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politica social behring e boschetti - cap 3 e 4

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· KEYNESIANISMO-FORDISMO E A GENERALIZAÇÃO DA POLÍTICA SOCIAL
· A GRANDE CRISE DO CAPITAL E A CONDIÇÃO DA POLÍTICA SOCIAL
· O enfraquecimento das bases materiais e subjetivas de sustentação dos argumentos liberais ocorreu ao longo da segunda metade do século XIX e no início do século XX, como resultado de alguns processos político-econômicos:
· CRESCIMENTO DO MOVIMENTO OPERÁRIO
· Passou a ocupar espaços políticos e sociais importantes, como o Parlamento, obrigando a burguesia a “entregar os anéis para não perder os dedos” – ou seja, a burguesia se viu pressionada a reconhecer direitos de cidadania política e social cada vez mais amplos.
· Vale lembrar a vitória do movimento socialista em 1917, na Rússia – Revolução Russa, e seu efeito de fortalecimento do movimento operário internacional.
· MUDANÇAS NO MUNDO DA PRODUÇÃO: FORDISMO
· Modelo de produção em massa para o consumo de massa – princípios: padronização e especialização do trabalhador (p. 86-87-88).
· Tais mudanças ofereceram maios poder coletivo aos trabalhadores, que passaram a requisitar acordos coletivos de trabalho e ganhos de produtividade.
· CONCENTRAÇÃO E MONOPOLIZAÇÃO DO CAPITAL
· Esse processo destrói a utopia liberal do indivíduo empreendedor orientado por sentimentos morais.
· Cada vez mais o mercado vai sendo liderado por grandes monopólios.
· Destaque para o papel dos bancos
· Fusão entre o capital bancário e o capital industrial – capital financeiro.
· A concorrência intercapitalista feroz entre grandes empresas de base nacional ultrapassou fronteiras e se transformou em confronto aberto e bárbaro nas duas Grandes Guerras Mundiais.
· A CRISE DE 1929-1932
· A crise mostra para a burguesia os limites do mercado quando regulado pela “mão invisível”.
· Foi a maior crise econômica mundial do capitalismo até aquele momento. Crise que se iniciou no sistema financeiro norte-americano.
· Com ela instaura-se a desconfiança de que os pressupostos do liberalismo econômico poderiam estar errados e se instaura, em paralelo à Revolução Socialista de 1917, uma forte crise econômica, com desemprego em massa, e também de legitimidade política do capitalismo.
· COMO EXPLICAR ESSA CRISE E QUAIS SEUS REBATIMENTOS NA POLÍTICA SOCIAL?
· O que move o capital é a busca de lucros, ou seja, a extração do máximo de mais-valia a partir dos simultâneos processos de trabalho e valorização que integram a formação do valor das mercadorias, o qual se realiza na esfera da circulação - produção e circulação.
· A busca de lucros adquiriu forma específica em cada período do modo de produção capitalista: o capitalismo concorrencial (século XIX), o imperialismo clássico (fins do século XIX até a Segunda Guerra Mundial) e o capitalismo tardio (pós-1945 até os dias de hoje) (MANDEL, 1982).
· Para Mandel a crise de 1929 precisa ser compreendida por dentro dos ciclos longos de depressão e expansão do capital – operação da Lei do Valor.
· Segundo Mandel, o período de expansão notabiliza-se pelo crescimento da composição orgânica do capital, pelo aumento da taxa de mais-valia (o que pressupõe o recuo do movimento operário) e pela possível baixa dos preços das matérias primas. Essa situação cria seus próprios obstáculos – p. 69-70.
· Todos os processos descritos geram uma espécie de “contestação burguesa” do liberalismo ortodoxo. Serão as formulações teóricas e proposições político-práticas de Keynes que irão inspirar as “saídas” europeias da crise (Nos EUA tivemos a experiência do New Deal). 
· Ambas têm um ponto em comum: a sustentação pública de um conjunto de medidas anticrise, tendo em vista amortecer as crises cíclicas de superprodução, superacumulação e subconsumo, ensejadas a partir da lógica do capital. Nesse contexto, estão também envolvidas as Políticas Sociais.
