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161842315204_-_21_-_HAUS_-_E-book_-_Expo_Revestir_2021

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1
Expo 
Revestir 
2021
Um projeto:
Patrocínio 
de cobertura:
LANÇAMENTOS E TENDÊNCIAS 
DA FASHION WEEK DA ARQUITETURA
Índice
Tendências 
e produtos 
Touchless, cores claras, biofilia, 
artesanal: as tendências para 2021 __________________06
Novas tecnologias para o coração 
da casa: a cozinha ____________________________ 11
Nove produtos de grandes 
designers na 19ª Expo Revestir ____________________ 15
Entrevistas 
internacionais 
“Não se acostume demais com 
o digital”, diz Perkins & Will _______________________ 19
Sharon Prince: “é hora de a construção 
civil lutar contra a escravidão moderna” ______________ 22
O português Álvaro Siza e a arquitetura do diálogo _______ 25 
A ousadia da designer italiana Paola Navone ___________ 28
Nomes 
brasileiros 
Humberto Campana: “Design 
é ferramenta para melhorar vidas” __________________ 33
Maurício Arruda: “Estrela é o morador, não o projeto” _____ 35
Economia 
e arquitetura 
Pedro Malan: falta de resposta 
à pandemia prejudica a economia __________________ 40 
Lista
Confira as 65 marcas expositoras 
da Expo Revestir 2021 __________________________ 43
05
18
32
39
42
3
Quem é 
a Interprint?
A Interprint é uma multinacional nipo-germânica 
especializada em impressão de papéis 
decorativos para uso em melamina (MDF, MDP 
e alta pressão) no acabamento de móveis, 
painéis de parede e pisos. Somos focados em 
traduzir tendências de design, mudanças de 
comportamento e inovação em desenhos que se 
adaptam ao mercado de decoração de interiores 
na América Latina.
Entendemos que nossa presença como 
patrocinadora da cobertura de HAUS na Expo 
Revestir é a melhor forma para estarmos 
próximos dos profissionais de arquitetura e 
design de interiores, apoiando a ampliação 
do conhecimento sobre os movimentos do 
nosso setor, além de poder analisar os melhores 
lançamentos na área.
Neste e-book, que assinamos em conjunto com 
HAUS, você terá um panorama geral do evento 
e os melhores insights absorvidos na semana de 
imersão na Expo Revestir.
E, para você conhecer mais sobre a Interprint, 
saber nossas novidades, tendências e tudo o que 
envolve nosso trabalho, acesse interprint.com
3
4
Boas- 
vindas
Como fazer uma feira de arquitetura 100% digital? 
Desde março de 2020, poucos dias foram decisivos 
na vida de pessoas, negócios e empresas: de forma 
rápida, precisamos nos adaptar ao trabalho remoto. 
A digitalização e a comunicação online facilitaram, 
e muito, esse processo, que impactou fortemente 
nos espaços, inclusive das nossas casas. Antes da 
pandemia, segundo dados da Cushmann&Wakefield 
Consultoria Imobiliária, mais de 40% das empresas 
que não adotavam o home office e que atenderam a 
determinação em colaboração ao isolamento social, vão 
adotá-lo definitivamente quando a pandemia passar. 
Além disso, 45% das empresas vão reduzir o espaço 
físico. 
Neste novo contexto e ainda em uma crise sanitária, 
eventos como a Expo Revestir, considerada a fashion 
week da arquitetura, precisaram adotar esse modelo 
e mostrar ao público seus lançamentos, tendências 
e debates on-line. Pela primeira vez, a 19ª edição 
funcionou 100% on-line, com exposição de produtos de 
65 marcas e conversas com grandes nomes brasileiros e 
estrangeiros da arquitetura e do design. Tudo em uma 
plataforma específica para os participantes, além de 
eventos paralelos com entidades e grupos do setor. 
A HAUS, que se dedica à cobertura da feira há anos, 
continuou o mesmo trabalho em 2021, dessa vez em 
parceria com a Interprint. E com novidade: os conteúdos 
mais relevantes reunidos neste e-book. 
Boa leitura! 
Equipe HAUS 
4
5
Tendências 
e produtos
5
6
Em voga 
Touchless, cores claras, 
biofilia, artesanal: 
as tendências para 2021
Apresentados na 19ª 
edição da Expo Revestir, 
maior e mais importante 
evento da arquitetura e 
construção da América 
Latina, eles reforçam 
a necessidade de nos 
voltarmos para o que é 
natural, sem abandonar 
por completo a tecnologia. 
Agora, no entanto, ela 
deixa o protagonismo 
de lado e assume um 
papel coadjuvante, 
representando o meio pelo 
qual as gigantes do setor 
transformam conceitos e 
ideais em louças, metais e 
revestimentos repletos de 
significado. 
HAUS elencou sete 
tendências apresentadas 
durante a fashion week 
da arquitetura, que pela 
primeira vez aconteceu 
de forma 100% remota. 
Confira quais são elas e 
se inspire a renovar a sua 
casa! 
O retorno ao essencial, 
ao que traz conforto e 
sensação de aconchego 
para o dia a dia sem deixar 
de lado a praticidade e 
a beleza estética segue 
como a principal tendência 
para a casa em 2021. 
Estimulada pela maior 
atenção ao lar desde o 
início da pandemia da 
Covid-19, que forçou o 
mundo a permanecer 
por mais tempo dentro 
de casa e, por isso, fez 
com que dedicássemos 
mais cuidado a ele 
(além de todas as outras 
funções que ele passou 
a comportar no último 
ano), os lançamentos 
das grandes marcas de 
acabamentos reforçam a 
busca por fazer da casa 
cada vez mais um local de 
refúgio e segurança. 
7
Já entre os revestimentos, 
o destaque ficou por 
conta dos painéis de MDF 
com acabamento micro, 
da Berneck, que facilita 
a limpeza e a sanitização 
dos móveis e superfícies. 
Ele está presente em 
quatro dos oito padrões da 
coleção Nômade. 
Touchless, da Deca. (Divulgação). 
Torneira baixa Touchless, da Deca. (Divulgação). 
Acabamento da Berneck facilita a limpeza. (Divulgação).
HIGIENIZE-SE
A tecnologia touchless 
não é novidade, mas 
apareceu com força entre 
os lançamentos e também 
em peças revisitadas 
pelas marcas como forma 
de reforçar as medidas 
necessárias ao combate 
à Covid-19. A Deca, por 
exemplo, apresentou 26 
produtos de seu catálogo 
cujo acionamento do 
fluxo d’água é feito por 
aproximação em qualquer 
ponto das torneiras. Os 
modelos estão disponíveis 
em diversas cores, texturas 
e também em linhas 
assinadas por grandes 
nomes do design e da 
arquitetura nacionais. 
8
 
VIBRANTE 
Como forma de trazer 
alegria, vivacidade e 
luz para os ambientes 
residenciais e corporativos, 
as cores aparecem em 
louças e revestimentos 
que vão dos banheiros e 
cozinhas às áreas externas. 
Amarelos, vermelhos e 
laranjas são algumas das 
que ganham destaque em 
propostas minimalistas ou 
exuberantes. 
ESSENCIAL 
Cores claras, padrões 
que reproduzem técnicas 
artesanais. O simples reina 
entre os lançamentos em 
consonância ao resgate 
do essencial sem que 
isso signifique descuido 
ou falta de atenção aos 
detalhes. Pelo contrário, 
até mesmo as peças que 
reproduzem técnicas 
construtivas vernaculares, 
como a taipa, aparecem 
com um nível de 
acabamento que confere 
uma elegância rústica aos 
materiais.
