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BIOGEO_ATV5_luz e eneergia_FELIPPECAJAO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
			 DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
Disciplina: Biogeografia
Docentes: Heloisa Helena Gomes Coe
 Discente: Felippe Cajão
ATIVIDADE 5 
A biosfera, ou esfera da vida, corresponde àquela esfera da superfície terrestre em que os organismos vivos (cobertura vegetal e mundo animal) desenvolvem seu processo coevolutivo em interação com a base física da paisagem. Na prática, representa o conjunto de todos os domínios habitáveis do planeta Terra, onde a vida, inclusive a humana, desenvolve-se. É possível afirmar que a biosfera corresponde a uma camada de vida ocupada de forma contínua, já que até nas regiões mais áridas do planeta é possível encontrar alguma forma de vida. O que ocorre, na verdade, é apenas uma diferença de densidade da vida, mais abundante nas áreas terrestres de clima quente e úmido e rareando em direção às zonas polares ou áridas.
O desenvolvimento da vida na superfície terrestre depende fundamentalmente da existência de uma fonte de energia, que é o Sol. Dos 1.350 W/m2/h, em média, que atingem o topo da atmosfera, apenas 168 W/m2/h, alcançam diretamente o solo, por causa da interferência de outros fenômenos atmosféricos, como nebulosidade, poeira e difusão. Se essa energia pudesse ser totalmente captada e armazenada, uma casa de 100 m2 com telhado de painéis fotovoltaicos poderia gerar, por hora, 16.800 W que o utilizam para formar compostos orgânicos essenciais ao seu crescimento, fazendo com que esse íon passe de fosfato inorgânico para orgânico.
A luz influencia o comportamento e a distribuição dos seres vivos e, também, as suas características morfológicas. Os animais apresentam fototatismo, ou seja, sensibilidade em relação à luz, pelo que se orientam para ela ou se afastam dela. Tal como os animais, as plantas também se orientam em relação à luz, ou seja, apresentam fototropismo. Os animais e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à duração da luminosidade diária a que estão submetidos - fotoperíodo. Muitas plantas com flor reagem de diferentes modos ao fotoperíodo, tendo, por isso, diferentes épocas de floração. Também os animais reagem de diversos modos ao fotoperíodo, pelo que apresentam o seu período de atividade em diferentes momentos do dia. Exemplos de animais que se orientam de acordo com a luminosidade são a traça e a brarata, a traça é atraída para a luz intensa (Fototaxia Positiva), enquanto a barata se afasta conforma a luz vai se intensificando (Fototaxia Negativa). Outros fatores que a luz tem grande influência na vida animal são a reprodução, a formação de vitamina D na pele, inicio de hibernação ou migração e mudança de pelagem.
Os ovos dos peixes precisam de luz solar para se desenvolver, bem como a falta de luz pode atrasar o desenvolvimento de certas larvas de insetos. Certos animais só se reproduzem quando o fotoperíodo ultrapasse determinado valor enquanto outros apenas se reproduzem em dias mais escuros.
Os raios ultra-violetas são responsáveis pela formação de Vitamina D nos vertebrados. A duração dos dias indicam aos animais se está a altura de iniciar sua hibernação ou migração. Certos animais mudam a pelagem cinzenta do verão para uma pelagem branca no inverno. 
Animais podem se dividir em Diurnos e noturnos, também chamados de Lucífilas e Lucífugas. Os animais noturnos/Lucífugas são mais ativos no período da noite e na ausência de luz, outros sentidos ficam mais apurados, alguns animais, como o vagalume desenvolveram a bioluminescência, já os Diurnos/Lucífilas, tem suas atividades durante o dia. 
Os fatores abióticos Luz e temperatura estão diretamente ligados, uma vez que a redução ou aumento do fotoperíodo têm influência na temperatura. A temperatura é muito relevante na distribuição das espécies pelo planeta, uma vez que cada espécie têm um intervalo de tolerância à temperatura diferente e quando a temperatura atinge valores superiores ou inferiores a esse intervalo o indivíduo morre. Influência da temperatura nos seres vivos e divide as espécies em relação a capacidade de regulação térmica. Espécies hemotérmicas, que mantêm temperatura corporal quase constante, como por exemplo aves e mamíferos, já as Espécies Pioquilotérmicas, apresentam temperatura corporal variada, dependendo da temperatura ambiente, como répteis e anfíbios. Já em relação a luz, os animais se dividem em Seres eurifóticos, aqueles que suportam grandes variações de luz e Seres Estenofóticos, que são aqueles que não suportam grandes variações de luz. Já as plantas se dividem em Plantas Umbrófilas, são plantas que necessitam de pouca luz e Plantas Heliófilas, Plantas que necessitam de muita luz.
Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o que confere a este fator uma grande importância. Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica - não existindo nem acima nem abaixo de um determinado valor. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas atividades vitais. Alguns seres têm grande amplitude térmica de existência - seres euritérmicos - enquanto outros só sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos. 
Ao longo do ano, certas plantas sofrem alterações no seu aspecto, provocados pelas variações de temperatura. Os animais também apresentam características próprias de adaptação aos diferentes valores de temperatura. Por exemplo, os que vivem em regiões muito frias apresentam, geralmente, pelagem longa e uma camada de gordura sob a pele.
Tudo nos biomas ocorre de forma organizada e sistemática, onde qualquer tipo mudança repentina pode acarretar diversos danos a natureza, tanto em relação a extinção de animais e plantas, quanto a proliferação excessiva de seres não nativos, modificando toda a estrutura local.

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