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Prévia do material em texto

Biossegurança e 
Primeiros Socorros
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Gabriela Cavagnolli
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Biossegurança
• Introdução;
• Riscos Ocupacionais;
• Classes de Risco e Níveis de Biossegurança em Laboratórios;
• Níveis de Biossegurança;
• Mapa de Risco;
• Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Coletivo (EPC);
• Proteção de Membros Inferiores;
• Procedimento Operacional Padrão (POP);
• Métodos de Descontaminação;
• Higienização das Mãos;
• Tratamento do Lixo Laboratorial;
• Normas Regulamentadoras e Resoluções.
• Conhecer as Normas Regulamentadoras e as Resoluções e suas aplicabilidades; 
• Conhecer e controlar os possíveis riscos e acidentes no ambiente de trabalho por meio do 
uso dos EPIs e dos EPCs;
• Elaborar Mapa de Risco e POP;
• Utilizar os métodos de descontaminação adequados;
• Conhecer o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e o corre-
to destino dos resíduos provenientes dos serviços de saúde.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Biossegurança
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Biossegurança
Introdução
Biossegurança é o conjunto de medidas voltadas para a prevenção, a minimiza-
ção ou a eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensi-
no, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços à saúde dos trabalhadores.
A Biossegurança em Laboratórios tem por objetivos: 
• Criar programas de treinamento e conscientização, com a finalidade de pre-
venir e monitorar possíveis acidentes de trabalho em ambientes laboratoriais; 
• Identificar e classificar áreas com potencial risco à saúde; 
• Implementar normas preconizadas em Biossegurança, com a finalidade de 
prevenir riscos para funcionários, alunos, pacientes e o meio ambiente; 
• Normatizar e padronizar procedimentos que regulamentam Normas de Segu-
rança e Biossegurança Hospitalar.
Riscos Ocupacionais
Risco ocupacional é a probabilidade de um trabalhador sofrer algum dano que 
possa afetar sua saúde ou integridade física durante o exercício profissional ou em 
decorrência dele.
Atualmente, os tipos de riscos presentes nos ambientes de trabalho são classifica-
dos em cinco grupos: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais. 
Cada tipo de risco possui uma cor específica associada, padronizada pelas Nor-
mas Reguladoras.
A coloração facilita a sinalização e a leitura dos mapas de riscos que devem ser 
fixados em todos os locais de trabalho (Capítulo 2).
A Empresa contratante tem a obrigação de fornecer os Equipamentos de Prote-
ção Individual (EPI) e Coletivo (EPC) para minimizar a probabilidade de acontecer 
riscos ocupacionais.
Quadro 1 – Classificação dos principais riscos ocupacionais e as cores que identificam cada um desses grupos
Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes
Ruídos Poeira, fumos, neblinas, névoas Vírus, bactérias
Esforço físico ou carga 
de peso excessivos
Arranjo físico 
e iluminação 
inadequada
Vibrações Gases e vapores Protozoários Produtividade ou ritmo de trabalho excessivo
Equipamentos 
inadequados, 
defeituosos ou 
sem proteção
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Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes
Radiações ionizantes
e não ionizantes Explosivos inflamáveis Parasitas Postura inadequada
Sobrecarga na 
eletricidade
Temperaturas 
extremas Corrosivos irritantes Insetos
Jornada de trabalho 
prolongada
Risco de incêndio
ou explosaão
Umidade Tóxicos, cancerígenos
Organismos 
Geneticamente 
Modificados (OGM)
Monotonia, 
repetitividade Armazenamento
Riscos físicos
Os riscos físicos são causados por algum tipo de fonte de energia que gere ruído, 
frio ou calor extremo, pressões anormais, variação de umidade ou radiações ionizantes.
Como exemplos de equipamentos que geram calor comumente encontrados em 
Laboratórios e Hospitais podemos citar estufas, banhos de água, bico de gás, lâm-
pada infravermelha, manta aquecedora, agitadores magnéticos com aquecimento, 
termociclador, incubadora elétrica, forno de micro-ondas, esterilizador de alça ou 
agulha de platina e autoclaves.
A Figura 1 mostra uma autoclave utilizada 
para esterilizar material em Laboratórios, Clí-
nicas e Hospitais.
A instalação desses equipamentos que ge-
ram calor ou chamas deve ser feita em local 
ventilado e longe de material inflamável, volátil 
e de equipamentos termossensíveis.
Os equipamentos têm de ser posiciona-
dos na parte direita anterior das bancadas, 
evitando que os cabos elétricos atravessem a 
área de trabalho. Os fios dos cabos elétricos 
devem estar bem protegidos e com voltagem 
identificada (110V/220V), para evitar curtos 
ou outras situações de risco.
Não devem ser utilizadas extensões elétricas 
para ligar os equipamentos, pois elas podem afe-
tar a estabilidade da energia ou gerar sobrecarga 
elétrica, criando uma situação de emergência.
Durante a utilização de equipamentos ge-
radores de calor, o operador deve se proteger 
Figura 1 – Autoclave instalada em sala
exclusiva, com espaço e ventilação adequados
Fonte: TECNAL/Reprodução
9
UNIDADE Biossegurança
com avental e luvas térmicas ou pelo menos luvas de pano resistentes ou revestidas 
com material isolante ao calor.
Os equipamentos utilizados em Laboratórios de Biologia Molecular para visua-
lizar Ácidos Nucleicos (DNA ou RNA) separados por eletroforese em um gel de 
agarose são fontes de exposição à luz UV.
Essa exposição é extremamente danosa para a retina dos olhos. O manuseio 
deve feito por meio da utilização obrigatória de barreiras faciais e óculos de prote-
ção, que retêm essa radiação, pois a exposição a esse tipo de radiação por tempo 
prolongado e de forma cumulativa pode causar queimadura ou câncer de pele.
Riscos químicos
A classificação de substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos também deve 
ser conhecida pelos operadores. 
Os solventes podem ser classificados em: combustíveis, explosivos, irritantes, 
voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. 
Eles devem ser manuseados de forma adequada, em locais que permitam ao 
operador a segurança pessoal e do meio ambiente.
Todos os produtos químicos e frascoscom soluções e reagentes devem ser ade-
quadamente identificados (Figura 2), com a indicação do produto, as condições de 
armazenamento, o prazo de validade e a toxicidade do produto.
O Laboratório deve ter disponível a Ficha de Informações sobre Segurança de 
Produtos Químicos (FISPQ), que contém informações sobre os riscos e os cuida-
dos no manuseio do produto químico e também a conduta adequada em situações 
de emergência.
As FISPQ devem ser acessíveis como parte de um Manual de Segurança ou Operações.
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Figura 2 – Símbolos de identifi cação de classes de produtos químicos e riscos
Fonte: Adaptado de Getty Images
Os produtos químicos devem ser manipulados em capela de exaustão (Figura 
3), com velocidade do ar no interior da capela de 0,5m/s, com a janela da capela 
totalmente aberta. 
Esse tipo de capela possui um sistema de exaustão com potência suficiente para 
promover a exaustão dos gases leves que, rapidamente, ocupam as camadas supe-
riores e dos gases pesados (enxofre e alguns solventes), que tendem a permanecer 
nas partes baixas da capela. 
Esse tipo de cabine tem de possuir equipamentos elétricos e interruptores à pro-
va de explosão, quando for utilizada para manuseio de produtos inflamáveis e/ ou 
explosivos. A vazão da cabine deve ser de 40m3/min.
11
UNIDADE Biossegurança
Figura 3 – Exemplo de Cabine de Segurança Química
Fonte: Wikimedia Commons 
Os riscos químicos podem ser prevenidos pelo armazenamento correto dos pro-
dutos, cuidado antes, durante e após a manipulação, e uso de EPIs e EPCs. 
Devido a grande importância que os profissionais da saúde devem ter durante a ma-
nipulação de agentes químicos, a videoaula desta Unidade será dedicada a esse tema. 
Infelizmente, muitos acidentes aconteceram em Laboratórios no Brasil e ao re-
dor do mundo, devido ao uso incorreto de produtos químicos, resultando em mor-
tes e danos severos à integridade física do profissional. 
É nosso dever, como futuro profissional da saúde trabalhar para minimizar o risco 
de acidentes preservando a nossa segurança e de nossos companheiros de trabalho. 
Não perca a videoaula!
Riscos biológicos
Devido ao fato de os profissionais da Área da Saúde estarem sujeitos aos riscos 
biológicos, vamos dar especial atenção a esse tema. 
Seja no ambiente Hospitalar, seja em unidades de pronto-socorro, Clínicas 
ou Laboratórios, os profissionais da Área da Saúde estão expostos a vários 
agentes biológicos.
