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Casos clínicos PATA DE GANSO: Os músculos grácil, Sartório e Semitendíneo são músculos biarticulares, supridos por nervos diferentes. Apresentam uma inserção tendínea comum, a pata de ganso, na parte superior da face medial da tíbia. PARALISIA DO NERVO CIÁTICO: O nervo isquiático é o maior nervo do corpo. É formado quando os grandes ramos anteriores dos nervos espinais L4–S3 convergem na face anterior do músculo piriforme. Quando se forma, o nervo isquiático atravessa o forame isquiático maior, geralmente inferior ao músculo piriforme, para entrar na região glútea. A seguir, desce ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior da coxa e toda a perna e o pé. A dor na nádega pode resultar da compressão do nervo isquiático pelo músculo piriforme (síndrome do piriforme). Os praticantes de esportes que exigem o uso excessivo dos músculos glúteos (p. ex., patinadores no gelo, ciclistas e alpinistas) e as mulheres são mais propensos a desenvolver essa síndrome. Em aproximadamente 50% dos casos, os relatos indicam traumatismo da nádega associado a hipertrofia e espasmo do músculo piriforme. Em cerca de 12% das pessoas nas quais a divisão fibular comum do nervo isquiático atravessa o músculo piriforme (Figura 5.43B), esse músculo pode comprimir o nervo. A secção completa do nervo isquiático é rara; entretanto, quando ocorre, o membro inferior torna-se inútil porque há comprometimento da extensão do quadril e também da flexão da perna. Há perda ainda de todos os movimentos do tornozelo e do pé. A secção incompleta do nervo isquiático (p. ex., por feridas perfurocortantes) também pode acometer os nervos glúteo inferior e/ou cutâneo femoral posterior. A recuperação de uma lesão do nervo isquiático é lenta e, em geral, incompleta. Em relação ao nervo isquiático, as nádegas têm um lado de segurança (a região lateral) e um lado de risco (a região medial). As feridas ou a cirurgia na região medial das nádegas podem lesar o nervo isquiático e seus ramos para os músculos isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) na face posterior da coxa. A paralisia desses músculos compromete a extensão da coxa e a flexão da perna. A ciatalgia, dor na região lombar e no quadril que se irradia pela face posterior da coxa até a perna, muitas vezes é causada por hérnia de disco intervertebral lombar que comprime e compromete o componente L5 ou S1 do nervo isquiático. Os forames intervertebrais na região lombar diminuem enquanto os nervos lombares aumentam, o que pode explicar por que a ciatalgia é tão comum. Os osteófitos que surgem ao redor das articulações dos processos articulares ou das margens posterolaterais durante o envelhecimento podem estreitar ainda mais os forames, causando dores lancinantes nos membros inferiores. Qualquer manobra que distenda o nervo isquiático, como a flexão da coxa com o joelho estendido (teste de elevação da perna estendida), pode provocar ou exacerbar (mas em alguns indivíduos alivia) a ciatalgia. SÍNDROME DO PIRIFORME: O músculo piriforme estende-se da superfície pélvica do sacro à borda superior do trocanter maior do fêmur. Durante a corrida ou ao sentar, esse músculo pode comprimir o nervo isquiádico no local em que ele emerge sob o piriforme para passar por cima dos músculos rotadores do quadril. A síndrome piriforme é incomum. Dor crônica irritante, formigamento e dormência começam na região glútea e podem se estender ao longo do curso do nervo isquiádico, na parte posterior de coxa e panturrilha e, algumas vezes, no pé. A dor piora quando o piriforme é pressionado contra o nervo isquiádico (p. ex., ao sentar no vaso sanitário, no carro, no banco da bicicleta ou ao correr). Dor com rotação interna total da coxa flexionada (manobra de Freiberg), abdução da perna afetada na posição sentada (manobra de Pace), elevação do joelho vários centímetros fora da mesa, deitar de lado sobre a perna não afetada (manobra de Beatty) ou pressão na região glútea onde o nervo isquiádico cruza o músculo piriforme enquanto o paciente lentamente se curva para o chão (teste de Mirkin) é diagnóstico. SÍNDROME DO PÉ CAIDO: comprometimento do musculo tibial anterior, inervado pelo nervo fibular longo. GIBOSIDADE E ESCOLIOSE: A coluna vertebral, quando vista de perfil, exibe quatro curvaturas: uma cervical (superior – do occipital ao áxis e inferior – do platô do áxis ao platô superior da primeira vértebra torácica), uma torácica, uma lombar e uma sacral. Essas curvaturas, visíveis apenas no plano sagital, são fisiológicas e, aliadas à existência