· APROFUNDANDO A TEORIA E AS PROPOSIÇÕES DE KEYNES
· Principal obra de referência: Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936) – defenderá a intervenção estatal com vistas a reativar a produção – maior intervenção do Estado na economia.
· EM QUE ASPECTOS ELE ROMPE COM O LIBERALISMO CLÁSSICO?
· A situação dramática de desemprego generalizado dos fatores de produção – homens, matérias-primas e auxiliares, e máquinas;
· Keynes questiona alguns pressupostos do liberalismo clássico: 1) a insuficiência da lei dos mercados e 2) o conceito de equilíbrio econômico (p. 85).
· O PAPEL DO ESTADO
· Mudança na relação do Estado com o sistema produtivo (rompe parcialmente os princípios do liberalismo clássico).
· O Estado torna-se produtor e regulador, o que não significa o abandono do capitalismo ou a defesa da socialização dos meios de produção.
· O Estado aparece como um agente externo em nome do bem comum, o que supõe uma visão de Estado neutro e árbitro – tem legitimidade para intervir por meio de um conjunto de medidas econômicas e sociais, tendo em vista gerar demanda efetiva, ou seja, disponibilizar meios de pagamento e dar garantias ao investimento, até mesmo contraindo déficit público, para controlar o volume de moeda disponível e as flutuações da economia (p. 85-86).
· MAS, ALÉM DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS, ERAM NECESSÁRIAS CONDIÇÕES POLÍTICAS E CULTURAIS PARA SUSTENTAR A ONDA LONGA DE EXPANSÃO DO CAPITALISMO
· Compromissos e reposicionamentos políticos das classes e seus segmentos, ajustando-se às novas condições e a difusão em massa do novo ethos consumista de massas.
· Para o movimento operário organizado, essa possibilidade histórica implicou abrir mão de um projeto mais radical, em prol de conquistas e reformas imediatas, incluindo-se aí os direitos sociais, viabilizados pelas políticas sociais.
· Forte isolamento da esquerda revolucionária, para que muito contribuíram os destinos do socialismo realmente existente, da chamada III Internacional e a Guerra Fria.
· AS POLÍTICAS SOCIAIS E A EXPERIÊNCIA DO WELFARE STATE
· A primeira grande crise do capital, com a depressão de 1929-1932, seguida dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, consolidou a convicção sobre a necessidade de regulação estatal para seu enfrentamento. Esta só foi possível pela conjugação de alguns fatores como: a) estabelecimento de políticas keynesianas com vistas a gerar pleno emprego e crescimento econômico;
· b) instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demanda e ampliar o mercado de consumo; e c) um amplo acordo entre a esquerda e a direita, entre capital e trabalho.
· QUAIS ELEMENTOS MARCAM O PERÍODO DA “IDADE DE OURO” DAS POLÍTICAS SOCIAIS?
· 1. Crescimento do orçamento social em todos os países da Europa; 2. Crescimento incremental de mudança demográfica, expresso pelo aumento da população idosa e o aumento da taxa da população economicamente inativa; 3. Crescimento sequencial de programas sociais.
· A ordem de adoção e expansão de programas sociais foi bastante similar em quase todos os países: primeiro a cobertura de acidentes de trabalho, seguida pelo seguro-doença e invalidez, pensões a idosos, seguro-desemprego e, por último, auxílio maternidade; em relação à cobertura, os primeiros beneficiados foram os trabalhadores de indústrias estratégicas, seguidos pelos trabalhadores rurais, dependentes, trabalhadores autônomos, e, a população como um todo.
· Pela primeira na história temos a introdução de amplas formas de acesso a benefícios generosos e a aplicação menos restritiva dos critérios de elegibilidade, o que perdurou até 1950.
· ATENÇÃO: POLÍTICA SOCIAL E WELFARE STATE NÃO SÃO SINÔNIMOS!
· Não são todas e quaisquer formas de política social que podem ser designadas de Welfare State!
· [...] é de certo modo enganador, na minha opinião, utilizar o termo política social como quase equivalente a “Estado Providência”. A “política social”, parece-me, é um conceito genérico, enquanto o Estado-Providência tem uma conotação histórica (pós-guerra) e normativa (“institucional”) bastante específica, que não podemos ignorar (MISHRA, 1995, p. 113).