Suavidade no acabamento Arenito, 
da Duratex (Divulgação). 
 (Divulgação)
9
OUSADOS 
 
Opostos aos solares, os 
tons escuros também 
aparecem com força em 
propostas para tornar 
ambientes externos e 
internos mais intimistas, 
elegantes e ousados. 
Pretos, cinzas e azuis 
fechados estão entre 
as principais apostas 
nas paletas das marcas, 
seja em padrões bi ou 
tridimensionais. 
NATUREZA PRESENTE 
A biofilia é outra tendência 
que ganhou força na 
pandemia e que segue 
entre as apostas das 
marcas para 2021. As 
referências à natureza 
aparecem de forma sutil, 
como em tonalidades 
que remetem aos verdes 
e azuis dos mares de 
diversas partes do mundo 
e às rochas, ou explícita. 
É o caso dos padrões que 
reproduzem folhas, galhos 
e vegetações típicas 
da flora e de biomas 
brasileiros. 
9
Noturno, da Ceusa. (Divulgação)
Stones, da Elemental Revestimentos. 
(Tarso Figueira/Divulgação)
Revestimento da Decortiles:
biofilia no banheiro. (Divulgação) 
10
ESCUROS E ELEGANTES 
Se as cores claras trazem 
aconchego, os tons escuros 
são capazes de tornar os 
ambientes mais intimistas, 
elegantes e ousados. Por 
isso, eles não ficaram de fora 
da paleta das marcas que 
apostam em azuis fechados 
e em composições de pretos 
e cinzas como soluções para 
projetos que destaquemuma 
área ou sejam elaborados de 
forma a trazer sofisticação aos 
ambientes.
Exemplos são a Coleção 
Noturno, da Ceusa, e o azulejo 
Moon, da Decortiles. 
CONCRETO
Também já com posto cativo entre 
os lançamentos há algumas edições 
da fashion week da arquitetura 
latino-americana, os cimentícios 
seguem em alta e vão muito além do 
porcelanato.
Revestimento da Castelatto. 
(Divulgação e Favaro Jr) 
Moon, da Decortilles. (Divulgação)
Noturno, da Ceusa. 
(Divulgação)
Acabamento da Roca. 
(Divulgação)
11
HAUS selecionou oito 
coifas, misturadores, cubas 
e churrasqueiras que 
estão entre os destaques 
apresentados pelas marcas 
líderes do segmento na 
19ª edição da Expo Revestir: 
11
Facilidade
Coração da casa: os lançamentos para a 
cozinha da fashion week da arquitetura 
Ser prático e funcional são características 
obrigatórias quando se pensa em metais e 
acessórios para a cozinha. Mas eles podem ir 
muito além disso e, tendo a tecnologia como 
aliada, oferecer benefícios relacionados ao 
bem-estar, como redução de ruídos e água 
de qualidade diretamente da torneira. Sem 
falar na estética do ambiente, considerado o 
coração da casa. 
12
SEM GORDURA NEM RUÍDO
Uma das poucas fabricantes de 
coifas residenciais no Brasil, a 
Tramontina apresenta duas versões 
da Slim Isla 90, ambas para cozinhas 
de ilha. O modelo tradicional traz 
motor embutido no corpo, tem 
quatro velocidades e funciona nos 
modos exaustor e depurador. 
Já a Slim Isla 90 Split conta com 
motor que pode ser instalado a até 
6 metros de distância do corpo da 
coifa, o que contribui para reduzir 
em até 71% o ruído. Ela funciona 
no modo exaustor e também tem 
quatro velocidades. Ambas contam 
com acabamento em aço inox e 
vidro bisotado. 
Outro modelo destacado 
entre os lançamentos é a 
Square Isla 40 Silent, com 
design discreto e retilíneo. 
Revestida internamente com 
espuma acústica antichamas, 
conta com filtro de gordura 
lavável. 
O modelo pode ser instalado 
em cozinhas com pé-direito 
elevado, de até 3,38 m, por 
meio do uso de chaminés 
complementares. 
 Coifa Slim 90, da Tramontina. (Divulgação)
Modelo Square Isla 40 Silent, da Tramontina. (Divulgação)
13
ESMALTADAS
Produzidas em ferro fundido, as 
cubas da coleção Whitehaven, 
da Kohler, apresentam novas 
possibilidades em versões 
mais compactas do modelo, 
popularmente conhecido como 
cuba de fazenda. 
PARA ASSAR
O churrasco também teve lugar na 
Expo Revestir com a churrasqueira 
Professional Gás, da Elettromec. 
Produzida em aço inox, ela tem 
acendimento piezoelétrico (campo 
elétrico gerado pela pressão exercida 
sobre o cristal) direto do manípulo, o 
que elimina a necessidade de ponto 
elétrico. A peça está disponível em 
versões com três (65 cm), quatro (75 
cm) ou cinco (95 cm) queimadores. 
ÁGUA PARA LAVAR E BEBER
Fabricado em aço inox, 
o misturador Monde Filter Plus,
da Tramontina, conta com tubos 
individuais para cada uma das funções: 
água filtrada e água comum, com 
paredes internas livres de porosidade, 
o que impede o acúmulo de partículas 
presentes na água. O acionamento é 
feito por dois manípulos: um exclusivo 
para a água filtrada e outro para a água 
quente e fria. 
Monder Filter Plus, da Tramontina (Divulgação)
Whiteheaven, da Kohler. (Divulgação) 
Churrasqueiras profissionais
da Elettromec. (Divulgação.)
14
MODULAR
Além dos modelos 
tradicionais, a Elettromec 
apresenta o Dominós, 
cooktops menores e 
modulares que podem ser 
combinados para formar a 
peça principal ou servirem 
de apoio para fogões, 
churrasqueiras e outros 
cooktops. O acabamento é 
um aço inox ou vitrocerâmico 
e os modelos medem 30 cm 
ou 38 cm. 
CUBA COM COR
As cores invadem as cubas de 
cozinha e são apresentadas 
nas tonalidades gold, rose 
gold e black no modelo 
Quadrum, da Tramontina. 
Em aço inox, as peças são 
revestidas com PVD (Physical 
Vapor Deposition), vapor 
metálico que dá cor à cuba. 
Modelo quadrum, da Tramontina, 
tem revestimento com cor. (Divulgação)
Mini cooktops, da Elettromec. (Divulgação)
15
Grife
Nove produtos 
de grandes designers 
na 19ª Expo Revestir
Nomes estelares e também 
estreantes com muita bagagem 
emprestaram sua criatividade 
e talento para muitos dos 
lançamentos apresentados pelas 
mais de 60 marcas que estiveram 
na Expo Revestir 2021. 
Veja nove produtos, entre louças 
e revestimentos, assinados por 
arquitetos, designers e entusiastas 
do tema:
MADEIRA
A técnica artesanal 
da marchetaria foi a 
inspiração da artista 
plástica e designer 
Ana Paula Castro para 
os dois revestimentos 
que assina para a 
Biancogres. Batizadas 
Dubrá e Piani, as 
peças de 45x90 cm 
apresentam linhas 
diagonais e superfície 
tridimensional que 
destacam as diversas 
formas e tipos de 
madeira.
