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Pincel Atômico - 12/12/2022 14:56:28 1/4 Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 6 (16382) Atividade finalizada em 08/12/2022 14:13:49 (605039 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL [772937] - Avaliação com 6 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 3] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A011222 [79183] Aluno(a): 91381962 - ESTEVAM RAFAEL DE LIMA ANDRÉA - Respondeu 4 questões corretas, obtendo um total de 1,11 pontos como nota [354509_445 01] Questão 001 Quais as principais regiões africanas que participaram do tráfico atlântico de escravos? X Os escravos enviados para o Brasil saíram em sua maioria da Costa da Mina e da África Central (do Gabão até o sul de Angola). A região sul, especialmente Botsuana e Namíbia, foi a que mais enviou escravos para o Brasil. Especialmente o interior africano foi responsável pela grande quantidade de escravos que serviram de mão de obra para os portugueses A região da África Oriental, próxima à Índia, foi a maior fornecedora de escravos para o Brasil A região norte da África, atual Marrocos e deserto do Saara, ofereceu grande parte dos escravos enviados para a América [354511_446 10] Questão 002 “Indígenas e africanos podiam ser encontrados em todos os lugares nas eras quinhentista e seiscentista. Juntos e misturados estavam nas lavouras canavieiras, naquelas de alimentos, pastorando gado e/ou transportando mercadorias. As diferenças eram basicamente demográficas, posto que no início houvesse mais indígenas. Segundo Schwartz, nos engenhos baianos os cativos africanos tinham tanto ocupações especializadas como preços mais valorizados. Ao mesmo tempo em que a produtividade indígena era criticada com a falsa ideia da suposta não adaptação à escravidão, o preço dos africanos subia. Analisando inventários entre 1572 e 1574, Schwartz anotou que o valor médio de um africano era de 20 mil réis, enquanto os índios adultos apareciam em média por 7 mil réis”. SCHWARCZ, Lilia Moritz. GOMES, Flávio dos Santos. Indígenas e africanos. In: ___ (orgs.) Dicionário da escravidão e liberdade. 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Os autores argumentam no pequeno trecho acima que a preferência pelos africanos no trabalho da colônia não se devia à suposta não adaptação dos indígenas ao trabalho escravo, mas sim a outro fator. Que fator é esse? A adaptação do africano aos costumes portugueses, diferente dos indígenas. A força dos africanos, claramente superior a dos indígenas americanos. O conhecimento dos africanos no plantio do açúcar. X O preço do africano, que era mais valorizado do que o indígena. A facilidade dos escravos africanos com o trabalho nas lavouras de açúcar. [354509_445 00] Questão 003 Quando os primeiros contatos entre europeus e africanos começam, a escravidão já existia na África. Qual mudança se estabeleceu a partir desse contato e da demanda por mão de obra escrava na América? Os chefes das sociedades africanas cederam seu lugar para que os portugueses administrassem a oferta de escravos Pincel Atômico - 12/12/2022 14:56:28 2/4 A baixa demanda de mão de obra na América praticamente acabou com a escravidão que já existia na África A alta demanda fez com que ocorressem mudanças nos costumes e cada vez mais transgressões eram passíveis de escravidão X As principais sociedades africanas entraram no comércio e distribuição de escravos, fabricando embarcações que chegavam até a América Os portugueses fundaram vilas e enviaram governadores para aumentarem a quantidade de escravos enviados para a América [354511_446 09] Questão 004 “Seria errôneo pensar que, enquanto os índios se opuseram à escravidão, os negros a aceitaram passivamente. Fugas individuais ou em massa, agressões contra senhores, resistência cotidiana fizeram parte das relações entre senhores e escravos, desde os primeiros tempos. Os quilombos, ou seja, estabelecimentos de negros que escapavam à escravidão pela fuga e recompunham no Brasil formas de organização semelhantes às africanas, existiram às centenas no Brasil colonial. Palmares – uma rede de povoados situada em uma região que hoje corresponde em parte ao Estado de Alagoas, com vários milhares de habitantes – foi um desses quilombos e certamente o mais importante”. