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APRESENTAÇÃO Professor Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco Lattes: CV: http://lattes.cnpq.br/0836891204233076 ● Mestre na área de Educação pela Unespar Campus de Paranavaí (2018) ● Graduação em Licenciatura em Matemática na Universidade Filadélfia de Londrina - Unifil; (2015) ● Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná - Fatecie (2009). ● Graduada em bacharelado Administração pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (1992); ● Graduação em Licenciatura em Pedagogia pela UniFatecie – Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná – (2020) ● Pós- graduada em Marketing e Gestão de pessoas pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí; ● Pós- graduada em Psicopedagogia institucional pela Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná - Fatecie; (2015) ● Pós- graduada em auditoria e certificação ambiental pela Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná - Fatecie; (2018) ● Pós- graduada em Saneamento Ambiental pela UENP – Universidade Estadual Norte do Paraná. (2020). ● Ampla experiência como gestora ambiental da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar e professora universitária atuando nos seguintes temas: gerenciamento ambiental, recursos hídricos e hidrologia, sustentabilidade ambiental, responsabilidade socioambiental, poluição e resíduos, gestão de águas, saneamento ambiental, agronegócio, gestão ambiental, Educação ambiental, gestão de negócios ambientais, fundamentos de marketing e administração de materiais e patrimônio, Tópicos especiais de Administração; Agroecologia e Gestão Ambiental e metodologia de pesquisa. https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=371E13576CC0675C409A5DB23CF361CE APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, junto com você construir nosso conhecimento sobre os conceitos fundamentais sobre saúde e saneamento ambiental. Na unidade I começaremos as atividades explanando os conceitos e os processos de saúde individual e coletiva e a importância de ações preventivas no intuito de trazer qualidade de vida para as pessoas. Relataremos os níveis de atenção à saúde como primário, secundário e terciário, mostrando que essa triagem ajuda os setores da saúde a se organizarem e ter melhores condições de dar um atendimento de qualidade aos pacientes, garantindo assim o direito de integralidade. Além de relatar que o processo saúde/doença está diretamente relacionado ao meio ambiente, exigindo desta maneira uma estreita relação entre saúde e mudanças ambientais. Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a saúde no Brasil, traremos algumas legislações importantes e principalmente artigos da constituição federal que respalda que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Constituição, 1988. P. 118) Garantindo desta forma que toda pessoa tenha o direito a um nível de vida suficiente para assegurar a sua saúde, o seu bem-estar e o de sua família, especialmente para a alimentação, o vestuário, a moradia, a assistência médica e para os serviços sociais necessários. Depois, na unidade III vamos tratar especificamente sobre o conceito de epidemiologia mostrando que este depende da avaliação do contexto histórico, dos conhecimentos acumulados na área de saúde, da etapa da transição epidemiológica e demográfica, bem como da interpretação que se tenha em determinada época e contexto sobre a saúde. Para finalizar na unidade IV, relataremos a estreita ligação existente entre saúde ambiental e poluição ambiental. Os Problemas ambientais decorrentes do saneamento inadequado e as influências dos serviços de saneamento no controle de doenças. Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigado e bom estudo! UNIDADE I SAÚDE INDIVIDUAL E COLETIVA Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco Imagem 01: Alimentos saudáveis. Saúde preventiva Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/healthy-food-heart-cholesterol-diet- concept-335916848. Acesso 18 ago. 2020 Plano de Estudo: ● Conceito ● Classificação: individual e coletiva ● Princípios da Saúde Humana ● A relação saúde humana e meio ambiente Objetivos de Aprendizagem: ● Conhecer os conceitos ● Entender a classificação: individual e coletiva ● Compreender os princípios da Saúde Humana ● Entender a relação saúde humana e meio ambiente INTRODUÇÃO https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/healthy-food-heart-cholesterol-diet-concept-335916848 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/healthy-food-heart-cholesterol-diet-concept-335916848 Esta é a nossa primeira aula e trataremos de temas de grande relevância relacionados à saúde individual e coletiva. Será conceituado o processo de saúde individual e coletiva mostrando que ambas devem ser uma prática preventiva no intuito de manter a sadia qualidade de vida das pessoas. Para entender esse processo saúde-doença é necessário conhecer a história social da localidade, a cultura, os hábitos, as crenças e os marcadores de condição de vida, pois tal conhecimento permite uma atuação direcionada e integrada. A importância do cuidar em saúde emerge da necessidade de buscar compreender o ser humano em todas as dimensões, levando em consideração aspectos como a alimentação deve receber atenção especial porque é a partir das substâncias ingeridas que o corpo se desenvolve e não fica suscetível às doenças. Desta forma o entendimento da importância de compreender os processos e fatores determinantes do adoecimento e da morte na tentativa de retardá-los ou evitá-los pelo máximo possível de tempo, porém com qualidade de vida. Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de acordo com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas. MAPA CONCEITUAL Fonte: o autor. Entenda os Conceitos 1. CONCEITOS - CLASSIFICAÇÃO: INDIVIDUAL E COLETIVA A saúde é silenciosa e geralmente não é percebida e maior parte das vezes, apenas a identificamos quando adoecemos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde individual é definida como um estado em que o indivíduo se encontra com o bem-estar físico, emocional, social, espiritual e psicológico em sua totalidade. Desta forma, a saúde é vista como um processo resultante das interações realizadas entre as esferas biológicas, sociais e psicológicas. A saúde individual é determinada unicamente pela realidade social ou pela ação do poder público, tanto quanto a visão inversa, nem por isso menos determinista, que coloca todo peso no indivíduo, em sua herança genética e em seu empenho pessoal, precisa ser rompidos. Interferir sobre o processo saúde/doença está ao alcance de todos e não é uma tarefa a ser delegada, deixando ao cidadão ou à sociedade o papel de objeto da intervenção “da natureza”, do poder público, dos profissionais de saúde ou, eventualmente, de vítima do resultado de suas ações. Segundo o Ministério da Saúde (1999), a saúde coletiva é aquela voltada não apenas para o indivíduo, mas para a população em geral. Trata-se deum campo de estudos e práticas que engloba os serviços de saúde prestados à população (atenção primária, secundária e terciária), o estado da saúde desta população e o conhecimento acerca da saúde, tanto o popular quanto o científico (BRASIL, 1999). A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim, os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI, 1995. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006). A Constituição Federal, de 1988, expressa essa preocupação em diversos de seus artigos: Em seu art. 196 define saúde como: direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação; O art. 225 diz: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo, preservá-lo para as presentes e futuras gerações; E no art. 200, incisos II e VIII, fixam, como atribuição do Sistema Único de Saúde – SUS -, entre outras, a execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador e colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.( BRASIL, 1988. p. 118, 120; 131.) A Lei nº 8.080/1990 ressalta as expressões da questão social, ao apontar que: Indicar como fatores determinantes e condicionantes da saúde, “entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País” (Lei nº 8.080/1990, artigo 3º). Desta forma podemos incluir o conceito de “Cidade Saudável”, como parâmetro para nortear projetos de saúde que vêm se desenvolvendo em diversas partes do mundo, a partir da sua incorporação pela OMS. Considera-se que uma “Cidade Saudável” deve ter: • uma comunidade forte, solidária e constituída sobre bases de justiça social, na qual ocorre alto grau de participação da população nas decisões do poder público; • ambiente favorável à qualidade de vida e saúde, limpo e seguro; satisfação das necessidades básicas dos cidadãos, incluídos a alimentação, a moradia, o trabalho, o acesso a serviços de qualidade em saúde, à educação e à assistência social; • vida cultural ativa, sendo promovido o contato com a herança cultural e a participação numa grande variedade de experiências; • economia forte, diversificada e inovadora. 1.2 Níveis de Atenção à Saúde Pública O modelo de organização brasileiro segue a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que define três diferentes níveis de atenção à saúde: o primário, o secundário e o terciário. Essas categorias seguem uma ordem crescente para garantir que cada paciente seja atendido no nível que corresponde, estabelecendo-se assim uma prioridade no acolhimento. Entender em qual conjunto cada usuário se encaixa, possibilita o investimento em estratégias de melhorias gerais, independente do motivo que levou a pessoa a procurar sua instituição. Os níveis de atenção à saúde são importantes para uma adequada triagem e desta forma tornar o Sistema Único de Saúde (SUS) mais eficiente. 1.2.1 Nível Primário Segundo a classificação da OMS o nível primário são os casos em que se são atendidos os casos considerados mais simples, ou o grau de complexidade é considerado baixo. Restringe-se no agendamento de consultas de rotinas e exames considerados básicos, como curativos, radiografias e eletrocardiogramas, podendo ser classificado como as atividades que são realizadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que são de extrema importância para manter uma vida saudável. Desta forma entende-se como momento de contato inicial para prevenção, promoção e redução de risco de doenças. Aqui não se encaixa os tratamentos complexos ou combate a doenças. Podemos encaixar neste nível também ações para promoção da saúde pública em espaços comunitários com destaque como campanhas de conscientização para incentivar a população a tomar vacinas ou prevenir hipertensão arterial, por exemplo. Dependendo do estado de saúde do paciente, ele pode ser encaminhado para cuidados secundários ou terciários. O nível de atenção primário é de suma importância à medida que se vê o aumento significativo do desenvolvimento de doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, por exemplo, e que poderiam ser evitadas com cuidados primários. 1.2.2 Nível Secundário No nível secundário a complexidade requer contato com profissionais da saúde mais especializados, como por exemplo, cardiologista e oftalmologista e são realizados exames mais detalhados para um diagnóstico mais preciso e tratamento adequado. É integrada pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Nesse nível é o momento onde se recebe os pacientes que passaram pelo nível primário e necessitam ser encaminhados para melhor acompanhamento diante da especialidade requerida. Nesse nível os profissionais devem possuir o suporte adequado para realizar intervenções em doenças agudas ou crônicas, além de atendimentos emergenciais. Nesta fase, o processo de atendimento é mais personalizado e reforça os cuidados necessários para recuperação da saúde. Recursos tecnológicos podem ser muito bem aproveitados para atender e comunicar o paciente da melhor forma. 1.2.3 Nível Terciário Os grandes hospitais correspondem ao nível terciário. São pacientes que passaram pelo nível primário ou secundário e devido à gravidade do problema de saúde requer encaminhamento para um nível de atendimento altamente especializado. Esses pacientes podem estar internados e precisando de cirurgias e ou exames mais invasivos, etc. Desta forma esse momento é constituído por um processo curativo, pois os pacientes podem ter doenças graves que representam risco à sua vida, entrando aqui cuidados para reabilitação. Nesse nível a tecnologia torna-se a principal aliada dos médicos e dos outros profissionais que são responsáveis pelo socorro aos usuários. Importante ressaltar que os recursos tecnológicos quando necessário podem ser aplicados para beneficiar todos os estágios. 