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4 Mudanças na questão social - a crise contemporânea do capitalismo

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MUDANÇAS NA 
QUESTÃO SOCIAL: A CRISE 
CONTEMPORÂNEA DO 
CAPITALISMO
 
SST
SOUZA, Joana Darc
Mudanças na questão social: a crise contemporânea do 
capitalismo / Joana Darc Souza 
Ano: 2020
nº de p. 13
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
3
MUDANÇAS NA QUESTÃO 
SOCIAL: A CRISE CONTEMPORÂNEA 
DO CAPITALISMO
Apresentação
Neste momento, trataremos de um assunto relacionado a mudanças na questão 
social a crise contemporânea do capitalismo. Estudaremos sobre a formação do 
liberalismo e o seu conceito de livre mercado. Também estudaremos sobre os 
governos federais que se estabeleceram na década de 1990 com a abertura da 
economia do Brasil para o novo liberal (neoliberalismo), destacando os governos de 
Fernando Collor, seu sucessor Itamar Franco e, Fernando Henrique Cardoso – FHC 
com seus dois mandatos. 
Por fim, estudaremos sobre as legislações sociais que foram sancionadas nos 
anos de 1990, tendo como marco a consolidação da Constituição Federal de 
1988 e destacando essas legislações no cenário de mínimos sociais provocados 
pelos ditames capitalistas. Fique atento a todas as informações presentes aqui, 
e vamos juntos ao processo de conhecimento e aprendizagem a respeito da 
relevância desses assuntos para a compreensão de sociedade e da importância 
de compreender a questão social e o contexto neoliberal em que a questão 
social se deflagra. 
Bons estudos. 
CONCEITO DE MERCADO LIVRE E O 
SISTEMA CAPITALISTA 
O desenvolvimento agora parte do ponto de quem dita as normas e as regras, é 
a filosofia do liberalismo clássico, em que toda a legalidade e autoridade são do 
mercado. Assim, surge um mercado livre e o capitalista tem a liberdade de mercado, 
sem que o Estado enquanto nação interfira nas decisões de mercado, de acordo 
com o seu monopólio e/ou categoria em que se insira no mercado. 
Diante desta nova realidade, verificamos que a política social exercida pelo 
Estado também sofre modificações. Isso porque viviam na transição, para uma 
“democracia” e uma política representativa (IAMAMOTO, 2013).
4
No entanto, conforme Schons (2008), foi o contrário do que estava acontecendo 
anteriormente, pois o mercado passava de regulado para autorregulável. Sendo 
assim, a época do liberalismo clássico do “laissez-faire” do mercado promoveu um 
novo modelo de economia mudando completamente a sociedade do século XVIII. 
Essa expressão é uma expressão francesa utilizada para referenciar o sistema 
econômico liberal, esse sistema capitalista teve seu início no final do século XIX e 
durou até o início do século XX.
Laissez-faire: Sistema capitalista que teve início no final do 
século XIX e durou até o início do século XX. A expressão francesa 
simboliza o liberalismo econômico, em que o comércio funciona 
livremente. 
Curiosidade
GOVERNOS BRASILEIROS DA DÉCADA 
DE 1990 E O NEOLIBERALISMO 
BRASILEIRO 
Em meados dos anos 1990 (1990 – 1992), com a posse do presidente alagoano 
Fernando Affonso Collor de Mello. O país vivenciava uma crise econômica política 
e social e, com esse governo, ela não se estabilizou, uma vez que houve muitas 
tentativas de estabilizar o mercado financeiro e econômico, porém fracassando 
em todas elas. 
Cabe destacar que foi no governo Collor que o país passa a adotar 
concretamente o neoliberalismo enquanto política econômica e monetária 
e que se tinha a ideia de que com essa política pudesse diminuir o tamanho 
do Estado, acirrar competições no mercado e com isso aquecer a economia, 
e ainda conseguir lucrar com as vendas das estatais já que para diminuir o 
Estado em termos de tamanho e responsabilidade, as privatizações eram um 
dos caminhos a percorrer. 
