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Direito Penal I - Teoria do Crime

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Aula - 13/10 - 10/11
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Assunto Teoria do Crime
Data
Material/Slides
APOSTILA DIREITO PENAL I - 2º BIMESTRE -
OFICIAL.docx Aula Penal I - Erros.pdf
Status ✨ Perfeito
Teoria do Crime 
Conceito de crime
a) Sob o aspecto material
Propositadamente (Dolo), Descuidadamente (Culpa)
b) Sob o aspecto formal
É aquele escrito em papel.
c) Sob o aspecto analítico
Caso não houver um dos três (Teoria tripartite) não será considerado crime.
1. Fato Típico: é o crime previsto na Lei, crime no papel.
2. Ilícito (antijurídico): é a prática do crime, a transgressão da norma penal. A 
Lei estipula 4 hipóteses para a exclusão da ilicitude, sendo uma delas a 
legítima defesa.
3. Culpável: Art. 26, CP - Sistema vicariante 
sujeita a um juízo de reprovação social incidente sobre o fato e seu autor, desde 
que existam imputabilidade, consciência potencial da ilicitude e 
exigibilidade e possibilidade de agir conforme o direito
@October 13, 2022 → November 10, 2022
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IM - Imputabilidade.
PO - Potencial Consciência da Ilicitude (não sabe dizer se é certo ou errado)
EX - Exigibilidade de conduta diversa
Teoria da Ação
Crime: Punido com detenção ou reclusão.
Contravenção: Prisão simples. Ex: Jogo do bicho.
Sujeitos e objetos do crime: aspectos 
gerais
Sujeito Ativo
É quem ordena ou pratica o crime. 
obs: animais e coisas NÃO podem ser sujeitos ativos.
Sujeito Passivo
Titular do bem jurídico
Quem sofre o crime.
Objetos
É o bem jurídico que sofre as consequências da conduta criminosa.
Material
Bem jurídico, propriamente dito, que a lei tutela.
Ex: A lei proteger a sociedade contra o uso de drogas.
Jurídico
É o interesse protegido pela norma.
Ex: A vida.
Classificação e Concepção dos crimes
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Crimes Comuns
É aquele crime que pode ser cometido por qualquer pessoa.
Ex: Roubo, homicídio…
obs: nem todo crime poder ser cometido por qualquer pessoa. Ex: 
corrupção ativa.
Crimes Próprios
Cometido apenas por algumas pessoas. 
Ex: Crimes contra a administração pública
Crimes Instantâneos
não produzem resultados prolongados.
Ex: roubo e furto.
Crimes Permanentes
se protai no tempo.
Ex: sequestro.
Crimes Comissivos
são aqueles cometidos por intermédio de uma ação
Ex: Estupro
Comissão = Ação
Omissão = Deixar de fazer
Crimes de atividade (formal ou de mera conduta)
basta a ação humana, sem resultado naturalístico. 
Ex: dirigir alcoolizado.
Crimes de resultado
Gera resultado naturalístico.
Crimes de dano
Causa lesão ao bem jurídico.
Crimes de perigo
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Estes se contentam, para a consumação, com a mera probabilidade de 
haver um dano.
Crime unissubjetivo
Pode ser praticado por uma ÚNICA pessoa.
Crime plurissubjetivo
Cometido por várias pessoas.
Ex: associação criminosa.
Crime complexo
É a junção de dois ou mais crimes.
Ex: Furto + ameaça = roubo.
Crime progressivo
Ocorre quando o sujeito ativo, para alcançar uma ameaça mais grave, 
passa por uma conduta inicial que produz um efeito menos grave, ou seja, 
essa conduta pode progredir e causar danos mais graves.
Crime de forma livre
Pode ser praticado de qualquer modo.
Ex: Morte por facadas.
Crime de forma vinculada
o próprio tipo penal cria as condutas que vão caracterizar aquele delito. 
Ex: Art. 284 - Exercer o curandeirismo.
Crimes vagos
É o crime que não tem a vítima determinada.
Ex: tráfico de drogas (sujeito passivo: sociedade = sujeito abstrato)
Crimes remetidos
fazem expressa remissão a outros.
Ex: Art. 304 - fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a 
que se referem os arts. 297 a 302.
Crimes condicionados
Tem alguma condição no tipo penal, para que possa se condicionar o delito.
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Ex: Art. 122, CP - Instigação ao suicídio.
Crimes de atentado
o código penal pune a tentativa igual ao consumado. 