Seja rotina do Laboratório de Análises Clínicas, seja durante os procedimentos 
da Equipe Médica e de Enfermagem com pacientes, o contato direto com as amos-
tras biológicas contaminadas como sangue, urina, escarro, secreções, dejetos, lí-
quidos e fluidos corporais dos pacientes são as principais formas de risco biológico. 
Na Pesquisa Científica, os riscos biológicos ocorrem durante a manipulação de 
microrganismos, tais como bactérias, vírus, protozoários e parasitas patogênicos e 
durante a manipulação de animais utilizados em pesquisa laboratorial, tais como 
camundongos, ratos, coelhos etc. 
A possibilidade de ocorrência de acidentes está associada tanto à manipulação 
de perfurocortantes, quanto à manipulação e descarte de materiais contaminados 
utilizados em procedimentos tais como placas, tubos e Erlenmeyer, entre outros. 
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Outro problema encontrado é a utilização inadequada de equipamentos geradores 
de aerossóis, como centrífuga sem tampa protetora, agitadores e incubadoras orbitais. 
A inalação de aerossóis provenientes de procedimentos microbiológicos como 
meios de cultura e centrifugação de amostras são formas importantes de contami-
nação, assim como poeira, instrumentos de Laboratório e água. 
Importante!
Em nenhuma hipótese, alimentos e bebidas podem ser consumidos dentro de Laborató-
rios. Vamos evitar os riscos de acidentes biológicos!
Importante!
Cerca de 18% dos trabalhadores podem sofrer algum tipo de contaminação por 
agentes infecciosos no ambiente de trabalho. Entre eles, 25% são por inoculação 
percutânea, 27% por spray e derramamento, 16% por acidentes com vidrarias e 
objetos cortantes, 13% por aspiração por instrumentos, 13,5% por acidentes com 
animais, lesões e contato com ectoparasitos.
Em Laboratórios que manipulam animais e trabalham com amostras Clínicas, é 
importante considerá-los como prováveis fontes de contaminação.
A hepatite viral tem sido relatada como uma das infecções mais comuns adquiridas nos Labora-
tórios da Área de Saúde Pública. Os vírus da Hepatite B (HBV) e C (HCV) e o HIV são transmitidos 
por contaminação por material biológico, principalmente, sangue, por meio do contato com a 
pele lesada ou mucosa e/ou acidente perfurocortantes. As hepatites A e E são adquiridas por via 
oral e também são doenças que podem ser transmitidas no local de trabalho.
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Como evitar os riscos biológicos?
Independente da classificação de risco, é necessário estabelecer precauções ao 
trabalhar com amostras que tenham potencial risco biológico. Um dos grandes 
problemas encontrados no manuseio de agentes infecciosos é a displicência com 
que se manipula a amostra biológica em virtude do excesso de confiança em uma 
rotina de conhecimento sedimentado.
Uma forma de evitar o risco é a utilização de Equipamentos de Proteção Indivi-
dual (EPI) e Coletiva (EPC) de forma rotineira e uma política de educação continu-
ada preestabelecida, para ser seguida rigorosamente.
Cuidados básicos importantes
• Não reencapar agulhas, bisturis e outros materiais perfurocortantes;
• Utilizar centrífugas com tampas de proteção para evitar o contato com possí-
veis aerossóis formados e usar CSB (Cabine de Segurança Biológica) ao ma-
nusear amostras suspeitas;
13
UNIDADE Biossegurança
• Trocar qualquer proteção individual após o contato direto com material suspeito;
• Desprezar o material biológico em sacos de esterilização devidamente identifi-
cados, manipulando-os com os devidos cuidados de Biossegurança e submeter 
imediatamente à esterilização, em condições de nível de biossegurança 2.
O que fazer quando ocorrer um acidente com material biológico?
No caso de acidente cutâneo, as principais condutas a serem adotadas são:
• As membranas mucosas e a pele devem ser lavadas com água corrente em abun-
dância, soro fisiológico ou água boricada, repetindo a operação várias vezes;
• Notificar o acidente imediatamente ao responsável pelo Setor (ou ao Hospital, 
se for o caso) para análise das causas, por meio do responsável pela Área de 
Medicina do Trabalho;
• Infecção por HIV (AIDS): após contato com o material infectante, deve ha-
ver acompanhamento sorológico do acidentado (geralmente, por instrumento 
perfurocortante) e, se comprovado o contato com o sangue contaminado, ad-
ministração de drogas antirretrovirais;
• Descartar os materiais perfurocortantes contaminados (agulhas, tesouras, bis-
turis) em locais adequados para tratamento posterior.
A Profilaxia Pós Exposição (PEP) é procedimento assimilado que se insere no 
conjunto de estratégias de prevenção combinada e está disponível no SUS desde 
2000 (DIRETRIZES, 2016). 
Suas recomendações são para pessoas que podem ter tido contato com o HIV 
em situações de violência sexual, relação sexual desprotegida com potencial risco 
de infecção ou acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em 
contato direto com o material biológico).
O status da pessoa fonte, sempre que possível, deve ser conhecido, pois é deter-
minante para indicação de PEP.
Importante!
O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência médica. A PEP deve ser 
iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 72 horas subsequentes 
à exposição.
Importante!
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-exposição de Risco à Infecção 
pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Disponível em: http://bit.ly/2OdIdFlEx
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Vacinas obrigatórias
De acordo com a NR32, a todos trabalhadores dos Serviços de Saúde deve ser 
fornecido, gratuitamente, Programa de ImunizaçãoAtiva contra:
• Hepatite B;
• Tétano;
• Difteria;
• Outras estabelecidas no PCMSO – Influenza, Tríplice Viral, Febre Amarela, 
Pneumocócica, Varicela, Hepatite A e Febre Tifoide.
Quadro 2 – Doses recomendadas das vacinas
Vacina contra Hepatite B Três doses (0, 1 e 6 meses)
Vacina contra Tétano/Difteria (dT adulto) Uma dose a cada dez anos, se imunização básica.Esquema básico: três doses
Tríplice viral (sarampo/caxumba/runéola) Pelo menos duas doses após 1 ano de idade
Influenza Dose única anual
Fonte: SBIM, 2007
Classes de Risco e Níveis de
Biossegurança em Laboratórios
Classes de risco
Os agentes potencialmente patogênicos como bactérias, fungos, vírus, leveduras, 
helmintos, protozoários príons e Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são 
classificados baseados no risco ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente.
Conforme a ANVISA (BRASIL, 2005), na Comissão Técnica Nacional de Bios-
segurança, também conhecida pela sigla CTNBio, os níveis de Biossegurança são 
classificados em quatro:
• Classe de Risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): os agen-
tes biológicos não causam doenças no homem ou aos animais adultos sadios. 
Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis;
• Classe de Risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a co-
munidade): a propagação na comunidade e a disseminação no meio ambiente 
é limitado. O agente patogênico pode causar doenças em humanos ou animais, 
mas existem medidas profiláticas e terapêuticas eficazes. Exemplos: agentes 
biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais – Schistosoma 
mansoni e vírus da rubéola;
15
UNIDADE Biossegurança
• Classe de Risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comu-
nidade): apresenta risco se disseminado na comunidade e no meio ambien-
te, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: agentes biológicos 
que possuem capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e 
que causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais – Bacillus 
anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esses microrganismos 
podem causar doenças sistêmicas graves e potencialmente letais, mas existe 
profilaxia e ou tratamento disponível;
• Classe de Risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): causam 
doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de dissemi-
nação na comunidade e no meio ambiente. Até o momento, não há nenhuma 
medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por esses 
agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por 
via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Essa classe inclui principal-
mente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola.
Níveis de biossegurança conforme a classe de risco
Para trabalhar com segurança, cada Laboratório deve ter suas próprias carac-
terísticas quanto à estrutura, equipamentos e às práticas, conforme a Classe de 
Risco em que o Laboratório vai trabalhar. Todos os Laboratórios devem ter pisos 
antiderrapantes e bancadas impermeáveis e resistentes.
Existem quatro Níveis de Biossegurança (NB), denominados NB-1, NB-2, NB-3 
e NB-4, relacionados aos requisitos crescentes de segurança para o manuseio dos 
agentes biológicos, terminando no maior grau de contenção e de complexidade do 
nível de proteção.
Importante!
Geralmente, o NB é proporcional à Classe de Risco do agente (Exemplo: Classe de Ris-
co 2> NB-2), porém, certos procedimentos ou protocolos experimentais podem exigir 
maior ou menor grau de contenção. Por exemplo, Mycobacterium tuberculosis, a bactéria 
causadora da tuberculose, é um agente potencialmente patogênico de Classe de Risco 3. 