dos discos e ligamentos vertebrais, permitem à coluna a absorção das forças compressivas verticais. Em vista frontal, a coluna deve se apresentar retilínea, sem desvios laterais, com apófises e corpos vertebrais alinhados. Curvas perceptíveis nesse plano caracterizam a escoliose, contudo, essa deformidade ocorre com desvios nos três planos de referência. Os desvios laterais das vértebras são acompanhados por rotações axiais vertebrais no plano transverso que, embora não sejam bem entendidas, são determinantes para o início e progressão da escoliose. Nas escolioses estruturais, esse componente rotacional é caracterizado pela presença de uma proeminência (gibosidade) no lado convexo da curva, com os corpos vertebrais rodados no sentido da convexidade. A gibosidade torácica aparece devido à rotação da caixa torácica (subjacente à rotação vertebral) e a gibosidade lombar ou a tóraco-lombar ocorre por aumento do volume e proeminência da musculatura. Em ambos os casos, a gibosidade pode ser correlacionada com a magnitude da deformidade espinhal. As curvas escolióticas surgem, na maioria das vezes, durante a fase de aceleração do crescimento vertebral, o que torna crianças e adolescentes mais susceptíveis a desenvolvê-las. A progressão da deformidade ocorre devido à desordem neurogênica da musculatura paraespinal; desequilíbrio muscular entre os dois lados da coluna; desordens proprioceptivas; desequilíbrio vestibular e, até mesmo, déficits em nível cortical. O teste de Adams tornou-se um procedimento padrão para detectar escoliose. Esse consiste na mensuração da gibosidade através da flexão anterior do tronco. ÂNGULO DE TORÇÃO E ÂNGULO DE INCLINAÇÃO: a região proximal do fêmur apresenta formato de L, de modo que o eixo longitudinal da cabeça e do colo se projeta superomedialmente e forma um ângulo obliquo com o eixo do corpo, chamado ângulo de inclinação. O ângulo de inclinação permite maior mobilidade do fêmur na articulação do quadril porque coloca a cabeça e o colo mais perpendiculares ao acetábulo na posição neutra. O ângulo de inclinação também garante a obliquidade do fêmur na coxa, o que permite que os joelhos se situem adjacentes e inferiores ao tronco. Tudo isso é vantajoso a marcha, mas impõem tensão considerável a cabeça e colo do fêmur. Quando o fêmur é visto superiormente nota-se que dois eixos formem o ângulo de torção (ou de declinação ou de anteversão), cuja média é 7 º em homens e 12 º em mulheres. O ângulo de torção associado ao ângulo de inclinação permite que os movimentos giratórios da cabeça do fêmur no acetábulo obliquamente posicionado sejam convertidos em flexão-extensão, abdução-adução, e movimentos rotatórios. JOELHO VALGO E VARO: A posição do fêmur na coxa é diagonal, enquanto a posição da tíbia na perna é quase vertical, criando, no joelho, um ângulo entre os eixos longitudinais desses ossos. O ângulo entre os dois ossos, clinicamente designado ângulo Q, é avaliado traçando-se uma linha que vai da EIAS até o meio da patela e uma segunda linha (vertical) que atravessa o meio da patela e a tuberosidade da tíbia. Normalmente, o ângulo Q é maior em mulheres adultas, porque suas pelves são mais largas. Quando normal, o ângulo do fêmur na coxa situa o meio da articulação do joelho diretamente inferior à cabeça do fêmur na posição de pé, centralizando a linha de sustentação de peso na região intercondilar do joelho. A angulação medial da perna em relação à coxa, na qual o fêmur é anormalmente vertical e o ângulo Q é pequeno, é uma deformidade denominada joelho varo (pernas arqueadas) que acarreta a sustentação desigual do peso: a linha de sustentação de peso situa-se medialmente ao centro do joelho. Há pressão excessiva sobre a face medial da articulação do joelho, o que resulta em artrose (destruição das cartilagens do joelho), e o ligamento colateral fibular é submetido à tensão exagerada . A angulação lateral da perna (ângulo Q grande, > 17°) em relação à coxa (exagero do ângulo do joelho) é chamada de joelho valgo. Em virtude do ângulo exagerado do joelho no joelho valgo, a linha de sustentação de peso situa-se lateralmente ao centro do joelho. Assim, o ligamento colateral tibial é hiperdistendido e há tensão excessiva no menisco lateral e nas cartilagens dos côndilos laterais do fêmur e da tíbia. A patela, normalmente tracionada em sentido lateral pelo tendão do músculo vasto lateral, é puxada ainda mais para o lado quando a perna é estendida no joelho valgo, sendo sua articulação com o fêmur anormal. Muitas vezes as crianças parecem ter joelho varo por 1 a 2 anos depois que