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As políticas setoriais da Política Social 
brasileira
APRESENTAÇÃO
Após a promulgação da Constituição Federal de 1998, as políticas sociais brasileiras se desenvol
veram em contexto de neoliberalismo, o que ficou evidente no mandato do presidente Fernando 
Henrique Cardoso principalmente, governo pautado desde o seu início, em 1997, pela estruturaç
ão e estabilização econômica. Foram privatizadas as estatais Vale, Banespa e Telebras.
Tendo como características principais a privatização, focalização e descentralização, o neolibera
lismo refletiu intensamente nas políticas sociais. Estas, embora carreguem a noção da universali
dade prevista na Constituição, adquiriram caráter focalizado e seletivo, limitando-se ao atendim
ento das necessidades básicas dos indivíduos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai analisar o contexto em que se desenvolveram as polít
icas setoriais no país, a política de privatização e os programas de renda mínima como alternativ
a para satisfação das necessidades básicas da população.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar o contexto das políticas setoriais no Brasil (saúde, saneamento, alimentação, ha
bitação, segurança, transporte, energia).
•
Analisar criticamente a política de privatização.•
Examinar os programas de renda mínima.•
DESAFIO
Neste Desafio, suponha que você seja assistente social de um centro de referência da assistência 
localizado em município pequeno e com poucos recursos e tenha atendido duas usuárias com as 
demandas a seguir.
 
Com base nas políticas sociais vigentes no país, reflita sobre o encaminhamento dos casos no qu
e se refere à possibilidade de inserção em programas de transferência de renda especialmente.
INFOGRÁFICO
Os programas de renda mínima, também conhecidos como de transferência de renda, constitue
m-se em importantes maneiras de enfrentamento das situações de pobreza e desigualdade no paí
s.
Os direitos sociais, como educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, seg
urança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados s
ão assegurados pela Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, os planos de transferência de r
enda envolvem conjunto articulado de ações, buscando assegurar as garantias previstas em lei.
Neste Infográfico, você vai conhecer um pouco mais sobre um dos mais importantes programas 
nessa área – o Bolsa Família.
CONTEÚDO DO LIVRO
O ideário neoliberal avançou no país e trouxe importantes mudanças do ponto de vista da garant
ia de direitos. Por tratar-se de sistema em que prevalece a mínima interferência do Estado nas qu
estões sociais, grande número de privatizações e políticas focalizadas e seletivas, pode-se afirma
r que o país sofreu os impactos desse sistema econômico a partir da década de 1990, repercutind
o nas políticas setorizadas, terceirização e programas de transferência de renda.
No capítulo As políticas setoriais da política social brasileira, da obra Política social, base teóric
a desta Unidade de Aprendizagem, você vai entender a influência do neoliberalismo nas política
s sociais brasileiras e analisar a política de privatização, bem como os programas de renda míni
ma.
Boa leitura.
POLÍTICA SOCIAL 
Daniella Tech Doreto
As políticas setoriais da 
política social brasileira
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar o contexto das políticas setoriais no Brasil (saúde, sanea-
mento, alimentação, habitação, segurança, transporte, energia).
  Analisar criticamente a política de privatização.
  Examinar os programas de renda mínima.
Introdução
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, as políticas so-
ciais brasileiras se desenvolveram em um contexto de neoliberalismo, o 
que ficou evidente principalmente no governo do presidente Fernando 
Henrique Cardoso, pautado desde o início, em 1997, pela estruturação 
e a estabilização econômica. Nesse período, por exemplo, foram priva-
tizadas as estatais Vale, Banespa e Telebrás. Tendo como características 
principais a privatização e a descentralização, o conceito neoliberalista 
esteve refletido, intensamente, nas políticas sociais do país. Nesse sentido, 
políticas setoriais, embora carregassem a noção de universalidade prevista 
na Constituição, passaram a adquirir um caráter focalizado e seletivo, 
limitando-se ao atendimento das necessidades básicas dos indivíduos.
Neste capítulo, vamos analisar o contexto em que se desenvolveram 
as políticas setoriais no país, a política de privatização e os programas 
de renda mínima, como alternativa para satisfação das necessidades 
básicas da população. 