O procedimento diagnóstico baciloscopia não exige a execução em uma área de conten-
ção de NB-3, e sim numa área de NB-2, utilizando uma Cabine de Segurança Biológica 
(CSB). Se a atividade diagnóstica exigir o cultivo e a reprodução da bactéria (cultura), 
bem como testes de sensibilidade, situação em que o profissional estará em contato com 
uma concentração aumentada do agente, recomenda-se, aí sim, que as atividades sejam 
conduzidas numa área de NB-3.
Importante!
A aplicação das Boas Práticas Laboratoriais (BPLs) e a utilização de EPIs devem 
acontecer em todos os Níveis de Biossegurança (NB-1, NB-2, NB-3 E NB-4). 
16
17
As BPLs incluem:
• Utilizar dispositivos mecânicos de pipetagem (Jamais pipetar com a boca);
• Não comer, beber ou fumar em Laboratório (a proibição inclui água, balas e 
chicletes);
• Não utilizar cosméticos e adereços (brincos, pulseiras, relógios) no Laboratório;
• Minimizar respingos e aerossóis;
• Descontaminar superfícies de trabalho;
• Lavar as mãos antes de sair do Laboratório.
Figura 4 – Proibido beber e comer no Laboratório
Fonte: Getty Images 
Medidas preventivas para realização das atividades: http://bit.ly/2uPFUl1
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Níveis de Biossegurança
NB-1 – Nível 1 de Biossegurança
É aplicado às atividades que envolvam agentes biológicos com menor grau de 
risco (Classe de Risco I).
Aplica-se aos Laboratórios de Ensino Básico e Pesquisa, nos quais são manipu-
lados os microrganismos pertencentes à Classe de Risco 1.
17
UNIDADE Biossegurança
Exemplo
Lactobacillus casei e Bacillus subtilis.
Importante!
Reveja as características da Classe de Risco I para melhor fixação.
Importante!
• Geralmente, as atividades são conduzidas em bancadas abertas. O trabalho em 
Cabine de Segurança Biológica Nível 1, que possui alta eficiência na retenção 
de particulados do ar, não é obrigatório, mas pode existir (Figura 6);
• Deve conter pia específica para higienização das mãos;
• Deve-se utilizar barreiras de contenção primária: EPIs padrão (jaleco, óculos 
e luvas);
• Pessoal que realiza qualquer atividade no Laboratório deve receber treinamen-
to básico. O pesquisador deve ter formação específica para o tipo de trabalho 
realizado no Laboratório; 
• Os acessos aos Laboratórios são limitados ou restritos de acordo com as de-
finições do responsável pela Área. Deve ser controlado e permitido mediante 
autorização, não sendo permitido o acesso de crianças e animais.
Figura 5 – Planta baixa de um Laboratório NB-1
Fonte: MUTHURAJ; BRAMMACHARRY; USHARANI, 2019, pg. 78
NB-2 – Nível 2 de Biossegurança
É aplicado às atividades que envolvam agentes de risco moderado (Classe de Ris-
co II). Indicado para Laboratórios Clínicos, de Diagnóstico, Laboratórios-Escolas e 
outros Laboratórios nos quais o trabalho é realizado com maior espectro de agentes 
de risco moderado, com procedimentos susceptíveis a gerar aerossóis.
18
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Exemplo
São exemplos de microrganismos designados para este nível de contenção: vírus 
da hepatite B, bactérias Salmonella spp., Clostridium tetani e Staphylococcus 
aureus, protozoários Toxoplasma spp. e Plasmodium falciparum, fungo Candida 
albicans e helminto Schistosoma mansoni.
Importante!
Reveja as características da Classe de Risco II para melhor fixação.
Importante!
Assim como acontece com a manipulação de Mycrobacterium tuberculosis, alguns 
tipos de procedimentos com vírus HIV podem ser realizados em NB-2, e outros exi-
gem NB-3.
• As instalações devem atender às especificações estabelecidas para o NB-1, 
acrescidas das seguintes exigências:
» Autoclave disponível para descontaminação de todo o material antes do seu 
descarte. Deve ser instalada no interior do Laboratório ou próximo, em sala 
separada do ambiente de trabalho (Figura 6, item 1);
» Cabine de Segurança Biológica Classe I ou II (Figura 6, item 2);
» Centrífuga com caçapa protegida – Sempre que houver manipulação de ma-
teriais em que possa existir a formação de aerossóis (Figura 6, item 3);
• Os profissionais deverão ter treinamento específico no manejo de agentes pa-
togênicos, ser orientados sobre os possíveis riscos e trabalhar sob supervisão;
• O acesso ao Laboratório deverá ser limitado durante os procedimentos opera-
cionais, não sendo permitida a entrada de crianças e animais.
Figura 6 – Planta baixa de um Laboratório NB-2Fonte: Adaptado de MUTHURAJ; BRAMMACHARRY; USHARANI, 2019, pg. 89
19
UNIDADE Biossegurança
NB-3 – Nível 3 de Biossegurança
É aplicado às atividades que envolvem micro-organismos com elevado risco in-
feccioso (Classe de Risco III). É usado em pesquisa realizada com agentes de risco 
biológico 3 e algumas toxinas.
Exemplos
Bacillus anthracis, Brucella spp., Coxiella burnetii e vírus da encefalite de St. 
Louis são exemplos de microrganismos determinados para esse nível. 
Como especificado anteriormente, alguns procedimentos com Mycobacterium 
tuberculosis e HIV exigem NB-3.
Importante!
Reveja as características da Classe de Risco III para melhor fixação.
Importante!
• Todas as manipulações devem ser realizadas em Cabine de Segurança Biológi-
ca Classe II ou III, com filtro HEPA;
• Devem ser utilizados EPIs especializados (máscara respiratória com filtro);
• Todos os resíduos e outros materiais devem ser descontaminados ou autoclava-
dos antes de sair do Laboratório;
• Área separada do fluxo geral e acesso controlado por meio de uma antessala;
• Fluxo de ar direcional (para dentro da instalação);
• Quando não houver condições específicas para o NB-3 e instalações labora-
toriais sem área de acesso específica, com ambientes selados ou fluxo de ar 
unidirecional, as atividades de rotina e operações repetitivas podem ser rea-
lizadas em Laboratório com instalação NB-2, acrescidas de Equipamentos de 
contenção e das práticas recomendadas para NB-3;
• O acesso ao Laboratório deve ser controlado e não é permitida a entrada de 
menores de idade.
Laboratório NB-3 montado no Departamento de Microbiologia da USP para estudo e pesqui-
sa sobre diversos tipos de vírus de Classe III: http://bit.ly/318LMSQEx
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NB-4 – Nível 4 de Biossegurança
Representa o nível máximo de segurança. Usado em Laboratório que realiza 
pesquisa com agentes de risco biológico 4.
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Há poucos Laboratórios desse tipo no mundo. 
Exemplos
Vírus Ebola e Vírus da Gripe H1N1.
Importante!
Reveja as características da Classe de Risco IV para melhor fixação.
Importante!
A principal característica que norteia o nível 4 de Biossegurança (NB-4) em 
Laboratórios é que o controle do acesso ao Laboratório fica a cargo do Respon-
sável Técnico:
• Cabine de Segurança Biológica Classe III ou com um macacão individual supri-
do com pressão de ar positivo (Figura 7);
• Sistemas altamente aperfeiçoados para suprimento, exaustão de ar, formação 
de vácuo e descontaminação;
• Autoclave de porta dupla obrigatória;
• Chuveiro químico.
Figura 7 – Planta baixa de um Laboratório NB-4
Fonte: Adaptado de MUTHURAJ; BRAMMACHARRY; USHARANI, 2019, pg. 116
Acesse o link a seguir e confira o tour virtual dos diferentes níveis de segurança biológica.
Disponível em: http://bit.ly/2S5h4FPE
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Riscos ergonômicos 
As distâncias em relação à altura dos balcões, cadeiras, prateleiras, gaveteiros, 
capelas, circulação e obstrução de áreas de trabalho são fatores que estão associa-
dos aos riscos ergonômicos. 
21
UNIDADE Biossegurança
Os movimentos repetitivos de digitação de dados em teclados de computadores 
ou o uso contínuo de pipetas automáticas em Laboratórios são trabalhos repetitivos 
que devem ser evitados por longos períodos para prevenir lesões como tendinite. 
O termo criado para esse tipo de Doença Ergonômica era Lesões causadas por 
Esforços Repetitivos (LER).
Atualmente, denominam-se Doenças Osteomusculares relacionadas com o Tra-
balho (DORT). Esse termo inclui as manifestações ergonômicas e psicossociais.