Dubrá, por Ana Paula Castro. (Divulgação) 
Piani, da Biancogress. (Divulgação)
16
DOCE E ABSTRATO
A renomada arquiteta e designer italiana 
Paola Navone assina duas linhas para 
a Portobello. A Bonbon traz formas 
irregulares que remetem a doces em 4 
tonalidades pastel, criando um mosaico 
único. A Vedononvedo, por sua vez, 
ressignifica o espelho por meio da 
inserção de elementos abstratos na 
superfície do revestimento (10x10 cm). 
TOUCHLESS
A tecnologia touchless é o destaque da 
Deca nesta edição da Expo Revestir e está 
presente, também, em peças assinadas 
por nomes renomados, como Jader 
Almeida e Ricardo Bello Dias. Nelas, o 
acionamento do fluxo d’àgua ocorre pela 
aproximação em qualquer ângulo do 
metal.
Bonbon e Vedononvedo, 
da Portobello. (Divulgação)
Peça de Ricardo Bello Dias 
para a Deca. (Divulgação)
17
CONSTELAÇÃO
Assim como a Deca, a Roca apresenta 
novidades e resgata sucessos de edições 
passadas, como a linha Infinity, assinada 
pela arquiteta Fernanda Marques. 
Premiada com o Red Dot Award, ela traz 
três modelos de cuba de apoio com 
design minimalista e funcional.
A combinação de luzes e sombras 
decorrente da geometria das peças 
marca a coleção Horizon, desenhada pelo 
também arquiteto João Armentano. Com 
tecnologia Fineceramic, que possibilita 
bordas ultrafinas (com até 5mm de 
espessura), as peças também possuem 
válvula de escoamento ocultada.
Outro resgate são as cubas assinadas por 
Ruy Ohtake, três delas de apoio e uma 
de sobrepor, ofertadas em seis cores em 
acabamento brilhante e matte. 
PELO MUNDO 
Cocriação entre a Portobello e o 
jornalista e apresentador Pedro 
Andrade, a coleção Horizontes 
apresenta porcelanatos em 
pequenos formatos (6,5x23cm) 
em cinco tonalidades. Inspiradas 
nos cinco lugares preferidos 
do jornalista - que assina sua 
primeira coleção para a marca 
- no mundo (Jaipur, Santorini, 
Tulum, Zanzibar e Nova York), 
cada uma delas está disponível 
em três padrões distintos. 
17
Cuba de Ruy Ohtake. 
(Carlos Gallardo/Divulgação) 
Fernanda Marques para
a Roca. (Divulgação) 
Cuba Horizon. (Divulgação) 
Horizontes, da Portobello. (Divulgação)
18
Entrevistas 
internacionais 
18
19
“Não se acostume demais 
com o digital. Pensamento 
crítico é mais importante”, 
aconselha Perkins & Will
O escritório de arquitetura 
e design Perkins & Will é um 
gigante do setor. Ao todo 
a firma tem 26 estúdios 
espalhados pelo mundo e mais 
de 325 mil metros quadrados 
de área construída no portfólio. 
E uma característica forte das 
produções arquitetônicas do 
escritório é o olhar real sobre 
a sustentabilidade ambiental, 
social e econômica de cada 
construção.
Perkins & Will participou 
da programação oficial da 
Expo Revestir 2021 e dois de 
seus principais arquitetos 
conversaram com HAUS 
por e-mail: a arquiteta Lara 
Kaiser, diretora de operações 
do escritório de São Paulo, 
e o arquiteto Jose Bofill, 
responsável pela área de 
ciência e tecnologia do estúdio 
da marca em Miami.
De família húngara, Lara se 
especializou em arquitetura 
de clínicas, hospitais e outras 
construções de saúde, e por 
20 anos trabalha nessa área. 
Já Bofill é natural dos Estados 
Unidos, descendente de uma 
família de imigrantes cubanos,e desde sempre apreciou a 
interação entre natureza e 
os ambientes construídos. 
Agora completou 23 anos na 
empresa.
Maior 
escritório 
do mundo
(Divulgação)
20
O que levou vocês até a arquitetura?
Lara: Minha família tem muitos médicos e arquitetos. Minha mãe, 
que me inspira de diferentes formas, é uma empreendedora do 
design de interiores. Acredito que foi natural eu me tornar uma 
arquiteta especializada em saúde.
Jose: Desde pequeno me interesso por artes. Minha avó, que 
era pintora e escultora, instilou em mim um senso de maravilha 
que guiou minha curiosidade, estudos e carreira. Meu primeiro 
projeto na Perkins & Will foi de um laboratório. Imediatamente 
decidi pela parte técnica e de design.
Como encaram a arquitetura? Quais os desafios mais atuais, na 
opinião de vocês?
Lara: Perkins & Will acredita firmemente que arquitetura e 
design são ferramentas para melhorar as vidas das pessoas 
por meio dos espaços onde elas vivem, trabalham, brincam, 
aprendem e se curam. Tudo se trata das necessidades de todos 
os usuários de cada ambiente. Em um hospital, por exemplo, 
não focamos apenas no bem-estar dos pacientes, mas também 
no dos acompanhantes e de todo o time médico. Pessoalmente 
acredito que o desafio agora é compreender como as mudanças 
culturais, comportamentais, sociais e econômicas que estamos 
enfrentando vão impactar a maneira como interagimos com 
espaços construídos, e como vamos adaptá-los às novas 
necessidades.
Sustentabilidade está no DNA diário de vocês. Alguns dizem 
que vocês têm mais profissionais treinados para o selo LEED 
do que qualquer outro escritório nos Estados Unidos. Que 
diferença essas certificações trazem?
Lara: Sustentabilidade é algo tão importante para nós que 
é obrigatório nossos times irem atrás de certificações LEED 
ou WELL. Está em nosso DNA mesmo buscar soluções para 
que nossos designs sejam ambientalmente, socialmente 
e economicamente sustentáveis. Eu acredito que trazer 
sustentabilidade para um projeto beneficia não só os usuários 
diretos, mas toda a comunidade do entorno. É um benefício que 
leva a conversa para outro nível.
21
Quando a gente olha para 
as melhores produções 
arquitetônicas hoje, alguns 
países da Ásia estão na 
vanguarda. Qual a sua 
opinião sobre isso?
Jose: Acredito que é possível 
achar arquitetura de nível 
internacional em qualquer 
continente, e acho que está 
diretamente ligado ao apetite 
dos clientes por projetos que 
olhem para a responsabilidade 
ambiental e social.
Vocês trabalham em uma 
companhia gigante. Quais 
são as diferenças regionais 
que vocês identificam?
Lara: Temos 26 escritórios 
espalhados pelo mundo, 
incluindo Américas, Europa 
e Ásia. Perkins & Will adquire 
firmas de arquitetura pré-
existentes em cada local 
como uma estratégia para 
criar um time mais diverso. Ao 
escolher profissionais locais, 
incorporamos muitas culturas 
diferentes, conhecimentos 
e tradições diversas. É 
enriquecedor ter essa rede 
de contatos. Aprendemos 
coisas novas todos os dias e 
construímos uma visão mais 
ampla do que é a arquitetura 
e o design. Mas acho que 
o benefício maior é trazer 
tendências e tecnologias de 
toda parte do mundo para 
nossos clientes.
Jose: Colaborei com muitos 
estúdios da nossa empresa 
em disciplinas, projetos locais, 
nacionais e internacionais, 
tanto no setor privado quanto 
no setor público. Essas 
oportunidades me expuseram 
a uma variedade de diferenças 
regionais na cultura, no clima, 
na economia, e me ajudaram 
a projetar programas mais 
complexos.