· Embora não existam sistemas e ‘modelos puros’, nos apoiaremos nas análises de Esping-Andersen para distinguir os “tipos” de Welfare State:
1. “LIBERAL”: (EUA, Canadáe Austrália) – políticas focalizadas de assistência aos comprovadamente pobres, reduzidas transferências universais ou planos modestos de previdência, benefícios restritos à população de baixa renda, critérios rigorosos para acesso – O Estado garante o mínimo e subsidia esquemas privados de previdência.
2. CONSERVADOR OU CORPORATIVISTA: (Áustria, França, Alemanha e Itália). Nestes não haveria uma obsessão liberal. Os direitos preservam o status ligado à estratificação social, o que limitaria sua capacidade redistributiva. O Estado substitui o mercado enquanto provedor de benefícios sociais (p. 100).
3. SOCIAL-DEMOCRATA: (Suécia, Dinamarca e Escandinávia). Agruparia os países que instituíram políticas sociais universais e cujos direitos sociais foram estendidos às classes médias. Os benefícios são desmercadorizantes e universalistas, todas as camadas são incorporadas, mas com benefícios graduados de acordo com os ganhos habituais.
· Não é surpreendente, assim, que a expansão das políticas sociais e dos direitos por elas assegurados, após a Segunda Guerra Mundial, seja considerada um elemento central e indissociável da cidadania.
· Marshall – Cidadania, Classe social e Status – 1949.
· Partindo das postulações liberais, pelas quais a educação era o único direito social incontestável, definidora de uma igualdade humana básica, Marshall sustenta que esta foi enriquecida, ao longo dos últimos 250 anos, com um conjunto formidável de direitos. E conclui: há compatibilidade entre desigualdade de classes e cidadania.
· O CONCEITO DE CIDADANIA EM MARSHALL
· Para Marshall, o conceito de cidadania, em sua fase madura, comporta: as liberdades individuais, expressas pelos direitos civis – direito de ir e vir, de imprensa de fé, de propriedade -, institucionalizados pelos tribunais de justiça; os direitos políticos – de votar e ser votado e à livre organização sindical e partidária, ou seja, de participar do poder político – por meio do parlamento e do governo, bem como dos partidos e sindicatos; e os direitos sociais, caracterizados como o acesso a um mínimo de bem-estar econômico e de segurança, com vistas a levar a vida de um ser civilizado.
· CRÍTICAS AO MARSHALL
1. Sua linearidade;
2. Sua tentativa de generalização da experiência inglesa numa suposta teoria da cidadania;
3. Sua explícita subsunção da desigualdade à cidadania
· Barbalet (1989) – Na relação entre política social e cidadania, Barbalet chama atenção para alguns elementos: 1) esta não é uma relação imediata, já que a política social é o centro de um conflito de classe e não apenas um meio de diluí-lo ou desfazê-lo (como parecia supor Marshall); Ainda que seja desejável pelos segmentos democráticos que essa relação – política social/cidadania – se estabeleça plenamente, pode haver contradição entre a formulação/execução de direitos.
· Por esse motivo, não há uma necessária identidade prática entre política social e direito social, ou seja, um altíssimo grau de seletividade no âmbito da elegibilidade institucional, por exemplo, pode ser contraditório com a perspectiva universal do direito social; 3) o conceito de direito social de cidadania pode conter ou não um elemento de crítica e de proposição da política social na perspectiva da sua ampliação. Há de se qualificar, portanto, a relação entre cidadania e direito social nas pautas de luta dos movimentos sociais.
· O BRASIL APÓS A GRANDE DEPRESSÃO E AS CARACTERÍSTICAS DA POLÍTICA SOCIAL
· A economia e a política brasileiras foram fortemente abaladas pelos acontecimentos mundiais das três primeiras décadas do século XX, e mais ainda depois da crise de 1929-1932, quando se abre uma época de expansão acelerada do capitalismo entre nós, com intensas repercussões para as classes sociais, o Estado e as respostas à questão social.
· QUAL ERA A CONJUNTURA BRASILEIRA?
· 1907 – Reconhecimento do direito de livre organização sindical;
· 1922 – Fundação do Partido Comunista Brasileiro/ Semana de Arte Moderna;
· Expressões radicalizadas da questão social, visto a recém saída do escravismo;
· Insatisfação política do empresariado não ligado ao café;
· Instabilidade política da chamada República Velha.