As políticas setoriais brasileiras
Para compreender com clareza a respeito das políticas sociais brasileiras, 
é importante retomarmos o contexto do neoliberalismo, uma vez que essa 
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ideologia infl uenciou o seu formato e a maneira como o Estado passou a atuar 
em relação aos problemas. 
Em linhas gerais, podemos dizer que o neoliberalismo consiste em um 
sistema econômico caracterizado por privatizações, livre-comércio, desregu-
lamentação de direitos sociais (com redução de gastos nessa área), predomínio 
do setor privado na economia, entre outros aspectos. Inicialmente, ganhou 
espaço na Europa e nos Estados Unidos, e, por fim, na América Latina. No 
Brasil, expandiu na década de 1990 durante o governo de Fernando Collor 
de Melo, primeiro presidente eleito por voto direto no país. Posteriormente, 
quando assumiu Fernando Henrique Cardoso, permanecendo na presidência 
por dois mandatos, houve um pleno crescimento do neoliberalismo no país. 
Vale destacar que o avanço desse sistema correspondeu à diminuição e à perda 
dos direitos sociais adquiridos em fases anteriores. 
Além dessa breve contextualização de como tal sistema econômico passou 
a figurar no país, é importante afirmar que, pouco tempo antes, mais especi-
ficamente na década de 1980, o Brasil viveu um processo de democratização 
política, quando superou um período de mais de 20 anos de ditadura militar. 
A década de 1980 ficou marcada, ainda, pela promulgação da Constituição 
Federal, em 1988 (BRASIL, 1988), resultado de uma intensa mobilização de 
diversos setores, inclusive a sociedade civil. 
A Constituição Federal de 1988 incorpora a noção de seguridade social, 
considerada a partir do tripé das políticas de saúde, assistência e Previdência 
Social. Outras políticas, como educação e habitação, por exemplo, não fazem 
parte da Política de Seguridade Social, mas estão asseguradas na Constituição 
Federal como direitos dos cidadãos e dever do Estado.
Ao adentrarmos na política de saúde, podemos dizer que, uma vez incorporada 
à Seguridade Social, passou a adquirir uma dimensão política, estreitamente 
vinculada à democracia, até mesmo pelo fato de ter contado com a participação 
da sociedade na discussão sobre as condições de vida da população brasileira 
e as propostas governamentais apresentadas para o setor. Nesse sentido, a 8ª 
Conferência Nacional de Saúde, um marco para a área, contou com as seguintes 
pautas: a saúde como direito inerente à personalidade e à cidadania; a reformu-
lação do Sistema Nacional de Saúde; e o financiamento setorial.
No art. 196 da Constituição, a saúde é definida como um:
[...] “direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos 
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação (BRASIL, 1988, documento on-line).
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Nesse documento, dispõe-se ainda que as ações e os serviços de saúde são 
de relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre 
sua regulamentação,fiscalização e controle (art. 197), e que tais ações integram 
uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo-se em um sistema único e 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes, conforme o art. 198:
I — descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II — atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, 
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III — participação da comunidade (BRASIL, 1988, documento on-line).
Importante destacar também que o conceito de saúde tem se tornado mais 
abrangente: hoje, não envolve apenas a ausência de doenças, mas uma série 
de fatores inter-relacionados. Segundo a Lei nº. 8.080/1990 (BRASIL, 1990a, 
documento on-line), art. 3º, a saúde tem como determinantes e condicionantes 
“a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, 
a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos 
bens e serviços essenciais”. Em outras palavras, podemos dizer que, quando 
falamos em saúde, estamos também nos referindo a outras condições que a 
determinam, como o fato de envolver ações articuladas a outras políticas 
setoriais (habitação, saneamento, alimentação, transporte, etc.). A proposta da 
Organização Mundial da Saúde para o século XXI é atingir a saúde universal 
por meio do envolvimento da sociedade a fim de combater a pobreza, as de-
sigualdades sociais e as diferenças na educação, além de garantir condições 
dignas de vida, influenciando positivamente a vida das pessoas.
Outras legislações complementam a Constituição Federal: a Lei nº. 8.080, de 19 de 
setembro de 1990 (BRASIL, 1990a), dispõe sobre as condições para a promoção, proteção 
e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes 
e dá outras providências; e a Lei nº. 8.142, de 28 de dezembro de 1990 (BRASIL, 1990b), 
dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área 
da saúde e dá outras providências.