Riscos acidentais
• Quando se trabalha com equipamentos de vidro, é preciso observar a resis-
tência mecânica (espessura do vidro), a resistência química e o calor. Deve-se 
evitar o armazenamento de álcali em vidros, pois provocam erosão. Nunca 
levar um frasco de vidro à chama direta, recomendando-se manta elétrica ou 
tela de amianto quando for utilizar bico de Bunsen. Ao aquecer, nunca fechar 
hermeticamente o frasco de vidro;
• Leia atentamente o protocolo completo antes de iniciar qualquer procedimento 
em Laboratórios, Clínicas e Hospitais. Você pode precisar de um reagente que 
precise de preparo especial e não pode ser preparado às pressas;
• Siga atentamente as instruções de segurança de seu local de trabalho e saiba 
onde estão localizados os EPIs e EPCs;
• Evite trabalhar sozinho se seu trabalho oferece riscos químicos ou biológicos;
• Não utilize equipamentos sem ter feito treinamento ou capacitação;
• Qualquer risco discutido acima pode ocasionar riscos acidentais. Mantenha 
atenção constante não só a seu cuidado pessoal, mas também ao de seus com-
panheiros de Equipe.
Importante!
Alguns acidentes podem ser previstos e evitados facilmente.
Importante!
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Figura 8 – Limpe a área de trabalho antes de continuar seu experimento!
Alguns acidentes podem ser previstos e evitados facilmente
Fonte: Getty Images
23
UNIDADE Biossegurança
Mapa de Risco
O mapa de risco é uma representação gráfica do reconhecimento dos riscos 
existentes nos diversos locais de trabalho, que tem como objetivo conscientizar e 
minimizar os riscos aos quais o pessoal de Laboratório está exposto.
Todas as Empresas do país que possuam empregados regidos pela Consolida-
ção das Leis Trabalhistas (CLT) são obrigadas a ter um mapa de risco exposto 
no local de trabalho, que deve ser fixado em local de fácil visualização, contendo 
informações relativas aos riscos provenientes de diversos elementos do processo de 
trabalho, como reagentes, equipamentos e procedimentos.
O mapa de riscos é construído tendo como base a planta baixa ou croqui do(s) 
Laboratório(s). 
Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos padronizados, que 
informam o tipo e a gravidade do risco em um ambiente definido.
Os círculos são desenhados na planta baixa ou croqui do ambiente mapeado e 
têm de ser colocados nos locais em que se encontram os riscos.
Os Mapas de Risco são elaborados pela Comissão Interna de Prevenção de Aci-
dentes (CIPA).
Quadro 3 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, 
de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes
Grupo Riscos Cor de Identificação Descrição
1 Físicos  Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes e vibrações.
2 Químicos  Vermelho Poeiras, fumo, gases, vapores, névoas, neblinas e substâncias compostas ou produtos químicos em geral.
3 Biológicos  Marrom Fungo, vírus, parasitas, bactérias, protozoários e bacilos.
4 Ergonômicos  Amarelo
Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, 
exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, 
imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, 
jormadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetividade e 
outras situações causadoras de strees físico e/ou psíquico.
5 Acidentes  Azul
Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, probabilidade 
de incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem 
proteção, armazenamento inadequado, quedas e animais peçonhentos.
Fonte: cipa.fmrp.usp.br
Na caracterização dos riscos, podem ser evidenciada, ainda, a intensidade do grau 
de risco, por meio da utilização de círculos, com diferentes tamanhos (Figura 9).
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Grande – Risco Grave Médio – Risco Médio Pequeno – Risco Leve
Figura 9 – Intensidade do grau de risco
Tipo de Risco
Físico
Acidental
Ergonômico
Biológico
Químico
Intensidade do Risco
G
M
P
Grande
Média
Pequeno
Extração de DNA
Extração de RNA
Eletroforese 
Captura de Imagem
pia Capelas
Bancada
Estufa de Secagem
pia
Escritório Escritório
Pré-PCR
PCR em tempo real
Escritório
Entrada
Figura 10 – Planta baixa de um mapa de risco de um Laboratório
Fonte: HIRATA, 2012
Importante!
Neste tópico, conhecemos os riscos ocupacionais e as medidas de prevenção. Estudamos 
as classes de riscos, os níveis de biossegurança em Laboratórios e a elaboração de um 
mapa de risco.
Em Síntese
Agora é com você!
•Considerando seu conhecimento de mundo e os tópicos abordados Neste 
tópico, descreva três situações práticas que representam risco físico, químico 
e biológico;
• Você deseja montar um Laboratório de Análises Clínicas e necessita comprar 
equipamentos. Em qual Classe de Risco você classificaria seu Laboratório?
Explique por que. A qual nível de Segurança Biológica pertence seu Laboratório?
25
UNIDADE Biossegurança
Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI) e Coletivo (EPC)
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
É obrigatória a utilização de EPI na execução de qualquer atividade que envolva o 
manuseio de reagentes químicos e soluções, o translado e o transporte de materiais 
perigosos e também a circulação em áreas externas, consideradas de risco.
De acordo com a Norma Regulamentadora n. 6 do Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE) é responsabilidade da Empresa fornecer EPIs aos seus funcionários 
gratuitamente e cabe aos empregados fazer o uso obrigatório dos EPIs e se respon-
sabilizar pela guarda e pela conservação deles.
Os EPIs são classificados de acordo com a parte do corpo que protegem: cabeça, 
tronco, membros superiores e inferiores.
Óculos de segurança e protetores faciais 
Os óculos de proteção ou de segurança protegem os olhos contra produtos quí-
micos e amostras biológicas (Figura 11A). Precisam ser de boa qualidade, a fim de 
proporcionar ao usuário visão transparente, sem distorções e opacidade. 
Os protetores faciais proporcionam melhor proteção, pois, além dos olhos 
(Figura 11B), amparam toda a face contra os respingos de substâncias potencial-
mente corrosivas e tóxicas, como fenol, álcalis (hidróxido de sódio e potássio) e 
ácidos, assim como proteção dos raios UV.
Figura 11 – (A) Óculos de proteção / (B) Máscara facial
Fonte: Adaptado de Getty Images
Existem, também, os óculos para a proteção contra grande intensidade de luz, 
como laser e luz intensa pulsada, na faixa de 400 à 1200nm (Figura 12).
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Figura 12 – Óculos para uso contra laser e luz intensa pulsada
Fonte: Getty Images
Protetores respiratórios
Os protetores ou as máscaras respiratórias contêm filtros que protegem o apa-
relho respiratório. 
No Laboratório, o mais comum é o que contém filtros mecânicos para proteção 
contra partículas suspensas no ar (Figura 13), mas, dependendo do trabalho que 
você exercer, outras máscaras podem ser mais adequadas. 
Figura 13 – Exemplo do uso da máscara descartável com proteção contra partículas suspensas no ar
Fonte: Getty Images 
27
UNIDADE Biossegurança
As máscaras semifaciais descartáveis são bem mais leves e confortáveis que as 
reutilizáveis (Figura 14).
As descartáveis têm a vantagem de dispensar a limpeza diária e a manutenção e 
podem ter válvula para exalação de ar, para que não fiquem saturadas de umidade 
proveniente da respiração.
Os tipos mais simples destinam-se exclusivamente a reter poeira.
Figura 14 – Máscaras semifaciais descartáveis (A) e reutilizáveis (B)
Fonte: Getty Images
Importante!
O uso correto da máscara respiratória deve cobrir o nariz e não somente a boca. É comum 
vermos pessoas nas ruas utilizando máscaras que cobrem somente a boca. Definitiva-
mente, essa não é a forma correta de utilização e é completamente proibida a utilização 
incorreta por profissionais de Saúde.
Importante!
Figura 15 – Uso correto da máscara cobrindo o nariz
Fonte: Getty Images
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Figura 16 – Uso correto da máscara facial (à esquerda) e incorreto (à direita) cobrindo somente a boca
Fonte: Getty Images
Como você já aprendeu sobre os Níveis de Biossegurança, você usaria a mesma máscara em 
um Laboratório NB-1 e NB-4? E para trabalhar com substâncias químicas voláteis?Ex
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As máscaras com filtros químicos protegem contra gases e vapores orgânicos 
(Figura 17), são utilizadas no manuseio de gases irritantes como cloreto de hidro-
gênio, dióxido de enxofre, amônia e formaldeído, que produzem inflamação ao en-
trarem em contato com os tecidos, e também no caso de gases anestésicos, como 
éter e grande parte de solventes orgânicos.
Existem dois tipos de máscaras respiratórias para uso, de acordo com a concen-
tração da substância química perigosa: semifacial e de proteção total.
Devem ser levados em consideração o cálculo obtido após a análise da concentra-
ção do contaminante presente na área e o limite de tolerância para a saúde humana.