Que dicas vocês dariam para 
arquitetos que sonham em ter 
uma carreira internacional?
Lara: Sempre mantenha 
a mente aberta para o 
conhecimento. Cada pessoa 
que encontrar e cada 
experiência que tiver é uma 
oportunidade para aprender, 
expandir os horizontes e 
melhorar você pessoalmente 
e profissionalmente. Outro 
conselho é não se acomodar 
e se acostumar com as 
ferramentas digitais que temos 
hoje. Tecnologia avançou 
muito na área da arquitetura e 
do design, mas é importante 
trabalhar o pensamento crítico 
e habilidades de projeto, coisas 
que as máquinas não fazem 
tão bem como nós.
22
Depois da moda e da 
alimentação, é a vez da 
construção civil lutar contra 
a escravidão moderna.
Sustentabilidade na cadeia 
da construção civil vai além 
das questões relacionadas ao 
meio ambiente. A afirmação 
posta por Sharon Prince, CEO 
da Grace Farms Foundation, 
em evento paralelo da Expo 
Revestir 2021 alerta para 
outra questão igualmente 
(ou até mais) relevante: a 
sustentabilidade social do setor. 
Em sua fala, a também 
fundadora da fundação 
interdisciplinar privada baseada 
em New Canaan (EUA), que 
busca a paz por meio de cinco 
iniciativas (natureza, artes, 
justiça, comunidade e fé), com 
foco na violência baseada 
no gênero e na escravidão 
moderna, afirmou que esta 
última tem na indústria da 
construção uma de suas 
principais fontes. 
“Foi a partir da proximidade 
[com a arquitetura] que 
tivemos uma melhor 
compreensão do trabalho 
Design pela 
liberdade
22
(Divulgação)
23
escravo globalmente. Aconteceu quando decidi [participar de] um 
júri nacional de projetos que ainda estavam fortemente voltados 
para a sustentabilidade, mas não foram ponderados em relação à 
sustentabilidade social”, lembra Sharon. “Estávamos avaliando um 
projeto escolar de uma garota afegã, que é extraordinário, e me 
perguntei se sabíamos o suficiente sobre trabalho escravo. Todos 
na sala ficaram em branco”, acrescenta ao lembrar que quando se 
fala em trabalho escravo na construção civil, geralmente pensa-
se no local de trabalho, no canteiro de obras em si, esquecendo-
se da cadeia de aquisição de materiais, que é a “outra metade da 
equação”.
“Sabemos que um ambiente construído tem um relacionamento 
incrível com a natureza e as pessoas, mas minha pergunta é: será 
que esse prédio foi construído sem escravidão, sem trabalho 
forçado e também foi projetado de maneira sustentável? E 
ninguém pode respondê-la porque a indústria inteira não tem 
informado quais são os materiais utilizados. Não temos dados 
suficientes, não temos muito entendimento”, pontuou ao detalhar 
as bases que levaram à criação pela Grace Farms do Design for 
Freedom (Design pela Liberdade, em tradução livre), movimento 
que busca jogar luz sobre a temática a nível global e reúne mais de 
60 líderes e especialistas da indústria com o objetivo de eliminar a 
escravidão moderna no ambiente construído.
De acordo com a CEO, o Departamento de Estado dos Estados 
Unidos reportou que projetos de construção apresentam 
evidências de tráfico de pessoas em 103 países. E que, por mais 
que leis globais proíbam o uso de trabalho escravo no setor, a 
construção civil é a indústria na qual há maior probabilidade dele 
acontecer, especialmente na cadeia de matéria-prima. Mesmo 
assim, o problema ainda é pouco conhecido. 
“Fico pensando na beleza de nossos edifícios, como eles são 
ótimos para nós e como deveríamos prestar mais atenção se a 
cadeia de material é ética. Se você pensar, quase toda construção 
moderna ao redor do mundo tem escravidão devido ao trabalho 
escravo que permeia milhares de matérias-primas local e 
globalmente. Começou com o fast food, a moda e o próximo [setor 
a enfrentar a questão] é o da construção. E é isso o que estamos 
tentando fazer. Deixar o problema conhecido”, reafirma. 
“Nós podemos responsabilizar a cadeia de materiais para que 
possamos redirecionar as especificações para fornecedores mais 
23
24
permanentes, éticos e sustentáveis ambientalmente, tudo ao 
mesmo tempo”, enfatiza ao lembrar o sucesso do movimento 
verde, iniciado há cerca de 30 anos, e todos os resultados que 
ele já trouxe para a preservação dos recursos naturais e para o 
planeta. “Mas pessoas têm sido deixadas para trás. Em termos de 
prioridade, elas são negligenciadas. Por isso queremos expandir a 
definição de sustentabilidade social, que inclui pessoas, natureza e 
o nosso planeta”, reforça. 
Dar visibilidade à temáticaé fundamental, mas não o único 
caminho para a solução do problema. Para a CEO da Grace 
Farms, é preciso a união, a participação de todo o ecossistema da 
construção para que o cenário mude. E isso vai da concepção do 
projeto à especificação e aquisição de materiais. 
“A adoção deste entendimento é muito rápida [por construtores, 
arquitetos, engenheiros e demais atores do setor]. E são os 
materiais [especificados] que têm resquícios de escravidão. [Então], 
é trabalho dos arquitetos e engenheiros perceberem que eles 
[também] têm o poder para ver quais são esses materiais em seus 
projetos”, destaca Sharon. 
Para ilustrar a questão ela cita o exemplo dos painéis solares, 
solução sustentável para suprir a demanda energética de 
empreendimentos dos mais diversos portes e que, muitas vezes, 
são produzidos na China, especialmente na região autônoma 
de Xinjiang. “Sabemos que mais de 100 mil pessoas estão sendo 
forçadas ao trabalho escravo e detidas nesses campos. Nós 
tentamos criar um projeto sustentável, mas os materiais são feitos 
por trabalho escravo. [O mesmo ocorre com] as madeiras, que são 
os materiais de construção mais onipresentes e com maior risco de 
trabalho escravo [envolvido] em todo o mundo”, acrescenta. 
Dentro do projeto Design for Freedom, inclusive, a Grace Farms 
listou os materiais e matérias-primas cuja produção envolve alto 
risco de trabalho escravo. Entre os dez primeiros do ranking estão: 
borracha, vidro, fibras e têxteis, aço, eletrônicos, tijolos, madeira, 
pedras, cobre e ferro.
“Há a necessidade de pedirmos por mais leis e mais supervisão. 
[Mas] o principal a se fazer [para coibir o trabalho escravo na cadeia 
da construção civil] é, como eu disse, questionar tudo. Agora que 
você sabe, não pode deixar de saber. E tem o trabalho de agir”, 
finaliza Sharon Prince.
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“Arquitetura nasce do diálogo, 
que precisa ser quente para 
ser autêntico”, defende Álvaro 
Siza
O arquiteto português Álvaro 
Siza, 87 anos, defendeu sem 
papas na língua em evento 
paralelo da Expo Revestir 
2021 que a arquitetura nasce 
do diálogo com todos os 
personagens envolvidos no 
processo e que nunca pode ser 
um monólogo. 
“Tem-se que ter a participação 
da família, do proprietário, 
da vizinha, da sogra, para 
se chegar a um consenso. A 
arquitetura nasce do diálogo. 