3As políticas setoriais da Política Social Brasileira
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Como você pôde observar até agora, a saúde tem um caráter universal. Já a 
assistência social, política não contributiva, deve ser prestada para aqueles que 
necessitarem dela. Sua maior inovação diz respeito ao fato de que, a partir da 
Constituição Federal de 1988, passou a ser vista como um direito do cidadão 
e dever do Estado, e não mais como um favor ou uma benesse. No art. 203, 
temos (BRASIL, 1988, documento on-line):
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I — a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II — o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III — a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV — a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a 
promoção de sua integração à vida comunitária;
V — a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora 
de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à pró-
pria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Destaca-se que, de acordo com a Constituição, os recursos que financiam 
as ações na área da assistência provêm sobretudo da Seguridade Social. Além 
disso, está prevista uma descentralização política-administrativa: a esfera 
federal fica responsável pela coordenação e as esferas estadual e municipal, 
pela coordenação e a execução dos programas. Outro aspecto relevante previsto 
é a participação da população na formulação das políticas e no controle das 
ações em todos os níveis, conforme previsto no art. 204.
As legislações posteriores, como a Política Nacional de Assistência Social 
(PNAS), a Norma Operacional Básica (BRASIL, 2004a) e o Sistema Único 
de Assistência Social (BRASIL, 1993), são relevantes para conhecer as ações 
na área. A PNAS, por exemplo, foi implantada no país no ano de 2004 e apre-
sentou como proposta a construção de um sistema único e o estabelecimento 
de procedimentos técnicos e operacionais para sua organização, gestão e 
financiamento. E, ainda, coloca o sistema de proteção social no país como 
um pilar no âmbito da Seguridade Social. 
Além das políticas já citadas, a Constituição Federal (BRASIL, 1988), em 
seu art. 6º, integrou outros direitos sociais — educação, alimentação, trabalho, 
moradia, lazer, segurança, saúde, assistência e previdência social —, bem como 
o direito à moradia digna, que pressupõe não somente a casa propriamente 
dita, mas também condições de habitabilidade e acessibilidade. Nesse sentido, 
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a política de habitação passou a direcionar a uma concepção integrada do 
desenvolvimento urbano, que vai além da aquisição de um imóvel e abrange 
o direito à infraestrutura adequada e o acesso aos serviços sociais e urbanos 
da cidade (BRASIL, 2004b). A referida política apoia-se na integração com 
as demais políticas setoriais (por exemplo, saneamento ambiental, mobilidade, 
transporte) para assegurar o direito à moradia em sua totalidade. 
O direito à segurança, por sua vez, também assegurado na Constituição 
Federal, é compreendido por Carvalho e Silva (2011) como algo bastante 
complexo uma vez que envolve diversas instâncias governamentais, além dos 
poderes legislativos. Assim, segundo eles, o Poder Executivo deve planejar 
e a gerenciar as políticas de segurança visando à prevenção, à repressão da 
criminalidade e da violência e à execução penal, o Poder Judiciário garantir a 
tramitação dos processos e a aplicação das leis, e o Poder Legislativo estabelecer 
os ordenamentos jurídicos imprescindíveis para o funcionamento adequado 
dos sistemas. Ainda conforme os autores: 
O sistema de segurança pública brasileiro em vigor desenvolvido a partir 
da Constituição Federal de 1988, estabeleceu um compromisso legal com a 
segurança individual e coletiva. Entretanto, no Brasil, em regra, as políticas de 
segurança pública têm servido apenas de paliativo a situações emergenciais, 
sendo deslocadas da realidade social, desprovidas de perenidade, consistência 
e articulação horizontal e setorial (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62).
Como você conseguiu observar, a Constituição buscou assegurar os direitos 
dos cidadãos em todas as áreas, o que é materializado por meio das políticas 
específicas (ou políticas setoriais). No entanto, e retomando as ideias iniciais 
aqui apresentadas, não podemos esquecer que o contexto do neoliberalismo 
não favorece o desenvolvimento de tais políticas sociais, uma vez que, em tal 
sistema, predominam o o enxugamento dos gastos na área e as privatizações. 
O trabalho do assistente social nas políticas sociais citadas constitui-se em um 
desafio constante na procura de viabilizar os direitos dos cidadãos.