As semifaciais são recomendadas para concentração dos vapores tóxicos inferio-
res a dez vezes o limite de exposição, e devem ser acompanhadas do uso de óculos 
de proteção (Figura 17).
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UNIDADE Biossegurança
Figura 17 – Exemplo do uso da máscara com filtro para vapores orgânicos
Fonte: Getty Images
As máscaras respiratórias de proteção total da face são utilizadas para ambien-
tes em que a concentração pode atingir até cinquenta vezes o limite de exposição 
(Figura 18).
Figura 18 – Máscara de proteção total da face
Fonte: Getty Images 
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Avental 
É o EPI mais comum em Laboratório. Protege as roupas contra borrifos quími-
cos ou biológicos e fornece, ainda, proteção adicional ao corpo.
Obrigatoriamente, deve cobrir completamente as vestimentas e ter mangas com-
pridas. A melhor opção são aventais de algodão puro, material não reativo a pro-
dutos químicos e menos inflamável.
Aventais que contenham a mistura poliéster-algodão são inflamáveis e derretem 
sobre a pele quando em contato com uma fonte de calor ou algum agente corrosivo 
e, por isso, devem ser evitados.
Os aventais devem ser abotoados completamente, para proteger sua roupa e 
corpo de respingos de reagentes, sangue ou outros fluidos corporais.
Escolha um jaleco que seja do seu tamanho, nem grande nem pequeno demais. 
 Use sempre jaleco de manga longa para proteger o braço (Figura 19).
Figura 19 – Uso correto do avental
Fonte: Adaptado de Getty Images
O uso do jaleco fora dos Hospitais e das Unidades de Saúde representa perigo à 
saúde da população (Figura 20). 
A Anvisa normatiza o uso apenas no ambiente de trabalho. A regra visa a redu-
zir os riscos de contaminação e a proliferação de bactérias, germes, vírus e fungos. 
Figura 20 – Uso incorreto de aventais
Fonte: change.org
31
UNIDADE Biossegurança
Infelizmente, é muito comum encontrarmos profissionais da Saúde utilizando 
aventais e jalecos em restaurantes e lanchonetes.
Esse péssimo hábito pode contaminar os locais de refeição e, inclusive, a comida 
exposta em restaurantes por quilo.
Existem Leis e diversos Projetos de Lei que proíbem o uso de jalecos fora de 
ambientes profissionais.
A lanchonete do Hospital não é ambiente profissional!
• Lei que proíbe uso de jalecos fora dos hospitais é sancionada pelo governador. 
Disponível em: http://bit.ly/36NCyMG
• Lei Promulgada nº 254 de 21/05/2013: http://bit.ly/31f93Cv
• Lei nº 9.160, de 23/07/2012: http://bit.ly/2uRjbW1
• Lei n° 14.466, de 08/06/2011: http://bit.ly/3b5pINx
• Lei do Jaleco: http://bit.ly/3aWL5QN
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Uso de jaleco fora do ambiente de trabalho. Disponível em: https://youtu.be/JjU3veMfHdc
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Luvas
Nenhum tipo de luva protege de todos os produtos químicos. Verifique o tipo 
adequado para o procedimento que você irá realizar, principalmente, quando hou-
ver contato prolongado com a substância.
Exemplo
• Luvas de látex devem ser utilizadas para manipulação de materiais biológicos, 
ácidos/bases diluídos;
• Luvas nitrílicas devem ser utilizadas para manuseio de solventes, ácidos e bases.
Veja o Quadro 4 para maiores detalhes.
Quadro 4 – Tipos de luvas e finalidades de uso
Tipo Finalidade de uso
Couro Material natural, com tratamento especial, adquire alta resistência mecânica. É ideal para operações de montagem, manutenções e manuseio de equipamentos.
Borracha natural
Material com boa elasticidade e boa resistência a sais, álcalis, ácidos e cetonas. É muito 
utilizada em laboratórios clínicos, indústrias farmacêuticas e alimentícias. Apresenta boa 
resistência aos solventes normalmente manipulados nos laboratórios.
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Tipo Finalidade de usoBorracha nitrílica Material sintético de alta resistência à abrasão e boa resistência aos agentes químicos.É empregada em laboratórios químicos e clínicos.
PVC
Material sintético resistente a álcool e ácidos, mas com baixa resistência a solventes 
orgânicos. É recomendada para trabalhos com líquidos ou produtos químicos qui exijam 
melhor aderência no maniseio, na lavagem de material, no manuseio de ácidos, óleos etc.
É utilizada no processamento de alimentos e na manufatura de produtos farmacêuticos.
Borracha neoprene Material sintético com boa resistência a óleos minerais, ácidos, álcalis, álcoois e solventes orgânicos. Como exemplo, podemos citar o manuseio de ácidos em laboratórios físico-químicos.
Você sabe como vestir uma luva? E removê-la? Existem procedimentos específicos para cada 
situação. Fico atento aos procedimentos corretos, pois você pode ser contaminado com subs-
tâncias químicas ou material biológico ao retirá-las incorretamente. Igualmente, é impor-
tante saber vesti-las, pois, a luva protege tanto seu corpo quanto o material ou o paciente 
que você está manipulando.
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Figura 21 – Procedimento para calçar luvas não estéreis
Fonte: Adaptado de WHO, 2009
Figura 22 – Procedimento para remoção de luvas não estéreis
Fonte: Adaptado de WHO, 2009
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UNIDADE Biossegurança
Agora que você já aprendeu a vestir e remover suas luvas, vamos pontuar infor-
mações importantes sobre o uso correto delas:
• Sempre troque as luvas ao manipular amostras suspeitas; 
• Jamais toque maçanetas de portas, telefone, equipamentos e superfícies de 
uso comum com luvas se não for estritamente necessário. Essa regra inclui a 
tela de seu celular;
• Não toque seu rosto, cabelo ou qualquer parte de seu corpo com as luvas. Quer 
coçar a cabeça ou o olho? Muito cuidado para não ser contaminado; Retire as 
luvas, lave as mãos e só então toque alguma região de seu corpo;
• Após a utilização, descarte o par de luvas. Não reutilize ou lave;
• Não utilize luvas rasgadas ou com furos (Figura 23).
Figura 23 – Uso correto de luvas
Fonte: Getty Images 
Figura 24 – Uso incorreto de luvas
Fonte: Getty Images
Em algumas situações e procedimentos, é necessário vestir luvas estéreis. 
Quer saber mais?
Técnicas de colocação e remoção de luvas estéreis. Disponível em: http://bit.ly/2uYG2ii
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Proteção de Membros Inferiores
Pés desprotegidos (sandálias) ou pouco protegidos (sapatos de pano) acarretam 
problemas sérios e podem gerar situações perigosas. O sapato deverá ser compatí-
vel com o tipo de atividade desenvolvida (Figura 24).
Não é permitido o uso de sapatilhas em Laboratórios, Clínicas e Hospitais, pois 
o peito do pé fica exposto a riscos químicos e biológicos.
Sapatos de salto alto são igualmente proibidos, devido à instabilidade e ao maior 
risco de quedas (Figura 25).
Figura 25 – Uso correto de sapatos
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Biossegurança
Figura 26 – Uso incorreto de sapatos
Fontes: Adaptado de Getty Images
Importante!
Sua segurança é infinitamente mais importante do que estar na moda!
Use os EPIs corretamente!
Importante!
Figura 27 – Cientista utilizando EPI adequadamente: óculos de proteção, avental 
de mangas compridas e abotoado, luvas, sapatos fechados, calças compridas
Fonte: Getty Images 
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Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Os EPCs permitem executar operações em condições de salubridade para o 
operador e as demais pessoas no Laboratório. 
São utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em 
caso de acidentes, reduzir suas consequências. Tais equipamentos permitem, ainda, 
eliminar ou reduzir o uso de alguns EPIs.
Cabine de Segurança Biológica (CSB)
É também denominada Cabine de Fluxo Laminar. É utilizada para proteger con-
tra microrganismos e aerossóis gerados durante procedimentos microbiológicos 
que podem conter agentes infecciosos. 
Além de proteger o experimento de contaminações originadas do ar, limita a ex-
posição do laboratorista e do ambiente. São também cabines especiais destinadas a 
trabalhos com produtos biológicos em condições absolutamente estéreis e trabalhos 
com ausência de partículas em suspensão no ar. 
A CSB é um sistema eletromecânico em que uma massa de ar ultrafiltrada, 
por meio de filtros High Efficiency Particulate Air (HEPA), move-se em sentido 
unidirecional, a baixas velocidades, criando um ambiente estéril e removendo a 
contaminação gerada no ambiente. 
