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FICHAMENTO - REPENSANDO A FAMÍLIA PATRIARCAL BBRASILEIRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E CIÊNCIAS DA SOCIEDADE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DE CAMPOS
2022.2
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CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS
ALUNO: GABRIEL CARDOSO DOS SANTOS
CORREA, Mariza. Repensando a família patriarcal brasileira. Cad. Pesq., São Paulo, (37): 5-16, Mai. 1981.
Os estudos referentes ao tema da família na história do Brasil Colonial enfatizaram o modelo de família patriarcal, normalmente compreendido como sinônimo de família extensa. Como citados no artigo: Gilberto Freyre foi o grande idealizador da noção de família patriarcal considerando-o modelo e padrão do Nordeste açucareiro. Posteriormente, Antônio Cândido estendeu esse padrão a todo território brasileiro denominando outros arranjos como “não-familiares”.
Mariza Corrêa faz duras críticas a Cândido e Freire. Segundo ela, a presença de outras formas de organização familiar torna impossível reduzir a família unicamente ao contexto do engenho. Seja como for, a família foi a base da estruturação da sociedade colonial e sua presença e interferência na colonização se sobrepôs ao Estado. 
A autora também aborda a presença de outras formas de organização familiar, o que torna um erro reduzir unicamente as famílias ao contexto do engenho. Com a descoberta de minas nas regiões de Minas Gerais e São Paulo e eixo econômico deslocou-se de Nordeste para o Sudeste as mudanças que surgiram na economia repercutiram na sociedade e na família, formando uma sociedade com uma grande miscigenação racial. Aumentou o número de celibatários, concubinatos, filhos ilegítimos, mulheres solteiras. As mulheres em alguns lares passaram a assumir a chefia das famílias, sendo elas casadas ou não. Começou então uma grande mudança. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais, havia a existência predominante da família nuclear, eram pequenas, formada por pai, mãe e filhos, esse tipo de família não possuíam muitos filhos, a grande mobilidade social que existia e também o alto número de mortalidade infantil contribuiu para essa diminuição. 
Nessa época as expedições bandeirantes afastavam os maridos por longos períodos, obrigando as mulheres a administrarem a casa, os escravos e a produção. A formação desse tipo de família raramente se dava pelo casamento legal, somente a elite branca tinha acesso. Os casais passavam a viver juntos, independente da formalização do casamento.
Mariza Corrêa também sugeri contestar a noção de que a descendente direta da família patriarcal seria a família conjugal moderna, com o advento da industrialização (no caso do Brasil, tardia) e da urbanização. Essa noção elaborada por Antônio Cândido peca por supor uma correlação mecânica entre um certo tipo de desenvolvimento econômico e uma forma de organização familiar. Nesse modelo, não se reconhecem as diversidades, as diferentes adaptações, as permanências e como conclui a autora: “não podemos imaginar a possibilidade de escrever A história da família brasileira, mas apenas sugerir a existência de uma panorama mais rico”.
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