começam a andar, sendo o joelho valgo frequente nas crianças com 2 a 4 anos de idade. A persistência desses ângulos anormais do joelho no final da infância geralmente é um sinal de deformidades congênitas, que podem exigir correção. Qualquer irregularidade de uma articulação acaba por levar ao desgaste (artrose) das cartilagens articulares e a alterações articulares degenerativas (osteoartrite [artrose]). COXA VALGA: ocorre devido ao aumento do ângulo de inclinição. O valgismo exagerado do joelho acarreta encurtamentos das estruturas musculoligamentares, como a banda iliotibial e o retináculo lateral, assim como o alongamento e fraqueza do músculo vasto medial (porção do quadríceps femoral). Com isso, associado a maior potência do músculo vasto lateral em detrimento ao medial durante ações de co-contracão e ao desalinhamento do ligamento patelar e o tendão do quadríceps, a patela é então tracionada lateralmente, predispondo a subluxação e luxação patelar. A coxa valga está associada a pisada pronada ou em eversão. COXA VARA: ocorre devido a redução do ângulo de inclinação. A coxa vara causa leve encurtamento do membro inferior e limita a abdução passiva do quadril. A coxa vara está associada a pisada supinada ou em antiversão. ANALÍSE DO CRESCIMENTO: O desenvolvimento ósseo é considerado uma das principais referências para estimar a maturação fisiológica em humanos. Para aferir a idade óssea, os recursos diagnósticos mais utilizados são a radiografia de mão e punho, a telerradiografia de perfil e a radiografia panorâmica dos maxilares. Assim, através da análise do tamanho e forma dos ossos da mão e do punho, assim como das vértebras cervicais, e do grau de calcificação dentária, é possível sugerir a idade fisiológica. FRATURAS DO COLO DO FEMUR: as fraturas do colo do fêmur (infelizmente chamadas de “fraturas do quadril”, sugerindo que há fratura do osso do quadril) são raras na maioria dos esportes de contato, porque os participantes costumam ser jovens e o colo do fêmur é forte nas pessoas que têm menos de 40 anos. Quando ocorrem nessa faixa etária, geralmente são causadas por impactos fortes (p. ex., durante acidentes em corridas automobilísticas, com esqui, com trampolins e em eventos hípicos) quando o membro inferior é estendido e a força do impacto é transmitida à articulação do quadril, mesmo se aplicado a alguma distância da articulação. Por exemplo, se o pé estiver firmemente apoiado contra o assoalho do carro com o joelho travado, ou se o joelho estiver apoiado contra o painel durante uma colisão frontal, a força do impacto pode ser transmitida superiormente e causar a fratura do colo do fêmur. Essas fraturas são bastante comuns em indivíduos acima de 60 anos, sobretudo nas mulheres, porque os colos dos fêmures são mais fracos e se quebram com facilidade em virtude da osteoporose. Em geral, as fraturas do colo do fêmur são intracapsulares, e o realinhamento dos fragmentos do colo exige fixação óssea interna. As fraturas do colo do fêmur causam rotação lateral do membro inferior. Muitas vezes, essas fraturas interrompem a vascularização para a cabeça do fêmur. A maior parte do sangue para a cabeça e colo do fêmur provém da artéria circunflexa femoral medial. As artérias do retináculo originadas dessa artéria costumam se romper quando há fratura do colo do fêmur ou luxação da articulação do quadril. Após algumas fraturas do colo do fêmur, a artéria para o ligamento da cabeça do fêmur pode ser a única fonte remanescente de sangue para o fragmento proximal. Frequentemente, essa artéria é inadequada para manter a cabeça do fêmur; logo, o fragmento pode sofrer necrose vascular asséptica. LESOES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO: as lesões do joelho são comuns porque essa é uma articulação baixa, móvel, que sustenta peso e serve como fulcro entre duas alavancas longas (coxa e perna). Sua estabilidade depende quase totalmente dos ligamentos associados e dos músculos adjacentes. A articulação do joelho é essencial para atividades diárias como ficar de pé, caminhar e subir escadas. Também é uma articulação importante nos esportes que incluem corrida, salto, chute e mudanças de direção. Para realizar essas atividades, a articulação do joelho deve ser móvel; entretanto, sua mobilidade a torna suscetível a lesões. A lesão mais comum do joelho em esportes de contato é a distensão dos ligamentos, que ocorrem quando o pé está fixo no solo. A aplicação de uma força contra o joelho quando o pé estiver impedido de se mover tende a causar lesões dos ligamentos. Os ligamentos colaterais tibial