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PSIQUIATRIA

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1 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
EXAME PSÍQUICO (EXAME DO ESTADO MENTAL) 
 
(1) APRESENTAÇÃO 
 
APARÊNCIA: estilo de vestir, aspectos físicos e 
higiene. 
 
ATIVIDADE PSICOMOTORA E COMPORTAMENTO: 
Mímica, Gesticulação, Motilidade, Deambulação. 
 
ATITUDE PARA COM O ENTREVISTADOR: 
Cooperativo, submisso, arrogante, desconfiado, 
apático, superior, irritado, indiferente, hostil, bem-
humorado 
 
ATIVIDADE VERBAL: responsivo, não-espontâneo, 
fala muito, exaltado ou pouco e taciturno 
 
(2) CONSCIÊNCIA: rebaixamento ou 
embotamento, turvação ou obnubilação 
(rebaixamento geral da capacidade de perceber 
o ambiente) e estreitamento 
 
(3) ORIENTAÇÃO 
 
AUTOPSÍQUICA: paciente reconhece dados de 
identificação pessoal (nome, idade, profissão) 
 
ALOPSÍQUICA: paciente reconhece os dados do 
ambiente (cidade e local onde está, horário, 
data) 
 
(4) ATENÇÃO: vigilância e tenacidade 
 
ATENÇÃO NORMAL: euprossexia, normovigilância 
 
HIPERVIGILÂNCIA: facilidade com que a atenção 
é atraída pelos acontecimentos externos 
 
HIPOVIGILÂNCIA: diminuição da atenção, onde é 
difícil obter a atenção do paciente 
 
HIPERTENACIDADE: a atenção concentrada em 
algum estímulo ou tópico. 
 
HIPOTENACIDADE: atenção se afasta com 
demasiada rapidez do estímulo ou tópico. 
 
(5) MEMÓRIA 
 
 
 
 
 
 
MEMÓRIA PASSADA (RETRÓGRADA) faz-se com 
perguntas sobre o passado do paciente, data de 
acontecimentos importantes 
 
MEMÓRIA RECENTE (ANTERÓGRADA), pode ser 
avaliada a partir de perguntas rápidas e objetivas, 
como “O que você fez hoje?”. 
 
(6) INTELIGÊNCIA :déficit ou perda intelectiva, 
raciocínio abstrato 
 
(7) SENSOPERCEPÇÃO 
ILUSÕES: percepções distorcidas de um estímulo 
real, podem ser auditivas ou visuais. 
ALUCINAÇÕES: percepção sem a presença de um 
estímulo real. 
DESPERSONALIZAÇÃO: é uma sensação de ser 
estranho a si mesmo ou de que alguma coisa 
mudou. 
DESREALIZAÇÃO: é uma sensação de que o 
ambiente mudou de alguma forma estranha que 
é difícil de descrever 
(8) PENSAMENTO Curso (velocidade com que o 
pensamento é expresso (acelerado ao retardado) 
e Forma (maneira como o conteúdo do 
pensamento é expresso) 
 
FUGA DE IDÉIAS: paciente muda de assunto a todo 
instante, sem concluí-los. 
 
INTERCEPTAÇÃO OU BLOQUEIO: interrupção 
brusca do que vinha falando e o paciente pode 
retomar o assunto como se não o tivesse 
interrompido 
 
PROLIXIDADE: discurso detalhista, cheio de rodeios 
e repetições, com uma certa circunstancialidade 
(temas e comentários não-pertinentes ao que se 
está falando) 
 
DESCARRILAMENTO: mudança súbita do que se 
está falando 
 
PERSEVERAÇÃO: repetição dos mesmos 
conteúdos 
 
C) CONTEÚDO: 
 
 
2 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
INCORRIGIBILIDADE: não há como modificar a 
ideia delirante por meio de correções 
 
ININFLUENCIABILIDADE: a vivência é muito intensa 
no sujeito, chegando a ser mais fácil o delirante 
influenciar a pessoa dita normal 
 
INCOMPREENSIBILIDADE: não pode ser explicada 
logicamente 
 
DELIRIUM: rebaixamento da consciência 
secundária à uma patologia, de caráter 
passageiro. 
 
DELÍRIO: alteração do pensamento 
Bizarros: está fora da esfera da possibilidade 
Não bizarros: não está fora da esfera da 
possibilidade 
 
(9) LINGUAGEM: meio que permite ao indivíduo 
transmitir e compreender mensagens 
LOGORREIA: produção aumentada e acelerada 
do discurso, com perda da lógica. 
BRADIFASIA: fala lenta e difícil. 
PERSEVERAÇÃO: repetição automática de 
palavras ou trechos de frases de modo mecânico, 
estereotipado e sem sentido. 
ECOLALIA: repetição das últimas palavras ditas 
para o paciente. 
 
PALILALIA: repetição das últimas palavras ditas 
pelo próprio paciente. 
COPROLALIA: emissão involuntária e repetitiva de 
palavras obscenas ou vulgares. 
AFASIA: perda da linguagem falada e escrita pela 
incapacidade de compreender e utilizar os 
símbolos verbais. 
 
PARAFASIA: deformidade de algumas palavras. 
 
AGRAFIA: perda da linguagem escrita 
 
ALEXIA: perda da capacidade de leitura. 
 
DISARTRIA: incapacidade de articular de forma 
correta 
 
(10) INSIGHT: entendimento do paciente de como 
está se sentindo 
 
(11) AFETIVIDADE: sensibilidade intensa da pessoa 
frente à satisfação ou frustração das suas 
necessidades 
 
LABILIDADE AFETIVA: instabilidade emocional com 
mudanças súbitas e imotivadas do humor 
 
AMBIVALÊNCIA AFETIVA: coexistência de estados 
emocionais incompatíveis 
 
PUERILISMO: regressão ao comportamento infantil 
 
EMBOTAMENTO AFETIVO: ausência dos nexos 
afetivos, perda profunda de todo tipo de vivencia 
afetiva 
 
APATIA: diminuição da excitabilidade emotiva e 
afetiva 
 
ANEDONIA: incapacidade total ou parcial de 
sentir prazer com determinadas atividades e 
experiências da vida. 
 
(12) HUMOR: estado emocional interno e 
continuado do paciente. 
 
NORMOTÍMICO: normal 
 
HIPERTÍMICO: exaltado 
 
HIPOTÍMICO: baixa de humor 
 
DISTÍMICO: quebra súbita da tonalidade do humor 
durante a entrevista 
 
(13) PSICOMOTRICIDADE: normal, lentificada 
(bradicinesia) ou agitada (hipercinesia), presença 
ou ausência de tiques. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
01) 
APARÊNCIA Paciente apresenta-se com um vestiário 
inadequado (roupas sujas e 
desalinhado) 
ATITUDE Impaciente (um pouco nervoso) e com 
agitação psicomotora (caminha dentro 
da sala com as costas voltadas p/ a 
parede) 
ATENÇÃO Paciente apresenta-se vigilante 
 
3 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
HUMOR E 
AFETO 
Relata embotamento afetivo e 
isolamento social, além de certo grau do 
humor deprimido 
SENSO-
PERCEPÇÃO 
Paciente apresenta alterações da 
sensopercepção, com alucinações 
auditivas. – e o que mais? 
PENSAMENTO 
(CURSO E 
CONTEÚDO) 
O curso do pensamento é circunstancial 
com alguns traços de tangencialidade e 
conteúdo é caracterizado por aspectos 
delirantes 
 
02) 
APARÊNCIA Apresenta más condições de higiene 
pessoal 
ATITUDE Ativa – e os demais aspectos? 
ATENÇÃO Hipervigilante 
HUMOR E 
AFETO 
Paciente apresenta humor deprimido e 
embotamento afetivo 
SENSO-
PERCEPÇÃO 
Percepção alterada da realidade do 
ambiente (alopercepção) e de si mesmo 
(autopercepção) – e as alucinações? 
PENSAMENTO 
(CURSO E 
CONTEÚDO) 
Apresenta delírios auditivos, 
tangencialidade de ideias, prolixidade e 
superioridade 
 
 
 
 
Os transtornos de personalidade são divididos em 
03 grupos ou clusters: 
• GRUPO A: personalidade excêntrica ou esquisita 
Ex: paranoide, esquizoide e esquizotípica 
 
• GRUPO B: personalidade dramática, emotiva e 
errática 
Ex: antissocial (psicopatia e sociopatia não são 
mais usados), borderline, histriônica e narcisista. 
 
