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Geografia 
 
Fordismo: características e crise 
Objetivo 
Aprender as características dos modelos produtivos e seus impactos na economia e sociedade. Entender as 
razões da Crise de 1929 e seus desdobramentos. Estudar as características que levaram o Fordismo e o 
Keynesianismo a entrar em crise, em 1970. 
Se liga 
Esse conteúdo é muito importante para as aulas de Toyotismo e Globalização. 
Curiosidade 
Tempos Modernos, de 1936, de Charlie Chaplin, é a grande referência para o Fordismo. 
A Crise de 1929 é considerada a pior crise econômica da história. 
Teoria 
 
O surgimento dos modelos produtivos 
Para obter maior lucratividade, a indústria passou a aperfeiçoar as formas de trabalho e produção. É nesse 
contexto que surgem os modelos produtivos, que consistem em um método de racionalização da produção. 
O Fordismo (1914) e o Toyotismo (1970) são os dois modelos produtivos estudados pela Geografia, pois eles 
transcendem a organização da fábrica. 
 
Taylorismo (divisão das tarefas) 
Fotografia de Frederick Taylor 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915), visando a aumentar a eficiência produtiva, 
estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus estudos foram reunidos 
e publicados nos seus livros, “Shop management” (1903) e “Princípios de Administração Científica” (1911). 
Posteriormente, tais conhecimentos ficaram conhecidos como Taylorismo. 
Alguns autores denominam o Taylorismo como modelo de produção. Outros definem o Taylorismo como 
uma ciência da organização do trabalho. Uma das grandes inovações propostas pelo Taylorismo foi o 
pagamento de prêmios e remunerações extras pelo desempenho do operário. Se ele conseguisse aumentar 
a produtividade, recebia mais. 
É desse sistema que surgiu a ideia de que o trabalhador deveria realizar procedimentos repetitivos e 
especializados como forma de aumentar a produtividade. Taylor, de forma científica, estudou o tempo de 
trabalho buscando a especialização máxima de todas as atividades. Cada função do trabalhador foi 
subdividida até se constituir como uma operação simples, cuja habilidade para executá-la seria adquirida 
durante o treinamento na própria empresa. Taylor defendia que a indústria deveria adotar princípios da 
racionalidade no uso de ferramentas e matérias-primas para reduzir os custos de produção. 
 
 
Fordismo 
Fotografia de Henry Ford 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki 
 
Henry Ford (1862-1947) já desenvolvia sua linha de montagem para aumentar sua produção, quando ouviu 
falar das ideias de Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar na sua fábrica. O 
Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford. Aqui é possível observar a 
combinação perfeita entre redução dos custos de produção pela adoção das práticas tayloristas e o aumento 
do consumo pela elevação dos salários dos trabalhadores. Muitas vezes, o Fordismo também é chamado de 
Fordismo-Taylorismo. 
Todavia, o Fordismo transcende como principal modelo, pois sua ideia parte do princípio de que toda a 
população poderia se constituir como consumidores de produtos produzidos em massa, incluindo seus 
veículos automotores. Logo, ele não se limita a ditar as regras na fábrica, mas impõem uma lógica de 
consumo a toda uma sociedade. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
 
Características do Fordismo: 
• Linha de montagem: é a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos. 
• Trabalho especializado (repetitivo): é a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto mais fragmentada 
fosse a tarefa, isto é, quanto mais simples, mais fácil seria executada pelo trabalhador. A repetição dessa 
ação faria o trabalhador se tornar um especialista naquela tarefa. Por isso, a mão de obra desse período 
é denominada especializada. Ao mesmo tempo, isso gerava grande dependência daquela indústria, pois 
o trabalhador só sabia fazer aquela tarefa e desconhecia as outras etapas produtivas. Nesse sentido, 
esses trabalhadores eram considerados alienados. 
• Padronização: a repetição das tarefas exigia uma padronização da produção. 
• Mão de obra alienada: o trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de 
produção, apenas a sua função. 
• Produção concentrada: espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e 
armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço. Essa característica também está associada à 
tese de Ford que uma empresa deveria adotar a verticalização produtiva, controlando toda a produção, 
da matéria-prima até os transportes de seus produtos. Assim, a concentração espacial reunia no mesmo 
espaço milhares de trabalhadores, o que facilitava a ação de sindicatos; por isso, a pressão sindical era 
muito forte. 
 
