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Resumo Eixo 3 - 2 Ciclo

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Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
Resum� Eix� 3 - 2º Cicl�
ANÁLISE CRÍTICA - ESTUDO DE ECONOMIA EM SAÚDE (29/09)
● Processo de tomada de decisão para incorporar as intervenções na saúde sofre com pressões da indústria de
comercialização de insumos ou de grupos de pacientes interessados na pronta disponibilização de tratamentos novos
● A avaliação econômica torna o processo de decisão mais transparente - evita vieses e distorções = CUSTO E BENEFÍCIO
● CUSTO: elemento comum dos métodos de análise em saúde = valor de todos os insumos: trabalho, materiais, dispositivos e
outros utilizados na produção ou distribuição de bens ou serviços e que engloba os recursos relevantes na aplicação do
tratamento
- Custos diretos: diretamente relacionados aos serviços de saúde que implicam em dispêndios (gastos) imediatos. Exemplos:
tempo de hospitalização, exames diagnósticos, honorários profissionais, mão de obra, taxa de uso de equipamentos,
aquisição de medicamentos e materiais de consumo.
- Custos indiretos: relativos às mudanças da capacidade produtiva do indivíduo e familiares decorrentes do processo de
adoecimento ou de mortalidade precoce. Exemplo: ustos dos dias de trabalho perdido, do transporte utilizado pelo
paciente e da morte prematura decorrente da doença
- Custos intangíveis: custos de difícil mensuração monetária. Embora muito importantes para os pacientes, necessitam ainda
de significado econômico. Exemplo: os custos do sofrimento, da dor, da tristeza, da perda, ou a redução da qualidade de
vida.; ansiedade, preconceito, incapacidade
● USO DO QALY: anos de vida ajustado à qualidade para ajudar a definir
● DESFECHO (OUTCOME): traduz resultados, impactos ou consequências de intervenções da saúde, podendo ser expressos
em unidades monetárias, clínicas e humanísticas. Em prática hospitalar, geralmente s]ao relacionados à mortalidade,
complicações pós-operatórias, tempo de hospitalização, adesão do paciente, entre outros
● EFICÁCIA: diz respeito aos desfechos de uma intervenção terapêutica em CONDIÇÕES IDEAIS, como as adotadas em ensaios
clínicos para medir eficácia de vacinas.
● EFETIVIDADE: medida dos desfechos, quando a intervenção é utilizada na prática clínica diária, nas CONDIÇÕES REAIS.
Exemplo: anos de vida ganhos, vidas salvas, redução de colesterol e PA, número de casos prevenidos, tempo de sintomas
● EFICIÊNCIA: relação entre os recursos financeiros e os desfechos obtidos em determinada intervenção = OBTENÇÃO
MÁXIMA DE BENEFÍCIO com o recurso financeiro empregado. Para se ter eficiência econômica é necessário atingir a
efetividade clínica máxima, ou seja, melhorar os desfechos sem aumentar a quantia de recursos investidos.
● BENEFÍCIO: ganho ou resultado positivo de qualquer tecnologia em saúde. Exemplo: dias de hospitalização evitados, dias de
trabalho que deixaram de ser perdidos, materiais, mão-de-obra, equipamentos que puderam ser redistribuídos
1. Definição da perspectiva do estudo: contexto da tomada de decisão - precisa estar explícita no estudo. Existem potenciais
pagadores, como o paciente, hospital, SUS, saúde suplementar e a sociedade
2. Delimitação do horizonte temporal: período no qual são coletados os dados de custos e os desfechos em saúde. Se faz a
análise detalhada das consequências que as tecnologias ou estratégias sob investigação exercem sobre os custos e os
desfechos em saúde. Período longo o suficiente para que nenhum evento relevante deixe de ser analisado.
Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
- No Brasil, adota-se a duração de toda a vida para lidar com doenças crônicas. Para doenças agudas, o período varia
entre o tempo que dura o evento sob consideração.