Apesar de todo o esforço para a garantia dos direitos assegurados na Cons-
tituição Federal, as políticas sociais brasileiras, orientadas pelo sistema neo-
liberal, apresentaram retrocessos em comparação aos avanços propostos pela 
Constituição. Isso porque, aos poucos, o Estado tem reduzido sua participação 
como garantidor dos direitos sociais, transferindo essa responsabilidade para 
a sociedade civil e contando com a solidariedade do chamado terceiro setor.
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A política de privatização
No Brasil, as mudanças da sociedade a partir da década de 1980 foram infl uen-
ciadas por políticas internacionais e ideários contidos no chamado Consenso 
de Washington, além dos interesses econômicos junto ao Fundo Monetário 
Internacional (FMI), o qual adotou as medidas que tal Consenso recomendou. 
Segundo essa orientação, o foco passou a ser as políticas sociais que se con-
centravam nocombate à pobreza, ocasionando importantes reconfi gurações 
em suas formulações e criando as bases para a proposta de privatização e 
contrarreforma do Estado (BEHRING, 2003). Em outras palavras, o Consenso 
de Washington previa mudanças no sistema de proteção social no país e na 
sua privatização.
A justificativa do governo para adotar esse sistema e a consequente deses-
truturação das políticas sociais consistia na necessidade de controlar a inflação, 
estabilizar a moeda e reformar o Estado de acordo com o sistema neoliberal. 
Ainda de acordo com Behring (2003), nesse período a política social ficou 
subordinada aos interesses econômicos, prevalecendo a lógica neoliberal de 
privatização, focalização e descentralização. 
Por privatização, podemos entender a transferência de empresas ou órgãos 
públicos — e que, portanto, pertencem ao Estado — à iniciativa privada. No 
caso das políticas sociais, o Estado transfere ao setor privado a responsabilidade 
pelo oferecimento dos serviços sociais. Nesse sentido, Mota (2005) aponta 
que a privatização das políticas sociais no país foi viabilizada por meio da 
mercantilização e da refilantropização da questão social. Para ele, serviços 
ligados a políticas como saúde, educação e previdência, por exemplo, passaram 
a ser reguladas pelo mercado (mercantilização), o que descaracterizou a noção 
de direito prevista na Constituição. Já o aspecto de refilantropização consiste 
em transferir para o terceiro setor e a sociedade civil os serviços não oferecidos 
pelo mercado, como a assistência social, que passa a ser ofertada pontualmente.
Os reflexos do neoliberalismo, em especial os da política de privatização, 
nas políticas sociais, segundo Netto (1993 apud BEHRING, 2009, p. 318), 
referem-se à desrresponsabilização do Estado e do setor público, o que se 
evidencia pelo desenvolvimento de políticas sociais específicas e sem arti-
culação entre si, ou seja, as políticas voltadas para a redução da pobreza não 
são vinculadas a outras políticas sociais (educação, saúde, trabalho, etc.). 
Conforme o autor, a desrresponsabilização do Estado se concretiza, ainda, 
pela redução da disponibilidade orçamentária e pela transferência das res-
ponsabilidades assistenciais às famílias e à sociedade civil, situação em que 
se observa o crescimento do terceiro setor. Por fim, o autor aponta que a 
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privatização promove o seguinte cenário: os segmentos populacionais com 
algum tipo de renda para recorrer aos serviços privatizados/mercantilizados 
passam a ter acesso aos serviços de proteção social, enquanto os segmentos 
mais desfavorecidos precisam recorrer a serviços públicos de baixa qualidade, 
dada a indisponibilidade orçamentária e de investimentos. O autor conclui 
que, com base na privatização das políticas sociais, as ações direcionadas ao 
enfrentamento da pobreza são focalizadas e limitadas à dimensão assistencial, 
sem condições de favorecer a emancipação humana. 