Ex: Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo 
submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a 
pessoa.
Tipicidade (Crime no papel)
Art. 121 - Nomen juris: rubrica dada pelo legislador ao delito. 
Preceito primário: matar alguém 
Preceito secundário: Pena
Elemento do tipo penal incriminador
b) subjetivo
É de interesse pessoal.
Adequação social
Conduta socialmente aceitável
Conceito de conduta penalmente relevante
Fazer ou deixar de fazer algo que é considerado como crime.
Conceito de resultado
b) Jurídico ou normativo
Tudo que não se fere com a ação, gera resultado jurídico.
Conceito de nexo causal: 
Conduta → Resultado = terá somente em razão da conduta, ou seja, lesão 
causando a morte querida.
Causas independentes
a) Causas Independentes
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São aquelas que surgem e, por si mesmas, são aptas a produzir resultados.
Art. 13 CP.
Ex: um raio que atinja a vítima, matando-a, pouco antes de ela ser alvejada 
a tiros pelo agente, é suficiente para cortar o nexo de causalidade
b) Causas Relativamente Independentes
Se não produz resultado, é relativo.
Ex: Se, por conta de um tiro, a vítima vai ao hospital e, lá estando internada, 
termina morrendo queimada num incêndio que toma conta do nosocômio, é 
preciso considerar que o fogo foi uma causa relativamente independente, 
que produziu o resultado morte.
Relação de causalidade
a) Delito Omissivo Próprio
Art. 135, CP - delito omissivo próprio → deixar de fazer algo é crime.
b) Delito Omissivo Impróprio
Art. 13, parágrafo 2° CP.
Elementos subjetivos do crime - Dolo e Culpa
Conceito de dolo
Vontade de praticar o crime descrito na lei.
Dolo Genérico
Vontade de praticar a conduta ilícita sem objetivo específico.
Dolo Específico
É a vontade de matar alguém visando algum fim especial.
Ex: matar o pai querendo a herança.
Dolo direito de 1° grau
Afeta a pessoa.
Dolo direito de 2° grau
Afeta o coletivo.
Dolo eventual ou indireto
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Dolo Eventual
Prevejo o resultado, porém sou leviano quanto a ocorrência do
resultado.
Dolo
Consciente
Certeza de que se vai evitar resultado em razão das suas
habilidades. Prevejo a possibilidade de ocorrência do resultado.
Culpa
Inconsciente
Sequer prevejo possibilidade de ocorrência do resultado.
Conceito de culpa
Por um desses três motivos(Espécies de culpa), juntos ou separados, será 
considerado coação culposa, sem intensão de cometer o crime. Crimes 
culposos são aqueles previstos na lei.
Espécies de culpa
a) Imprudência
 É um agir descuidado.
Ex: Acidente em trânsito.
b) Negligência
Deixar de agir, deixar de observar um dever de cuidado.
c) Imperícia
Quando você não tem capacidade técnica para realização de determinada 
atividade.
Crimes qualificados pelo resultado
São aqueles que em razão de alguma coisa os crimes se tornam mais graves.
Delito preterdoloso
Pratica do crime que gera resultado mais grave. 
ex: lesionar e matar.
Excludentes de Ilicitude (ou 
Antijuricidade)
Pet: semovente domesticável.
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Requisitos do estado de necessidade
c) Inevitabilidade do perigo e inevitabilidade da lesão
É aquele, que conforme o nome, é inevitável, não se é possível escapar da 
situação.
Ex: Enchentes.
d) Proteção a direito próprio ou de terceiro
Pertences pessoais, animais etc. não são justificativas. É necessário ter 
proporcionalidade.
Ex: Vida por vida.
Conceito e Fundamentoda Legítima Defesa
Art. 25  
- Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente 
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito seu ou de outrem.
a) Injustiça da Agressão
É aquela provocada injustamente, não se tendo o direito de fazer aquilo.
Ex: Você ser agredido hoje e “dar o troco” em outro momento.
c) Agressão contra direito próprio ou de terceiros
Não existe legítima defesa na legítima defesa.
e) Moderação da reação
Deve haver proporção entre defesa e o ataque sofrido.
g) Ofendículos 
É o obstáculo ou impedimento utilizado para a proteção de bens e 
interesses.
Ex: Cerca elétrica, cachorros…
Estrito Cumprimento do Dever Legal
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É aquela obrigação imposta por lei. Você precisa fazer e não será crime.
Válida apenas para servidores públicos.