3. Identificação dos custos: descrição dos recursos econômicos utilizados, compatíveis com a perspectiva adotada. 3 TIPOS DE
CUSTOS JÁ DESCRITOS ANTERIORMENTE.
4. Mensuração de custos: termos unitários ou percentual de custo agregado, dependendo do grau de detalhamento desejável
ou disponível. Se for possível obter dados de consumo por indivíduo, podem-se adotar medidas de tendência central para
um determinado período.
- Exemplo: em um ano, os pacientes sob determinada intervenção utilizaram em média 6 consultas, 2 ecografias e
uma internação. No caso de ausência de dados individuais, se usam percentuais.
- Exemplo: os pacientes com doenças cardiovasculares consomem 5% dos custos hospitalares ao longo de seis
meses. Neste caso, é preciso conhecer o custo total do hospital ou de uma amostra de hospitais.
5. Determinação do método para valorar os custos:
Para custos diretos:
- Microcusteio ou bottom-up: focaliza indivíduos e, por isso, é recomendável trabalhar com amostra representativa
para que haja poder de extrapolação.
- Macrocusteio ou top-down: refere-se a dados agregados, que fornecem uma visão do todo. Neste caso, divide-se
o custo agregado pelo número de pacientes atendidos.
- Exemplo: suponha-se que o objetivo seja estimar os custos diretos da artrite reumatoide no SUS ao longo de um
ano. É possível obter esta estimativa por bottom-up via coleta de dados em amostra de prontuários de pacientes
em um hospital. Alternativamente, pode-se usar a abordagem top-down por meio de registros nacionais, como os
sistemas de informação hospitalar (SIH/SUS) e ambulatorial (SIA/SUS) do Ministério da Saúde.
Para custos indiretos:
- Método de capital humano: usa o salário como forma de estimar os custos de produtividade, ao se multiplicar o
número de dias afastados das atividades laborais e habituais pelo valor do salário por dia.
- Método de fricção: não leva em consideração o salário, mas sim os custos relacionados à substituição do
trabalhador afastado, tais como custos de publicidade para atrair novos trabalhadores, de recrutamento e de
treinamento. Sob este método, multiplica-se a quantidade de indivíduos que foram substituídos pelos custos per
capita de publicidade, de recrutamento e de treinamento.
Para custos intangíveis:
- A estimação é obtida por meio do método de disponibilidade a pagar (em inglês, willingness to pay). Cenários
hipotéticos sobre situações adversas da doença são desenvolvidos e aplicados a um grupo de indivíduos, que
expressam sua disponibilidade de pagar para evitar eventos de dor, sofrimento e exclusão social.
6. Ajustes temporais: se o horizonte temporal for superior a um ano, é necessário ajustar os valores futuros, empregando-se
taxa de desconto - por exemplo, 5% ao ano, a contar do segundo ano. A taxa é aplicável aos custos e aos desfechos de
saúde. Outro ajuste que necessita ser feito diz respeito ao uso de dados de custos provenientes de estudos em anos
anteriores à elaboração da avaliação econômica, os quais devem ser ajustados pela inflação correspondente
.
Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
Uma análise econômica inclui não só uma avaliação dos custos das tecnologias em saúde, mas também uma mensuração dos efeitos
ou consequências à saúde causadas pela aplicação dessas tecnologias. O denominador de uma razão de custo-efetividade é a
diferença entre a efetividade de uma intervenção e da alternativa com a qual está sendo comparada. A fim de estimar o beneficio
“líquido” obtido com o uso de determinada tecnologia, devem ser avaliados o impacto na saúde, a probabilidade de ocorrência de
cada estado de saúde e por quanto tempo ele pode durar
AVAQ
● AVAQ = anos em saúde perfeita combina sobrevida e QV (escore de utilidade pelos anos de vida passados em determinado
estado de saúde)
● 1 AVAQ = um ano em saúde perfeita
● Utilidade = medido de zero a um (1= saúde perfeita)
● Cálculo de AVAQs ganhos em determinado tempo com uma intervenção:
● Num contexto de diálise domiciliar o índice de utilidade de diálise domiciliar é de 0,6.