e fibular (LCT e LCF) são muito estirados quando a perna é estendida, o que normalmente impede a ruptura das partes laterais da articulação do joelho. A firme fixação do LCT no menisco medial tem grande significado clínico, pois a ruptura desse ligamento costuma resultar em ruptura concomitante do menisco medial. Com frequência, a lesão é causada por um golpe na face lateral do joelho estendido ou por torção lateral excessiva do joelho fletido que rompe o LCT e, ao mesmo tempo, rompe e/ou separa o menisco medial da cápsula articular. Essa lesão é comum em atletas que torcem os joelhos fletidos durante a corrida (p. ex., no basquetebol, nas várias formas de futebol e no voleibol). O LCA, que serve como eixo para movimentos giratórios do joelho e é tensionado durante a flexão, também pode se romper depois da ruptura do LCT, criando uma “tríade infeliz” de lesões do joelho. A hiperextensão e a grande força anterior contra o fêmur com o joelho semifletido (p. ex., um bloqueio cruzado no futebol americano) podem romper o LCA. A ruptura do LCA também é uma lesão comum do joelho em acidentes com esqui. Essa lesão causa o deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta anterior, avaliado clinicamente pelo teste de Lachman. O LCA pode ser arrancado do fêmur ou da tíbia; entretanto, as rupturas costumam ocorrer na parte média do ligamento. Embora forte, o LCP pode se romper quando um jogador cai sobre a tuberosidade da tíbia com o joelho fletido (p. ex., ao cair de joelhos no chão em um jogo de basquetebol). As rupturas do LCP geralmente estão associadas a rupturas do ligamento tibial ou fibular. Essas lesões também podem ocorrer em colisões frontais quando a pessoa não usa cinto de segurança e a extremidade proximal da tíbia se choca contra o painel. As rupturas do LCP permitem que a tíbia livre deslize posteriormente sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta posterior. As rupturas do menisco costumam acometer o menisco medial. O menisco lateral geralmente não se rompe graças à sua mobilidade. A dor causada pela rotação lateral da tíbia sobre o fêmur indica lesão do menisco lateral, enquanto a dor à rotação medial da tíbia sobre o fêmur indica lesão do menisco medial. A maioria das rupturas do menisco ocorre em conjunto com as rupturas do LCT ou LCA. As rupturas periféricas do menisco costumam ser reparadas ou podem cicatrizar sozinhas em razão da generosa vascularização dessa área. Se as rupturas do menisco que não cicatrizarem ou não puderem ser reparadas, o menisco é retirado (p. ex., por cirurgia artroscópica). As articulações do joelho que tiveram um menisco removido não apresentam perda da mobilidade; entretanto, o joelho pode ser menos estável e os platôs tibiais costumam sofrer reações inflamatórias. RESULTADO DO USO DE SALTO ALTO: aumenta o espaço frontal, forçando e estirando os ligamentos, sobrecarregando as estruturas, deixando a articulação mais instável e diminui o espaço posterior, aumentando o impacto e consequentemente o desgaste. Ocorre também deslocamento do centro de gravidade anteriormente, isso reflete em uma hiperextensão do joelho, hiperlordose lombar, compressão do antipé principalmente nos metatarsos e falanges, extensão de ligamentos e das articulações metatarsofalangeanas. HÁLUZ VALGO: o hálux valgo é uma deformidade do pé causada por pressão do calçado e doença articular degenerativa; é caracterizado por desvio lateral do hálux. O L na palavra valgo indica desvio lateral. Em algumas pessoas, o desvio doloroso é tão grande que o hálux superpõe-se ao 2o dedo, e há diminuição do arco longitudinal medial. Esse desvio ocorre principalmente em mulheres, e sua frequência aumenta com a idade. Essas pessoas não conseguem afastar o hálux do 2o dedo porque, em geral, há deslocamento dos ossos sesamoides situados sob a cabeça do 1o metatarsal para o espaço entre as cabeças do 1o e 2o metatarsais. O 1o metatarsal sofre desvio medial e os sesamoides, lateral. Muitas vezes, há edema dos tecidos adjacentes e a pressão e o atrito resultantes contra o sapato causam a formação de uma bolsa subcutânea; quando dolorosa e inflamada, a bolsa é denominada joanete. Amiúde, também se formam calosidades duras (áreas inflamadas de pele espessa) sobre as articulações interfalângicas proximais, sobretudo do dedo mínimo. SÍNDROME DA CARTEIRA: A Síndrome da Carteira é muito comum em homens, que costumam deixar a carteira no bolso de trás da calça, esquecendo de tirar do bolso na hora de sentar e podendo causar males para a coluna. Quem fica muito tempo sentado com a carteira no bolso