5
O neoliberalismo refere-se à retomada de forma intensa do 
ideário liberal, o qual apregoa a liberdade dos mercados, as 
liberdades individuais, a auto-regulação dos mercados, ou seja, 
a não interferência do Estado na economia. O projeto neoliberal 
defende a retração da intervenção do Estado no campo social. Há 
a valorização da área econômica em detrimento da social. 
Atenção
No entanto, ainda no final do ano de 1990, a imagem do presidente começava a 
ruir, isso porque começaram a ser divulgadas, nos principais jornais nacionais, 
denúncias de corrupções que envolviam o presidente, e foi formada uma Comissão 
parlamentar de inquérito - CPI, para investigar as denúncias.
Nesse contexto, os jovens levantaram a bandeira brasileira e se fomentou um 
movimento popular que levou milhares de pessoas às ruas, pedindo moralização e ética 
na política. Esse movimento ficou conhecido como “caras-pintadas”. Diante disso, deu-
se o “impeachment” e o presidente foi afastado, assumindo, assim, Itamar Franco. 
Neste período, como descreve Iamamoto (2013), retomava-se o 
neoconservadorismo profissional e a Assistência Social era coordenada pela 
primeira dama Rosane Collor, por meio da LBA (Legião Brasileira de Assistência). 
Com isso, visualizamos uma refilantropização do social, que vinha conduzida pela 
LBA desde o governo de Getúlio Vargas.
Então, logo após, durante o governo Itamar, a inflação continuou subindo e o 
presidente passou sem deixar marcas significativas para o país. No entanto, 
o Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC), elaborou um plano 
econômico, o Plano Real, o qual lhe proporcionou a vitória na eleição para 
presidente da república em 1994. 
Plano real
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
6
Durante estes dois governos anteriores, o neoliberalismo vinha lentamente entrando 
no país. Com a posse de FHC, houve um aceleramento na implementação do 
sistema neoliberal, o que transformou o mundo do trabalho no país. Outros marcos 
do governo FHC foram:
• a descentralização dos serviços públicos, responsabilizando em maior pro-
porção o Estado e os municípios;
• a privatização das grandes estatais, quando em que vendeu várias empresas 
brasileiras, e/ou foram unidas a outras empresas.
A partir das privatizações, a população passou a se movimentar pacificamente com 
o slogan “O Brasil está à venda”. Com isso, a política neoliberal de privatizações 
do setor público aumentou o patrimônio privado de muitas empresas do setor 
bancário, industrial e da construção civil. Quando O presidente Fernando Henrique 
Cardoso, assumiu a presidência da República, seu governo enquanto metas, tinha 
alguns objetivos para alcançar, e que foram alcançados ao longo dos seus dois 
mandatos, sobretudo o primeiro mandato, dentre esses objetivos um deles era 
o de fortalecer a nova moeda brasileira – Real e, consequentemente aprofundar 
as privatizações das empresas estatais. As mudanças ocorridas no mercado de 
trabalho refletem até os dias atuais no Brasil. 
O filme Real – o plano por trás da história apresenta como se deu 
todo o processo de estudo e implantação do plano real. 
Vale a pena assistir!
Saiba mais
Mudanças do mercado de trabalho
Iniciou o trabalho 
terceirizado 
Diminuindo os processos de concursos 
públicos para carreiras nas empresas 
governamentais.
Abertura de empresas 
de recursos humanos 
Para prestar serviços ao Estado nas grandes 
estatais.
Precarização da 
mão de obra
Postos de trabalhos antes ocupados por 
servidores públicos concursados e efetivos 
agora passam a ser ocupados por pessoas 
contratadas por uma empresa terceirizada 
pelo governo federal, estadual e/ou municipal.
Fonte: Elaborada pela autora (2020)
7
Com base nas informações delineadas na tabela acima, podemos perceber que 
é retirada da classe trabalhadora a estabilidade de servidor público, os salários 
ficam mais baixos e, em muitos casos, trabalhadores celetistas são contratados 
temporariamente ou prestadores de serviços. Assim, na década de 1990, o terceiro 
setor começa a crescer, pois, com o novo modelo de sistema capitalista, o Estado 
torna mínimo o investimento no setor social, e com um agravante, visto que em 
países de capital tardio que adotam o neoliberalismo, é notório que as condições de 
vida dos mais pobres, sofremseus reflexos.