1.3 PRINCÍPIOS DA SAÚDE HUMANA A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconheceu a saúde como direito inalienável de toda e qualquer pessoa e como um valor social a ser perseguido por toda a humanidade (PIOVESAN, 2011, p.20) A partir de então e progressivamente, diversos Estados passaram a incluir este e outros direitos humanos em suas constituições, convertendo-os em direitos fundamentais derivados do pacto social estabelecido em cada país. Segundo Piovesan (2011) o direito à saúde está inserido em um amplo grupo de questões relacionando a saúde e o bem-estar, assim como os diferentes direitos humanos, interligados e dependentes entre si. A saúde não existe de forma isolada da vida das pessoas, da sociedade. Considerando todos os direitos humanos fundamentais, a relação com a saúde vai além da potencial redução da vulnerabilidade, em termos de problemas e fatores de risco. O direito à saúde também perpassa questões de violações de direitos, como a violência nas grandes cidades, casos de tortura, escravidão e violência de gênero, que podem causar danos à saúde. E, ainda mais importante, está diretamente relacionado ao desenvolvimento da saúde, no que diz respeito a outros direitos, como a participação social, o acesso à informação, a comunicação, que se tornam instrumentos e potencializa a democracia, o exercício da cidadania e a própria garantia desses direitos consideradosfundamentais. O princípio da fundamentalidade extrinseca do direito à saúde significa que o direito à saúde foi catalogado formalmente no rol dos direitos fundamentais, ao se conjuntar os arts. 6º, 196 a 200, todos da Constituição Federal, podendo-se notar aspectos essenciais que assim o caracterizam: a historicidade; a universalidade; a autogeneratividade. Além disso, a sistemática da interpretação constitucional dos Direitos Fundamentais permite identificar, também, a maximização, a rigidez constitucional e sua aplicabilidade imediata (PIOVESAN, 2011). O direito à saúde se insere na órbita dos direitos sociais constitucionalmente garantidos. Trata-se de um direito público subjetivo, uma prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação ( BRASIL, C. F. Art. 196). Tal preceito é complementado pela lei 8.080/90, em seu artigo 2º: “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. A Lei Fundamental não faz qualquer distinção no que tange ao direito à saúde, englobando expressamente o acesso universal a ações de promoção, proteção e recuperação de saúde, nos âmbitos individual e genérico. Seguem-se as linhas traçadas pela Organização Mundial de Saúde, segundo a qual, a saúde se caracteriza como o completo bem estar físico da sociedade e não apenas como a ausência de doenças. A questão do fornecimento de medicamentos e tratamentos pelo Estado se inclui, obviamente, na faceta de proteção à saúde. 1.4 A Relação Saúde Humana e Meio Ambiente O processo saúde/doença está diretamente relacionado ao meio ambiente, exigindo desta maneira uma estreita relação entre saúde e mudanças ambientais. Nesse sentido, as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação, e levando ao entendimento a importância de um bom relacionamento homem/natureza. Entretanto, a sociedade está cada vez mais complexa, exigente e consumista e tem comprometido a resiliência dos recursos naturais, resultando degradação ambiental que tem colocado o bem-estar social em risco e os riscos ambientais são hoje um problema de saúde coletiva. Para a Organização das Nações Unidas, os agentes de poluição, com efeito, no meio ambiente e saúde, são: metais, petróleo, óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A contaminação acontece pela absorção direta de espécies dissolvidas ou pela ingestão de partículas ou alimentos contaminados (MENDES, 2017). Condições térmicas precárias, umidade, presença de mofo, má-ventilação, grande adensamento de indivíduos por cômodo, infestações por insetos e roedores, nível de ruído, todos estes fatores têm sido descritos como potenciais fatores de risco à saúde. Conforme relatado no Quarto Relatório de Avaliação do IPCC (IPCC, 2007), é provável que a exposição à mudança do clima afeta o estado de saúde de milhões de pessoas, em especial daquelas com baixa capacidade de adaptação, mediante: aumento da subnutrição e de disfunções consequentes, com implicações no crescimento e desenvolvimento infantil; aumento de mortes, doenças e ferimentos por causa das ondas de calor, inundações, tempestades, incêndios e secas; aumento das consequências negativas da diarreia; aumento da frequência de doenças cardiorrespiratórias por causa das concentrações mais elevadas de ozônio no nível do solo relacionadas com a mudança do clima; e alteração da distribuição espacial de alguns vetores de doenças infecciosas. Na legislação pátria, o inciso I, do artigo 3º, da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/81), define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas". Assim, entende-se que a expressão "meio ambiente" deve ser interpretada de uma forma ampla, não se referindo apenas à natureza propriamente dita, mas sim a uma realidade complexa, resultante do conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos e socioeconômicos, bem como de suas inúmeras interações que ocorrem dentro de sistemas naturais, artificiais, sociais e culturais (MENDES, 2017). O meio ambiente é um resultado social que pode influenciar a saúde humana positiva ou negativamente, de maneira individual ou coletiva, direta ou indiretamente, o que torna a relação entre saúde e meio ambiente uma complexa relação entre Estado, natureza e sociedade (MENDES, 2017). SAIBA MAIS Matta, G. C. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39223/2/Pol%C3%ADticas%20de%20Sa% C3%BAde%20-%20Princ%C3%ADpios%20e%20Diretrizes%20do%20Sistema%20 %C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde.pdf. Acesso 17 ago. 2020 Resumo: Os princípios e diretrizes do Sistema único de Saúde (SUS) constituem as bases para o funcionamento e organização do sistema de saúde em nosso país, afirmando direitos conquistados historicamente pelo povo brasileiro e o formato democrático, humanista e federalista que deve caracterizar sua materialização. Neste sentido, os princípios e diretrizes do SUS devem ser compreendidos a partir de uma perspectiva histórica e epistemológica, constituindo-se como um produto resultante de um processo político e que expressa concepções sobre saúde e doença, direitos sociais, gestão, as relações entre as esferas de governo do país, entre outros. https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39223/2/Pol%C3%ADticas%20de%20Sa%C3%BAde%20-%20Princ%C3%ADpios%20e%20Diretrizes%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39223/2/Pol%C3%ADticas%20de%20Sa%C3%BAde%20-%20Princ%C3%ADpios%20e%20Diretrizes%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39223/2/Pol%C3%ADticas%20de%20Sa%C3%BAde%20-%20Princ%C3%ADpios%20e%20Diretrizes%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde.pdf LEI Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm. Acesso 17 ago. 2020. Resumo: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. SILVA, Marcelo José de Souza e; SCHRAIBER, Lilia Blima; MOTA, André Mota. O conceito de saúde na Saúde Coletiva: contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica. Disponível em: Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, e290102, 2019. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/physis/2019.v29n1/e290102/pt. Acesso 21 ago. 2020. Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo compreender qual é o conceito de saúde dentro da Saúde Coletiva. Nossa análise parte do marxismo como referencial teórico, tanto para definir o que é um “conceito” quanto para compreender o pensamento crítico da Saúde Coletiva. Como pesquisa empírica, usou-se a produção bibliográfica dos principais periódicos que reúnem publicações da Saúde Coletiva enquanto área de conhecimento, o que resultou em 34 artigos que tratavam, de alguma forma, do conceito de saúde, mesmo que não fosse o objeto principal do trabalho. Dessa análise identificamos ao menos três distintas modalidades de definições, que variaram tanto na base referencial usada para apreender e analisar realidades empíricas concernentes à saúde quanto na conceituação de social que poderia estar nessa análise – também se identificando que os artigos mais oscilaram entre uma produção estritamente descritiva dessas realidades empíricas e ensaios estritamenteteóricos do que produziram um particular concreto (empírico) pensado com base na definição de social eleita. Concluiu-se que dentro da Saúde Coletiva o conceito de saúde tem sido tomado, em grande parte, ou como noção (uma aproximação parcial do objeto) ou como um lema, a partir de um engajamento ético- político que acaba relegando a contribuição teórico conceitual a segundo plano. #SAIBA MAIS# REFLITA De acordo com o último relatório da OMS sobre doenças não transmissíveis, não estão a ser feitos os esforços suficientes para reduzir em um terço a taxa de mortalidade prematura por doenças não transmissíveis até 2030. As doenças não transmissíveis matam em cada ano mais de 40 milhões de pessoas, das quais 15 milhões têm entre 30 e 70 anos. Mais de 80% destes casos chamados «prematuros» acontecem em países com rendimento baixo ou médio http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm https://www.scielosp.org/pdf/physis/2019.v29n1/e290102/pt Fonte: Serviço Nacional de Saúde. Disponível em: https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/09/19/doencas-nao-transmissiveis/. Acesso: 17 ago. 2020. Clique https://www.youtube.com/watch?v=2fpRaU8VkIE. Para conhecer mais sobre: O que é o SUS? Sistema Único de Saúde do Brasil: Princípios e diretrizes - Paulo Sérgio Clique https://www.youtube.com/watch?v=PzVxQkNyqLs. Para conhecer mais sobre: Os princípios do SUS. #REFLITA# https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/09/19/doencas-nao-transmissiveis/ https://www.youtube.com/watch?v=2fpRaU8VkIE https://www.youtube.com/watch?v=PzVxQkNyqLs CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro aluno aqui terminou a primeira etapa do nosso trabalho, Percebemos que o ambiente dentro dos padrões registrados pela legislação é ideal para manter seu equilíbrio e consequentemente a saúde das pessoas e de todas as espécies. O corpo humano é um todo conectado por partes, isto é, composto de mente, corpo e emoções. Para estar em equilíbrio, é preciso que todas as partes estejam funcionando de igual maneira e, para isso, é preciso cuidar da saúde de um modo geral. Apesar de muitas pessoas associarem doença instantaneamente ao corpo físico, há doenças também no sistema emocional que causam diversos males e interferem na vida das pessoas. Mente e emoções andam bem próximas, pois uma não funciona bem enquanto a outra não estiver em equilíbrio. Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde emocional "é um estado de bem-estar onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes normais da vida, trabalha produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade". Portanto, daí pode-se constatar que, se a saúde emocional não estiver com seu funcionamento positivo, não há como levar uma vida de forma equilibrada e produtiva. Entendemos a importância de buscarmos investimentos na área preventiva, e que infelizmente atualmente andamos na contramão, dando prioridade para a saúde curativa. Desta forma as nações não possuem recursos suficientes para dar atendimento adequado aos seus contribuintes, e infelizmente temos óbitos que poderiam facilmente ser evitados, que resultam em problemas de ordem emocional e financeira nas famílias. LEITURA COMPLEMENTAR Fonte: Juras, I..da A. G. M.. Machado, G. S.. A relação entre a saúde da população e a conservação do meio ambiente. https://www2.camara.leg.br/atividade- legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da- conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-ambiente_juras-e- machado_politicas-setoriais. Acesso em 17 ago. de 2020. RESUMO Trata dos principais processos de degradação ambiental que podem afetar a saúde. O Brasil não logrou controlar as enfermidades ligadas à falta de saneamento e a poluição é responsável por mortalidade significativa por doenças cardíacas e pulmonares. O desmatamento intensifica os efeitos de desastres naturais e altera os mecanismos de controle de transmissão de doenças tropicais. A expansão urbana e das fronteiras de ocupação têm sido associadas com doenças transmitidas por mosquitos. As mudanças climáticas poderão afetar o estado de saúde de milhões de pessoas, em especial daquelas com baixa capacidade de adaptação, mediante aumento da subnutrição, de desastres naturais e da frequência de doenças cardiorrespiratórias, bem como da alteração da distribuição espacial de vetores de doenças infecciosas. São também descritas as diversas normas que destacam a relação entre saúde e meio ambiente. Saúde e meio ambiente têm estreita relação. Em geral, os impactos ao meio ambiente constituem, também, impactos à saúde humana. Poderiam citar-se vários exemplos dessa inter-relação, mas este trabalho concentrar-se-á nos aspectos de saneamento ambiental, poluição, mudança do clima e principais doenças associadas a alterações nos ecossistemas. https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-ambiente_juras-e-machado_politicas-setoriais https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-ambiente_juras-e-machado_politicas-setoriais https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-ambiente_juras-e-machado_politicas-setoriais https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-ambiente_juras-e-machado_politicas-setoriais Artigo : Olhando o passado e o futuro: revendo pressupostos sobre as inter-relações pessoa-ambiente. