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Pincel Atômico - 08/12/2022 12:00:51 1/3 Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 18 (17716) Atividade finalizada em 08/12/2022 11:22:28 (604992 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: HISTORIOGRAFIA. [772935] - Avaliação com 5 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 3] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A011222 [79183] Aluno(a): 91381962 - ESTEVAM RAFAEL DE LIMA ANDRÉA - Respondeu 5 questões corretas, obtendo um total de 1,67 pontos como nota [356564_72607] Questão 001 Em seu artigo Bahia de todos santos, João José Reis reconta o seguinte acontecimento ocorrido no contexto do século XIX: “Em 1828, um juiz de paz prendeu mulheres, tanto africanas quanto pretas brasileiras, dançando para deuses africanos em Salvador, na freguesia de Brotas. Aquilo representava outro passo largo na formação do candomblé baiano: a incorporação ritual dos negros nascidos do lado de cá do Atlântico. Considerando sua reação, o juiz que invadiu o terreiro se defrontara com algo novo. Em longos e coléricos relatórios ao presidente da província, ele argumentou que a mistura de crioulas (negras brasileiras) e africanas para celebrar deuses d’álem-mar era a ruptura de uma norma comportamental perigosa para a ordem pública; a seu ver, negras nascidas no Brasil deviam ser exclusivamente católicas”. (Reis, João José. Bahia de todos os santos. In: Figueiredo, L (org.). Raízes africanas. Rio de Janeiro: Sabin, 2009.) Já no trecho seguinte, um advogado candomblecista, já no século XXI, relata o seguinte: "Já me recusaram vender flores quando perceberam que seriam usadas em terreiro de candomblé. No transporte público, a pessoa se levanta por não querer ficar sentada do seu lado, se benze. É algo que infelizmente faz parte do cotidiano e que os praticantes de religiões africanas lidam todos os dias no Brasil". Disponível: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160120_intolerancia_religioes_africanas_jp_rm Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que os comportamentos em relação as religiões afrodescendentes nada dizem sobre o preconceito e discriminação historicamente construídos, eles são representativos da violência pregada por seus praticantes. as religiões de matriz africana sofrem muito preconceito atualmente em função do racismo, mas a história nos mostra que nos séculos passados eram bem aceitas pela população em geral. apesar das religiões afrodescendentes terem sofrido perseguição no passado, atualmente se verifica um maior conhecimento a respeito dos cultos e consequentemente maior tolerância. X a perseguição sofrida pelas religiões afrodescendentes foi historicamente construída com base em desconhecimento e preconceito, e é verificada até hoje. os comportamentos em relação às religiões afrodescendentes são representativos da valorização e inclusão negra na cidadania. Pincel Atômico - 08/12/2022 12:00:51 2/3 [356565_72612] Questão 002 Observe a tabela: De acordo com a tabela acima, a mudança da região africana com a principal fornecedora de escravizados para o Brasil se deve a (ao) X paulatina importância econômica da atividade aurífera nas Minas Gerais no século XVIII, em detrimento da anterior importância das lavouras de cana-de-açúcar do nordeste. modificação do cenário econômico na colônia portuguesa na América que passou a precisar de mão-de-obra especializada para as fazendas produtoras de café. pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravizados, que fez com que a América Portuguesa buscasse outras regiões africanas para comprar cativos. grande guerra tribal vivenciada na região da Costa da Mina que interrompeu a oferta de escravizados para o tráfico transatlântico. oferta de preços mais acessíveis por parte das feitorias angolas em função da alta disponibilidade de cativos prisioneiros das constantes Guerras Angolas ocorridas no século XVIII. [356566_72618] Questão 003 "Não vimos a Bahia ainda a pouco ameaçada de uma medonha insurreição africana? Não sentimos aqui também os mesmos receios? Nada, nada disto é bastante para desenganarmos que estamos continuamente com o pé sobre um vulcão" (Diário do Rio de Janeiro, 1/10/1836:1). Tendo em