Com base nas considerações de Netto, podemos inferir que a privatização 
para as políticas sociais e, mais especificamente, para os direitos sociais 
assegurados na Constituição Federal representa um verdadeiro retrocesso, 
uma vez que a satisfação das necessidades humanas fica condicionada exclu-
sivamente ao nível da sobrevivência, fazendo valer a noção de mínimo social 
na garantia dos direitos. Outro ponto a ser destacado refere-se ao fato de que 
o desenvolvimento das políticas sociais, com o objetivo de garantir os direitos 
previstos, passa a depender de recursos financeiros, isto é, os direitos serão 
assegurados se houver disponibilidade financeira, e não o contrário (a situação 
ideal). Nessa perspectiva, Iamamoto (2011, p. 149) aponta:
[...] observa-se uma inversão e uma subversão: ao invés do direito consti-
tucional impor e orientar a distribuição das verbas orçamentárias, o dever 
legal passa a ser submetido à disponibilidade de recursos. São as definições 
orçamentárias — vistas como um dado não passível de questionamento — que 
se tornam parâmetros para a implementação dos direitos sociais implicados 
na seguridade, justificando as prioridades governamentais. 
Assim, as necessidades humanas ficam subordinadas aos interesses do 
capital, e as políticas sociais disponibilizadas têm um caráter focalizado e se 
materializam nos programas de transferência de renda. Segundo Granemann 
(2007, p. 45): 
[...] a contrarreforma estatal que permitiu à iniciativa privada transformar 
quase todas as dimensões da vida social em negócios, ao definir de modo 
rebaixado o que são as atividades exclusivas do Estado — ação que permitiu 
a entrega das estatais ao mercado pela via das privatizações. 
A autora aponta também para as consequências da modalidade de gestão 
mediante a privatização das políticas sociais e da transferência das respon-
sabilidades para o setor privado, que se constitui em uma ameaça e violação 
aos direitos assegurados na Constituição.
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E o serviço social acaba sofrendo os rebatimentos desse processo, pois 
as políticas sociais compreendem os principais espaços de atuação profis-
sional — ou seja, profissionais e usuários são mutuamente prejudicados. A 
privatização das políticas sociais representa um retrocesso para a profissão, 
especialmente no que se refere à operacionalização do projeto ético-político 
do serviço social. Em linhas gerais, podemos que esse profissional passa a se 
enxergar com poucos ou nenhum recurso para operacionalizar a sua prática, 
além de correr o risco de torná-la burocrática e rotineira por trabalhar com 
critérios de elegibilidade de acesso às políticas sociais cada vez mais restritas. 
O assistente social deve, nesse sentido, superar essa ação rotineira e burocrática 
e firmar o seu compromisso com os princípios defendidos no Código de Ética 
e no Projeto Ético-Político Profissional. 
Os programas de renda mínima
Conforme observamos, a assistência social adquiriu um status de política 
pública e direito do cidadão na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) 
e foi materializada em leis posteriores, como a Lei Orgânica da Assistência 
Social (BRASIL, 1993) e a Política Nacional de Assistência (BRASIL, 2004a).
Tais legislações explicitam a condição da assistência social dentro da 
Seguridade Social e a afirmam como política não contributiva, com o obje-
tivo de assegurar as condições mínimas sociais na tentativa de diminuir as 
desigualdades sociais. De acordo com a LOAS (BRASIL, 1993, documento 
on-line), em seu art. 1º:
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguri-
dade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através 
de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para 
garantir o atendimento às necessidades básicas.
Contudo, embora tal atendimento das necessidades básicas esteja previsto 
na Constituição, a universalização e a focalização permeiam a política de 
assistência social e os programas a ela vinculados — em outras palavras, 
o acesso aos benefícios acaba ficando limitado à exigência da rentabilidade 
econômica, que considera apenas a situação de extrema pobreza, sendo o 
mínimo para garantir condições de sobrevivência, e, portanto, sem garantir a 
diminuição das desigualdades sociais no mundo capitalista. 
Segundo Beordo (2017, p. 62):
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[...] a construção das políticas sociais que tornam o cidadão apenas como 
assistido localiza-se também na política de emprego e na renda mínima, além 
de serem intermitentes, não atacam a desigualdade social e suas relações de 
mercado. Estabilizando a pobreza como está e atrelam a esta pessoa o senti-
mento de que a assistência é normal e o melhor a ser oferecido, provocandoconformismo e vinculação ao Estado e que não demonstra perspectivas de 
mudança no atual sistema produtivo.
Os programas de renda mínima atuais, que recebem o nome de “Programas 
de Transferência de renda”, foram instituídos na década de 1990 por meio do 
Projeto de Lei nº. 80/1991 (BRASIL, 1991), o qual propunha o Programa de 
Garantia de Renda Mínima para todo cidadão a partir de 25 anos de idade. 