 
Ilustração da linha de montagem do Ford T. Disponível em: https://cargocollective.com/ 
 
 
 
 
 
 
 
https://cargocollective.com/
 
 
 
 
 
Geografia 
 
A Crise de 1929 
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi uma crise econômica nos Estados Unidos que resultou em uma 
crise mundial. Com o otimismo pós-Primeira Guerra Mundial, durante a década de 1920, observou-se o 
aumento da produção possibilitada pelo Fordismo e pelas inovações tecnológicas do pós-guerra. Os Estados 
Unidos tornaram-se uma hegemonia econômica, uma vez que não foi afetado pela guerra e a produção só 
aumentava. Do outro lado do Atlântico, as potências europeias enfrentavam diversas dificuldades, como a 
falta de trabalhadores e inúmeras pessoas desamparadas pelo conflito. Tal condição, fortalecia ainda mais a 
economia americana. É nesse momento que a bolsa de valores de New York passou a ser maior que a bolsa 
de Londres. 
A economia americana crescia tanto que era muito comum nos Estados Unidos obter empréstimos a juros 
baixos para comprar ações. Com a rápida valorização das ações era possível vendê-las, pagar o empréstimo 
e ainda sobrava muito dinheiro. Porém, essa alegria não durou muito. Durante esse período, os europeus 
foram gradativamente reconstruindo suas economias ao mesmo tempo que incorporavam as inovações 
produtivas. 
Tal condição aumentou a competitividade internacional, diminuindo a força econômica americana, que aliada 
a especulação financeira resultou em uma rápida queda das ações nos Estados Unidos. O produto interno 
bruto (PIB) americano caiu pela metade e 15 milhões de pessoas ficaram desempregadas. Esse momento se 
configura na Crise de 1929. 
 
Fila de desempregados para conseguir um café e uma sopa grátis. 
 
Fonte: https://investidornojapao.com/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
A solução keynesiana e o auge do Fordismo 
O Keynesianismo, assim como o Liberalismo, é uma doutrina econômica. Ela reúne as ideias do cientista 
econômico, John Maynard Keynes, que já vinha apontando para um perigo econômico. Ele argumentava que 
o aumento da produtividade precisava ser acompanhado de uma melhor distribuição dos ganhos. Sem isso, 
não seria possível vender o que era produzido e a economia entraria em crise. 
Após 1929, as ideias de Keynes passaram a ser o referencial na economia. Ele defendia que o Estado deveria 
ser mais atuante (forte) para ajudar o capitalismo nos momentos de dificuldades, naturais desse sistema. 
Inspirado nas ideias de Keynes, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, lançou o New Deal 
(Novo Acordo), em 1933. Um novo acordo para recuperar a economia americana a partir do aumento do 
consumo. 
Nesse sentido, a lógica fordista de produção e consumo em massa foi perfeita para tal projeto. Os anos 
seguintes foram caracterizados por um grande crescimento econômico do mundo, principalmente após o fim 
da Segunda Guerra Mundial (1945). Tais condições levaram o Fordismo até seu auge nas décadas de 1950 
e 1960. Todavia, as características do Fordismo não se sustentaram por maistempo e, com outros fatores 
econômicos, levaram a uma crise do modelo produtivo na década de 1970. 
 