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 294X2003000200003&script=sci_arttext. Estud. psicol. (Natal) vol.8 no.2 Natal May/Aug. 2003.Acesso em: 31 jul. 2020. RESUMO Este artigo examina alguns dos pressupostos que guiaram os primeiros trabalhos em Psicologia Ambiental e os revisa à luz de perspectivas contemporâneas. Muitos desses pressupostos continuam a ter relevância, mas são necessárias algumas modificações e acréscimos para dar conta do desenvolvimento em ideias e pesquisa ao longo dos anos. É preciso: ir além da pesquisa multidisciplinar, engajando-se no pensamento interdisciplinar e pesquisa em colaboração com pessoas de outras disciplinas; ampliar a atenção com as questões éticas; examinar o papel da tecnologia na vida das pessoas; e reconhecer a natureza holística das transações pessoa-ambiente levando em consideração a diversidade criada por idade, gênero, nível de capacidade/incapacidade, cultura e economia. LIVRO http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2003000200003&script=sci_arttext http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2003000200003&script=sci_arttext • Título: Inteligência emocional. A Teoria Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente. • Autor: 1996 • Editora: Objetiva Ltda • Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1995, nos Estados Unidos, este livro transformou a maneira de pensar a inteligência. Alterou práticas de educação e mudou o mundo dos negócios. Das fronteiras da psicologia e da neurociência, Daniel Goleman trouxe o conceito de "duas mentes" - a racional e a emocional - e explicou como, juntas, elas moldam nosso destino. Segundo Goleman, a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Partindo de casos cotidianos, o autor mostra como a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode minar a experiência escolar, acabar com carreiras promissoras e destruir vidas. O fracasso e a vitória não são determinados poralgum tipo de loteria genética: muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados. Utilizando exemplos marcantes, Goleman descreve as cinco habilidades-chave da inteligência emocional e mostra como elas determinam nosso êxito nos relacionamentos e no trabalho, e até nosso bem-estar físico. Pais, professores e líderes do mundo dos negócios sentirão o valor desta visão arrebatadora do potencial humano. FILME/VÍDEO • Título: Níveis de Prevenção em Saúde • Ano: 2018 • Sinopse. Relata os níveis de prevenção da saúde, porém trazendo mais dois níveis não tão difundidos • Link do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=mg283xEKvxc https://www.youtube.com/watch?v=mg283xEKvxc REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. Distritos Sanitários: concepção e organização do conceito de saúde e do processo saúde-doença, 1986, p. 11-13. BRASIL. Lei 8080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso: 06 out.2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 496 p. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 3 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde ambiental para o setor saúde. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, 1999. CANGUILHEM, G. O.; CAPONI, S. O normal e o patológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 1995. In: BRÊTAS, A. C. P.; GAMBA, M. A. (Org.). Enfermagem e saúde do adulto. São Paulo: Manole, 2006. CAPONI, S. A saúde como abertura ao risco. In: BRÊTAS, A. C. P.; GAMBA, M. A. (Org.). Enfermagem e saúde do adulto. São Paulo: Manole, 2006. GAMBA, M. A.; TADINI, A. C. Processo Saúde-Doença, 2010. Ministério da Educação - Secretaria da Educação Básica. 2018. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.pdf.P%2066. Acesso em: 17 de ago. de 2020. MENDES, G. F.; PAIVA, P. Políticas públicas no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2017. Disponível em: https://app.saraivadigital.com.br. PIOVESAN, Flávia. A proteção internacional dos direitos humanos e o direito brasileiro. In: PIOVESAN, Flávia; GARCIA, Maria. Doutrinas Essenciais: Direitos Humanos. Vol. VI – Proteção Internacional dos Direitos Humanos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. SILVA, Marcelo José de Souza e; SCHRAIBER, Lilia Blima; MOTA, André Mota. O conceito de saúde na Saúde Coletiva: contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica. Disponível em: Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, e290102, 2019. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/physis/2019.v29n1/e290102/pt. Acesso 21 ago. 2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm https://app.saraivadigital.com.br/ https://www.scielosp.org/pdf/physis/2019.v29n1/e290102/pt UNIDADE II SAÚDE NO BRASIL Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco Imagem 01: Fatores externos saudáveis reflexos na qualidade de vida. Homem e a natureza. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/video/clip-1030715729-double-exposure-pensive- man-beautiful-tropical-waterfall . Acesso: 22 ago. 2020 Plano de Estudo: ● Saúde Pública no Brasil ● A importância do saneamento na saúde pública ● Ecologia das doenças (Determinantes físico-química; Determinantes biológicos; Determinantes sociais) Objetivos de Aprendizagem: ● Conhecer a Saúde Pública no Brasil ● Entender a importância do saneamento na saúde pública ● Saber a ecologia das doenças (determinantes físico-químicas; determinantes biológicos; determinantes sociais) https://www.shutterstock.com/pt/video/clip-1030715729-double-exposure-pensive-man-beautiful-tropical-waterfall https://www.shutterstock.com/pt/video/clip-1030715729-double-exposure-pensive-man-beautiful-tropical-waterfall INTRODUÇÃO Esta unidade trata de assuntos relacionados à saúde pública mostrando que é direito de todos os cidadãos um nível de vida suficiente para assegurar o seu bem-estar. Veremos que através da Constituição Federal no artigo 198, o Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser estruturado de forma descentralizada, com atendimento integral e havendo a participação da comunidade. O princípio da descentralização se caracteriza quando um poder antes absoluto, passa a ser repartido, havendo a integração de atos de prevenção ou cura individuais e coletivos, além de permitir o acesso universal e igualitário quer sejam nas ações preventivas e assistenciais. A legislação, mais precisamente a Lei nº 8.142 de 1990 dispõe sobre a importância da participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. No tocante ao saneamento será conceituado e relatado sua importância para a saúde pública e que apesar dos investimentos do governo federal no setor de saneamento terem crescido, ainda persiste a dificuldade de acesso aos recursos principalmente em municípios pequenos, o que acaba interferindo de forma negativa no sistema econômico, com gastos elevados para combater as enfermidades propagadas devido às condições sanitárias inadequadas (SOUSA, 2011). Relatou-se também como a ecologia das doenças influencia os fatores econômicos, culturais, políticos e sociais têm sobre o conceito de saúde. MAPA CONCEITUAL Fonte: o autor. Entenda os Conceitos "Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para assegurar a sua saúde, o seu bem-estar e o de sua família, especialmente para a alimentação, o vestuário, a moradia, a assistência médica e para os serviços sociais necessários". (artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos do Homem). Aplicação de Conceitos Segundo o Art. 7º da Lei orgânica 8.080 / 1990 as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência;e XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos (BRASIL, 1990). 1. SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL A saúde pública no Brasil é muito completa e alcançou resultados bastante positivos desde que o Sistema Único de Saúde foi criado, porém enfrenta inúmeras dificuldades, comprometendo a qualidade do atendimento à população. Além disso, em um país de dimensões continentais e tão heterogêneo, a saúde, assim como outros aspectos (educação, segurança) é bastante discrepante no território. Atualmente é considerada Saúde Pública todo o conjunto de medidas executadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população. Em nível internacional, a saúde pública é coordenada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, composta atualmente por 194 países. O órgão consiste em uma agência especializada da ONU (Organização das Nações Unidas) que trabalha lado a lado com o governo dos países para aprimorar a prevenção e o tratamento de doenças, além de melhorar a qualidade do ar, da água e da comida. A saúde pública também é o ramo da ciência que busca prevenir e tratar doenças através da análise de indicadores de saúde e sua aplicação nos campos da biologia, epidemiologia e outros campos relacionados. No Brasil, a saúde pública está prevista na Constituição Federal como um dever do Estado (artigo 196) e como um direito social (artigo 6º), ou seja, um direito que deve ser garantido de forma homogênea aos indivíduos a fim de assegurar o exercício de direitos fundamentais. O artigo 196, da Constituição da República estabelece que: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Constituição, 1988. P. 118) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I–descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III–participação da comunidade. 1.3 A IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO NA SAÚDE PÚBLICA Entre saneamento, saúde pública e meio ambiente existe estreita ligação. O saneamento é a sustentação de todo o sistema de saúde de um país. As incidências de doenças infecciosas que levam a queda de produtividade também aumentam os custos da conta em saúde, estando totalmente ligado justamente à presença ou ausência de saneamento básico. O impacto da falta do saneamento básico sobre a saúde no meio urbano vem se tornando cada vez mais frequente, principalmente nas comunidades mais carentes. Com o aumento desenfreado da população, estas comunidades ficaram mais susceptíveis a riscos ambientais, tais como: as ruas que muitas vezes servem para defecação de animais, os terrenos baldios, os esgotos a céu aberto (CAVINATTO, 1992) Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento na saúde segundo a Fundação Nacional de Saúde - Funasa (2017) ● Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e malária. ● Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifoide. ● Esgotamento sanitário adequado é fator que contribui para a eliminação de vetores da: malária, diarreias, verminoses, esquistossomose. ● Melhorias sanitárias domiciliares estão diretamente relacionadas com a redução de: doença de Chagas, esquistossomose, diarréias, verminoses, escabioses, tracoma e conjuntivites. 1.4 ECOLOGIA DAS DOENÇAS (DETERMINANTES FÍSICO-QUÍMICAS; DETERMINANTES BIOLÓGICOS; DETERMINANTES SOCIAIS) Nordenflt (2000) refere que a saúde é compatível com a presença de doença e sofre influência dos determinantes da saúde. Grande parte da população que sofre de alguma doença continua sua vida, considerando-se muitas vezes saudável. A doença está associada a determinado órgão, região do corpo ou da mente, contrariando a noção de um conceito dicotômico de saúde. Para Scliar (2007, p. 30) o conceito de saúde faz referência à: Influência que os fatores econômicos, culturais, políticos e sociais têm sobre o conceito de saúde. Esta influência implica que o conceito de saúde não tenha o mesmo significado para todos os indivíduos; irá depender da “época do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, de concepções científicas, religiosas, filosóficas” (SCLIAR, 2007, p. 30). A teoria da determinação social do processo saúde-doença se constitui num avanço na medida em que vincula o biológico ao social. Para Santos (2018, p. 243-244), os fatores determinantes da doença podem ser: endógenos e exógenos. Esses fatores são divididos em uma abordagem mais minuciosa sobre a ação destes fatores como determinantes de saúde na população. a) Endógenos: Fatores determinantes que são inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivíduo, como herança genética que determinam maior ou menor suscetibilidade das pessoas em adquirir doenças e a anatomia e fisiologia do organismo humano como os estilos de vida. b) Exógenos: Fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente. • Ambiente biológico: determinantes biológicos. • Ambiente natural: “Efeito estufa”, “buraco na camada de ozônio”. • Ambiente antrópico e ambiente social - determinantes socioculturais. Segundo George (2011) a análise dos determinantes da saúde, são frequentemente agrupados agrupa-os em cinco categorias: ● Os determinantes fixos ou biológicos, de que são exemplos à idade, sexo e fatores genéticos; ● os determinantes econômicos e sociais, de que são exemplo a posição o estrato social, o emprego, a pobreza, a exclusão social; ● os determinantes ambientais, tais como a qualidade do ar e da água, ambiente social; ● os determinantes de estilos de vida, sendo a alimentação, atividade física, tabagismo, álcool; ● os