Para Silva e Silva et al. (2004, p. 19), pode-se entender os programas 
de transferência de renda como aqueles responsáveis por garantir um valor 
monetário a famílias ou indivíduos, de maneira compensatória e no intuito de 
romper com as condições de boa parte da população brasileira e com o ciclo 
de “reprodução da pobreza”.
Os programas dessa natureza têm critérios e normas gerais definidos pelo 
Estado, pelos Municípios e pelo Distrito Federal. Hoje, eles são acessados por 
meio do cadastro das famílias no Cadastro Único para Programas Sociais 
(CadÚnico), firmado pelo Decreto nº. 6.135/2007 (BRASIL, 2007), como um 
meio de caracterizar a situação socioeconômica das famílias de baixa renda e 
obrigatoriamente utilizado para a seleção de beneficiários e a integração aos 
programas sociais do Governo Federal.
O Programa Bolsa Escola foi o primeiro desenvolvido com a proposta 
de garantia de renda no Brasil, no segundo mandato do presidente Fernando 
Henrique Cardoso. Até o ano 2000, mais especificamente até 2003, existiam 
sete programas de renda mínima — Bolsa Escola, Cartão Alimentação, Pro-
grama de Erradicação do Trabalho Infantil, Auxílio Gás, Bolsa Alimentação, 
Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano e Benefício de 
Prestação Continuada. 
Na atualidade, temos os programas de renda mínima descritos a seguir.
  Bolsa Família — instituído pela Lei Federal nº. 10.836, de 9 de janeiro 
de 2004 (BRASIL, 2004c), e regulamentado pelo Decreto nº. 5.209, de 
17 de setembro de 2004 (BRASIL, 2004d), atende pessoas em situação 
de pobreza e extrema pobreza com renda per capita de R$ 85,00 mensais 
ou famílias com renda per capita de R$ 85,01 e R$ 170,00 mensais desde 
que tenham crianças ou adolescentes na faixa etária de 0 a 17 anos.
A criação do Programa Bolsa Família unificou três programas já exis-
9As políticas setoriais da Política Social Brasileira
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tentes — Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Auxílio Gás — em um 
único por meio de um programa de transferência de renda.
  Benefício de Prestação Continuada (BPC) — assegura a transferência 
de um salário mínimo mensal a uma pessoa com 65 anos ou mais e a 
pessoa com deficiência de qualquer idade. 
  Benefícios eventuais — constituem provisões suplementares e tem-
porárias prestadas aos cidadãos em caso de vulnerabilidade provisória 
e calamidade pública. 
De acordo com Couto et al. (2012, p. 68):
Em uma conjuntura social adversa, é relevante analisar o significado que 
os serviços e benefícios sociais passam a ter para os trabalhadores precari-
zados. Também são conhecidos os impactos dos benefícios sociais como o 
Bolsa Família ou aposentadoria rural nas economias locais, especialmente 
nos pequenos municípios dependentes da agricultura, que em muitos casos 
constituem as mais significativas fontes de renda a movimentar o mercado 
interno de bens e serviços essenciais. 
Diante do exposto, é muito importante que você analise criticamente os 
programas disponibilizados pelo governo, sobretudo quanto à contradição 
existente entre a universalização e a seletividade deles. Isso porque as políticas 
disponibilizadas pelo Estado têm um caráter focalizado, isto é, são voltadas para 
segmentos específicos e em condições mais precárias, o que, de certo modo, 
contraria o princípio da universalidade previsto na Constituição. Indivíduos 
em situação de carência necessitam afirmar sua condição de carência e de “não 
cidadãos” para ter o acesso mínimo aos direitos assegurados. Dessa forma, é 
importante para o Assistente Social considerar os beneficiários das políticas 
como sujeitos de direitos, sem culpá-los pela situação de vulnerabilidade e/
ou risco social e de carência em que se encontram. Pelo fato de os programas 
de transferência de renda serem instituídos pelo Estado, corre-se o risco de 
que não atendam às necessidades dos cidadãos. Destaca-se a importância 
da articulação dos programas de transferência de renda a outros programas 
para que se possa trabalhar no sentido de promover a emancipação humana. 