está pressionando o nervo ciático, ocasionando uma sensação de formigamento nos membros inferiores e nas nádegas, além de desviar a coluna e ocasionar o desalinhamento do quadril. VACINAÇÃO NA COXA: Na criança a vacina é administrada na coxa, especificamente no musculo vasto lateral, pois a região glútea é menor e o risco é consequentemente maior de atingir o nervo ciático. VACINAÇÃO NO GLÚTEO: É o ponto mais distante do nervo ciático, onde há mais ventres musculares, evitando uma lesão. Portanto, é realizada no quadrante superior externo. LESÕES DO TORNOZELO: O tornozelo é a grande articulação do corpo lesada com maior frequência. As entorses do tornozelo (ruptura de fibras dos ligamentos) são mais comuns. A entorse do tornozelo é quase sempre uma lesão por inversão, que inclui a rotação do pé em flexão plantar e sustentando peso. A pessoa pisa em uma superfície irregular e o pé é invertido à força. As entorses do ligamento lateral ocorrem em esportes de corrida e salto, sobretudo no basquete (70 a 80% dos jogadores já sofreram no mínimo uma entorse do tornozelo). O ligamento lateral é lesado porque é muito mais fraco do que o ligamento medial e é o ligamento que resiste à inversão na articulação talocrural. O ligamento talofibular anterior – parte do ligamento lateral – é mais vulnerável e se rompe, parcial ou completamente, com maior frequência durante entorses do tornozelo, resultando em instabilidade dessa articulação. O ligamento calcaneofibular também pode se romper. Em entorses graves, pode também haver fratura do maléolo lateral da fíbula. As lesões por cisalhamento fraturam o maléolo lateral na articulação talocrural ou superiormente a ela. As fraturas por avulsão rompem o maléolo inferiormente à articulação talocrural; um fragmento de osso é arrancado pelo(s) ligamento(s) fixado(s). A fratura–luxação do tornozelo de Pott ocorre quando o pé é evertido à força. Essa ação traciona o ligamento medial, que é extremamente forte, e muitas vezes rompe o maléolo medial. O tálus então se desloca lateralmente, arrancando o maléolo lateral ou, na maioria das vezes, fraturando a fíbula superiormente à sindesmose tibiofibular. Se a tíbia for levada anteriormente, a margem posterior da extremidade distal da tíbia também é arrancada pelo tálus, produzindo uma “fratura trimaleolar”. Ao aplicar esse termo à lesão desse tipo, toda a extremidade distal da tíbia é erroneamente considerada um “maléolo”. *A amplitude de movimento de eversão é menor devido aos ligamentos, maléolo lateral e distal. PARALISIA DO MÚSCULO QUADRÍCEPS FEMORAL: Uma pessoa com paralisia do músculo quadríceps femoral não consegue estender a perna contra resistência e geralmente pressiona a extremidade distal da coxa durante a marcha para evitar flexão inadvertida do joelho. A fraqueza dos músculos vastos medial ou lateral, resultante de artrite ou traumatismo da articulação do joelho, pode resultar em movimento anormal da patela e perda da estabilidade articular. LESÕES DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS: As distensões dos músculos isquiotibiais (distensão e/ou ruptura) são comuns em indivíduos que correm e/ou chutam forte (p. ex., na corrida, salto e esportes de partida rápida como beisebol, basquete, futebol americano e futebol). O esforço muscular violento necessário para ter êxito nesses esportes pode causar avulsão de parte das fixações tendíneas proximais dos músculos isquiotibiais ao túber isquiático. Em geral, as distensões da coxa são acompanhadas por contusão e ruptura das fibras musculares, resultando em ruptura dos vasos sanguíneos que irrigam os músculos. O hematoma resultante é contido pela fáscia lata densa, semelhante a uma meia. A ruptura das fibras dos músculos isquiotibiais costuma ser tão dolorosa quando o atleta move ou estende a perna que ele cai e se contorce de dor. Muitas vezes essas lesões resultam do aquecimento inadequado antes do treinamento ou competição. A avulsão do túber isquiático na fixação proximal dos músculos bíceps femoral e semitendíneo pode resultar de flexão forçada do quadril com o joelho estendido. LESÃO DO NERVO ISQUIÁTICO: a dor na nádega pode resultar da compressão do nervo isquiático pelo músculo piriforme (SIINDROME DO PIRIFORME). A secção completa é rara, mas quando ocorre, o membro inferior torna-se inútil porque há comprometimento da extensão do quadril e da flexão da perna, além de perda de todos os movimentos do tornozelo e pé. LESÃO DO NERVO GLÚTEO SUPERIOR: leva a perda motora característica, com claudicação do musculo glúteo médio incapacitante, para compensar