• GRUPO C: personalidade medrosa ou ansiosa 
Ex: evitativa, dependente e obsessivo-compulsivo. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE 
DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
Suspeita e desconfiança excessivas em relação a 
outras pessoas, recusando a responsabilidade por 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
seus próprios sentimentos e a atribui a outros. 
(projeção) 
Têm afeto restrito e parecem frias, sem emoção. 
 
 
4 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
Tratamento 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: Geralmente um agente 
ansiolítico (Diazepam) é o suficiente, mas pode ser 
necessário usar um antipsicótico (haloperidol) em 
pequenas doses e durante períodos curtos de 
tempo para o manejo de agitação grave ou 
pensamento quase delirante. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE 
DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
Raramente tolera contato visual. Seu afeto pode 
ser constrito, distante ou inadequadamente sério. 
Sua fala é dirigida a objetivos, mas são propensos 
a fornecer respostascurtas às perguntas e evitar 
conversas espontâneas. 
As histórias de vida dessas pessoas refletem 
interesses solitários e sucesso em empregos 
solitários e não competitivos que outras pessoas 
acham difíceis de tolerar. 
Eles podem investir quantidades enormes de 
energia afetiva a interesses não humanos, como 
matemática e astronomia, e podem ser muito 
ligados a animais. 
 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: antipsicóticos, antidepressivos 
e psicoestimulantes beneficia alguns pacientes. 
Agentes serotonérgicos podem deixar o paciente 
menos sensível a rejeição. 
Benzodiazepínicos podem ajudar a diminuir a 
ansiedade interpessoal. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA 
Diagnóstico E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
Apresentam peculiaridades de pensamento, 
comportamento e aparência. Sua fala pode ser 
distinta ou peculiar. 
Seu mundo interior pode estar cheio de 
relacionamentos imaginários vívidos e temores e 
fantasias infantis. 
 
 
5 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: antipsicóticos e 
antidepressivos (quando houver um componente 
depressivo da personalidade) 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL 
DIAGNÓSTICO E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
Frequentemente podem parecer normais e até 
mesmo simpáticos e lisonjeiro. Suas histórias, no 
entanto, revelam perturbação do funcionamento 
ou várias áreas da vida. 
Mentiras, vadiagem, fuga de casa, roubos, brigas, 
abuso de substância e atividades ilegais são 
experiências típicas que os pacientes relatam ter 
início já na infância 
Seu conteúdo mental revela a completa ausência 
de delírios e de outros sinais de pensamento 
irracional. 
Costumam demonstrar resultados de EEG 
anormais e leves sinais neurológicos que sugerem 
dano cerebral mínimo na infância, esses achados 
podem ser usados para confirmar a impressão 
clínica. 
 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA. 
FARMACOTERAPIA: psicoestimulantes 
(metilfenidato) podem ser úteis em casos de 
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade 
Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos 
foram usados para reduzir agressividade. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE 
Diagnóstico e características clínicas 
Mudanças de humor são comuns. 
Pode apresentar episódios psicóticos de curta 
duração. 
 Do ponto de vista funcional, distorcem seus 
relacionamentos caracterizando cada pessoa 
como totalmente boa ou totalmente má 
 
 
6 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA. o mecanismo de defesa de cisão 
faz o paciente amar ou odiar o terapeuta de forma 
alternada. 
TRATAMENTO BASEADO NA MENTALIZAÇÃO: 
construir habilidades de relacionamento ao 
aprender a regular melhor seus pensamentos e 
sentimentos. 
FARMACOTERAPIA: antipsicóticos, antidepressivos, 
Benzodiazepínicos (alprazolam), ajudam com 
ansiedade e depressão. 
Anticonvulsivantes (carbamazepina) podem 
melhorar o funcionamento global de algumas 
pessoas. 
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
(ISRSs), foram úteis em alguns casos. 
 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA 
DIAGNÓSTICO E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
Exibem um grau elevado de comportamento de 
busca por atenção. 
Elas tendem a exagerar seus pensamentos e 
sentimentos e fazem tudo soar mais importante do 
que realmente é. 
O comportamento sedutor é comum. 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA antidepressivos para 
depressão e queixas somáticas, agentes 
ansiolíticos para ansiedade, e antipsicóticos para 
desrealização e ilusões. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA 
DIAGNÓSTICO E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
Elas lidam mal com críticas e podem ficar com 
raiva quando alguém ousa criticá-las, 
Devido a sua frágil autoestima, são suscetíveis a 
depressão. 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: lítio (mudanças de humor), 
antidepressivos (fármacos serotonérgicos). 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA 
DIAGNÓSTICO E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
 
7 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
A hipersensibilidade à rejeição por outros é a 
característica clínica fundamental e o traço 
principal da personalidade é a timidez. 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: antagonistas de receptores β-
adrenérgicos (atenolol) para o manejo de 
hiperatividade do sistema nervoso autônomo. 
Agentes serotonérgicos podem ajudar com a 
sensibilidade a rejeição. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE 
DIAGNÓSTICO E CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
caracteriza-se por um padrão global de 
comportamento dependente e submisso. 
 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: imipramina (ataques de 
pânico e níveis elevados de ansiedade de 
separação) 
Benzodiazepínicos e agentes serotonérgicos 
também foram úteis. 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-
COMPULSIVA 
Diagnóstico e características clínicas 
Pessoas com transtorno da personalidade 
obsessivo-compulsiva são obcecadas por regras, 
regulamentos, método, limpeza, organização, 
detalhes e desejo de alcançar a perfeição. 
Indivíduos com esse transtorno têm habilidades 
interpessoais limitadas. São formais e sérios e 
costumam não ter senso de humor. 
Não apresentam flexibilidade e são intolerantes. 
 
 
8 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: benzodiazepínico 
(Clonazepam) com uso anticonvulsivante. 
Clomipramina e agentes serotonérgicos 
(fluoxetina). 
Questões de provas 
01) As prováveis hipóteses diagnósticas dos 
pacientes 1 e 2 são, respectivamente, transtorno 
de personalidade paranoide e transtorno de 
personalidade esquizoide. Ambos os transtornos 
pertencem ao grupo A dos transtornos de 
personalidade, apresentando características 
estranhas e de afastamento, com dificuldade de 
lidar com as pessoas ao seu redor. Entretanto, 
apresentam algumas diferenças que incluem 
maior envolvimento social, história de 
comportamento verbal agressivo e maior 
tendência a projetar seus sentimentos nos outros 
(mecanismo de defesa de projeção), que são 
características que estão mais presentes nos casos 
de transtorno de personalidade paranoide. Além 
disso, nos casos de transtorno de personalidade 
do tipo esquizoide, os pacientes não desfrutam 
relações íntimas nem mesmo na família (como é o 
caso do paciente descrito, que se afasta do resto 
da família) e apresentam pouco ou nenhum 
interesse sexual com outra pessoa (o paciente 2 
relata que nunca namorou nem teve experiências 
sexuais ou expressou desejo de fazê-las). 
02) O quadro clínico é sugestivo de transtorno de 
personalidade obessesivo compulsivo. Isso é 
afirmado pois o paciente apresenta 
comportamento rígido, inflexível, excessiva 
preocupação com regras e detalhes de forma a 
preocupar a conclusão de tarefas. Pode-se 
observar ainda, forte tendência ao isolamento 
pela dificuldade de convivência social e pela 
dificuldade em aceitar ajuda e delegar tarefas. O 
fato de ter sido levar a conduta por insistência da 
esposa sugere insight pobre sendo o ideal a 
realização de terapia cognitivo comportamental 
para melhora do quadro. 
03) 5,0/5,0 O paciente apresenta um transtorno de 
personalidade do grupo C do tipo obsessiva-
compulsiva e traços de um transtorno de 
acumulação. Com relação ao transtorno de 
personalidade é sugerido pelo fato de ser rígido, 
inflexível, teimoso e fazer autocríticas aos outros. O 
tratamento seria uma abordagem psicoterápica e 
se preciso ainda, um inibidor seletivo de 
recaptação de serotonina, mas deve-se tentar a 
terapia isolada, inicialmente. Quando ao possível 
transtorno de acumulação sugerido pela esposa, 
deve-se ver se encaixa nos critérios do DSM-5 ou 
se seria um reflexo do transtorno de 
personalidade. Se não for uma consequência, o 
tratamento seriapsicoterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
SUBTIPOS 
 