Se não, é um monólogo, 
que é menos rico e menos 
interessante. E o diálogo precisa 
ser quente para ser autêntico”, 
afirmou o arquiteto laureado 
com o Pritzker, considerado o 
“prêmio Nobel da arquitetura”, 
de 1992.
Pritzker 
Prize 
(Bienal de Arquitetura 
de Veneza/Divulgação)
26
“Por muitos anos trabalhei com habitações econômicas [sociais] em 
Portugal, onde o diálogo era necessário com populações enfiadas 
em bairros antigos, marginalizados, de pessoas sem voz para 
discutir o que era destinado”, relembrou Siza. “Foi uma experiência 
muito boa, de diálogo quente. E depois fiz projetos da mesma 
natureza na Holanda e em outros países.”
O arquiteto português destacou a importância de primeiro se 
debruçar sobre projetos de pequena escala, e especialmente 
as casas, para depois se aventurar em projetos monumentais, 
públicos, e ainda mais desafiadores. 
“É muito difícil fazer um edifício de grande escala sem ter 
experiência na pequena escala. Estão lado a lado. Mas acredito 
que isso foi um resultado da situação política na Europa daquele 
momento, que discutia bastante essas habitações sociais”, explicou.
“Fui considerado um especialista em habitação social e 
participação social na formação do arquiteto, mas acredito que a 
formação é contínua. Não acaba”, opinou Siza. “Eu gostava, mas 
queria fazer outras coisas também. Fiz concursos de arquitetura 
para ter acesso a museus, centros culturais, escolas, outros tipos de 
construção”, ensinou.
“Acho essencial lembrar também que, com a complexidade e 
exigências das construções de hoje, é impossível uma pessoa fazer 
tudo sozinha. Tem que trabalhar como uma orquestra, que é feita 
do pianista, do violinista e assim por diante. Cada um intervindo 
com seu talento, são capazes de trabalhar em uníssono”, sentencia 
Siza, em defesa do trabalho colaborativo entre diversas áreas. “Não 
se pode confundir especialista com independente”, alertou.
Questionado sobre sustentabilidade, o arquiteto reconhece que 
o tema é urgente. Mas que, muitas vezes, “a sustentabilidade é 
colocada como única preocupação, com receitas obrigatórias por 
regulamentos que se esquecem de alguns aspectos importantes 
da arquitetura e das cidades. Tudo pode ser bem ou mal utilizado.”
Para Siza, a tradição é parte indispensável da inovação. “O novo 
busca muita coisa na tradição para dar continuidade, é um 
alimento. Não vejo como opostos. Vejo a tradição como elemento 
base. Olha, por exemplo, arquitetos que até hoje viajam a Roma 
para entender a arquitetura”, exemplificou.
“Ou a Bauhaus. No início, não havia a disciplina de história, mas 
depois, com o passar do tempo e a entrada de novos integrantes, 
26
27
a ideia de que a história era algo 
ruim desapareceu”, afirmou. “O 
próprio Le Corbusier se inspirou 
em referências da Argélia e do 
Marrocos, as torres de ventilação, 
para criar o tão inovador edifício 
de Ronchamp.”
Segundo Siza, a arquitetura é um 
serviço. “Quando nos convidam 
para um projeto pago, é primeira 
obrigação saber os objetivos 
e debatê-los. O tal diálogo. E 
respeitar completamente a função 
do edifício”, descreveu.
“De certa maneira, sou 
funcionalista. Entendo o papel 
fundamental da função como um 
cumprimento rigoroso do que é 
pedido. Mas de forma que esses 
pressupostos funcionais permitam 
abertura. Uma libertação em 
relação a função. Porque a função 
do edifício pode mudar, adaptar 
é uma tradição”, defendeu. E dá 
o exemplo dos conventos, pelo 
menos na Europa, que foram 
criados e aperfeiçoados para uma 
comunidade de freiras com regras 
muito apertadas, com um modo 
de vida muito definido, e que hoje 
estão sendo atualizados como 
museus, casas, hospitais. 
“É lição de como cumprir com 
rigor uma função e de como 
fazer a multiplicação de utilização 
do edifício sem prejuízo de sua 
qualidade. Isso quebra aquelas 
máximas que existiram sobre 
forma e função. Nenhuma estava 
totalmente certa.
27
(Fernando Guerra/Divulgação)
28
“Luxo é simplicidade, e 
simplicidade é nunca desistir 
de nada”, frisa Paola Navone
A italiana Paola Navone, 71 
anos, é considerada uma das 
designers mais ousadas da 
atualidade. Um peixe fora 
d’água mesmo. Formada em 
arquitetura pelo Politécnico de 
Turim, não se deu por satisfeita 
em levantar prédios igual a 
todos os outros. Foi como 
designer junto dos gigantes 
Alessandro Mendini, Ettore 
Sottsass Jr. e Andrea Branzi, 
dos movimentos Memphis e 
Design
Alchimia, que se achou e ganhou 
visibilidade internacional. 
Fã de materiais naturais e 
técnicas artesanais, viveu por 
um longo período no Sudeste 
Asiático e desenvolveu como 
suas principais ferramentas 
de criação a simplicidade, a 
informalidade, a sensualidade 
e a ironia. E não se esqueça do 
azul, a cor que é quase uma 
instituição em suas criações. 
Já trabalhou para Armani Casa, 
Alessi, Driade, Dada, Molteni, 
Natuzzi e Swarovski, para citar 
apenas algumas marcas.
28
(Giovanni Gastel/Divulgação)
29
Veja os principais trechos da entrevista que ela concedeu por 
e-mail para HAUS durante os dias de Expo Revestir: 
O que te levou para o design?
Na minha vida tudo acontece meio por acaso. Não foi realmente 
planejado. Talvez minha atração pelo design venha da minha 
natureza nômade, da minha paixão inata por objetos cotidianos de 
todos os cantos do mundo, do senso de imperfeição que me faz 
amar materiais naturais, coisas feitas à mão e, claro, as pessoas que 
eu encontro.
Seu trabalho é uma defesa da informalidade e da sensualidade. 
Poderia nos explicar um pouco dessa forma de viver e criar, por 
favor?
Eu gosto de criar objetos que são amigáveis, delicados e jamais 
agressivos. Da mesma forma, eu amo imaginar espaçosnovos, 
relaxantes e informais, onde as pessoas possam se sentir bem, um 
pouco como em casa. Acredito que hoje precisamos mais do que 
nunca de espaços assim para viver.
Certa vez li que você não tem pretensão alguma de ensinar algo 
para as pessoas e que você não se leva tão a sério. Por quê? Que 
benefícios você tira dessa maleabilidade de ser?
Eu não estaria fazendo o que faço se não gostasse muito disso. 
Cada novo trabalho para mim é uma aventura excitante que 
sempre traz leveza e diversão. Eu não gosto de sofrer.
O azul é tão presente em suas criações. Por que o azul 
é tão especial para você? O que ele comunica?
Eu tenho uma atração natural por cores frias, todas as matizes da 
água e do ar. O oceano é meu ambiente natural...talvez por ser 
de Peixes, quem sabe. O azul sempre teve um efeito relaxante e 
hipnótico sobre mim e faz eu me sentir em outro lugar, talvez em 
um litoral belíssimo.
29
30
Uma vez em Milão ouvi você dizer que suas ferramentas criativas 
são a simplicidade, a curiosidade e a ironia. Pode nos dar mais 
detalhes sobre cada uma delas?
