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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 53/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com 7. CONTAMINAÇÃO DO SOLO O conceito de solo é definido por di- versos profissionais (ecólogos, pedólogos, físicos, agrônomos, biólogos), sendo a ca- mada mais superficial da Terra, com a fun- ção de sustentar diversas formas de vida, constituído por uma parte orgânica (derivada de decomposição de animais e plantas, ma- crofauna, mesofauna e microfauna) e outra inorgânica, tais como fragmentos de rochas (LEPSCH, 2010). Segundo a Lei 6.938/81 da Política Nacional de Meio Ambiente, a poluição é a deterioração da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indire- tamente prejudiquem a saúde, segurança e bem-estar da população e afetem desfa- voravelmente a biota, os recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores, su- perficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os ele- mentos que constituem a biosfera (BRASIL, 2010). De maneira mais restrita, o Decreto nº 28.687/82 (BRASIL, 1982), no art. 72 define poluição do solo e do subsolo como a deposição, disposição, infiltração, acu- mulação, injeção de substâncias ou produtos poluentes no estado sólido, líquido ou gasoso, que provoquem alteração nas características, e comprometa o uso e torne prejudicial ao homem e a outros organismos. Pela ação do homem, os solos podem sofrer alterações físicas resultantes de atividades agrícolas (aragem, gradagem, compactação), queima- das, erosão, impermeabilização e de caráter químico como fertilização artificial, saliniza- ção, aplicação de pesticidas, disposição de resíduos sólidos e líquidos (LEMOS, MUSAFIR, 2014). CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 54/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com A presença de elementos tóxicos no solo pode ter consequências como promo- ver impactos á qualidade do ambiente e também a saúde humana, isso devido a sua toxidade. Conhecer a mobilidade des- ses elementos no solo é muito importante, por ter relação com o transporte desses elementos tóxicos para a água subterrânea. A contaminação das águas subterrâ- neas tem se tornado grande problema para a a saúde pública, isso devido as más condições de saneamento básico das águas superficiais, de sua quantidade insufici- ente e seu custo de tratamento a nível de potabilidade (LANGE, 2012). Ainda segundo Lange (2012), a contaminação dos solos resulta em um desi- quilíbrio físico, químico e biológico do solo. Os elementos tóxicos são considerados poluentes perigosos do solo, afetando os ciclos biogeoquímicos, acumulam-se em organismos vivos e posteriormente transportados a humanos via cadeia alimentar. A poluição dos solos por esses elementos tóxicos pode inibir a atividade de enzimas microbianas e reduzir a diversidade de populações da flora e fauna do solo. Para Lange (2012), a crescente preocupação com a depreciação da qualida- de ambiental do solo é justificada pelo fato desse meio físico ser um componente essencialmente importante para à vida, pois é utilizado na produção agrícola e pe- cuária. Atualmente diversas fontes de contaminação do solo são conhecidas, tais como: fertilizantes comerciais, resíduos provenientes da queima de carvão, resíduos industriais, emissoras automotivas e outras (SPARKS, 2003). CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 55/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com Com o aumento populacional e a escassez de alimentos no mundo, algumas práticas como o manejo in- tensivo do solo, a monocultura e o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos tornaram-se comuns para o aumento da produção de alimentos. Os principais objetivos no uso desses agroquímicos é a disponibilização e o aumento do suprimento de nutrientes e correção do pH do solo (fertilizantes e corre- tivos) e a proteção das lavouras pelo controle de pragas e doenças (defensivos agrí- colas) (ARAÚJO, MONTEIRO, 2007). A utilização destas práticas pode, entretanto, causar diminuição na qualidade do so- lo e a degradação química, como consequência da acumulação de elementos quí- micos e compostos em níveis acima do tolerável (ARAÚJO, MONTEIRO, 2007). Os agroquímicos trouxeram benefícios inestimáveis para o cultivo de muitas culturas. Entretanto, o que se tem discutido são os malefícios advindos do uso repetitivo e excessivo, que poluem o solo com contaminantes (metais tóxicos, como o chumbo) e comprometem a qualidade do ecossistema, e por consequência a saúde humana, por não serem digeridos por organismos vivos (FREITAS et al., 2009; ANTONIOLLI et al., 2013). Para Lemos e Musafir, (2014), define-se a poluição do solo como sen- do qualquer tipo de alteração provoca- da nas suas características pela ação de produtos químicos, resíduos sólidos ou líquidos, que venham prejudicar o uso do solo ou o torne prejudicial ao homem e outros organismos.
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