PARANOIDE Preocupação com um ou mais 
delírios (perseguição ou grandeza) 
ou alucinações auditivas 
frequentes 
DESORGANIZADO Regressão acentuada para um 
comportamento primitivo, 
desinibido e desordenado. 
Aparência pessoal é desleixada, e 
o comportamento social e as 
respostas emocionais são 
inadequados (sorrisos e caretas 
incongruentes) 
CATATÔNICO Distúrbio acentuado da função 
motora (estupor, negativismo, 
rigidez, excitação ou posturas 
bizarras) 
INDIFERENCIADO Pacientes que têm esquizofrenia, 
mas ainda não foram enquadrados 
em um subtipo específico. 
RESIDUAL Evidências contínuas do transtorno 
na ausência sintomas suficientes 
para satisfazer o diagnóstico de 
outro tipo de esquizofrenia. 
Embotamento emocional, 
retraimento social, 
comportamento excêntrico, 
pensamento ilógico e frouxidão 
leve das associações são comuns 
nesse tipo. 
QUADRO CLÍNICO 
1 . SINTOMAS NEGATIVOS 
Caracterizam-se pela perda de certas funções 
psíquicas e pelo empobrecimento global da vida 
afetiva, cognitiva e social do indivíduo. 
▪ Descuido com aparência e higiene pobre. 
▪ Distanciamento e aplainamento afetivo ou afeto 
embotado: 
▪ Retração social ou associalidade 
▪ Alogia ou empobrecimento da linguagem e do 
pensamento 
▪ Diminuição da vontade (avolição) 
▪ Anedonia 
 
2. SINTOMAS POSITIVOS 
 
 
Manifestações novas, salientes, do processo 
esquizofrênico 
▪ Alucinações 
▪ Ideias delirantes (delírio) 
▪ Distorção da realidade ou dificuldades com o 
teste de realidade 
DIAGNÓSTICO 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 PARA 
ESQUIZOFRENIA 
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, durante um período de 
um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos 
um deles deve ser (1), (2) ou (3): 
1.Delírios. 
2. Alucinações 
3. Discurso desorganizado. 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou 
catatônico. 
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída 
ou avolia). 
B. Por período significativo de tempo desde o 
aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento 
em uma ou mais áreas importantes do funcionamento, 
como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado, está 
acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início. 
C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo 
menos, seis meses. Esse período de seis meses deve incluir 
no mínimo um mês de sintomas (ou menos, se tratados 
com sucesso) que precisam satisfazer ao Critério A (i.e., 
sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas 
prodrômicos ou residuais. 
D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou 
transtorno bipolar com características psicóticas são 
descartados 
E. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou a outra condição médica. 
F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de 
um transtorno da comunicação iniciado na infância, o 
diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado somente 
se delírios ou alucinações proeminentes, além dos demais 
sintomas exigidos de esquizofrenia, estão também 
presentes por pelo menos um mês (ou menos, se tratados 
com sucesso). 
 
 
TRATAMENTO 
 
10 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
HOSPITALIZAÇÃO: fins diagnósticos, estabilização 
da medicação, segurança do paciente e 
incapacidade de cuidar das necessidades 
básicas, como alimentação, vestuário e abrigo. 
FARMACOTERAPIA: antipsicóticos (antagonistas 
do receptor de dopamina ou antagonistas de 
serotonina e dopamina) 
TRATAMENTO DA PSICOSE AGUDA: antipsicóticos e 
os benzodiazepínicos de 4 a 8 semanas 
Tem objetivo de aliviar os sintomas psicóticos mais 
graves. 
Obs: Em caso de efeitos colaterais extrapiramidais 
causados principalmente por antipsicótico de 1ª 
geração: antiparkinsoniano anticolinérgico, 
benzodiazepínico ou propranolol. 
 
TRATAMENTO DE ESTABILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO: 
Antipsicóticos de segunda geração (reduzir os 
efeitos colaterais extrapiramidais) 
 
Serve para prevenir recaída psicótica e ajudar os 
pacientes a melhorar seu nível de funcionamento. 
 
PSICOTERAPIA: desenvolver habilidades sociais e 
vocacionais para uma vida independente. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
01) A paciente apresenta um quadro de 
esquizofrenia do tipo paranoide, apresentando 
sintomas positivos, como delírio de perseguição 
(ao achar suas colegas de trabalho estavam 
querendo roubar seus dados e documentos), 
comportamentos impulsivos (jogou o celular no 
lixo) e alucinações auditivas, bem como sintomas 
negativos, como negligência quanto a si mesma 
(passou a fumar, mudou a cor dos cabelos e vestir 
roupas largas) e hipopragmatismo. O prognóstico, 
neste caso, não é bom, uma vez que a paciente 
possui sintomas negativos tendem a se tornar mais 
graves ao longo do tempo, além do fato de 
possuir histórico familiar de transtorno bipolar que 
levou ao suicídio da mãe. 
02) O quadro clínico descrito é sugestivo de 
Esquizofrenia. Isso é afirmado pois o paciente 
apresenta alucinações auditivas (conversa com 
alguém, sorri sem motivos e ouve perturbadas 
vozes) associadas a cuidado pessoal precário, 
isolamento social há 6 meses. O quadro foi 
desencadeado após episódio estressor 
traumático (suicídio do pai) e apresenta sintomas 
pré- mórbidos (afirma ter sido uma criança 
diferente). A postura do paciente durante a 
consulta, bem como o histórico de higiene e 
saúde e não utilização de substâncias psicoativas 
contribuem para a hipótese diagnóstica. 
03) A hipótese diagnóstica mais provável é 
esquizofrenia tipo desorganizado devido às 
características de vestir-se de forma inadequada, 
rir sem motivo aparente, conversar sozinho, fazer 
caretas no espelho, ter episódios de alucinações 
auditivas. Apresenta um prognóstico ruim por ter 
um inicio precoce e insidioso com sintomas 
negativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS 
EPISÓDIO DE DEPRESSÃO: humor deprimido e 
perda de interesses ou prazer por pelo menos 
2x/semana. 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR RECORRENTE: 
pelo menos um segundo episódio de depressão 
separados por pelo menos dois meses. 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE E 
TRANSTORNO DISTÍMICO: forma crônica de 
depressão, com pelo menos 2 anos ininterruptos 
em adultos e 1 ano em crianças e adolescentes. 
 
DEPRESSÃO ATÍPICA: reatividade do humor 
aumentada (melhora com eventos positivos e 
piora com eventos negativos), e o indivíduo deve 
apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas: 
 
• Ganho de peso ou aumento do apetite 
(principalmente para doces); 
• Aumento do sono 
• Sensação de corpo, braços ou pernas muito 
pesados (paralisia “de chumbo”) 
• Sensibilidade exacerbada a rejeição interpessoal 
 
DEPRESSÃO PSICÓTICA: depressão muito grave, na 
qual ocorrem, associados aos sintomas 
depressivos, um ou mais sintomas psicóticos, 
como delírio e/ou alucinação. 
 
• SINTOMAS PSICÓTICOS HUMOR-CONGRUENTES: 
conteúdo negativo, depressivo (de culpa, 
doença, morte, negação de órgãos, punição 
merecida, entre outros). 
 