 
Razões para a crise do Fordismo 
• Welfare States e os gastos públicos: como dito, foi o período de forte intervenção estatal na economia 
que garantiu o consumo, e o Fordismo permaneceu em alta. Porém, os ganhos de direitos trabalhistas 
encareciam os gastos públicos, o que causava a consequente diminuição dos lucros. O lucro se dá a 
partir da diferença entre o gasto da produção e o ganho bruto. Os direitos trabalhistas encareceram o 
valor da mão de obra, reduzindo o lucro das empresas. 
• Desenvolvimento tecnológico: a inserção de tecnologia no processo produtivo também aumentava os 
custos de produção, assim como permitia maior conexão dos mercados internacionais. Com estados 
endividados, foram necessárias medidas de abertura comercial e maior autonomia à iniciativa privada. 
O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e transporte que conectou os mercados gerou 
também novas organizações produtivas, como o Toyotismo, que superava vários problemas 
apresentados pelo Fordismo, que foi se tornando obsoleto no cenário competitivo. 
• Regime rígido e pouco adaptável: o caráter rígido e pouco adaptável do modelo de produção nas linhas 
de montagem não dinamizava a superação dos problemas. O custo da produção aumentava, enquanto 
os estoques ficavam cheios, o que barateava o produto pela alta disponibilidade já produzida. O 
Fordismo, no entanto, não alterava o perfil de produção, nem tampouco as relações trabalhistas, mesmo 
diante das mudanças que surgiam. A produtividade se manteve alta, mas o custo aumentou. 
• Ampliação do mercado e padronização produtiva: com as maiores conexões de mercado entre países 
do mundo, as exigências diante do cenário competitivo demandavam diversificação. Novas demandas 
de produtos, que antes não existiam, surgem. Como o Fordismo produzia em massa, havia uma 
padronização. A propaganda moderna passou a vender a ideia de produtos cada vez mais específicos, 
de acordo com a necessidade de cada cliente. Atualmente, dentro da lógica toyotista de produção sob 
demanda, ou produção Just in Time, a criação de novas necessidades antecipa a criação do produto. 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
• Durabilidade dos produtos e estoques lotados: a durabilidade dos produtos fordistas e sua 
padronização, necessária para a produção em massa, gerava uma estagnação do consumo. Os estoques 
permaneciam lotados, mas os produtos tinham alta durabilidade, o que postergou a necessidade de 
compra. 
• Maior pressão sindical: facilitada pelo fato de a fábrica estar espacialmente concentrada. Muitos 
trabalhadores moravam nas vilas operárias, e o debate sobre a exploração trabalhista era inevitável. 
 
 
Crise do petróleo e novas formas de produzir 
Além disso, a crise do petróleo durante a década de 1970 e seus impactos na produção mundial tiveram uma 
importância significativa na crise do Fordismo e do Estado Keynesiano. O mundo passava por uma 
reestruturação produtiva ao mesmo tempo que enfrentava uma crise econômica. Assim, o Toyotismo nasce 
como opção ao Fordismo, ao mesmo tempo que o Neoliberalismo emerge como alternativa ao 
Keynesianismo. O conteúdo desse parágrafo será aprofundado nas próximas aulas: Toyotismo, Globalização 
e Neoliberalismo e a economia globalizada. 
 
 
O Fordismo não desapareceu 
É importante pontuar que o Fordismo não desaparece do mundo, sendo substituído, em grande parte, pelo 
Toyotismo. Sobretudo em indústrias mais simples e países mais pobres, podem-se identificar estruturas 
produtivas e organizacionais típicas do modelo fordista. Em diversos empregos, a produção continua 
fragmentada, não demandando qualificação da mão de obra, como o caso dos “Mc Empregos”. Além disso, 
muitas empresas de tecnologia possuem características toyotistas, como a produção por demanda ou a 
exigência de mão de obra qualificada; por outro lado, também utilizam linhas de montagem fordistas para 
trabalhos mais simples e baratos. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
Exercícios de fixação 
 