determinantes do comportamento sexual. Alguns exemplos incluem-se ainda o acesso aos serviços, como educação, saúde, serviços sociais, transportes e lazer (George, 2011). Na literatura podem encontrar-se divisões com diferentes números de categorias, sendo que, independentemente desse número, é inquestionável que os determinantes influenciam o estado de saúde dos indivíduos. Aprofundamento: GEORGE, F. Sobre determinantes da saúde. set 2011. Disponível em: https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de- francisco-george-sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx. Acesso em: 22 ago. 2020. Resumo: Os fatores que influenciam, isto é, que afectam ou determinam a saúde dos cidadãos e dos povos têm sido ultimamente analisados por diferentes Escolas e instituições, nomeadamente pela Comissão Europeia. São, em regra, designados, simplesmente, por determinantes da saúde. SAIBA MAIS SANTOS, Fernanda Flores Silva dos et al., O desenvolvimento do saneamento básico no Brasil e as consequências para a saúde pública. Revista Brasileira de Meio Ambiente, v.4,n.1. p. 241-251, 2018. Disponível em: https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2- PB-1-1.pdf. Acesso: 21 ago. 2020. Resumo: Apesar dos investimentos do governo federal no setor de saneamento terem crescido, ainda persiste a dificuldade de acesso aos recursos para os pequenos municípios e para a região Norte e Nordeste, o que acaba interferindo de forma negativa no sistema econômico, com gastoselevados para combater as enfermidades propagadas devido às condições sanitárias inadequadas. Assim, esse estudo tem como objetivo apresentar um panorama do histórico do saneamento básico no Brasil e suas perspectivas no tempo presente. De modo que, torna-se necessário a atuação de políticas públicas que busquem expandir estes serviços, essencialmente para as localidades com situações mais precárias. Essa pesquisa mostra-se relevante a partir do momento em que, através da pesquisa bibliográfica, traz uma reflexão sobre como se desenvolveu o saneamento no Brasil e quais as maiores dificuldades que o país ainda enfrenta para alcançar a universalidade prevista no Plano de Saneamento Básico- PLANSAB. Manual de Saúde Pública. https://www.editorasanar.com.br/images/p/Trecho%20-%20Manual%20de%20Sa %C3%BAde%20P%C3%BAblica.pdf. Acesso 21 ago. 2020. Resumo: Numa intencionalidade específica de facilitarmos a aproximação com o arcabouço jurídico legal do Sistema Único de Saúde (SUS), especificamente neste capítulo, acerca da Lei Orgânica da Saúde (LOS) compreendendo a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 no que tange a organização e funcionamento do SUS e a Lei 8.142 de 28 de 1990 no que tange a participação da comunidade. Mas inicialmente, optamos por previamente fazer uma retomada acerca dos Modelos Assistenciais de Saúde que ao longo da História da Saúde Pública se (dês) velam e em si manifestam os modos operantes de se pensar e fazer saúde. https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de-francisco-george-sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de-francisco-george-sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de-francisco-george-sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2-PB-1-1.pdf https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2-PB-1-1.pdf https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2-PB-1-1.pdf https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2-PB-1-1.pdf https://www.editorasanar.com.br/images/p/Trecho%20-%20Manual%20de%20Sa%C3%BAde%20P%C3%BAblica.pdf https://www.editorasanar.com.br/images/p/Trecho%20-%20Manual%20de%20Sa%C3%BAde%20P%C3%BAblica.pdf https://www.editorasanar.com.br/images/p/Trecho%20-%20Manual%20de%20Sa%C3%BAde%20P%C3%BAblica.pdf https://www.editorasanar.com.br/images/p/Trecho%20-%20Manual%20de%20Sa%C3%BAde%20P%C3%BAblica.pdf BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Art.196-200, Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.tce.rs.gov.br/. Acesso: 21 ago. 2020. Resumo: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. BRASIL. Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Disponível em: <http: //portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Lei8142.pdf>.Acesso: 21 ago. 2020. Resumo: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: <http: //portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/LEI8080.pdf>. Acesso: 21 ago. 2020. Resumo: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. VIDIGAL, C. H. M.. Análise da influência do saneamento básico na saúde da população do município de barbacena – MG. 2015. Disponível em: https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TFC_Carlos_Henrique_Mo reira_Vidigal.pdf.Acesso: 24 ago. 2020. Resumo: Os serviços de saneamento – abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo - prestados em um município exercem influência na saúde da população local. O estudo realizado para a cidade de Barbacena, Estado de Minas Gerais, visou compreender a relação existente entre as condições de saneamento básico da população local e alguns indicadores epidemiológicos – taxa de mortalidade em menores de cinco anos de idade, proporção de crianças menores de dois anos desnutridas e taxa de incidência de dengue para todas as idades. https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TFC_Carlos_Henrique_Moreira_Vidigal.pdf.Acesso https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TFC_Carlos_Henrique_Moreira_Vidigal.pdf.Acesso https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TFC_Carlos_Henrique_Moreira_Vidigal.pdf.Acesso https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TFC_Carlos_Henrique_Moreira_Vidigal.pdf.Acesso REFLITA Apesar dessa tendência, há que se ter clara a persistência da importância do papel do saneamento no quadro de saúde, em especial nos países em desenvolvimento. Seria equivocado se substituir a visão de saneamento pela visão ambiental mais ampla, sendo necessário sim se reconhecerem as questões de saneamento como ainda na ordem do dia da saúde ambiental, localizando seu papel, sua pertinência e a aplicabilidade do conceito, identificando sociedades, ocupações, situações e fatores de risco associados. De forma simplificada, pode-se situar que os riscos decorrentes da insalubridade do meio afetam com maior intensidade as populações de menor status socioeconômico, enquanto que os problemas ambientais originários do desenvolvimento atingem mais homogeneamente a todos os estratos sociais. Fonte: Heller, L.. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento. Ciência & Saúde Coletiva, 3(2):73-84, 1998. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf. Acesso: 22 ago. 2020. Clique em https://www.youtube.com/watch?v=i2tWlesTBqI. Para conhecer mais sobre Saúde Pública e Saneamento Básico. Clique em https://www.youtube.com/watch?v=yuDpa-nU3t8. Para conhecer mais sobre: A HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL - Paulo Sérgio https://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf https://www.youtube.com/watch?v=i2tWlesTBqI https://www.youtube.com/watch?v=yuDpa-nU3t8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Terminamos mais uma unidade que nos demonstra a íntima relação entre o esgotamento sanitário e a saúde pública. É possível perceber a necessidade de políticas públicas concretas no sentido de atender a população dentro de sua integralidade. Para tal situação se concretizar é preciso que os cidadãos tenham conhecimento dos seus direitos e passem a participar dos conselhos de saúde e meio ambiente de suas cidades, cobrando medidas que possam beneficiar toda a coletividade. Direito de atendimento humanizado para reduzir ou eliminar o sofrimento do usuário bem como, as causas dos problemas Leiam os materiais relacionados, darão uma base ampla da importância do saneamento para a saúde pública. LEITURA COMPLEMENTAR Artigo: Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento Heller, L.. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf. Acesso 22ago.2020 RESUMO Discute-se a relação entre saúde e saneamento, situando-a no contexto do processo de desenvolvimento social. É defendida inicialmente a inserção dessa relação no atual enfoque saúde e ambiente, reconhecendo que esta nova área não elimina a pertinência da abordagem saúde-saneamento, na verdade sua precursora. Apresenta-se a conceituação de saneamento e sua atual situação no país, além dos marcos conceituais da relação saúde-saneamento. Indicadores de desenvolvimento dos países, enfatizando os brasileiros, são confrontados com indicadores sanitários, mostrando-se que, para o grau de desenvolvimento econômico e a cobertura por serviços de saneamento no Brasil, melhor desempenho dos indicadores de saúde seria esperado. Avaliam-se as assertivas que podem ser extraídas dos estudos epidemiológicos desenvolvidos na área de saneamento e, por fim, discutem-se as perspectivas que se apresentam no campo da relação saúde-saneamento. https://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf LIVRO • Título: Saneamento: promoção da saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental. • Autores: Cezarina Maria Nobre Souza, André Monteiro Costa, Luiz Roberto Santos Moraes, Carlos Machado de Freitas. • Editora: Editora Fiocruz • Sinopse: A declaração da Assembleia Geral da ONU de 2010 denuncia grave violação de um direito humano essencial: grande parte da população do mundo vive em condições precárias de acesso a bens e serviços essenciais. Esse quadro poderia ser minimizado e até evitado se fosse possível oferecer saneamento básico a todos. Neste livro, quatro profissionais atuantes nas áreas de engenharia sanitária e saúde ambiental propõem um novo olhar sobre a tríade ‘desenvolvimento, ambiente e saúde’, com o objetivo de formular estratégias inovadoras para garantir o acesso mais amplo ao saneamento. Fatores como o modo de vida da população, as condições socioeconômicas e a cultura servem de base na busca por soluções capazes de combinar tecnologia e gestão sociocultural. “O modelo de gestão deve ser adequado à tecnologia utilizada e às características socioculturais da população. Não é mais aceitável, como tem sido corrente, a imposição de soluções que, por não considerarem a coerência com a cultura e as condições de habitabilidade das pessoas, geram ônus de manutenção para as mais pobres.”, destacam os autores no texto de apresentação do livro. FILME/VÍDEO • Título: 1.Segurança Alimentar e Nutricional • Ano: 2017 • Sinopse: O conceito de Segurança de Alimentos, originário do inglês “Food Safety”, está relacionado à manutenção da qualidade dos alimentos distribuídos, considerando as etapas de manipulação e preparo até seu destinatário final, o consumidor. Nestes termos, a Segurança de Alimentos está diretamente ligada às práticas recomendadas para a garantia da saudabilidade dos alimentos, e a eliminação de contaminantes químicos, físicos e biológicos a exemplo da contaminação bacteriológica. • Link do vídeo https://www.verdeghaia.com.br/blog/aspectos-relevantes-da- seguranca-alimentar-e-nutricional-e-seguranca-de-alimentos-food-safety/. Acesso 22 ago. 2020 https://www.verdeghaia.com.br/blog/aspectos-relevantes-da-seguranca-alimentar-e-nutricional-e-seguranca-de-alimentos-food-safety/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/aspectos-relevantes-da-seguranca-alimentar-e-nutricional-e-seguranca-de-alimentos-food-safety/ REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 8080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso: 06 out. 2020. CAVINATTO, V. M. Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Ed.Moderna, 1992. GEORGE, F. Sobre determinantes da saúde. set 2011. Disponível em: https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de-francisco-george- sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx. Acesso em: 22 ago. 2020. HELLER, L.. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento. Ciência & Saúde Coletiva, 3(2):73-84, 1998. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf. Acesso: 22 ago. 2020. SANTOS, Fernanda Flores Silva dos et al., O desenvolvimento do saneamento básico no Brasil e as consequências para a saúde pública. Revista Brasileira de Meio Ambiente, v.4, n.1. p. 241-251, 2018. Disponível em: https://www.saneamentobasico.com.br/wp-content/uploads/2020/04/127-387-2- PB-1-1.pdf SOUSA, A. C. A de. Política de Saneamento no Brasil: atores, instituições e interesses. Tese de Doutorado. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, 2011. SCLIAR, M. História do conceito de saúde. 