• SINTOMAS PSICÓTICOS HUMOR-INCONGRUENTES: 
delírio de perseguição, de inserção de 
pensamentos, autorreferente, entre outros. 
 
DEPRESSÃO UNIPOLAR OU DEPRESSÃO BIPOLAR: 
transtorno depressivo associados à episódios de 
mania ou hipomania. 
 
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: início dos sintomas ocorrer 
no período de 4 semanas após o parto. 
 
 
 
 
 
DIAGNOSTICO 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO DEPRESSIVO 
MAIOR (DSM-5) 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes 
durante o mesmo período de duassemanas e representam uma 
mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um 
dos sintomas é: (1) humor deprimido; (2) perda de interesse ou 
prazer. 
 
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição 
médica. 
 
1.Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, 
conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, 
vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas 
(p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode 
ser humor irritável.) 
 
2.Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase 
todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias 
(indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras 
pessoas). 
 
3.Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. 
ex., uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), 
ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em 
crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso 
esperado.) 
 
4.Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
 
5.Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias 
(observáveis por outras pessoas, não meramente sensações 
subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
 
6.Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
 
7.Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada 
(que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente 
autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
 
8.Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou 
indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação 
feita por outras pessoas). 
 
9.Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de 
morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma 
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
 
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
C.O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma 
substância ou a outra condição médica. 
 
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo 
maior. 
 
 
12 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
D.A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem 
explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno 
esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do 
espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico 
especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico não especificado. 
 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio 
hipomaníaco. 
 
Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo 
maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por substância ou 
são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica. 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: ISRs, antidepressivos tricíclicos, 
inibidores de monoaminooxidase. 
HOSPITALIZAÇÃO: risco de suicídio ou homicídio e 
capacidade reduzida de autocuidados básicos 
TRANSTORNO BIPOLAR 
O transtorno se manifesta através de episódios de 
mania, hipomania e depressão. 
MANIA: humor exaltado ou irritado com 
incapacidade funcional e/ou profissional ou de 
necessitar de internação. 
HIPOMANIA: humor exaltado sem 
comprometimento funcional ou profissional ou de 
necessitar de internação. 
CLASSIFICAÇÃO 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I: episódios depressivos 
intercalados com fases de normalidade e pelo 
menos uma fase maníaca bem caracterizada. 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II: ocorrem episódios 
depressivos intercalados com períodos de 
normalidade e seguidos de fases hipomaníacas. 
DIAGNÓSTICO 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO BIPOLAR 
(DSM-5) 
 
EPISÓDIO MANÍACO 
 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente 
elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente 
da atividade ou da energia, com duração mínima de uma semana 
e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou 
qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária). 
 
B.Durante o período de perturbação do humor e aumento da 
energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas 
(quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau 
significativo e representam uma mudança notável do 
comportamento habitual: 
 
1.Autoestima inflada ou grandiosidade. 
 
2.Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado 
com apenas três horas de sono). 
 
3.Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
 
4.Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos 
estão acelerados. 
 
5.Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por 
estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme 
relatado ou observado. 
 
6.Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no 
trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora 
(i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos). 
 
7.Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial 
para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos 
desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
 
C.A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de 
causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional 
ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si 
mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas. 
 
D.O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro 
tratamento) ou a outra condição médica. 
 
EPISÓDIO HIPOMANÍACO 
 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente 
elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente 
da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias 
consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os 
dias. 
 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de 
energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas 
(quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma 
mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão 
presentes em grau significativo: 
 
1.Autoestima inflada ou grandiosidade. 
 
2.Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado 
com apenas três horas de sono). 
 
3.Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
 
4.Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos 
estão acelerados. 
 
5.Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por 
estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme 
relatado ou observado. 
 
6.Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no 
trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora. 
 
 
13 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
7.Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial 
para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos 
desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
 
C.O episódio está associado a uma mudança clara no 
funcionamento que não é característica do indivíduo quando 
assintomático. 
 
D.A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são 
observáveis por outras pessoas. 
 
E.O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar 
prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou 
para necessitar de hospitalização. Existindo características 
psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. 
 
F.O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro 
tratamento) ou a outra condição médica. 
 
TRATAMENTO 
FARMACOLÓGICO: antipsicóticos atípicos ou 
estabilizadores de humor 
DISTIMIA OU TRANTORNO DEPRESSIVO 
RECORRENTE 
DIAGNÓSTICO 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO DEPRESSIVO 
PERSISTENTE (DISTIMIA) – DSM-5 
 
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, 
indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outraspessoas, pelo período mínimo de dois anos. 
 
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com 
duração mínima de um ano. 
 
B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes 
características: 
 
1.Apetite diminuído ou alimentação em excesso. 
 
2.Insônia ou hipersonia. 
 
3.Baixa energia ou fadiga. 
 
4.Baixa autoestima. 
 
5.Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. 
 
6.Sentimentos de desesperança. 
 
C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou 
adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os 
sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses. 
 
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar 
continuamente presentes por dois anos. 
 
E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio 
hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno 
ciclotímico. 
 
F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno 
esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, 
outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia 
e outro transtorno psicótico não especificado. 
 
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipotireoidismo). 
 
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo. 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRSs 
PSICOTERAPIA 
TRANSTORNO CICLOTÍMICO 
Caracteriza-se por instabilidade persistente do 
humor com alternância de inúmeros períodos 
distímicos ou de falta de interesse e prazer, com 
episódios hipomaníacos. 
Tais episódios não são graves nem duradouros o 
suficiente para serem considerados transtornos 
bipolares, e a condição é crônica. 
DIAGNÓSTICO 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO CICLOTÍMICO 
(DSM-5) 
 
A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), 
presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não 
satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários 
períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os 
critérios para episódio depressivo maior. 
 
B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em 
crianças e adolescentes), os períodos hipomaníaco e depressivo 
estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o 
indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que dois 
meses consecutivos. 
 
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou 
hipomaníaco nunca foram satisfeitos. 
 
D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por 
transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno 
esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do 
espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico 
especificado ou transtorno espectro da esquizofrenia e outro 
transtorno fisiológico não especificado. 
 
 
14 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
 
F. Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente 
significativo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: Estabilizadores de humor. 
GRÁFICOS 
 
 
1. DEPRESSÃO: curva de Kupfer. 
2. TRANSTORNO BIPOLAR: 
3. DISTIMIA: humor deprimido na maior parte do 
dia, na maioria dos dias, pelo período mínimo de 
dois anos. 
4. TRANSTORNO CICLOTÍMICO: instabilidade 
persistente do humor com alternância de 
inúmeros períodos distímicos ou de falta de 
interesse e prazer, com episódios hipomaníacos. 
Tais episódios não são graves nem duradouros o 
suficiente para serem considerados transtornos 
bipolares, e a condição é crônica. 
 
Questões de provas 
 
01) CASO B: Transtorno Depressivo Maior crônico 
CASO C: Distimia 
CASO D: Transtorno Depressivo Maior, em remissão 
parcial 
CASO E: Transtorno Depressivo com episódio maior 
sobreposto à distimia 
CASO F: Transtorno Depressivo Maior sem 
recuperação completa 
 
02) É um provável diagnóstico de depressão maior 
justificado pela presença de sintomas de 
sensação de tristeza e melancolia, perda de 
apetite, emagrecimento, insónia, dificuldade de 
concentração, perda de interesse por atividades 
que ocorreram quase todos os dias e há mais de 2 
semanas, visto que são mais de 5 sintomas. Neste 
caso, devido a uma provável ideação suicida e 
pelo histórico de suicídio na família, deve-se 
pensar na internação da paciente para 
realização do tratamento, a qual pode ser feito 
com ISRs (venlafaxina) associado à psicoterapia, 
além de acompanhamento para tratamento do 
uso abusivo de álcool. 
 
03)O quadro de síndrome aguda de humor 
deprimido, ideação suicida e confusão mental 
associadas a agitação e má orientação no 
exame físico são sugestivos de Transtorno Bipolar. 
A conduta nesse caso é psicoterapia associada à 
farmacoterapia (ISRs). 
 