 
1. Qual a diferença entre Taylorismo e Fordismo? 
 
 
2. Estabeleça a relação entre mão de obra especializada, padronização da produção e rigidez do modelo 
fordista. 
 
 
3. Apesar da crise de 29 não ter sido a crise do fordismo, mas a crise do modelo liberal, pode-se dizer que 
o modelo produtivo citado também correspondeu em parte do problema econômico que ocorreu há 
época. No entanto, foi a partir do rompimento com o liberalismo que o modelo Keynesiano permitiu 
que o fordismo chegasse ao seu auge, os anos dourados dos anos 50. 
Dito isso, assinale a alternativa que indica um aspecto do fordismo que contribuiu para a crise de 29. 
a) Produção fragmentada e mão de obra alienada 
b) Produção em série e acumulação de estoques 
c) Obsolescência programada e contratação qualificada 
d) Maquinização da produção e desemprego estrutural 
 
 
4. Por que a combinação entre Fordismo e New Deal foram positivas para a economia americana? 
 
 
5. Entre as razões para a crise do Fordismo é possível destacar: 
a) Encarecimento da produção e estoques lotados 
b) Diversificação da produção e aumento dos lucros 
c) Intervencionismo na economia e crise econômica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
Exercícios de vestibulares 
 
 
1. (Enem 2016) 
 
THAVES. Jornal do Brasil, 19 fev. 1997 (adaptado). 
A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão de obra 
nela inserida: 
a) Ampliação da jornada diária. 
b) Melhoria da qualidade do trabalho. 
c) Instabilidade nos cargos ocupados. 
d) Eficiência na prevenção de acidentes. 
e) Desconhecimento das etapas produtivas. 
 
 
2. (Enem 2014 PPL) A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão com o 
fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização capitalista do processo 
de trabalho ao longo de várias décadas do século XX. 
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009 
(adaptado). 
 
O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da eficiência máxima no processo 
produtivo industrial que, para tanto, 
a) adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando as terceirizações. 
b) requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para as oscilações da demanda. 
c) procede à produção em pequena escala, mantendo os estoques baixos e a demanda crescente. 
d) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas, complementares na construção do 
produto. 
e) outorga aos trabalhadores a extensão da jornada de trabalho para que eles definam o ritmo de 
execução de suas tarefas. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
3. (Enem, 2012) 
TEXTO I 
A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou 
localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de 
milhões de transações diárias no ciberespaço. 
ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de São Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada 
em 1929 nos Estados Unidos. 
Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). 
 
A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal 
diferença entre essas duas crises, pois: 
a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o 
resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque. 
b) a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise 
resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário. 
c) a crise de 1929 foi o resultado da concorrênciados países europeus reconstruídos após a I Guerra 
e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos. 
d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a 
atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre 
mercado. 
e) a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio 
mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema 
monetário. 
 
 
4. O século XX anuncia profundas mudanças na relação capital/trabalho, e consequentemente, nas 
formas de acumulação de capital. Vamos observar uma reestruturação dos modelos de produção. 
Tudo isto em decorrência da crise do capital que começará a se esboçar nos anos 60, sobretudo a 
partir: 
a) Do declínio do Estado de Bem-Estar Social. 
b) Do declínio da globalização. 
c) Do declínio do império americano. 
d) Do declínio do Toyotismo. 
e) Do declínio do Fordismo. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
 
5. As inovações na organização do processo de produção, desenvolvidas a partir do fim do século XIX e 
início do XX, ficaram conhecidas a partir da derivação dos nomes de seus principais expoentes, 
Frederick Winslow Taylor e Henry Ford. Além disso, o taylorismo e o fordismo caracterizam, 
respectivamente, dois princípios de organização do trabalho, denominados: 
a) empirismo e produção artesanal. 
b) administração científica e linhas de produção. 
c) administração científica e células de produção. 
d) administração empírica e linhas de produção. 
e) administração emotiva e produção dispersa. 
 
 
6. O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre o custo de produção e o preço, entre a cidade e o campo, 
entre os preços agrícolas e os preços industriais, reativar o mercado interno – o único que é importante 
–, pelo controle de preços e da produção, pela revalorização dos salários e do poder aquisitivo das 
massas, isto é, dos lavradores e operários, e pela regulamentação das condições de emprego. 
CROUZET,M. Os Estados perante a crise. In: História geral das civilizações. São Paulo: Difel, 1966(adaptado). 
 