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14ª edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015. p. 47. Tendo em vista a importância do quilombo de Palmares para a história da resistência dos escravos no Brasil, o que aconteceu com ele? O quilombo de Palmares durou poucos anos devido aos boicotes da população daquela região, que se recusavam a estabelecer comércio, bloqueavam caminhos e organizavam saques contra o quilombo. Depois de várias tentativas do governo de destruir o quilombo, os paulistas foram chamados e, integrando um exército de milhares de soldados, conseguiram matar Zumbi e destruir o quilombo. Brigas internas pela liderança do quilombo fizeram que em poucos anos as milhares de pessoas começassem a deixar a região de Palmares e constituir pequenas vilas nas proximidades. X Após muitos anos de luta, houve um acordo entre seu líder, Zumbi, e o governador- geral português, que estabeleceu limites para sua expansão e para a entrada de moradores. Portugal teve de enviar soldados para que finalmente o quilombo fosse destruído, já que era uma má influência para os demais escravos da região. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:56:28 3/4 [354509_445 96] Questão 005 (ENADE 2014) Tratado Proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados (c.1789) “Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos saber. (...) Para o seu sustento tenha lancha de pescaria ou canoas do alto, e quando quiser comer mariscos mande os seus pretos Minas. (...) Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. (...) A estar por todos artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos mais Engenhos. Podemos brincar, folgar, e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença.” REIS, J. J.; SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1989, p. 123. A importância da utilização da fonte documental acima apresentada relaciona-se, sobretudo, ao seu potencial de problematização histórica. Nesse sentido, assinale a alternativa que qualifica o referido documento e o relaciona diretamente ao seu valor historiográfico. O texto é indicativo de um levante isolado, com características chantagistas, em um contexto de escravidão. O documento nega as relações conflituosas entre senhores e escravos, ao demonstrar que os cativos tinham condições plenas de argumentarem em favor de suas próprias causas. Os detalhes da narrativa revelam o exotismo e as peculiaridades da vida do negro escravo no ambiente citadino e rural. X O conteúdo da fonte abre caminhos analíticos para a revisão de conceitos como o de resistência negra escrava. A narrativa evidencia o grau de instrução dos escravos, que emitiam documentos para registrar a luta pelos seus direitos. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:56:28 4/4 [354509_446 04] Questão 006 (ENADE 2017) Estima-se que um milhão de africanos escravizados, mulheres e homens, tenham pisado sobre as pedras do antigo Cais do Valongo, na zona portuária do Rio de Janeiro, entre 1774 e 1831. Trata-se de um quinto de todos os africanos trazidos à força para o Brasil nos mais de três séculos de escravidão. Redescobertos durante as obras do Porto Maravilha, em 2011, o calçamento original docais e seu entorno foram considerados Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Unesco, em 9 de julho de 2017. É o primeiro reconhecimento da ONU de um sítio diretamente relacionado à escravidão na América. Todos os outros locais relativos ao tráfico de cativos, cuja memória está protegida pela organização, encontra-se na África. Cais do Valongo, na zona portuária do Rio, vira Patrimônio da Humanidade. Carta Capital. Ano XXIII, n. 961, 19 jul. 2017 (adaptado). A partir das informações apresentadas no texto e considerando a importância do tombamento do Cais do Valongo para a memória da diáspora africana, avalie as afirmações a seguir. I. A patrimonialização do Cais do Valongo alinha-se a outras iniciativas internacionais que objetivam reconhecer e valorizar a contribuição dos povos africanos na Europa e na Ásia, mas sobretudo na formação das Américas. II. Embora espaços como Nova Orleans, Havana e Salvador sejam reconhecidos pelas manifestações da cultura afrodescendentes, distingue-se o Cais do Valongo como espaço de memória por simbolizar o rompimento do silêncio sobre a experiência traumática da diáspora africana nas Américas. III. O Cais do Valongo é o único sítio arqueológico das Américas que registra o fluxo de escravos da África para o continente, fenômeno ao qual se associam outras políticas públicas que objetivam proteger e promover os direitos humanos, sobretudo das populações historicamente excluídas. IV. A escassez de patrimônios referentes ao tráfico de escravizados para fora da África evidencia o esforço dos países africanos em serem reconhecidos como únicos representantes legítimos da memória da escravidão V. O Cais do Valongo é reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, sendo atribuição da ONU preservá-lo e mantê-lo, medidas que interessam o governo local pela possibilidade de desoneração dos cofres públicos. É correto apenas o que se afirma em III, IV e V. X I, II e III. I, III e IV. I, II e V. II, IV e V.
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