A24704C6
/p_19941229_25.pdf. Acesso em: 2 jun. 2015.
BRASIL. Resolução SS n. 15, de 18 de janeiro de 1999. Aprova Norma Técnica que estabelece 
condições para instalação e funcionamento de estabelecimentos de assistência odontológica, e dá 
providências correlatas. Brasília: 1999. Disponível em: http://www.forp.usp.br/restauradora/etica/
sanitaria/99re15/99Re15.html. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Resolução n. 157, de 22 de abril de 2004. Uso do extintor de incêndio automotivo com pó “ABC”. 
Brasília: 2004. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm. Acesso em: 20 mar. 2015.
CALIXTO, C. M. F.; CAVALHEIRO, E. T. G. Penicilina: efeito do acaso e momento histórico. Química 
Nova na Escola, v. 34, n. 3, p. 118‑123, ago. 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/
qnesc34_3/03‑QS‑92‑11.pdf. Acesso em: 7 nov. 2019. 
CARDOSO, H. F. et al. Síndrome de burnout: análise da literatura nacional entre 2006 e 2015. Revista 
Psicologia: Organizações e Trabalho, Brasília, v. 17, n. 2, p. 121‑128, jun. 2017.
CARLOTTO, M. S.; CÂMARA, S. G. Análise fatorial do Maslach Burnout Inventory (MBI) em uma amostra de 
professores de instituições particulares. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p. 499‑505, dez. 2005.
CARDOSO, T. A. O. Considerações sobre a biossegurança em arquitetura de biotérios. Boletín del Centro 
Panamericano de Fiebre Aftosa, v. 67, p. 3–17, 1998–2001.
122
CONAMA. Resolução n. 237, de 22 de dezembro de 1997. Brasília: 1997. Disponível em: http://www.
sema.rs.gov.br/upload/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20CONAMA%20n%C2%BA%20237_1997.pdf. 
Acesso em: 8 jun. 2015.
COSTA, L. F. V.; FREITAS, M. I. P. de. Reprocessamento de artigos críticos em unidades básicas de saúde: 
perfil do operador e ações envolvidas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, nov./dez. v. 62, n. 6, 
p. 811‑819, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n6/a02v62n6.pdf. Acesso em: 12 
nov. 2019.
COSTA, M. A. F.; COSTA, M. F. B. Biossegurança: elo estratégico de SST. Revista Cipa, n. 254, jan. 2002. 
Disponível em: http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material10.htm. Acesso em: 
11 jan. 2013.
DIAS, S.; QUEIRÓS, C.; CARLOTTO, M. S. Síndrome de burnout e fatores associados em profissionais da área 
da saúde: um estudo comparativo entre Brasil e Portugal. Aletheia, Canoas, n. 32, p. 4‑21, ago. 2010.
FERREIRA V. T, A. et al.; O monitoramento de processos físicos de esterilização em hospitais do interior 
do estado de Goiás. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 3, p. 751‑757, jun. 2011. 
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3610/361033310029.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019.
GOLDIM, J. R. Conferência de Asilomar. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br/asilomar.htm. 
Acesso em: 10 dez. 2019.
GOLDIM, J. R.; RAYMUNDO, M. M. Pesquisa em saúde e os direitos dos animais. 2. ed. Porto Alegre: 
HCPA, 1997. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br/animprin.htm. Acesso em: 10 dez. 2019.
GONÇALVES, E. A. Manual de segurança e saúde no trabalho. 4. ed. São Paulo: LTR, 2008.
GUIMARÃES, J. Biossegurança e controle de infecção cruzada em consultórios odontológicos. São 
Paulo: Editora Santos, 2001.
HARUMI, Y. C. et al. Processo de esterilização de instrumentais em estabelecimentos comerciais com 
serviços de manicures e pedicuros. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 18‑22, jan./
fev. 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3070/307030418005.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019.
HINRICHSEN, S. L. Biossegurança e controle de infecções: risco sanitário hospitalar. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.
HIRATA, M. H.; MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 1. ed. São Paulo: Manole, 2012.
HÖKERBERG, Y. et al. O processo de construção de mapas de risco em um hospital público. Ciências de 
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 503–513, 2006.
123
HÖKERBERG, Y. et al. O processo

Continue navegando

Outros materiais