Tendo como referência os condicionantes históricos do entre guerras, as medidas governamentais 
descritas objetivavam 
a) flexibilizar as regras do mercado financeiro. 
b) fortalecer o sistema de tributação regressiva. 
c) introduzir os dispositivos de contenção creditícia. 
d) racionalizar os custos da automação industrial mediante negociação sindical. 
e) recompor os mecanismos de acumulação econômica por meio da intervenção estatal. 
 
 
7. (Uel 2014) No início do século XX, o desenvolvimento industrial das cidades criou as condições 
necessárias para aquilo que Thomas Gounet denominou "civilização do automóvel". Nesse contexto, 
um nome se destacou, o de Henri Ford, cujas indústrias aglutinavam contingentes de trabalhadores 
maiores que o de pequenas cidades com menos de 10.000 habitantes. O nome de Ford ficou marcado 
pela forma de organização de trabalho que propôs para a indústria. 
Com base nos conhecimentos sobre a organização do trabalho nos princípios propostos por Ford, 
assinale a alternativa correta. 
a) A organização dos sindicatos de trabalhadores dentro da fábrica transformou-os em 
colaboradores da empresa. 
b) A implantação da produção flexível de automóveis garantiu uma variedade de modelos para o 
consumidor. 
c) A produção em massa foi substituída pela de pequenos lotes de mercadorias, a fim de evitar 
estoques de produtos. 
d) O método de Ford potencializou o parcelamento de tarefas, largamente utilizado por Taylor. 
e) Para obter ganhos elevados, a organização fordista implicava uma drástica redução dos salários 
dos trabalhadores. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
8. (Unicamp 2018) Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões 
de habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão de 
habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas, casas abandonadas, 
supressão de serviços públicos essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi 
decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit resulta dos seguintes processos: 
a) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; 
deslocamento de indústrias para cidades vizinhas. 
b) consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo econômico e concorrência com 
capitais europeus; deslocamento de indústrias para outros países. 
c) declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; 
deslocamento de indústrias para cidades vizinhas. 
d) ascensão do regime de acumulação flexível; concorrência com capitais asiáticos; deslocamento 
de indústrias para outros países. 
e) crise de superprodução; ascensão do regime produtivo rígido; mudanças nas estruturas e 
estratégias empresariais. 
 
 
 
9. Utilize as informações abaixo para responder à questão.
 
Taylorismo 
• separação do trabalho por tarefas e 
níveis hierárquicos 
• racionalização da produção 
• controle do tempo 
• estabelecimento de níveis mínimos de 
produtividade. 
 
 
 
 
 
Fordismo 
• produção e consumo em massa 
• extrema especialização do trabalho 
• rígida padronização da produção 
• linha de montagem 
 
Pós-fordismo 
• estratégia de produção e consumo em 
escala planetária 
• valorização da pesquisa científica 
• desenvolvimento de novas tecnologias 
• flexibilização dos contratos de trabalho 
Pelas características dos modelos produtivos do momento da Segunda Revolução Industrial, é possível 
afirmar que o fordismo absorveu certos aspectos do taylorismo, incorporando novas características. 
Essa afirmação se justifica, dentre outras razões, porque os objetivos do fordismo, principalmente, 
pressupunham: 
a) elevada qualificação intelectual do trabalhador ligada ao controle de tarefas sofisticadas. 
b) altos ganhos de produtividade vinculada a estratégias flexíveis de divisão do trabalho na linha de 
montagem. 
c) redução do custo de produção associada às potencialidades de consumo dos próprios operários 
das fábricas. 
d) máxima utilização do tempo de trabalho do operário relacionada à despreocupação com os 
contratos de trabalhos. 
e) racionalização dos estoques, diminuindo a disponibilidade dos produtos e a possibilidade de 
crises econômicas. 
 