vista o contexto da publicação do Diário do Rio de Janeiro, analise as afirmações a seguir: I- A Insurreição africana a qual se refere o jornal é a Revolta dos Malês, com a participação de africanos islamizados. II – O trecho do jornal demonstra o receio causado por possíveis levantes de escravizados, a exemplo do ocorrido na Bahia. III – O trecho do jornal contradiz a abordagem que transformavam os africanos e descendentes em agentes passivos frente ao violento sistema a qual estavam submetidos. IV – Ao mencionar o levante baiano, o articulista do jornal em questão está referindo-se à importante Revolta de Beckman, que contou com a participação de diversos escravizados. Estão corretas: II e III. X I, II e III. II, III e IV. I apenas. I e II. Pincel Atômico - 08/12/2022 12:00:51 3/3 [356564_72605] Questão 004 A capoeira pode ser vista, da mesma forma que as irmandades religiosas e as reuniões em batuques, como um espaço construído por escravos libertos, africanos e crioulos, para encontros e afirmação de apoio e de solidariedade entre os membros de um mesmo grupo. Esses grupos distintos de capoeiras eram conhecidos por maltas. Eram verdadeiras organizações, marcadas por hierarquias, rituais e símbolos específicos. (...) E os assobios marcavam o movimento dos componentes do grupo, a hora para atacar e o momento de retirada, além de alertarem para o perigo quando da chegada de inimigos ou policiais. (Regiane A. de Mattos. História e cultura afro-brasileira) De acordo com a autora, dentre as diversas possibilidades de análise, a capoeira pode ser estudada nas aulas de História como sendo um exemplo de uma cultura subdesenvolvida que sobreviveu aos dias atuais. legitimação da estrutura social racista. reprodução das desigualdades sociais e culturais. superioridade cultural da etnia dos haúça. X resistência e oposição ao sistema escravista. [356564_84030] Questão 005 (IF-TO/professor de história) A influência africana no processo de formação da cultura afro- brasileira começou a ser delineada a partir do tráfico negreiro, quando milhões de africanos "deixaram" forçadamente o continente africano e despontaram no Brasil para exercer o trabalho compulsório. Sobre esta temática é correto afirmar que houve uma homogeneidade cultural praticada pelos negros africanos, visto que esta homogeneidade era de certa forma favorecida pelas origens similares dos afri-canos, que oriundos do continente africano, acabavam por apresentava uma prática cultural muito semelhante em alguns aspectos devido à região que pertenciam. X o escravo africano era um elemento de suma importância no campo econômico do período colonial sendo considerado "as mãos e os pés dos senhores de engenho porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente" (ANTONIL, 1982, p.89) (1). Contudo, a contribuição africana no período colonial foi muito além do campo econômico, uma vez que os escravos souberem reviver suas culturas de origem e recriaram novas práticas culturais atra-vés do contato com outras culturas. importante ressaltar que as práticas desses escravos africanos eram muito seme-lhantes entre si, pois eles eram oriundos do continente africano. De acordo com VA-INFAS (2001 p.66) (2), durante o período pré-colonial e colonial, quase nada se sa-bia sobre a origem étnica dos africanos traficados para o Brasil. Porém, ao longo do período, passou-se a designá-los a partir da região ou porto de embarque, ou seja, das áreas de procedência. além da prática cultural similar ressaltada, os africanos incorporaram práticas euro-peias e indígenas, além de influenciá-los culturalmente. O intercâmbio cultural en-tre os elementoscitados contribuiu para uma formação cultural afro-brasileira pouco híbrida e peculiar. ao longo dos períodos pré-colonial, colonial, monárquico e republicano brasileiro, foi grande o contingente de escravos africanos no Brasil, visto que o país constituía o maior mercado consumidor do período. A contribuição desses escravos foi além da participação econômica, uma vez que foram inserindo suas práticas, seus cos-tumes e seus rituais religiosos na sociedade brasileira, contribuindo, dessa forma, para uma formação cultural peculiar no Brasil.
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