Cada um dos meus projetos vem de uma alquimia especial. Por 
isso meus trabalhos são sempre diferentes um do outro. Porém, 
há algumas ferramentas especiais que pertencem a minha 
criatividade, como simplicidade, imperfeição e ironia. Simplicidade, 
para mim, é uma palavra inpiradora e significa nunca desistir. 
Imperfeição é parte da minha ideia de beleza: torna tudo único. 
E ironia, bem, é um toque sempre presente em meus trabalhos 
porque torna tudo mais agradável.
O que é luxo para você?
Minha ideia de luxo é ligada à simplicidade e beleza dos materiais 
naturais e das coisas feitas à mão. É uma questão de leveza, 
liberdade de viver, uma sensação que faz você se sentir à vontade.
E como você avalia o que o design de mobiliário se tornou 
ao longo de todos esses anos? Deixe-me explicar um pouco 
melhor: estou falando do design ser mais democrático ou não ser 
democrático para a maior parte das pessoas no Brasil e na Itália, 
por exemplo. O que você acha disso?
Ser designer significa dar forma a objetos do dia a dia, de um bule 
a um sofá, até uma máquina de lavar roupa. Não é necessariamente 
uma questão de valor monetário. Às vezes eu vejo um mesmo 
objeto em diferentes tipos de casas, em meio às coisas cotidianas, 
como se sempre tivesse estado lá, concebido exatamente para esse 
espaço. É a minha opinião pessoal sobre o bom design.
Em que você está trabalhando atualmente?
No design de interiores de um hotel em Florença, com um charme 
alegre e inesperado, e renovando o interior de um castelo histórico 
maravilhoso na Toscana. E também estou criando novas coleções 
de mobiliários para áreas externas.
Quais as maiores lições que você aprendeu com Alessandro 
Mendini, Ettore Sottsass e Andrea Branzi?
Eles eram o lado antiacadêmico da arquitetura na Itália no final da 
década de 1970. Seus projetos visionários eram completamente 
30
31
diferente do que eu havia estudado. Essa 
experiência foi muito significativa para 
mim e eu devo muito a todos eles. Muito 
da minha maneira livre e não convencional 
de pensar o design vem do meu 
envolvimento com Memphis e Alchimia.
E quais lições você acha que ensinou 
para eles?
Realmente acho que não tenho nada para 
ensinar. Só tenho aventuras criativas para 
compartilhar.
É cristalino como as culturas asiáticas 
têm uma influência sobre o seu trabalho. 
A que se deve isso? E como você traduz 
esses valores em suas criações?
Eu vivi no Sudeste Asiático por muito 
tempo. Como gosto de dizer, sinto 
que sou uma alma nômade que gosta 
de fincar raiz aqui e lá. E nesta parte 
do mundo minhas raízes foram mais 
profundamente. Sempre fui encantada 
pela riqueza de tradições manuais que 
encontro especialmente nos países dessa 
região da Ásia. Foi no Sudeste Asiático que 
muitos projetos meus ganharam vida. E 
nunca teriam dado certo se eu estivesse 
em Milão.
Fale um pouco sobre sua obra para a 
Portobello.
Foi uma chance maravilhosa de encontrar 
uma companhia que pensa como eu, 
para o novo morar contemporâneo. As 
coleções combinam com aquela ideia 
de uma residência alegre e leve, onde 
materiais tradicionais se tornam elementos 
surpreendentes e amigáveis, que podem 
ser interpretados de muitas maneiras.
31
32
Nomes
brasileiros
32
33
“O design pode ser uma 
ferramenta para melhorar 
a vida das pessoas”, diz 
Humberto Campana
 Um dos maiores expoentes 
do design brasileiro, Humberto 
Campana falou sobre a 
trajetória e projetos de seu 
estúdio fundado há 35 anos 
em parceria com o irmão, 
Fernando, durante evento on-
line na Expo Revestir 2021. 
Na apresentação, que passou 
por diversos projetos e linhas 
criadas pelos Irmãos Campana, 
Humberto deu alguns detalhes 
sobre a iniciativa mais recente: 
a construção de uma espécie 
de micro-inhotim no sítio da 
família em Brotas, no interior 
de São Paulo. 
“Antes da pandemia eu e o 
Fernando éramos nômades, 
viajávamos muito. E esse 
período nos fez rever muitas 
coisas. E então surgiu a 
ideia de construirmos uma 
fundação lá [no sítio]. Nesse 
verão plantamos 2 mil mudas 
de árvores nativas. Queremos 
criar um lugar onde arte, 
natureza e design convivam”, 
disse Humberto. Outra ideia 
é criar 12 pavilhões utilizando 
materiais naturais e um horto 
com árvores brasileiras, que 
Reflexões
33
(Fernando Laszlo/Divulgação)
34
seria uma das principais atrações do local, 
que eles pretendem abrir ao público para 
visitação. 
Reconhecidos internacionalmente pelo 
trabalho de design-arte, Humberto resgatou 
memórias de projetos e produtos realizados. 
Um deles foi o da coleção “Detonado”, de 
móveis que usam madeira Feijó e palha, no 
que ele definiu como uma “desconstrução 
do móvel moderno brasileiro”. “Meu sonho 
quando criança era ser índio. Eu ia para a 
escola sem sapatos até os sete anos de 
idade. Queria morar na Amazônia, sempre 
gostei de árvores e de plantar. E, na 
maturidade de certa forma estou realizando 
isso com projetos em que trabalho com 
palha e piaçava”, confidenciou. 
Humberto Campana falou ainda sobre a 
instalação realizada por eles em 2019 na 
Universitá Statale, em Milão, com grandes 
arcos e cones de grama, onde as pessoas 
pudessem se encontrar para um descanso. 
“As fibras e as plantas são o futuro. Isso cura 
e permite melhorar a vida das pessoas”. 
Resgatar tradições e gerar impacto social 
são outros benefícios gerados pelo design, 
crê Humberto. Ele relembrou o trabalho 
realizado pela dupla em 2006, a cadeira 
Paraíba, com bonecos artesanais produzidos 
na Comunidade de Esperança. Os bonecos 
sobrepostos e o padrão único gerou um 
sucesso estrondoso, o que aumentou as 
vendas dos artesãos. “Depois de um tempo 
eles nos ligaram dizendo que a gente tinha 
melhorado a vida deles. Com o dinheiro das 
vendas eles construíram um galpão maior 
para produção, e foi aí que caiu a ficha. O 
design também resgata tradições”.
34
35
“A estrela do projeto é o 
morador, e não o arquiteto”, 
sentencia Maurício Arruda
Uma das falas mais 
surpreendentes de toda a 
Expo Revestir 2021 e seus 
eventos paralelos foi a 
palestra do arquiteto Maurício 
Arruda durante o Archtrends 
Portobello 2021. O arquiteto 
paranaense, radicado em 
São Paulo, reconhecido pelas 
transformações que liderou ao 
longo de cinco anos à frente 
do programa Decora, do canal 
Metodologia 
de projeto 
GNT, destacou logo no início: 
“O cliente é mais importante 
do que eu. O morador, e não o 
arquiteto, é a estrela do projeto.”
E a partir dessa constatação 
pessoal, Arruda compartilhou 
de forma bastante 
transparente a metodologia de 
desenvolvimento de projeto 
de seu escritório, que tem 
como peça central a questão 
do colaborativo e uma maior 
participação do cliente nas 
tomadas de decisões.