Ex: Prender alguém.
Conceito de Exercício Regular de Direito
É a prática de uma conduta autorizada por lei. Particulares podem ser 
beneficiados.
Ex: Um(a) médico(a) fazer neurocirurgia.
Excludentes de culpabilidade
⚠ A inimputabilidade exclui a culpabilidade, não a ilicitude.
II - Quanto ao fato (Legal)
b) obediência hierárquica
Art. 22 - “estrita obediência” → aplicada apenas a servidores públicos.
Excludentes concernentes ao agente do 
fato
Biopsicológico: precisa haver laudo.
Minoridade
Não comete crime, apenas pena infracional analógica a ele.
Potencial Consciência da Ilicitude 
(Verificar Mapa Mental Para Melhor 
Entendimento)
Aula - 13/10 - 10/11 10
⚠ Prazo Penal: 
Inclui o "A quo"
Exclui o "Ad quem"
Erro de Tipo
Você sabe que é crime matar alguém, entretanto acha que está agindo em 
legítima defesa ou acaba matando sem intenção.
Erro de Proibição
As circunstâncias fáticas não são suficientes para determinar a culpa.
Não se tem noção de que é proibido.
Ex: Maconha é legalizada em determinado país, entretanto quando o 
estrangeiro vem para o Brasil e consome esta droga em meio público, 
ao ser apreendido pela PF, ele não tinha noção de sua proibição.
Erro escusável e inescusável
Escusável: Invencível ou desculpável. você não pode se esquivar do crime. 
Inescusável: exclui o dolo, podendo responder em punição dolosa. Você 
pode esquivar, entretanto por Imprudência ou negligência ocorre o 
resultado.
Erro essencial e acidental
Art. 20 do CP - O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei.
Acidental do objeto: não haverá exclusão nem do Dolo e nem da culpa. 
Erro quanto à pessoa
Art. 20, Parágrafo 3° - error in persona.
Não exclui o dolo e não exclui a culpa.
Serão consideradas as qualidades da vítima virtual, ou seja, a que se 
pretendia atingir e não a da que se atingiu.
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Erro na Execução
Art. 73 - Aberratio Ictus.
Resultado Diverso do Pretendido
Art. 74 - Aberratio Criminis - Resultado diverso do pretendido.
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21 do CP.
Exigibilidade de Conduta
Excludentes concernentes ao fato
Embriaguez voluntária ou culposa
É aquela em que ocorre de forma voluntária, desejada livremente.
A teoria da actio libera in causa
Você sabe que está cometendo um erro, para motivar o acontecimento de 
outro erro. Ex: Você se embriagar para matar alguém e poder alegar que 
estava bêbado.
Caso fortuito ou força maior
Acidental e acidental.
Embriaguez incompleta fortuita
É aquele em que você não está totalmente bêbado.
⚠ EMOÇÃO E PAIXÃO: Não exclui a culpabilidade.
Tentativa
Distinção entre tentativa perfeita e tentativa 
imperfeita
Perfeita
Acha que a vítima morreu, porém ela foi socorrida.
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Imperfeita
Deixa de agir em razão de uma circunstância de terceiro.
Ex: Sirene de policia, alguém tomar a arma…
Cruenta
Acerto a vítima.
Incruenta
Não acerto a vítima.
Desistência Voluntária e Arrependimento 
Eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir 
na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados.
Conceito de desistência voluntária
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução. 
Palavra-chave: Voluntariamente.
Conceito de arrependimento eficaz
ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já 
praticados. Palavra-chave: Eficaz.
Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Crime Impossível
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Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, 
é impossível consumar-se o crime.
Concurso de Pessoas
Teoria Unitária (monista ou monística)
Adotada no Código Penal. Ou seja, mais de um envolvido em um crime.
Distinção entre Autoria e Participação e Punição do 
Partícipe e Mandante
Autor: 1 pessoa.
Coautor: Mais de uma pessoa.
Partícipe: É aquele que nao pratica os verbos do tipo, mas colabora, seja 
materialmente, psicologicamente, emocionante etc. 
(Art. 29 - Teoria unitária. Parágrafo 1°: Cooperação dolosamente distinta).
Aquele que for mentor intelectual ou mandante do crime, segundo a teoria 
do domínio do fato, será penalmente responsabilizado como se fosse o 
executor material do crime.
Aspectos da Autoria Mediata
Concurso impropriamente dito.
Pseudocurso.
Concurso aparente.

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