Essas Cabines de Segurança podem ter fluxo horizontal ou vertical, em que o 
ar passa por um sistema de filtros de alta eficiência, com remoção de até 99,9% 
de partículas com tamanho de 0,3μ, aerossóis, pó tóxico e bactérias, garantindo a 
pureza do ar dentro da área de trabalho na CBS (Figura 28).
Figura 28 – Exemplo de Cabine de Segurança Biológica Nível 2
Fonte: Getty Images 
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UNIDADE Biossegurança
Chuveiro de emergência e lava olhos 
Chuveiros de emergência e o lavador de olhos devem ser instalados em locais 
estratégicos para permitir fácil e rápido acesso de qualquer ponto do Laboratório. 
Recomenda-se fazer um teste de funcionamento pelo menos uma vez por semana 
(Figura 29).
Os chuveiros de emergência devem fornecer uma ducha de água com um grande 
ângulo de abertura, para atingir totalmente a pessoa que se acidentou com espirros 
de líquidos corrosivos e/ou inflamáveis.
Os lavadores de olhos devem ter o dispositivo de fácil acionamento e suficientemente 
grande, porque o acidentado estará com a visão impedida, total ou parcialmente.
O jato de água precisa ser filtrado para evitar que partículas sólidas saiam 
com a água e devem ter uma alça de acionamento ao alcance de operadores de 
estatura baixa.
Figura 29 – Exemplo de chuveiro e lava-olhos (A) / Exemplo de lava olhos (B)
Fontes: Adaptado de Getty Images
Extintores
Todo Laboratório deve ter, por escrito, um plano de emergência para combate a 
incêndios e as instruções para evacuação do prédio.
 Profissionais que trabalham no Laboratório podem combater pequenos incên-
dios em bancadas, por isso, os Equipamentos de Segurança requerem verificações 
regulares para assegurar que estejam em locais apropriados e funcionem adequa-
damente.
Os incêndios são classificados de acordo com as características de seus combustíveis:
• Classe A: são os incêndios com implicação de materiais sólidos inflamáveis, de 
fácil combustão, com a propriedade de queimarem em superfície e profundidade 
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e de deixarem resíduos. São alguns exemplos: madeira, papelão, papéis, tecido 
etc. Recomenda-se utilizar água e espuma para combater o fogo. Se ele estiver 
no início, podem ser utilizados pós químicos secos ou gás carbônico;
• Classe B: são os incêndios que acontecem nos materiais gasosos e líquidos 
inflamáveis, produtos que queimam somente na superfície e não deixam re-
síduos, como vernizes e líquidos inflamáveis (álcoois, cetonas e derivados do 
petróleo). O controle pode ser feito por abafamento, gás carbônico, pó químico 
e espuma;
• Classe C: são os incêndios que ocorrem nos materiais energizados, pelos 
quais passa corrente elétrica. Recomendam-se os extintores que não condu-
zam corrente elétrica, como o de gás carbônico e o de pó químico seco. NÃO
deve ser utilizado qualquer extintor à base de água;
• Classe D: são os incêndios que ocorrem nos elementos que se inflamam es-
pontaneamente (pirofóricos), como magnésio, zircônio, titânio, pó de alumínio, 
urânio etc. Pode-se, também, combater esse tipo de incêndio por abafamento 
com pó químico especial.
Importante!
Neste tópico, foram abordados a importância e os diversos tipos de medidas e dispositi-
vos de proteção administrativa, coletiva e individual para a prevenção de riscos biológi-
cos e acidentes de trabalho.
Em Síntese
Agora que vocês já conhecem as Regras de Biossegurança, vamos aplicá-las?
• Trabalho em grupo: escolha uma atividade do Laboratório e faça um relatório descre-
vendo todas as etapas, de forma sequencial, que devem ser seguidas para a prática da 
boa Biossegurança;• Simule (mentalmente apenas!!) um acidente com respingo nos olhos. O que deve 
ser feito?
• As duas Figuras a seguir mostram condutas inadequadas em Laboratório. Exercite o 
conhecimento adquirido e corrija os erros encontrados.
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Os riscos: http://bit.ly/2GzM37G
Condutas inadequadas no Laboratório: http://bit.ly/3aXcgLxE
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UNIDADE Biossegurança
Procedimento Operacional Padrão (POP)
O POP é um documento que contém informações sobre a padronização de 
atividades, procedimentos ou experimentos realizados em Laboratórios, Clínicas e 
Hospitais (ou qualquer outro ambiente de trabalho).
Visa a otimizar as atividades realizadas e as rotinas de trabalho, aumentando a 
produtividade e a qualidade dos processos, assim como reduzir a variação de exe-
cução e as taxas de erros.
É de uso exclusivo e intransferível do Laboratório, Clínica ou Departamento que 
esteja realizando o procedimento e deve estar acessível aos funcionários envolvidos 
na realização da função em questão. Por exemplo, os profissionais que utilizam a 
Cabine de Biossegurança (CBS) devem ter acesso ao POP de operação de CBS 
daquele Laboratório.
Deve conter as instruções sequenciais dos procedimentos, a frequência de execu-
ção, assim como especificar o nome, o cargo e a função dos responsáveis pelas ativi-
dades, e deve ser aprovado, datado e assinado pelo responsável do estabelecimento.
Como os Laboratórios são peculiares, trabalham com organismos específicos e 
possuem equipamentos diferentes, cada um deve escrever seu próprio POP e dis-
ponibilizar para os funcionários.
É importante que os POPs estejam disponíveis para a autoridade sanitária, quan-
do forem requeridos.
Cada procedimento realizado pelo Laboratório, Clínica ou Área Hospitalar deve 
conter todos os POPs utilizados no local.
Exemplos de POP:
• POP para higienização das mãos;
• POP para uso de autoclave;
• POP para emergências, em caso de derramamento de resíduos biológicos;
• POP para desinfecção, lavagem e esterilização;
• POP para descarte de resíduo biológico;
• POP para uso de CBS.
Quer conhecer fichas de POP de Laboratórios? Disponível em: http://bit.ly/2vwv0RB
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Métodos de Descontaminação
Esterilização
Um procedimento de esterilização é aquele que mata todos os microrganismos, 
incluindo um elevado número de endósporos bacterianos e vírus.
A esterilização pode ser realizada pelo calor, pelo gás óxido de etileno, gás, pela 
água oxigenada, pelo plasma, pelo ozônio e pela radiação (na Indústria).
A garantia da esterilidade é estabelecida quando a probabilidade de um micror-
ganismo sobreviver ao tratamento submetido é menos de um em um milhão.
A autoclave é o equipamento mais comum para a esterilização de materiais que 
serão reutilizados, assim como materiais que serão descartados (meios de cultura e 
materiais contaminados).
Importante!
Meios de cultura e materiais contaminados devem ser autoclavados em sacos plásticos 
autoclaváveis, à prova de vazamento, e identificados antes de ser eliminados. Após a 
esterilização, o material poderá ser colocado em recipiente destinado ao transporte até 
o incinerador ou outro tratamento de lixo.
Importante!
Desinfecção
A desinfecção não tem a margem de segurança obtida por meio de processos 
de esterilização, pois é um processo que elimina quase todos os microrganismos 
patogênicos reconhecidos em objetos inanimados, mas nem todas as formas micro-
bianas, como esporos de bactérias ou fungos.
A eficácia de um procedimento de desinfecção é controlada de forma significa-
tiva, dependendo:
• Da natureza e do número de microrganismos contaminantes (especialmente, 
na presença de esporos bacterianos e fúngicos);
• Da quantidade de matéria orgânica presente (solo, fezes e sangue);
• Do tipo e do estado dos instrumentos, dos dispositivos e dos materiais para 
serem desinfetadas e da temperatura empregada.
Germicidas químicos são pouco usados como desinfetantes, pois, para matar 
um grande número de endosporos, podem ser necessárias altas concentrações e 
várias horas de exposição.
41
UNIDADE Biossegurança
Alguns germicidas podem matar rapidamente apenas as formas vegetativas de 
bactérias comuns, tais como estafilococos e estreptococos, algumas formas de fun-
gos e lipídios que contêm vírus, enquanto outros são eficazes contra os microrganis-
mos relativamente resistentes, como Mycobacterium tuberculosis var. bovis, vírus 
não lipídicos e a maioria dos fungos.
Os germicidas químicos líquidos, formulados como desinfetantes, podem ser 
utilizados para a descontaminação de grandes áreas. 
Em geral, quanto mais concentrado o produto químico, maior a eficácia e menor 
o tempo necessário para a destruição dos microrganismos; portanto, a potência 
do desinfetante depende da concentração e do tempo de exposição, embora essa 
não seja uma regra (por exemplo, álcool 70% é mais efetivo que álcool 100% para 
processos de desinfecção). 