· O advento da crise internacional de 1929-1932 teve como principal repercussão no Brasil uma mudança da correlação de forças no interior das classes dominantes, mas também trouxe consequências significativas para os trabalhadores, precipitando acontecimentos na efervescente sociedade brasileira daqueles tempos. Estamos falando da chamada “Revolução de 1930”.
· A produção do café era responsável por cerca de 70% do PIB brasileiro – monocultura para exportação. Com a paralisia do mercado mundial em função da crise, as oligarquias agroexportadoras cafeeiras ficaram vulneráveis econômica e politicamente. E aquelas oligarquias (gado, açúcar, etc.) aproveitaram para alterar a correlação de forças e diversificar a economia. Principal liderança: Getúlio Vargas.
· A agenda modernizadora no Brasil não comportou procedimentos decisórios democráticos, com o que as mudanças intensas desencadeadas a partir daí se deram sob uma ditadura, num processo de modernização conservadora. O enfrentamento às expressões da questão social era até então visto como caso de polícia. Getúlio combinou bem repressão e populismo (p. 106).
· Os anos de 1930-1943 podem ser caracterizados como os anos de introdução da política social no Brasil. Principais iniciativas: trabalho, previdência, educação, saúde, assistência social – despolitização/populismo/clientelismo.
· Esse período de introdução da política social brasileira teve seu desfecho com a Constituição de 1937 – a qual ratificava a necessidade de reconhecimento das categorias de trabalhadores pelo Estado – e finalmente com a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT (p. 108), promulgada em 1943, que sela o modelo corporativista e fragmentado do reconhecimento dos direitos no Brasil, o que Santos (1987) caracterizou como Cidadania Regulada.
· Em 1945, após 15 anos no poder, Getúlio Vargas caiu, e abriu-se um novo período no país, de intensas turbulências econômicas, políticas e sociais. Afinal, o Brasil tornou-se um país mais urbanizado, com uma indústria de base já significativa, apesar de a vocação agrário-exportadora permanecer forte, e com um movimento operário e popular mais maduro e concentrado, com uma agenda de reivindicações extensas.
· A Constituição de 1946 foi uma das mais democráticas do país, chegando até a retirar o Partido Comunista da ilegalidade. O período de 1946-1964 foi marcado por uma forte disputa de projetos e pela intensificação da luta de classes (p. 109).
· Desenvolvimentismo: Plano de Metas – crescer 50 anos em 5;
· Crescem as tensões no campo e nas camadas médias urbanas.
· Nesse cenário, podemos afirmar que a política social se expandiu de forma lenta e seletiva, marcada por alguns aperfeiçoamentos institucionais;
· A instabilidade institucional do período – da qual o suicídio de Vargas (1954) e a renúncia de Jânio Quadros (1961) e o próprio golpe civil militar de 1964 que depôs João Goulart são exemplos paradigmáticos – dificultou consensos em torno de um projeto nacional, em que se incluía o desenho da política social. 
· Assim, esse período ficou marcado pela expansão lenta dos direitos, que se mantiveram ainda no formato corporativista e fragmentado da era Vargas – sendo chamado por alguns autores brasileiros de “Estado de Mal Estar Social”.
1 - No contexto de crise dos anos de 1930, ganhou destaque a proposição de que caberia ao Estado estabelecer os métodos de gestão para alcançar o pleno emprego, sem, todavia, colocar em risco o modo de produção capitalista. Essa elaboração passou a questionar o pensamento econômico liberal clássico que apostava na tendência de equilíbrio natural entre oferta e demanda por mão de obra. Tal proposição de que caberia, naquele contexto, ao Estado a função de interventor econômico e social deveu-se a
· A. 
Marshall
· B. 
Beveridge
· C. 
Keynes
· D. 
Bismarck
· E. 
Trotsky
2 - Com a consolidação do Welfare State, o nívele a qualidade dos empregos passaram a estar associados a um conjunto amplo de elementos que compôs as estratégias de pleno emprego dos países capitalistas, com grande força. Sobre os dispositivos previstos no Welfare State, analise as afirmativas abaixo.
I - As políticas macroeconômicas e a defesa do pleno emprego, a partir da utilização efetiva das forças produtivas capitalistas, foram o resultado histórico de um compromisso político estabelecido pelos principais atores sociais.