 
 
 
13 
Geografia 
 
10. (Enem, 2009) “A depressão econômica gerada pela Crise de 1929 teve no presidente americano 
Franklin Roosevelt (1933 - 1945) um de seus vencedores. New Deal foi o nome dado à série de projetos 
federais implantados nos Estados Unidos para recuperar o país, a partir da intensificação da prática da 
intervenção e do planejamento estatal da economia. Juntamente com outros programas de ajuda 
social, o New Deal ajudou a minimizar os efeitos da depressão a partir de 1933. Esses projetos federais 
geraram milhões de empregos para os necessitados, embora parte da força de trabalho norte-
americana continuasse desempregada em 1940. A entrada do país na Segunda Guerra Mundial, no 
entanto, provocou a queda das taxas de desemprego, e fez crescer radicalmente a produção industrial. 
No final da guerra, o desemprego tinha sido drasticamente reduzido”. 
EDSFORD, R. America’s response to the Great Depression. Blackwell Publishers, 2000 (tradução adaptada). 
 
A partir do texto, conclui-se que: 
a) o fundamento da política de recuperação do país foi a ingerência do Estado, em ampla escala, na 
economia. 
b) a crise de 1929 foi solucionada por Roosevelt, que criou medidas econômicas para diminuir a 
produção e o consumo. 
c) os programas de ajuda social implantados na administração de Roosevelt foram ineficazes no 
combate à crise econômica. 
d) o desenvolvimento da indústria bélica incentivou o intervencionismo de Roosevelt e gerou uma 
corrida armamentista.e) a intervenção de Roosevelt coincidiu com o início da Segunda Guerra Mundial e foi bem sucedida, 
apoiando- se em suas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
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14 
Geografia 
 
Gabaritos 
 
 
Exercícios de fixação 
 
1. Taylorismo corresponde a um conjunto de ideias criadas por Frederick Taylor, que buscava melhor 
organizar o trabalho dentro da fábrica para aumentar a produção. O Fordismo compreende um modelo 
produtivo mais complexo que, além de adotar esses preceitos de Taylor, ficou famoso por melhor 
incorporar a linha de montagem na produção. Assim, muitos afirmam que o Fordismo vai além do 
Taylorismo, pois também gera impactos na sociedade, devido à lógica de produção e ao consumo em 
massa, enquanto as ideias de Taylor se limitam a questões internas da fábrica. 
 
2. A concepção adotada na época era de fragmentar ao máximo as etapas produtivas. Essa simplificação 
possibilitava a qualquer trabalhador ser empregado em uma fábrica fordista. Por isso, a mão de obra era 
denominada especializada. Nesse sentido, a produção precisava ser padronizada, para que aquele 
trabalhador executasse sempre a mesma tarefa. Qualquer mudança na linha de produção era 
complicada, pois exigia que o trabalhador aprendesse algo novo. Tais limitações explicam a rigidez do 
modelo. 
 
3. B 
A produção em série fordista acumulava estoques, que eram estimulados pelas propagandas e ideologia 
consumista para serem vendidos. Acontece que isso gerou um desbalanço na oferta de crédito dos 
bancos que buscavam estimular esse consumismo. A maquinização da produção e desemprego 
estrutural são características da terceira e quarta revolução industrial. 
 
4. Após a crise de 1929, o Estado americano iniciou um programa de reformas para recuperar a economia, 
denominado New Deal. Tal programa foi pautado na ideia de pleno emprego e de Estado interventor. 
Assim, a lógica de produção e consumo em massa possibilitava um grande crescimento econômico das 
empresas e a venda de seus produtos gerando emprego e garantindo a produção. Com as melhorias 
salariais, foi possível criar uma sociedade de consumo, aumentando a necessidade de produção e 
gerando mais empregos. Um ciclo positivo da economia. New Deal e Fordismo formaram um casamento 
perfeito, no qual se observou grande crescimento econômico nos anos seguintes. 
 
5. A 
O aumento dos custos produtivos e a diminuição da margem de lucro das empresas, juntamente com a 
possibilidade de grandes perdas econômicas com os estoques lotados, ajudam a explicar a crise do 
Fordismo. 
 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. E 
A organização interna da indústria e do trabalho fordista/taylorista é caracterizada pela adoção da linha 
de montagem, produção em massa, grandes estoques e especialização do trabalho. Um dos impactos 
da divisão e especialização do trabalho é que o operário não conhece a totalidade ou o conjunto das 
etapas produtivas. 
 