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Acesso: 23 ago. 2020 Plano de Estudo: ● Conceitos de epidemiologia. ● Saneamento básico e higiene nos processos epidemiológicos. ● Doenças transmissíveis e seu controle. Objetivos de Aprendizagem: ● Entender os conceitos de epidemiologia. ● Compreender saneamento básico e higiene nos processos epidemiológicos. ● Conhecer as doenças transmissíveis e seu controle. https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautiful-african-child-drinking-tap-water-276445445 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautiful-african-child-drinking-tap-water-276445445 INTRODUÇÃO Nesta unidade serão abordados conceitos de epidemiologia e como está intimamente ligada com a demografia, pois, ambas estudam as populações. A importância do saneamento básico e a higiene nos processos epidemiológicos e as doenças transmissíveis e como é possível fazer seu controle. O conceito de epidemiologia depende da avaliação do contexto histórico, dos conhecimentos acumulados na área de saúde, da etapa da transição epidemiológica e demográfica, bem como da interpretação que se tenha em determinada época e contexto sobre a saúde. Será possível observar que a saúde de uma população é muito dinâmica sendo reflexo de muitas causas como por exemplo o saneamento básico que é condição essencial para promover a melhoria da qualidade de vida da população e sua falta deixa uma população por completo em vulnerabilidade socioambiental, principalmente em áreas mais carentes com menor poder aquisitivo levando a ocorrência de diversas doenças. As melhorias do meio ambiente, aliadas às do nível de vida geral, tem papel determinante na redução das taxas das doenças e no controle das epidemias. MAPA CONCEITUAL Fonte: o autor. Entenda os Conceitos A epidemiologia tem como princípio básico atender assuntos referentes à saúde (como doenças, seus determinantes e o uso de serviços de saúde) não se distribuem ao acaso entre as pessoas. Segundo Almeida (2006, p. 200) epidemiologia pode ser definida como: Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos àsaúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde “(ALMEIDA, 2006, p. 200)”. A epidemiologia, no seu conjunto, mobiliza as suas três áreas de atividade clássicas, visando à produção de conhecimento sobre as populações: ● A descrição de fenômenos, ● A análise dos contrastes entre grupos (explicação das relações entre presumíveis fatores e efeitos — por comparação); ● Previsão de futuras ocorrências de saúde, ou prospectiva (através de modelos, frequentemente estatísticos, que convertem tendências e explicações em cenários). O seu caminho estratégico em relação às doenças na população é, assim, uma sequência de descrever, explicar, predizer e controlar fenômenos de saúde. E o conhecimento da história natural da doença traduz-se em objetivos coerentes de ação no quadro dos níveis clássicos de prevenção (ALMEIDA, 2006). Aplicação de Conceitos 1. EPIDEMIOLOGIA A epidemiologia é aplicada no mínimo em quatro áreas distintas: 1. Vigilância em saúde pública ou vigilância epidemiológica; 2. Análise da situação de saúde; 3. Identificação dos perfis e fatores de risco; 4. Avaliação epidemiológica dos serviços. A Epidemiologia e a Saúde Pública, quando trabalhadas em conjunto, possibilita alcançar o conhecimento sobre o modo como uma doença se origina, realizar o controle na população, e até mesmo evitar a sua ocorrência. Pois a epidemiologia fornece à saúde pública explicações para os problemas de saúde das populações, o que permite à saúde pública, saber como e quando agir, através de intervenções adequadas e resolutivas (MARTINS, 2018). A Saúde Pública visa proporcionar o melhor nível de saúde ao maior número de pessoas, com o melhor desempenho econômico possível nas suas ações. Para Martins (2018) a epidemiologia mantém seu caráter essencialmente coletivo e social assim como vem ampliando o seu importante papel na consolidação de um saber científico sobre a saúde humana. Fornecendo subsídios para o planejamento e a organização das ações de saúde e para a avaliação de programas, atividades e procedimentos preventivos e terapêuticos. 2. SANEAMENTO BÁSICO E HIGIENE NOS PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS Segundo Almeida et al., (2011) saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Um dos princípios da Lei nº. 11.445/2007 é a universalização dos serviços de saneamento básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e em quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e tratamento adequado do esgoto e do lixo, e ao manejo correto das águas das chuvas. 3. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E SEU CONTROLE A área da saúde sofre uma profunda influência negativa da falta de saneamento básico. O acesso ao saneamento reduz uma série de enfermidades, que reflete desde no aproveitamento escolar das crianças até na produtividade do trabalhador. De várias formas a água pode afetar a saúde do homem: ● Pelo consumo direto, na preparação de alimentos; na higiene pessoal, na agricultura, na limpeza do ambiente, nos processos industriais ou nas atividades de lazer. Os riscos para a saúde associados com a água podem ser de duas categorias: • Relacionados com a ingestão de água contaminada por agentes biológicos (bactérias, vírus e parasitos), através de contato direto, ou por meio de insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico; • Resultados de poluentes químicos e radioativos, geralmente efluentes de esgotos industriais, ou causados por acidentes ambientais. Os principais agentes biológicos encontrados nas águas contaminadas são as bactérias patogênicas, os vírus e as parasitas. As bactérias patogênicas encontradas na água e/ou alimentos constituem uma das principais fontes de morbidade e mortalidade. o Instituto Trata Brasil (2017) elaborou um diagnóstico de algumas doenças de veiculação hídrica , as chamadas “doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado” abrangem diversas patologias, como a diarreia, esquistossomose, dengue , leptospirose, a febre amarela, as micoses, entre outras enfermidades, que possuem diferentes modos de transmissão. (IBGE, 2011). De acordo com o Instituto Trata Brasil, (2018) crianças que sofrem com Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) apresentam saúde debilitada e, como consequências têm a educação prejudicada. De acordo com uma análise de dados coletados entre 2000 e 2010, o aumento de uma unidade percentual no acesso ao saneamento está associado a: ● Aumento de 0,11% na taxa de frequência escolar; ● Queda de 0,31% na taxa de distorção idade-série; ● Redução de 0,12% na taxa de abandono escolar. Mas não são apenas as crianças que são afetadas pela falta de saneamento adequado. As infecções gastrointestinais também fazem com que os adultos se afastem de suas atividades laborais, o que gera custos para as empresas e perda de desempenho por parte dos profissionais. SAIBA MAIS Dentro da vigilância da saúde, convém fazer referência aos conceitos e definições de seus componentes. a) Vigilância Epidemiológica: É o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e coletiva. Tem como finalidade recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (Lei n.º 8.080, de 19.9.1990). É a coleta sistemática de dados relacionados com uma determinada doença, sua análise e interpretação e a distribuição da informação processada às pessoas responsáveis por atuar sobre o problema (CDC). b) Vigilância Sanitária: É o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - O controle da prestação de serviços que se relacionem direta ou indiretamente com a saúde (Lei n.º. 8.080, de 19.9.1990). c) Vigilância Ambiental em Saúde: é definida como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco e das doenças ou agravos. d) Vigilância da saúde: Conceitua-se como um conjunto de atividades voltadas para a identificação, análise, monitorização, controle e prevenção dos problemas de saúde de uma comunidade. A vigilância à saúde engloba as ações coletivas de saúde, expandindo a possibilidade da utilização da epidemiologia no planejamento, programação e avaliação dos serviços de saúde, incluindo ainda outras áreas do conhecimento. Fonte: Vigilância ambiental em saúde - Textos de Epidemiologia para Vigilância Ambiental em Saúde. Ministério da saúde. Funasa. Brasília. 2002.132 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/textos_vig_ambiental.pdf. Acesso 24 ago. 2020 ● Clique nolink. http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_690106550.pdf. E adquira noções básicas da Epidemiologia. Fonte: Montilla, D. E. R.. Noções básicas da Epidemiologia. Disponível em: http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_690106550.pdf. Acesso: 24 ago. 2020. ● Acesse os links abaixo e conheça mais sobre os conceitos da Epidemiologia: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top5_4.h tml https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top1_1.h tml https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top2_1.h tml https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top3_1.h tml https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top4_1.h tml REFLITA A oferta do saneamento associa sistemas constituídos por uma infraestrutura física e uma estrutura educacional, legal e institucional, que abrange os seguintes serviços: abastecimento de água às populações, com a qualidade compatível com a proteção de sua saúde e em quantidade suficiente para a garantia de condições básicas de conforto; coleta, tratamento e disposição ambientalmente adequada e sanitariamente segura de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e agrícolas); acondicionamento, coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos (incluindo os rejeitos provenientes das atividades doméstica, comercial e de serviços, industrial e pública); coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações; controle de vetores de doenças transmissíveis (insetos, roedores, moluscos, etc.); saneamento dos alimentos; saneamento dos meios de transportes; saneamento e planejamento territorial; saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação, de recreação e dos hospitais; controle da poluição ambiental – água, ar, solo, acústica e visual. Fonte: Ribeiro, J. W.; Rooke, J. M. S.. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. 2010. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/38708350/TCC- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/textos_vig_ambiental.pdf http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_690106550.pdf http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_690106550.pdf https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top5_4.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top5_4.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top1_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top1_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top2_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top2_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top3_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top3_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top4_1.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33454/mod_resource/content/1/un1/top4_1.html https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/38708350/TCC-SaneamentoeSaude.pdf?1441765421=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3Dlicitacao.pdf&Expires=1598363718&Signature=I5etIPC3oMrIWEO4bm9VFkbl8iiJ-1kbMRJuOly-qNZ3CZLs2gCKqJuE-W0FRzXqJlioJbkFM5JJwo8haPnJcra8CBJlor-97KxBYBB6rYW~diR4CyO0z1MTxOwsVKSUFWjGdgnof44aTu8s9C9ZMiqkvDQC9w7f9GzkAALX9p43uZ3tTm~X0a4b-9eBICCjcbIIIfJl8y0iTmvnFJ-b9DIAqGu700~gpWXE3kjBq-2rvV8mP7Gq0xmgFKoY4R9QTKh6xJe6KTHA85S~ZQBiDi1IKtrUUJf8D9N4G4tARUFmupWsFnwnn8xfXD2owsAkpGzcRVH9UA4V5N1iVNt11A__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA SaneamentoeSaude.pdf?1441765421=&response-content- disposition=inline%3B+filename%3Dlicitacao.pdf&Expires=1598363718&Signature=I5etIP C3oMrIWEO4bm9VFkbl8iiJ-1kbMRJuOly-qNZ3CZLs2gCKqJuE- W0FRzXqJlioJbkFM5JJwo8haPnJcra8CBJlor- 97KxBYBB6rYW~diR4CyO0z1MTxOwsVKSUFWjGdgnof44aTu8s9C9ZMiqkvDQC9w7f9G zkAALX9p43uZ3tTm~X0a4b-9eBICCjcbIIIfJl8y0iTmvnFJ-b9DIAqGu700~gpWXE3kjBq- 2rvV8mP7Gq0xmgFKoY4R9QTKh6xJe6KTHA85S~ZQBiDi1IKtrUUJf8D9N4G4tARUFmup WsFnwnn8xfXD2owsAkpGzcRVH9UA4V5N1iVNt11A__&Key-Pair- Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso: 25 ago. 2020. #REFLITA# https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/38708350/TCC-SaneamentoeSaude.pdf?1441765421=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3Dlicitacao.pdf&Expires=1598363718&Signature=I5etIPC3oMrIWEO4bm9VFkbl8iiJ-1kbMRJuOly-qNZ3CZLs2gCKqJuE-W0FRzXqJlioJbkFM5JJwo8haPnJcra8CBJlor-97KxBYBB6rYW~diR4CyO0z1MTxOwsVKSUFWjGdgnof44aTu8s9C9ZMiqkvDQC9w7f9GzkAALX9p43uZ3tTm~X0a4b-9eBICCjcbIIIfJl8y0iTmvnFJ-b9DIAqGu700~gpWXE3kjBq-2rvV8mP7Gq0xmgFKoY4R9QTKh6xJe6KTHA85S~ZQBiDi1IKtrUUJf8D9N4G4tARUFmupWsFnwnn8xfXD2owsAkpGzcRVH9UA4V5N1iVNt11A__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA 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O uso das ferramentas e ações de vigilância epidemiológica torna possível romper com as cadeias de transmissão das enfermidades. No Brasil, as doenças resultantes da falta ou de um inadequado sistema de saneamento, especialmente em áreas pobres, têm agravado o quadro epidemiológico. A ausência de sistemas de saneamento básico é sem dúvida, um problema de saúde pública, pois pode provocar doenças como infecções gastrointestinais de origem infecciosa e constantemente leva pessoas a ocuparem vagas em leitos hospitalares que poderiam estar disponíveis para pessoas com enfermidades mais graves. Entende-se que mesmo com as melhoras nos índices no saneamento no Brasil, ainda são necessários