● Para calcular quantos AVAQ são ganhos por alcançar uma sobrevida de oito anos como deveremos fazer o cálculo? 8 anos
x 0,6 utilidade = 4,8 anos
● Revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados são o método mais robusto para avaliação da eficácia das
intervenções, pois permitemcomparações de diferentes tecnologias, controlando para os confundidores potenciais
DIRETRIZ DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA (2014) - ABORDAGENS PARA ANÁLISE ECONÔMICA E DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
● Avaliações econômicas parciais = onde tem-se a descrição ou a análise dos custos e pode conter informações sobre o
desempenho de uma determinada tecnologia; no entanto, não há comparação dos custos e das consequências para a saúde
entre duas ou mais alternativas;
● Avaliações econômicas completas ou totais = onde há comparação dos custos e de alguma medida de desempenho das
alternativas consideradas;
Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
Os estudos de avaliação econômica também podem ser classificados quanto à utilização ou não de modelagem computadorizada
para projetar as consequências futuras das intervenções comparadas. Assim, são encontrados na literatura dois tipos de estudos:
● Avaliações econômicas empíricas, baseadas exclusivamente em dados primários de consumo de recursos e de desfechos
em saúde (dados coletados diretamente de bases de dados administrativas, séries de casos, estudos observacionais ou
ensaios clínicos);
● Avaliações econômicas baseadas em modelagem computadorizada, nos quais dados provenientes de muitas fontes (como
dados primários, revisões sistemáticas e estudos de custos) são integrados em modelos (como árvores de decisão, coortes
simuladas de Markov, microssimulação de pacientes individuais e simulação de eventos discretos) a fim de oferecer
estimativas mais robustas das reais relações de custo-efetividade existentes e do grau de incerteza dos valores obtidos. -
CADA VEZ MAIS USADA
● População do estudo: a população alvo deve ser descrita detalhadamente em termos de características clínicas,
sociodemográficas, geográficas, e ainda quanto ao ambiente de inserção da tecnologia, padrões de tratamento e aderência
à intervenção proposta. As fontes de dados para avaliação do desfecho em saúde também devem ser claramente
apontadas.
● Desenho do estudo: o delineamento da análise econômica pode estar baseado em dados primários ou em modelagem,
usando dados secundários. Ainda, é possível utilizar dados primários em determinadas partes de um modelo. As fontes de
dados, sejam primárias ou derivadas da literatura, devem estar claramente indicadas. Nos métodos primários de coleta de
dados, as informações são coletadas para investigar o problema sob estudo. Incluem-se: ensaios clínicos randomizados
(ECR), estudos observacionais e outros estudos em que os dados são obtidos em primeira mão. Nos métodos secundários,
os dados são coletados previamente para investigar um problema diferente, ou menos abrangente, daquele que está
atualmente sob investigação. Esses métodos incluem revisões de literatura, que podem ser narrativas ou sistemáticas.
● Outros métodos secundários são os painéis de especialistas e as bases de dados epidemiológicas e administrativas. Painéis
de especialistas estimam o efeito clínico da tecnologia em saúde por meio de opinião e expertise pessoais e devem ser
usados apenas quando alternativas para obtenção dos dados relevantes não estiverem disponíveis (por exemplo, quando
dados para uma tecnologia foram testados apenas em contexto clínico distinto, ou quando dados de consumo em saúde
precisam ser estimados) ou para inferir sobre a qualidade dos dados disponíveis.
● Quando uma avaliação econômica é conduzida em paralelo a um ensaio clínico randomizado, ela é chamada de piggyback
evaluation. Essas análises têm certas vantagens, a começar pela praticidade de coletar dados econômicos
prospectivamente, com metodologia planejada, ao invés de buscar separadamente dados econômicos.