Contudo asseveramos que, as demandas das desigualdades apresentadas pelas 
expressões da questão social na vida dos trabalhadores e seus familiares não 
encontram espaço nos serviços públicos ofertados e a sociedade civil fica organizada 
por meio das associações, que são responsabilizadas a atender essas demandas.
Para contribuir ainda mais com seu conhecimento sobre a 
assistência social deixamos como sugestão alguns textos com 
seus links de acesso.
Artigo: Neoliberalismo: crise econômica, crise de representa-ti- 
vidade democrática e reforço de governamentalidade. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101 
-33002019000100007>. Acesso em: 18 set. 2020. 
Artigo: A política social no período FHC e o sistema de proteção social. 
Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex 
t&pid=S0103-20702003000200004>. Acesso em: 18 set. 2020. 
Saiba mais
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES SOCIAIS 
DO FINAL DOS ANOS 1980 A 1990 E 
CONTEXTO NEOLIBERAL CAPITALISTA
Percebemos, então, que a Constituição de 1988, a lei do Sistema Único de Saúde 
(SUS), a lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) e outras leis que foram criadas não eram suficientes para 
minimizar as desigualdades sociais vivenciadas nos anos 1990, o que fazia o 
sistema neoliberal crescer cada vez mais. 
8
A Constituição Cidadã, que traz a garantia dos direitos sociais, tem dificuldades de 
se materializar em sua concretude devido as ações de políticas neoliberais. 
Contudo, houve mudanças em todas as políticas sociais no setor público e uma 
nova segmentação básica, em que os serviços públicos eram designados à 
população pobre e os serviços privados em todas as áreas sociais para a população 
de renda média e alta. 
Isto aconteceu principalmente nas áreas de saúde e educação. Surgindo, assim, 
uma “nova burguesia de serviços”, que explora principalmente as políticas sociais 
de saúde e de educação e a política neoliberal no país, além de abrir espaço a 
outro setor privado.
Portanto, com a reforma previdenciária, uma política privada de previdência foi 
designada por meio do setor bancário. Desse modo, houve um crescimento da nova 
burguesia de serviços privados, os quais são um subproduto que foi retirado, por 
causa da redução dos gastos e da garantia dos direitos sociais constitucionais 
(BOITO JUNIOR, 1999).
Artigo: Inflexões nas políticas sociais brasileiras nos anos 90: as 
transformações societárias e o impacto nas políticas sociais no Brasil
Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8273/8273_3.
PDF>. Acesso em: 18 de set. de 2020 
Saiba mais
Outro fato que marca o país, até os dias atuais, é a política neoliberal que estimula 
a desregulamentação do mercado de trabalho, fomentando a negação dos direitos 
trabalhistas, pela contratação dos trabalhadores sem carteira assinada. A partir 
desta política neoliberal, a precarização da mão-de-obra aumentou em 53% e a 
violação de direitos da população trabalhadora em 1990 (IAMAMOTO, 2013). 
Então, têm início os contratos temporários, que reduzem as contribuições 
obrigatórias e suspendem os direitos trabalhistas. Neste contexto, o 
assistente social é um trabalhador assalariado, o qual tem a sua mão de obra 
também precarizada e as políticas públicas sociais fragilizadas. Isso porque 
teve menos investimentos para a execução dos programas, dos projetos, dos 
serviços e dos benefícios.
9
Esse cenário econômico e político vivenciado pelo país gera 
um problema estrutural, apresentando como consequências às 
expressões da questão social, vivenciada pelos trabalhadores, 
acarretando:
• no aumento da violência, da fome e do uso de drogas;
• no aumento no desemprego;
• de pessoas nas cidades sem teto; e 
• pessoas na zona rural sem-terra para morar e trabalhar.
Atenção
A desigualdade social toma uma nova proporção, segundo Behring, 2000.