muitos investimentos no setor no intuito de atender o quesito “universalização dos serviços” de modo a impedir amplamente a contaminação do meio-ambiente tornando-o mais saudável e consequentemente refletindo na saúde e o bem-estar da população. Neste contexto, exigem-se políticas públicas que garantam a preservação, e proporcione à população a conscientizar-se sobre a problemática do saneamento, conhecendo os malefícios que sua falta pode ocasionar ao meio ambiente e a saúde, além entender a importância de mudar os hábitos, padrões de consumo e evitar desperdícios. Desta forma, com este material desejamos que, a cada unidade, você desenvolva novos conhecimentos e habilidades. LEITURA COMPLEMENTAR Artigo: Soares, S. R. A. ; Bernardes, R. S. ; Netto, O. de M. C. . Relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente: elementos para formulação de um modelo de planejamento em saneamento. Disponível em:https://www.scielosp.org/article/csp/2002.v18n6/1713-1724/. Acesso 06 out.2020. RESUMO: A compreensão das relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente revela-se um pressuposto fundamental para o planejamento de sistemas de saneamento em centros urbanos. Nesse sentido, o presente artigo objetiva propor elementos para o desenvolvimento de um modelo de planejamento em saneamento, a partir de um levantamento histórico das questões ambientais e de saúde incorporadas pelo setor, de uma análise dos marcos conceituais da relação saúde e saneamento, e de uma sistematização dos diversos efeitos da implementação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no meio ambiente e na saúde pública. A avaliação desses efeitos deve garantir a análise correta das possíveis alternativas, tanto do ponto de vista dos objetivos ambientais, quanto dos de saúde pública (objeto primordial do saneamento), de modo a apontar o direcionamento mais adequado das ações. A proposta de sistematização dos efeitos das ações de saneamento em cada fase de sua implementação, realizada neste trabalho, constitui-se em um avanço, no sentido de reunir elementos fundamentais para a formulação de um modelo de planejamento em saneamento. ● Manual do saneamento básico. Instituto Trata Brasil. 2012. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/pesquisa16/manual- imprensa.pdf. Acesso: 21 ago. 2020. RESUMO A importância do saneamento e sua relevância à saúde humana remontam às mais antigas culturas. O desenvolvimento do saneamento sempre esteve ligado à evolução das civilizações, às vezes retrocedendo, outras renascendo com o aparecimento de outras. https://www.scielosp.org/article/csp/2002.v18n6/1713-1724/ http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/pesquisa16/manual-imprensa.pdf http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/pesquisa16/manual-imprensa.pdf LIVRO • Título: Saneamento a Saúde em países em desenvolvimento • Autor: Leo Heller...(et al.) • Editora: CC&P Editores Ltda. • Sinopse: Os textos clássicos de Engenharia Sanitária permitem depreender que saneamento corresponde à intervenção no meio físico no qual habita e convive o homem, visando criar condições de salubridade, protegendo sua saúde e sua vida. Já a saúde, campo do conhecimento com maior profundidade teórica de formulação, diversas definições são tentadas. Contemporaneamente, pode-se afirmar, sem muito risco, que saúde definitivamente não é apenas a ausência de doença. E que a garantia de adequadas condições de saúde para o homem exige um conjunto de ações, na qual a prática médica assistencial representa apenas parte desse esforço. Um ambiente saudável é pré-requisito cada vez mais indiscutível para a saúde e o papel do saneamento na conquista dessa condição constitui consenso. FILME/VÍDEO • Pôster do Filme. Título. Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia - Conceitos de Epidemiologia • Ano.2011 • Sinopse. Nesta unidade estudaremos os conceitos básicos e os principais usos e aplicações da Epidemiologia. Também veremos os conceitos de incidência e prevalência, importantes medidas de ocorrência de doenças. Seus objetivos, neste estudo, são os de conceituar Epidemiologia, conhecer suas aplicações e conseguir calcular e interpretar a incidência e a prevalência de doenças. • Link do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=BwQ2AhPC-ek https://www.youtube.com/watch?v=BwQ2AhPC-ek REFERÊNCIAS ALMEIDA Filho, Naomar de; BARRETO, Mauricio Lima. Epidemiologia & saúde: fundamentos, métodos, aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br ALMEIDA Filho, N.; ROUQUAYROL, M.Z. Introdução à epidemiologia. 4ed. rev. e ampliada . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 282p. BRASIL, Lei nº. 11.445 de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/atlas_saneamento/index.html>. >. Acesso em: 18 ago. 2020. Instituto Trata Brasil. Novo Ranking do Saneamento Básico. 2018. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2018/press-release.pdf MARTINS, Amanda de Ávila et al., Epidemiologia [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br. https://plataforma.bvirtual.com.br/ http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2018/press-release.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/ UNIDADE IV UNIDADE IV - SAÚDE AMBIENTAL E POLUIÇÃO AMBIENTAL Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco Imagem 01: Poluição Ambiental Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/toxic-pollutants-inside-human-body-eating-759929434 . Acesso 23 ago. 2020 Plano de Estudo: ● Acidentes, catástrofes e seus reflexos na saúde pública ● Saúde ambiental e poluição ambiental ● Conhecer os principais meios de mitigação das doenças provocadas por alterações ambientais. ● Esclarecer sobre as principais doenças veiculadas pela água, ar, alimentos e animais. ● Apontar as principais medidas mitigadoras sobre o efeito da poluição sobre os seres vivos. Objetivos de Aprendizagem: ● Saber sobre acidentes, catástrofes e seus reflexos na saúde pública. ● Entender a relação entre saúde ambiental e poluição ambiental ● Conhecer os principais meios de mitigação das doenças provocadas por alterações ambientais. ● Esclarecer sobre as principais doenças veiculadas pela água, ar, alimentos e animais. ● Apontar as principais medidas mitigadoras sobre o efeito da poluição sobre os seres vivos. https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/toxic-pollutants-inside-human-body-eating-759929434 https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/toxic-pollutants-inside-human-body-eating-759929434 INTRODUÇÃO Chegamos à última etapa e aqui será relatada a relação existente entre os acidentes, catástrofes, poluição e seus reflexos na saúde pública, na economia e no meio ambiente. Traremos os meios de mitigação das doenças provocadas por alterações ambientais e apontaremos as medidas mitigadoras sobre o efeito da poluição sobre os seres vivos e as principais doenças veiculadas pela água, ar, alimentos e animais. Mostraremos que toda ação humana tem impacto sobre a natureza, seja ele positivo ou negativo. A intensidade e a natureza desse impacto são proporcionais à organização social e às atividades econômicas desenvolvidas pelo homem. Entre os problemas apresentados por essa relação entre o homem e a natureza, destacam-se os ambientais, que incidem sobre a saúde. Os efeitos do meio ambiente na saúde humana são acelerados em meados do século XIX, com o intenso processo de industrialização e urbanização, que passaram a acometer as condições de vida e trabalho das populações. Os Desastres Naturais representam um conjunto de fenômenos que fazem parte da geodinâmica terrestre, portanto, da natureza do planeta. Quando ocorrem, podem trazer consequências catastróficas para o ser-humano e por mais que a tecnologia na área seja avançada, muitos desastres naturais são imprevisíveis. Nesse sentido, no ano de 2005, ocorreu a conferência mundial sobre a redução de desastres celebrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o tema “o aumento da resiliência das nações e das comunidades diante de um desastre” onde foi destacadas ações para buscar minimizar os riscos de desastres de origem natural, no intuito de reduzir as perdas tanto de vidas humanas como se bens sociais, econômicos e ambientais que afetam principalmente as populações e países mais pobres (ONU, 2013). Essas desigualdades se materializam na exposição das populações expostas a estes eventos, nas consequências mais graves sobre a saúde e sobre as condições de vida, ou seja, deixamos o ecossistema vulnerável, podendo causar danos humanos, materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. MAPA CONCEITUAL Fonte: http://nteijuig01.pbworks.com/f/1216324310/VERS%C3%83O%202%20DE%20POLUI%C 3%87%C3%83O.jpg. Acesso: 26 ago. 2020 http://nteijuig01.pbworks.com/f/1216324310/VERS%C3%83O%202%20DE%20POLUI%C3%87%C3%83O.jpg http://nteijuig01.pbworks.com/f/1216324310/VERS%C3%83O%202%20DE%20POLUI%C3%87%C3%83O.jpg Entenda os Conceitos As catástrofes naturais são consequência dos eventos provocados pelos riscos naturais que superam a capacidade de resposta local e afetam seriamente o desenvolvimento social e econômico de uma região. As catástrofes Apresentam duas características importantes, que podem ser combinadas ou não, sendo que a primeira resulta em uma séria interrupção do funcionamento normal de uma comunidade ou sociedade, afetando seu cotidiano. Essa interrupção envolve, simultaneamente, perdas materiais e econômicas, assim como danos ambientais e à saúde das populações, através de agravos e doenças que podem resultar em óbitos imediatos e posteriores. A segunda é exceder a capacidade de uma comunidade ou sociedade afetada em lidar com a situação utilizando seus próprios recursos, podendo resultar na ampliação das perdas e danos ambientais e na saúde para além dos limites do lugar em que o evento ocorreu (FREITAS, 2011, p. 101). Segundo o site https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia- ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural do Ministério da Saúde (2020) os desastres de origem natural são causados por: “processos ou fenômenos naturais que podem implicar em perdas humanas ou outros impactos à saúde, danos ao meio ambiente, à propriedade, interrupção dos serviços e distúrbios sociais e econômicos”. https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural 1. SAÚDE AMBIENTAL Para conceituar saúde ambiental Hancock (1993) formulou um modelo de gestão de saúde ambiental, em que trata das relações entre saúde (incluindo fatores sociais), meio ambiente e economia. Em tal modelo, para que a economia fosse ambientalmente sustentável, seria necessário que a atividade econômica não utilizasse recursos renováveis - como plantas, animais e solo -, além dos seus limites de renovação ou de recomposição (sustentabilidade); não deveria poluir o ar e os ecossistemas terrestres e aquáticos de tal forma que não pudessem se recompor; nem poderia perturbar ou desequilibrar a atmosfera ou outros ciclos e sistemas naturais até onde as viabilidades dos ecossistemas estivessem comprometidas. 1.1 POLUIÇÃO AMBIENTAL Do ponto de vista ecológico, poluição é definida como qualquer alteração da composição e das características do meio que cause perturbações nos ecossistemas, ou ainda, como uma interferência danosa nos processos de transmissão de energia. Consiste em distúrbios ambientais consubstanciados em fatos ou fenômenos desfavoráveis, diretos ou indiretos. Os primeiros compreendem ataques à saúde e aos bens, como a promoção de deslocamentos populacionais ou o desequilíbrio social, ou ainda, implicações na qualidade de vida, como a poluição sonora e estética, entre outras inconvenientes (HANCOCK, 1993). Aplicação de Conceitos Nos últimos anos, as catástrofes naturais têm sido a causa frequente de problemas de saúde das populações, além disso, representam um sério obstáculo ao desenvolvimento das comunidades atingidas na medida em que consomem ponderáveis recursos financeiros para a reparação dos danos sofridos, podendo-se dizer que não existe nenhum país que não esteja exposto ao risco de catástrofes naturais, tais como Sismos, Tsunamis, Erupções Vulcânicas, Movimentos de Vertentes, Ciclones Tropicais, Ondas de Frio, Ondas de Calor, Secas e Inundações. Os desastres de origem natural são classificados como: ● Geológicos (ex.: deslizamentos, erosão e terremotos); ● Hidrológicos (ex.: inundações, enxurradas e alagamentos); ● Meteorológicos (ex.: ciclones, tornados, ondas de calor); ● Climatológicos (ex.: seca, estiagem e incêndio florestal); e ● Biológicos (ex.: epidemias, infestações de pragas). Os principais fatores de riscos para a ocorrência dos desastres são as ameaças e as vulnerabilidades. Ameaça pode ser um evento físico ou fenômeno de origem natural, tecnológica ou resultante das atividades humanas, que pode causar doenças ou agravos, óbitos, danos materiais, interrupção de atividade social e econômica ou degradação ambiental. As ameaças de origem natural envolvem os seguintes eventos: hidrológicos, climatológicos,meteorológicos, geológicos e biológicos. Entende-se por vulnerabilidade às condições determinadas por fatores ou processos físicos, demográficos, educacionais, culturais, econômicos, ambientais e de saúde que aumentam a suscetibilidade de uma comunidade ou sociedade aos efeitos das ameaças. Caracteriza-se pela predisposição (intrínseca, adquirida ou produzida) de um indivíduo, comunidade ou de um sistema a ser afetado por evento físico de origem natural ou tecnológica. A vulnerabilidade é essencialmente uma condição humana, uma característica da estrutura social, econômica, ambiental produzida e reproduzida por processos humanos, em função do modelo de desenvolvimento adotado por uma sociedade. Os desastres de origem natural podem gerar problemas de saúde pública por diversos mecanismos, dentre eles estão à contaminação da água, do solo e do ar, desalojamento da população de seus locais de residência e comprometimento ou interrupção dos serviços públicos essenciais (principalmente abastecimento de água e transporte). Dessa forma, os desastres de origem natural podem ocasionar óbitos, ferimentos, traumas, transtornos mentais, maior risco de diversas doenças infecciosas, como leptospirose, hepatite A, diarreias, dengue, tétano acidental, febre tifóide, cólera, de doenças respiratórias, de acidentes com animais peçonhentos. Essas demandas normalmente alteram a rotina dos serviços de saúde e/ou a capacidade de resposta desses serviços, em função da urgência do atendimento às vítimas. Em casos de desastres, são previstos diferentes impactos ambientais com reflexo na saúde das populações atingidas, incluindo danos físicos, prejuízo na condição nutricional, aumento de doenças respiratórias e diarreicas, acesso limitado à água potável. No tocante a poluição no Brasil, é enquadrada como crime, através da Lei n.