As políticas setoriais da Política Social Brasileira10
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BEHRING, E. R. Brasil em contra-reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. 
São Paulo: Cortez, 2003.
BEHRING, E. R. Política social no contexto da crise capitalista. In: CONSELHO FEDERAL 
DE SERVIÇO SOCIAL. Serviço social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: 
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BEORDO, M. Construindo pontes entre nós: os microempreendedores individuais de Franca/
SP. 2017. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade 
Estadual Paulista, Franca, 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
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BRASIL. Decreto n°. 5.209, de 17 de setembro de 2004. Regulamenta a Lei nº 10.836, 
de 9 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, e dá outras providências. 
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leg.br/legin/fed/decret/2004/decreto-5209-17-setembro-2004-534107-publicacaoori-
ginal-18336-pe.html>. Acesso em: 9 ago. 2018.
BRASIL. Decreto n°. 6.135, de 26 junho de 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para 
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fed/decret/2007/decreto-6135-26-junho-2007-555845-publicacaooriginal-75331-pe.
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BRASIL. Lei Federal n°. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização 
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dez. 1993. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L8742.htm>. 
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BRASIL. Lei Federal n°. 10.836, de 9 de janeiro de 2004. Cria o Programa Bolsa Família 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 jan. 2004c. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.836.htm>. 
Acesso em: 9 ago. 2018.
BRASIL. Lei n°. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
20 set. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm>. 
Acesso em: 8 ago. 2018.
BRASIL. Lei n°. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências 
11As políticas setoriais da Política Social Brasileira
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intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
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Disponível em: <https://erminiamaricato.files.wordpress.com/2016/01/cad-4-polc3a-
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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social e Norma Operacional Básica, 
2004a. Disponívelem: <http://prattein.com.br/home/images/stories/PDFs/PNAS-2004.
pdf>. Acesso em: 8 ago. 2018.
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei PL 80/1991. Institui o programa de garantia da 
renda mínima-PGRM e dá outras providências.1991. Disponível em: <https://www25.
senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/1270/pdf>. Acesso em: 9 ago. 2018.
CARVALHO, V. A.; SILVA, M. R. F. Política de segurança pública no Brasil: avanços, limites 
e desafios. Katalysis, v. 14, nº. 1, p. 59-67, 2011.
COUTO, B. R. O direito social e a assistência social brasileira: uma equação possível? 8. 
ed. São Paulo: Cortez, 2000.
GRANEMANN, S. Fundações estatais: projeto de estado do capital. In: BRAVO, M. I. S. 
(Org.). Política da saúde na atual conjuntura: modelos de gestão e agenda para a saúde. 
Rio de Janeiro: UERJ, 2007.
IAMAMOTO, M. V. Serviço social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho 
e questão social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MOTA, A. E. Cultura da crise e seguridade social: um estudo sobre as tendências da 
previdência e da assistência social nos anos 80 e 90. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
SILVA, M. O. S.; YAZBEK, C.; GIOVANNI, G. A política social brasileira no século XXI: a preva-
lência dos programas de transferência de renda. São Paulo: Cortez, 2004.
Leituras recomendadas
ROCHA, R. B. Política social de saúde: estatização x privatização. Saúde em Foco, nº. 
8, p. 28-44, 2016. Disponível em: <http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/
saude_foco/artigos/ano2016/004_polit_social_saude.pdf>. Acesso em 8 ago. 2018.
SANTO, M. E. et al. A atuação do assistente social na habitação sob a ótica dos novos 
espaços sócio ocupacional. Cadernos de Graduação – Ciências Humanas e Sociais, v. 1, 
nº. 2 p. 137-146, 2014.
SPOSATI, A. Proteção social e seguridade social no Brasil: pautas para o trabalho do 
assistente social. Serviço Social & Sociedade, nº. 116, p. 652-674, 2013.
As políticas setoriais da Política Social Brasileira12
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DICA DO PROFESSOR
As discussões sobre as políticas setoriais brasileiras são importantes do ponto de vista do Serviç
o Social por se tratarem de um vasto campo de trabalho para os profissionais. No entanto, é nece
ssário compreender o contexto em que tais políticas se desenvolveram, pois sua formatação resp
onde ao contexto social e político vigente. 
Nesta Dica do Professor, saiba mais sobre o neoliberalismo e sua influência nas políticas sociais 
brasileiras.
Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) As políticas sociais desenvolvidas no contexto neoliberal favoreceram a ampliação das 
desigualdades sociais, resultado de menor participação e investimento por parte do E
stado em tais políticas. Com base no exposto, qual é a principal característica das polí
ticas no ideário neoliberal?
A) 
Universalização das políticas sociais.
B) 
Privatização das políticas sociais.
C) 
Ampliação da garantia dos direitos.
D) 
Política econômica planejada a partir da política social.
E) 
Centralização administrativa.
Considerando os avanços das políticas sociais contidos na Constituição de 1988, avali2) 
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e as afirmativas a seguir.
I - A Constituição de 1988 consolidou o sistema de seguridade social brasileiro, incorp
orando as políticas de saúde, assistência e previdência social.
II - A Constituição assegura o direito à moradia digna, educação e transporte a todos 
os cidadãos.
III - A Constituição responsabiliza o Estado pela condução das políticas sociais.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) 
I e II.
B) 
I e III.
C) 
II.
D) 
I.
E) 
I, II e III.
3) Embora a Constituição Federal tenha apresentado importantes avanços do ponto de 
vista da garantia de direitos sociais e proposta de políticas universais, democráticas e 
sob condução do Estado, a partir da década de 1990 tem-se observado contrarreform
as que contrariam a proposta constitucional. Quando se pensa na responsabilidade es
tatal quanto à condução das políticas, o que se observa na atualidade?
A) 
O desenvolvimento de políticas universais e democráticas, com aumento gradativo do cont
role social.
B) 
O oferecimento de políticas amplas e distributivas, centralização e privatizações.
C) 
A prevalência de políticas focalizadas, seletivas e privatização dos serviços sociais.
D) 
A maior participação da sociedade na condução das políticas, ampliando o controle social. 
E) 
A maior disponibilidade orçamentária para investimento na área social.
Qual é a visão apresentada pela Constituição Federal de 1988 no que se refere à assist4) 
ência social?
A) 
A noção de favor e benevolência permanece .
B) 
A assistência social passa a ser direito de todos que contribuem.
C) 
A assistência social adquire o status de direito do cidadão e dever do Estado.
D) 
A assistência social adquire o status de responsabilidade do Estado somente para aqueles q
ue têm recursos financeiros escassos.
E) 
A assistência social passa a ser realizada por meio dos programas de transferência de renda 
exclusivamente.
5) Os programas de transferência de renda são direcionados a pessoas em situação de v
ulnerabilidade social e de extrema pobreza. Qual é a característica principal desses p
rogramas?
A) 
São capazes de assegurar a superação da pobreza.
B) 
Têm como público-alvo famílias com renda per capita superior a R$ 90,00 mensais.
C) 
São focalizados e destinados a público específico.
D) 
Asseguram a emancipação humana.
E) 
Apresentam critérios variados, abrangendo os usuários de forma universal.
NA PRÁTICA
A privatização das políticas e serviços sociais é direcionamento previsto na política neoliberal. 
Além disso, a mínima participação do Estado, bem como os poucos investimentos orçamentário
s favorecem a transferência de serviços públicos à iniciativa privada.
Como consequência, verificam-se políticas seletivas e pouco inclusivas destinadas a segmentos 
mais vulneráveis e em situação de pobreza e extrema pobreza. A seletividade faz com que aquel
es que têm o mínimo de condições recorram à iniciativa privada, ficando os serviços públicos de
stinados àqueles com menores condições de acesso.
Neste Na Prática, acompanhe exemplo de política focalizada, afetada pela falta de recursos públi
cos e desresponsabilização do Estado.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
Política social de saúde: estatização x privatização
Este artigo apresenta contextualização do autor acerca do direito à saúde, assegurado na Constit
uição Federal de 1988, relacionando-o à privatização dos serviços nessa área e à responsabilidad
e estatal na sua condução. Trata-se de exemplo sobre como a privatização influencia o desenvol
vimento da política pública.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
A atuação do assistente social na habitação sob a ótica dos novos espaços sociais e ocupacio
nais
Este artigo expõe a atuação do assistente social na política de habitação, resgatando a origem da 
profissão e o seu desenvolvimento.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/004_polit_social_saude.pdf
https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/viewFile/1011/715

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