● Assim, os ensaios clínicos randomizados, embora sejam padrão ouro na investigação de eficácia, nem sempre fornecem a
melhor informação para uma análise econômica, pois como já mencionado há limitação na extrapolação dos seus
resultados às condições reais de uso pela população. Entre essas características, podem ser citadas:
- Emprego de amostras populacionais homogêneas;
- Monoterapia e uso de dose fixa;
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Gestão em Saúde
- Condição patológica única;
- Tratamento de curta duração;
- Características dos profissionais e centros de testagem;
- Exclusão de subgrupos específicos.
RECOMENDAÇÕES SOBRE DESENHO DE ESTUDO
● Deve-se explicitar se o delineamento da análise econômica está baseado em dados primários ou em modelagem.
● Para o primeiro caso, deve-se indicar o delineamento do estudo utilizado, bem como suas características metodológicas (se
coleta de dados prospectiva ou retrospectiva, tamanho da amostra, etc.) e possíveis vieses. No caso de uso de um modelo,
é importante que ele seja adequadamente representativo do cenário clínico analisado, mas com a menor complexidade
possível. Além de descrever o tipo de modelo adotado e seu desenho esquemático, deve-se indicar claramente as fontes de
dados e os ajustes realizados às informações extraídas da literatura. Sugere-se que a abordagem utilizada em modelagem se
baseie em dados empíricos e combine dados obtidos de estudos clínicos controlados com elementos obtidos de estudos
observacionais, especialmente em relação a medidas de beneficio e à utlização dos recursos.
ANÁLISE DE CUSTOS
● As análises econômicas podem ser primeiramente classificadas entre parciais ou completas. Para que uma análise seja
considerada completa, é necessária a comparação entre custos e desfechos em saúde de pelo menos duas alternativas
concorrentes.
EFICÁCIA E EFETIVIDADE E SUA RELAÇÃO COM AS FASES DOS ENSAIOS CLÍNICOS (20/10)
● Os estudos clínicos são fundamentais para a demonstração da segurança de curto prazo, eficácia, efetividade e segurança
de longo prazo das intervenções em seres humanos. No entanto, a efetiva comprovação de cada um desses tipos de
desfechos não acontece em um único estudo.
● Tipicamente, uma sequência de estudos, randomizados e não-randomizados, ao longo de vários anos, é necessária antes
que um tratamento possa ser disponibilizado para as pessoas a quem se destina.
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Gestão em Saúde
● Outro fator bastante importante neste tipo de estudo é a adesão. A adesão à medicação é definida como o grau
de obediência das orientações profissionais sobre o uso de medicamentos durante todo o tratamento. A adesão
dos participantes (também conhecida como “compliance”) é uma parte essencial de cada ensaio clínico. No
entanto, um participante, num determinado estudo clínico, pode não conseguir tomar o medicamento
experimental (ME) da forma que é requerida. Se isto acontecesse, todos os resultados recolhidos desse
participante não seriam uma avaliação válida de como o medicamento atua.
● A não adesão à Medicação nos ensaios clínicos pode levar a alterações na interpretação da dose terapêutica
estimada, e a uma subnotificação de reações adversas. Constitui assim uma das principais fontes de variância da
resposta aos fármacos, gerando viés na interpretação de estudos clínicos, influenciando nos resultados e
comprometendo o registro de novos medicamentos. Formas de se avaliar a adesão podem ser vistas no quadro
abaixo:
● Outra variável importante de ser medida nesse tipo de estudos é a eficácia, tida como o efeito da intervenção em ondições
ideais (é uma propriedade intrínseca de uma conduta médica), Já a efetividade é o efeito de uma intervenção na vida real (é
o resultado da interação do tratamento com o ambiente em que ele está sendo aplicado).
● De posse de tais esclarecimentos escolha dois artigos, enfatizando o nome do medicamento, a fase do ECR que este se
encontra e faça uma análise da eficácia e efetividade de tal medicamento (resultados).