Suas garantias foram podadas pelo novo sistema neoliberal, que deixou o Estado 
sem empresas e automaticamente com menos recursos financeiros para investir 
nas políticas públicas e sociais (BOSCHETTI,2009). 
O que acarretou uma nova configuração dos serviços ofertados dentro dessas 
políticas. Com o mínimo do Estado para o social, os serviços, os programas 
e os benefícios se tornam precarizados também, e apresentam um caráter 
descontinuado, não sendo mais permanentes.
Então, o foco desses serviços é apenas para aquele público em situação de 
miserabilidade. Situações pontuais por um determinado período e para algumas 
situações específicas e com condições de traçar um perfil dos usuários que terão 
direito a receber os benefícios.
Políticas sociais
À medida que há um investimento contínuo para acelerar o crescimento dos lucros 
do capitalismo, é necessário que as políticas sociais também cresçam.
Exploração da mão de obra
Pois, cada vez mais, a exploração da mão de obra aumenta e o salário torna-se 
menor, não sendo suficiente para suprir as carências do trabalhador.
10
Assistências aos operários 
Desse modo, o Estado precisa ofertar assistências à classe operária, por meio 
dessas políticas.
Simultaneamente, os problemas ou sequelas sociais, antes sob a 
responsabilidade do Estado, agora são vistos de forma diferente. 
A questão social se mostra com uma natureza privada das suas 
manifestações individuais, como se fosse uma situação redefinida, 
com uma face antes escondida.
Atenção
O Estado burguês, no capitalismo monopolista, converte as refrações da questão 
social em problemas sociais, pois veem agora os problemas coletivos como 
problemas individuais, tornando-os, assim, privados e não mais públicos. É claro 
que as estratégias de classe implantadas pelo Estado burguês no capitalismo 
monopolista englobam diferencialmente as vertentes públicas e privadas em 
relação às intervenções da questão social. 
Assim, segundo Netto (1996) relata, há contradição do Capitalismo Monopolista 
em relação às sequelas da questão social, pois, neste sistema, o Estado agia 
como um mediador entre o mercado e a classe operária, controlando a atuação 
do capitalismo monopolista e atendendo às demandas sociais causadas por ele. 
Para evitar um movimento social da classe subalterna em busca da garantia de 
seus direitos sociais, neste movimento de articulação, o Estado começou a delegar 
situações públicas como privadas, tendo a finalidade de não ser responsabilizado 
em sua totalidade pelas expressões da questão social geradas neste sistema.
Ao analisar o processamento do desenvolvimento das economias 
nacionais da América Latina, nas suas relações com o mercado 
mundial, é necessário apontar se existem mudanças que indicam 
situação de erradicação da pobreza e, consequentemente, 
minimização da desigualdade social.
Atenção
11
A aceitação do liberalismo e, em seguida, do neoliberalismo foi uma negação 
ao bem-estar social, iniciado em dois grandes países: Inglaterra, na Europa, e 
nos Estados Unidos, na América do Norte, nas décadas de 1980. Por meio de 
ações monetaristas, esses países em busca de equilíbrio orçamentário e fiscal, 
para combater a inflação simboliza uma nova modalidade do capitalismo 
(financeiro) em oposição as proposições de John Keynes e às ações de 
direitos sociais.
Foi colocada em discussão a mudança de lugar do Estado em relação aos menos 
beneficiado se suas deficiências sociais revelam o abandono das políticas de 
proteção aos carentes, financiadas pelos impostos sobre os afortunados. 
Estado mínimo no investimento público
NEOLIBERALISMO
Menos Educação
Menos Saúde
Menos Assistência Social
Menos Segurança Pública
Menos Previdência Social
Fonte: Elaborado pela autora (2020)
Em resumo, o hiato visível entre a massa subalterna que vende sua força de 
trabalho para a classe que pode comprar é problema de cada sujeito, não da 
sociedade e/ou do Estado. O neoliberalismo monetarista é essencialmente 
antagônico ao estado do bem-estar social instalado pós-crise de 1929, pela 
proposta deKeynes. Um modelo criado com o monetarismo além das outras 
mudanças sofridas em todo o mundo, a exemplo das reformas nos sistemas 
de aposentadoria da classe trabalhadora. Contudo, percebemos que as 
consequências das mudanças neoliberais nas políticas foram indicadores do 
desemprego, que se assemelhou com a época da Grande Depressão, com o 
declínio acentuado do PIB mundial. 