II - O sistema de relações de trabalho com parâmetros regulatórios básicos do mercado de trabalho, contribuía para o estabelecimento do maior ou menor grau de concorrência para a classe trabalhadora.
III - As políticas de bem-estar social, constituídas de fundos de fi nanciamento público, estabeleciam garantias mínimas de proteção social, podendo ainda atuar como elemento de sustentação da atividade econômica.
IV - As políticas de emprego estavam voltadas para a redução dos desajustes nas ocupações e nos rendimentos, para os problemas de qualificação profi ssional e de alocação de mão de obra.
São corretas as afirmativas
· A. 
I e III, apenas.
· B. 
II e IV, apenas.
· C. 
I, II e III, apenas.
· D. 
II, III e IV, apenas.
· E. 
I, II, III e IV.
3 - Julgue os itens a seguir, relativos à história da política social.
O fenômeno do welfare state configura-se por meio de sistemas nacionais de proteção social marcados pela homogeneidade de suas políticas, todas de caráter universal e redistributivo.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
4 - Tendo em vista que a relação entre Estado e sociedade civil deve ser compreendida a partir do modo como ela se articula ao longo da história, julgue os itens a seguir.
O estado de bem-estar deve ser identificado como uma instituição unívoca em todos os países capitalistas industrializados, em razão de seu processo histórico.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
5 - Sabendo que as concepções de política social supõem uma perspectiva teórico-metodológica e relacionam-se com as perspectivas políticas e as visões sociais de mundo, julgue os itens a seguir.
Tendo-se o mercado como órgão regulador das relações sociais, o bem-estar social tende a ser transferido para o Estado, enquanto o alívio da pobreza extrema é de responsabilidade exclusiva do trabalho voluntário de diferentes segmentos sociais.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
6 - De acordo com a literatura especializada, não existe um único sistema de bem-estar no mundo capitalista. Cada Estado nacional, dependendo da sua história, da sua cultura, das relações de classe e do regime político vigentes, tem o seu estado de bem-estar particular. Acerca do tema da seguridade social, assinale a opção correta.
· A. 
O termo seguridade social foi introduzido pela Constituição de 1988 e inexistia até então.
· B. 
A seguridade social brasileira conjuga direitos derivados do trabalho com direitos de caráter universal e direitos seletivos.
· C. 
Os objetivos da seguridade social incluem a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços somente entre as categorias profissionais urbanas.
· D. 
A seguridade social como direito do cidadão e dever do Estado, tal como se configurou a partir do segundo pós-guerra, representa um estágio superior de proteção ao trabalhador, e seu surgimento teve como motivação a solidariedade vertical, isto é, entre classes sociais.
7 - Para alguns especialistas, historicamente, o Brasil, nunca se instituiu como um Estado de Bem Estar Social, embora desde os anos 30, ao reconhecer a legitimidade da questão social no âmbito das relações entre capital e trabalho, o governo tenha buscado enquadrá-la, juridicamente. É pela via das políticas sociais e de seus benefícios que o Estado
· A. 
busca manter a estabilidade diminuindo desigualdades e garantindo direitos sociais.
· B. 
exerce o controle total da população usuária dessas políticas.
· C. 
desconsidera a formação e o desenvolvimento da classe operária e seu ingresso no cenário político da sociedade.
· D. 
gerencia as manifestações da questão social, única e exclusivamente pelo reconhecimento da solidariedade.
· E. 
dualiza a população usuária entre os pobres e os cidadãos, cabendo aos primeiros as políticas sociais e aos outros a filantropia.
8 - A respeito dos diferentes pontos de vista relativos ao pobre, à pobreza e à política social correspondente, julgue os itens subseqüentes.
O Welfare State ou Estado Social tem conotação histórica e institucional cujas políticas possuem forte identificação com o conceito de cidadania.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
9 - Sobre concepções de Estado, política social e relação com a sociedade, julgue os próximos itens.