Os compostos fenólicos são altamente potentes como desinfetantes. Na maioria 
dos casos, o tempo requerido varia de 10 a 30 minutos para desinfecção de superfí-
cie, de 30 minutos para desinfecção de artigos e de 10 a 18 horas para esterilização 
de artigos.
• Álcool: Os álcoois etílicos e o isopropílico são os principais desinfetantes utili-
zados em Serviços de Saúde, podendo ser aplicados em superfícies ou artigos 
por meio de fricção. Agem rompendo a parede das células e precipitando 
as proteínas celulares. Em baixas concentrações, inativam as enzimas, inter-
ferindo no metabolismo da parede celular. Indicado para superfícies fixas e 
mobiliários em geral, nas superfícies de bancada, cabine de fluxo laminar, equi-
pamentos de grande e médio porte e para antissepsia das mãos e de muitos 
equipamentos de uso médico. Por ser volátil e inflamável, o etanol deve ser 
cuidadosamente utilizado, pois é irritante para os olhos e considerado tóxico. 
A aplicação frequente produz irritação e dessecação da pele. O isopropanol 
também pode ser utilizado com a mesma eficácia. A concentração utilizada 
deve ser conforme recomendação do fabricante;
• Hipoclorito: O emprego desse composto liberador de cloro ativo é amplo 
em desinfecção, em geral, de objetos e de superfícies inanimadas, inclusive as 
contaminadas com sangue e outros materiais orgânicos, e também para reci-
pientes de descarte de materiais. São corrosivos para metais, principalmente, 
quando aplicados em objeto de prata ou alumínio, e atacam, ainda, quando em 
altas concentrações, as superfícies de aço inox. 
Os compostos liberadores de cloro são tóxicos, causando irritação na pele e nos 
olhos. Nas mucosas, provocam irritação e corrosão. A inalação do ácido hipocloro-
so gera tosse e choque, podendo causar irritação severa no trato respiratório.
Os tubos, as pipetas e outros materiais não descartáveis têm de ser colocados 
em recipientes plásticos com hipoclorito a 1%, sendo recolhidos periodicamente 
por funcionário treinado. 
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Os coletores com hipoclorito devem permanecer tampados no Setor. Após o 
prazo mínimo de 18 horas de mergulho completo dos materiais sólidos contami-
nados, eles devem ser retirados para incineração ou autoclavagem e os resíduos do 
desinfetante devem ser dispensados na pia.
Se forem materiais recicláveis, antes de voltarem a ser utilizados, devem ser la-
vados e reesterilizados.
A concentração de uso recomendada para desinfecção é: 0,02% a 1,0%.
Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies.
Disponível em: https://bit.ly/37V580cE
xp
lo
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Higienização das Mãos
A higiene das mãos é amplamente reconhecida como uma das principais estra-
tégias para a prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
As mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em momentos es-
senciais e necessários, ou seja, nos cinco momentos para a higiene das mãos, de 
acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção das IRAS causadas 
por transmissão cruzada pelas mãos: 
• Antes de tocaro paciente;
• Antes de realizar procedimento limpo/asséptico; 
• Após risco de exposição a fluidos corporais; 
• Após tocar o paciente;
• Após contato com superfícies próximas ao paciente.
A maioria das preparações alcoólicas para HM disponíveis no país contém eta-
nol (álcool etílico), mas também podem conter isopropanol (álcool isopropílico), ou, 
ainda, uma combinação de dois desses álcoois. 
A concentração final da preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos 
a ser utilizada em Serviços de Saúde deve cumprir com o estabelecido na RDC n° 
42/2010, ou seja, entre 60% a 80% no caso de preparações sob a forma líquida 
e concentração final mínima de 70%, no caso de preparações sob as formas gel, 
espuma e outras.
Quanto ao tempo de contato com a pele das mãos, recomenda-se que a HM 
com preparações alcoólicas nos serviços de saúde seja feita durante 20 a 30 segun-
dos, friccionando-se as mãos em todas as suas superfícies (Figura 30).
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UNIDADE Biossegurança
 
Figura 30 – Etapas da higienização das mãos
Fonte: Adaptado de HINRICHSEN, 2013, p. 26
Importante!
Neste tópico, você estudou os métodos de esterilização e desinfecção.
Em Síntese
Trabalho em dupla: elabore um POP de higienização das mãos;
Você está na rotina do Laboratório e utiliza pipetas e tubos com sangue. Como deve ser 
acondicionado esse material para posterior lavagem? É necessário esterilizar?
Qual a diferença entre desinfecção e esterilização? 
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Tratamento do Lixo Laboratorial
Os lixos produzidos pelos Serviços de Saúde devem seguir a Resolução RDC nº 
222, que regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Servi-
ços de Saúde (PGRSS). Essa Resolução inclui serviços de estética e embelezamento. 
As etapas do Gerenciamento de Resíduos incluem: geração, classificação, segre-
gação, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação até a disposi-
ção final ambientalmente adequada.
Os produtos ou resíduos biológicos devem ser acondicionados e identificados 
antes de seu transporte e descarte (Quadro 5).
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Todo material biológico – esfregaços, culturas e recipientes – contaminados de-
vem ser preferencialmente esterilizados antes do descarte ou reutilização. Nenhum 
material deve sair do Laboratório sem que esteja adequadamente embalado.
O acondicionamento é uma etapa de importância, pois irá preservar a integrida-
de dos recipientes contendo os resíduos, a fim de proteger os profissionais e facilitar 
a coleta, o tratamento e o transporte.
Sendo assim, é importante identificar corretamente os recipientes e utilizar EPIs 
para o manejo dos resíduos.
Para os resíduos biológicos ou “infectantes”, as caixas coletoras de resíduos (lixei-
ras) devem ser confeccionadas em material que permita descontaminação química 
ou física, providas de tampa movidas a pedal, com cantos e arestas arredondadas e 
que tenham identificação de risco biológico.
As caixas coletoras devem ser descontaminadas e lavadas pelo menos uma vez 
por semana e sempre que houver derramamento.
É proibido o esvaziamento ou o reaproveitamento dos sacos.
Quadro 5 – Simbologia por grupos de resíduos
Símbolos de identifi cação dos grupos de resíduos
Os resíduos do grupo A são identificados pelo 
símbolo de substância infectante, com rótulos de 
fundo baixo, desenha e contornos pretos.
Os resíduos do grupo B são identif icados 
através do símbolo de risco associado e com 
discriminação de substância química e frases 
de risco.
Os rejeitos do grupo C são representados pelo 
símbolo internacional de presença de radiação 
ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de 
fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da 
expressão MATERIAL RADIOATIVO.
Os resíduos do grupo D podem ser destinados à 
reciclagem ou à reutilização. Quando adotada 
a reciclagem, sua identificação deve ser feita 
nos recipientes e nos abrigos de guarda de 
recipientes, usando código de cores e suas 
correspondentes nomeações, baseadas na 
Resolução CONAMA nº 275/01, e símbolo de tipo 
de material reciclável.
Para os demais resíduos do grupo D deve ser 
utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. 
Pode ser seguida de cor determinada pela 
Prefeitura. Caso não exista processo de 
segregação para reciclagem, não há exigência 
para a padronização de cor destes recipientes.
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UNIDADE Biossegurança
Os produtos do grupo E são identificados 
pelo símbolo de substâncias infectante, com 
rótulos de fundo branco, desenho e contronos 
pretos, acrescidio da inscrisão de RESÍDUO 
PERFUROCORTANTE, indicando o risco que 
aoresenta o resíduo.
Fonte: Adaptado de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, 2006, p. 43
Importante!
Cada tipo de resíduo deve ser acondicionado em um recipiente específico e está subme-
tido a regras diferentes. Você sabe reconhecer o tipo de lixo armazenado pela cor do saco 
ou pelo tipo de recipiente?
Você Sabia?
Grupo de resíduos A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas caracte-
rísticas, podem apresentar risco de infecção.
Acondicionamento
Lixeira com pedal e saco branco leitoso (Figura 31). Os sacos devem ser substi-
tuídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 
48 (quarenta e oito) horas, independentemente do volume, visando ao conforto 
ambiental e à segurança dos usuários e profissionais.
Em caso de conter RSS de fácil putrefação, devem ser substituídos no máximo a 
cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume.
Figura 31 – Lixeira com pedal e saco branco para acondicionar resíduos do Grupo A
Fonte: Divulgação
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Grupo de resíduos B 
Resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à Saúde Pú-
blica ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade e toxicidade.
Acondicionamento
Resíduos químicos no estado sólido devem ser descartados em coletores consti-
tuídos de material rígido, resistente, compatível com as características do produto 
químico (Figura 32A).
Resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de ma-
terial compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com 
tampa rosqueada e vedante (Figura 32B).