 
 
 
 
 
15 
Geografia 
 
2. D 
A racionalização da produção em larga escala levou à criação de um modelo produtivo altamente 
fragmentado, em que os trabalhadores executavam atividades repetitivas dentro de uma cadeia de 
produção. 
 
3. B 
A diferença entre as duas crises refere-se às suas causas. A crise de 29 está relacionada a uma 
superprodução industrial e à falta de mercado no período em que o modelo fordista-taylorista estava em 
destaque. Já a crise de 2008 está relacionada a uma grande oferta de crédito bancário, em que foi 
desconsiderado o pagamento deste. 
 
4. E 
O Fordismo começou a esboçar sinais de decadência a partir de 1960. Isso decorre de suas próprias 
características produtivas e de opções melhores quanto à produção oferecidas pelo Toyotismo. Assim, 
a reestruturação produtiva observada refere-se ao declínio do Fordismo e ascensão do Toyotismo. 
 
5. B 
Os preceitos científicos de Taylor (reduzir tempo de produção, simplificar tarefas, diminuir desperdício 
de matéria-prima) publicados em seu livro, Princípios de Administração Científica, juntamente com a 
prática de Ford (linhas de produção), fizeram um modelo eficiente de exploração e produção em massa. 
A letra D está incorreta, pois Taylor defendia administração científica e não empírica. A alternativa E está 
incorreta, pois não é a administração das emoções do trabalhador que irá aumentar a produção. 
 
6. E 
O New Deal (Novo Acordo) foi a política implementada por Franklin Delano Roosevelt, presidente dos 
Estados Unidos, para solucionar a crise econômica que assolou o país após a quebra da bolsa de Nova 
Iorque. Essa política representou um rompimento com o modelo liberal vigente. Baseando-se no 
Keynesianismo, o New Deal visava a solucionar a crise por meio da intervenção econômica do Estado. 
 
7. D 
O Fordismo apoiou-se na concepção de Taylor, caracterizando-se pela divisão do trabalho nas fábricas, 
cuja produção é gerenciada pelo sistema Just-in-case, que buscava ampliar o estoque dos produtos. 
 
8. D 
A cidade de Detroit está localizada no estado de Michigan, no Nordeste dos Estados Unidos. Essa foi a 
região de grande desenvolvimento na segunda fase da Revolução Industrial. Com o tempo, ela passou a 
ser denominada Manufacturing Belt ou Cinturão dos Manufaturados. Com a reorganização espacial das 
indústrias possibilitada pela ascensão do Toyotismo e a lógica de acumulação flexível, diversas 
empresas e indústrias buscaram outras regiões mais competitivas. No geral, essas regiões foram países 
asiáticos, embora algumas tenham migrado também para a América Latina. Esse quadro levou ao 
aumento do desemprego, à precarização do trabalho e à decadência urbana na região do Manufacturing 
Belt, que passou a ser denominada Rust Belt ou Cinturão da Ferrugem. 
 
9. C 
A exploração do trabalhador assalariado presume o aumento da lucratividade, a mais-valia com que o 
patrão lucra. Ao mesmo tempo, em um sistema que busca a máxima produção, é preciso que os 
trabalhadores tenham dinheiro para consumir seu produto, a fim de movimentar os estoques. 
 
10. A 
A questão evidencia a importância do Estado para a recuperação da economia, retomando importante 
conceito do intervencionismo keynesiano. Ressalta-se que ingerência é um substantivo feminino, cujo 
significado corresponde ao ato ou efeito de ingerir(-se); introdução, intromissão. Nesse sentido, 
ingerência do Estado significa intromissão, intervenção e, por isso, Keynesianismo. A alternativa E está 
errada, pois a intervenção de Roosevelt NÃO coincidiu com o início da Segunda Guerra Mundial.

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