º 6.938/81 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), o qual se ocupa da Política Nacional do Meio Ambiente. O art. 3º da Política Nacional do Meio Ambiente entende-se por meio ambiente e poluição: I.- meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II. Degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III. Poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: IV. Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; V. Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; VI. Afetem desfavoravelmente a biota; VII. Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; VIII. lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IX. Poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; X. Recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera. Segundo a mesma lei, poluidor “é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”. Com relação à poluição o do ar o Brasil não possui uma legislação ampla. A resolução CONAMA, de 1990, veio acrescentar regras sobre o controle de qualidade do ar, definindo-o conceitualmente e definindo padrões de qualidade. Em 1993, foi aprovada uma importante lei pelo Congresso Nacional: a do controle de emissão de poluentes por automóveis. O controle da qualidade de água pode ser obtido na Lei de Recursos Hídricos, de 1997, e na resolução CONAMA número 20, de 1986. Cita-se, por exemplo, que é necessária a “integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental”. A Lei de Crimes contra o Meio Ambiente, de 1998, prevê de um a quatro anos de prisão ao responsável pela poluição das águas. Sobre a poluição causada por resíduos sólidos existe um grande número de resoluções e normas esparsas promovidas pelo CONAMA que, devido à confusão legislativa, são difíceis de ser colocadas em prática. A Lei de Crimes contra o Meio Ambiente pune com prisão de um a cinco anos aquele que poluir com “lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos”. É punido com um a quatro anos de prisão e multa aquele que “abandona produtos ou substâncias” tóxicas, perigosas ou nocivas à saúde humana e o meio ambiente, ou as “utiliza em desacordo com as normas de segurança”. 1.2 PRINCIPAIS MEDIDAS MITIGADORAS SOBRE O EFEITO DA POLUIÇÃO SOBRE OS SERES VIVOS A qualidade do meio ambiente pode melhorar ou piorar de acordo com as condições do tempo, modal de transporte utilizado, quantidade de indústrias sem uso de tecnologias limpas e falta de saneamento básico, entre outros. Quando há períodos com baixa umidade e pouco vento, é comum vermos cidades com maior concentração de poluentes. Isso se deve ao fato de que a dispersão dessas substâncias ocorre lentamente, e consequentemente a saúde das pessoas e todos os seres vivos ficam comprometidos. Assim, é importante frisar a necessidade de programas urgentes para mitigar a poluição e seus efeitos sobre os seres vivos. A poluição deve ser vista como um problema grave de saúde que necessita de ações urgentes para que os índices de poluentes sejam diminuídos. Segundo Brilhante ( 1999) a geração e o controle da poluição abrangem uma complexidade de relações entre os vários fatores envolvidos nas diversas atividades humanas. Despoluir inclui custo financeiro importante e como os efeitos da poluição presentes e futuros não são precisamente conhecidos, fica difícil estimar cifras. A identificação e a definição dos componentes de um programa de controle da poluição é muito importante para auxiliar no planejamento e na gestão ambiental. No entendimento de Brilhante (1999. p.5) o meio ambiente tem certa capacidade natural de assimilar determinados tipos de dejetos sem causar efeitos negativos a si próprios. Os dejetos não assimilados resultam em poluição, assim: os efeitos conhecidos ou desconhecidos da poluição despertam uma reação do público e quando esta reação se torna importante, aparece no sistema a formulação de legislação específica ou, se no caso já existe uma, cresce a pressão para torná-la mais rigorosa. Tal legislação pode se tornar mais ou menos rigorosa em razão da influência dos vários atores intervenientes no processo de geração da poluição e, assim, influenciar todo o processo. Algumas legislações podem facilitar ou encorajar o aumento da reciclagem dos resíduos antes de estes se tornarem lixo; isto pode ser obtido por taxação diferenciada, subsídios, instrumentos de mercado e outros meios (BRILHANTE, 1999, p.5). Outro mecanismo para mitigar a poluição é modificar o processo de produção ou o produto para se reduzir a quantidade de lixo produzido, ou ainda, pode-se mudar a sua composição, tornando mais fácil sua reciclagem dentro do processo de produção. Outros tipos de legislações podem ainda determinar a aplicação de tratamentos mais eficazes ou prover subsídios, indultos etc. Desta forma, entende-se que é preciso que a legislação seja atendida, procure mecanismos para produzir de forma mais limpa, utilize energias renováveis, trate adequadamente os resíduos que não se permite voltar a o processo produtivo, preserve a natureza são alguns dos mecanismos necessários para minimizar a poluição e ter ambiente equilibrado, ou seja, que proporcione melhoria da qualidade de vida de todos os seres vivos. 1.3 PRINCIPAIS MEIOS DE MITIGAÇÃO DAS DOENÇAS PROVOCADAS POR ALTERAÇÕES AMBIENTAIS Muitos fatores são considerados capazes de aumentaro risco de doenças, como estilo de vida (fumo, álcool, dieta, comportamento reprodutivo) e fatores genéticos e hormonais. Os agentes ambientais também estão implicados e são, algumas vezes, relevantes em áreas e grupos populacionais especiais. Circunstâncias especiais como as encontradas em exposições ocupacionais, práticas locais ou outras condições podem aumentar o risco do aparecimento de diversas doenças, principalmente respiratórias. Desta forma, o impacto negativo do homem no ambiente tem relação direta com a saúde, uma vez que necessitamos dos componentes do meio ambiente para a nossa sobrevivência. Sabemos que é impossível sobreviver sem acesso à água e ao ar, e se esses elementos estiverem comprometidos, nossa saúde também ficará. A saúde e o bem estar da população; a fauna e a flora; a qualidade do solo, das águas e do ar; os interesses de proteção à natureza/paisagem; a ordenação territorial e o planejamento regional e urbano; a segurança e a ordem pública; as atividades econômicas tem relação direta com o equilíbrio ambiental. É difícil compreender e prever os impactos das ações negativas no que diz respeito à saúde humana. A poluição na água, por exemplo, pode causar problemas gastrointestinais, e a poluição atmosférica relaciona-se com problemas respiratórios. A poluição da água causa diversos problemas de saúde, principalmente gastrointestinais, como o surgimento de diarreias. Além disso, podemos citar a cólera, a hepatite A, a giardíase e a febre tifóide como doenças causadas pela ingestão de água contaminada e que possuem relação direta com ações inadequadas do homem, como lançamento de esgoto não tratado em rios. A poluição atmosférica também afeta diretamente a saúde, causando danos, principalmente, no nosso sistema respiratório. A poluição do ar está relacionada com o aumento dos casos de asma, bronquite e câncer de pulmão. Segundo Brilhante (1999) não é só a poluição que causa danos, o desmatamento, a introdução de novas espécies e várias outras ações podem colocar em risco a saúde da população. Isso ocorre porque, ao desmatar, estamos destruindo o habitat de várias espécies, que passam a procurar abrigo e comida nas áreas habitadas pelo homem. Entre esses animais, podem ser encontrados vetores de doenças, como certos mosquitos. Desta forma, é possível observar que a melhor maneira de mitigar as doenças provocadas por alterações ambientais e exatamente buscando mecanismos de preservação dos recursos naturais, preservando a biodiversidade, oferecendo infraestrutura como esgoto e água tratada à população. Assim, cabe ao poder público proporcionar condições, ou criar programas que possam proporcionar melhoria de qualidade de vida para a população e buscar mecanismos de fiscalização que possam fazer com que a legislação possa ser cumprida. Cabe a população também fazer sua parte, se informar, usufruir dos programas de proteção primária da saúde no intuito de prevenir doenças mais agudas que possam comprometer definitivamente sua saúde como também onerar o poder público devido necessidade de uso de leitos de hospitais com morbidades mais avançadas. 1.4 PRINCIPAIS DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA, AR, ALIMENTOS E ANIMAIS. Mesmo sendo fonte de vida, a água é responsável pela transmissão de uma série de doenças de forma direta ou indireta. Isso significa que não é só tomando água que as doenças são transmitidas. As formas de transmissão das doenças por meio da água são: a) ao tomar água contaminada por micróbios ou que contenha substâncias prejudiciais à saúde humana; b) ao ingerir alimentos contaminados pela água. c) ao tomar banho ou praticar esportes em água onde existam parasitas. Segundo Ministério da Saúde (2010) [SM2] cerca de 85% das doenças conhecidas são de veiculação hídrica ou alimentar, ou seja, estão relacionadas à água ou a alimentos contaminados. Segundo Neves e Heller (2016) as doenças de veiculação hídrica e alimentar são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidos basicamente pela via fecal-oral: excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimento contaminado com fezes. Desta forma a poluição da água causa diversos problemas de saúde, principalmente gastrointestinais, como o surgimento de diarreias. As principais doenças causadas pela ingestão da água contaminada são: · Hepatite A; · Giardíase; · Amebíase ou Disenteria Amebiana; · Cólera; · Ascaridíase ou lombriga; Já as doenças relacionadas ao contato direto com a água contaminada são: Esquistossomose e leptospirose causada por urina de rato contaminada. Para Neves e Heller (2016) doenças relacionadas com vetores que se desenvolvem na água: Nesse caso, temos doenças transmitidas por organismos que passam parte do seu ciclo de vida na água e são essenciais para a transmissão de algumas enfermidades. Como exemplo de doenças transmitidas por vetores e que se relacionam com a água, podemos citar a malária, a zika, a chikungunya e a dengue. Em todos os casos citados, a doença é transmitida por um mosquito, que passa parte de seu desenvolvimento em ambientes aquáticos. Para se proteger destas doenças causadas por água contaminada, deve-se evitar entrar em contato com o esgoto, contato com águas contaminadas de modo geral evitar consumir água não tratadas. Com relação às doenças transmitidas por alimentos, o Ministério da Saúde (2010) relata que sua ocorrência vem aumentando de modo significativo em nível mundial. Vários são os fatores que contribuem para a emergência dessas doenças, entre os quais se destacam: o crescente aumento das populações; a existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; o processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala. Contribui, ainda, o deficiente controle dos órgãos públicos e privados no tocante à qualidade dos alimentos ofertados às populações (BRASIL, Ministério da Saúde, 2010 p.5). A contaminação dos alimentos pode ocorrer de duas formas: contaminação extrínseca e intrínseca. A contaminação extrínseca onde o alimento é exposto em água ou ao ambiente contaminado (microrganismos patogênicos ou substâncias tóxicas). Todos os alimentos (origem animal ou vegetal) podem apresentar, desde a origem, contaminação pelos mais diversos tipos de microrganismos: alimentos crus representam maior risco. Outro mecanismo é a manipulação juntamente com práticas de processamento inadequados que permitem a sobrevivência de microrganismos patogênicos. A contaminação pode ocorrer em qualquer ponto da cadeia de produção, sendo na produção, transporte, processamento industrial, estocagem e embalagem. Contaminação intrínseca que ocorre devido à infecção do hospedeiro; alimento contendo formas infectantes do agente. Ex: Toxoplasmose, Sarcocistose e Teníase. Em relação às principais doenças transmitidas por animais domésticos podemos citar: 1- Giardíase causada pelo protozoário Giardia spp.; 2- Bicho-geográfico - também conhecido como Larva migrans cutânea; 3- Toxoplasmose - causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, presente nas fezes de gatos contaminados; 4- Leishmaniose é causada por protozoários do gênero leishimania, a doença pode causar danos fatais aos seres humanos, como úlceras na pele e órgãos (nesse caso, é fatal em cerca de 90% dos casos). 