● Exemplo:
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Gestão em Saúde
ANÁLISE DE CUSTO-UTILIDADE ATRAVÉS DA ÁRVORE DE DECISÃO (27/10)
● EXPECTATIVA DE VIDA: envolve diversas tecnologias, relacionadas à prevenção de doenças, tratamento efetivo - aumento
da população idosa acima de 80 anos
● Nas últimas décadas houve o aumento da expectativa devida, elevando a predominância de doenças crônicas e
complicações = maior uso dos serviços de saúde = maiores custos para os sistemas de saúde
● Em virtude disso, os objetivos da atenção à saúde passaram a ser questionados, deixando de ser simplesmente “cura” e
passando a serem focados na “melhoria de vida”
● A OMS declara que a saúde não se restringe à ausência de doença, mas engloba a percepção individual de um completo
bem-estar físico, mental e social; ampliando-se para crescimento econômico, envolvendo diversos aspectos.
- Dieta + exercício + hidratação + sistema imunológico + metas / família + mentalidade / espiritualidade = estilo de
vida saudável
QUALIDADE DE VIDA
● Caracterizada pela subjetividade e multidimensionalidade. A subjetividade é a percepção individual do estado de saúde,
avaliada em grandes domínios ou dimensões da vida, como domínio psicológico, econômico, espiritual, social e físico.
● Uso de instrumentos padronizados e validados, considerando medidas psicométricas e as medidas de preferências por
estados de saúde (utilidade).
● A literatura classifica os instrumentos de avaliação de qualidade de vida em: genéricos e específicos
● Alguns são aplicados em avaliação econômica (QALY)
Instrumentos genéricos
● Instrumento de perfil de saúde: Short-Form Health Survey (SF-36); Nottingham Health Survey (NHP); Sickness Impact
Profile (SIP), etc.
● índices de saúde ou medidas de utilidade: refletem a preferência dos pacientes por um determinado estado de saúde ou
tratamento. Existe uma relação entre escalas quantitativas, mensurando diversos cenários possíveis e variáveis
Instrumentos específicos
● Diabetes: DHP-18 Diabetes Health Profile; ADDQoL Audit of Diabetes; Dependent Quality of Life; D-39 Diabetes-39;
DSQOL Diabetes Specific; Quality Of Life Scale
● Câncer: EORTC QLQ-C30 European Organisation; FACT-G Functional; Assessment of Cancer; Therapy General
● Outros: doenças crônicas, etc
UTILIDADE
● Novas modalidades que mensuram efeitos das intervenções de saúde não
apenas em anos de vida salvos, mas relacionando estes anos à qualidade de
vida pela utilidade
● A utilidade reflete as preferências diante da incerteza, determinadas pelos
estados de saúde, desde a saúde perfeita até a morte.
● Vantagens de trabalhar com a utilidade: criação de um árvore de decisão,
Cálculo de Anos de Vida Ajustados pela Qualidade (QALY) - elemento
fundamental das análises econômicas do tipo custo-qualidade
● Valores de utilidade traduzir preferências acerca de um estado de saúde
● Valores ancorados em uma escala em que 1 (ou 100) representa saúde perfeita
e 0 representa morte. Quanto mais desejável o desfecho, maior é a utilidade
associada
ANÁLISE DE DECISÃO
● Método usado para ajudar a fazer as melhores escolhas, especialmente em
decisões que envolvam incertezas, tanto em termos de saúde como em termos
de custos elevados
● Utiliza abordagem gráfica que compara diferentes alternativas e estabelece valores a essas alternativas, contemplando
incertezas, probabilidades e custos em valores numéricos
● Metodologia: deriva da teoria dos jogos - resolução de problemas individuais de pacientes e de políticas públicas. CINCO
ETAPAS:
1. Formular uma pergunta explícita;
Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
2. Estruturar a decisão (montar a árvore de decisão);
3. Preencher a árvore com dados (probabilidades e desfechos);
4. Determinar o valor de cada estratégia (utilidades);
5. Realizar análises de sensibilidade
Essência da análise de decisão
● As medidas de utilidade permitem avaliar e comprar as preferências individuais e populacionais por desfechos possíveis.