04) O quadro clínico descrito é sugestivo de 
distimia. Isso é afirmado pois há 6 anos (longo 
curso) que a paciente apresenta rebaixamento 
do humor constante, associado a sensação de 
fracasso/incapacidade, apesar do sucesso 
profissional, perda de prazer nas atividades diárias, 
anorgasmia e baixa libido. Tal sintomatologia é 
presente constantemente, mas não impede a 
paciente de cumprir suas obrigações. Assim, é 
indicada terapia cognitivo-comportamental e 
farmacoterapia com ISRs (fluoxetina). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DE PÂNICO 
DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
SINTOMAS MENTAIS: medo extremo, sensação de 
morte e tragédia iminentes; 
Preveem um resultado catastrófico a partir de um 
sintoma físico leve ou efeito colateral de 
medicamento (p. ex., pensar que as palpitações 
indicam um infarto agudo do miocárdio). 
SINTOMAS FÍSICOS: taquicardia, palpitações, 
dispneia e sudorese 
Entre os ataques, os pacientes podem manifestar 
ansiedade antecipatória de terem um novo 
ataque 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO DE PÂNICO – 
DSM-5 
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de 
pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto 
intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem 
quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: 
 
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo 
ou de um estado ansioso. 
 
1.Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
2.Sudorese. 
3.Tremores ou abalos. 
4.Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5.Sensações de asfixia. 
6.Dor ou desconforto torácico. 
7.Náusea ou desconforto abdominal. 
8.Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 
9.Calafrios ou ondas de calor. 
10.Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
11.Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização 
(sensação de estar distanciado de si mesmo). 
12.Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
13.Medo de morrer. 
 
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (p. ex., 
tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos ou choro incontrolável). Esses 
sintomas não devem contar como um dos quatro sintomas 
exigidos. 
 
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) 
de uma ou de ambas as seguintes características: 
1.Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de 
pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o 
controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”). 
 
2.Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento 
relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por 
 
 
 
 
 
 
 
finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de 
exercícios ou situações desconhecidas). 
 
C. A perturbação não é consequência dos efeitospsicológicos de 
uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra 
condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças 
cardiopulmonares). 
 
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno 
mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem apenas em 
resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de 
ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas 
circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, 
como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à 
evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de 
estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras 
de apego, como no transtorno de ansiedade de separação). 
 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRs (1ª escolha), 
benzodiazepínicos (efeito mais rápido), 
antidepressivos tricíclicos por um período de 8 a 12 
meses. 
TERAPIAS COGNITIVA E COMPORTAMENTAL 
AGORAFOBIA 
Refere-se a um medo ou uma ansiedade em 
relação a lugares dos quais a fuga possa ser difícil. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
Indivíduos com agorafobia evitam de forma rígida 
situações nas quais seria difícil obter ajuda. 
Podem insistir em ser acompanhados toda vez 
que saem de casa. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: AGOROFOBIA (DSM-5) 
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) 
das cinco situações seguintes: 
 
1.Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, 
trens, navios, aviões). 
 
2.Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de 
estacionamentos, mercados, pontes). 
 
3.Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, 
cinemas). 
 
4.Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma 
multidão. 
 
5.Sair de casa sozinho. 
 
16 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
B.O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a 
pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o 
auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver 
sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes 
ou constrangedores (p. ex., medo de cair nos idosos; medo 
de incontinência). 
 
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam 
medo ou ansiedade. 
 
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, 
requerem a presença de uma companhia ou são 
suportadas com intenso medo ou ansiedade. 
 
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real 
apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto 
sociocultural. 
 
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente 
durando mais de seis meses. 
 
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento 
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida 
do indivíduo. 
 
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória 
intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo, 
ansiedade ou esquiva é claramente excessivo. 
 
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado 
pelos sintomas de outro transtorno mental – por exemplo, os 
sintomas não estão restritos a fobia específica, tipo 
situacional; não envolvem apenas situações sociais (como 
no transtorno de ansiedade social); e não estão 
relacionados exclusivamente a obsessões (como no 
transtorno obsessivo-compulsivo), percepção de defeitos ou 
falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico 
corporal) ou medo de separação (como no transtorno de 
ansiedade de separação). 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRs, benzodiazepínicos (início 
de ação mais rápido contra pânico) e 
antidepressivos tricíclicos. 
PSICOTERAPIA: terapia de exposição 
FOBIA ESPECÍFICA 
A fobia específica é um medo intenso e 
persistente de um objeto ou de uma situação. 
CARACTERISTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
Com frequência, é encontrada depressão no 
exame do estado mental, a qual pode estar 
presente em até 1/3 de todos os casos. 
Pode haver excitabilidade aumentada do SN 
simpático, ou uma resposta de desmaio ou quase 
desmaio vasovagal (breve aceleração inicial da 
FC e elevação da PA seguida por desaceleração 
da FC e queda na PA). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS FOBIA ESPECÍFICA (DSM-5) 
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou 
situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver 
sangue). 
 
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por 
choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de 
agarrar-se. 
 
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma 
resposta imediata de medo ou ansiedade. 
 
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado 
com intensa ansiedade ou sofrimento. 
 
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo 
real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto 
sociocultural. 
 
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com 
duração mínima de seis meses. 
 
F.O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de 
outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e esquiva de 
situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros 
sintomas incapacitantes (como na agorafobia); objetos ou 
situações relacionados a obsessões (como no transtorno 
obsessivo-compulsivo); evocação de eventos traumáticos (como 
no transtorno de estresse pós-traumático); separação de casa ou 
de figuras de apego (como no transtorno de ansiedade de 
separação); ou situações sociais (como no transtorno de 
ansiedade social). 
 
TRATAMENTO 
TERAPIA COMPORTAMENTAL: é o tratamento mais 
eficaz para as fobias (dessensibilização). 
FARMACOTERAPIA: Antagonistas dos receptores β
-adrenérgicos. 
FOBIA SOCIAL 
Envolve o medo de situações sociais, incluindo 
aquelas que envolvem escrutínio ou contato com 
estranhos. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
Podem mostrar uma postura corporal 
excessivamente rígida ou contato visual 
inadequado ou falar com voz extremamente 
suave. 
Podem ser tímidos ou retraídos e ser menos 
abertos em conversas e revelar pouco a seu 
respeito. 
 
17 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
O rubor é a resposta física característica do 
transtorno de ansiedade social. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS - FOBIA SOCIAL (DSM-5) 
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais 
situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível 
avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais 
(p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são 
familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e 
situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir 
palestras). 
 
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que 
envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos. 
 
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de 
ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será 
humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a 
outros). 
 
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou 
ansiedade. 
 
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso 
chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de 
agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações 
sociais. 
 
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso 
medo ou ansiedade. 
 
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real 
apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. 
 
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente 
durando mais de seis meses. 
 
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou de outra condição médica. 
 
I. O medo,ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos 
sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, 
transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista. 
 
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, 
obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está 
presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não 
relacionado ou é excessivo. 
 
Especificar se: 
Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao 
desempenhar em público. 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRSs (1ª escolha), 
benzodiazepínicos, buspirona (potencializa o 
ISRSs), antagonistas β-adrenérgicos, venlafaxina. 
PSICOTERAPIA 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
Ansiedade e preocupação excessivas com vários 
eventos ou atividades na maior parte dos dias 
durante um período de pelo menos seis meses. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
Ansiedade e preocupação contínuas e excessivas 
acompanhadas por tensão ou inquietação motora 
que interfere em outros aspectos da vida da 
pessoa. 
A tensão motora manifesta-se mais comumente 
como tremor, inquietação e cefaleias. 
Costumam procurar um clínico geral ou internista 
em busca de ajuda para um sintoma somático (p. 
ex., sudorese, náusea, diarreia). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
GENERALIZADA (DSM-5) 
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), 
ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com 
diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou 
profissional). 
 
B.O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
 
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou 
mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles 
presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 
 
Nota: Apenas um item é exigido para crianças. 
 