(Reprodução/Instagram) 
36
“Isso mudou a nossa maneira de projetar, 
transformou e otimizou processos, 
colhemos frutos econômicos, potencializou 
a maneira de criar e permitiu que 
lançássemos um novo produto dentrodo 
escritório”, resume o arquiteto.
Mas essa visão foi surgindo e foi 
amadurecendo, segundo Arruda, com o 
programa de TV que ele comandou no GNT. 
Para dar conta de apresentar sempre ideias 
e soluções novas todas semanas ao longo 
de cinco anos, ele percebeu que deveria 
escutar mais o morador, focar mais nas 
histórias do cliente do que no repertório 
pessoal do arquiteto.
“E ao mesmo tempo, meus sócios Fábio 
e Laís sugeriram para a nossa equipe do 
escritório fazer mais entregas e entregas 
menores, do que fazer menos entregas e 
entregas maiores”, conta. Qual a diferença? 
De acordo com Arruda, convencionalmente, 
o escritório reunia todas as informações, 
desenhava a planta, interpretava do ponto 
de vista deles e entregava as melhores 
soluções para o contratante. “Eram entregas 
grandes, em que o cliente tinha acesso a 
plantas e perspectivas renderizadas, que, na 
maioria das vezes, tinham que ser refeitas, 
reajustadas a pedido do morador. E isso dá 
trabalho. A remodelagem precisava ser toda 
refeita”, explica Arruda.
Foi assim que ele percebeu que seria mais 
produtivo e mais interessante colocar o 
cliente em todas as etapas e ir entregando 
o projeto por partes. “Logo no início existe 
algo que a gente chama de reunião de 
decisões, e o cliente era chamado para 
colaborar com o projeto, ter poder de 
decisão”, relata.
37
“Confesso que eu fui o mais resistente em mudar a metodologia. 
Porque eu venho de uma escola em que o arquiteto é o 
protagonista e o solucionador de problemas. Eu achava que, se 
dividisse isso com o cliente antes da apresentação do projeto 
executivo, meu poder de venda seria menor. Achava que eu 
estragaria a surpresa do final. E fui percebendo, que o contrário 
acontecia”, confidencia, falando que se preocupava muito com 
a assinatura do profissional, com o projeto ter a sua cara, do 
Instagram ter fotos com uma única linguagem, uma mesma linha 
estética condutora. Hoje ele pensa diferente. 
“Hoje penso que o projeto tem que ficar com a cara do cliente, e 
uma heterogeneidade nas criações prova esse ponto”. E para isso 
o cliente precisa de opções. Arruda diz que atualmente primeiro o 
seu escritório faz plantas baixas, bidimensionais, e entrega junto 
ao cliente um caderno de referências. “E é bom deixar claro que 
a gente faz o que o cliente gosta, e não o que ele quer. É bem 
diferente”, frisa. Os arquitetos e Arruda leem as informações, filtram 
tudo e mostram sempre dois projetos com soluções diferentes, 
cortinas diferentes, camas diferentes. “De cara chamamos o cliente 
para decidir junto. Ele pode escolher um mix desses dois, um item 
de um e o resto de outro, enfim. Isso já é muita informação, porque 
passa pelo entendimento de quem ele é, de como se vê, de como 
vê a casa dele”.
“O cliente entende que essa é a fase para tomar decisões. Porque 
durante a obra não é o momento mais para isso, com exceções 
de surpresas que podem acontecer nos canteiros”, diz, lembrando 
que no passado muitos clientes queriam mudar muitas coisas na 
obra justamente porque não tiveram espaço para decidir durante o 
projeto.
Depois dessa configuração, eles fazem as maquetes 3D, sem 
cor, só volumétrica, de todos os ambientes. E não renderizam. 
Mostram imagens renderizadas de outros projetos que tenham 
soluções parecidas. “A gente explica para o cliente que renderizar 
é trabalhoso e que isso sairá mais caro para o escritório e para ele”, 
destaca. “Então, a gente deixa isso para o final, uma vez que vários 
detalhes ainda podem mudar”. É nesse momento da maquete que 
o cliente escolhe peças de gosto pessoal, e o escritório oferece 
um caderno de opções com peças que cabem no bolso e no 
orçamento do cliente. E tudo isso, segundo Arruda, ajuda com 
que cada vez menos seja necessário refazer etapas, o que torna os 
processos mais lucrativos e assertivos.
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“Quando o arquiteto é protagonista, ele 
gosta de fazer surpresa com o projeto 
executivo. Ele chega e diz: ‘Vai ser assim”’. 
E espera que o cliente faça um UAU. Mas 
o uau nem sempre vem, e o arquiteto 
fica boiando. Por que não consegui 
seduzir? Meu projeto é tão maravilhoso e 
impecável!”, brinca Maurício. “Isso acontece 
porque o cliente não se viu ali, não 
participou o suficiente. Quando participa, o 
uau vem muito mais”, garante.
Outro detalhe que eles mudaram é o 
moodboard. Muitos escritórios utilizam a 
ferramenta no início do processo, na fase 
inspiracional. Mas Arruda passou a fazer o 
moodboard em uma fase mais madura do 
processo, depois que o cliente já validou 
vários elementos. E no final, entrega-se o 
projeto executivo.
“Outra modalidade que surgiu é o projeto 
a distância, de um cômodo geralmente. 
São bem mais simples, tem um número 
de encontros menor com o cliente e a 
gente tenta enxugar ao máximo o custo 
do projeto”, compartilha. O escritório pede 
fotografias do espaço, ensina a própria 
pessoa a tirar medidas, e, a partir dessas 
informações, faz a planta. Depois há 
uma reunião de briefing e, após 10 dias, 
aproximadamente, o escritório apresenta 
uma maquete com projeto executivo. 
“Lembrando que nunca apresentamos uma 
proposta só. Damos opções e oportunidade 
de escolha no processo. O cliente faz a 
colagem que quiser”.
E como garantir que a execução desse 
projeto mais simples será boa? Arruda diz 
que essa não é uma preocupação nesses 
casos porque, em geral, eles vão sendo 
feitos aos poucos, paulatinamente pelos 
moradores.
39
Economia e
arquitetura
39
40
“Nossa recuperação não será 
extraordinária pela falta de rapidez na 
resposta à pandemia”, diz economista 
Pedro Malan
A recuperação econômica - seja do Brasil 
ou em outros países do mundo - está 
atrelada sobretudo a uma vacinação em 
massa e rápida. Esse é um dos fatores 
elencados pelo economista Pedro Malan 
em live sobre o cenário macroeconômico 
na programação da Expo Revestir 2021. 
Cenário 
macroeconômico 
40(Solange Macedo/Divulgação)
41
Doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, 
Pedro Malan foi Presidente do Banco Central entre 1993 e 1994, 
época da implementação do Plano Real no Brasil, e Ministro da 
Fazenda nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (de 
1995 a 2002). Foi ainda negociador-chefe da dívida externa (1991-
1993) e representante do Brasil na Diretoria Executiva do Banco 
Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 
Washington. 
Durante a live, Malan explicou que a recuperação econômica do 
Brasil deve ser lenta e durará anos: para este ano, o crescimento 
deve ser de pouco mais de 3,20%. Em 2022, de acordo com o 
economista, as perspectivas não são melhores e o avanço deve 
ficar em 2,4%. Malan chamou a atenção ainda para a pressão 
inflacionária, que segundo ele pode chegar a até 7% em julho deste 
ano, o que aumenta o grau de incerteza da economia. 