12
Para mais conhecimento e aprofundamento a respeito do tema 
trabalhado aqui, deixamos alguns textos como sugestão de leitura 
complementar: 
GASPAROTTO, G. P.; GROSSI, P. K.; VIEIRA, M.S. O ideário neoliberal: 
a submissão das políticas sociais aos interesses econômicos. 
Anais XI Seminário Internacional de Demandas Sociais e Políticas 
Públicas na Sociedade contemporânea e VII Mostra de trabalhos 
científicos. Mestrado e doutorado em Direito. UNISC. Disponível em: 
<http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/8153/2/
evento_006%20-%20Patr%C3%ADcia%20Krieger%20Grossi.pdf>. 
Acesso em: 18 de set. de 2020
Boa leitura!
Saiba mais
Fechamento 
Com os estudos apresentados, vimos uma correlação entre as mudanças ocorridas 
no país e no mundo após a década de 1980. Aprendemos sobre o conceito 
do neoliberalismo, bem como apresentamos os governos brasileiros que se 
consolidaram nos anos de 1990: governo Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando 
Henrique de Cardoso – FHC. 
Com destaque a alguns pontos que impactaram a história e o modo de vida da 
sociedade brasileira, no social, na política e na economia, observando a partir do marco 
divisor chamado neoliberalismo, que alargou a desigualdade social e trouxe à tona 
novas expressões da questão social, antes não vivenciadas pela população no país.
13
Referências
BEHRING, E. R. Principais abordagens teóricas da política social e da cidadania. 
Capacitação em serviço social e política social. Módulo, v. 3, p. 21-40, 2000.
BOITO, J. A. Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. São Paulo: Xamã VM, 1999.
BOSCHETTI, I. et. al (Orgs.). Política social no capitalismo. Tendências 
contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2009.
BRASIL. LEI Nº 10.219, DE 11 DE ABRIL DE 2001. Cria o Programa Nacional de 
Renda Mínima vinculada à educação - “Bolsa Escola”, e dá outras providências, 
Brasília, DF, Abr. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/LEIS/
LEIS_2001/L10219.htm>. Acesso em: 25 fev. 2019.
______. LEI Nº 10.458, DE 14 DE MAIO DE 2002. Institui o Programa BolsaRenda 
para atendimento a agricultores familiares atingidos pelos efeitos da estiagem 
nos Municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência, e dá 
outras providências, Brasília, DF, mai. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10458.htm>. Acesso em: 25 fev. 2019.
______. LEI Nº 10.836, DE 9 DE JANEIRO DE 2004. Cria o Programa Bolsa Família e 
dá outras providências, Brasília, DF, jan. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm>. Acesso em: 25 fev. 2019.
______. LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Dispõe sobre a organização da 
Assistência Social e dá outras providências, Brasília, DF, DEZ. 1993. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ L8742compilado.htm>. Acesso em: 25 fev. 2019.
______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Política Nacional 
de Assistências Social/PNAS. Resolução CNAS nº 145, de 15 de outubro de 2004. 
Disponível em: <http://www.sesc.com.br/mesabrasil/doc/ Política-Nacional.pdf>. 
Acesso em: 25 fev. 2019.
IAMAMOTO, M. V. O Brasil das desigualdades:“questão social”, trabalho e relações 
sociais. Revista Ser Social, v. 15, n. 33, p. 326-342, 2013.
NETTO, J. P. Capitalismo monopolista e serviço social. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
SCHONS, C. H. A contribuição dos wikis como ferramentas de colaboração no 
suporte à gestão do conhecimento organizacional. Informação & Sociedade: 
Estudos, v. 18, n. 2, 2008.

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