1.Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
2.Fatigabilidade. 
3.Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na 
mente. 
4.Irritabilidade. 
5.Tensão muscular. 
6.Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, 
ou sono insatisfatório e inquieto). 
 
D.A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam 
sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes 
da vida do indivíduo. 
 
E.A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
 
F.A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno 
mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques de 
pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno 
de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras 
obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das 
figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação, 
lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse 
pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas 
físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de 
problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter 
 
18 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
uma doença séria no transtorno de ansiedade de doença ou o 
conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno 
delirante). 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA 
FARMACOTERAPIA: benzodiazepínicos: 
(medicamentos de escolha) , ISRSs, buspirona, 
venlafaxina. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
01) É um possível diagnóstico de transtorno de 
ansiedade do tipo síndrome do pânico. O 
diagnóstico pode ser feito no relato de 1 ou mais 
crises em pelo menos 1 vez na vida, em que as 
crises acontecem abruptamente, sem algum 
motivo específico, sendo caracterizada por 
dispneia, sudorese, taquicardia, tremores, terror, 
sensação de que vai morrer e alguns casos pode 
evoluir com síncope. Esses sintomas também são 
autolimitados e se resolvem espontaneamente em 
20 a 30 minutos. Todas essas características são 
compatíveis com o caso em questão, sendo 
possível, portanto, fechar o diagnóstico com base 
nesses critérios. 
02) A análise do quadro clínico é sugestiva de 
transtorno de ansiedade generalizada. O 
paciente em questão demonstra grande 
preocupação com sua situação financeira após 
ter sido demitido e piora dos sintomas de 
ansiedade (taquicardia, sudorese, irritabilidade, 
fatigabilidade, cólicas intestinais e insônia) após 
mudança de circunstância social (mudança de 
residência). A presença de tais sintomas 
agravados nos últimos 5 meses é indicativo de 
transtorno de ansiedade generalizada, porém a 
preocupação excessiva com tais sintomas, a 
busca por vários especialistas e exames em busca 
de doença sugere transtorno (hipocondria) 
associado, sendo para ambos, indicada a 
psicoterapia e podendo ser associada 
farmacoterapia com antidepressivos triciclos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
OBSESSÕES: pensamentos repetitivos e persistentes 
(p. ex., de contaminação), imagens (p. ex., de 
cenas violentas ou horrorizantes) ou impulsos (p. 
ex., apunhalar alguém) que se impõem na 
percepção consciente da pessoa. 
COMPULSÕES: comportamentos repetitivos (p. ex., 
lavar, verificar) ou atos mentais (p. ex., contar, 
repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se 
sente compelido a executar em resposta a uma 
obsessão, como forma de reduzir a ansiedade 
associada. 
PADRÕES DE SINTOMAS 
CONTAMINAÇÃO: obsessão de contaminação, 
seguida de lavagem ou acompanhada de 
evitação compulsiva do objeto. 
O objeto temido costuma ser difícil de evitar (p. 
ex., fezes, urina, pó ou germes). 
DÚVIDA PATOLÓGICA: obsessão de dúvida, 
seguida de uma compulsão por ficar verificando. 
Ex: esquecer de desligar o fogão ou de trancar 
uma porta). 
PENSAMENTOS INTRUSIVOS: pensamentos 
obsessivos intrusivos sem uma compulsão. 
Ex: pensamentos repetitivos de um ato agressivo 
ou sexual repreensível para o paciente. 
SIMETRIA: necessidade de simetria ou precisão, 
que pode levar a uma compulsão de lentidão. 
Ex: levar horas para terminar uma refeição ou fazer 
a barba. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO (DSM-5) 
A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas: 
 
Obsessões são definidas por (1) e (2): 
1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes 
que, em algum momento durante a perturbação, são 
experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria 
dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento. 
 
 
 
2.O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, 
impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro 
pensamento ou ação. 
 
As compulsões são definidas por (1) e (2): 
 
1.Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, 
verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras 
em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em 
resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser 
rigidamente aplicadas. 
 
2.Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou 
reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou 
situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos 
mentais não têm uma conexão realista com o que visam 
neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos. 
 
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar os 
objetivos desses comportamentos ou atos mentais. 
 
B. As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam 
sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes 
da vida do indivíduo. 
 
C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou a outra condição médica. 
 
D. A perturbaçãonão é mais bem explicada pelos sintomas de 
outro transtorno mental 
 
Especificar se: 
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as 
crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são definitiva ou 
provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser 
verdadeiras. 
 
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do 
transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente verdadeiras. 
 
Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está 
completamente convencido de que as crenças do transtorno 
obsessivo-compulsivo são verdadeiras. 
 
Especificar se: 
Relacionado a tique: O indivíduo tem história atual ou passada de 
um transtorno de tique. 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRS (1ª escolha) ou 
antidepressivo tricíclico (clomipramina) 
TERAPIA COMPORTAMENTAL: exposição e a 
prevenção de resposta. 
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
É caracterizado pela preocupação com um 
defeito imaginado na aparência que causa 
sofrimento clinicamente significativo e prejuízo em 
importantes áreas do funcionamento. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
As preocupações mais comuns envolvem defeitos 
faciais, em especial os relacionados a partes 
específicas (p. ex., o nariz). 
Sintomas associados comuns incluem ideias 
delirantes ou delírios de referência (ex: pessoas 
percebendo o tal defeito corporal), olhar-se no 
espelho constantemente ou evitar superfícies 
reflexivas e tentativas de esconder a deformidade 
presumida (com maquiagem ou roupas). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS TRANSTORNO DISMÓRFICO 
CORPORAL (DSM-5) 
A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas 
na aparência física que não são observáveis ou que parecem 
leves para os outros. 
 
B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo 
executou comportamentos repetitivos (p. ex., verificar-se no 
espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar 
tranquilização) ou atos mentais (p. ex., comparando sua aparência 
com a de outros) em resposta às preocupações com a aparência. 
 
C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por 
preocupações com a gordura ou o peso corporal em um 
indivíduo cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para 
um transtorno alimentar. 
 
Especificar se: 
 
Com dismorfia muscular: O indivíduo está preocupado com a 
ideia de que sua estrutura corporal é muito pequena ou 
insuficientemente musculosa. O especificador é usado mesmo que 
o indivíduo esteja preocupado com outras áreas do corpo, o que 
com frequência é o caso. 
 
Especificar se: 
 
Indicar o grau de insight em relação às crenças do transtorno 
dismórfico corporal (p. ex., “Eu pareço feio” ou “Eu pareço 
deformado”). 
 
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as 
crenças do transtorno dismórfico corporal são definitiva ou 
provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser 
verdadeiras. 
 
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do 
transtorno dismórfico corporal são provavelmente verdadeiras. 
 
Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está 
completamente convencido de que as crenças do transtorno 
dismórfico corporal são verdadeiras. 
 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRSS, clomipramina e 
fluoxetina (reduzem os sintomas em pelo menos 
50% dos casos). 
ALTERNATIVAS: drogas tricíclicas, inibidores de 
monoaminoxidase (IMAOs) e pimozida são úteis 
em alguns casos individuais. 
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO 
É caracterizado pela aquisição sem descarte de 
coisas que são consideradas de pouco valor, 
resultando no amontoamento excessivo dos 
espaços de moradia. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
A acumulação é motivada pelo medo de perder 
itens que o paciente acredita serem necessários 
mais tarde. 
A maioria dos acumuladores não percebe seu 
comportamento como um problema. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS - TRANSTORNO DE 
ACUMULAÇÃO (DSM-5) 
A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de 
pertences, independentemente do seu valor real. 
 
B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de 
guardar os itens e ao sofrimento associado a descartá-los. 
 
C.A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação 
de itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e 
compromete substancialmente o uso pretendido. Se as áreas de 
estar não estão obstruídas, é somente devido a intervenções de 
outras pessoas (p. ex., membros da família, funcionários de 
limpeza, autoridades). 
 