Segundo ele, a demora no auxílio emergencial e a falta de 
comunicação clara com a população brasileira são outros aspectos 
que atrapalham o avanço. 
No entanto, o economista frisou que a demora das negociações 
na compra de vacinas - realizada tanto por países desenvolvidos 
como por emergentes no ano passado - é o que mais vai atrapalhar 
a recuperação. “Parte do mundo fechou contratos ainda em 2020. 
Um bom exemplo na América Latina é o Chile, que já vacinou 
uma parte expressiva de sua população. Não haverá recuperação 
significativa de qualquer economia sem que haja disseminação da 
vacina em uma parte expressiva da população”. 
Pedro Malan salientou ainda que a demora pela vacinação pode 
prejudicar o trânsito de brasileiros pelo mundo, já que existe uma 
preocupação global sobre a variante do coronavírus gerada no 
Brasil; hoje o país e considerado o epicentro da pandemia. “Quem 
está tentando viajar para fora sabe do receio de transmissão dessa 
cepa no resto do mundo”. 
Apesar do cenário macro desfavorável, Malan acredita que o setor 
de arquitetura e design continuará se beneficiando de novas 
tecnologias e do avanço do comércio digital. “Há uma inclusão de 
pequenose médios varejistas, além de clientes. Temos pessoas 
muito competentes na área de tecnologia no Brasil, assim como 
empresas que estão investindo. O Brasil mesmo com deficiências 
viu o quanto o seu sistema de saúde é eficiente, e que já vacinou 
mais de 2 milhões de pessoas por dia. Temos estrutura para isso”. 
42
Lista
42
43
Assa Abloy 
@assabloybr 
rosane.davila@assaabloy.com
ABD - Associação Brasileira 
de Design de Interiores 
@abd_oficial 
falecom@abd.org.br 
Abi Rochas 
@abirochas 
contatos@abirochas.com.br 
ANFACER 
@anfacer_oficial 
info@anfacer.org.br 
Aka Floor 
@akafloor_oficial 
akafloor@akafloor.com.br 
Apen Portas 
@apenportas 
marketing@apenportas.com.br 
ASPACER 
@aspacersincer 
comunicacao@aspacer.com.br 
ASPEC PVC 
@aspecpvc 
atendimento@aspecpvc.org.br 
Atlas - A Pastilha do Brasil 
@ceramicaatlas 
vendas@ceratlas.com.br 
B2B Master - Own Your Market
Biancogres 
@briancogres 
Berneck 
@berneckoficial 
marketing@berneck.com.br 
Brasilit Saint-Gobain 
@brasilitoficial 
marketingppc@saint-gobain.com 
Castelatto 
@castelatto 
contato@castelatto.com.br 
Castelli Porcelanato 
@castelliporcelanato
contato@castelli.com.br
 
Ceusa 
@ceusarevestimentos 
atendimento.revestimentos@duratex.com.br 
Coral 
@tintascoral 
SAC: 0800-117711
Cortag 
@cortagoficial 
cortag@cortag.com.br 
Club & Casa Design 
@clubecasadesign 
daniela@clubecasadesign.com.br
 
Deca 
@decaoficial 
deca@deca.com.br 
Decortiles 
@decortiles 
decortiles@decortiles.com.br 
Docol 
@docoloficial 
dresponde@docol.com.br 
Confira as marcas 
expositoras da 
Expo Revestir 2021:
43
44
Durafloor 
@durafloorbr 
atendimento.sac@duratex.com.br 
Duratex 
@duratex_pisosepaineis 
atendimento.sac@duratex.com.br 
Delta Porcelanato 
@deltaporcelanato 
exporevestir@deltaceramica.com.br 
Eucatex 
@eucatex_oficial 
atendimento@eucatex.com.br 
Ecophon Saint-Gobain 
@ecophon_brasil 
marketingppc@saint-gobain.com 
Elemental Revestimentos 
comercial@elementalrevestimentos.com 
Elettromec 
@elettromec 
marketing@elettromec.com.br
to.sac@duratex.com.br
Eliane 
@elianerevestimentos 
sac@eliane.com 
Embramaco Porcelanato 
@embramaco 
marketing@embramaco.com.br 
Grupo Elizabeth 
@grupoelizabeth 
emkt@grupoelizabeth.com.br 
Grau 10 Editora 
@revistaanamaco 
publicidade.revistaanamaco@gmail.com 
Grupo Linear 
@lineargrupo 
sac@grupolinear.ind.br 
Grupo Revenda 
@gruporevendaconstrucao 
carla.passarelli@revenda.com 
Hard Infinity 
comercial@hard.com.br 
Incepa 
@incepabrasil 
showroom.cl@br.roca.com 
Isover Saint-Gobain 
@isoverbrasil 
marketingppc@saint-gobain.com 
JSP 
@jspbrasil 
luiz.triozzi@jsp.com 
Kohler 
@kohlerbrasil 
marketing.brasil@kohler.com 
Lechler 
@lechler.br 
lechlerdobrasil@lechler.com.br 
Lorenzetti 
@lorenzettioficial 
SAC: 0800-0160211
Mercedes-Benz 
@mercedesbenz_caminhoes 
bra.enquires@cac.mercedes-benz.com 
Mosarte 
@mosarte 
mosarte@mosarte.com.br 
Nina Martinelli 
@ninamartinellioficial 
atendimento@ninamartinelli.com.br
 
Obi 
@obidaterra 
obi@salema.com.br 
44
45
Owa Brasil 
@sonexoficial 
marketingppc@saint-gobain.com 
Portinari 
@ceramicaportinari 
televendasportinari@duratex.com.br 
Portobello 
@portobello 
revestir@portobello.com.br 
Pormade Portas 
@pormadeonline.oficial 
sac@pormadeonline.com.br 
Placo Saint-Gobain 
@placodobrasil 
marketingppc@saint-gobain.com 
Promob - Software Solutions 
@promobbrasil 
promob@promob.com 
Portinari 
@ceramicaportinari 
televendasportinari@duratex.com.br 
Portobello 
@portobello 
revestir@portobello.com.br 
Promob - Software Solutions 
@promobbrasil 
promob@promob.com 
Quartzolit 
@quartzolit 
Roca 
@roca_brasil 
contato.br@br.roca.com 
Revista Projeto 
assine@revistaprojeto.com.br 
Roca Cerâmica 
@rocaceramicabr 
showroom.cl@br.roca.com 
SCGÁS - Companhia 
de Gás de Santa Catarina 
@scgasoficial 
gemac@scgas.com.br 
Santa Luzia 
@santa.luzia 
marketing@industriasantaluzia.com.br 
Semana Criativa de Tiradentes 
@semanacriativadetiradentes 
Soul Design Summit 
@casaclubedesign 
daniela@clubecasadesign.com.br 
Strufaldi Pastilhas Cerâmicas 
@strufaldipastilhas 
contato@strufaldi.com.br 
Tarkett 
@tarkettbrasil 
julia.greghi@tarkett.com 
The Tiles Ofindia 
@thetilesofindia 
info@thetilesofindia.com 
Tile Brasil 
@tilebrasil 
tiilebrasil@menasce.com.br
 
Tramontina 
@tramontinaoficial 
atendimento@tramontina.com 
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Expediente
Textos: Sharon Abdalla, Luan Galani e Isadora Rupp, especial para HAUS
Edição: Isadora Rupp (colaboração para HAUS)
Coordenação geral: Daliane Nogueira
Diagramação e projeto gráfico: Daniel Nardes
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Obrigado!
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