o enfraquecimento da abdução da coxa pelos músculos glúteos médio e mínimo e/ou marcha glútea, uma inclinação compensatória do corpo para o lado do glúteo enfraquecido. TESTE DE TRENDELENBURG POSITIVO: quando uma pessoa com lesão no nervo glúteo superior é instruída a ficar de pé sobre uma perna só, há queda da pelve para o lado sem apoio indicando fraqueza/inatividade dos músculos glúteos médio e mínimo no lado apoiado. ANQUILOSE DA ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR: o movimento da articulação EC é fundamental para a movimentação do ombro. Em caso de anquilose (enrijecimento ou fixação) da articulação, ou de necessidade de uma artrodese, remove-se uma parte do centro da clavícula, criando uma pseudoarticulação ou articulação “instável, ” para permitir o movimento da escápula. TENDINITE CALCIFICADA DO OMBRO: A inflamação e a calcificação da bolsa subacromial resultam em dor, aumento da sensibilidade a palpação limitação de movimento da articulação do ombro. Esse distúrbio também é conhecido como bursite escápuloumeral calcificada. A calcificação do tendão do músculo supraespinhal é comum. Isso causa aumento da pressão local, que costuma causar dor excruciante durante a abdução do braço; a dor pode irradiar-se. A calcificação pode irritar a bolsa subacromial sobrejacente e provocar uma reação inflamatória conhecida como bursite subacromial. Não há dor quando a articulação do ombro está em adução, pois nessa posição a lesão dolorosa está distante da face inferior do acrômio. Na maioria das pessoas a dor ocorre entre 50 e 130 graus de abdução (síndrome do arco doloroso) por que ao longo desse arco A íntimo contato entre o tendão do músculo supra-espinhal e a face inferior do acrômio. A dor geralmente ocorre em homens a partir de 50 anos de idade, após o uso incomum ou excessivo da articulação do ombro. LESÕES DO MANGUITO ROTADOR: O manguito rotador é formado pelos músculos supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. Muitas vezes o manguito rotador musculotendíneo é lesado durante o uso repetitivo do membro superior acima do plano horizontal (p. ex., durante esportes de arremesso e com raquete, natação e levantamento de peso). A inflamação recorrente do manguito rotador, sobretudo a área relativamente avascular do tendão do músculo supraespinal, é uma causa comum de dor no ombro e causa ruptura do manguito rotador musculotendíneo. O uso repetitivo dos músculos do manguito rotador (p. ex., arremessadores de beisebol) pode permitir que a cabeça do úmero e o manguito rotador invadam o arco Coracoacromial, o que causa irritação do arco e inflamação do manguito rotador. Assim, ocorre tendinite degenerativa do manguito rotador. Também há atrito do tendão do músculo supraespinal. As lesões do manguito rotador também podem ocorrer durante a súbita distensão dos músculos, por exemplo, quando uma pessoa idosa faz força para levantar um objeto, como uma janela emperrada. Essa sobrecarga pode causar a ruptura de um manguito rotador musculotendíneo já degenerado. A queda sobre o ombro também pode causar a ruptura de um manguito rotador previamente degenerado. Muitas vezes há desgaste (até mesmo degeneração) da parte intracapsular do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial, o que causa aderência ao sulco intertubercular. Assim, há rigidez do ombro. Em vista de sua fusão, a integridade da membrana fibrosa da cápsula da articulação do ombro geralmente é comprometida quando há lesão do manguito rotador. Por conseguinte, a cavidade articular comunica-se com a bolsa subacromial. Como o músculo supraespinal torna-se inativo quando há ruptura completa do manguito rotador, a pessoa não consegue iniciar a abdução do membro superior. LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL): Em virtude de sua liberdade de movimento e instabilidade, a luxação da articulação do ombro é frequente, por lesão direta ou indireta. Como a presença do arco coracoacromial e o suporte do manguito rotador são eficazes na prevenção da luxação para cima, a maioria das luxações da cabeça do úmero ocorre em direção descendente (inferior). No entanto, são descritas na clínica como luxações anteriores ou (mais raramente) posteriores, indicando se a cabeça do úmero desceu anterior ou posteriormente ao tubérculo infraglenoidal e à cabeça longa do músculo tríceps braquial. A cabeça termina situada anterior ou posteriormente à cavidade glenoidal. BURSITE DO COTOVELO: bolsa subcutânea do olécrano é exposta à lesão durante quedas sobre o cotovelo e à infecção por escoriações da pele que recobre o