● A essência das análises de decisão é comparar riscos e benefícios de estratégias diferentes, incorporando 3 componentes
básicos: 1) escolhas (estratégias alternativas); 2) probabilidades (chances de ocorrências de cada desfecho clínico); 3)
valores (indicadores quantitativos das preferências dos pacientes por cada um dos desfechos clínicos prováveis)
Árvore de decisão
● A estruturação de uma árvore de decisão começa com a lista dos
possíveis desfechos. A arte da análise de decisão consiste em reduzir uma
decisão complexa a um número finito de elementos simples, pode ser
feito com o apoio de diversos tipos de software. Eventos não recorrentes
ao longo do tempo. Descreve graficamente, três principais componentes
de um problema de decisão:
- Modelo: estrutura e sequência do processo
- Probabilidades: que esse processo ocorra
- Desfechos: consequência desses passos
● Custo-efetividade: são medidas de desfecho com as quais os profissionais da saúde estão acostumados a lidar e são de fácil
interpretação (utilidade e avaliação econômica)
ANÁLISE DE CUSTO-UTILIDADE (ACU)
● CONCEITO: tipo específico de análise de custo-efetividade (ACE) na qual avalia o ponto de vista do paciente
● É uma forma de avaliação que foca a atenção de modo particular sobre a qualidade dos desfechos em saúde produzidos ou
pedidos pelos programas ou tratamentos.
● Avalia os custos e consequências de diferentes intervenções em termos da qualidade de vida do paciente e do tempo de
sobrevivência.
● Mede a quantidade e a qualidade de vida
● Emprega o conceito de utilidade de 0 a 1 - utilidade se refere à satisfação obtida pelo paciente frente o impacto de uma
intervenção de saúde
● Resultados: são expressos como quociente - ACU = CUSTO ($) / AVAQ (anos de vida ajustados por qualidade)
QALYs
● AVAQ: anos de vida ajustados pela qualidade - é a unidade de medida do desfecho clínico utilizada nas ACU
● Quantidade x qualidade: é a única medida que relaciona quantidade (variação na mortalidade) e qualidade de vida
(variação na morbidade) de um paciente
COMO CALCULAR AVAQ E QALY
● Um indivíduo com câncer de próstata atribui a utilidade de 0,5 para a sua qualidade de vida, sendo que a expectativa de ida
deste paciente com a doença é de 10 anos.
- 10 ANOS COM CA DE PRÓSTATA SERIAM
EQUIVALENTE SA 5 ANOS COM SAÚDE PERFEITA
- Qual o melhor caminho de acordo com custo e
efetividade (árvore abaixo)
Sara Fernandes - XXIX
Gestão em Saúde
QUESTÕES ECONÔMICAS DE ESTUDO - 03/11
● Toda avaliação econômica deve ser orientada por uma questão de estudo bem definida, que ajuda a determinar o escopo, o
desenho da pesquisa e a técnica mais apropriada a fim de facilitar elaboração de um relatório para a condução do trabalho
● PICO: usado para identificar pontos importantes de uma questão de pesquisa e orientar a estratégia de busca
● PARA ANÁLISE ECONÔMICA: definir perspectiva do estudo (para quem o estudo é feito, o leitor principal) e o horizonte
temporal considerado
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Gestão em Saúde
RESUMO DO ARTIGO
● A análise econômica é parte fundamental da avaliação de tecnologias em saúde, que começa com estudos de efetividade
(ensaios clínicos e revisões sistemáticas) e é finalizada com estudos de impacto orçamentário.
● Os estudos de análise econômica fornecem ferramentas para garantir a transparência, a objetividade e a sistematização dos
métodos para avaliar alternativas a serem tomadas.