D. A acumulação causa sofrimento significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo (incluindo a manutenção de um 
ambiente seguro para si e para os outros). 
 
E .A acumulação não é devida a outra condição médica (p. ex., 
lesão cerebral, doença cerebrovascular, síndrome de Prader-Willi). 
 
F. A acumulação não é mais bem explicada pelos sintomas de 
outro transtorno mental. 
 
Especificar se: 
 
Com aquisição excessiva: Se a dificuldade de descartar os 
pertences está acompanhada pela aquisição excessiva de itens 
que não são necessários ou para os quais não existe espaço 
disponível. 
 
Especificar se: 
 
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as 
crenças e os comportamentos relacionados à acumulação 
 
21 
MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
(relativos à dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à 
aquisição excessiva) são problemáticos. 
 
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças e os 
comportamentos relacionados à acumulação (relativos à 
dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à aquisição 
excessiva) não são problemáticos apesar das evidências em 
contrário. 
 
Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está 
completamente convencido de que as crenças e os 
comportamentos relacionados à acumulação (relativos à 
dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à aquisição 
excessiva) não são problemáticos apesar das evidências em 
contrário. 
 
TRATAMENTO 
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: 
tratamento mais eficaz para o transtorno e inclui 
treinamento em tomar decisões e categorizar; 
exposição e habituação ao descarte; e 
reestruturação cognitiva. 
TRICOTILOMANIA 
É caracterizado por puxar o cabelo 
repetitivamente, levando a perdas de cabelo 
variadas que podem ser visíveis aos outros. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
Geralmente inclui sensações crescentes de 
tensão seguidas de uma liberação de gratificação 
ao puxar o cabelo. 
TRICOTILOMANIA FOCADA: é o uso de um ato 
intencional para controlar experiências pessoais 
desagradáveis, tais como uma necessidade, 
sensação coporal (p. ex., coceira ou queimação) 
ou pensamento. 
TRICOTILOMANIA AUTOMÁTICA: ocorre além da 
percepção da pessoa e frequentemente durante 
atividades sedentárias. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – TRICOTILOMANIA (DSM-5) 
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em 
perda de cabelo. 
 
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de 
arrancar o cabelo. 
 
C. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
D. O ato de arrancar cabelo ou a perda de cabelo não se deve a 
outra condição médica (p. ex., uma condição dermatológica). 
 
E. O ato de arrancar cabelo não é mais bem explicado pelos 
sintomas de outro transtorno mental. 
 
TRATAMENTO 
PSIQUIATRAS E DERMATOLOGISTAS 
FARMACOTERAPIA: ISRSs, fluvoxamina, citalopram, 
venlafaxina, naltrexona e lítio. 
PSICOTERAPIA 
TRANSTORNO DE ESCORIAÇÃO 
É caracterizado pelo comportamento compulsivo 
e repetitivo de beliscar a pele. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
O rosto é o local mais comumdas escoriações. 
Muitos reconhecem o ato de arranhar como um 
meio de aliviar o estresse, a tensão e outros 
sentimentos negativos. 
Apesar do alívio sentido ao arranhar, eles 
frequentemente se sentem culpados ou 
constrangidos por seu comportamento. 
Muitos usam curativos, maquiagem ou roupas 
para esconder as escoriações. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS - TRANSTORNO DE 
ESCORIAÇÃO (DSM-5) 
A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões. 
 
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de 
beliscar a pele. 
 
C. O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
D. O ato de beliscar a pele não se deve aos efeitos fisiológicos de 
uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. 
ex., escabiose). 
 
E. O ato de beliscar a pele não é mais bem explicado pelos 
sintomas de outro transtorno mental. 
 
TRATAMENTO 
FARMACOTERAPIA: ISRSs, fluoxetina 
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
01) A principal hipótese diagnóstica, neste caso, é 
de transtorno obsessivo-compulsivo, 
apresentando obsessão de contaminação, ou 
seja, um pensamento repetido e contra a sua 
vontade de que vai se contaminar em qualquer 
situação. Como forma de aliviar esse pensamento, 
apresenta compulsão de lavagem (vai direto à 
pia e lava suas mãos repetidamente sempre que 
toca em algo que julga estar sujo). As obsessões e 
compulsões tomam tempo e causam sofrimento 
clinicamente significativo e prejuízo no 
funcionamento social, uma vez que evita 
banheiros públicos, teatros, ônibus, cinemas e 
parques devido à ansiedade gerada nesses locais. 
Tal diagnóstico diferencia-se de transtorno de 
personalidade obsessivo-compulsiva, uma vez 
que esta não possui os pensamentos obsessivos. 
02) O transtorno do paciente é um transtorno 
obsessivo-compulsivo que se relaciona à 
contaminação, em que o paciente tem uma 
obsessão em que acha que tudo está 
contaminado por germes e que eles passam de 
objeto para objeto, levando a uma compulsão de 
se lavar por horas, o que afeta suas atividades 
diárias e gera quadros de ansiedade. Já o 
transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo 
(anancástica) não está relacionada 
necessariamente com um tipo de obsessão 
específico e sim com a personalidade da pessoa 
caracterizada por teimosia, dificuldade de 
trabalhar em grupo por não aceitar opinião, seguir 
regras estritas, seguir padrões inteiramente ético e 
achar que é correto em tudo. 
03)O quadro clínico apresentado é sugestivo de 
transtono obcessivo-compulsivo. Isso é afirmado, 
pois o paciente apresenta pensamentos 
obcessivos de medo de contaminação associado 
a comportamentos compulsivos de limpeza. Além 
disso, é relatado que o paciente possui rotina 
commportamental cada vez mais longa, 
ritualística e rígida relacionado ao medo de 
contaminar-se, de forma a prejudicar sua vida 
profissional e social com comprometimento de 
mais de 4 horas diárias pelos rituais. Assim, nota-se 
que preenche os critérios diagnóstico para TOC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
ANOREXIA NERVOSA 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
É uma síndrome caracterizada por três critérios 
essenciais. 
1°: inanição (ausência do consumo alimentar) 
autoinduzida até um grau significativo. 
2°: busca incessante por magreza ou um medo 
mórbido de engordar. 
3°: Presença de sinais e sintomas resultantes da 
inanição. 
PATOLOGIA E EXAMES LABORATORIAIS 
Hemograma completo: leucopenia com 
linfocitose 
Bioquímica: ↑ nível sanguíneo de ureia 
(desidratação), hipercolesterolemia, ↑ enzimas 
hepáticas, alcalose metabólica hipocalêmica (↑ 
nível sérico de bicarbonato devido vômitos 
induzidos). 
Glicemia de jejum: baixa 
Amilase salivar: concentração sérica elevada se 
a paciente estiver vomitando. 
ECG: pode apresentar alterações no segmento ST 
e na onda T (secundárias a distúrbios eletrolíticos) 
Alterações endócrinas: amenorreia, 
hipotireoidismo leve (↓ T3 e T4 normal ou ↓ ), ↓ 
estrogênio em mulheres e ↓ testosterona em 
homens 
Massa óssea: ↓ densidade mineral óssea 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – ANOREXIA NERVOSA (DSM-5) 
 
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, 
levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto 
de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. 
Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao 
peso mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, 
menor do que o minimamente esperado. 
 
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou 
comportamento persistente que interfere no ganho de peso, 
mesmo estando com peso significativamente baixo. 
 
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal 
são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal 
 
 
na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da 
gravidade do baixo peso corporal atual. 
 
Nota para codificação: O código da CID-9-MC para anorexia 
nervosa é 307.1, atribuído independentemente do subtipo. O 
código da CID-10-MC depende do subtipo (ver a seguir). 
 
Determinar o subtipo: 
 
(F50.01) Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o 
indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de compulsão 
alimentar ou comportamento purgativo (i.e., vômitos 
autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). 
Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso 
seja conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou 
exercício excessivo. 
 
(F50.02) Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três 
meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de 
compulsão alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso 
indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). 
 