olécrano. A pressão e o atrito excessivos e repetidos, como nas artes marciais, por exemplo, podem causar inflamação dessa bolsa e bursite subcutânea do olécrano por atrito (p. ex., “cotovelo de estudante”) (Figura B6.35). Esse tipo de bursite também é conhecido como “cotovelo de atirador de dardos” e “cotovelo do mineiro”. Às vezes, há infecção da bolsa e inflamação da área sobrejacente. LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO: A luxação posterior da articulação do cotovelo pode ocorrer quando crianças caem sobre as mãos com os cotovelos fletidos. As luxações do cotovelo podem resultar também de hiperextensão ou de um golpe que desloca a ulna em sentido posterior ou posterolateral. A extremidade distal do úmero é impelida através da parte anterior fraca da membrana fibrosa da cápsula articular enquanto há deslocamento posterior do rádio e da ulna. É frequente a ruptura do ligamento colateral ulnar, e pode haver uma fratura associada da cabeça do rádio, processo coronoide ou processo do olécrano da ulna. Pode haver lesão do nervo ulnar, resultando em dormência do dedo mínimo e fraqueza de flexão e adução do punho. BURSITE DO OMBRO: A bursite do ombro, também conhecida como bursite subacromial, é um problema que surge quando a bursa subacromial subdeltoidea encontra-se inflamada. Frequentemente, a bursite faz parte de um quadro que chamamos de síndrome do impacto do ombro, que é uma patologia do ombro na qual não apenas a bursa encontra-se inflamada, mas também os músculos que passam pelo espaço subacromial apresentam sinais de tendinite. Dor no ombro e dificuldade para mover o braço são os sintomas mais comuns da bursite subacromial e da síndrome do impacto do ombro. A dor da bursite costuma se localizar na parte superior do braço, ao longo do músculo deltoide, podendo irradiar-se até quase o cotovelo. Essa dor tende a inicia-se de forma leve, agravando-se ao longo de dias ou semanas. A dor da bursite ou da síndrome do impacto agrava-se com a movimentação do braço, principalmente quando tentamos levantá-lo acima da linha do ombro. Como o tempo o incômodo torna-se presente mesmo com o braço em repouso. À noite, a dor pode atrapalhar o sono, principalmente nos momentos em que o paciente dorme com o corpo virado de lado, em cima do ombro afetado. VARIAÇÃO DO ACROMIO EM GRAUS: autores confirmaram a associação entre a forma acromial e as lesões do manguito rotador (LMR).2–4 Há uma grande variedade de formas de acrômio na população. Foi proposto um sistema de classificação para o acrômio após estudo com 140 ombros de cadáveres humanos. Eles identificaram três tipos de acrômio: reto (tipo I), curvo (tipo II) e ganchoso (tipo III). Quanto mais curvo for o acrômio, maior é a probabilidade de diminuição do espaço subacromial, com consequente desenvolvimento da síndrome do impacto. A síndrome do impacto (SI) é uma associação entre morfologia acromial e uma entidade clínica caracterizada por choques mecânicos repetidos do manguito rotador no compartimento subacromial. COTOVELO VALGO E VARO: Com o cotovelo em extensão e supinação completa existe, de modo geral, em todos os indivíduos um valgo fisiológico variável entre 10º e 14º. Quando se altera este ângulo estamos ou existe uma instabilidade importante ou um calo vicioso. Passando da extensão para a flexão o ângulo de valgo o ângulo passa de valgo para varo. SUBLUXAÇÃO E LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO: As crianças pré-escolares, sobretudo as meninas, são vulneráveis à subluxação transitória da cabeça do rádio (também chamada de “cotovelo da babá” e “distensão do cotovelo”). A história dessas luxações é típica. A criança é subitamente levantada (puxada) pelo membro superior com o antebraço em pronação (p. ex., ao levantar uma criança). A criança pode chorar, recusar- se a usar o braço e proteger o membro segurando-o com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação. A súbita tração do membro superior lacera a fixação distal do ligamento anular, na parte frouxamente unida ao colo do rádio. A seguir, há deslocamento distal da cabeça do rádio, que sai parcialmente da “cavidade” formada pelo ligamento anular. A parte proximal do ligamento roto pode ser aprisionada entre a cabeça do rádio e o capítulo do úmero. A causa da dor é o ligamento anular pinçado. O tratamento da subluxação consiste em supinação do antebraço da criança com o cotovelo fletido. A ruptura do ligamento anular cicatriza depois que o membro é colocado em uma tipoia durante 2 semanas. FRATURAS E LUXAÇÕES DO PUNHO: fratura da extremidade distal do rádio (fratura de Colles), a fratura mais comum em pessoas > 50 anos, é analisada no boxe azul, “Fraturas do rádio e da ulna”, anteriormente. A fratura do osso escafoide, relativamente comum em adultos jovens, é discutida no boxe azul, “Fratura do osso escafoide”, anteriormente. A luxação anterior do osso semilunar é uma lesão rara, mas grave, que geralmente resulta de queda sobre o punho dorsifletido. O osso semilunar é empurrado para fora de seu lugar no assoalho do túnel do carpo em direção à superfície palmar do punho. O osso semilunar deslocado pode comprimir o nervo mediano e causar síndrome do túnel do carpo (já discutida neste capítulo). Em face da vascularização inadequada, pode haver necrose avascular do osso semilunar. Em alguns casos é necessária excisão do osso semilunar. Na doença articular degenerativa do punho, pode ser necessária a fusão cirúrgica dos ossos carpais (artrodese) para aliviar a dor intensa. A fratura–separação da epífise distal do rádio é comum em crianças por causa das quedas frequentes nas quais as forças são transmitidas da mão para o rádio. Na incidência lateral do punho de uma criança, o deslocamento dorsal da epífise distal do rádio é evidente. Quando a epífise é colocada em sua posição normal durante a redução, o prognóstico para o crescimento ósseo normal é bom. POLEGAR DO ESQUIADOR: O polegar do esquiador (em outros tempos, polegar do guarda-caça) é a ruptura ou frouxidão crônica do ligamento colateral da 1a articulação MF. A lesão resulta da hiperabdução da articulação MF do polegar, que ocorre quando o polegar fica preso pelo bastão de esqui enquanto o restante da mão bate no chão ou entra na neve. Nas lesões graves, há fratura por avulsão da cabeça do osso metacarpal. TABAQUEIRA ANATÔMICA: A tabaqueira anatômica ou fossa radial é um aprofundamento triangular na região radial dorsal da mão - ao nível dos ossos carpais, especificamente o escafóide e trapézio. Quando o polegar é estendido, surge uma cavidade triangular entre o tendão do extensor longo do polegar (ELP) medialmente e os tendões do extensor curto do polegar (ECP) e abdutor longo do polegar (ALP) lateralmente. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ossos_carpais https://pt.wikipedia.org/wiki/Extensor_longo_do_polegar https://pt.wikipedia.org/wiki/Extensor_curto_do_polegar https://pt.wikipedia.org/wiki/Abdutor_longo_do_polegar FRATURA DA CLAVÍCULA: é um dos ossos fraturas com maior frequência. A fratura é especialmente comum nas crianças e, geralmente são causadas por uma força indireta transmitida da mão estendida através dos ossos do antebraço e do braço para o ombro durante a queda. SÍNDROME DE POLAND: é uma deformidade rara que afeta a região torácica e é caracterizada pelo hipoplasia ou aplasia do músculo peitoral maior de um lado do corpo, e em alguns casos, provocando Sindactilia nas mãos. Do mesmo lado afetado pode ter um menor desenvolvimento do membro. Causa dor torácica esforçodependente. TESTE DA GAVETA: O chamado teste da gaveta (sinal de gaveta) pode ser usado para determinar o ligamento cruzado que foi rompido: se for possível deslocar a tíbia para trás em relação ao osso da coxa (= sinal de gaveta posterior), o ligamento cruzado posterior está frequentemente rompido; se, por outro lado, a tíbia puder ser deslocada significativamente para a frente (= sinal de gaveta anterior), o ligamento cruzado anterior pode estar rompido. ANTEVERSÃO E RETROVERSÃO PÉLVICA: Formado pelos músculos bíceps da coxa, semitendíneo e semimembranáceo, os isquiotibiais (ou músculos do jarrete) atuam nos movimentos de anteroversão e retroversão pélvica, tendo também a ação de flexionar a perna sobre a coxa, estender a coxa sobre a pelve, de acordo com seu ponto de fixação, intervindo ativamente na marcha e na manutenção da posição ereta. A paralisia dos isquiotibiais provoca o movimento de báscula para frente (anteroversão). Na anteroversão da pelve os músculos isquiotibiais estão alongados e na retroversão os isquiotibiais estão encurtados ou em retração. O seu posicionamento influencia diretamente no movimento por eles realizados. A fixação dos músculos do jarrete está na porção superior do túber isquiático, na qual está subdividida. As pelves masculina e feminina diferem em aspectos gerais, bem como características relativas à conexão da pelve feminina com o canal pélvico. A pelve masculina tende a ser maior, mais pesada, mais grosseiramente demarcada por fixações ligamentosas e musculares. A pelve projeta-se mais anteriormente que a feminina.
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