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PETIÇÃO INICIAL - PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL DE ACORDO PARA RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CC GUARDA, ALIMENTOS E PARTILHA DE BENS CONSENSUAL

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AO JUÍZO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXX – ESTADO DE XXX
KATIUSCA VELOSO, brasileira, em união estável, autônoma, portadora do CPF nº XXX e RG nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, Bairro XXX, Cidade de XXX, Estado de XXX, telefone: (XX) XXX, sem endereço eletrônico, e JOSÉ DAS NEVES, brasileiro, em união estável, mecânico, portador do CPF nº XXX e RG nº XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, Bairro XXX, Cidade de XXX, Estado de XXX, telefone: (XX) XXX, sem endereço eletrônico, por seu procurador que esta subscreve e junta os documentos de procuração, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 226, §6º da CF, na Lei 9.278/96 e nos demais dispositivos legais pertinentes, propor e requerer:
PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL DE ACORDO PARA RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C GUARDA, ALIMENTOS E PARTILHA DE BENS CONSENSUAL
O que é idealizado nas razões de fato e de direito a seguir deduzidas:
I – DA JUSTIÇA GRATUITA
Os Requerentes são pessoas hipossuficientes e não possuem condições de arcar com as despesas do processo sem prejudicar seu próprio sustento e de sua família, portanto, são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.
Destarte, nos termos do artigo 5º, LXXIV da CF/88 c/c art. 98 e ss do CPC, c/c Lei 1.060/50, requer lhes seja concedida a benesse da JUSTIÇA GRATUITA a fim de que possam promover a defesa de seus direitos sem que comprometam o seu próprio sustento e de sua família, o que fazem por declaração e demais documentos em anexo, sob a égide do art. 99, §4º do CPC.
II – DOS FATOS
2.1. DA UNIÃO ESTÁVEL
Os requerentes declaram que passaram a conviver de forma pública, contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família, vivendo como se casados fossem, desde meados do mês de março de 2013 até março de 2022, razão pela qual reconhecem a existência de união estável durante o mencionado lapso temporal, que nunca foi efetivamente formalizada.
Pretendem, portanto, de mútuo acordo, de forma completamente consensual e sem nenhum vício de consentimento o Reconhecimento e Dissolução da aludida união estável c/c guarda, alimentos e partilha de bens, razão pela qual se socorrem do Judiciário, pleiteando a homologação do presente acordo.
2.2. DOS FILHOS
Dessa União Estável, as partes tiveram uma filha a saber:
JUCELINA VELOSO NEVES, brasileira, menor impúbere, nascida em 07 de outubro de 2015, cotando, portanto, com 06 (seis) anos de idade (certidão de nascimento anexa).
III – DO DIREITO
A pretensão dos requerentes encontra guarida no disposto no art. 226, §3º, da CF, que determina a proteção do Estado à União Estável entre homem e mulher, senão vejamos:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§3º. Para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Dispõe o art. 1.723 do CC, in verbis:
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Ainda, dispõem os arts. 1º e 5º da LEI Nº 9.278, de 10 DE MAIO DE 1996:
Art. 1º. É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Neste sentido, cabe transcrever o disposto no art. 227 da Constituição Federal:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Corrobora com a pretensão dos Requerentes:
Art. 1.694, §1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamado e dos recursos da pessoa obrigada”.
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de que se reclamam, pode fornecê-los, em desfalque do necessário ao seu sustento.
E ainda:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
§1º. Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que os substitua (art. 1.584, §5º) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
Por fim:
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
Portanto, presentes os requisitos legais, faz-se necessária a declaração do reconhecimento e dissolução da referida União Estável, com todas as suas consequências legais.
IV – DOS BENS
Os Requerentes/Conviventes não adquiram bens imóveis na constância da união estável.
Entretanto, o segundo requerente é proprietário do imóvel residencial, lote urbano, com 2980m², dentro de uma área maior, com um galpão medindo 420m², uma área coberta medindo 90m² e uma casa de 8x10m², situado na Rua XXX, nº XXX, Cidade de XXX, tal imóvel se encontra pendente de regularização e foi adquirido pelo requerente há mais de 10 anos, conforme contrato de compra e venda em anexo.
Considerando que durante a união estável os conviventes efetuaram algumas reformas o imóvel e ampliação da residência, o bem é partilhado na proporção de 50%, para cada parte.
Deste modo, de comum acordo entre as partes, o requerente José das Neves, de livre e espontânea vontade partilha o imóvel com a requerente Katiusca Veloso, sendo que o imóvel ficará pertencendo a ambos na proporção de 50%, para cada parte.
Ambas as partes declaram estar ciente de que o imóvel está pendente de regularização via ação de Usucapião ou ação equivalente.
Fica acordado que após a regularização do imóvel, pertencerá ao Requerente José das Neves, com direito de passagem.
Acordam as partes até que o imóvel seja regularizado e devidamente partilhado, o segundo requerente deixará a primeira requerente utilizar a energia elétrica, que está em nome do segundo requerente.
Fica ainda acordado que até a regulamentação do imóvel ambos os requerentes continuarão a residir nele, respeitando-se mutuamente, cada um na sua respectiva parte do imóvel.
4.1. DOS BENS QUE GUARNECEM A RESIDÊNCIA
Os bens móveis que guarnecem a residência já foram partilhados consensualmente
V. DOS BENS QUE GUARNECEM A RESIDÊNCIA
Acordam as partes, que a guarda da filha menor será exercida unilateralmente pela genitora, a qual se propõe a cuidá-la, abrigá-la, responsabilizando-se, por todos os deveres e cuidados com a infante.
No que diz respeito à forma de visitação, se dará de forma livre, desde que respeitado todos os horários e melhor interesse da filha menor.
VI. DOS ALIMENTOS
Acordam os requerentes, quanto aos alimentos devidos a filha menor Jucelina Veloso Neves, o genitor, pagará a título de pensão alimentícia, o valor de 50% do salário mínimo vigente quando do efetivo pagamento, até o dia 10 (dez) de cada mês, vencendo-se no dia 10/04/2022 a primeira parcela, a serem repassados diretamente a genitora da menor, mediante recibo, até que a mesma providencie a abertura de conta bancária a ser informada diretamente ao genitor, que após ter os dados bancários, passará a depositar o valor da pensão na conta bancária informada pela genitora, a qual deverá ser obrigatoriamente aberta em nome da genitora ou ainda em nome da menor, sendo vedado contas bancárias em nome de terceiros.
Quanto aos alimentos entre as partes, estas trabalharão para proverem seus sustentos, renunciando o direitoaos alimentos reciprocamente.
VII. DAS DÍVIDAS
Os requerentes declaram que não possuem dividas comuns.
VIII. DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) Receber a presente juntamente com os documentos que a acompanham;
b) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, para acompanhar o feito ad finem;
c) As partes renunciam desde logo, ao direito de recorrerem da decisão que homologa o acordo; de forma a permitir que produza seus efeitos legais tão logo publicada.
d) Reiteram as partes pelo deferimento da gratuidade da justiça.
e) Assim, requerem, o recebimento desta e a homologação por sentença do acordo extrajudicial ajustado, com julgamento de mérito, nos termos do artigo 487, III do CPC, para que surta seus jurídicos e legais efeitos.
Declaram ambas as partes, que leram todas as cláusulas do presente acordo e tem plena ciência de seus reflexos, e por estarem cientes e concordes assinam ao final.
Para fins de alçada atribuem a causa o valor de R$XXX.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Chapecó (SC) 02 de fevereiro de 2022.
ADVOGADO (A)
OAB/SC nº XXX

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