Especificar se: 
 
Em remissão parcial: Depois de terem sido preenchidos 
previamente todos os critérios para anorexia nervosa, o Critério A 
(baixo peso corporal) não foi mais satisfeito por um período 
sustentado, porém ou o Critério B (medo intenso de ganhar peso 
ou de engordar ou comportamento que interfere no ganho de 
peso), ou o Critério C (perturbações na autopercepção do peso e 
da forma) ainda está presente. 
 
Em remissão completa: Depois de terem sido satisfeitos 
previamente todos os critérios para anorexia nervosa, nenhum dos 
critérios foi mais satisfeito por um período sustentado. 
 
Especificar a gravidade atual: 
 
O nível mínimo de gravidade baseia-se, em adultos, no índice de 
massa corporal (IMC) atual (ver a seguir) ou, para crianças e 
adolescentes, no percentil do IMC. Os intervalos abaixo são 
derivados das categorias da Organização Mundial da Saúde para 
baixo peso em adultos; para crianças e adolescentes, os percentis 
do IMC correspondentes devem ser usados. O nível de gravidade 
pode ser aumentado de maneira a refletir sintomas clínicos, o grau 
de incapacidade funcional e a necessidade de supervisão. 
 
Leve: IMC ≥ 17 kg/m2 
 
Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2 
 
Grave: IMC 15-15,99 kg/m2 
 
Extrema: IMC < 15 kg/m2 
SUBTIPOS 
CATEGORIA DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR: restrição 
de ingestão alimentar (menos de 300 a 500 
calorias/ dia) e exercício em excesso. 
CATEGORIA DE PURGAÇÃO: alternância de 
tentativas de dieta rigorosa com compulsão 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
intermitente ou episódios de purgação (vômito 
autoinduzido, uso de laxantes, diuréticos e 
eméticos). 
TRATAMENTO 
HOSPITALIZAÇÃO: recuperar o estado nutricional 
das pacientes (tratar desidratação, inanição e 
desiquilíbrio eletrolítico) 
PSICOTERAPIA: Terapia cognitivo-comportamental 
FARMACOTERAPIA: não há umespecífico, mas 
amitriptilina, clomipramina, pimozida e 
clorpromazina geraram benefícios sobre o 
tratamento. 
BULIMIA NERVOSA 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
É caracterizada por episódios de compulsão 
alimentar combinados com formas inapropriadas 
de interromper o ganho de peso. 
Diferentemente das pacientes com anorexia 
nervosa, aquelas com bulimia nervosa em geral 
mantêm um peso corporal normal. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS- BULIMIA NERVOSA (DSM-5) 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de 
compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 
 
1.Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro 
de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria 
no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
 
2.Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o 
episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou 
controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
 
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a 
fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso 
indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; 
ou exercício em excesso. 
 
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios 
inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana 
durante três meses. 
 
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo 
peso corporais. 
 
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de 
anorexia nervosa. 
 
Especificar se: 
 
Em remissão parcial: Depois de todos os critérios para bulimia 
nervosa terem sido previamente preenchidos, alguns, mas não 
todos os critérios, foram preenchidos por um período de tempo 
sustentado. 
 
Em remissão completa: Depois de todos os critérios para bulimia 
nervosa terem sido previamente preenchidos, nenhum dos 
critérios foi preenchido por um período de tempo sustentado. 
 
Especificar a gravidade atual: 
 
O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência dos 
comportamentos compensatórios inapropriados (ver a seguir). O 
nível de gravidade pode ser elevado de maneira a refletir outros 
sintomas e o grau de incapacidade funcional. 
 
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos 
compensatórios inapropriados por semana. 
 
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos 
compensatórios inapropriados por semana. 
 
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos 
compensatórios inapropriados por semana. 
 
Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios 
inapropriados por semana. 
 
SUBTIPOS 
TIPO PURGATIVO: regularmente se engajam em 
vômito autoinduzido ou no uso de laxantes ou 
diuréticos. 
TIPO NÃO PURGATIVO: usam dieta restritiva, jejum 
ou exercícios vigorosos, mas não se engajam com 
regularidade em purga. 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA: Terapia cognitivo-comportamental 
FARMACOTERAPIA: ISRSs 
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
É caracterizado por ingestão de uma quantidade 
anormalmente grande de comida em um curto 
período de tempo de forma recorrente, sem 
comportamento compensatório inapropriado 
após um episódio de compulsão alimentar (p. ex., 
uso de laxante). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – COMPULSÃO ALIMENTAR 
(DSM-5) 
 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de 
compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 
 
1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada 
período de duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no 
mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o 
episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou 
controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
 
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três 
(ou mais) dos seguintes aspectos: 
 
1.Comer mais rapidamente do que o normal. 
 
2.Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 
 
3.Comer grandes quantidades de alimento na ausência da 
sensação física de fome. 
 
4.Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 
 
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado 
em seguida. 
 
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. 
 
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao 
menos uma vez por semana durante três meses. 
 
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de 
comportamento compensatório inapropriado como na bulimia 
nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia 
nervosa ou anorexia nervosa. 
 
Especificar se: 
 
Em remissão parcial: Depois de terem sido previamente 
satisfeitos os critérios plenos do transtorno de compulsão 
alimentar, a hiperfagia ocorre a uma frequência média inferior a 
um episódio por semana por um período de tempo sustentado. 
 
Em remissão completa: Depois de terem sido previamente 
satisfeitos os critérios plenos do transtorno de compulsão 
alimentar, nenhum dos critérios é mais satisfeito por um período 
de tempo sustentado. 
 
Especificar a gravidade atual: 
 
O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência de episódios 
de compulsão alimentar (ver a seguir). O nível de gravidade pode 
ser ampliado de maneira a refletir outros sintomas e o grau de 
incapacidade funcional. 
 
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por 
semana. 
 
TRATAMENTO 
PSICOTERAPIA: TCC 
FARMACOTERAPIA: ISRSs, desipramina, imipramina 
e sibutramina. 
Questões de provas 
01) Trata-se de um possível caso de anorexia, o 
que é justificado pela clínica da paciente com 
IMC de 15,5, perda de 8kg no ultimo ano, por 
sempre ter sido magra e ainda assim relutar que 
estava acima do peso, o que nos faz pensar nesse 
diagnóstico de transtorno alimentar. Além de 
serem observados alterações de exames 
laboratoriais como hipoglicemia, edema 
maleolar, creatina: 1,8 e bradicardia sinusal 
compatível com déficit de absorção de 
metabólitos (potássio). 
02) A paciente em questão apresenta quadro 
grave de anorexia nervosa (IMC < 15kg/m2), o 
qual proporciona provável desnutrição com 
repercussões clínicas. Dessa forma, é esperado 
que a paciente apresente fadiga crônica, devido 
ao déficit nutricional e à redução do tônus 
muscular; edema de MMII, devido à desnutrição 
proteica e amenorreia, consequente dos baixos 
níveis de gordura corporal, de modo a prejudicar 
sua produção hormonal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL 
ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 
 
 
 
TRANSTORNO RELACIONADO A SUBSTÂNCIAS 
 USO: relacionado a qualquer tipo de consumo, 
podendo ser frequente ou não. 
 
DEPENDÊNCIA: uso repetido de uma droga ou 
substância química, com ou sem dependência 
física. 
 
ABUSO: uso nocivo de qualquer tipo de droga, 
autoadministrada, desviando dos padrões 
médicos ou aceitos socialmente. 
 
TRANSTORNO POR USO DE SUSBTÂNCIAS 
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA 
 
TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIA 
Um padrão problemático de uso da substância, levando a 
comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, 
manifestado por pelo menos dois dos seguintes critérios, 
ocorrendo durante um período de 12 meses: 
1. Uso recorrente da substância, resultando no fracasso em 
desempenhar papéis relevantes no trabalho, na escola ou em casa 
(p. ex., ausências repetidas ao trabalho). 
2. Uso recorrente da substância em situações nas quais isso 
representa perigo para a integridade física (p. ex., condução de 
veículos ou operação de máquinas durante prejuízo de julgamento 
decorrente do uso da substância). 
3. Uso continuado

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