5-Raiva é uma infecção viral que ataca o sistema nervoso e pode causar a inflamação do cérebro, levando o indivíduo à morte bem rapidamente. Quanto à poluição do ar, ou poluição atmosférica, Gouveia et. Al. (2006) diz que é uma das principais preocupações ambientais da atualidade. Os gases tóxicos produzidos por automóveis, incêndios, indústrias e outros meios acabam afetando, também, a saúde, levandoao surgimento de doenças que podem ser causadas pela poluição. Para Gouveia et. Al. (2006) as principais doenças relacionadas a poluição atmosférica são: 1. Câncer de pulmão 2. Asma 3. Rinite e bronquite 4. Alzheimer e Parkinson são doenças que podem ser causadas pela poluição. A inalação, no longo prazo, de partículas de metais poluentes e tóxicos, como mercúrio, cádmio e compostos de chumbo, pode, também, dar origem a distúrbios de ansiedade e doenças como o Alzheimer e o Parkinson. 5. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). SAIBA MAIS Art. 6º da lei nº 12.305/2010 – traz como princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I - a prevenção e a precaução; II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; IV - o desenvolvimento sustentável; V- a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entre outros. E no seu Art. 7º traz os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; entre outros. Fonte: BRASIL, Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 2010, p. 3 - 4. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso: 26 ago. 2020. #SAIBA MAIS# REFLITA Segundo site Agência Brasil (2014) a poluição do ar se tornou o maior fator de risco ambiental para a saúde. Estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde aponta que a poluição atmosférica levou quase sete milhões de pessoas a óbito em 2012. Segundo a OMS, mais da metade de todas as mortes ocorreram em decorrência da chamada poluição interior ou doméstica, que se caracteriza pelo uso de materiais como madeira e carvão para cozinhar. Esse hábito, apesar de parecer longe da realidade de muitas pessoas, ainda é bastante comum em áreas pobres. Dentre as principais causas das mortes em decorrência da poluição atmosférica, podemos destacar os acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas e doenças respiratórias. Além disso, os dados publicados mostram uma íntima relação entre a poluição do ar e as mortes em consequência do câncer de pulmão. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a necessidade de reduzir as emissões de poluentes como o carbono negro, o ozônio, o metano e o dióxido de carbono, que não só contribuem para as mudanças climáticas, como também provocam mais de 7 milhões de mortes associadas à poluição do ar por ano. Fonte: Agência Brasil (2014). OMS: 7 milhões de mortes em 2012 foram associadas à poluição. https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-03/oms-7-milhoes- de-mortes-em-2012-foram-associadas-poluicao. Acesso: 25 ago. 2020. https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-03/oms-7-milhoes-de-mortes-em-2012-foram-associadas-poluicao https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-03/oms-7-milhoes-de-mortes-em-2012-foram-associadas-poluicao CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro aluno aqui encerrou mais uma unidade, e a disciplina de saúde e saneamento. Importante buscar os materiais complementares citados durante a unidade. Estes materiais fornecerão uma visão mais ampla sobre saúde, saneamento e sua correlação. Durante a unidade foram citadas várias legislações e resoluções que poderão ser consultadas para ter melhor entendimento sobre crimes ambientais, resíduos sólidos, responsabilidade compartilhada, recursos hídricos e outros. Importante ressaltar que a legislação existe para que possamos cumpri-la, porém é obrigação enquanto gestor sempre procurar implantar um sistema de gestão ambiental que faça com que a empresa possa ser mais, estar a frente, e não apenas cumprir os critérios determinados pela legislação. Aqui quero lembrá-los do artigo 225 da constituição Federal do Brasil, onde relata que todos: Têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, C.F. art. 225, p131). Assim, para finalizar lembro que para termos um mundo melhor cabe a todos nós, é obrigação sim dos governantes, mas precisamos fazer a nossa parte, ficando claro que só tem sombra e água fresca que planta árvore e cuida da água. Entretanto, para termos um sistema ambiental melhor é função ou obrigação de todos, do poder público e da coletividade, e você está incluso nesse contexto, assim faça sua parte. LEITURA COMPLEMENTAR Artigo: Gestão e avaliação da poluição, impacto e risco na saúde ambiental Fonte: Brilhante, O. M. and CALDAS, LQA., coord.. Gestão e avaliação da poluição, impacto e risco na saúde ambiental. [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. 155 p. ISBN 85-85676-56-6 Available from SciELO Books .Disponível em: http://books.scielo.org/id/ffk9n/pdf/brilhante-9788575412411-03.pdf. Acesso: 25 ago. 2020. RESUMO Relata conceitos de saúde ambiental; poluição e meio ambiente; despoluição, custo da poluição e despoluir; Geração e controle da poluição; conceitos de meio ambiente; conceitos de impacto e tipos. Efeito estufa; destruição da camada de ozônio; impacto continental: chuvas ácidas; diferenças entre impacto e risco ambiental. Leia: Radicchi, A. L. A.; Lemos, A. F.. Saúde ambiental. Belo Horizonte. Editora: Nescon/UFMG, Coopmed, 2009. 76p. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2162.pdf. Acesso 25 ago.2020. BRASIL, lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.605% 2C%20DE%2012%20DE%20FEVEREIRO%20DE%201998.&text=Disp%C3%B5e%20sob re%20as%20san%C3%A7%C3%B5es%20penais,ambiente%2C%20e%20d%C3%A1%20 outras%20provid%C3%AAncias.. Acesso: 26 ago. 2020. http://books.scielo.org/id/ffk9n/pdf/brilhante-9788575412411-03.pdf https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2162.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.605%2C%20DE%2012%20DE%20FEVEREIRO%20DE%201998.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20as%20san%C3%A7%C3%B5es%20penais,ambiente%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.605%2C%20DE%2012%20DE%20FEVEREIRO%20DE%201998.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20as%20san%C3%A7%C3%B5es%20penais,ambiente%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.605%2C%20DE%2012%20DE%20FEVEREIRO%20DE%201998.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20as%20san%C3%A7%C3%B5es%20penais,ambiente%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.605%2C%20DE%2012%20DE%20FEVEREIRO%20DE%201998.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20as%20san%C3%A7%C3%B5es%20penais,ambiente%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.LIVRO • Título: Desastres Naturais e Saúde no Brasil. Brasília, DF: OPAS, Ministério da Saúde, 2015. 56p. (Série Desenvolvimento Sustentável e Saúde, 2). • Autor: Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. • Editora: Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde – OPAS/OMS no Brasil • Sinopse: A Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), apresentam a publicação “Desastres Naturais e Saúde no Brasil”, preparada por técnicos e especialistas do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (CEPEDES/FIOCRUZ) e da Vigilância em Saúde Relacionada aos Desastres/ Coordenação Geral de Saúde Ambiental/ Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (VIGIDESASTRES/CGVAM/ DSAST/SVS/MS), com o apoio técnico da OPAS/OMS no Brasil. A publicação tem como foco buscar uma orientação frente ao grande desafio que significam os desastres para o setor da saúde e para os países que enfrentam processos sociais de urbanização acelerada e não planejada e mudanças ambientais que determinam uma vulnerabilidade socioambiental diante de eventos. FILME/VÍDEO • Título: Biosfera | Poluição do Solo | Poluição Ambiental • Ano.2016 • Sinopse. A poluição Ambiental é avassaladora nos dias de hoje, poluição da água, do ar e do solo, porém muitas pessoas dão menos importância ao solo, esquecendo que 90% da nossa alimentação • Link do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=sBkXaR8BP40 FILME/VÍDEO 2 • Título: Quais os tipos de poluição que existem? • Ano: 2017 • Sinopse: A poluição nada mais é do que a introdução de substâncias ou de energia no meio ambiente, causando efeito negativo em seu equilíbrio. Ela ocorre naturalmente ou pela ação humana e causa danos à nossa saúde, além de afetar também animais, plantas e todos os seres vivos no ecossistema em questão. Existem diversos tipos de poluição - eles são definidos de acordo com os poluentes introduzidos no meio ambiente https://www.youtube.com/watch?v=sBkXaR8BP40 • Link do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=szR2M5QYPXk https://www.youtube.com/watch?v=szR2M5QYPXk REFERÊNCIAS BRASIL, lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm. Acesso: 26 ago. 2020 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. 158 p. BRILHANTE, O. M. and CALDAS, LQA., coord.. Gestão e avaliação da poluição, impacto e risco na saúde ambiental. [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. 155 p. ISBN 85-85676-56-6 Available from SciELO Books .Disponível em: http://books.scielo.org/id/ffk9n/pdf/brilhante-9788575412411-03.pdf. Acesso: 25 ago. 2020. FREITAS CM. Saúde ambiental - Guia básico para construção de indicadores. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. v. 1. 128p. GOUVEIA, N. et al. Hospitalizações por causas respiratórias e cardiovasculares associadas à contaminação atmosférica no Município de São Paulo. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.22, n.12, p.2669-77, 2006. HANCOCK, T. Health, human development and the community ecossystem: three ecological models. Health Promotion International, 8(1)41-47, 1993. Neves, P ;Heller L. O direito humano à água e ao esgotamento sanitário como instrumento para promoção da saúde de populações vulneráveis. Ciênc. saúde coletiva. 2016; ONU. Asamblea General. Estrategia Internacional Para La Reducción De Los Desastres. Resolución 68/211. New York, 2013. Disponível em:< http://www.unisdr.org/files/resolutions/ ARES68211S.pdf>. Acesso: 25 ago. 2020. Site: https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia- ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural. Acesso: 25 ago.2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm http://books.scielo.org/id/ffk9n/pdf/brilhante-9788575412411-03.pdf https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigidesastres/desastres-de-origem-natural CONCLUSÃO GERAL Prezado(a) aluno(a), Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito saúde, meio ambiente e saneamento. Relatamos os aspectos históricos e os fatores determinantes da saúde/doença, poluição, agentes infecciosos e noções básicas sobre a situação do saneamento básico no Brasil. Vimos que infelizmente no Brasil temos um sistema sanitário defasado, onde milhares de pessoas não possuem acesso. Essa situação precária provoca diversas doenças sobre a população que possui contato direto e indireto com esta realidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2013), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. É o conjunto de medidas adotadas em um local para melhorar a vida e a saúde dos habitantes, impedindo que fatores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico, mental e social. Nesse sentido temos a Política Nacional de saneamento no Brasil a Lei 11.445/2007, traz diretrizes nacionais para o saneamento básico, e ressalta a importância da universalização do saneamento no Brasil. Falar em universalização significa ter um olhar para a população rural do país. Desta maneira abordamos a importância da política de saneamento básico como forma de assegurar o amplo desenvolvimento da vida. Recomendamos que faça a leitura dos materiais que servirão de complemento para seus estudos, e assim você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades tendo uma visão clara sobre os reflexos que o saneamento, o meio ambiente tem em relação ao processo saúde/doenças dos seres humanos. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!