● A sistematização reduz a subjetividade no julgamento durante qualquer avaliação e um relato transparente auxilia na
identificação das fontes de viés
● As análises econômicas devem utilizar as informações sobre os efeitos clínicos de uma intervenção que foram obtidas
preferencialmente por estudos clínicos. Como exemplo, uma análise de custo efetividade do sorafenibe para câncer
hepatocelular deve considerar os efeitos desta intervenção que foram observados em ensaios clínicos ou, melhor ainda, em
revisões sistemáticas
● Informações de custo devem ser feitas na moeda de interesse local, obtidas de fontes confiáveis, como bancos de preços e
governos. A busca sistematizada e criteriosa das informações a serem utilizadas em uma análise econômica é imperativa,
pois diferentes valores e estimativas de efeito podem modificar seus resultados
● HORIZONTE TEMPORAL: é o tempo no qual o uso da alternativa foi avaliado e ele é fundamental paraestimar os resultados
(custos e benefícios) no curto, médio e longo prazo
ANÁLISE DE CUSTO: avalia o gasto associado a intervenções ou a doenças, sem considerar qualquer mensuração de efetividade e
sem comparar outras alternativas em saúde - NÃO PODEM SER CONSIDERADAS COMO ESTUDOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
COMPLETOS
- Exemplo: um estudo desenhado pela gestão de um município para estimar o gasto com o tratamento de diabetes tipo 2 na
atenção básica, sem incluir na análise a efetividade dos medicamentos utilizados.
ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE: são comparadas intervenções que possuem o mesmo objetivo, mas que apresentam tamanhos de
efeito distintos
- Exemplo: duas intervenções (A e B) que visam melhorar o desempenho funcional de pacientes com insuficiência cardíaca.
Para o profissional de saúde, escolher a intervenção que “funciona melhor” (ou seja, tem mais efeito) seria muito simplista.
Avaliar o custo associado a cada intervenção também é necessário neste contexto. Digamos, simplificadamente, que a
intervenção A tenha capacidade de melhorar em 80% a funcionalidade do paciente, enquanto que a intervenção B melhore
em 85%. Se, na realidade estudada, a intervenção A tem o mesmo “custo” que a intervenção B, a escolha pela opção B é
óbvia. Entretanto, em um cenário onde a opção B esteja relacionada a um custo muito maior que a intervenção A, esta
escolha não é tão intuitiva.
ANÁLISE DE CUSTO MINIMIZAÇÃO: caso especial de análise de custo-efetividade, quando as alternativas comparadas têm o mesmo
tamanho de efeito - EXISTEM INCERTEZAS ENTRE OS EFEITOS DE INTERVENÇÕES DISTINTAS.
- Ao fixar um efeito único entre as alternativas, uma análise de custo-minimização apenas leva em conta os custos e, por esse
motivo, não pode ser considerada como uma análise econômica por definição
ANÁLISE DE CUSTO UTILITY: comparação de alternativas em saúde que possuem desfechos distintos, utilizando a medida genérica
de “ganho” entre as alternativas - derivação da avaliação de custo efetividade.
- Uso de uma medida de consequência genérica, que tenta englobar tanto a quantidade de anos de vida ganhos como a
qualidade de vida desses anos - QALY e DALY
- QALY tem a vantagem de combinar o ganho quantitativo e o qualitativo
- Resultados apresentados em forma de custo por QALY (tal alternativa custa 200 reais por QALY) ou número de QALY (para
cada real nessa alternativa, há um aumento de um QALY, enquanto para a outra alternativa, aumento de tantos QALY)
- OBJETIVO: otimização da alocação de recursos para o planejamento de políticas e investimento em saúde, face a uma
quantidade limitada de recursos.
- “Em qual alternativa o recurso disponível será melhor alocado?’
- É uma análise de maximização
ANÁLISE DE CUSTO-BENEFÍCIO: estima se e quanto vale investir em uma alternativa de saúde; se o recurso alocado em uma
alternativa merece ou não ser ampliado por trazer retorno financeiro.
- O efeito de cada alternativa é monetarizado, de forma a ser expresso o ganho em medida monetária
- POUCO UTILIZADA NA ÁREA DA SAÚDE pela controvérsia de precificar um desfecho clínico

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