Os recipientes devem ser acondicionados e identificados conforme o símbolo de 
risco associado (Quadro 5).
O saco para colocar dentro do recipiente é específico na cor laranja (Figura 33).
Figura 32 – (A) Acondicionamento de resíduos
do Grupo B sólido. (B) Acondicionamento de resíduos
do Grupo B líquido
Fonte: Divulgação
Figura 33 – Saco específi co para colocar
no interior do recipiente de descarte
Fonte: Divulgação 
Importante!
Devem ser observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si, 
observando as exigências de compatibilidade química do resíduo com os materiais das 
embalagens, de forma a evitar a reação química entre os componentes dos resíduos e 
das embalagens.
Importante!
Grupo de resíduos C
Rejeitos radioativos. 
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UNIDADE Biossegurança
Acondicionamento
Conforme procedimentos definidos pelo Supervisor de Proteção Radiológica, 
com Certificado de Qualificação emitido pela CNEN, ou equivalente, de acordo 
com Normas da CNEN, na Área de atuação correspondente (Figura 34).
Figura 34 – Acondicionamento de resíduos do Grupo C
Fonte: Getty Images 
Grupo de resíduos D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou 
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Artigos e materiais utilizados na Área de Trabalho, incluindo vestimentas e Equi-
pamento de Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem sinais ou suspeita 
de contaminação química, biológica ou radiológica. 
Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de 
vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material uti-
lizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não 
entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos,equipo de soro, abaixado-
res de língua e outros similares. Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, 
química e radiológica associada.
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Acondicionamento
De acordo com as orientações dos órgãos locais responsáveis pelo serviço de 
limpeza urbana. 
Em geral, é utilizada lixeira com pedal e saco preto (Figura 35A), e para material 
reciclável, saco verde (Figura 35B).
Figura 35 – Lixo comum saco preto (A) reciclável (B)
Fonte: Adaptado de Getty Images e Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul
Grupo de resíduos E
Resíduos perfurocortantes: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas 
de vidro, brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, próteses bucais 
metálicas inutilizadas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos 
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro 
quebrados no Laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri). 
Acondicionamento
Devem ser descartados em recipientes identificados, rígidos, providos com tam-
pa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento.
Os recipientes de acondicionamento dos RSS do Grupo E devem ser substituídos 
de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir 3/4 três 
quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do fabricante, sendo proibi-
do seu esvaziamento manual e seu reaproveitamento.
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UNIDADE Biossegurança
Importante!
É permitida a separação do conjunto seringa agulha com auxílio de dispositivos de se-
gurança, sendo vedada a desconexão e o reencape manual de agulhas. Caso não haja 
o dispositivo de segurança para separar agulha e seringa, o conjunto inteiro deve ser 
descartado (Figura 36).
Importante!
Figura 36 – Descarte de material perfurocortante (seringa com agulha conectada)
Fonte: Getty Images 
Destino do lixo laboratorial – Todo serviço de saúde deve conter Contrato de Prestação de 
Serviços e da Licença Ambiental das Empresas Prestadoras de Serviços para a destinação 
dos Resíduos de Serviço de Saúde. É imprescindível para o Serviço Gerador de RSS contratar 
Empresas legalizadas que prestam serviços de coleta e destinação dos RSS.
Disponível em: http://bit.ly/37XyTgI
Ex
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Importante!
Nesse capítulo, você aprendeu como os resíduos de saúde devem ser descartados e a 
classificação dos grupos de resíduos.
Em Síntese
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• Você está em sua Clínica estética aplicando toxina botulínica em uma paciente. Em qual 
descarte você deve colocar a agulha após o procedimento?
• Você está no Laboratório de Análises Clínicas manipulando tubos com sangue e depois 
se dirige para a cabine de fluxo laminar para semear uma cultura bacteriana. Em qual 
lixo você deve descartar luvas e máscara?
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Normas Regulamentadoras e Resoluções
As Normas Regulamentadoras são dispositivos legais elaborados pelo Ministério 
do Trabalho e Emprego que determinam as condições adequadas de Segurança e 
Saúde Ocupacional no Brasil.
NR32
Norma que regulamenta (NR) a Segurança e a Saúde no Trabalho em Serviço 
de Saúde.
Essa norma tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a imple-
mentação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos 
Serviços de Saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e 
assistência à saúde, em geral.
Para fins de aplicação dessa NR, considera-se Risco Biológico a probabilidade da 
exposição ocupacional a agentes biológicos.
Um dos pontos importantes da NR 32 é a sua interação com os programas: 
• Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde/Riscos Ambientais; 
• Controle Médico em Saúde Ocupacional;
• Proteção Radiológica;
• Gerenciamento de Resíduos;
• Vacinação;
• Segurança das Instalações do Ambiente.
NR7
Norma Regulamentadora que tem como objetivo proteger a Saúde Ocupacional 
dos trabalhadores e, por isso, estabelece a obrigatoriedade de elaboração e imple-
mentação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com 
o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
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UNIDADE Biossegurança
NR9
Essa Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da 
implementação, por parte de todos os empregadores e Instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
– PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por 
meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle 
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente 
de trabalho, levando em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos 
naturais.
ANVISA
Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa) é uma agência reguladora, sob a forma de autarquia de 
regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde.
A ANVISA tem por finalidade promover a proteção da saúde da população, 
por intermédio do controle sanitário da produção e do consumo de produtos e 
serviços submetidos à Vigilância Sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, 
dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de porto, 
aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
RDC 222
Em 2018, a Diretoria Colegiada da ANVISA revogou a Resolução da Diretoria 
Colegiada (RDC 306) e estabeleceu a RDC nº 222, que regulamenta as Boas Práti-
cas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
52
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Pops de rotinas de Laboratório
Instituto de ciências Biomédicas USP. Pops de rotinas de Laboratório.
http://bit.ly/2vwv0RB
 Livros
Resolução da diretoria colegiada – RDC nº 222
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada 
– RDC nº 222. Brasília: 2018.
Guia de imunização – Medicina do Trabalho
Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm/Associação Nacional de Medicina do Trabalho 
– ANAMT. Guia de imunização – Medicina do Trabalho. São Paulo: 2018-2019.
 Leitura
Diretrizes básicas para apresentação e aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de 
Saúde (Laboratório de Patologia)
http://bit.ly/2vx9JqW
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UNIDADE Biossegurança
Referências
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Gerenciamento 
de Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília: ANVISA, 2006.
________. ________. Nota técnica Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: 
Orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília: ANVISA, 2018.
________. ________. Resolução da diretoria colegiada – RDC nº 222. Brasília: 
ANVISA, 2018.
________. ________. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e 
desinfecção de superfícies. Brasília: ANVISA, 2012.
BARSANO, P. R. et. al. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da 
saúde. São Paulo: Érica, 2014.
BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Disponível em: <http://ctnbio.
mctic.gov.br/a-ctnbio>. Acesso em: 23 jan 2020.
EBSERH. Hospitais Universitários Federais. Protocolo de acidente de trabalho. 
Dourados: Hospital Universitário da Grande Dourados, 2014.
FURG. Universidade Federal de Rio Grande. Instituto de Ciências Biológicas. Guia 
de medidas para acidentes com substâncias químicas, primeiros socorros, 
controle para derramamento ou vazamento e combate a incêndio. Disponível 
em: <https://icb.furg.br/images/pdf/guia-de-medidas-para-acidentes-com-
substancias-quimicas.pdf>. Acesso em: 21 jan 2020.
HINRICHSEN, S. L. Biossegurança e Controle de Infecções. Risco Sanitário 
Hospitalar. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. (e-book)
HIRATA, M. H. Manual de biossegurança. 3.ed. São Paulo: Manole. 2017. (e-book)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços 
Hospitalares. Manual de Padronização de POPs. Brasília: Ebserh – Empresa 
Brasileira de Serviços Hospitalares, 2014.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Classificação de Risco dos Agentes Biológicos 3.ed. 
Brasília:Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento 
do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, 2017.
________. Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Agentes 
Biológicos 2.ed. Brasília: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos 
Departamento de Ciência e Tecnologia, 2006.
________. Exposição a materiais biológicos. Brasília: Secretaria de Atenção à 
Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, 2006.
________. NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Brasília: 
MS, 2011.
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________. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós 
Exposição de Risco à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasília: 
MS, 2017.
SBIM – Sociedade Brasileira de Imunizações/ANAMT – Associação Nacional de 
Medicina do Trabalho. Atualização em vacinação ocupacional – Guia prático. 
Belo Horizonte: 2007.
SILVA, J. V. Biossegurança no contexto da saúde. São Paulo: Erica, 2013. (e-book)
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Outros materiais