O termo estado de bem-estar em geral designa um sistema de organização social que assegura aos cidadãos condições mínimas de bem-estar, ou aquele que proporciona aos cidadãos serviços públicos, tais como educação, saúde, renda em caso de necessidade (desemprego, enfermidade, aposentadoria) ou outras prestações e serviços sociais.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
10 - No Brasil, a compreensão da existência de um Estado democrático de direito ainda padece de grandes dificuldades, principalmente pela falta de uma cultura política democrática e republicana que favoreça sua estruturação. Sobre a relação entre Estado e direitos sociais considere as seguintes assertivas:
1- A existência de um Estado democrático de direitos implica um aparato de políticas públicas que se dirijam para a justiça social, o que forçosamente tende a interferir na liberdade individual.
2- A visão neoliberal defende uma redução do tamanho do Estado, principalmente porque, quanto maior é o tamanho da intervenção estatal maior é o gasto público, o que leva a desestabilização econômica.
3- A visão social democrata defende um Estado de direito baseado no principio da equidade e da redistributividade de riquezas através de políticas públicas e da garantia de direitos sociais.
4- A ortodoxia liberal se defende do intervencionismo das políticas públicas alegando o sempre presente principio da defesa da propriedade privada.
O correto está em:
· A. 
1 e 3, apenas.
· B. 
2, 3 e 4, apenas. 
· C. 
1, 2 e 3, apenas. 
· D. 
1, 2, 3 e 4
11 - O Estado de Bem Estar Social, consolidado no século XX em grande número de países, pode ser definido como
· A. 
organizador de sistemas de garantias legais tendo como objetivo organizar, fora da esfera privada, o acesso a bens e serviços que assegurem a proteção social em face a vulnerabilidade social.
· B. 
um sistema que previne os riscos sociais diante da pobreza individualmente construída e se propõe garantir uma rede de serviços em todas as áreas sociais.
· C. 
organizador de sistemas de garantias legais tendo como objetivo organizar, no âmbito da esfera privada, o acesso a bens e serviços que assegurem a proteção social em face a vulnerabilidade social.
· D. 
um sistema de proteção social que está destinado exclusivamente aos segmentos que se encontram fora do mercado de trabalho: doença, deficiência, infância e velhice.
· E. 
a questão social não foi pensada, na construção do Estado de Bem Estar Social como um problema público e portanto fora dos preceitos legais.
12 - Acerca da seguridade social, julgue os itens subseqüentes.
Seguridade social não se confunde com welfare state, de que também não é sinônimo, mas é parte integrante, elemento fundante e constituinte de sua natureza, bem como de sua abrangência.
· C. 
Certo
· E. 
Errado
13 - As políticas públicas de seguridade social no mundo capitalista tomam perfis diferenciados, a partir do pensamento Keynesiano, sugerindo modos diversos do Estado-Nação, isto é, a proteção social no âmbito de seu território. Assim sendo, as políticas públicas:
· A. 
no Brasil, o Estado de Bem-estar social garantiu à sua população pactos da mesma ordem que os estabelecidos no primeiro mundo;
· B. 
de seguridade social constituíram o que denominamos Estado de assistência à classe menos favorecida, nos países do terceiro mundo;
· C. 
no Brasil, é o Estado de Bem-Estar social que consagrou, porque foi considerado a oitava potênciaeconômica mundial;
· D. 
nos países do terceiro mundo, introduzidos no chamado capitalismo tardio transnacional, porque já iniciaram a reversão da sua condição de colônia;
· E. 
consagraram o que se costuma denominar estado do Bem-Estar Social ou Estado Providência, nos países capitalistas avançados.
14 - Segundo o texto de Arretche (1996), as políticas sociais surgem no bojo do capitalismo monopolista com a estruturação, nos países desenvolvidos, do chamado Welfare State ou Estado de Bem-Estar Social e fazem parte das respostas que o Estado oferece às expressões da questão social. Nesse sentido, o Estado é concebido como
· A. 
um incentivador da benemerência e da filantropia constituindo a dualização entre o pobre e o cidadão.
· B. 
um regulador das relações econômicas, exclusivamente, considerando o mercado globalizado, a flexibilização das relações de trabalho e o capitalismo contemporâneo.
· C. 
um sistema de integração entre as políticas sociais públicas e privadas para responder às questões políticas em países de capitalismo periférico.
· D. 
uma relação desigual e de forças assimétricas que interfere tanto na viabilização da acumulação, como na reprodução social das classes trabalhadoras.

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